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Graduação em Engenharia Elétrica TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CÓDIGO DA DISCIPLINA: ENE054 PROF. JOÃO ALBERTO PASSOS FILHO Aula Número: 03 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 2015/02 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Parâmetros das Linhas de Transmissão • Resistência (R) Dissipação de potência ativa Passagem de corrente • Condutância (G) Representação de correntes de fuga entre condutores e pelos isoladores (principal fonte de condutância) Depende das condições de operação da linha Umidade relativa do ar, nível de poluição, etc.) É muito variável Seu efeito é em geral desprezado (sua contribuição no comportamento geral da linha é muito pequena) • Indutância (L) Deve-se aos campos magnéticos criados pela passagem das correntes • Capacitância (C) Deve-se aos campos elétricos: cargas nos condutores por unidade de diferença de potencial entre eles 2 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Parâmetros das Linhas de Transmissão • Com base nestes parâmetros que representam fenômenos físicos que ocorrem na operação das LTs, pode-se obter um circuito equivalente (modelo) para a mesma, como por exemplo: 3 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Linhas Aéreas de Transmissão (LTs) • Tensões usuais de transmissão Em CC → Valor entre o pólo (+) e pólo (-) Em CA → Valor Eficaz = (entre fase-fase) Geração de grandes blocos de energia → Aumento do nível de tensão • Padronização Brasileira Distribuição (média tensão): 13,8 kV e 34,5 kV Sub-Transmissão e Transmissão (AT): 69 kV, 138 kV e 230 kV Transmissão (EAT): 345 kV, 500 kV e 765 kV Ultra Alta Tensão: 1000 kV e 1200 kV (em estudos) 4 2 maxV Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Linhas Aéreas de Transmissão (LTs) • Atualmente apenas a China e Japão possuem circuitos operando em UAT • Espera-se que antes de 2013 entre em operação um sistema de 1000 kV na Índia • No Brasil, a UAT talvez seja uma solução viável para a transmissão de energia de eventuais aproveitamentos energéticos na Região Amazônica 5 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Linhas Aéreas de Transmissão (LTs) • Componentes de uma LT e suas características Cabos condutores Cabos pára-raios Isoladores Ferragens Estruturas Fundações 6 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Linhas Aéreas de Transmissão (LTs) • O desempenho elétrico de uma linha aérea de transmissão depende quase exclusivamente de sua geometria, ou seja, de suas características físicas • Estas não só ditam o seu comportamento em regime normal de operação, definindo seus parâmetros elétricos, como também quando submetidas a sobretensões de qualquer natureza • Daí a conveniência de proceder, antes de iniciarmos o seu estudo elétrico, a um exame de suas características físicas e dos elementos que a compõem • Nosso objetivo não é estudar de forma detalhada as características mecânicas, que representa uma área de conhecimento por si só 7 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Linhas Aéreas de Transmissão (LTs) • Objetivo primeira parte Exame de suas características físicas e dos elementos que a compõem 8 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Constituem os elementos ativos propriamente ditos das LTs • Sua escolha adequada representa um problema de fundamental importância no dimensionamento das linhas • Condutores ideais – características Alta condutibilidade elétrica Baixo custo Boa resistência mecânica Baixo peso específico Alta resistência à oxidação Alta resistência à corrosão por agentes químicos poluentes 9 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Fatores elétricos Determinam o tipo de condutor, a área e o numero de condutores por fase Capacidade térmica: condutor não deve exceder limite de temperatura, mesmo sob condições de emergência quando pode estar temporariamente sobrecarregado Número de isoladores: manter distâncias fase-estrutura, fase-fase etc. Deve operar sob condições anormais (raios, chaveamentos, etc.) e em diferentes ambientes (umidade, sal, gelo, etc.) Esses fatores determinam os parâmetros da linha relacionados com o modelo da linha 10 