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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
ATOS E FATOS PROCESSAIS
- processo tramita por meio de atos, sistema de preclusão e acontecimentos naturais não provocados pela vontade humana (morte, perecimento de objeto, etc)
- Hélio Tornaghi – processo é um conjunto de atos, fatos e negócios processuais
- diferença entre ato e fato processual
- Calmon de Passos - ato processual é aquele que produz efeitos no processo – fora do processo é apenas um ato jurídico 
- ato processual é o praticado pelo advogado, partes, juiz, auxiliares da Justiça e até terceiros no processo – transação, compromisso arbitral, pagamento são atos de direito material com efeitos reflexos sobre o processo
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
- não há consenso na doutrina – critérios objetivo (objeto do ato) e subjetivo (pessoa que pratica)
- critério objetivo – Guasp e Frederico Marques – momentos da relação processual
a) atos de iniciativa – instaurar a relação processual – ex. petição inicial
b) atos de desenvolvimento – movimentam o processo:
b.1) atos de instrução – provas e alegações
b.2) – atos de ordenação – impulso, direção, formação
c) atos de conclusão – atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes – renúncia, transação e desistência
- Chiovenda e Lopes da Costa – classificação subjetiva – (nosso CPC): 
a)atos das partes
b) atos dos órgãos jurisdicionais
- para o CPC: atos das partes (arts. 158 a 161); atos do juiz (arts. 162 a 165) e atos do escrivão ou chefe de secretaria (arts. 166 a 171)
- outras pessoas também podem praticar atos jurídicos – oficiais de justiça, peritos, testemunhas, etc – tornando incompleta a classificação do CPC 
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
- conceito - é o conjunto de solenidades para que o ato seja eficaz
- quanto à forma – ato pode ser 
solene – via de regra se subordinam à forma escrita, termos adequados, lugares e tempo.
não solene – atos de forma livre e sua prova se dá por qualquer meio admitido em direito
- críticas à necessidade das formas – longa e inútil querela, perda do direito / busca um sistema simplificado sem formalidades
-formas são necessárias – evitam a desordem, incerteza / visam a segurança das partes – não é capricho do legislador
- condena-se o excesso de formalismo – a virtude está no meio termo
- moderna legislação não sacrifica a validade dos atos por questões ligadas ao excessivo e intransigente rigor quando relacionadas com atos meramente instrumentais
- CPC – art. 154 – regra liberal
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial.
- quando o texto legal cominar expressamente a pena de nulidade para a inobservância de determinada forma – caso das citações – não incide a regra do art. 154
- o ato solene ineficaz pode ser suprido por outro por outro proporcionando o mesmo efeito – citação (art. 214, §3º)
PUBLICIDADE
- princípio fundamental – art. 93, IX, CF; 155 do CPC
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
- todos podem conhecer atos e termos processuais – obter certidões e traslados
- audiências são públicas
- processos em segredo de justiça por ordem pública e por foro íntimo
- art. 155
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.
- audiência a portas fechadas (art. 444) – presença do juiz, auxiliares, partes, advogados e MP
- terceiros podem obter certidão do dispositivo – juiz indefere o pedido se não demonstrar interesse jurídico 
MEIOS DE EXPRESSÃO
- processo é composto por atos jurídicos – declarações de vontade – exteriorizados através da linguagem escrita e oral
- petições são escritas / há atos orais – pregão e audiências – reduzidos a termo para ficar documentado no processo
- língua oficial no processo – português – nosso vernáculo (art. 156)
Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.
Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.
- documentos em língua estrangeira – traduzidos por tradutor juramentado (art. 157)
- se não tiver tradutor – parte junta o documento + pedido de nomeação pelo juiz de um tradutor ad hoc
- partes e testemunhas estrangeiras que não falam português – intérprete (art. 152, II e III)
- pessoas que não puderem exprimir a sua vontade (mudos)
ATOS DAS PARTES
DESISTÊNCIA
- é a abdicação expressa da posição processual pelo autor
- abre mão do processo – não do direito material
- extinção do processo sem julgamento do mérito – não faz coisa julgada material
- momentos (art. 267, §4º):
1- ato unilateral – antes do fim do prazo de resposta do réu – para a doutrina “antes da apresentação da contestação”
2- ato bilateral – após a contestação até a sentença
§ 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
-após a sentença – ato das partes não pode desfazer a decisão do juiz / autor pode desistir do recurso – faz coisa julgada material
- réu revel – pode desistir sem o seu consentimento – não traz prejuízo
- autor após a sentença pode renunciar o direito material – não depende de consentimento
- juiz pratica 2 atos – a) homologa a desistência; b) declara extinto o processo sem julgamento de mérito
DESISTÊNCIA DO RECURSO
- recorrente pode desistir do recurso até o início da votação – não depende de consentimento
- através de petição assinada por advogado com poderes especiais
- desistência é posterior – renúncia é anterior
- provoca o trânsito em julgado – faz coisa julgada material
CONCILIAÇÃO
- composição do litígio é objetivo do processo – pode ser por sentença (heterocomposição) ou acordo das partes (autocomposição)
- autocomposição - mais rápida, prática e conveniente
- legislador privilegia a autocomposição em 2 momentos – início da audiência preliminar e início da audiência de instrução e julgamento (CPC, 448)
- diferença entre conciliação e transação
- só quando tem audiência pode haver conciliação
- sempre nos processos de natureza patrimonial privada – rito ordinário, sumário, especial, cautelar
- também causas relativas à família – separação judicial (Lei 968/49) e alimentos (Lei 5478/88)
- audiência preliminar – conciliação é parte essencial da audiência
- não é indispensável a presença das partes – ausência é entendida como recusa ao acordo
- não há nulidade pela falta do juiz em tentar a conciliação – STF – não há prejuízo para as partes
- Lei 8952/94 modificou a nomenclatura da audiência para audiência preliminar
- procedimento da conciliação nas duas audiências
Art. 447. Quando o litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter privado, o juiz, de ofício, determinará o comparecimento das partes ao início da audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. Em causasrelativas à família, terá lugar igualmente a conciliação, nos casos e para os fins em que a lei consente a transação.
