Buscar

Aula 13 Legislacao Especial Aula 02

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
1
AULA – 02 
 
Caros futuros Analistas, 
Nesta aula, você começara uma viagem por uma das mais cobradas 
normas legais em concursos públicos que têm relação com a área jurídica: a 
Lei nº 8.069/90, mais conhecida como O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE ou ECA. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente comparece no nosso 
ordenamento jurídico enquanto forma de regulamentação do art. 227, da 
Constituição Federal, que absorveu os ditames da doutrina da proteção integral 
e contempla o princípio da prioridade absoluta. 
Formulado com o objetivo de intervir positivamente na tragédia de 
exclusão experimentada pela nossa infância e juventude, o Estatuto da Criança 
e do Adolescente apresenta duas propostas fundamentais, quais sejam: 
� garantir que as crianças e adolescentes brasileiros, até então 
reconhecidos como meros objetos de intervenção da família e do Estado, 
passem a ser tratados como sujeitos de direitos; 
� o desenvolvimento de uma nova política de atendimento à infância e 
juventude, informada pelos princípios constitucionais da descentralização 
político-administrativa (com a consequente municipalização das ações) e 
da participação da sociedade civil. 
Pois bem, o estudo do ECA será dividido em duas aulas. É uma norma 
um tanto quando extensa, e dividimos de uma forma que o seu aprendizado 
seja bastante tranqüilo, simplificado e com foco naquilo que tem sido mais 
cobrado em provas. 
Nesta aula, começaremos, portanto, analisando os aspectos 
constitucionais relativos à criança e ao adolescente. Em seguida, traremos os 
principais conceitos contidos no Estatuto, os direitos da criança e do 
adolescente e, ao final, estudaremos uma primeira parte sobre os atos 
infracionais cometidos por crianças e adolescentes. 
Aos estudos!! 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
2
QUESTÕES DE SUA AULA 
 
 
01. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA 
dispõe sobre a proteção integral à criança, ao adolescente e também ao idoso. 
 
02. [FCC – AGENTE PENITENCIÁRIO- SJDH/BA – 2010] O Estatuto da 
Criança e do Adolescente aplica-se, apenas, a pessoas entre 12 e 18 anos. 
 
03. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] Para os efeitos do ECA, considera criança a pessoa até doze anos de 
idade incompleto, e adolescente aquela entre doze e 18 anos de idade. Nos 
casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas 
entre dezoito e vinte e um anos de idade. 
 
04. [AOCP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IBIPORÃ/PR – 2011] 
"Considera-se criança, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, a 
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
vinte anos de idade. " 
 
05. [PL CONSULT. – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CAMPOS NOVOS/RS – 
2011] De acordo com a Lei n° 8.060/90 que trata sobre o Estatuto da Criança 
e do Adolescente, considera-se adolescente a pessoa dos doze aos vinte e um 
anos de idade. 
 
06. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Pode-se 
considerar adolescente, para os efeitos do ECA, a pessoa entre doze e vinte e 
quatro anos de idade. 
 
07. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] A 
legislação brasileira considera a criança e o adolescente como sujeitos de 
direito. 
 
08. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA 
estabelece que é dever exclusivo do poder público assegurar, com absoluta 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
3
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, 
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, 
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária das crianças e 
adolescentes. 
 
09. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA 
permite ações de negligência perante as crianças e os jovens somente por 
parte dos pais ou responsáveis legais. 
 
10. [FUNDEP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. UBERABA/SP – 2011] A 
comunidade formada pelos pais ou qualquer deles, seus ascendentes e seus 
descendentes é o entendimento de família natural segundo o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8.690/1990). 
 
11. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Os filhos havidos 
fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante 
escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. 
 
12. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A colocação em 
família substituta, para os maiores de doze anos de idade, dar-se-á 
independentemente de seu consentimento. 
 
13. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Na colocação da criança 
ou do adolescente em família substituta, somente este, cuja opinião deve ser 
devidamente considerada, deve ser previamente ouvido por equipe 
interprofissional, respeitado o seu grau de compreensão sobre as implicações 
dessa medida. 
 
14. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A criança ou o 
adolescente devem ser ouvidos por equipe interprofissional, respeitados seu 
estágio de desenvolvimento e grau de compreensão, antes da colocação em 
família substituta. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
4
15. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A colocação de criança 
ou de adolescente em família substituta estrangeira constitui medida 
excepcional, admissível nas modalidades de adoção, guarda e tutela. 
 
16. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Para a colocação de 
criança ou adolescente indígena em família substituta, o órgão federal 
responsável pela política indigenista deve, necessariamente, manifestar-se. 
 
17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Crianças ou 
adolescentes indígenas podem ser adotados, desde que sejam considerados e 
respeitados seus costumes e tradições, ainda que incompatíveis com os 
direitos fundamentais reconhecidos pela CF. 
 
18. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A guarda confere à 
criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos 
de direito, salvo os previdenciários. 
 
19. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A 
guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à 
criança ou ao adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a 
terceiros, inclusive aos pais, além de conferir à criança ou ao adolescente a 
condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive 
previdenciários. 
 
20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A guarda, por constituir 
medida precária, resulta, necessariamente, em pedido de tutela ou adoção. 
 
21. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Salvo expressa e 
fundamentada determinação judicial em contrário, ou se a medida for aplicada 
em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou 
adolescente a terceiros não impede que os pais exerçam o seu direito de visita 
nem que cumpram o dever de lhe prestar alimentos. 
22. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Após a 
guarda ser instituída ela não poderá mais ser revogada. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
5
23. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O poder 
público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e 
subsídios,o acolhimento preferencialmente institucional, sob a forma de 
guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar. 
 
24. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A tutela é uma medida 
precária, deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até dezoito anos de 
idade completos. 
 
25. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Por ser um sucedâneo 
do poder familiar, o tutor só pode ser destituído do seu poder pela via judicial. 
 
26. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O deferimento da tutela 
do menor a pessoa maior de dezoito anos incompletos pressupõe prévia 
decretação da perda ou suspensão do poder familiar e não implica dever de 
guarda, o que só se efetiva após os dezoito anos completos. 
 
27. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A adoção, medida 
excepcional e irrevogável, concedida apenas quando esgotados os recursos de 
manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa, pode 
ser realizada mediante procuração. 
 
28. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Pessoas solteiras não 
podem adotar, visto que a lei exige a adoção conjunta como forma de garantir 
a estabilidade familiar. 
 
29. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA MILITAR/ES – 2009] O 
direito de saber a verdade sobre sua paternidade é decorrência jurídica do 
direito à filiação, que visa assegurar à criança e ao adolescente a dignidade e o 
direito à convivência familiar. 
 
30. [IDECAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IPATINGA/MG – 2010] A 
adoção é medida excepcional e irrevogável, a qual se deve recorrer apenas 
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na 
família natural ou extensa. A simples guarda de fato autoriza, por si só, a 
dispensa da realização do estágio de convivência. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
6
 
31. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A 
adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, não podendo tal 
estágio ser dispensado. 
 
32. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O conselho tutelar 
constitui órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela 
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. 
 
33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Em cada estado, deve 
haver, no mínimo, um conselho tutelar, composto de cinco membros, 
escolhidos pela comunidade local para mandato de cinco anos, permitida uma 
reeleição. 
 
34. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O processo de escolha 
dos membros do conselho tutelar é estabelecido por lei estadual. 
 
35. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Para a candidatura a 
membro do conselho tutelar, são exigidos os seguintes requisitos: reconhecida 
idoneidade moral; idade superior a trinta e cinco anos; residência no município 
onde se localiza o conselho. 
 
36. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, 
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança 
e do adolescente. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, um dos 
requisitos exigidos é a idade superior a dezoito anos. 
 
37. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] São impedidos de servir 
no mesmo conselho: marido e mulher; ascendentes e descendentes até o 
segundo grau; sogro e genro ou nora; irmãos; cunhados, durante o cunhadio; 
tio e sobrinho; bem como padrasto ou madrasta e enteado. 
 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
7
38. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] De acordo com e Estatuto da Criança e do Adolescente, a inclusão em 
programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a 
alcoólatras e toxicômanos e encaminhamento a tratamento psicológico ou 
psiquiátrico são algumas das medidas aplicáveis aos pais ou responsável por 
crianças e adolescentes. 
 
39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] O processo de adoção e 
seus incidentes competem exclusivamente à vara da infância e da juventude, 
incluindo-se a adoção de maiores de dezoito anos de idade. 
 
[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Com relação à 
competência da justiça da infância e da juventude, julgue os itens a 
seguir. 
40. Compete ao juízo menorista conhecer da ação de regulamentação de 
visitas. 
41. A competência da justiça é determinada pelo lugar onde se encontre a 
criança ou o adolescente, independentemente de serem conhecidos o domicílio 
e a identidade dos pais ou responsável. 
42. No caso de ato infracional, são competentes para o processo e o 
julgamento da ação tanto a autoridade do lugar em que o ato foi praticado 
quanto a do lugar onde se produziu ou deveria ter-se produzido o resultado. 
43. Nas hipóteses de aplicação das medidas de proteção a criança ou 
adolescente, a justiça da infância e da juventude é competente para conhecer 
de ações de alimentos. 
 
44. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] É 
direito assegurado à gestante adolescente a preferência pelo parto cesariana. 
 
45. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] As 
gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para 
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas ao Conselho Tutelar. 
 
46. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] Maria está grávida de seu primeiro filho. Durante uma das consultas do 
pré-natal o médico comenta que o parto será realizado pelo médico de plantão, 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
8
e não por ele. Maria não o questiona, mas fica chateada e ansiosa temendo 
não conhecer o médico que a atenderá naquele momento tão especial e 
delicado. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente: 
Maria poderia ter questionado o médico, pois é assegurado à gestante, através 
do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal, onde a parturiente 
será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na 
fase pré-natal. 
 
47. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Incumbe ao Poder 
Público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré 
e pós-natal, salvo nos casos em que a gestante ou mãe manifeste interesse 
em entregar seu filho à adoção. 
 
[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Acerca dos direitos 
fundamentais inerentes à criança e ao adolescente, julgue os itens a 
seguir. 
48. Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e 
à mãe no pré e no pós-natal, desde que a mãe não manifeste interesse em 
entregar seus filhos para adoção. 
49. Não há previsão legal de atendimento preferencial da parturiente, no SUS, 
pelo médico que a tenha acompanhado no período pré-natal. 
50. É previsto atendimento pré e perinatal à gestante, por meio do SUS, 
incluindo-se assistência psicológica, como forma de prevenir ou minorar as 
consequências do estado puerperal. 
51. Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar somente à nutriz, pois 
isso resultará no desenvolvimento físico adequado da criança. 
52. Para que a gestante seja encaminhada aos diferentes níveis de 
atendimento, basta que haja a necessidade específica. 
 
53. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] As situações de suspeita 
ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente devem ser 
imediata e concomitantemente informadas ao MP, ao juiz da localidade e ao 
conselho tutelar, sem prejuízo de outras providências. 
 
54. [AOCP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IBIPORÃ/PR – 2011] A criançae o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
9
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos 
civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. O direito à 
liberdade compreende, dentre outros, o de brincar, praticar esportes e divertir-
se e o de participar da vida política, na forma da lei. 
 
55. [CONSULPLAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PAULO AFONSO/BA – 
2008] “A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à 
dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como 
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas 
leis”. (Estatuto da Criança e do Adolescente). Considerando estes termos e o 
direito à liberdade, pode-se compreendê-los, dentre outros como o de crença e 
culto religioso e o direito à opinião e expressão de forma direta assistida. 
 
56. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] Clara tem 09 anos e é a mais velha de uma família de cinco filhos. Sua 
mãe, Maria, trabalha em um hospital durante a noite. Seu pai, Jorge, é 
pedreiro. Todos os dias, ao chegar da escola, Clara tem como obrigação fazer 
o jantar e cuidar dos irmãos mais novos, pois seu pai trabalhou o dia todo e 
alega estar muito cansado para realizar tais tarefas. Clara sente muita vontade 
de poder brincar com seus vizinhos, mas o pai não deixa. 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, podemos afirmar que 
os pais de Clara estão corretos, pois toda criança e adolescente são obrigados 
a realizar tarefas dentro de casa para ajudar os pais, como previsto no 
Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
57. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Os filhos havidos ou 
não da relação do casamento, salvo quando por adoção, terão os mesmos 
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias em 
relação à filiação. 
 
58. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança 
e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de 
sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o 
trabalho, assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola e o direito de contestar critérios avaliativos, podendo 
recorrer às instâncias escolares superiores. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
10
59. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - é dever 
do Estado assegurar à criança e ao adolescente ensino fundamental, 
obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade 
própria; atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede particular de ensino e acesso aos níveis mais 
elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade 
de cada um. 
 
60. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] Roberto tem 12 anos, e algumas vezes deixa de ir à escola para ir a 
bares e boates com seus amigos. Seus pais notaram que Roberto chegou 
diversas vezes no meio da madrugada aparentando embriaguês e suas roupas 
com cheiro de cigarro. Eles acham que a escola é responsável pela 
inadimplência do filho, e que deveriam tomar medidas mais severas. Conforme 
o Estatuto da Criança e do Adolescente não podemos afirmar que os pais de 
Roberto são responsáveis pela educação de seu filho incluindo, sua frequência 
na escola e limites de horário, e lugares a serem frequentados. 
 
61. [CONSULPLAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PAULO AFONSO/BA – 
2008] Conforme determina o Estatuto, os dirigentes de escolas públicas e 
privadas de Ensino Fundamental deverão comunicar ao Conselho Tutelar, 
dentre outros, os casos de maus tratos envolvendo seus alunos, de reiteração 
de faltas injustificadas e de evasão escolar. 
 