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Fatores mecânicos Condutores e estruturas sujeitos a forças mecânicas (vento, neve, gelo, etc.) • Fatores ambientais Uso da terra (valor, população existente, etc.) Impacto visual (estético) • Fatores econômicos Deve atender todos os requisitos a um mínimo custo 11 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Inicialmente → Condutores de Cobre • Atualmente → Condutor de Alumínio Razão: preço mais baixo • Problemas do Alumínio: baixa resistência mecânica Solução: Fio de aço de alta resistência mecânica colocado no centro do condutor (Coaxial) Os cabos condutores são encordoados em camadas e quando formados por fios de mesmo diâmetro vale a seguinte relação: N = 3x2 + 3x + 1 N → número total de fios componentes x → número de camadas Em transmissão recomenda-se utilizar a bitola mínima 4 AWG (American Wire Gauge) para o alumínio → 41 740 CM 6 AWG para o cobre → 26 250 CM 1 CM = 0,5067x10-3 mm2 (CM → circular mil) o Equivale à área de um circulo de um milésimo de polegada de diâmetro 12 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • “As vantagens do alumínio sobre o cobre, como condutor para linhas de transmissão, podem ser verificadas de maneira bastante simples. Admitamos que desejamos conduzir uma corrente I a uma determinada distância. Para mesmas condições de perdas por efeito Joule, a seção do condutor de alumínio deverá ser 1,6 vezes maior do que aquela do condutor de cobre equivalente. Seu diâmetro será 1,261 vezes maior, enquanto o seu peso unitário será aproximadamente igual à metade do peso condutor de cobre equivalente. Considerando-se que há uma relação aproximada de preço entre cobre e alumínio da ordem de 2, o investimento com condutores de alumínio será aproximadamente igual a 25% do investimento necessário com condutores de cobre equivalentes. A sua resistência mecânica, cerca de 25% inferior à do cobre, é amplamente compensada com o eventual uso dos cabos de alumínio-aço, sem que esse quadro econômico seja substancialmente alterado em virtude do menor custo do aço.” 13 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores 14 CARACTERÍSTICAS ALUMÍNIO T.DURA COBRET. DURA Condutividade a 20C (% IACS) 61 97 Resistividade em microhm/cm 2,828 1,7774 Coeficiente térmico de resistividade 0,0115 0,00681 Coeficiente térmico de expansão linear por C 0,000023 0,000017 Densidade a 20C 2,703 8,89 Carga de ruptura em kg/mm2 16 - 21 35 - 47 Módulo de elasticidade kg/mm2 7 000 12 000 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Padrão de comercialização AWG (American Wire Gauge) - americano IEC (International Eletrotechnical Comission) - europeu • No Brasil ainda se utilizam ambos os padrões por ainda não se atualizarem nem as máquinas que fabricam os condutores nem as áreas da Eletricidade que não utilizam um padrão comum • Seção transversal é vulgarmente denominada de bitola • AWG: o número que identifica o padrão é dado pelo número de vezes que o condutor é trefilado, isto é, pelo número de vezes que o condutor passa pela trefila (ferramenta de corte em forma circular que desbasta - desengrossar - o condutor até ele atingir o diâmetro desejado) Em outras palavras, quanto maior o padrão AWG do condutor, menor o seu diâmetro efetivo • IEC - Série métrica: neste padrão a bitola do condutor é dada diretamente pela sua seção em mm2 15 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Existem diferentes tipos de condutores, e os mais usados em linhas de transmissão são normalmente, por razões econômicas, condutores de alumínio • Os cabos mais comumente utilizados em projetos de linhas de transmissão são: AAC (“all aluminum conductor”) Este tipo de cabo é composto por vários fios de alumínio encordoados AAAC (“all aluminum alloy conductor”) Mesmo princípio dos cabos AAC, porém neste caso são utilizadas ligas de alumínio de alta resistência. É o cabo com menor relação peso/carga de ruptura e menores flechas, mas é o de maior resistência elétrica entre os aqui citados. 