Art. 448. Antes de iniciar a instrução, o juiz tentará conciliar as partes. Chegando a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo.
Art. 449. O termo de conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, terá valor de sentença.
TRANSAÇÃO
- conceito – é o negócio jurídico bilateral para prevenir ou terminar litígio mediante concessões recíprocas (CC, 840)
Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
- dispensa pronunciamento do juiz sobre o mérito – só verifica a capacidade das partes, a licitude do objeto e a forma regular do ato
- extingue o processo com julgamento de mérito – embora o juiz não tenha julgado – faz coisa julgada material
- momentos – antes, durante e depois (da sentença) do processo
- pode se dar por documento celebrado pelas partes ou termo nos autos
- somente por pessoas maiores e capazes e em se tratando de direitos disponíveis (CC, 841) – motivo: envolve renúncia de direitos
Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação.
- Retratação e Rescisão da Transação
- a transação tem 2 momentos de eficácia:
a) entre as partes – ato é perfeito e acabado logo após declaração de vontade
b) para o processo – momento da homologação – tem dupla eficácia:
b.1)homologa e extingue o processo;
b.2) atribui ao ato das partes a qualidade de ato processual com aptidão para gerar coisa julgada e formar um título executivo judicial (CPC, 269, III e 584, III)
ATOS DO JUIZ
- atos de natureza decisória – sentença e decisão interlocutória
SENTENÇA
- é o ato que dá resposta ao pedido da parte – prestação jurisdicional do Estado
- conceito de sentença – art. 162, CPC - modificação do conceito pela Lei 11.232/05
- sentença nem sempre põe fim ao processo
- juiz não pode alterar o seu julgamento – salvo modificações materiais e por meio de recurso – preclusão consumativa / pro judicato
Art. 463. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
I - para Ihe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou Ihe retificar erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.
- classificação: 
1- terminativa – não julga o mérito – pode ajuizar novamente a ação – faz coisa julgada formal
2- definitiva – julga definitivamente o mérito – faz coisa julgada material
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
- art. 162, CPC – ato do juiz que resolve questão incidental – questões de fato e de direito – não põe fim ao processo
- é ato do juiz de natureza decisória – recorrível – recurso combate só o conteúdo da decisão mas não resolve a lide
- fundamentação concisa sob pena de nulidade (CPC, 165 e CF, 93, IX)
Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
DESPACHO
- são ordens judiciais dispondo sobre o andamento do processo
- também chamados de despachos ordinatórios ou de mero expediente
- não tem cunho decisório – não cabe recurso – não envolve direito ou interesse e não traz prejuízo
- ex officio ou a requerimento – ex. designação de audiência, abertura de vistas, contrarrazões
- caso de dúvida – vale a natureza jurídica da decisão
- não gera preclusão – ex. despacho liminar de citação – o juiz pode posteriormente declarar a inépcia da inicial
- Lei 8.952/94 acrescentou §4º ao art. 162 – permite a delegação de atos ao escrivão ou secretário
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
ATOS DO ESCRIVÃO
ATOS DE DOCUMENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
- processo movimenta-se por impulso oficial – prazos contínuos e peremptórios
- atos praticados devem ser documentados e comunicados
- principal órgão auxiliar do juiz é o escrivão ou secretário – encarregado da documentação, comunicação e movimentação
- tarefas no art. 141
Art. 141. Incumbe ao escrivão:
I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo;
IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto:
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo;
V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no art. 155.
