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Luiza Tenente, G1
22/07/2016 11h35  Atualizado 05/04/2017 14h54
A cada ano, aumenta o número de pessoas com deficiência em salas de aula comuns: entre 2005 e 2015, o salto foi o equivalente a 6,5 vezes, de acordo com o Censo Escolar, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O total subiu de 114.834 para 750.983 estudantes especiais convivendo com os demais alunos
ente de crianças com deficiência nas salas de aula, ainda existem dificuldades para que a inclusão escolar ocorra de forma plena. Professores sem formação específica para receber pessoas com necessidades especiais, excesso de alunos por sala, desconhecimento sobre as características das deficiências e falta de infraestrutura são obstáculos.
Persiste, em alguns casos, uma resistência em compreender o significado da inclusão. Em julho de 2015, foi aprovada a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência
o sociólogo brasileiro José de Souza Martins ressalta que a exclusão não existe – o que existe são processos sociais, políticos e econômicos excludentes, que geram uma inclusão precária e instável. Isto é, discutir a exclusão é falar sobre o que não está acontecendo ao invés de focar no que de fato ocorre. Discutindo a exclusão, deixamos de pensar sobre as formas pobres e insuficientes de inclusão.
Embora a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola esteja assegurada na Constituição Federal Site externo, os indicadores educacionais e as taxas de aprendizado insuficiente revelam que é assustador o número de alunos em situações de desigualdade e desvantagem no Brasil. Segundo dados do QEdu Site externo (2015) apenas 50% dos estudantes do 5º ano do ensino fundamental aprenderam o adequado em termos de competência de leitura e 21% apresentaram um atraso escolar de dois anos ou mais. Números que revelam uma realidade de inclusão precária, indecente e injusta, nas palavras dos autores mencionados.
Nesse contexto, muitas das crianças e adolescentes com deficiência sequer são considerados estudantes – são os “alunos de inclusão”, aqueles que simplesmente estão na aula e que frequentemente realizam atividades de forma segregada dos demais. É isso que chamamos incluir? Há muito tempo já sabemos que não basta estar em sala de aula, é necessário também participar e aprender. Então, por que estamos, ano após ano, fracassando na tarefa essencial da escola, que é ensinar? Para responder essa questão vale discutir a segunda ideia que está associada à polarização entre alunos e os alunos de inclusão: nosso entendimento sobre as diferenças. O que reconhecemos como diferença
Todos sabemos que não existe um ser humano igual ao outro. Somos, naturalmente, diferentes em vários aspectos relacionados à etnia, sexualidade, cultura, subjetividade, genética, entre outros. David Rodrigues, educador português, ressalta que a igualdade só existe do ponto de vista ético, pois é uma construção humana ancorada em valores e no conceito de justiça, que data do século XVIII. Concretamente, o que existe são diferenças, do ponto de vista biopsicossocial.
No entanto, muitas vezes, o que reconhecemos como diferença é uma mistura de diferença e desigualdade, pois percebemos o que é diferente das características que atendem aos padrões hegemônicos como não desejável ou negativo. Ou seja, todas as características humanas e formas de ser que não se encaixam nessa normalidade tendem a ser vistas como desvios. É o que acontece com os chamados “alunos de inclusão” ou com dificuldade de aprendizagem, com estudantes pertencentes a minorias linguísticas, com obesos, entre tantos outros.
Apesar de sermos essencialmente diferentes, nas escolas, continuamos buscando a homogeneidade no agrupamento, na seriação e nas formas de avaliação. Continuamos achando que turmas heterogêneas são um problema e que a escola existe para ensinar aqueles que correspondem à média em termos de desenvolvimento, sem levar em conta que o normal é a diversidade Site externo. Precisamos de forma urgente ressignificar o papel social da escola, assumindo o desafio de ensinar todos os alunos, compreendendo-os como diferentes uns dos outros. Não podemos mais continuar planejando as aulas pensando num grupo homogêneo, pois a mesma estratégia para todos certamente será inadequada para parte deles. A prática inclusiva é um processo contínuo e coletivo
Todos têm o direito de estar e de aprender na escola e todos estudantes têm direito à diferença sempre que houver necessidade de alguma diferenciação para garantir participação e aprendizagem. Em outras palavras, se todos são diferentes entre si, precisamos simultaneamente diversificar e diferenciar, ou seja, propor estratégias pedagógicas diversificadas e potencialmente adequadas para trabalhar com um grupo heterogêneo e, ao mesmo tempo, propor diferenciações em termos de desafios e apoios, sempre que necessário, para garantir igualdade de oportunidades no processo de escolarização.
