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Pares Cranianos

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Num inédito a solo, Skarpa, de Os Discípulos de 
Pirogoff, apresenta… 
 
 Pares cranianos?? 
F***u gerau…… 
(Mais uma) sebenta! – 
Pares Cranianos 
Anatomia - 2015+1/2017 
PARES CRANIANOS 
 Motores 
o III – oculomotor 
o IV – troclear 
o VI – abducente 
o XI – acessório 
o XII - hipoglosso 
 Mistos 
o V – trigémeo 
o VII – facial e intermédio (Wrisberg) 
o IX – glosso-faríngeo 
o X – vago 
 Sensoriais 
o I – olfativo 
o II – ótico 
o VIII – vestíbulo coclear 
I – Olfativo 
Vários ramos que convergem na face superior da lâmina cribiforme, terminando no 
bulbo olfativo. 
II - Ótico 
Células ganglionares da retina, sai pelo canal ótico e termina ao nível do quiasma ótico. 
Relação com artéria oftálmica. Começa lateralmente, contornando-o para medial (por 
superior). 
III – Oculomotor 
É um nervo craniano motor, que inerva todos os músculos extrínsecos do bulbo ocular, 
à exceção do m. oblíquo superior e do m. reto lateral, e inerva também, através das suas 
fibras do sistema nervoso autónomo, o m. esfíncter da pupila e as fibras circulares do 
músculos ciliar (através do gânglio ciliar). 
Origem – [Nasce de cada lado, num núcleo situado à altura do colículo superior, na 
porção ântero-lateral da substância cinzenta que rodeia o aqueduto mesencefálico]. 
A sua origem aparente situa se na face medial do pedúnculo cerebral (no sulco do nervo 
oculomotor), aproximadamente no quinto inferior, entre os processos mamilares 
(superiormente) e a ponte (inferiormente). 
Trajeto e relações - A partir desta origem, o nervo, vai atravessar, sucessivamente, a 
piamáter, o tecido subaracnoídeo (onde se relaciona ântero-superiormente com a 
artéria cerebral posterior e a póstero-inferiormente com a artéria cerebelosa superior), 
o aracnóide, e o espaço subaracnoídeo. 
Vai então dirigir-se com obliquidade anterior, lateral e ligeiramente superior, passando 
lateralmente aos processos clinoides posteriores (que se encontram no extremo 
superior e lateral do dorso da sela turca), perfura então a duramáter, penetrando em 
seguida no seio cavernoso, ao nível da sua parede lateral, sendo o mais superior dos 
quatro nervos que atravessam esta parede. Todos estes nervos se encontram na 
espessura da lâmina fibrosa profunda que separa as porções superficial e profunda do 
seio. Vai percorrer, de posterior para anterior, a parede lateral deste seio. Na porção 
mais anterior, o nervo troclear e os nervos frontal e lacrimal (ramos do oftálmico), que 
eram inferiores em relação ao oculomotor, vão contorná-lo de inferior para superior e 
para lateral. 
Vai então sair do seio cavernoso, e após atravessar a parte medial da fissura orbital 
superior, através do Anel tendinoso de Zinn (resultante da expansão tendinosa do 
músculo reto lateral do bulbo ocular), vai dividir-se em dois ramos terminais. 
 Um ramo superior, que vai dirigir-se para superior, cruzando a face lateral do 
nervo ótico, e divide-se em dois ramos: 
o Um penetra na porção posterior da face profunda do m. reto superior; 
o Um cruza a margem medial deste músculo e penetra na face inferior do 
m. levantador das pálpebras superior. 
 Um ramo inferior, volumoso mas curto, que se trifurca: 
o Um ramo mais posterior para o m. reto inferior, que o penetra perto do 
extremo posterior; 
o Um ramo médio para o m. reto medial, que termina no dito músculo; 
o Um ramo para o m. oblíquo inferior, que se prolonga anteriormente ate 
alcançar a margem posterior deste músculo, inferiormente ao globo 
ocular. Deste ramo, anteriormente ao ramo para o m. reto medial, 
origina-se um pequeno ramo que vai levar fibras parassimpáticas para o 
gânglio ciliar (esfíncter da pupila e fibras circulares do ciliar). Neste 
gânglio, comunica com o nervo oftálmico (V1) e plexo simpático carótico 
interno. 
IV - Troclear 
É um nervo craniano motor. Vai inervar o m. oblíquo superior do bulbo ocular. 
Origem – [origina-se num núcleo situado inferiormente ao núcleo do oculomotor. 
Entrecruza-se na linha média com o do lado oposto]. 
A sua origem aparente situa-se posteriormente aos colículos inferiores, de cada lado do 
frénulo do véu medular superior. 
Trajeto e relações - A partir desta origem, o nervo, vai dirigir-se para lateral e para 
anterior, para contornar primeiro os colículos superiores, e depois o pedúnculo cerebral, 
passando pela espessura do tecido subaracnoídeo, e atravessa o aracnoide e o espaço 
supra-aracnoídeo. 
Alcança assim a base do crânio, onde vai penetrar através da parede lateral do seio 
cavernoso, ao nível da espessura da lâmina profunda (que divide a porção superficial da 
profunda deste seio), passando superiormente aos nervos oftálmico e maxilar, e 
inferiormente ao oculomotor. Perto do extremo do seio, irá contornar o nervo 
oculomotor, de inferior para superior e para lateral. 
Irá então atravessar a fissura orbital superior, onde penetra para a cavidade orbitária, 
passando lateralmente ao anel tendinoso de Zinn, medialmente ao nervo frontal e 
superiormente à veia oftálmica superior. Vai dirigir-se para anterior e medial, passando 
inferiormente ao teto da órbita, e cruza a face superior do m. levantador das pálpebras 
superior, penetrando na margem superior do m. oblíquo superior, perto da sua porção 
posterior. Comunica-se com o plexo simpático carótico interno. 
V - Trigémeo 
É um nervo craniano misto. Vai inervar os músculos mastigadores (componente 
motora), e a face, órbita, cavidades nasais e oral (componente sensitiva). 
Origem/terminação – neste nervo consideram-se duas raízes: uma motora e outra 
sensitiva. 
 A raiz motora origina-se a partir das células dos núcleos dos mastigadores. A sua 
origem aparente é anterior e lateral à terminação aparente da raiz sensitiva, na 
porção lateral da porção média da face ântero-inferior da ponte (medialmente 
aos pedúnculos cerebelosos médios); 
 A raiz sensitiva origina-se no gânglio de Gasser e a sua terminação aparente 
situa-se na porção lateral da face ântero-inferior da ponte, na sua porção média 
(medialmente aos pedúnculos cerebelosos médios). Termina através de três 
núcleos: o núcleo mesencefálico (superior), o núcleo principal (médio) e o núcleo 
espinhal (inferior); 
O nervo trigémeo apresenta, ântero-súpero-lateralmente à sua origem/terminação 
aparente, o gânglio trigémeo de Gasser, que se situa na fóssula de Gasser (na porção 
anterior da face ântero-superior da porção petrosa do temporal). 
Este gânglio, que corresponde à origem da raiz sensitiva do nervo trigémeo, tem a forma 
de um feijão com concavidade súpero-medial, e convexidade ântero-inferior. a partir 
daqui, originam-se três ramos, que se vão descrever separadamente: o nervo oftálmico 
(ântero-medial), o nervo maxilar (ântero-lateral) e o nervo mandibular (inferior) (de 
medial para lateral). A raiz motora passa medialmente à superfície do gânglio, cruza-o 
de medial para lateral e de anterior para posterior, juntando-se à ao nervo mandibular 
ao nível do forame oval. 
 
NERVO OFTÁLMICO 
É exclusivamente sensitivo. Vai inervar a pele da região frontal e das pálpebras 
superiores, e também a mucosa da porção superior das cavidades nasais (região 
olfatória), dos seios paranasais, e do globo ocular. Tem ramos intracranianos que 
inervam a duramáter da região frontal. 