- atos de documentação – representam por escrito as declarações de vontade das partes, terceiros e membros do Judiciário - ex: depoimento da parte, sentença oral (decisões só produzem efeito depois de documentadas e publicadas)
- a documentação do ato é feita pelo termo do secretário
- atos de comunicação ou intercâmbio – servem para dar ciência aos sujeitos do processo acerca dos atos e fatos ocorridos para que exerçam os seus direitos ou suportem os ônus
- principais: citações e intimações
- atos de movimentação – todos os atos do diretor de secretaria estão movimentando o processo
- os atos do diretor de secretaria tem presunção de veracidade
PRINCIPAIS ATOS
autuação – consiste em colocar uma capa sobre a petição na qual será lavrado um termo contendo o juízo, natureza do feito, número de registro nos assentos do cartório (secretaria), nomes das partes e data do seu início (CPC, 166)
- sempre que o volume estiver muito grande – faz-se nova autuação
- compete também ao diretor de secretaria numerar e rubricar as páginas dos autos principais e suplementares (CPC, 167)
Termos processuais
- termos mais comuns que o diretor de secretaria redige:
a) juntada – é o ato que o diretor de secretaria certifica o ingresso de uma petição ou documento nos autos
b) vista – ato de franquear os autos às partes para que o advogado se manifeste sobre algum evento processual (carga)
c) conclusão – ato que certifica o encaminhamento dos autos ao juiz
d) recebimento – ato que documento o momento em que os autos retornaram à secretaria após vista ou conclusão.
INTERCÂMBIO PROCESSUAL
- processo se desenvolve em obediência aos princípios da publicidade e do contraditório – partes devem ter conhecimento de tudo para se defenderem
- CPC de 1939 classificava os atos: citação, intimação e notificação / CPC/73 só citação e intimação / notificação só parao procedimento especial das medidas cautelares – art. 873, do CPC
- órgãos que se encarregam da comunicação são – secretário (escrivão) e oficial de justiça
- em alguns casos são utilizados órgãos estranhos ao Judiciário – correio (CPC, 222) e a imprensa (CPC, 231)
FORMA DOS ATOS DE COMUNICAÇÃO
- real ou presumida
- real – ciência é dada diretamente à pessoa interessada, ex. secretário, oficial de justiça, correio
- presumida – quando feita através de órgão ou de terceiro que se presume faça chegar a ocorrência ao conhecimento do interessado, ex. edital, hora certa e imprensa
ATOS PROCESSUAIS FORA DOS LIMITES TERRITORIAIS DO JUÍZO
- regras de competência restringem a competência do juiz aos limites da sua circunscrição territorial – não pode determinar diretamente atos em outra comarca
- intercâmbio processual entre juízos – cartas (CPC, 200)
- espécies – carta de ordem, carta rogatória e carta precatória (CPC, 201) (também de tribunal para juiz que não esteja subordinado a ele)
REQUISITOS DAS CARTAS (CPC, 202)
- requisitos:
I – indicação do juízo de origem e de cumprimento
II – inteiro teor da petição, despacho judicial e instrumento de mandato do advogado
III – menção do ato processual que lhe constitui o objeto
IV – assinatura do juiz
- qualquer outra peça que possa instruir – mapas, desenhos ou gráficos (CPC, 202, §1º)
- exame pericial em documento – original deve estar em anexo (CPC, 202, §2º)
- para evitar paralisação do processo – juiz fixa prazo de cumprimento da carta (CPC, 203) – juiz deprecado pode dilatar comunicando ao juiz deprecante
CUMPRIMENTO DAS CARTAS
- juízo que expede a carta – deprecante, rogante, ordenante
- juízo que expede o mandado de cumprimento – deprecado, rogado, ordenado
CARTA DE ORDEM
- comunicação originada de um tribunal da federação a um juiz a ele subordinado
- existência de hierarquia
- não há solicitação – há ordem
- ex. ações de competência originária dos tribunais – ação rescisória – para ouvir testemunhas ou colher outras provas.
CARTA PRECATÓRIA
- mais frequente
- envolve juízos não marcados pela relação de subordinação
- juiz de origem solicita a prática do ato processual
- tem que cumprir os requisitos do art. 202 e também indicar o prazo para o seu cumprimento
- juízo deprecado pode prorrogar o prazo de cumprimento – comunicar o juízo deprecante demonstrando a impossibilidade de cumprimento no prazo estipulado
- não pode recusar o cumprimento, salvo:
a) quando não se revestir dos requisitos legais do art. 202
b) quando incompetente para a prática do ato em razão da matéria ou hierarquia
c) quando tiver dúvidas quanto à sua autenticidade
- tem que fundamentar sua decisão de recusa (CPC, 209)
- jurisprudência - rol do art. 209 é taxativo
- juízo deprecado não pode ingressar nos motivos para determinação da realização da carta precatória – limita-se a cumprir a carta
- caráter itinerante (CPC, 204)
CARTA ROGATÓRIA
- CPC, 210 – segue convenção internacional entre o Brasil e país destinatário
- falta de convenção – remetida por via diplomática depois de traduzida para a língua do país destinatário por tradutor juramentado (CPC, 210)
- no Brasil – depende de exequatur do presidente do STJ (CF, 105, I, alínea “i”) – vincula o juízo inferior – segue regulamento do STJ – cumprimento pelos juízes federais de 1º grau de jurisdição (CF, 109, X)
Procedimento
- o destinatário residente no País impugná-la no prazo de 5 dias – também o Procurador-geral
- impugnação pode versar – autenticidade da carta, afronta à soberania nacional e à ordem pública
- não sofrendo impugnação ou sendo rejeitada – presidente do STJ determina encaminhamento ao juízo federal – cumprida – devolvida ao STJ – remessa à autoridade estrangeira, na forma da convenção ou por via diplomática
Previsão do Regimento Interno do STJ:
CAPÍTULO II Da Concessão de Exequatur a Cartas Rogatórias (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-O. É atribuição do Presidente conceder exequatur a cartas rogatórias, ressalvado o disposto no art. 216-T. 