Efetivar essa pedagogia inclusiva requer não apenas um professor capacitado, mas também tempo de planejamento, recursos materiais e humanos, trabalho colaborativo entre profissionais e entre escola e família e uma cultura escolar inclusiva dentro e fora da sala de aula. Ou seja, depende de uma prática que envolve múltiplos atores em uma perspectiva sistêmica. Essa realidade pode parecer um tanto distante da realidade das escolas brasileiras, por isso, nessa complexa engrenagem, o xis da questão é compreender que a mudança não é linear. O processo de transformação se dá a partir de pequenas ações, que ocorrem simultaneamente e desencadeiam mudanças nas práticas, na organização dos sistemas de ensino e na cultura educacional. Portanto, em última instância, depende do compromisso ético de cada profissional, de cada família, de cada escola ou rede de ensino, com uma educação de qualidade para todos. Não existe um caminho único ou uma metodologia que possa ser simplesmente aplicada, nem mesmo uma capacitação que seja suficiente. A educação numa perspectiva inclusiva se efetiva por meio de um processo contínuo e coletivo de reflexão sobre a prática, tendo como base os conceitos de inclusão, igualdade e diferença.O exemplo de Mateus é uma “dádiva de Deus”, assim como o significado do seu nome. Ama tocar flauta na orquestra da escola, participa de jogos, adora viajar, gosta da natureza e frequenta a Igreja com a Família. Não perde sequer um encontro do Pequeninos do Senhor durante a missa, realizado por catequistas.O personagem Mateus faz parte da Associação Católica Pequeninos do Senhor, que neste mês lança mais uma história no primeiro aplicativo da Igreja católica voltado para crianças, o Aplicativo Pequeninos. Com esta história, o projeto quer abordar a temática da inclusão social, e mostrar que todos são iguais e tem os mesmos direitos. “O Mateus é um cadeirante lindo e se sente muito bem dentro da comunidade a qual participa porque é muito amado por todos. Ele tem uma história que traz uma lição de vida para todos!”, destaca a idealizadora do projeto Pequeninos do Senhor, Rachel Abdalla.
Mateus é interpretado pelo menino Vitor Henrique Girio Paes, que na vida real participa aos domingos dos encontros com o Pequeninos do Senhor nas paróquias de Campinas SP. Por meio do Aplicativo, os idealizadores querem levar a mensagem de inclusão social para as crianças de forma moderna e criativa. Jogos, vídeos, orações e histórias gravadas em áudio tudo na palma da mão.
“O Mateus nos ensina que é possível ultrapassar as barreiras e as dificuldades com serenidade, quando se é amado e acolhido pelas pessoas. E que Deus dá força e alegria para olhar a vida sob o prisma do AMOR”, conta Rachel Abdalla, confiante de que o aplicativo e a história de um menino cadeirante podem incentivar e motivar muitas crianças.
A realidade digital com que as crianças estão envolvidas diariamente, por meio de desenhos, filmes e músicas em computadores, tablets e celulares dos pais – ou os próprios aparelhos -, necessita de conteúdolúdico seguro e educativo. É preciso “se comunicar” com estas crianças que parecem nascer entendendo de tecnologia.
Por isso, o projeto acompanha também o ensinamento do Papa Francisco, que afirma: “Muito têm para nos ensinar, a propósito de limitações e comunicação, as famílias com filhos marcados por uma ou mais deficiências. A deficiência motora, sensorial ou intelectual sempre constitui uma tentação a fechar-se; mas pode tornar-se, graças ao amor dos pais, dos irmãos e doutras pessoas amigas, um estímulo para se abrir, compartilhar, comunicar de modo inclusivo; e pode ajudar a escola, a paróquia, as associações a tornarem-se mais acolhedoras para com todos, a não excluírem ninguém” (mensagem para o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais).