62. [FUNIVERSA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PALMAS/TO – 2005] O 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um conjunto de leis que dispõe 
sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Baseados neste estatuto, 
não podemos afirmar que é dever do Estado assegurar à criança e ao 
adolescente atendimento em creche e pré-escola, ensino fundamental e médio, 
obrigatório e gratuito e acesso aos níveis mais elevados do ensino, segundo a 
capacidade de cada um. 
 
63. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, é 
proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na 
condição de aprendiz. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
11
64. [FUNIVERSA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PALMAS/TO – 2005] O 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um conjunto de leis que dispõe 
sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Baseados neste estatuto, 
podemos afirmar que a criança e o adolescente têm direito à educação, 
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, sendo proibido qualquer 
trabalho a menores de 14 anos de idade. 
 
65. [FUNDEP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. UBERABA/SP – 2011] O 
Capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8.690/1990) 
trata do direito da criança e do adolescente à profissionalização e à proteção 
no trabalho. Ao adolescente aprendiz, até quatorze anos, são assegurados os 
direitos trabalhistas e previdenciários e ao adolescente portador de deficiência 
é assegurado trabalho protegido. 
 
66. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente 
considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo 
as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. A formação técnico-
profissional, desobriga o ensino regular. 
 
67. [FGV – TÉCNICO JUDIC. SEGURANÇA – TRE/PA – 2010] Com relação 
à proteção reservada ao menor em nosso ordenamento jurídico, está de 
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente o desenvolvimento de 
capacitação profissional, assegurado ao menor de 12 anos o trabalho como 
ajudante. 
68. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2006] Nos termos do que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
considera-se ato infracional a conduta praticada por criança ou adolescente 
que esteja descrita como crime na legislação penal, não abrangendo a 
legislação em referência as contravenções penais. 
 
69. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] Ato 
infracional é a ação tipificada como contrária a lei que tenha sido efetuada pela 
criança ou adolescente. São inimputáveis todos os maiores de 18 anos e não 
poderão ser condenados a penas. 
 
70. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] O Estatuto da 
Criança e do Adolescente estabelece medidas de proteção à criança e ao 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
12
adolescente, dentre as quais estão o acolhimento institucional, a colocação em 
família substituta e a matrícula e freqüência facultativas em estabelecimento 
de ensino livre. 
 
71. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A permanência da 
criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se 
prolongará por mais de cinco anos, salvo comprovada necessidade, 
devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. 
 
72. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] A 
criança acusada deum crime deverá ser conduzida imediatamente à presença 
de um delegado. 
 
73. [CONSULPLAN – ADVOGADO – AVAPE/SP – 2009] Prescreve o ECA 
(Estatuto da Criança e do Adolescente) que verificada a prática de ato 
infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente, dentre 
outras, as medidas de colocação em família substituta, de advertência, de 
prestação de serviços à comunidade e de liberdade assistida. 
 
74. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, 
verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar 
ao adolescente, dentre outras, as medidas de obrigação de reparar o dano, a 
internação em estabelecimento não educacional e a prestação de serviços à 
comunidade somente se autorizado pelos pais. 
 
75. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] Se 
uma criança e ou adolescente efetivamente praticou ato infracional será 
aplicada medida específica de punição, conforme estabelece o art. 101 do ECA, 
tais como reclusão, frequência obrigatória em ensino fundamental, entre 
outras medidas. 
 
76. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/RN – 
2008] Em se tratando de menor inimputável, inexiste pretensão punitiva 
estatal propriamente, mas apenas pretensão educativa, que é dever não só do 
Estado, mas da família, da comunidade e da sociedade em geral, conforme 
disposto expressamente na legislação de regência e na CF. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
13
 
77. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/RN – 
2008] O instituto da prescrição não é compatível com a natureza não-penal 
das medidas socioeducativas. 
 
78. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] 
Considere que determinado crime foi praticado por um adolescente, em 
detrimento de bens e serviços da União. Nesse caso, tratando-se de menor de 
18 anos de idade, inimputável, caberá conhecer do ato infracional o juiz da 
infância e da juventude, ou o juiz que exercer essa função, na esfera estadual. 
 
79. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008 
– ADAPT.] Compete exclusivamente à autoridade judiciária e ao membro do 
MP a aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente pela prática de ato 
infracional. 
 
80. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A medida de 
advertência poderá ser aplicada à criança ou ao adolescente sempre que 
houver prova da autoria e da materialidade da infração. 
 
81. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Tratando-se de medida 
de obrigação de reparar o dano, o magistrado deve determinar a restituição da 
coisa ao seu verdadeiro proprietário, ainda que o ato infracional tenha sido 
praticado por criança. 
 
82. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Verificada a prática de 
ato infracional por adolescente, a autoridade competente poderá exigir do 
menor infrator a obrigação de reparar o dano por meio de trabalho necessário 
prestado a instituição mantida pelo setor público. 
 
 
83. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A prestação de serviços 
comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por 
período não excedente a quarenta e cinco dias, em entidades assistenciais, 
hospitais, escolas e estabelecimentos congêneres, bem como em programas 
comunitários ou governamentais. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
14
84. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A medida de 
semiliberdade pode ser aplicada desde o início, quando, pelo estudo técnico, se 
verificar que é adequada e suficiente do ponto de vista pedagógico. A 
possibilidade de atividades externas é inerente a essa espécie de medida e 
depende de autorização judicial. 
 
85. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O regime de 
semiliberdade pode ser determinado, desde o início, pelo prazo de seis meses, 
como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de 
atividades externas, independentemente de autorização judicial. 
 
86. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A medida de liberdade 
assistida deve ser fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a 
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, 
ouvidos o orientado, o MP e o DP. 
 
87. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A aplicação da medida 
de liberdade assistida, uma das mais rigorosas, prevê a manutenção do 
adolescente em entidades de atendimento. 
 
88. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA MILITAR/ES – 2009] 
Qualquer medida privativa de liberdade imposta a adolescentes deve ter como 
pressuposto a brevidade e excepcionalidade da medida. 
 
89. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – TJDFT – 2008] A 
medida de internação pode ser aplicada em caso de prática de ato infracional 
cometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa ou em caso de ato 
infracional semelhante a crime hediondo. 
 
90. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A medida de internação 
não comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada a cada três anos. 
 
91. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O prazo máximo da 
internação provisória do adolescente, para a aplicação de medida 
socioeducativa, é de até sessenta dias, constituindo a privação da liberdade 
verdadeira medida cautelar. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
15
 
92. [CONSULPLAN – ADVOGADO – AVAPE/SP – 2009] Sobre a internação 
(medida privativa da liberdade prevista no ECA, sujeita aos princípios de 
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em 
desenvolvimento), é INCORRETO afirmar que tal medida não excederá o 
período de três anos e que será aplicada exclusivamente quando se tratar de 
ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa. 
 