Trajeto – após se originar a partir da face ântero-medial do gânglio trigeminal, vai dirigir-
se para anterior e ligeiramente para superior, para entrar na parede lateral do seio 
cavernoso. Vai percorrê-lo de posterior a anterior. Numa porção mais posterior, este é 
inferior ao nervo oculomotor e ao troclear, e superior ao maxilar. Vai, numa porção mais 
anterior, passara ser lateral ao nervo troclear, e contornar, juntamente com este, o 
nervo oculomotor, para superior, passando lateralmente relativamente a este. Ao sair 
do seio cavernoso, vai dividir-se em três ramos: o nasociliar (mais medial) o frontal 
(médio) e o lacrimal (mais lateral), e passar através da fissura orbital superior. 
 Nervo nasociliar 
Trajeto - Vai passar pela fissura orbital superior dentro do anel tendinoso de Zinn. Vai 
contornar o nervo óptico de lateral para medial passando-lhe superiormente, 
acompanhando o trajeto da artéria oftálmica ao longo da face inferior do músculo 
oblíquo superior do bulbo ocular até ao forame etmoidal anterior. Vai originar assim 
dois ramos terminais. 
Ramos colaterais (3) 
 Ramo comunicante com o gânglio ciliar*, fornecendo-lhe fibras sensitivas; 
 Nervos ciliares longos, que vão inervar o globo ocular; 
 Nervo etmoidal posterior (ou esfeno-etmoidal de Luschka), que vai penetrar pelo 
forame etmoidal posterior, e inervar a mucosa dos seios esfenoidais e etmoidais 
mais posteriores, e a porção mais superior das cavidades nasais. 
Ramos terminais (2) 
 Nervo etmoidal anterior – vai penetrar pelo forame etmoidal anterior, e ao entrar 
na cavidade nasal vai originar dois ramos: um ramo nasal interno medial, que vai 
inervar a porção anterior da mucosa do septo das cavidades nasais; um ramo nasal 
interno lateral, que vai inervar a porção anterior dos meatos nasais e a porção 
interior do nariz. Vai originar um ramo, o ramo nasal externo, que vai passar entre a 
margem inferior do osso nasal e a margem superior da cartilagem nasal, inervando 
a pele da porção exterior do nariz. 
 Nervo infratroclear – acompanha o trajeto da artéria oftálmica. Ao chegar à porção 
inferior da tróclea do músculo oblíquo superior, vai dividir-se em vários ramos 
terminais, destinados à inervação da pele da zona circundante e das vias lacrimais. 
 
 
 Nervo frontal 
Trajeto – vai passar pela fissura orbital superior, passando fora do anel de Zinn, 
lateralmente ao nervo troclear e medialmente ao nervo lacrimal. Vai passar junto à 
parede superior da cavidade orbital, de posterior para anterior, superiormente ao 
músculo levantador da pálpebra superior, e antes de alcançar a margem supraorbital, 
vai dividir-se nos seus dois ramos terminais: 
 Nervo supraorbital, que se divide em dois ramos, um lateral que passa pela 
incisura (ou forame) supraorbital, e um medial que passa entre este e a tróclea 
do músculo oblíquo superior. Vão inervar a pele da região frontal e da pálpebra 
superior; 
 Nervo supratroclear, vai passar superiormente à tróclea e ao nervo infratroclear, 
contribuindo para a inervação da pele da zona circundante. 
 
 Nervo lacrimal 
Trajeto – atravessa a fissura orbital superior, lateralmente ao nervo frontal. Vai dirigir-
se para anterior e lateral, através da parede lateral da cavidade orbitária, ao longo da 
margem superior do músculo reto lateral. Antes de alcançar a glândula lacrimal, vai 
ramificar-se, sendo que parte dos ramos irão inervar sensitivamente a glândula lacrimal, 
e outros irão inervar a pele da pálpebra superior, comunicando-se com os nervos 
infratroclear e supratroclear. Este nervo comunica-se ainda com o nervo zigomático 
(ramo do maxilar – Ver mais à frente). 
*Gânglio ciliar 
Este gânglio encontra-se na cavidade orbitária, no flanco lateral do nervo ótico. 
Recebe ramos aferentes de três origens: uma raiz sensitiva proveniente do nervo 
lacrimal, que se origina ínfero-medialmente à origem dos nervos ciliares longos, e 
terminam no ângulo póstero-superior do gânglio ciliar; uma raiz parassimpática 
proveniente do nervo oculomotor, do ramo para o músculo reto inferior, cujas fibras 
parassimpáticas provêm dos núcleos acessórios do nervo oculomotor; uma raiz 
simpática, proveniente do plexo simpático carótico interno (que por sua vez provem do 
gânglio cervical superior), quando a carótida interna se encontra dentro do seio 
cavernoso. 
Vai emitir ramos eferentes, os nervos ciliares curtos, que vão anastomizar-se com os 
nervos ciliares longos, e vão inervar o bulbo ocular. 
 
NERVO MAXILAR 
É exclusivamente sensitivo. Vai inervar a pele da pálpebra inferior, da bochecha, da asa 
do nariz e do lábio superior, e a mucosa da porção inferior das cavidades nasais. Vai 
inervar também as raízes dos dentes e a gengiva superior. Tem também ramos 
intracraniano que inervam a duramáter do temporal e do parietal, bem como a artéria 
meníngea média. 
Trajeto – após sair do gânglio trigeminal, lateralmente ao nervo oftálmico, medialmente 
ao nervo mandibular, vai dirigir-se anteriormente, passando pelo seio cavernoso 
(espessura da lâmina profunda), passando depois pelo forame redondo do esfenóide, 
entrando na fossa infratemporal. Vai dirigir-se para anterior, medial e inferior, passando 
superiormente à artéria maxilar, emitindo, antes de passar pela fissura orbital inferior, 
onde passa a ter o nome de nervo infraorbital, dois ramos que passam pelo forame 
esfeno palatino, para o gânglio* com o mesmo nome. Vai passar pelo sulco infraorbital 
e penetrar no canal infraorbital (estruturas da maxila), relacionando-se com a artéria do 
mesmo nome, que inicialmente é lateral, contornando o nervo para medial passando 
por inferior. Vai emergir para a superfície pelo forame infraorbital, onde origina os seus 
ramos terminais. 
Ramos colaterais (6) 
 Ramo meníngeo – origina-se antes do nervo maxilar penetrar pelo forame 
redondo, e vai inervar a duramáter vizinha, do temporal e do parietal; 
 Nervo zigomático – origina-se imediatamente anterior ao forame redondo. Vai 
passar pela fissura orbital inferior, passando pela parede lateral da cavidade 
orbital e vai comunicar com um ramo do nervo lacrimal, formando um arco de 
concavidade posterior (aproximadamente na união do terço anterior com os dois 
terços posteriores). A partir desta comunicação, desprendem-se os ramos 
lacrimais (para inervação da glândula lacrimal – zigomático – inervação 
autónoma; lacrimal – sensitiva) e o nervo temporozigomático, que vai originar 
dois ramos: o ramo zigomáticofacial e o ramo zigomáticotemporal, que vai 
inervar a região temporal, comunicando por vezes com o nervo zigomático 
profundo anterior (ramo do mandibular); 
 Nervo ptérigo-palatino – vai fornecer dois ramos para o gânglio ptérigo-
palatino*, que após se desprenderem vão dirigir-se para inferior comunicando 
com o gânglio; 
 Nervo alveolar superior posterior – vai desprender-se do nervo maxilar, 
dirigindo-se para inferior pela tuberosidade da maxila. Vai penetrar nos forames 
alveolares da maxila, e vai inervar as raízes dos molares e dos pré-molares e da 
mucosa da maxila; 
 Nervo alveolar superior médio – é um nervo inconstante, origina-se 
anteriormente ao superior posterior, e vai penetrar no forame alveolar 
auxiliando o nervo alveolar superior posterior; 
 Nervo alveolar superior anterior – antes de alcançar o forame infraorbital, o 
nervo infraorbital vai originar o ramo alveolar superior anterior, que se dirige 
inferiormente pelo canal alveolar superior anterior, inervando os incisivos e os 
caninos. Vai ainda emitir um ramo que irá inervar a porção anterior do meato 
nasal inferior. 