16 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Os cabos mais comumente utilizados em projetos de linhas de transmissão são: ACSR (“aluminum conductor steelreiforced”) É também denominado de cabos CAA. Composto por camadas concêntricas de fios de alumínio encordoados sobre uma alma de aço, que pode ser um único fio ou vários fios encordoados. ACAR (“aluminum conductor, aluminum alloyreinforced”) É composto de maneira idêntica aos cabos do tipo ACSR, porém ao invés de se utilizar alma com cabos de aço, utiliza-se alma com fios de alumínio de alta resistência mecânica. Assim, a sua relação peso/carga de ruptura fica ligeiramente maior do que a do cabo ACSR. 17 Ex: Formação 24/7 de um cabo CAA que representa 24 fios de alumínio e 7 de aço Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • No Brasil, praticamente todas as linhas de transmissão de alta e extra alta tensão (acima de 230 kV) utilizam cabos condutores do tipo ACSR • A relação entre o número de fios de alumínio e de fios de aço dá a formação do cabo • Dependendo da situação, esta formação resulta no melhor peso/carga de ruptura para o projeto • Os cabos condutores ACSR possuem alma de aço com o objetivo de dar maior resistência mecânica ao cabo • Devido ao efeito pelicular e a diferença de condutividade, a corrente elétrica circulará apenas pelo condutor de alumínio 18 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • A escolha adequada do condutor em um projeto de linhas aéreas de transmissão é bastante complexa, envolvendo desde critérios econômicos, perdas, Efeito Coroa • A escolha do condutor impacta diretamente na escolha da torre e consequentemente na isolação empregada e nos esforços mecânicos envolvidos no projeto da linha de transmissão • Ainda é necessário verificar condições de temperatura ambiente, temperatura máxima do condutor, pressão barométrica na região onde se encontra a linha, velocidade do vento, emissividade e absorção solar, que são parâmetros que influenciam na escolha do condutor 19 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Os cabos pára-raios, como o próprio nome diz, são utilizados para fornecer um caminho para as descargas atmosféricas que podem atingir o circuito de uma linha de transmissão aérea visto que ela se encontra ao tempo • Normalmente, eles são aterrados em torres alternadas 20 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • No processo de encordoamento os fios descrevem uma trajetória helicoidal em torno do centro do condutor. Levando-se em conta ainda que os cabos sofrem uma deformação provocada pelo seu peso, o comprimento real é um pouco maior que a extensão da linha l. 21 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Condutores tubulares e expandidos Tensões EAT → Perdas por efeito corona Reduzir os gradientes de potencial nas superfícies dos condutores Solução encontrada Aumento do diâmetro do condutor Condutores tubulares e expandidos 22 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Condutores múltiplos Advento, em 1950, das primeiras linhas em tensões extra-elevadas (380 kV) Utilizados para redução do efeito corona De um modo geral, linhas acima de 300 kV utilizam condutores geminados 23 geminados tri-geminados quadri-geminados Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Condutores • Condutores múltiplos Advento, em 1950, das primeiras linhas em tensões extra-elevadas (380 kV) Utilizados para redução do efeito corona De um modo geral, linhas acima de 300 kV utilizam condutores geminados 24 geminados tri-geminados quadri-geminados Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Efeito Corona • Descargas que se formam na superfície do condutor quando a intensidade do campo elétrico ultrapassa o limite de isolação do ar • Principais conseqüências Emissão de luz Ruído audível Ruído de radio (interferência em circuitos de comunicação) Vibração do condutor Liberação de ozônio Aumento das perdas de potência (deve ser suprida pela fonte) 25 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Efeito Corona • Ionização do ar em torno dos condutores devido ao campo elétrico dos mesmos Os elétrons livres próximos à superfície do condutor ganham energia do campo elétrico, suficiente para sua aceleração. Estes munidos de energia cinética, chocam-se com os átomos de oxigênio, nitrogênio e outros gases presentes, dando-lhes essa energia que faz os átomos mudarem para