[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Considerando o que 
dispõe o ECA a respeito da medida de internação, julgue os itens a 
seguir. 
93. A desinternação deve ser precedida de autorização judicial, ouvidos o MP e 
o DP. 
94. A medida de internação restringe-se aos casos de ato infracional cometido 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa. 
95. A internação deve ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, 
no mesmo local destinado ao abrigo, atendida rigorosa separação por critérios 
de idades, compleição física e gravidade da infração. 
96. Durante a internação, medida excepcional, não é permitida a realização de 
atividades externas, salvo expressa determinação judicial em contrário. 
97. A internação não comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada a 
sua manutenção, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis 
meses. 
 
98. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] A 
remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser 
aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença. 
 
99. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – TJDFT – 2008] 
Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o 
representante do Ministério Público pode conceder a remissão, atendendo às 
circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à 
personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato 
infracional. Essa remissão implica extinção do processo e reconhecimento da 
responsabilidade por parte do adolescente. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
16
100. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 
2008] Competeexclusivamente à autoridade judiciária conceder remissão ao 
adolescente pela prática de ato infracional equivalente aos crimes de furto e 
estelionato. 
 
 
GABARITO 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E C E E E C E E E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C E E C E C E E C E 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
C E C E C E E E C E 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
E C E E E E E C C E 
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 
E E C E E C E E C C 
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 
E E E C E E E C C E 
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 
E C E C E E E E E E 
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 
E E C E E C E C E E 
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 
E E E E E C E C E E 
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 
E E E E E E C C E E 
 
 
 
**** 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
17
RESOLUÇÃO E REVISÃO 
 
 
01. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA 
dispõe sobre a proteção integral à criança, ao adolescente e também 
ao idoso. 
Iniciamos nossa revisão combinando o seguinte: chamaremos o Estatuto 
da Criança e do Adolescente pelo seu mais conhecido apelido: ECA. Você há de 
concordar comigo que, assim, as citações a ele ficarão bem mais fáceis. 
Pois bem, a Lei nº 8.069/90, que instituiu o ECA nos diz que ela dispõe 
sobre A PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA e ao ADOLESCENTE. 
A partir daí já podemos perceber que a nossa primeira questão erra ao 
afirmar que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) também traz 
proteção integral ao IDOSO. 
Gabarito: ERRADO 
 
02. [FCC – AGENTE PENITENCIÁRIO- SJDH/BA – 2010] O Estatuto da 
Criança e do Adolescente aplica-se, apenas, a pessoas entre 12 e 18 
anos. 
Sabendo que o ECA cuida da proteção integral à criança e ao 
adolescente, então, caro aluno, você me pergunta: quem para o ECA é 
considerado CRIANÇA? E qual a definição por ele dada de ADOLESCENTE? 
Eis a resposta: 
� CRIANÇA � Pessoa ATÉ OS 12 ANOS DE IDADE INCOMPLETOS. 
� ADOLESCENTE � Pessoa entre 12 e 18 ANOS DE IDADE. 
� Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o Estatuto 
às pessoas entre 18 e 21 anos de idade. 
 A informação acima, portanto, nos diz que as disposições do ECA não são 
exclusivas para pessoas até 18 anos de idade. Assim, em casos excepcionais, 
os maiores de 18 e menores de 21 anos poderão ser contemplados com 
disposições desse Estatuto. 
A questão usa a expressão “APENAS a pessoas de 12 a 18 anos de 
idade”. Acabamos de ver que essa regra não é ABSOLUTA!! O próprio Estatuto 
versa que em casos excepcionais, pessoas com idade entre 18 e 21 anos de 
idade podem ter direitos pro ele protegidos. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
18
Gabarito: ERRADO 
 
03. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 
2011] Para os efeitos do ECA, considera criança a pessoa até doze 
anos de idade incompleto, e adolescente aquela entre doze e 18 anos 
de idade. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este 
Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. 
Para essa questão temos a literalidade do art. 2º do ECA. Criança é a pessoa 
com até 12 anos incompletos e, adolescente, aquela entre 12 e 18 anos. Em 
casos excepcionais, vou ser repetitivo, o ECA protegerá as pessoas entre 18 e 
21 anos. 
Gabarito: CERTO 
 
04. [AOCP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IBIPORÃ/PR – 2011] 
"Considera-se criança, conforme o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre doze e vinte anos de idade. " 
A primeira parte da questão até que está certinha, mas, você já sabe, o 
ECA considera adolescente aquela pessoa entre 12 e 18 anos de idade e não 
21, como menciona o final da assertiva. 
 Gabarito: ERRADO 
 
05. [PL CONSULT. – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CAMPOS NOVOS/RS – 
2011] De acordo com a Lei n° 8.060/90 que trata sobre o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, considera-se adolescente a pessoa dos doze 
aos vinte e um anos de idade. 
Nessa você não cai mais!! Adolescente = 12 completos a 18 anos de 
idade!! 
Gabarito: ERRADO 
 
06. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Pode-
se considerar adolescente, para os efeitos do ECA, a pessoa entre doze 
e vinte e quatro anos de idade. 
Caro aluno, parece até brincadeira essa questão!! Mas é assim mesmo!! 
Perceba que 05 bancas de concursos, e essa última de concurso bem recente, 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
19
insistem em testar o candidato quanto ao simples conhecimento do que é 
criança e adolescente para o ECA. Todos os concursos de nível superior!! 
Mais uma questão que se equivoca quanto à idade final para alguém ser 
ainda considerado adolescente. A idade correta é 18 anos. 
Gabarito: ERRADO 
 
07. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] A 
legislação brasileira considera a criança e o adolescente como sujeitos 
de direito. 
Além da proteção integral trazido pelo Estatuto, a criança e o 
adolescente gozam de TODOS OS DIREITOS FUNDAMENTAIS INERENTES À 
PESSOA HUMANA (em obediência irrestrita aos fundamentos de nossa 
Constituição). A eles deve ser assegurado, seja por lei ou por outros meios, 
todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento: 
 
� Físico; 
� Mental; 
� Moral, 
� Espiritual e; 
� Social, 
 
Tudo em condições de liberdade e de dignidade!! 
 
É de fundamental importância você sabia que, segundo dispõe o ECA, 
não só é dever da FAMÍLIA, mas também da COMUNIDADE, da SOCIEDADE EM 
GERAL, e do PODER PÚBLICO, assegurar, COM ABSOLUTA PRIORIDADE a 
efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. 
Você então me pergunta: e que direitos fundamentais são esses? 
São eles os direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
20
É importante que você, caro aluno, não se esqueça também desses 
direitos, pois versa ainda o ECA que nenhuma criança ou adolescente será 
objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou 
omissão, aos seus direitos fundamentais. 
Quem desrespeita tal regra certamente será responsabilizado nos termos 
do Estatuto. Conheceremos quais são esses termos e como será 
responsabilizados quem assim o fizer, quando estudarmos sobre os crimes 
previstos no ECA. 
 Se a criança e o adolescente gozam de TODOS OS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS INERENTES À PESSOA HUMANA, são, portanto, sujeitos de 
direito com afirma corretamente a questão. 
Gabarito: CERTO 
 
08. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA 
estabelece que é dever exclusivo do poder público assegurar, com 
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes. 
Acabamos de estudar que não só é dever do poder público assegurar 
com absoluta prioridade a efetivação dos direitos fundamentais da criança e do 
adolescente. É também dever da família, da comunidade e da sociedade em 
geral. 
Gabarito: ERRADO 
 
09. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA 
permite ações de negligênciaperante as crianças e os jovens somente 
por parte dos pais ou responsáveis legais. 
Essa assertiva até minha vovozinha saberia responder!! Segundo o que 
acabamos de estudar, o ECA determina que nenhuma criança ou adolescente 
será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por 
ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Nãos há qualquer menção de 
exceção desse dispositivo!! 
Gabarito: ERRADO 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
21
10. [FUNDEP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. UBERABA/SP – 2011] A 
comunidade formada pelos pais ou qualquer deles, seus ascendentes e 
seus descendentes é o entendimento de família natural segundo o 
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8.690/1990). 
Antes ainda de adentrarmos na seara dos direitos fundamentais, faz-se 
necessário que você conheça alguns conceitos extremamente IMPORTANTES 
que aparecem no decorrer do Estatuto. Todos eles serão extraídos do próprio 
ECA. E o primeiro deles é o conceito de FAMÍLIA NATURAL!! 
� Família Natural 
 O conceito é simples: FAMÍLIA NATURAL é a comunidade formada pelos 
pais ou qualquer deles e seus descendentes. 
Apenas para refrescar a sua memória, os descendentes são aqueles que 
nascem da pessoa e a sucedem na escala familiar, como por exemplo, filhos e 
netos. A família natural de uma criança ou adolescente, portanto, é aquela 
formada pelos seus pais (ou pai ou mãe sozinhos) e seus irmãos (ou outro 
descendente de seus pais, se houver). 
Atenção: o ECA estabelece que deve ser dada preferência à 
permanência da criança ou adolescente em sua família natural, sendo sua 
transferência para uma família substituta (veremos já também esse conceito), 
medida de caráter excepcional. 
Preciso ressaltar que de acordo com o Estatuto, o PODER FAMILIAR será 
exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que 
dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso 
de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da 
divergência. 
O ECA estabelece que os filhos havidos fora do casamento poderão ser 
reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de 
nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, 
QUALQUER QUE SEJA A ORIGEM DA FILIAÇÃO. 
Perceba que nossa questão erra ao inserir os ascendentes no conceito de 
família natural. 
Gabarito: ERRADO 
 
11. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Os filhos havidos 
fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, 
mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a 
origem da filiação. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
22
O item que traz de forma correta a literalidade do art. 26 do Estatuto. 
Gabarito: CERTO 
 
12. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A colocação em 
família substituta, para os maiores de doze anos de idade, dar-se-á 
independentemente de seu consentimento. 
Antes de responder à questão, que trata de FAMÍLIA SUBSTITUTA, 
vamos a mais dois conceitos importantes: 
� Família Extensa ou Ampliada 
Entende-se por FAMÍLIA EXTENSA ou AMPLIADA aquela que se estende 
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por 
PARENTES PRÓXIMOS com os quais a criança ou adolescente convive e 
mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
Para que seja realmente considerada família extensa, não basta que ela 
seja formada por parentes próximos. Além dessa prerrogativa, outras duas 
precisam ser cumpridas CUMULATIVAMENTE: 
 
� A criança ou adolescente deve nela CONVIVER e; 
� Deve nela manter dois VÍNCULOS: o de afinidade e o de afetividade. 
 
A “família extensa” terá PREFERÊNCIA NO ACOLHIMENTO FAMILIAR 
de criança ou adolescente que, por qualquer razão, não possa permanecer 
(ainda que temporariamente) na companhia de sua família natural. 
� Família Extensa ou Ampliada 
Entende-se como FAMÍLIA SUBSTITUTA aquela na qual a criança ou o 
adolescente foi ou estão inseridos mediante guarda, tutela ou adoção, 
independentemente de situação jurídica, nos termos do Estatuto. 
Importante não perder de vista, no entanto, que a colocação de criança 
ou adolescente em família substituta é medida de proteção que visa beneficiar 
a estes e não aos adultos que eventualmente a pleiteiem. 
Atenção: A FAMÍLIA SUBSTITUTA possui também um caráter 
excepcional, pois a preocupação precípua, inclusive em respeito ao disposto 
no art. 226, da CF, deve ser a manutenção da criança ou adolescente em sua 
família de origem. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
23
É exatamente por seu caráter excepcional, que a criança ou o 
adolescente que for colocado em família substituta será, sempre que possível, 
PREVIAMENTE ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de 
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e 
terá sua opinião devidamente considerada. 
� Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu 
consentimento, colhido em audiência. 
� A colocação em família substituta estrangeira constitui medida 
excepcional, somente admissível na modalidade de ADOÇÃO. 
Estudaremos mais adiante sobre as modalidades de adoção, tutela e 
guarda. 
A questão em análise erra, portanto, ao afirmar que a colocação em 
família substituta, para os maiores de doze anos de idade, dar-se-á 
independentemente de seu consentimento. De forma alguma!! Ele deve, 
sempre que possível, ser previamente ouvido e terá sua opinião devidamente 
considerada. 
Gabarito: ERRADO 
 
13. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Na colocação da 
criança ou do adolescente em família substituta, somente este, cuja 
opinião deve ser devidamente considerada, deve ser previamente 
ouvido por equipe interprofissional, respeitado o seu grau de 
compreensão sobre as implicações dessa medida. 
Caro aluno, preste bem atenção no pequeno e maldoso deslize que a 
banca comete nessa assertiva. Ela afirma que na colocação da criança ou do 
adolescente em família substituta, somente este, ou seja, SOMENTE O 
ADOLESCENTE, terá que ser previamente ouvido e sua opinião devidamente 
considerada. 
De jeito nenhum!! E a criança não deve ser ouvida não é? Claro que 
sim!! Da mesma forma que o adolescente!! 
Gabarito: ERRADO 
 
14. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A criança ou o 
adolescente devem ser ouvidos por equipe interprofissional, 
respeitados seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão, 
antes da colocação em família substituta. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
24
Observe, caro aluno, que essas duas últimas questões, elaboradas pelo 
nosso querido CESPE, forma para cargos de juízes, do mesmo ano de aplicação 
e abordaram praticamente a mesma coisa. 
Nessa questão, a banca acertou direitinho estando em conformidade com 
o que já discutimos e que é o disposto no art. 58, § 1º do ECA. Não tem o que 
temer!! A sua prova trará também questões nesse grau de “dificuldade”!! 
Gabarito: CERTO 
 
15. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A colocação de 
criança ou de adolescente em família substituta estrangeira constitui 
medida excepcional, admissível nas modalidades de adoção, guarda e 
tutela. 
De fato a colocação de criança ou de adolescente em família substituta 
estrangeira constituimedida excepcional, mas SÓ É ADMISSÍVEL na 
modalidade de ADOÇÃO. 
Gabarito: ERRADO 
 
16. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Para a colocação de 
criança ou adolescente indígena em família substituta, o órgão federal 
responsável pela política indigenista deve, necessariamente, 
manifestar-se. 
Bom, ainda sobre a colocação em família substituta, o ECA prevê ainda 
que em se tratando de criança ou adolescente INDÍGENA ou proveniente de 
comunidade remanescente de QUILOMBO, é ainda obrigatório: 
� que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e 
cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, 
desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais 
reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; 
� que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua 
comunidade ou junto a membros da mesma etnia; 
� a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal 
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e 
adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe 
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. 
Fica bem simples de perceber que a questão está em conformidade com 
o que acabamos de expor. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
25
Gabarito: CERTO 
 
17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Crianças ou 
adolescentes indígenas podem ser adotados, desde que sejam 
considerados e respeitados seus costumes e tradições, ainda que 
incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos pela CF. 
Opa!! Devem ser considerados e respeitados os costumes e tradições de 
crianças e adolescentes a serem adotados, mas tais costumes e tradições NÃO 
PODEM ser incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos pela CF. 
Gabarito: ERRADO 
 
18. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A guarda confere à 
criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e 
efeitos de direito, salvo os previdenciários. 
Ao conceituar FAMÍLIA SUBSTITUTA, faz-se mister também conceituar 
guarda, tutela e adoção conforme dispõe o Estatuto da Criança e do 
Adolescente 
� A Guarda 
O ECA conceitua a GUARDA como a obrigação da prestação de 
assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo 
a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. 
A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, 
liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto na 
de adoção por estrangeiros. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável 
prestará COMPROMISSO DE BEM E FIELMENTE DESEMPENHAR O ENCARGO, 
mediante termo nos autos. 
Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da 
autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em 
preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a 
terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim 
como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação 
específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público. 
Dá-se o nome de guardião àquele a quem é deferida a guarda da criança 
ou do adolescente. A guarda pode coexistir com o poder familiar e não confere 
o direito de representação do guardião em relação ao guardado. Cabe ressaltar 
que o fato de o guardião ser obrigado a prestar assistência material à criança, 
repito, não desobriga os pais deste mesmo dever podendo ser os mesmos 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
26
demandados a prestar alimentos ao filho que estiver sob a guarda de terceiro, 
contribuindo com sua manutenção, atendendo aos critérios de necessidades do 
alimentado/ possibilidades do alimentante. 
� A GUARDA confere à criança ou adolescente a condição de DEPENDENTE, 
para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. 
� A GUARDA poderá ser REVOGADA A QUALQUER TEMPO, mediante ato 
judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. 
A nossa questão erroneamente exclui os previdenciários do rol de 
direitos conferidos à criança ou adolescente que passam à condição de 
DEPENDENTES de seu guardião. 
Gabarito: ERRADO 
 
19. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A 
guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional 
à criança ou ao adolescente, conferindo a seu detentor o direito de 
opor-se a terceiros, inclusive aos pais, além de conferir à criança ou ao 
adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de 
direito, inclusive previdenciários. 
Veja como o CESPE, em uma questão para Analista Judiciário, copiou 
exatamente a literalidade da Lei!! Revise o comentário da questão anterior e 
percebe que a assertiva em tela está corretíssima e representa as disposições 
do art. 33 caput e § 3º do ECA. 
Gabarito: CERTO 
 
20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A guarda, por 
constituir medida precária, resulta, necessariamente, em pedido de 
tutela ou adoção. 
A guarda destina-se a regularizar a posse de fato. O que pode acontecer 
é ela ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e 
adoção, mas o fato de alguém ter a guarda de uma criança ou adolescente não 
resulta necessariamente em pedido de tutela ou adoção. 
Gabarito: ERRADO 
 
21. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Salvo expressa e 
fundamentada determinação judicial em contrário, ou se a medida for 
aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
27
criança ou adolescente a terceiros não impede que os pais exerçam o 
seu direito de visita nem que cumpram o dever de lhe prestar 
alimentos. 
Perfeito!! Essa é uma das determinação do ECA aqui estudadas e que 
está disposta no seu art. 33, § 4º. 
Gabarito: CERTO 
 
22. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Após a 
guarda ser instituída ela não poderá mais ser revogada. 
Muito pelo contrário!! Vimos acima que a guarda poderá ser revogada a 
qualquer tempo, desde que por ato judicial fundamentado e ouvido o Ministério 
Público. 
Gabarito: ERRADO 
 
23. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O 
poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos 
fiscais e subsídios, o acolhimento preferencialmente institucional, sob 
a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio 
familiar. 
Isso mesmo!! Essa é a redação do art. 34 do ECA. 
Gabarito: CERTO 
 
24. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A tutela é uma 
medida precária, deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 
dezoito anos de idade completos. 
Já mencionamos várias vezes a palavra TUTELA em nosso estudo e agora 
chegou a hora de tratarmos das disposições do ECA sobre o seu significado e 
sua regulamentação. Vamos em frente!! 
� A Tutela 
A TUTELA é o instituto que a primeira vista tende a proporcionar ao 
menor em situação de desamparo, decorrente da ausência do poder familiar, 
proteção pessoal e a administração de seus bens, por nomeação judicial de 
PESSOA CAPAZ, objetivando atender o melhor do menor. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
28
� O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação DA PERDA OU 
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR e implica NECESSARIAMENTE o dever 
de guarda. 
� O ECA regulamenta que a tutela será deferida, nos termos do Código 
Civil Brasileiro, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. 
O objetivo precípuoda tutela (e seu maior diferencial em relação à 
guarda), é o de conferir um representante legal à criança ou adolescente que 
não o possui, valendo lembrar que a simples guarda, embora atribua ao 
guardião a condição de responsável legal pela criança ou adolescente, NÃO 
LHE CONFERE O DIREITO DE REPRESENTÁ-LA NA PRÁTICA DOS ATOS DA 
VIDA CIVIL. 
Atenção: Quando o tutelado atinge a idade da plena capacidade civil ou 
é emancipado, a tutela cessa. 
Assim é preciso que você perceba que, ao contrário do que ocorre com a 
guarda, a tutela não pode coexistir com o poder familiar, tendo assim por 
pressuposto a prévia suspensão, destituição ou extinção deste. 
É IMPRESCINDÍVEL, portanto, que a criança ou adolescente resida com 
o tutor nomeado, que deverá prestar-lhe toda assistência material, moral e 
educacional e representá-lo ou assisti-lo na prática dos atos da vida civil. 
A destituição da tutela será decretada judicialmente, em procedimento 
contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de 
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações. 
Diante do exposto, temos dois erros nessa questão: o primeiro está em 
afirmar que a tutela é uma medida precária. Ora, se ela só pode ser destituída 
judicialmente, é claro que não pode ser revogada a qualquer tempo e, por isso, 
não se constitui em medida precária. O segundo erro está em afirmar que a 
tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até dezoito anos de 
idade completos quando na verdade é de até dezoito anos INCOMPLETOS. 
Gabarito: ERRADO 
 
25. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Por ser um sucedâneo 
do poder familiar, o tutor só pode ser destituído do seu poder pela via 
judicial. 
Exatamente!! Foi o que acabamos de discutir no comentário anterior e é 
o disposto no art. 38 do ECA. A destituição de tutela só se dá por decisão 
judicial. 
Gabarito: CERTO 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
29
 
26. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O deferimento da 
tutela do menor a pessoa maior de dezoito anos incompletos 
pressupõe prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar 
e não implica dever de guarda, o que só se efetiva após os dezoito 
anos completos. 
Veja bem: de fato o deferimento da tutela pressupõe assim prévia 
decretação da perda ou suspensão do poder familiar, mas implica 
necessariamente o dever de guarda. 
E outra: Não há o que se falar em dever de guarda depois que o menor 
atinge os 18 anos completos, pois vimos que quando o tutelado atinge a idade 
da plena capacidade civil ou é emancipado, a tutela cessa. 
Gabarito: ERRADO 
 
27. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A adoção, medida 
excepcional e irrevogável, concedida apenas quando esgotados os 
recursos de manutenção da criança ou do adolescente na família 
natural ou extensa, pode ser realizada mediante procuração. 
Falaremos agora sobre a modalidade de ADOÇÃO. Importante que você 
saiba que o processo de adoção de criança e adolescente em nosso país é 
TODO REGIDO pelo ECA. O regramento para a doção é bastante extenso, cheio 
de particularidades e permeia uma grande parte do ECA. Olhando para todo o 
histórico de provas CESPE sobre o Estatuto, percebe-se não haver uma 
cobrança muito a fundo sobre adoção em provas, até porque as bancas sabem 
que são procedimentos muito específicos e assim seria ineficaz cobrá-los. 
O que faremos então? Estudaremos os seus principais aspectos focando 
principalmente naqueles “bons de prova”. Vamos em frente!! 
� A Adoção 
Segundo o Estatuto, a ADOÇÃO atribui a condição de filho ao adotado, 
com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de 
qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 
Uma vez consumada a adoção, a relação de parentesco original é 
extinta e, de forma concomitante, uma nova relação de parentesco é 
estabelecida, passando o adotado, a partir daí, a ter os mesmos direitos e 
obrigações que os filhos biológicos em relação a seus pais e parentes adotivos. 
 Saiba que, conforme o Estatuto, a adoção é MEDIDA EXCEPCIONAL à 
qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
30
criança ou adolescente na família natural ou extensa e será deferida quando 
apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos 
legítimos. 
 A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal 
do adotando. No entanto, o consentimento será dispensado em relação à 
criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido 
destituídos do poder familiar. 
� A ADOÇÃO é medida irrevogável e o adotando deve contar com, no 
máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou 
tutela dos adotantes (perceba essa exceção!!). 
� Para a sua adoção, em se tratando de adotando maior de 12 anos de 
idade, será também necessário o seu consentimento. 
 
 E aí você me pergunta: quem pode adotar uma criança ou um 
adolescente? Existem pré-requisitos? 
Com certeza!! 
O ECA regulamenta que podem adotar os MAIORES DE 18 (DEZOITO) 
ANOS, independentemente do estado civil, desde que esses adotantes 
NÃO SEJAM ASCENDENTES OU IRMÃOS DO ADOTANDO. Nesses casos a 
adoção é PROIBIDA. 
Qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos, mesmo que seja solteira, 
pode adotar, devendo, no entanto, se submeter ao procedimento de 
habilitação previsto no próprio Estatuto e demonstrar, em qualquer caso que 
possui maturidade e preparo para adoção. Vale também mencionar que, 
apesar de prever uma idade mínima para adoção, não há, no Direito Brasileiro, 
a previsão de uma idade máxima, tal qual ocorre em outros países. 
Para adoção conjunta, é INDISPENSÁVEL que os adotantes sejam 
casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade 
da família. 
� O adotante há de ser, pelo menos, 16 ANOS MAIS VELHO do que o 
adotando. 
� É VEDADA a adoção POR PROCURAÇÃO. 
� A morte dos adotantes NÃO RESTABELECE o poder familiar dos pais 
naturais. 
 A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
31
peculiaridades do caso. O estágio de convivência será acompanhado pela 
equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, 
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da 
política de garantia do direito à convivência familiar. 
O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver 
sob a TUTELA OU GUARDA LEGAL do adotante durante tempo suficiente para 
que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 
� Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do 
país, o estágio de convivência, CUMPRIDO NO TERRITÓRIO NACIONAL, 
será de, no mínimo, 30 (trinta) dias. 
 
Preenchidos todos os requisitos, como será então efetivamente 
constituída a adoção? 
O vínculo da adoção constitui-se por SENTENÇA JUDICIAL, que será 
inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão. 
Tal inscrição consignará o nome dos adotantes COMO PAIS, bem como o nome 
de seus ascendentes, ou seja, dos seus “novos” avós. O mandado judicial, que 
será arquivado, cancelará o registro original do adotado. 
 
E mais: nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas 
certidões do registro!! 
 
Outro ponto bastante preocupante e delicado diz respeito à ADOÇÃOINTERNACIONAL. O estatuto estabelece regras bem mais rígidas para esse tipo 
de adoção, justamente para dificultar qualquer intento de possíveis tráficos de 
crianças e adolescentes. 
Como primeira regra você já viu que a colocação em família substituta 
estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade 
de ADOÇÃO. 
Pois bem, antes de tratarmos dos principais aspectos sobre a adoção por 
estrangeiros, é preciso lembrar que o ECA também estabelece que a 
autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro 
de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de 
pessoas interessadas na adoção e que serão criados e implementados 
cadastros estaduais e nacional de crianças e adolescentes em condições de 
serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
32
Seguindo o previsto em convenções e normas internacionais, o Estatuto 
considera ADOÇÃO INTERNACIONAL aquela na qual a pessoa ou casal 
postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil (bem óbvio não é??). 
A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou 
domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado 
CUMULATIVAMENTE: 
 
� Que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso 
concreto; 
� Que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou 
adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros 
acima mencionados e; 
� Que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por 
meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra 
preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe 
interprofissional. 
 
� Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos 
estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente 
brasileiro. 
 
 Complementando o disposto acima, é igualmente importante ressaltar 
que a adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao 
cadastro de pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da 
Infância e da Juventude na comarca, bem como aos cadastros estadual e 
nacional referidos, não for encontrado interessado com residência 
permanente no Brasil. 
 
� Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção 
internacional, NÃO SERÁ PERMITIDA a saída do adotando do território 
nacional. 
� Depois de transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária 
determinará a expedição de alvará com autorização de viagem, bem como 
para obtenção de passaporte, constando, OBRIGATORIAMENTE, AS 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ADOTADO, como 
idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, ASSIM COMO FOTO 
RECENTE E A APOSIÇÃO DA IMPRESSÃO DIGITAL DO SEU POLEGAR 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
33
DIREITO, instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e 
certidão de trânsito em julgado. 
 
