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Aula: Dinâmica de Estuários e Lagoas Costeiras ECOSSISTEMAS COSTEIROS Tópicos a serem abordados Definição e principais características dos estuários; Classificação e importância dos estuários; Processos hidrodinâmicos e sedimentológicos; Cálculo da vazão líquida Comportamento conservativo e não conservativo; Modelagem de Estuários Definição de Estuário “Um estuário é um corpo d’água semifechado na costa que possui conexão livre com o oceano e no qual a água do mar entra em contato com a água doce de origem da drenagem continental” (Motta, 1978). Características de um Estuário Maior complexidade e dinâmica que rios; Gradientes físico-químicos (salinidade, pH) Variabilidade na concentração de material particulado em suspensão; Processos hidrodinâmicos complexos; Importância dos Estuários Fonte de alimentos. Ocupação urbana e portuária. Função reguladora da entrada de material de origem terrestre para o oceano. Sujeito a elevadas cargas de poluentes. Diferenças entre Rios e Estuários Propagação da Maré (geometria do sistema) Gradientes Longitudinais e Verticais de Salinidade (diferenças de densidade – cunhas) Forças de Coriolis e centrífugas induz escoamentos secundários devido a rotação da Terra e curvatura dos canais Entrada de diversas fontes sólidas: Erosão da bacia nas descargas fluviais Correntes de maré e gradientes de densidade Erosão Eólica de dunas ou bancos de maré Decomposição de organismos, dejetos industriais/ domésticos Composição Hidroquímica Íons Média dos Oceanos (ppm) Sais Dissolvidos (%) Média dos Rios (ppm) Cl- 18.980 55.1 4.7 SO42- 2.650 7.7 8.5 HCO3- 140 0.41 53.8 Na+ 10.560 30.6 3.9 Mg2+ 1.270 3.69 3.4 Ca2+ 400 1.16 7.9 K+ 380 1.10 1.45 Classificação dos Estuários Classificação de Estuários Os estuários podem ser classificados em quatro tipos quanto a sua topografia (Pritchard, 1952). Desembocadura de rio afogado (vale de um rio foi inundado pela ultima transgressão marinha, ex: Baía de Chesapeake - EUA) Fjord (vale glacial foi inundado pela última transgressão marinha, ex: Loch Etive - Escócia); Barreiras (barreiras de ilhas separam as lagoas do oceano aberto, ex: Lagoa de Araruama); Tectônicos (formados por rebaixamentos na crosta da Terra, ex: Baía de São Francisco - EUA); Frente Deltáicas (costa emergente com grande suprimento de sedimentos ex: Estuário do Rio Paraíba do Sul) Quatro tipos de estuários (classificação quanto a sua topografia) Classificação dos estuários baseado na mistura das massas d’água Cunha salina Bem misturado Parcialmente misturado Fjord Revertido Lagunas e Lagoas costeiras Lagunas: Sistema estuarino em regime de marés Lagoas: regime de cheias–perda da ligação: doce Corpos efêmeros (geologia) – planícies costeiras Regime de cheias = degradação acelerada Canal de Maré estável: fluxos (enchente/vazante) Obstrução do canal: instabilidade>>assoreamento Definições básicas: Prisma de maré (P) volume de água do mar que entra pelo canal durante a enchente Área da menor seção transversal (Ac): área hidráulica do canal Velocidade média máxima (Vmax): máximo valor médio em Ac Capacidade de Resposta (Cr): é uma função que exprime a taxa de variação de agentes restauradores da estabilidade = - Vmax / Ac Método de análise de estabilidade (Rosman, 1993): Constrói-se uma família de curvas Vmax x Ac onde cada curva corresponde a uma dada altura de mares Define-se os pontos de maior Cr em cada curva e os une com linha O cruzamento da curva com a linha de máximo Cr indica tanto a Ac ótima como o valor mínimo de Vmax para manter a estabilidade Para atingir Vmax necessário deve ocorrer altura de maré a correspondente ao cruzamento Vmaxx Cr considerado Ac> 150 m² Princípio do Auto ajustamento* (Blench, 1969) Canais naturais de fundo móvel tendem a se auto ajustar a valores médios da morfologia: larguras (B), prof. (H), declividade (S) e dimensões de meandros () em função unívoca das variáveis formadoras: i) descargas líquidas (QL); ii) descargas sólidas (QS) e iii) susceptibilidade à erosão/deposição (M) * Válido para escalas temporais de décadas: útil para obras de engenharia Para obter uma boa estimativa da velocidade média é necessário medir em várias verticais e em vários pontos ao longo das verticais A relação entre velocidade da água e velocidade de rotação do molinete é a equação do molinete Vazão em canal de maré A medição de vazão está baseada na medição de velocidade em um grande número de pontos. Os pontos estão dispostos segundo linhas verticais com distâncias conhecidas da margem (d1, d2, d3, etc.). A integração do produto da velocidade pela área é a vazão do rio. Q é a vazão total do rio; vi é a velocidade média da vertical i; N é o número de verticais e Ai é a área da sub-seção da vertical i Uma medição de vazão realizada em um rio teve os resultados abaixo. A largura total do rio é de 23 m. Qual é a vazão total do rio? Qual é a velocidade média? Para cada uma das verticais de medição determina-se a área da sub-seção correspondente. Considera-se, que as velocidades medidas na vertical ocorrem em uma região retangular de profundidade pi e largura 0,5x(di+1 – di-1) . A vazão total é dada pela soma das vazões de cada sub-seção. 1 2 3 4 5 Total Circulação Hidrodinâmica Forças Físicas atuantes: Fluxo de água continental; Variação das marés; Forçantes meteorológicas; Ondas. Transporte Advectivo Difusivo: Advecção: transporte na direção do fluxo Difusão: Mistura causada por gradiente de concentração e turbulência = dispersão de massa Descarga Anual de Matéria para os Oceanos (106 ton./ano) Pelos Rios Antes da Influência Humana 9.300 Depois da Influência Humana 24.000 Pelo Vento 60 - 360 Pelas Geleiras 100 Fontes extraterrestres 0,35 - 140 (Salomons & Förstner, 1984) Principais Processos Não Conservativos em Estuários Eutrofização Costeira no Brasil O Processo de Modelagem Rosman et al. 2001 Modelos de Qualidade da água e Eutrofização http://www.sisbahia.coppe.ufrj.br Reações cinéticas do modelo de qualidade da água
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