§ 1º Será concedido exequatur à carta rogatória que tiver por objeto atos decisórios ou não decisórios. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
§ 2º Os pedidos de cooperação jurídica internacional que tiverem por objeto atos que não ensejem juízo deliberatório do Superior Tribunal de Justiça, ainda que denominados de carta rogatória, serão encaminhados ou devolvidos ao Ministério da Justiça para as providências necessárias ao cumprimento por auxílio direto. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-P. Não será concedido exequatur à carta rogatória que ofender a soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem pública. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-Q. A parte requerida será intimada para, no prazo de quinze dias, impugnar o pedido de concessão do exequatur. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
§ 1º A medida solicitada por carta rogatória poderá ser realizada sem ouvir a parte requerida, quando sua intimação prévia puder resultar na ineficiência da cooperação internacional. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
§ 2º No processo de concessão do exequatur, a defesa somente poderá versar sobre a autenticidade dos documentos, a inteligência da decisão e a observância dos requisitos previstos neste Regimento. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-R. Revel ou incapaz a parte requerida, dar-se-lhe-á curador especial. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-S. O Ministério Público Federal terá vista dos autos nas cartas rogatórias pelo prazo de dez dias, podendo impugnar o pedido de concessão do exequatur. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-T. Havendo impugnação ao pedido de concessão de exequatur a carta rogatória de ato decisório, o Presidente poderá determinar a distribuição dos autos do processo para julgamento pela Corte Especial. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014)
Art. 216-U. Das decisões do Presidente ou do relator na concessão de exequatur a carta rogatória caberá agravo. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-V. Após a concessão do exequatur, a carta rogatória será remetida ao Juízo Federal competente para cumprimento. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
§ 1º Das decisões proferidas pelo Juiz Federal competente no cumprimento da carta rogatória caberão embargos, que poderão ser opostos pela parte interessada ou pelo Ministério Público Federal no prazo de dez dias, julgando-os o Presidente deste Tribunal. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
§ 2º Os embargos de que trata o parágrafo anterior poderão versar sobre qualquer ato referente ao cumprimento da carta rogatória, exceto sobre a própria concessão da medida ou o seu mérito. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-W. Da decisão que julgar os embargos cabe agravo. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Parágrafo único. O Presidente ou o relator do agravo, quando possível, poderá ordenar diretamente o atendimento à medida solicitada. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014) 
Art. 216-X. Cumprida a carta rogatória ou verificada a impossibilidade de seu cumprimento, será devolvida ao Presidente deste Tribunal no prazo de dez dias, e ele a remeterá, em igual prazo, por meio do Ministério da Justiça ou do Ministério das Relações Exteriores, à autoridade estrangeira de origem. (Incluído pela Emenda Regimental n. 18, de 2014)
CASOS URGENTES
Em caso de urgência – cartas precatória e de ordem podem ser remetidas por telegrama, radiograma ou telefone 
- telegrama ou radiograma – dados do art. 202 são resumidos e agência expedidora declarará reconhecida a assinatura do juiz
- procedimento por telefone: transmitirá ao secretário do 1º Ofício da 1ª Vara – mesmo dia ou dia útil imediato – retorna telefonema lendo o conteúdo da carta e solicitando confirmação (CPC,207, §1º) – certifica o ocorrido e submete ao despacho judicial (CPC, 207, §2º)
- Lei 11.419/2006 – carta pode ser expedida por meio eletrônico (CPC, 202, §3º) – assinatura eletrônica do juiz
CUSTAS
- preparo comum conforme lei local
- cartas urgentes – cumprimento imediato – deposita importância no juízo deprecante (CPC, 208) – não pode deixar de cumprir por falta de preparo
- falta de preparo – juiz deprecado pode devolver a carta sem cumprimento
- cumpridas as cartas – feito o preparo – devolvida em 10 dias (CPC, 212)
- TABELA DE CUSTA DO TJEPA:
XII- cartas precatórias: 
 atos de distribuidor........................................ R$ 42,32 
 taxa de distribuição....................................... R$ 33,30 
 custas processuais........................................ R$ 141,92 
 
 - no primeiro grau crime: 
 I - ação penal privada ..................................... R$ 71,33 
 - no Segundo Grau (feitos de competência originária): 
 I - atos do Tribunal de Justiça ........................ R$ 15,69 
 II - atos da Secretaria do Tribunal de Justiça ( obedecer a tabela de atos do escrivão, no primeiro grau cível) 
 III - atos da Distribuição do TJE...................... R$ 42,32 
Art. 12 - O interessado depositará no juízo deprecante a importância estimada para as custas e despesas com precatória, rogatória e carta de ordem, cuja expedição requerer, observadas as tabelas aplicáveis. (Provimento 005/2002 da Corregedoria Geral de Justiça)
CITAÇÃO
CONCEITO
- ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado para se defender 
- Alexandre F. Câmara - é o ato pelo qual se integra o réu na relação processual, angularizando-a.