Ramo terminal 
Após sair pelo forame infraorbital, o nervo infraorbital vai originar múltiplas 
ramificações terminais. Umas superiores ou palpebrais; umas médias ou nasais; umas 
inferiores ou labiais. 
*Gânglio pterigopalatino (de Meckel) 
Encontra-se na fossa ptérigo-palatina, próximo do forame esfeno palatino, sendo 
inferior e medial relativamente ao nervo maxilar. 
Este gânglio recebe ramos aferentes, provenientes do nervo maxilar (nervos ptérigo-palatinos) e do canal pterigoideu (nervo carótico – proveniente do plexo simpático 
carótico interno, que se dispõe à volta da carótida interna; nervo vidiano – resultante 
da fusão do nervo petroso maior [ramo do facial] e do nervo petroso profundo [ramo 
do nervo timpânico de Jacobson, que é ramo colateral do glossofaríngeo]). 
Vai emitir então ramos eferentes que vão inervar as cavidades nasais e a cavidade oral: 
- nervo nasopalatino, que vai passar pelo forame esfenopalatino e inervar a parede 
medial das cavidades nasais; 
- nervos posteriores súpero-laterais, que vão inervar a porção posterior das conchas 
nasais superior e média e meatos nasais correspondentes; 
- nervo palatino maior, que vai emitir um ramo que passa por um pequeno forame na 
parede lateral da cavidade nasal, o ramo póstero-inferior, que vai inervar a concha nasal 
inferior e meato nasal correspondente. Vai continuar para inferior pelo canal palatino 
maior e depois para anterior, inervando a abóbada da cavidade oral, terminando ao 
nível do canal incisivo, onde se anastomiza com o nervo nasopalatino; 
- nervo palatino menor, que vai descer, posteriormente ao precedente, pelo canal 
palatino menor, inervando a mucosa do véu palatino. Este nervo proporciona ainda 
alguns ramos para os músculos adjacentes: levantador do véu palatino, da úvula, 
palatoglosso e fascículo palatino do musculo palatofaríngeo. No entanto, como 
sabemos, o nervo maxilar é exclusivamente sensitivo, e a patologia mostra que estes 
músculos são inervados pelo nervo vago (X) ou pelo acessório (XI). Assim, é verossímil 
supor que o nervo palatino menor possui fibras motoras provenientes do nervo vago ou 
do ramo interno do nervo acessório que se comunica com o vago. Assim, considera-se 
possível que estas fibras cheguem ao nervo palatino menor através de um longo trajeto, 
que começa no ramo auricular (do nervo vago) até ao nervo facial, continuando através 
deste até ao gânglio geniculado, seguindo pelo nervo petroso maior, pelo nervo vidiano, 
chegando ao gânglio ptérigo-palatino, de onde se origina este nervo. 
NERVO MANDIBULAR 
É sensitivomotor. É composto por uma raiz sensitiva, que se origina na face convexa do 
gânglio trigeminal (de Gasser), lateralmente à origem do nervo maxilar, e uma raiz 
motora, que é inferior e medial, vai cruzar a face inferior do gânglio de medial para 
lateral, de posterior para anterior, juntando-se à porção ínfero-medial do nervo 
mandibular. É responsável pela inervação sensitiva da pele, da zona temporal, da porção 
inferior da bochecha e da mandíbula. É também responsável, através dos ramos 
profundos, pela inervação da cavidade oral (face interior das bochechas e das gengivas 
e dentes inferiores, lábio inferior, porção anterior da língua). Vai ainda conduzir as fibras 
do nervo intermédio de Wrisberg para a gustação do vértice e margens da língua. A sua 
raiz motora vai inervar os músculos mastigadores. 
Trajeto – após a raiz sensitiva se originar a partir do gânglio de Gasser, juntamente com 
a raiz motora, vão dirigir-se para lateral, inferior e ligeiramente para anterior, 
atravessando o forame oval, onde se relaciona com a artéria meníngea acessória. As 
raízes, anteriormente dependentes, vão unir-se. Após atravessar o forame oval, origina 
um ramo colateral, o ramo meníngeo recorrente (nervo recorrente de Luschka) e dividir-
se em dois troncos terminais, um anterior e outro posterior. No seu curto trajeto 
exocraniano, o nervo mandibular encontra-se na fossa infratemporal, lateralmente à 
fáscia interpterigoideia e medialmente ao m. pterigóideo lateral. 
Ramo colateral 
Após sair pelo forame oval, o nervo mandibular irá emitir um ramo colateral, o ramo 
meníngeo recorrente (ou nervo recorrente de Lushcka), que vai dirigir-se para posterior 
e superior, descrevendo um pequeno arco de concavidade superior, e atravessar o 
forame espinhoso, onde se relaciona com a artéria meníngea média. As suas 
ramificações acompanham as da artéria meníngea média. Irá então inervar a duramáter 
vizinha. 
Ramos terminais (7) 
Como descrito anteriormente, o nervo mandibular, após atravessar o forame oval, vai 
dividir-se em dois troncos terminais: o tronco anterior (que origina três ramos terminais) 
e o tronco posterior (que origina cinco ramos terminais) 
Ramos do tronco anterior (3) 
Após a ramificação, os nervos do tronco anterior vão dirigir-se lateralmente, 
atravessando (o mítico) Porus Crotaphiticus Buccinatorius de Hyrtl. Este forame está 
compreendido entre a margem lateral do forame oval e um feixe ligamentoso 
subjacente, o ligamento inominado de Hyrtl (que se estende desde o bordo posterior da 
lâmina lateral do processo pterigoide, e uma pequena saliência óssea posterior e lateral 
ao forame oval) que corresponde a um espessamento da fáscia 
pterigotemporomandibular. Os nervos do tronco anterior vão atravessar o poro e 
separar-se. 
 Nervo temporobucal – vai dirigir-se para lateral e inferior e ligeiramente para 
anterior, passando entre os dois fascículos do m. pterigoideu lateral, 
fornecendo-lhes alguns pequenos ramos. Ao chegar à superfície lateral do 
músculo, vai dividir-se em dois ramos, um ascendente (nervo temporal profundo 
anterior, que é motor, inervando a parte anterior do músculo temporal), e um 
descendente (nervo bucal, que é sensitivo. Vai dirigir-se para anterior e inferior, 
posteriormente à tuberosidade maxilar, medialmente ao tendão do músculo 
temporal, e ao alcançar a face lateral do músculo bucinador, vai ramificar-se para 
inervar a pele e a mucosa das bochechas. 
 Nervo temporal profundo médio – vai dirigir-se lateralmente, entre o m. 
pterigoideu lateral e a asa maior do esfenóide, dirigindo-se, ao nível da crista 
infratemporal, para superior, inervando a porção média do músculo temporal. 
 Nervo temporomassetérico – vai dirigir-se lateralmente, entre o m. pterigodeu 
lateral e o “teto” virtual da fossa infratemporal, posteriormente ao nervo 
temporal profundo médio. Ao alcançar a crista infratemporal, vai dividir-se em 
dois ramos, um ascendente (nervo temporal profundo posterior, que se dirige 
para superior e que irá inervar a porção posterior do músculo temporal) e um 
descendente (nervo massetérico, que irá passar ao nível da incisura da 
mandíbula, anteriormente ao côndilo e posteriormente ao processo coronoide, 
indo inervar o m. masséter pela sua face medial). Destes dois ramos, um deles 
irá contribuir para a inervação da articulação temporo-mandibular. 