um estado mais elevado Os átomos para voltarem à sua condição original, cedem energia em forma de calor, luz , energia acústica, radiações eletromagnéticas Tal fato é denominado ionizaçãopor impacto A tensão crítica pela qual se inicia o efeito corona é chamada tensão crítica de corona ( ) 26 cV Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Efeito Corona • A tensão crítica de corona pode ser avaliada pela fórmula semi-impírica: • : tensão crítica de corona (kV) valor de pico • : coeficiente de rugosidade (0,93 para fios e 0,87 para cabos) • : diâmetro do condutor (mm) • : distância entre condutores (mm) • : coeficiente que depende da temperatura e da altitude • : altitude • : temperatura média anual • : freqüência do sistema • : tensão da rede (kV pico) • As perdas podem ser determinadas pela fórmula da PEEK 27 d D dmVc 2 log43,2 t H 273 086,0760386,0 )/(10 2 44,3 32 KmkWVV D d fP c cV m d D H t f V Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Efeito Corona • Para evitar o efeito corona, calcular o diâmetro mínimo equivalente dos condutores de uma LT aérea, sendo a distância média entre os condutores de 7 m, funcionando a 400 kV, numa altitude de 100 m e temperatura média de 22,64 °C. Calcule uma estimativa para as perdas, caso a tensão crítica de corona seja excedida em 10%, sendo a freqüência 60 Hz • Dados fornecidos: 28 mmmD 70007 kVkVVPicokVV LPL 69,5652400400 mH 1000 Ct o64,22 )(87,0 cabosm Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Efeito Corona 29 d D dmVc 2 log43,2 t H 273 086,0760386,0 88,0 69,565cV Condição para não haver efeito corona 2400 2 log88,087,043,2 d D d 07,304 14000 log d d Adotando diferentes valores de d: mmd 100 mmd 200 mmd 160 61,214 14000 log d d 02,369 14000 log d d 72,310 14000 log d d Adotado d=160 mm Deve-se então combinas vários condutores por fase (2, 3 ou 4) para obtenção do diâmetros de 160 mm 2400cV ou Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Efeito Corona 30 )/(10 2 44,3 32 KmkWVV D d fP c A nova tensão crítica para d = 160 mm é: kVVc 78,57878,31088,087,043,2 kVVcef 83,408 Cálculo das Perdas: )/(108,57 14000 160 60 88,0 44,3 32 KmkWP )/(77,83 KmkWP Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Pára-Raios • Usados para proteção dos condutores fases contra surtos atmosféricos Tipos de cabos pára-raios Multi-aterrados Aterrados em todas as estruturas Isolados Usados também para comunicação entre SEs Abastecimento de pequenas vilas ao longo da LT São chamados de pára-raios energizados Seus isoladores possuem baixa tensão disruptiva o O que mantém a prioridade de pára-raios em presença de descarga atmosférica • Material: Aço Galvanizado HS → Alta resistência mecânica EHS → Extra Alta resistência mecânica • São compostos de fios de cabos de aço encordoados Alumowild São fios de aço encordoado revestidos por uma capa de alumínio ACSR Usado somente na formação do cabo 12/7 (12 fios de alumínio e 7 fios de aço) Alta resistência mecânica 31 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Cabos Pára-Raios 32 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Isoladores • Função principal Fixar e isolar os cabos às estruturas São fabricados em Vidro temperado Porcelana Resina sintética Ferragens em aço galvanizado Solicitações Elétricas Tensão nominal Sobre-tensão (manobra e descarga) Solicitações Mecânicas Forças verticais Forças horizontais Robustos na montagem Solicitações Ambientais Poluição Tipos mais utilizados Pino: até 69 kV Disco: Formam as cadeias de isoladores (suspensão e ancoragem) 33 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Isoladores • Os cabos são suportados pelas estruturas através dos isoladores, que, como seu próprio nome indica, os mantém isolados eletricamente das mesmas. Devem resistir tanto a solicitações mecânicas quanto elétricas • Os esforços são transmitidos pelos isoladores às estruturas, que devem absorvê- los • As solicitações de natureza elétrica a que um isolador deve resistir são as tensões mais elevadas que podem ocorrer nas LTs, e que são: Tensão normal e sobretensões em frequência industrial; Surtos de sobretensão de manobra que são de curta duração podendo, no entanto, atingir níveis de 3 a 5 vezes a tensão normal