- Vicente Greco Filho – é o ato de chamamento do réu a juízo e que o vincula ao processo e a seus efeitos
- cita-se também os terceiros intervenientes
- é um pressuposto processual de validade
- ato que aperfeiçoa a relação processual – falta gera nulidade (CPC, 214) – pode ser argüida até em ação rescisória (CPC, 714, I)
- para todos os processos – até para jurisdição voluntária quando envolve interesse de terceiro (CPC, 1.105)
- processo pode existir validamente sem a citação – caso de indeferimento da petição inicial ou comparecimento espontâneo
- a citação é pressuposto de validade dos atos posteriores
SUPRIMENTO DA CITAÇÃO
- a ausência ou irregularidade da citação não torna nulo o processo caso o réu compareça espontaneamente em juízo estabelecendo o contraditório (CPC, 214, §1º)
- revelia do réu torna nulo o processo (CPC, 247)
- se o comparecimento do réu foi somente para alegar a nulidade da citação – juiz não determina nova citação – está citado na data da intimação da decisão (CPC, 214, §2º)
LOCAL DA CITAÇÃO
- regra geral – em qualquer lugar em que se encontre o réu (CPC, 216)
- militar ativo – só será citado na unidade em que serve se não for conhecida a sua residência ou não for encontrado
IMPEDIMENTO LEGAL PARA REALIZAÇÃO DA CITAÇÃO
- circunstâncias momentâneas – salvo caso de necessidade para evitar perecimento do direito – ex. prescrição e decadência
- casos:
1- culto religioso
2 – ao cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, na linha reta e na colateral até o 2º grau – no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes
3 – aos noivos – 3 primeiros dias de bodas
4 – aos doentes – enquanto grave seu estado
- se tiver procurador com poderes – pode receber a citação
DESTINATÁRIOS DA CITAÇÃO
- réu ou procurador legalmente autorizado (CPC, 215)
- réu incapaz – para o representante legal (pai, tutor ou curador)
- pessoa jurídica – a quem tenha poder estatutário para representá-la em juízo (CPC, 215) – teoria da aparência
- pessoa formal
- exceções:
Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.
§ 1o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.
Art. 218. Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de recebê-la.
§ 1o O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O juiz nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias.
§ 2o Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A nomeação é restrita à causa.
§ 3o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu.
EFEITOS DA CITAÇÃO
- a citação será: real ou ficta – a primeira é a preferida
- citação válida produz os seguintes efeitos (219):
1 – efeitos processuais:
a) torna prevento o juízo
b) induz litispendência
c) faz litigiosa a coisa
2 – efeitos materiais (operam a sua eficácia mesmo que determinados por juiz incompetente (CPC, 219):
d) constitui em mora o devedor
e) interrompe a prescrição
PREVENÇÃO
- é a fixação da competência de um juiz em face de outros que teriam competência para a causa
- se aplica aos casos de conexão
- tem em consideração a 1ª citação válida
- juízes da mesma comarca – torna prevento o despacho da petição inicial (CPC, 106) 
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.
LITISPENDÊNCIA
- o mesmo litígio não poderá voltar a ser objeto – entre as mesmas partes – de outro processo enquanto não extinguir o pendente
- visa: evitar o desperdício de energia jurisdicional; impedir pronunciamentos judiciários contraditórios
LITIGIOSIDADE
- o bem jurídico disputado fica vinculado à sorte da causa
- o bem pode ser alienado – não pode ser alterado
- a oponibilidade perante terceiros depende de prévia inscrição da citação no Registro Público ou de prova de má fé do estranho (terceiro)
MORA
- citação constitui o devedor em mora – reconhecida judicialmente a sua inadimplência
PRESCRIÇÃO
- a citação interrompe a prescrição segundo o CPC – CC diz que é do despacho do juiz (CC, 202, I)
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 2o   Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 3o   Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
§ 5º O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição.   (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006)
§ 6o Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Explicar que este artigo foi revogado parcialmente – divergência doutrinária
- não é apenas o despacho da petição inicial que interrompe a prescrição – Código Civil
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
	Processo
	REsp 1236874 / RJ
RECURSO ESPECIAL
2011/0030007-0
	Relator(a)
	Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
	Órgão Julgador
	T3 - TERCEIRA TURMA
	Data do Julgamento
	11/12/2012
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 19/12/2012
	Ementa
	PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF.
FUNDAMENTO DO ACÓRDÃO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. LIQUIDAÇÃO DE DANOS RESULTANTES DA EXECUÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO REQUERENTE. ART. 811, I, DO CPC. PRETENSÃO QUE SURGE A PARTIR DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA NO PROCESSO PRINCIPAL. MARCO INICIAL DA PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO. CITAÇÃO EM DEMANDA DIVERSA. DESCABIMENTO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. SIMILITUDE FÁTICA. INEXISTÊNCIA.