Ramos do tronco posterior (4) 
 Ramo comum dos nervos dos músculos pterigoideu medial, tensor do véu 
palatino e tensor do tímpano – após a ramificação inicial (no tronco anterior e 
posterior) este nervo vai separar-se, dirigindo-se para medial, passando 
anteriormente ao gânglio ótico (ao qual está unido), e divide-se em três ramos: 
o Nervo do m. pterigoideu medial – dirige-se inferiormente, penetrando no 
músculo; 
o Nervo do m. tensor do véu palatino e do m. tensor do tímpano – vão 
atravessar a zona crivosa da fáscia interpterigoideia, até alcançarem os 
músculos aos quais se destinam. 
 Nervo auriculotemporal – dirige-se posteriormente, dividindo-se em dois ramos, 
um súpero-medial e um ínfero-lateral que rodeiam a artéria meníngea média. 
Vai então atravessar, de anterior para posterior, a botoeira retrocondiliana (de 
Juvara), superiormente à artéria maxilar. Vai entrar na loca parotídea, onde se 
vai encurvar para superior e lateral, atravessando o extremo superior da 
parótida (proporcionando-lhe a sua inervação funcional – nervo petroso menor 
[ramo do GF (IX)] até ao gânglio ótico*, que dá fibras para o nervo 
auriculotemporal). No seu trajeto ascendente, vai passar medialmente aos vasos 
temporaissuperficiais, e ao passar anteriormente ao meato auditivo externo, vai 
passar a ser posterior a estes vasos. Vai ramificar-se, inervando os tegumentos 
da porção lateral do crânio. 
Ao longo do seu trajeto, o nervo auriculotemporal vai fornecer ramos para 
inervar os vasos meníngeos médios e temporais superficiais, à articulação 
temporomandibular, à parótida (como descrito anteriormente), ao meato 
auditivo externo, à membrana do tímpano e a orelha. 
{Comunica com o gânglio ótico, com o nervo alveolar inferior, com o nervo facial 
(na parótida) e com o plexo carótico externo.} 
 Nervo alveolar inferior – é o mais volumoso do nervo mandibular. Dirige-se para 
inferior, relacionando-se anteriormente com o nervo lingual, posteriormente 
com a artéria alveolar inferior, medialmente com o m. pterigoideu medial e a 
fáscia interpterigoideia, e lateralmente com o m. pterigoideu lateral e o ramo da 
mandíbula. O nervo vai entrar então no canal da mandíbula pelo forame da 
mandíbula (posteriormente à língula de Spitz). Segundo Olivier, o nervo pode 
então apresentar duas disposições diferentes: 
o Uma mais comum, em que o nervo vai acompanhar os vasos alveolares 
inferiores através do canal da mandíbula, até saírem pelo forame 
mentual, dividindo-se em dois ramos terminais. Ao longo do seu trajeto, 
emite alguns ramos colaterais: um ramo comunicante inconstante com o 
nervo lingual; o nervo milohioideu, que se origina antes do nervo 
penetrar no forame da mandíbula, e se dirige-se inferior e anteriormente 
pelo sulco milohioideu, passando lateralmente à glândula 
submandibular, inervando o m. milohioideu e o ventre anterior do m. 
digástrico; ramos dentários inferiores, que inerva a raiz e a gengiva dos 
dentes molares e pré-molares inferiores. Os dois ramos terminais, o 
nervo mentual passa pelo forame mentual, ramificando-se para inervar a 
pele do lábio inferior e do queixo, bem como a mucosa do lábio inferior, 
e o plexo dentário inferior irá ramificar-se, inervando os incisivos, os 
caninos e a gengiva correspondente. 
o Uma mais rara (um terço dos casos), o nervo alveolar inferior apresenta-
se dividido, desde a sua entrada pelo forame da mandíbula, nos seus dois 
ramos terminais: o nervo mentual (que não origina ramos dentários) e o 
nervo dentário inferior, que origina ramos para todos os dentes e gengiva 
correspondentes. Neste caso, não existe plexo dentário inferior. 
 Nervo lingual – vai acompanhar, numa fase inicial, o nervo alveolar inferior, 
apresentando as mesmas relações que este (sendo anterior ao mesmo). Vai 
receber, ao nível do seu terço superior, a corda do tímpano (ramo do nervo 
facial, que lhe trás fibras sensitivas e parassimpáticas). Ao longo do seu trajeto 
descendente, vai descrever um arco de concavidade anterior e medial. Ao chegar 
à margem ântero-inferior do m. pterigoideu lateral, vai curvar para anterior, 
percorrendo o espaço inferior à mucosa do sulco gingivolingual (lateralmente ao 
nervo hipoglosso), superiormente à margem superior da glândula 
submandibular e do nódulo linfático submandibular e onde vai dar ramos (fibras 
parassimpáticas provenientes da corda do tímpano) para o gânglio 
submandibular, que irá inervar esta glândula. Vai percorrer então a face medial 
da glândula, contornando o seu ducto de lateral para medial, passando 
inferiormente, e por fim passa medialmente à glândula sublingual, onde vai 
originar vários ramos que vão inervar a mucosa da língua, na sua porção mais 
anterior, e ramos para o gânglio sublingual (de Blandin), que será responsável 
pela inervação da glândula sublingual. ESTES GÂNGLIOS recebem ambos fibras 
aferentes do nervo lingual (fibras parassimpáticas provenientes da corda do 
tímpano) e emitem fibras eferentes para inervação funcional das glândulas 
respetivas (as glândulas recebem fibras simpáticas provenientes do plexo 
simpático carótico externo) 
Gânglio ótico (de Arnold) 
Este gânglio localiza-se medialmente ao nervo mandibular, no terço inferior do espaço 
entre o forame oval e a origem do nervo auriculotemporal. 
Este gânglio recebe fibras aferentes de três tipos: uma raiz curta (que transporta fibras 
sensitivas) proveniente do nervo mandibular; o nervo petroso menor (ramo do nervo 
timpânico de Jacobson, que é colateral do glossofaríngeo, que leva fibras 
parassimpáticas provenientes do núcleo salivatório inferior); uma raiz simpática, 
proveniente do plexo que envolve a artéria meníngea média, que vai até ao gânglio 
através do nervo petroso menor 
Vai então emitir três ramos eferentes: 
- ramo comunicante com o nervo aurículotemporal (que lhe fornece as fibras 
parassimpáticas para a inervação funcional da parótida); 
- ramo comunicante com o tronco comum aos nervos dos músculos pterigoideu medial, 
tensor do véu palatino e tensor do tímpano; 
- nervo para a corda do tímpano. 
VI – Abducente 
É um nervo craniano motor. Vai inervar o m. reto lateral do bulbo ocular. 
Origem – A sua origem aparente situa-se no sulco bulbopontico (separação da ponte da 
medula oblonga), perto da linha mediana, superiormente à pirâmide. 
Trajeto e relações – vai, após a sua origem aparente, dirigir-se para anterior superior e 
lateral, passando entre o clivo do occipital e a ponte. Vai passar pelo tecido 
subaracnoídeo, o aracnoide, o espaço supraaracnoideu e a duramáter, dirigindo-se para 
superior e lateral, passando pela face posterior e depois pela margem superior da 
porção petrosa do temporal, passando medialmente ao seio petroso maior e 
inferiormente ao ligamento petro-esfenoidal (que une o ápice da porção petrosa do 
temporal à porção lateral do dorso da sela, sendo posterior ao seio cavernoso). Vai 
passar então ínfero-lateralmente aos processos clinoides posteriores, penetrando no 
seio cavernoso, na sua porção mais profunda, relacionando-se supero-lateralmente com 
a artéria carótida interna, encontrando-se entre esta e a parede lateral do seio. 
Vai percorre-lo de posterior a anterior, e ao sair deste, vai atravessar a fissura orbital 
superior, dentro do anel tendinoso de Zinn. Vai então ramificar-se para inervar o m. reto 
lateral do bulbo ocular, penetrando na porção mais posterior deste músculo. 
