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5. INFLAÇÃO E DESEMPREGO Conceito de inflação: A inflação é definida como um aumento persistente e generalizado no índice de preços, ou seja os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços. Ela pode ser entendida como dinheiro demais a procura de poucos bens. Quando a taxa de inflação é decrescente, diz-se que esta ocorrendo uma desinflação, quando há uma queda negativa dos preços diz-se que esta havendo uma deflação. As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país, como por exemplo: Tipo de estrutura de mercado ( oligopólios, concorrência etc) Grau de abertura da economia ao comércio exterior Estrutura das organizações trabalhistas. Indexação Consiste em corrigir as rendas recebidas pelos agentes econômicos e o valor dos ativos de sua propriedade com base na variação de um índice de preços que reflita a taxa de inflação no período de tempo entre os reajustes. A tabela 4.1. a seguir apresenta os principais índices econômicos utilizados no Brasil, a instituição responsável pela apuração, o período de coleta dos preços, a faixa de renda pesquisada e o local onde a pesquisa é realizada: Índice Instituição Período Local da pesquisa Orçamento familiar IPCA especial IBGE Dias 16 a 16 11 regiões 1 a 40 salários mínimos IPCA IBGE Mês completo 11 regiões 1 a 40 salários mínimos INPC IBGE Mês completo 11 regiões 1 a 8 salários mínimos IGP FGV Mês completo RJ, SP e 10 regiões 1 a 33 salários mínimos IGP-M FGV Dias 21 a 20 RJ, SP e 10 regiões 1 a 33 salários mínimos IGP-10 FGV Dias 11 a 10 RJ, SP e 10 regiões 1 a 33 salários mínimos IPC FIPE Mês completo SP 1 a 20 salários mínimos IPC DIEESE Mês completo SP 1 a 30 salários mínimos Tabela 4.1. – Índices de preços no Brasil Observação: os índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) inclui a coleta de preços no atacado e da construção civil. Inflação de demanda Refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. A probabilidade de ocorre inflação de demanda aumenta quando a economia está produzindo próximo do pleno emprego de recursos. Nessa situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços, com a economia já a plena capacidade, conduzem a elevação de preços, principalmente em setores produtores de insumos básicos. Causas do aumento da demanda agregada: Aumento dos investimentos Aumento dos gastos do governo Aumento das exportações Redução dos tributos Redução das importações Aumento da oferta de moeda Meios de combate a inflação de demanda – Política Fiscal Diminuição dos gastos públicos Aumento da carga tributária Elevação das importações Instrumentos monetários de combate a inflação Controle das emissões pelo Banco Central Venda de títulos públicos Alteração das normas e regulamentação da concessão de créditos 5.3 Inflação de Custos A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta, ou seja, os custos de certos fatores importantes aumentam. As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são: Aumentos salariais: um aumento das taxas de salários que supere os aumentos na produtividade da mão-de-obra acarreta um aumento dos custos unitários de produção. Aumento do custo de matéria-prima Ex.: década de 70, crise do petróleo, provocou um brutal aumento nos custos de produção. Produtos Agrícolas, não sazonais devido a geadas, secas. Estrutura de mercado: a inflação de custos também está associada ao fato de algumas empresas, com elevado poder de oligopólio ou monopólio, terem condições de elevarem seus lucros acima da elevação dos custos de produção, ou seja com único objetivo de auferirem lucro maior . 5.4 Inflação inercial Se em uma economia, num dado momento, os agentes econômicos adaptam as suas expectativas a uma dada taxa de inflação, a taxa de inflação esperada passa a ser denominada de taxa de inflação de inércia. Uma vez incorporada ao comportamento dos agentes econômicos, ela passa a ser integrada nos contratos e acordos informais, e pode persistir durante bastante tempo. Assim, se os preços vêm aumentando a uma taxa de 10% durante algum tempo, os agentes econômicos formam suas expectativas em torno dessa taxa, passando ela a ser incorporada por diferentes instituições no desenvolver no desenvolver de suas atividades. Efeitos provocados por taxas elevadas de inflação Redução relativa do poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos Afeta o balanço de pagamentos, elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido externamente. Outra distorção provocada por altas taxas de inflação dá-se sobre as finanças públicas. A inflação tende a corroer o valor da arrecadação fiscal do governo, pela defasagem existente entre o faro gerador e o recolhimento efetivo do imposto. Efeito sobre as expectativas sobre o futuro, dada a instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros, o empresário ficará em compasso de espera, e dificilmente tomará iniciativas no sentido de aumentar seus investimentos na expansão da capacidade produtiva. A Curva de Fhillips Próximo ao pleno emprego, a demanda por mão – de – obra é grande, elevando os salários nominais, como os salários são um item importante no custo das empresas, elas tendem a aumentar os preços. Ao reverso, se o produto real esta muito distante do produto potencial, não há pressão sobre a produção, e a demanda por trabalhadores esta fraca e o nível de desemprego aumenta. Haverá uma tendência de baixa no nível de salários nominais e dos preços. Desemprego A força de trabalho, denominada também População Economicamente Ativa – PEA, diz respeito aos elementos que irão constituir o mercado de trabalho, mercado este que abastece as empresas em termos de necessidade de mão-de-obra. Assim, se da População Total de um país nós subtrairmos a População em Idade Não Ativa, ou seja, aqueles que são muitos jovens ou muito idosos, chegaremos ao conceito População em Idade Ativa. Se da população em Idade Ativa excluirmos estudantes, inválidos, indivíduos em tarefas domésticas não remuneradas ( por exemplo donas de casa ) e considerarmos somente as pessoas que não trabalham, mas buscam emprego ( desempregados ) e aqueles que estão empregados, chegaremos ao conceito de População Economicamente Ativa ( PEA ). A PEA, portanto, é constituída por empregados e desempregados. A parcela da PEA que está empregada é denominada População Ocupada. A taxa de desemprego, por sua vez, é a relação entre o número de desempregados ( D ) e o total da força de trabalho ( PEA ), ou seja: Td = D / PEA . 100, ou Td = D / E + D . 100 O índice de emprego, por sua vez, é a relação entre o volume de empregados ( E ) e o total da força de trabalho ( PEA ), ou seja: Te = e / pea . 100, OU Te = E / E + D . 100 Tipos de desemprego Desemprego Friccinal: consiste de pessoas desempregadas temporariamente, ou por que estão procurando emprego, ou por que estão no processo de mudança do emprego. Desemprego estrutural: decorre de alterações estruturais da economia. Dois grupos principais compõem fundamentalmente o desemprego estrutural. O primeiro é formado por desempregados aos quais falta instrução e capacidade profissional necessários à economia atual. O segundo grupo consiste de trabalhadores especializados cujos conhecimentos tornam-se ultrapassados devido principalmente às mudanças tecnológicas. Desemprego Involuntário: ocorre quando as pessoas que desejam trabalhar ao salário real vigente não encontram emprego. E também denominado desemprego cíclico ou desemprego conjuntural. Ele resulta de recessões e depressões econômicas,quando a demanda agregada está abaixo do nível de pleno emprego. Questionário: Defina Inflação. As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país. Comente. Defina inflação de demanda e suas causas. Quais efeitos das taxas de juros nos agentes econômicos ? Defina inflação de oferta e suas causas. O que significa PEA Que tipo de desemprego é mais comum no Brasil ?
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