1. A ausência de decisão acerca dos argumentos invocados pelo recorrente em suas razões recursais, apesar da interposição de embargos de declaração, impede o exame da irresignação.
2. Quando a fundamentação do recurso não permite a exata compreensão da controvérsia, revela-se inviável a admissão da insurgência.
3. A existência de fundamento do acórdão recorrido não impugnado - quando suficiente para a manutenção de suas conclusões - obsta, quanto ao ponto, a apreciação do recurso especial.
4. O requerente da medida cautelar responde ao requerido, caso a sentença do processo principal lhe seja desfavorável, pelo prejuízo decorrente de sua execução. Trata-se de responsabilidade processual objetiva, cuja liquidação é processada nos autos da própria cautelar.
5. A pretensão ao ressarcimento dos danos originados pela execução de medida de natureza cautelar nasce da sentença que julga improcedente o pedido deduzido no processo principal. Conquanto já causado o dano, o poder de exigir coercitivamente o cumprimento do dever jurídico de indenizar surge, por força de disposição legal expressa (art. 811, I, do CPC), tão somente com a prolação da sentença desfavorável na ação matriz.
6. O marco inicial da prescrição dessa pretensão, portanto, é o trânsito em julgado da sentença proferida no processo principal, e não a data em que foi efetivada a medida causadora do prejuízo. 
7. O despacho do juiz que ordena a citação interrompe a prescrição, apenas, da respectiva pretensão deduzida em juízo, não irradiando efeitos sobre outras pretensões ainda não formuladas pelo titular do direito subjetivo correlato.
8. O exame do dissídio jurisprudencial é inviabilizado caso não haja similitude fática entre os acórdãos apontados como divergentes.
9. Recurso especial não provido.
	Processo
	AgRg no REsp 1131345 / SP
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
2009/0148643-2
	Relator(a)
	Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA (1123)
	Órgão Julgador
	T3 - TERCEIRA TURMA
	Data do Julgamento
	18/06/2013
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 28/06/2013
	Ementa
	AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA N. 284/STF. PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 282/STF. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO. JUÍZO INCOMPETENTE. RETROAÇÃO À DATA DA PROPOSITURA DA AÇÃO.
1. "É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia" (Súmula n. 284/STF).
2. Aplica-se o óbice previsto na Súmula n. 282/STF quando a questão infraconstitucional suscitada no recurso especial não foi enfocada no acórdão recorrido nem, a respeito, foram opostos embargos de declaração.
3. A citação válida, ainda que ordenada por juiz incompetente, interrompe a prescrição, que retroagirá à data da propositura da ação. Arts. 219, caput e § 1º, do CPC e 202, I, do Código Civil.
4. Agravo regimental desprovido.
	Processo
	AgRg no AREsp 316215 / SP
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2013/0077733-7
	Relator(a)
	Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
	Órgão Julgador
	T4 - QUARTA TURMA
	Data do Julgamento
	11/06/2013
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 18/06/2013
	Ementa
	AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO ACIDENTE PESSOAL. AJUIZAMENTO DE ANTERIOR DEMANDA, COM CITAÇÃO VÁLIDA. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO ANTE A ILEGITIMIDADE PASSIVA. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Esta Corte Superior de Justiça consolidou o entendimento de que a citação válida, excepcionando-se as causas do art. 267, II e III, do Código de Processo Civil, interrompe a prescrição.
2. Na presente hipótese, mesmo tendo sido extinta sem resolução de mérito a ação anteriormente proposta, a citação no prazo e na forma da lei processual é suficiente a obstar a suscitada prescrição e viabilizar o prosseguimento do feito.
3. Agravo regimental não provido.
Processo
AgRg no AREsp 609973 / SE
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2014/0289650-0
 
Relator(a)
Ministro HUMBERTO MARTINS (1130)
Órgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento
05/02/2015
Data da Publicação/Fonte
DJe 12/02/2015
Ementa
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AÇÃO DE COBRANÇA. INDENIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO NÃO OCORRENTE. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL PELO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DECLARATÓRIA QUESTIONANDO A ILICITUDE DO ATO EXONERATÓRIO. TERMO INICIAL DO PRAZO. DATA DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA QUE RECONHECEU A ILEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO QUE EXONEROU O SERVIDOR. PRECEDENTES DO STJ. SÚMULA 83/STJ.
1. Impõe-se o não conhecimento do recurso especial por ausência de prequestionamento relativamente à suposta violação do art. 11, I, da CLT, entendido como o indispensável exame da questão pela decisão atacada, apto a viabilizar a pretensão recursal. Incidência, por analogia, da Súmulas 282 e 356 do STF. Ressalte-se que não foram opostos os cabíveis embargos declaratórios a fim de suscitar a omissão do julgado.