VII – Facial e intermédio de Wrisberg 
É um nervo craniano misto. É composto por uma raiz motora, o nervo facial 
propriamente dito, e uma raiz sensitiva, o nervo intermédio de Wrisberg. É responsável 
pela inervação motora dos músculos da mímica facial e os cutâneos do pescoço, os 
músculos dos ossículos da audição, e alguns dos músculos do véu palatino, e pela 
inervação sensitiva do terço médio da orelha, do meato auditivo externo e do tímpano. 
É ainda responsável, através das fibras da corda do tímpano, que comunicam com o 
nervo lingual, pela inervação sensorial dos 2/3 anteriores da língua. Ambos transportam 
fibras do sistema nervoso autónomo, para inervação da secreção lacrimal (nervo facial) 
ou para inervação das glândulas linguais, submandibulares ou sublinguais (nervo 
intermédio), através do nervo trigémeo. 
Origem – a raiz motora deste nervo tem a sua origem aparente ao nível do sulco bulbo-
pôntico, na porção superior à oliva na sua metade lateral. 
Terminação – a raiz sensitiva origina-se ao nível do gânglio geniculado, no interior do 
canal do nervo facial (de Falópio) onde o nervo facial se relaciona com o intermédio de 
Wrisberg. Vai terminar também no sulco bulbo-pôntico, lateralmente ao nervo facial e 
medialmente ao nervo vestíbulo coclear. 
Trajeto e relações – após a sua origem aparente, as raízes do nervo facial vão dirigir-se 
para anterior, superior e lateral, para penetrarem através no meato acústico interno 
através do poro acústico interno. Neste curto trajeto, o nervovai passar sobre o occipital 
(porção lateral da porção basilar) e sobre a face póstero-superior da porção petrosa do 
temporal, passando inferiormente à ponte e ao pedúnculo cerebeloso médio. O nervo 
facial é anterior e depois superior ao vestíbulo coclear, enquanto que o nervo 
intermédio se localiza entre estes (daí o seu nome). Dentro do meato acústico o nervo 
vestíbulo coclear vai formar um canal de concavidade superior, onde assentam os 
nervos facial e intermédio e a artéria labiríntica. Vão então entrar no canal do nervo 
facial (de Falópio), na porção ântero-superior. Este canal apresenta três segmentos: um 
primeiro, que começa no poro acústico interno, e tem obliquidade ântero-lateral (sendo 
perpendicular ao eixo da porção petrosa). No extremo lateral desta porção, o nervo 
facial muda de direção, para seguir para o segundo segmento, formando o joelho do 
nervo facial, onde, na face anterior, se encontra o gânglio geniculado, anteriormente ao 
forame petroso maior, por onde sai um ramo colateral. O nervo intermédio penetra 
neste gânglio, e a partir daqui, vão constituir um único nervo. Um segundo segmento 
(passa no ouvido médio) de obliquidade póstero-ínfero lateral, é quase horizontal e 
paralelo ao eixo maior da porção petrosa. Um terceiro e ultimo segmento (forma-se o 
cotovelo entre a segunda e terceira porção), é vertical, e inicia-se inferiormente à 
entrada do “antromastoideo” e termina no forame estilomastoideo, por onde o nervo 
facial se torna exocraniano. 
Ao longo do seu percurso neste segmento, o nervo facial relaciona-se com a artéria 
estilomastoideia (ramo da artéria auricular posterior). 
Ao sair pela porção petrosa, vai dirigir-se para inferior, anterior e lateral, cruzando a face 
lateral da base do processo estiloide e penetra na parótida, passando entre os músculos 
digástrico (ventre posterior) e estilohioideu. Dentro da parótida, vai continuar para 
anterior e inferior e ligeiramente lateral e, ao passar lateralmente à jugular interna, vai 
originar os seus dois ramos terminais. 
Ramos colaterais intrapetrosos (6) 
Originam-se ao longo do trajeto dentro da porção petrosa do temporal. 
 Nervo petroso maior – desprende-se da face anterior do gânglio geniculado. Vai 
sair pelo forame petroso maior, percorrendo a face ântero-superior da porção 
petrosa, passando inferiormente ao gânglio trigeminal, e durante este trajeto vai 
receber o nervo petroso profundo (ramo do nervo timpânico de Jacobson, ramo 
colateral do glossofaríngeo) e o nervo carótico (que leva fibras simpáticas). Vai 
dirigir-se para anterior para entrar no canal vidiano, percorrendo-o de posterior 
a anterior, e terminando ao nível do gânglio ptérigo-palatino. Inerva, através 
deste gânglio, a mucosa nasobucofaríngea e a glândula lacrimal; 
 Ramo comunicante com o plexo timpânico – forma-se a partir do gânglio 
geniculado, passa pelo hiato do nervo petroso menor, juntando-se com este 
nervo - leva fibras autónomas; 
 Nervo estapédio – origina-se durante o trajeto do nervo no 3º segmento do canal 
facial. Vai dirigir-se até ao músculo estapédio, passando a fina parede que separa 
o músculo deste canal; 
 Corda do tímpano – origina-se antes do nervo facial passar pelo forame estilo-
mastoideo. Após se separar, vai dirigir-se para superior, lateral e ligeiramente 
anterior, para entrar no canalículo da corda do tímpano. Este canal vai terminar 
na parede posterior da cavidade timpânica. Vai atravessá-la de posterior a 
anterior, (passa por um forame condicionado pelo tendão do tensor do tímpano, 
martelo e bigorna) e entrar por um pequeno forame que a conduz ao canalículo 
anterior da corda do tímpano. Este canal vai abrir na face exocraniana, perto da 
espinha do esfenóide, pela fissura petro-timpânica. O nervo vai então continuar 
o seu trajeto para anterior e inferior, passando lateralmente à fáscia 
interpterigoideia e ao nervo alveolar inferior. unindo-se ao nervo lingual. Através 
deste nervo, que transporta as suas fibras parassimpáticas, irá inervar as 
glândulas submandibular e sublingual através dos respetivos gânglios. Leva ainda 
fibras aferentes, responsáveis pela gustação dos 2/3 anteriores da língua; 
 Ramo sensitivo do meato auditivo externo – imediatamente após sair pelo 
forame estilo-mastoideo (ou ainda antes), o nervo facial vai emitir um pequeno 
ramo que contorna a margem anterior do processo mastóide, na sua porção 
inferior ao meato acústico externo, e penetra através da sua parede posterior, 
inervando-a e a parte da membrana do tímpano; 
 Ramo comunicante com o nervo vago (Cruveilhier) – destaca-se superiormente 
ao forame estilo-mastoideu. Introduz-se por um pequeno canalículo ósseo, o 
canalículo mastóideo, que vai desembocar na porção média da margem lateral 
do forame jugular, comunicando com o gânglio superior do nervo vago (com o 
ramo anterior, forma o ramo auricular do nervo vago, segundo alguns autores). 
Ramos colaterais extrapetrosos (4) 
 Ramo comunicante com o glossofaríngeo (ansa de Haller) – é um ramo 
inconstante. Desprende-se do nervo facial após este sair do forame estilo-
mastoideo, cruza a face anterior da veia jugular, e termina no gânglio inferior do 
glossofaríngeo. Forma-se a ansa de Haller, donde saem ramos para inervar o 
estilofaríngeo, estiloglosso e palatoglosso e a porção posterior ao V lingual; 
 Nervo auricular posterior – vai contornar o ventre posterior do digástrico e a 
margem anterior do processo mastoide. Ao nível da face lateral do processo 
mastóide, vai comunicar-se com o nervo auricular maior (plexo cervical), 
originando dois ramos: um superior, para os músculos da orelha, outro 
horizontal e posterior, para o ventre occipital do m. occipitofrontal. Vai também 
inervar a pele desta região; 
 Ramo dos músculos estilohiodeo e ventre posterior do digástrico – nascem 
inferiormente ao precedente. Vai depois ramificar-se em dois ramos, um para 
cada músculo. Segundo Guerrier e Colin, por vezes o ramo para o digástrico 
comunica com o glossofaríngeo, substituindo-o a ansa de Haller. 
