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Física: Eletricidade Campo Elétrico Prof. Dr. Hugo M N Vasconcelos Campo Elétrico produzido por um Dipolo Elétrico Por simetria, o campo elétrico 𝐸 no ponto 𝑃 deve ser paralelo ao eixo do dipolo, que foi tomado como o eixo 𝑧. Aplicando o princípio de superposição aos campos elétricos, vemos que o módulo 𝐸do campo elétrico no ponto 𝑃 é dado por 𝐸 = 𝐸+ − 𝐸− 𝐸 = 1 4𝜋𝜖0 𝑞 𝑟+ 2 − 1 4𝜋𝜖0 𝑞 𝑟−2 𝐸 = 𝑞 4𝜋𝜖0 𝑧 − 1 2𝑑 2 − 𝑞 4𝜋𝜖0 𝑧 + 1 2𝑑 2 Campo Elétrico produzido por um Dipolo Elétrico 𝐸 = 𝑞 4𝜋𝜖0𝑧2 1 1 − 𝑑 2𝑧 2 − 1 1 + 𝑑 2𝑧 2 𝐸 = 𝑞 4𝜋𝜖0𝑧2 2𝑑/𝑧 1 − 𝑑 2𝑧 2 2 𝐸 = 𝑞 2𝜋𝜖0𝑧3 𝑑 1 − 𝑑 2𝑧 2 2 Campo Elétrico produzido por um Dipolo Elétrico 𝐸 = 𝑞 2𝜋𝜖0𝑧3 𝑑 1 − 𝑑 2𝑧 2 2 𝑑 2𝑧 ≪ 1 ⇒ 𝐸 = 1 2𝜋𝜖0 𝑞𝑑 𝑧3 𝐸 = 1 2𝜋𝜖0 𝑝 𝑧3 Exemplo: Dipolos Elétricos e Sprites Os sprites são clarões que às vezes são vistos no céu acima de grandes tempestades. Ainda não são bem compreendidos, mas acredita-se que sejam produzidos quando ocorre um relâmpago particularmente intenso entre a terra e uma nuvem de tempestade, particularmente se o relâmpago transferir uma grande quantidade de carga negativa, −𝑞, da terra para a base da nuvem. Podemos modelar o campo elétrico produzido pela cargas da nuvem supondo que existe um dipolo vertical formado por uma carga −𝑞 na altura ℎ da nuvem e uma carga +𝑞 a uma distância ℎ abaixo da superfície. Se 𝑞 = 200 𝐶 e ℎ = 6,0 𝑘𝑚, qual é o módulo do campo elétrico do dipolo a uma altitude um pouco acima das nuvens, e a um altitude 𝑧2 = 60 𝑘𝑚, ou seja, um pouco acima da estratosfera? Exemplo: Dipolos Elétricos e Sprites 𝐸 = 1 2𝜋𝜖0 𝑞 2ℎ 𝑧3 onde 2ℎ é a distância entre as cargas −𝑞 e +𝑞. O campo elétrico a uma altitude 𝑧1 = 30 𝑘𝑚 é dado por 𝐸 = 1 2𝜋𝜖0 200 𝐶 2 6,0 × 103 𝑚 30 × 103 𝑚 3 A uma altitude 𝑧2 = 60 𝑘𝑚, temos: 𝐸 = 2,0 × 102 𝑁 𝐶 Ideias Básicas • A equação do campo elétrico criado por uma partícula não pode ser aplicada a um objeto macroscópico. • Para calcular o campo elétrico produzido por um objeto macroscópico, consideramos primeiro o campo elétrico produzido por um elemento de carga 𝑑𝑞 do objeto, suficientemente