2. Inafastável a incidência da Súmula 83/STJ no presente caso, uma vez que a Corte de origem decidiu a controvérsia em consonância com o entendimento uníssono desta Corte no sentido de que a prescrição da ação de cobrança, de cunho condenatório, interrompe-se com a citação válida em prévia ação declaratória ajuizada com a finalidade de ser reconhecida a invalidade do ato que deu origem aos valores pleiteados, ficando suspenso até a data do trânsito em julgado da referida ação.
3. Precedentes: AgRg no AREsp 378.424/SC, Rel. Min. Raul Araújo, Quarta Turma, DJe 16/9/2014; REsp 1.354.361/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe 15/4/2013; AgRg no AgRg no AREsp 161.565/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 23/8/2012; AgRg nos EDcl no REsp 1.074.907/RS, Rel. Min. Og Fernandes, Sexta Turma, DJe 22/6/2011; EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 1.102.402/SP, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 29/6/2010; AgRg no AgRg no REsp 684.789/RJ, Rel. Min. MAURO Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 2/10/2009; EDcl nos EDcl no REsp 444.825/PR, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, DJ 1º/2/2006, p. 430.
Agravo regimental improvido.
ANTECIPAÇÃO DO EFEITO INTERRUPTIVO DA PRESCRIÇÃO
- se o autor promove a citação do réu – 10 dias seguintes ao despacho que ordenou a citação – prescrição interrompida retroativamente na data da propositura da ação (CPC, 219, §§ 1º e 2º)
- prazo poderá ser prorrogado pelo juiz por 90 dias (§3º) – a requerimento da parte
- atrasos no serviço judiciário não prejudicam o autor (§2º)
- em caso de descumprimento dos prazos – prescrição interrompidana data da citação (§4º)
- o juiz pode pronunciar de ofício a prescrição (§5º) – alteração da Lei 11.280/06
- passada em julgado a sentença que decretou a prescrição – secretário comunicará ao réu o resultado do julgamento (§6º)
- CPC, 220 – diz que as regras do art. 219 se aplicam a todos os prazos extintivos previstos na lei – também à decadência
Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.
 
MODOS DE REALIZAR A CITAÇÃO
- CPC, 221 – citação realiza-se:
I – pelo correio
II – por oficial de justiça
III – por edital
IV – por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria
CITAÇÃO PELO CORREIO
- instituída no CPC/73 – baseou nas experiências ações trabalhistas e alimentos
- Lei 8.710/93 – deu nova redação ao art. 222 do CPC – regra geral
- não depende de requerimento da parte
- casos de inaplicabilidade legal:
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
a) nas ações de estado; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
b) quando for ré pessoa incapaz; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
c) quando for ré pessoa de direito público; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
d) nos processos de execução; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
f) quando o autor a requerer de outra forma. (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
- carta com AR encaminhada pelo secretário – acompanhada de cópias da petição inicial, despacho do juiz – advertência do art. 285, informação acerca do prazo de resposta, o juízo e cartório com o respectivo endereço
Art. 223. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juízo e cartório, com o respectivo endereço. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração. (Incluído pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
- entrega pessoal ao réu – é citação real
- carteiro não dispõe de fé pública para certificar a recusa de recebimento – citação frustrada
- pode ser para qualquer comarca do Brasil – inclusive fora dos limites territoriais do juiz
- prazo de resposta começa a fluir da juntada do AR nos autos – ato processual complexo
- pessoa jurídica – citação válida se o AR foi assinado por quem exerça poderes de gerência geral ou administração - teoria da aparência
CITAÇÃO POR OFICIAL DE JUSTIÇA
- é utilizado nos casos de impossibilidade da citação pelo correio ou a pedido do autor
- também nos casos de frustração da citação pelo correio
Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio. (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)
- para realizar a citação o oficial de justiça deve portar o mandado
- mandado deve conter os seguintes requisitos:
Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - a cominação, se houver; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
V - a cópia do despacho;  (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
VI - o prazo para defesa; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
- o mandado poderá ser simplificado se autor juntar cópias para entregar aos réus
- a ausência desses requisitos torna nula a citação
- ao realizar a citação o oficial de justiça deverá proceder da seguinte forma:
Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.
- após cumprido o mandado – oficial de justiça devolve o mesmo à secretaria + a certidão da diligência
Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;
- a falta da certidão ou seus defeitos tornam nula a citação
- comarcas contíguas, de fácil comunicação ou região metropolitana
CITAÇÃO COM HORA CERTA
- réu – por malícia – não é encontrado
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
- requisitos:
a) objetivo – procurar o réu em seu domicílio por 3 vezes
b) subjetivo – suspeitar da ocultação
- oficial deve na certidão indicar os fatos que o levaram a suspeitar da ocultação
- oficial pode intimar qualquer pessoa da família – na sua falta vizinho ou porteiro do edifício – no dia seguinte irá voltar em hora determinada
- terceiro – pessoa capaz – anotar o CPF e RG
- 3 diligências não precisam ser no mesmo dia
- pode ser na sua residência ou no endereço comercial / Marinoni – em qualquer lugar que possa ser encontrado
- no dia e hora marcados – oficial retorna à residência do réu
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.