 Ramo lingual – é uma outra forma de comunicação com o glossofaríngeo. Nasce 
na proximidade dos precedentes, dirige-se para anterior e inferior, relacionando-
se com o estiloglosso, e termina perto da base da língua (onde eventualmente 
comunica com o glossofaríngeo). Desta comunicação nascem ramos que vão 
inervar a porção posterior do V lingual e o estiloglosso e o palatoglosso. Quando 
existe a ansa de Haller, esta comunicação não existe. É também inconstante. 
Ramos terminais (2) 
Originam-se na face lateral da veia jugular interna, no interior da parótida. Divide-se em 
dois ramos terminais: o ramo temporofacial e o ramo cervicofacial 
 Ramo Temporofacial 
Este ramo vai originar ramos terminais que vão contornar os lóbulos da parótida, 
formando o plexo intraparotídeo, através do qual este ramo comunica com o nervo 
auriculotemporal. Os ramos vão sair então através das margens superior e anterior da 
parótida, distinguindo-se quatro tipos de ramos: 
o Ramos temporais – inervam o músculo auricular anterior e a face lateral 
da orelha; 
o Ramos frontais e palpebrais – inervam o ventre frontal do músculo 
occipitofrontal, o prócero, corrugador dos supercílios, e orbicular do 
olho; 
o Ramos zigomáticos – músculos da porção média da face; 
o Ramos bucais superior –bucinador e orbicular da boca (metade superior); 
 Ramo cervicofacial 
Dirige-se inferior, anterior e lateralmente. Vai comunicar com o nervo auricular maior 
(plexo cervical), dividindo-se em vários ramos ao nível do ângulo da mandíbula: ramos 
bucais inferiores (para o risório e metade inferior do orbicular); ramo marginal 
mandibular (músculos da mandíbula);ramos cervicais (para o plátisma). 
VIII – Vestibulo-coclear 
Matéria de 2º ano – basicamente forma uma concavidade superior onde se insere o 
nervo facial e o nervo intermédio de Wrisberg 
IX - Glossofaríngeo 
É um nervo craniano misto. É composto por uma raiz motora e uma raiz sensitiva. É 
responsável pela inervação motora dos músculos da faringe e do palato mole e pela 
inervação sensitiva da mucosa da língua (posteriormente ao V lingual, sensitiva e 
sensorialmente) e da faringe. 
Origem – [a origem real da raiz motora deste nervo situa-se no bulbo, nas células da 
porção superior do núcleo ambíguo. Já a raiz sensitiva, origina-se nos gânglios do nervo 
glossofaríngeo, sendo um superior, endocraniano, superiormente ao forame jugular, e 
um inferior, exocraniano, inferiormente ao dito forame]. A sua origem/terminação 
aparente situa-se no bulbo, na porção superior do sulco póstero-lateral, superiormente 
ao nervo vago, inferiormente ao nervo vestíbulo-coclear. Origina-se a partir de vários 
ramos, que se unem num único nervo, o nervo glossofaríngeo, não sendo distinguível a 
raiz motora da sensitiva. 
Trajeto e relações – após sair do SNC pela sua origem aparente, vai dirigir-se para 
anterior e lateral. Vai atravessar o tecido subaracnoídeo, envolto numa membrana de 
piamáter, passando sobre o tubérculo jugular. Vai então perfurar o aracnoide, o espaço 
supraaracnoideo e a duramáter, passando primeiro posterior, e depois lateralmente ao 
seio petroso inferior, saindo do crânio pela porção mais anterior do forame jugular, 
passando anteriormente à lâmina fibrosa que o separa dos nervos vago e acessório. Vai 
aqui originar dois gânglios, um superior, endocraniano, e um inferior, exocraniano, que 
se aloja na fóssula petrosa da margem posterior da porção petrosa do temporal. Vai 
dirigir-se inferiormente, passando posteriormente à carótida interna, encurvando-se 
para anterior (descrevendo um arco de concavidade ântero-superior), passando 
lateralmente a esta artéria, deixando para trás os nervos vago e acessório, dos quais 
está separada pela veia jugular interna, que lhe é posterior. Já anterior à carótida 
interna, vai prosseguir o seu trajeto, anterior e inferiormente, cruzando a face lateral do 
m. estilofaríngeo, aplicando-se contra o m. constritor superior da faringe. Vai então 
seguir pela face deste músculo, chegando à base da língua, onde se relaciona primeiro 
com a margem posterior, e depois com a face profunda do m. estiloglosso, cruzando 
simultaneamente a porção inferior da amígdala palatina e a artéria palatina ascendente. 
 
Ramos colaterais (7) 
 Ramo comunicante com o facial (Ansa de Haller) – ver VII – facial 
 Nervo timpânico (de Jacobson) – origina-se a partir da face lateral do gânglio 
inferior, dirigindo-se para lateral através de um pequeno sulco na região entre o 
forame jugular e o canal carótico. No extremo lateral deste sulco, vai penetrar 
pelo canalículo timpânico pelo seu promontório, desembocando na cavidade 
timpânica, onde origina seis ramos: dois ramos posteriores, para inervar a 
mucosa da janela do vestíbulo e da cóclea – inervação sensitiva do ouvido 
interno (?); dois anteriores, um tubárico (mucosa da tuba auditiva) e outro, o 
nervo carótico-timpânico, que sai através de um pequeno forame na parede 
anterior, comunicando com o plexo simpático carótico interno; dois superiores, 
que sai por dois pequenos forames existentes na parede superior, o nervo 
petroso profundo (que leva fibras simpáticas provenientes do plexo carótico 
interno, para se juntar ao petroso maior, que leva fibras parassimpáticas) e o 
nervo petroso menor (comunica com o plexo timpânico do facial, e que leva 
fibras parassimpáticas para o gânglio ótico); 
 Ramos do seio carótico – são geralmente dois ramos, que descem pela face 
lateral da carótida interna e, juntamente com o nervo vago e o tronco simpático, 
contribuem para a formação do plexo carótico comum, que inerva o seio e o 
glomo carótico (responsável pela deteção de variações da pressão arterial – 
barorrecetor – e da composição química do sangue - quimiorrecetor); 
 Ramos faríngeos – Estes ramos (em número de cinco a seis) nascem da 
concavidade ântero-superior descrita pelo trajeto do nervo. Vão comunicar com 
a parede lateral da faringe, formando o plexo faríngeo (juntamente com o vago 
e o tronco simpático), que vai inervar a mucosa, vasos e músculos da faringe; 
 Ramo do m. estilofaríngeo – origina-se quando o nervo passa junto à face lateral 
deste músculo, penetrando-o por esta face. Por vezes, origina um pequeno ramo 
que comunica com o ramo para os m. estilohioideu e ventre posterior do 
digástrico do nervo facial; 
 Ramo do m. estiloglosso – origina-se inferiormente ao precedente, inervando o 
músculo pela sua face profunda; 
 Ramos tonsilares – quando o nervo passa pela porção inferior das amígdalas, vai 
originar ramos que vão formar o plexo tonsilar, sobre a face lateral destas. Vão 
daqui partir ramos que vão inervar a mucosa dos arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. 
Ramos terminais 
Ao chegar à base da língua, vai originar múltiplas ramificações terminais, formando o 
plexo lingual, inervando a mucosa da língua, posteriormente ao V lingual, até à 
cartilagem epiglótica e às pregas glossoepiglóticas laterais. 
 
X - Vago 
É um nervo craniano misto. Tem um território de inervação muito extenso, inervando 
orgãos do pescoço, tórax e abdómen. 