entre fase e terra Sobretensões de origem atmosférica, cujas intensidades podem sr muito elevadas e variadas • Um isolador eficiente deve ainda ser capaz de fazer o máximo uso do poder isolante do ar que o envolve a fim de assegurar isolamento adequado. A falha de um isolador pode ocorrer tanto no interior do material (perfuração) ou pelo ar que o envolve (descarga atmosférica) • Não produção de rádio interferência Em geral, causada nos isoladores por minúsculos pontos de disrupção elétrica para o ar Efeito corona 34 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Isoladores 35 Isoladores de Pino Isoladores de disco Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Isoladores 36 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Ferragens • Utilizadas para o engastamento de condutores, isoladores e estruturas São fabricados de aço forjado, zincado a quente • Tipos Amortecedores Servem para amortecer as vibrações dos condutores e pára-raios Usa-se em circuitos múltiplos anéis separadores como amortecedores a cada 50 m Espaçadores Usados junto às estruturas para separar os condutores múltiplos Geralmente utilizados em conjunto com os amortecedores Contrapeso Tem a função de diminuir a resistência de aterramento das estruturas, a fim de se obter melhor desempenho, quando a linha está sujeita a surtos atmosféricos São de aço ou do tipo Copperweld, enterrados no solo e conectados às estruturas 37 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Estruturas • Servem para suporte dos condutores e cabos pára-raios, mantendo uma distância mínima entre condutores e o solo • Materiais mais utilizados Aço Concreto Madeira Treliça de aço galvanizado 38 14 Disposição Horizontal: Disposição Vertical: Disposição Triangular: 230/345/500/765kV Distribuição Primária 13,8/34,5kV Distribuição Secundária 220/127V Circuito Simples 138kV Circuito Duplo 138kV Circuito Simples 138kV Curso de “Transmissãode Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Estruturas 39 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Escolha da Tensão de Funcionamento • Dados básicos para a escolha Potência a transmitir Distância a vencer • A tensão de transmissão pode também ser um dado a mais Interligação entre dois pontos já existentes Caso exista a possibilidade de escolha da tensão, então um estudo de otimização terá que ser realizado • Primeira Aproximação a) Baseado no comprimento Não leva em consideração a potência b) Baseado na potência Não leva em consideração o comprimento. Deve ser usada para tensões acima de 150 kV c) Fórmula de Still Linhas maiores que 30 km 40 kmkV 6,010 PV 100 62,05,5 P LV MWunidadeP kVunidadeV kmunidadeL kWunidadeP kVunidadeV Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Escolha da Tensão de Funcionamento d) Dimensionamento com base nas perdas As perdas por efeito joule e corona representam um ônus na transmissão, reduz-se este problema com o aumento da bitola do condutor, que por sua vez, aumenta o custo da instalação inicial (custo de capital). Deve-se procurar o custo total mínimo Ordem de grandeza do custo para uma linha de 230 kV Condutores (30%), Suportes (50%), Isoladores (10%), Outros (10%) Outra referência para a escolha do nível de tensão Custo mínimo x MW transportado 41 16 O custo total não aumenta com o diâmetro do condutor. Ordem de grandeza do custo para uma linha de 230 KV: - Condutores : 30 % - Suportes : 50 % - Isoladores : 10 % - Outros : 10 % P1 P2 69 KV 138 KV 230 KV MW transportado Outra referência para a escolha do nível de tensão: Custo mínimo x MW transportado Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Escolha da Tensão de Funcionamento • Potência transmitida 42 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Escolha da Tensão de Funcionamento • Custo de transmissão por kW transmitido para linhas de 345 kV e 750 kV considerando comprimento da linha fixo 43 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Escolha da Tensão de Funcionamento • Efeito da distância sobre o custo de transmissão por kW 44 Curso de “Transmissão de Energia Elétrica – ENE054” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2015/02 Escolha da Tensão de Funcionamento • Custos fixos/variáveis 45