- se o réu for encontrado a citação será feita normalmente
- se réu não for encontrado – oficial vai tentar saber o motivo e não considerado justo – dará por feita a citação mesmo sem a presença do réu
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.
§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
- oficial cita uma pessoa da família – não precisa ser a mesma que foi intimada no dia anterior
- pessoa tem que ser capaz 
- certifica o ocorrido – deve constar dias e horas que procurou o citando, locais da procura, motivos que o levaram a suspeitar da ocultação, nome da pessoa com quem deixou o aviso de dia e hora da citação, retorno ao local da citação, motivos que o convenceramda ocultação maliciosa do réu, nome da pessoa a quem entregou a contrafé
- certidão deve ser copiada também na contrafé – para conhecimento do citando
- junta o mandado cumprido aos autos
- secretário expede carta, telegrama ou radiograma – essa comunicação é obrigatória, mas não integra os atos de solenidade da citação
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.
- prazo de resposta começa a fluir da juntada do mandado nos autos e não do telegrama
- por ser citação ficta ou presumida – em caso de revelia juiz nomeia curador
Art. 9º O juiz dará curador especial:
I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;
II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.
- pode realizar defesa por negativa geral
CITAÇÃO POR EDITAL
- cabimento (CPC, 231):
I – desconhecido ou incerto o réu
- caso de convocar terceiros interessados sem que se possa precisar de quem se trata – usucapião, falência, insolvência, etc.
- ações contra espólio, herdeiros ou sucessores – autor não tem como saber quem são os herdeiros do de cujus (réu)
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar onde se encontra o reú
- a inacessibilidade pode ser:
a) física – lugares de difícil acesso – cavernas, grutas em florestas, sítios ou fazendas
b) jurídica – outros países sem relações diplomáticas
c) social – Alexandre F. Câmara – áreas violentas – favelas
III – casos expressos em lei
- como inventário, insolvência, usucapião, divisão, etc.
- requisitos de validade para a citação por edital – CPC, 232:
I – afirmação do autor ou certidão do oficial de justiça quanto às circunstâncias do art. 231, I e II (desconhecimento do réu e seu paradeiro ou inacessibilidade)
II – afixação do edital na sede do juízo, certificada nos autos pelo escrivão
III – publicação do edital, no prazo máximo de 15 dias, uma vez no órgão oficial e, pelo menos 2 vezes, em jornal local
- exceção – casos de assistência judiciária – CPC, 232, §2º
- a inobservância do prazo de 15 dias gera nulidade
- editais podem ser publicados pela imprensa no período de férias – não se trata de prazo para prática de ato processual
IV – a determinação, pelo juiz, do prazo do edital
- varia entre 20 a 60 dias, correndo da primeira publicação
- finalidade – chegar ciência do destinatário
V – advertência do art. 285 – consequências da revelia
- dependendo da situação – além da publicação pela imprensa - pode haver divulgação também pelo rádio, televisão, etc. (art. 231, §2º)
- após publicações – juntam-se os exemplares de cada uma no processo (231, §1º)
- por se tratar de citação ficta – se o réu não comparecer em juízo para contestar – juiz nomeia curador especial (CPC, 9º, II)
RESPONSABILIDADE DO PROMOVENTE DA CITAÇÃO-EDITAL
- ao autor incumbe as alegações dos pressupostos da citação por edital – afirmação falsa – nula citação (247) + multa de 5 salários mínimos (233) reverterá em favor do citando
- deve haver conduta dolosa, não basta ser culposa (CPC, 233)
- equipara ao erro grosseiro – doutrina – trata-se de dolo processual
CITAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO
- Lei 11.419/2006 – arts. 5º a 7º - regras diferenciadas para o processo eletrônico
- art. 5º - intimações serão feitas por meio eletrônico – por portal próprio – pessoas devem se cadastrar
- valem como intimações pessoais para todos os fins
- art. 5º, §3º - necessidade da consulta ser realizada no portal próprio – prazo máximo de 10 dias corridos da data do envio da intimação
- considera-se – na ausência de visualização da intimação – a sua realização a contar do 10º dia do envio
- intimação considera-se realizada no dia em que o intimado realizar a consulta eletrônica – certificando-se nos autos o acontecimento (5º, §1º)
- quando a consulta se der em dia não útil – intimação será considerada feita no primeiro dia útil seguinte (5º, §2º)
- casos de urgência, prejuízos às partes ou burla do sistema – juiz determina outras formas para a prática do ato processual (5º, §5º)
- essas regras das intimações aplicam-se também para as citações – inclusive da Fazenda Pública (art. 6º da L. 11.419/06)
- a íntegra dos autos deve estar disponível ao citado para o cumprimento do ato processual
- as cartas precatória, rogatória e de ordem também devem se dar por meio eletrônico preferencialmente
- art. 9º, §2º, da L. 11.419 – quando houver problemas técnicos – os atos serão praticados pelos meios ordinários – digitalizando os documentos físicos que serão posteriormente destruídos.

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