Essa é uma das metas do projeto e do Aplicativo Pequeninos: incentivar a comunicação e o diálogo entre os pais e filhos, igreja e sociedade. Mostrar que as diferenças são positivas e que todos são irmãos diante de Deus e cidadãos que buscam o melhor para as pessoas e comunidades onde vivem.
Além das histórias em áudio e vídeos, é possível interagir com o aplicativo e refletir a questão da inclusão social com os jogos de memória, quebra-cabeça e ainda se aventurar para estacionar um carro.
Nos próximos meses serão lançadas mais novidades no Aplicativo Pequeninos do Senhor, com novos jogos e histórias narradas pelos personagens: Lia e Lucas. O aplicativo está disponível para tablets e smartphones na App Store e no Google Play. #pequeninosAPP
O Aplicativo Pequeninos do Senhor apresenta mensalmente “kits” com diversas atividades. A cada mês, a história de um personagem que ilustra o logo do Pequeninos do Senhor será apresentada em texto e áudio, por crianças que participam do projeto em Paróquias de Campinas SP.
Os personagens são: Rebeca, Pedro, Sara, Mateus, Lia e Lucas.
Desenhos para colorir, quebra-cabeça, histórias e diversos jogos fazem parte do Aplicativo. Diversas novidades serão lançadas dentro de cada mês, para atrair a atenção das crianças e manter o Aplicativo sempre atualizado.
Orações foram gravadas por crianças que interpretam o “Anjo” do projeto Pequeninos do Senhor. A cada mês novas orações serão divulgadas, em texto e áudio, para que as crianças possam aprender a rezar também.
Os catequistas também terão acesso a material exclusivo de preparação para os encontros com crianças aos domingos, na missa. O espaço “Catequistas” contém o Evangelho de domingo com explicação e sugestão de atividades com as crianças e jovens.
Disponível para smartphones ou tablets, o Pequeninos do Senhor pode ser acessado no Andoid Market e na App Store. É compatível para iPhone, iPad e iPod touch, a partir da versão 5.0 do sistema IOS; e está disponível para mais de 5.900 modelos de dispositivos móveis com o sistema Android a partir da versão 2.0.
No hotsite do aplicativo (http://www.pequeninosdosenhor.org/index.php/app/) é possível acessar o conteúdo e navegar pelo Aplicativo; conferir os screenshots; ler o release; usar o QR-CODE; ver alguns vídeos; e tirar dúvidas.Projeto Pequeninos do Senhor
Pequeninos do Senhor é uma Associação Católica que tem como missão evangelizar crianças de 3 a 7 anos, no acolhimento durante as Missas e Celebrações aos finais de semana nas Paróquias. Busca levar aos pequeninos a Palavra de Deus, o Amor de Jesus, as virtudes cristãs, e o respeito ao próximo e à criação, de forma lúdica e apropriada a eles.
O tema do ‘Pequeninos do Senhor’ é: “Vinde a mim os pequeninos e não os impeçais porque deles é o Reino dos céus” (Mc 10,14). E o lema é: “Ide por todo o mundo e levai o Evangelho a todas as criaturas” (Mc 16,15).
Esse serviço de evangelização Pequeninos do Senhor teve início em 1997, em Campinas SP, na Paróquia de Nossa Senhora das Dores. O projeto conta com o reconhecimento do Arcebispo e da Arquidiocese de Campinas, além de outras Dioceses e Bispos.
Hoje, o Projeto Pequeninos do Senhor está implantado em mais de 160 Paróquias e Comunidades em vários Estados do Brasil. Já foi implantado também na África, em Angola, Moçambique e Cabo Verde; no Canadá, em Winnipeg; e, no Japão, em Quioto.
Assessoria de Imprensa
Projeto Pequeninos do Senhor

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