Origem – [a origem real da raiz somatomotora deste nervo tem origem na porção 
inferior do núcleo ambíguo, inferiormente à origem das fibras motoras do GF. Já a raiz 
sensitiva tem origem nos gânglios do nervo vago, situados no seu trajeto: um núcleo 
superior ou jugular, e um gânglio inferior ou plexiforme]. A origem/terminação aparente 
deste nervo é no sulco póstero-lateral do bulbo, inferiormente ao GF e superiormente à 
raiz craniana do nervo acessório, donde emerge por alguns pequenos ramos, que se 
juntam formando o nervo vago. 
Trajeto e relações – os ramos que emergem do sulco vão juntar-se e dirigir-se para 
anterior, lateral e superior. Vai, atravessando o tecido subaracnoídeo, até ao forame 
jugular, onde perfura as restantes meninges, e se relaciona anteriormente com o GF 
(que também passa neste forame, estando separado deste por uma pequena lâmina 
fibrosa) e posteriormente com o acessório e a veia jugular (separada destes por uma 
lâmina osteofibrosa - os tubérculos jugulares do occipital e do temporal unidos por 
tecido fibroso). Dentro do forame, forma-se o primeiro gânglio do nervo vago: o superior 
ou jugular. Ao sair por este forame, vai dirigir-se inferiormente, passando pelo espaço 
laterofaríngeo. Vai passar posteriormente à carótida interna e a jugular interna, no canal 
posterior formado por estes dois vasos. Inferiormente ao forame, vai originar o segundo 
gânglio, o inferior ou plexiforme, que comunica com o nervo hipoglosso, que lhe é 
posterior, através de pequenos ramos comunicantes. Vai continuar a dirigir-se para 
inferior, envolvido na bainha carótica, até atingir o ângulo formado pela jugular interna 
e carótida interna superiormente e pela carótida comum inferiormente. 
No tórax, o trajeto e relações são diferentes à direita e à esquerda: 
 À direita, o nervo vago vai cruzar a face lateral da carótida comum, e passar entre 
a artéria subclávia e o ângulo venoso jugosubclávio. Vai então contornar de 
posterior para anterior, de superior para inferior, a face lateral do tronco 
braquiocefálico, seguindo pela face lateral da traqueia e passando primeiro 
medialmente ao arco da veia ázigo, e depois posteriormente ao brônquio direito, 
onde se vai dividir e proporcionar ramos comunicantes para formar o plexopulmonar. Vai então prosseguir para inferior, relacionando-se medialmente com 
o lado direito do esófago, passando depois para a sua face posterior, onde se 
forma o plexo esofágico. 
 À esquerda, o nervo vago cai cruzar a face lateral da carótida comum, 
posteriormente ao troncobraquiocefálico (venoso) esquerdo e cruza a face 
ântero-lateral da porção horizontal do arco da aorta, seguindo um trajeto 
oblíquo póstero-inferiormente que o conduz até à porção posterior do brônquio 
esquerdo, formando o plexo pulmonar. Vai então descer, anteriormente à aorta 
torácica, relacionando-se depois com o lado esquerdo, e depois com a face 
anterior do esófago, onde forma o plexo esofágico análogo. 
Os dois nervos vão passar pelo hiato esofágico do diafragma. Já na cavidade abdominal, 
o nervo vago esquerdo vai proporcionar ramos terminais hepáticos e gástricos, 
enquanto o nervo vago direito vai originar ramos que cobrem a face posterior do 
estômago. Um desses ramos (considerado por alguns autores o seu ramo terminal, vai 
passar posteriormente à bolsa omental, dirigindo-se ao gânglio celíaco direito. 
Ramos cervicais (6) 
 Ramo meníngeo – origina-se a partir do gânglio superior, inerva a duramáter 
próxima ao forame jugular; 
 Ramo comunicante com o nervo facial de Cruveilhier - ver VII – facial – alguns 
autores consideram este ramo, a primeira parte do nervo auricular do nervo 
vago, que se continua com o ramo sensitivo para o meato acústico externo; 
 Ramos faríngeos – origina-se a partir do gânglio inferior. De um a três ramos, que 
passam anteriormente à carótida comum, e termina na parede lateral da faringe, 
contribuindo para a formação do plexo faríngeo, que inerva a mucosa e os 
músculos da faringe, mas também os músculos do véu palatino. (relação com 
palatino menor); 
 Ramos cardíacos cervicais superiores – geralmente em número de dois, 
originam-se a partir do nervo vago quando este acompanha a carótida comum. 
Vão passar primeiro lateralmente e depois anteriormente a esta artéria, 
dirigindo-se para inferior (passando anteriormente ao tronco braquiocefálico do 
lado direito). Vão terminar ao nível do plexo cardíaco anterior; 
 Nervo laríngeo superior – nasce do extremo inferior do gânglio inferior do nervo 
vago. Vai dirigir-se ântero-ínfero-medialmente, passando primeiro 
anteriormente, depois medialmente à carótida interna, até alcançar a parede 
lateral da laringe. Vai continuar o seu trajeto descendente, relacionando-se com 
a face medial da carótida externa, passando inferiormente à artéria lingual. Ao 
alcançar a membrana tirohioideia, vai dividir-se em dois ramos: um interno, que 
vai passar, juntamente com a artéria laríngea superior, pela membrana 
tirohioideia, dirigindo-se para inferior para inervar a mucosa da porção superior 
da laringe (3 ramos, anteriores, médios e posteriores, sendo que destes, existe 
um ramo que comunica com o nervo laríngeo recorrente – ansa de Galeno); um 
externo, que vai continuar para anterior, inferior e ligeiramente medial, para 
inervar os músculos tirocricoideos e a porção laríngea do constritor inferior da 
daringe, e originando um ramo que passa entre as porções reta e obliqua do m. 
cricotiróideo e inerva a mucosa da porção infraglótica da laringe; 
 Ramos caróticos – estes ramos, que podem ter várias origens (nervo laríngeo 
superior, ramos faríngeos), juntamente com ramos do glossofaríngeo e do 
tronco simpático vão contribuir para a formação do plexo carótico comum (que 
inerva o seio carotídeo e o glomo, como descrito anteriormente) – é o nervo 
vago responsável pela resposta autónoma 
 
Ramos torácicos (5) 
 Nervo laríngeo recorrente – apresenta trajetos diferentes, à direita e à esquerda: 
o Direito: origina-se anteriormente à artéria subclávia, passando para 
posterior desta por inferior, continuando com obliquidade súpero-medial 
para se inserir no canal de concavidade lateral formado pela traqueia e 
pelo esófago. Vai continuar para superior até alcançar a laringe. 
o Esquerdo: origina-se inferiormente à porção horizontal do arco aórtico. 
Vai continuar para posterior, descrevendo um arco de concavidade 
ântero-superior que contem a porção horizontal do arco aórtico. Vai 
passar inferiormente ao ligamento arterial (resquício embrionário – 
vestígio do canal arterial de Botal que, no feto, liga à crossa da aorta ao 
tronco pulmonar). Vai continuar-se para superior, no canal homólogo ao 
do lado oposto até alcançar a laringe 
Os dois nervos estão contidos na lâmina pré-traqueal, ao longo do seu trajeto 
ascendente, relacionando-se com os nódulos-linfáticos pré-traqueais. Ao 
alcançarem o lóbulo lateral da tiroide, relacionam-se com a artéria tiroideia 
inferior. Ao chegarem ao extremo superior da traqueia, vão passar 
profundamente ao músculo constritor inferior da faringe, dividindo-se em ramos 
que vão inervar todos os músculos da laringe (à exceção do cricotiróideo). Um 
destes ramos irá comunicar com a porção interna do nervo laríngeo superior, 
formando a alça de Galeno. (relação com tiroidectomia-isolamento deste nervo). 
