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Análise espacial de distribuição das Clínicas da Família Amanda Távora – 116018135 Beatriz Brandi – 114181152 Lucas Fernandes - 115186537 Introdução O geoprocessamento vem sendo difundido e implementado à nível mundial. São utilizadas técnicas matemáticas, estatísticas e computacionais; e envolve a interdisciplinaridade de diversas áreas do conhecimento humano, como: Cartografia, Meio-Ambiente, Saúde, entre outras. Os produtos computacionais desta tecnologia são sistemas capazes de capturar, modelar, manipular, analisar e apresentar dados referenciados geograficamente, denominados de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Introdução Em SIG os dados são referenciados geograficamente e associados a imagens ou mapas para compor conjuntos de planos de informação, os quais formam os bancos de dados. A visualização de um padrão espacial proporciona uma alternativa melhor de se resolver problemas relacionados a aplicações que envolvam localização geográfica. A importância de separar informações específicas em planos de informação distintos e, posteriormente, combiná-las entre si é a razão pela qual o SIG oferece grande potencial como ferramenta de pesquisa de apoio à tomada de decisão. Introdução Um exemplo de aplicação de análise espacial é a saúde pública do Brasil que se observa uma demanda crescente para a incorporação de técnicas de geoprocessamento. A consolidação desse movimento no setor depende do acesso a dados, programas e capacitação, além do desenvolvimento de técnicas de análise espacial. A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de acesso a um sistema de saúde. Países com APS forte, ordenadora e coordenadora da atenção, apresentam melhores indicadores de saúde. Introdução A Atenção Primária à Saúde (APS) é caracterizado pela: Continuidade do cuidado Integralidade Coordenação do cuidado Critério para a criação das Clínicas da Família: “A prioridade número um é que todos tenham acesso aos serviços de saúde para garantir o princípio da igualdade de todos os cidadãos. Isso se traduz na necessidade de alguns municípios de expandir a rede básica para assistir periferias urbanas e zonas rurais. Outro critério fundamental na escolha da área prioritária é o risco social (altos índices de desemprego, criminalidade, prostituição, crianças fora da escola e outros), que normalmente vêm associados a um maior risco de adoecer/morrer.” Fonte: http://apsredes.org/pdf/Clinicas-Saude-da-Familia-Rio-de-Janeiro.compressed.pdf Objetivo Estudos realizados mostram que o município do Rio de Janeiro, assim como grande parte do país, apresenta uma tripla carga de doenças: infecções agudas (dengue) e condições materno-infantis (mortalidade infantil e materna, sífilis congênita) ainda não resolvidas; a epidemia das doenças crônicas (doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças mentais, HIV/AIDS); causas externas (violência e acidentes) Esses problemas aliados à vulnerabilidade social e o envelhecimento populacional agrega mais desafios aos serviços de saúde do Rio de Janeiro. Objetivo Frente a esses desafios, a Clínica da Família representa a reforma da APS no município do Rio de Janeiro. Estas são grandes Unidades de Saúde, que concentram 5 ou mais equipes de Saúde da Família (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, agentes de vigilância em saúde, dentistas, auxiliar de saúde bucal e técnicos de saúde bucal). Esses profissionais são divididos nas Clínicas da Família por equipes responsáveis pela área (local de moradia). Ao chegar à unidade, o usuário é acolhido por um profissional de sua equipe e é orientado e atendido de acordo com sua necessidade. Com estrutura física diferenciada, aliados à incorporação de tecnologia apropriada, com oferta de coleta de exames laboratoriais, raio X, ecografia e outros. Estudos levantados pela Prefeitura do Rio apontam que desde a implantação do modelo, a cobertura da Saúde da Família na cidade passou de 3,5%, em janeiro de 2009, para 56,8% até setembro de 2016. Objetivo Conforme informações coletadas no site Data Rio, existem 114 Clínicas da Família em funcionamento. Mas este número vem oscilando devido à crise econômica que o estado do Rio de Janeiro vem sofrendo, fim de contrato