pequeno, para que possamos usar a equação do campo criado por uma partícula. • Em seguida, somamos, por integração, os campos elétricos 𝑑𝐸 criados por todos os elementos de carga da partícula. • Como os campos elétricos 𝑑𝐸 têm módulos e orientações diferentes, é importante verificar se a simetria permite cancelar alguma componente dos campos, o que facilita a integração. Anel de Carga – Campo no Ponto P do eixo z A densidade linear de carga linear do anel é 𝜆 = 𝑑𝑞 𝑑𝑠 . Logo, 𝑑𝑞 = 𝜆 𝑑𝑠, 𝑑𝐸 = 1 4𝜋𝜖0 𝑑𝑞 𝑟2 = 1 4𝜋𝜖0 𝜆 𝑑𝑠 𝑟2 Como 𝑟 = 𝑧2 + 𝑅2 𝑑𝐸 = 1 4𝜋𝜖0 𝜆𝑑𝑠 𝑧2 + 𝑅2 Anel de Carga – Campo no Ponto P do eixo z Considere o elemento de carga no lado oposto do anel. Ele também produz um campo de módulo 𝑑𝐸, mas o vetor faz um ângulo 𝜃 no sentido oposto ao do primeiro elemento, como mostra a vista lateral. Assim, as componentes perpendiculares ao eixo se cancelam. Como esse cancelamento ocorre para os elementos de carga simétricos ao longo de todo o anel, o campo resultante na direção perpendicular ao eixo do anel é nulo. Anel de Carga – Campo no Ponto P do eixo z As componentes paralelas do campo são dadas por 𝑑𝐸 cos 𝜃. O valor de cos 𝜃 = z r = z z2 + R2 1/2 Como, 𝑑𝐸 = 1 4𝜋𝜖0 𝜆𝑑𝑠 𝑧2 + 𝑅2 𝑑𝐸 cos 𝜃 = 1 4𝜋𝜖0 𝑧 𝑧2 + 𝑅2 3 2 𝜆𝑑𝑠 Anel de Carga – Campo no Ponto P do eixo z Para somar um número infinito de componentes infinitesimais, escrevemos uma integral que se estende a todo o anel: Do ponto inicial 𝑠 = 0 até o ponto final 𝑠 = 2𝜋𝑅 𝐸 = න𝑑𝐸 cos 𝜃 = 1 4𝜋𝜖0 𝑧𝜆 𝑧2 + 𝑅2 3 2 න 0 2𝜋𝑅 𝑑𝑠 𝐸 = 1 4𝜋𝜖0 𝑞𝑧 𝑧2 + 𝑅2 3 2 Disco carregado Um disco de raio 𝑅 com uma distribuição uniforme de carga positiva. O anel mostrado na figura tem raio 𝑟, largura radial 𝑑𝑟 e cria um campo elétrico 𝑑𝐸 no ponto 𝑃, situado no eixo central do disco. 𝑑𝐸 = 1 4𝜋𝜖0 𝑑𝑞 𝑧 𝑧2 + 𝑟2 3 2 A densidade superficial de carga é 𝑑𝑞 = 𝜎 𝑑𝐴 = 𝜎 2𝜋𝑟𝑑𝑟 𝐸 = න𝑑𝐸 = 𝜎𝑧 4𝜖0 න 0 𝑅 𝑧2 + 𝑟2 − 3 2 2𝑟 𝑑𝑟 Disco carregado 𝐸 = න𝑑𝐸 = 𝜎𝑧 4𝜖0 න 0 𝑅 𝑧2 + 𝑟2 − 3 2 2𝑟 𝑑𝑟 Fazendo 𝑋 = 𝑧2 + 𝑟2 , 𝑚 = − 3 2 , 𝑑𝑋 = 2𝑟 𝑑𝑟 Com 𝑋𝑚 𝑑𝑋 = 𝑋𝑚+1 𝑚+1 𝐸 = 𝜎𝑧/4𝜖0 𝑧2 + 𝑟2 − 1 2 − 1 2 0 𝑅 𝐸 = 𝜎/2𝜖0 1 − 𝑧 𝑧2 + 𝑅2
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