Ao longo do seu trajeto, vão originar numerosos ramos colaterais: 
o Cardíacos médios ou cervicais inferiores – terminam no plexo cardíaco 
posterior; 
o Traqueais 
o Esofágicos 
o Faríngeos – inervam o músculo constrictor inferior da faringe 
 
 Ramos cardíacos torácicos (+ inferiores) – vão contribuir para a formação do 
plexo cardíaco posterior, originando-se inferiormente ao nervo laríngeo 
recorrente; 
 Ramos pulmonares – podem originar-se diretamente do nervo vago ou dos 
ramos cardíacos torácicos. Vão ramificar-se anteriormente à traqueia, 
comunicando com o homólogo do lado oposto, e penetrar nos pulmões 
juntamente com os brônquios e os grandes vasos pulmonares, formando o plexo 
pulmonar anterior; 
 Ramos traqueo-bronquicos – origina ramos, no seu trajeto posterior aos 
brônquios, ramos que comunicam entre si e com os do lado oposto, com os 
ramos procedentes do plexo cardíaco e do centro mediastínico posterior (cadeia 
simpática). Forma-se um plexo (pulmonar posterior) que emite ramos traqueais, 
esofágicos, pericárdios e pulmonares; 
 Ramos esofágicos – originam-se superiormente, do nervo vago propriamente 
dito, e inferiormente do plexo esofágico. 
Ramos abdominais 
Direito – ao chegar à face posterior do estômago, vai ramificar-se em 4 a 5 ramos. Um 
desses ramos vai comunicar com o extremo medial do gânglio celíaco direito, formando, 
juntamento com o gânglio esplâncnico maior, a alça de Wrisberg, a partir da qual saem 
ramificações terminais para o plexo celíaco, para o plexo mesentérico maior e para o 
plexo mesentérico inferior. 
Esquerdo – vai ramificar-se na face anterior do estômago, em cinco a seis ramos, 
recebendo ramos comunicantes do plexo gástrico, distribuindo-se por esta face. À altura 
da cárdia, vai emitir alguns ramos hepáticos (2, um principal e um inconstante), que se 
introduzem pelo omento menor e terminam no plexo nervoso hepático. Forma com o 
nervo esplâncnico menor uma alça inconstante. 
XI - Acessório 
É um nervo craniano motor. É responsável pela inervação do trapézio e do 
esternocleidomastóideo, sendo que um dos ramos é comunicante com o nervo vago. 
Origem – este nervo possui duas raízes: uma raiz craniana que tem origem aparente no 
sulco póstero-lateral do bulbo, inferiormente à origem do nervo vago, e uma raiz 
espinhal que se origina no funículo lateral da medula espinhal, situada anteriormente à 
emergência das raízes posteriores dos nervos espinhais. 
Trajeto e relações – as duas raízes vão unir-se formando um nervo único, o nervo 
acessório. A raiz espinhal, que atravessa o forame magno antes de se juntarà craniana, 
vai relacionar-se com a artéria vertebral. Vai dirigir-se para anterior, superior e lateral, 
passado posterior e inferiormente ao nervo vago, saindo pelo forame jugular pelo 
mesmo espaço que este, e apresentando relações idênticas. Vai aqui originar os seus 
ramos terminais 
Ramos terminais (2) 
 Ramo interno – corresponde à raiz craniana do nervo acessório. Vai unir-se ao 
nervo vago, no seu gânglio inferior, contribuindo para a inervação do véu 
palatino, da faringe e da laringe (via nervo laríngeo recorrente, inerva os m. 
intrínsecos da laringe exceto o cricotiróideo); 
 Ramo externo – vai dirigir-se para posterior, inferior e lateral, cruzando a veia 
jugular interna (por anterior ou posterior, é variável), passa posteriormente ao 
estilohioideu e ao digástrico, abordando aqui a face profunda do 
esternocleidomastoideu, inervando-o. Vai depois atravessar, de superior para 
inferior, de anterior para posterior, o triangulo omo-clavicular, relacionando-se 
com os nódulos linfáticos da região. Vai por fim alcançar a face profunda do 
trapézio, acompanhando o trajeto da artéria subtrapezoide (ramo da artéria 
dorsal da escápula) e inervando este músculo. 
Na face profunda destes músculos, comunica-se com os nervos do plexo cervical, em 
especial os provenientes de C3. No entanto, estes proporcionam apenas a inervação 
sensitiva do músculo, enquanto que o nervo acessório proporciona a inervação motora. 
RELAÇÃO COM A VIA ONCOCEFALOGIRA 
XII – Hipoglosso 
É um nervo craniano motor. Vai inervar os músculos da língua. 
Origem – tem origem aparente a partir de vários ramos que se destacam do sulco 
ântero-lateral do bulbo. 
Trajeto e relações – os vários ramos vão convergir, reunindo-se num nervo único. Vai 
passar no tecido subaracnoídeo, onde cruza a artéria vertebral, superiormente, e a 
artéria cerebelosa posterior, posteriormente. Vai então atravessar as restantes 
meninges, e sair do crânio pelo canal do hipoglosso, no occipital, onde se relaciona com 
a artéria meníngea posterior. 
Já na face exocraniana, vai então dirigir-se para anterior, inferior e lateral, passando pelo 
espaço mandibulo faríngeo, sendo posterior e medial à carótida interna, passando perto 
da zona de origem do nervo que origina o plexo simpático carótico interno (que tem 
origem do gânglio cervical superior do tronco simpático). Vai passar então 
posteriormente ao gânglio inferior do nervo vago, e seguir para anterior e inferior 
passando entre a veia jugular interna (lateral) e a carótida interna e o nervo vago 
(medial). Vai então passar lateralmente à carótida externa, inferiormente à origem da 
artéria occipital. Vai, nesta zona, constituir o limite supero-medial do triângulo de 
Farabeuf, ponto de referência para a bifurcação da carótida comum (jugular interna e 
tirolingofaringofacial). Vai dirigir-se para anterior, para a região suprahioideia, 
acompanhando a veia lingual, passando superiormente ao m. hioglosso, que o separa 
da artéria lingual. Relaciona-se numa porção mais posterior, com o estilohioideu, ventre 
posterior do digástrico (medialmente) e glândula submandibular (lateralmente). Ao 
seguir para anterior, vai delimitar dois espaços anatómicos: o triangulo de Béclard 
(hióide, m. hioglosso [margem posterior] e ventre posterior do m. digástrico, onde passa 
o nervo hipoglosso e vasos linguais) e o triângulo de Pirogoff (m. milohiodieu, tendão 
intermédio do digástrico, e o próprio nervo, e neste espaço passa a artéria lingual). Vai 
então acompanhar o ducto submandibular (de Wharton), superiormente, originando, 
ao nível da margem anterior do hioglosso, os seus ramos terminais. 
Ramos colaterais (6) 
 Ramo meníngeo – origina-se dentro do canal do hipoglosso, voltando para trás 
pela face lateral do nervo e inerva a duramáter vizinha. As fibras sensitivas 
provêm do plexo cervical; 
 Ramo vasculares – originam-se a diferentes níveis, mas destinam se a inervar as 
paredes das carótidas e da veia jugular interna; 
 
 Ramo descendente – origina-se quando a o nervo cruza a face lateral da carótida 
externa. Este ramo desce verticalmente, anteriormente à carótida comum e à 
jugular interna, e ao chegar à proximidade do tendão intermédio do m. 
omohioideu, vai comunicar com um ramo descendente do plexo cervical (C2 e 
C3), anteriormente à jugular interna, formando a alça cervical. A partir desta 
alça, saem ramos para inervação dos músculos omohioideo, esternotiroideu e 
esternohioideu e a porção mais inferior do esternocleidomastoideu (perto da 
inserção inferior do esterno hioideu. Por vezes, este ramo descendente está 
ligado ao nervo vago e parece desprender-se deste. Quando tal acontece, a asa 
comunicante é posterior e não anterior à jugular interna; 
 Nervo do m. tirohioideu; 
 Nervo dos m. hioglosso e estiloglosso – originam-se quando este cruza a face 
superficial do hioglosso; 
 Nervo do m. genioglosso – origina-se à altura da margem anterior do m. 
hioglosso. 
Ramos terminais 
Na face lateral do músculo genioglosso, divide-se em numerosos ramos que inervam os 
músculos da língua, incluindo os seus intrínsecos.

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