dos terceirizados das clínicas e até mesmo a violência do estado, são alguns dos principais motivos para o fechamento das clínicas. Objetivo Portanto, neste trabalho, procurou-se identificar a distribuição espacial das Clínicas da Família na cidade do Rio de Janeiro. Afim de observar a demanda de todas as regiões e analisar se as Unidades estão conseguindo atender devidamente a população, sem sobrecarga. Discussão Teórica Foi feito um mapa da área de abrangência das Clínicas da Família para observar o perímetro de atuação de cada clínica e a concentração das unidades. Para a criação do mapa, foi utilizado o programa ArcMap: 1) Aquisição dos dados A base cartográfica referente a clínica da família foi retirada diretamente do site da prefeitura do Rio. As malhas digitais foram retiradas do site do IBGE. Após a aquisição dos dados, foi utilizado o programa ArcGIS – ArcMap, destinado para realizar edições e análises, além de elaborar o Layout. Discussão Teórica 2) Elaboração do Layout Foi utilizado a técnica do buffer para marcar o perímetro de atuação de cada clínica. Também foi aplicado a técnica do Dissolve para realizar o recorte de área das clínicas. Elementos fundamentais utilizados: Título, legenda, escala gráfica, orientação, grade de coordenadas, informações gerais (Sistema Geodésico, Projeção, Sistema de Coordenadas, Fonte dos dados). Importante lembrar que o sistema Geodésico utilizado foi o SAD 69, pois o próprio site da prefeitura forneceu os dados nesse sistema. Após este processo, o mapa foi exportado como arquivo JPEG e com uma resolução de 100 dpi. Discussão Teórica Discussão dos Resultados Uma comparação foi feita com a imagem retirada do site Google Maps, onde pode-se observar a maior aglomeração de residências onde estão localizadas as Clínicas da Família. Discussão dos Resultados Porém a Zona Oeste, abriga uma população de aproximadamente 2.371.135 pessoas (censo 2010), a segunda mais populosa do Rio de Janeiro, atrás apenas da Zona Norte com 2.645.526, a partir disto é crucial a instalação de novas clínicas nesta região. Foi feita também uma comparação com os índices de desenvolvimento humano (IDH) dos bairros das regiões estudadas. Bairro Zona IDH Copacabana Sul 0.956 Barra da Tijuca Oeste 0.959 Santa Cruz Oeste 0.742 Pavuna Norte 0.790 Costa Barros Norte 0.713 Índice de IDH: Baixo: 0 – 0.499 Médio: 0.500 – 0.799 Elevado: acima de 0.800 Considerações Finais Através de todas as observações, onde foi feita uma breve comparação do IDH de bairros de cada região e com uma ajuda visual da imagem retirada do Google Maps, foi observado que somente alguns bairros da Zona Oeste não estão sendo privilegiados. Sua possível justificativa seria principalmente o IDH das áreas como por exemplo: Barra da Tijuca (0.959) e Recreio (0.894), mostrando que a instalação de clínicas para melhorar a qualidade de vida da região não são emergências, como em áreas onde o índice de desenvolvimento humano estão abaixo de 0.800. Portanto, pode-se chegar à conclusão que a distribuição espacial das Clínicas da Família estão de acordo com os critérios estipulados pelo Ministério da Saúde. Referências Bibliográficas http://apsredes.org/pdf/Clinicas-Saude-da-Familia-Rio-de- Janeiro.compressed.pdf http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n5/v15n5a05.pdf http://www.de.ufpb.br/~mds/Artigos_Web/CLIB01.pdf https://smsrio.org/subpav/ondeseratendido/ http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/clinicas-da-familia http://pcrj.maps.arcgis.com/apps/webappviewer/index.html?id=747b6bf0c4 5e402cb95482f32a50c14e https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/fim-de-contrato-na-saude-do- rio-gera-temor-de-fechamento-de-clinicas-da-familia.ghtml http://www.otics.org.br/estacoes-de-observacao/rio-saude- presente/clinicasdafamilia https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/clinicas-da-familia-fecham-as- portas-por-causa-da-violencia-no-rj.ghtml Análise espacial de distribuição das Clínicas da Família Introdução Introdução Introdução Introdução Objetivo Objetivo Objetivo Objetivo Discussão Teórica Discussão Teórica Discussão Teórica Discussão dos Resultados Discussão dos Resultados Considerações Finais Referências Bibliográficas
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