E se o adotante falecer no curso do procedimento antes de prolatada a 
sentença judicial que concederá a adoção? O processo é extinto e a criança ou 
o adolescente deixará de ser adotado? 
De jeito nenhum!! Ainda assim a adoção poderá ser deferida ao 
adotante!! 
Para finalizarmos os principais aspectos sobre a adoção, é preciso 
salientar também que o adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, 
bem como de obter ACESSO IRRESTRITO ao processo no qual a medida foi 
aplicada e seus eventuais incidentes. Entretanto, ele só goza desse direito 
após completar 18 (dezoito) anos!! 
 Há casos em que o acesso ao processo de adoção poderá ser também 
deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada 
orientação e assistência jurídica e psicológica. 
A questão em análise até que acerta quando afirma que a adoção é 
medida excepcional e irrevogável, concedida apenas quando esgotados os 
recursos de manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou 
extensa. Entretanto, erra ao firmar que a adoção pode ser realizada mediante 
procuração. O ECA, já vimos, estabelece que é VEDADA a adoção por 
procuração. 
 Gabarito: ERRADO 
 
28. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Pessoas solteiras não 
podem adotar, visto que a lei exige a adoção conjunta como forma de 
garantir a estabilidade familiar. 
Essa informação está equivocada, não é mesmo? Vou repetir: qualquer 
pessoa maior de 18 (dezoito) anos, independente de seu estado civil, pode 
adotar, devendo, no entanto, se submeter ao procedimento de habilitação 
previsto no próprio Estatuto e demonstrar, em qualquer caso que possui 
maturidade e preparo para adoção (art. 42 do ECA). 
Gabarito: ERRADO 
 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
34
29. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA MILITAR/ES – 2009] O 
direito de saber a verdade sobre sua paternidade é decorrência 
jurídica do direito à filiação, que visa assegurar à criança e ao 
adolescente a dignidade e o direito à convivência familiar. 
Vimos que o ADOTADO tem direito de conhecer sua origem biológica, 
bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada. 
O normal é que ele goze desse direito só após completar 18 (dezoito) anos, 
porém vimos também que há casos em que o acesso ao processo de adoção 
poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos. Isso tudo 
decorre do direito à filiação!! 
Gabarito: CERTO 
 
30. [IDECAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IPATINGA/MG – 2010] A 
adoção é medida excepcional e irrevogável, a qual se deve recorrer 
apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou 
adolescente na família natural ou extensa. A simples guarda de fato 
autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência. 
Ao tratar sobre o estágio de convivência você estudou que ele poderá 
sim ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do 
adotante, mas, veja bem, desde que já esteja DURANTE TEMPO SUFICIENTE 
para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 
Portanto, não é a simples guarda de fato que dispensa a tempo de estágio de 
convivência!! 
Gabarito: ERRADO 
 
31. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A 
adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, não podendo 
tal estágio ser dispensado. 
Com base no comentários anterior você resove muito facilmente essa 
questão!! A adoção de fato será precedida de estágio de convivência com a 
criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, mas 
acabamos de ver que tal estágio PODERÁ SIM ser dispensado se o adotando já 
estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante, desde que já esteja DURANTE 
TEMPO SUFICIENTE para que seja possível avaliar a conveniência da 
constituição do vínculo 
Gabarito: ERRADO 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
35
 
32. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O conselho tutelar 
constitui órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, 
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da 
criança e do adolescente. 
O CONSELHO TUTELAR, importantíssimo para o nosso estudo, é, 
segundo o que versa o art. 131 do ECA, órgão permanente e autônomo, não 
jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos 
direitos da criança e do adolescente. Exatamente como nos informa a 
assertiva denossa questão!! 
Em cada Município haverá, NO MÍNIMO, um Conselho Tutelar composto 
de 05 membros, escolhidos pela comunidade local para MANDATO DE 03 
anos, permitida uma recondução. 
O Conselho Tutelar possui um caráter institucional, ou seja, uma vez 
criado e instalado, passa a ser, em caráter definitivo, uma das instituições 
integrantes do chamado Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do 
Adolescente, não mais devendo haver solução de continuidade em sua 
atuação, mas apenas a renovação periódica de seus membros. 
O Conselho Tutelar é órgão municipal que possui completa autonomia em 
relação ao Poder Judiciário, e embora, dentre outras atribuições, tome decisões 
e aplique medidas de proteção a crianças, adolescentes, pais e responsáveis 
(que estudaremos mais adiante), estas possuem um CARÁTER MERAMENTE 
ADMINISTRATIVO. 
Gabarito: CERTO 
 
33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Em cada estado, deve 
haver, no mínimo, um conselho tutelar, composto de cinco membros, 
escolhidos pela comunidade local para mandato de cinco anos, 
permitida uma reeleição. 
Uma questão que traz duas pegadinhas bem bobas que, se você ler 
muito rápido, é capaz de considerá-la correta. Mas não está!! 
Primeiro: não é no Estado e sim no MUNICÍPIO que deve haver no 
mínimo um Conselho Tutelar. Segundo: o mandato dos membros do Conselho 
Tutelar é de 03 anos e não de 05 como afirma a questão. 
Gabarito: ERRADO 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
36
34. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O processo de 
escolha dos membros do conselho tutelar é estabelecido por lei 
estadual. 
Acabamos de revisar que os membros do Conselho Tutelar são 
escolhidos pela comunidade local. Não há o que se falar em Lei estadual. 
Gabarito: ERRADO 
 
35. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Para a candidatura a 
membro do conselho tutelar, são exigidos os seguintes requisitos: 
reconhecida idoneidade moral; idade superior a trinta e cinco anos; 
residência no município onde se localiza o conselho. 
 Para tornar-se um membro do Conselho Tutelar, o ECA exige os 
seguintes requisitos, conforme versa seu art. 133: 
 
� Reconhecida IDONEIDADE MORAL; 
� Idade SUPERIOR A 21 ANOS; 
� Residir NO MUNICÍPIO. 
 
Saiba que o membro do Conselho Tutelar não integra o Poder Judiciário 
nem se confunde com a figura do antigo “comissário de menores”. 
Veja só uma questão elaborada para o cargo de para Juiz nos trazendo 
outra pegadinha bem boba ao afirmar que a idade para candidatar-se ao 
Conselho Tutelar deve ser superior a 35 anos de idade, quando você já 
aprendeu que a idade deve ser superior a 21 anos. 
Gabarito: ERRADO 
 
36. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não 
jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento 
dos direitos da criança e do adolescente. Para a candidatura a membro 
do Conselho Tutelar, um dos requisitos exigidos é a idade superior a 
dezoito anos. 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
37
Fácil, fácil, não é verdade?? A idade para candidatar-se ao Conselho 
Tutelar deve ser superior a 21 anos e não a 18. Essa, sei que você não 
esquece mais!! 
Gabarito: ERRADO 
 
37. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] São impedidos de 
servir no mesmo conselho: marido e mulher; ascendentes e 
descendentes até o segundo grau; sogro e genro ou nora; irmãos; 
cunhados; tio e sobrinho; bem como padrasto ou madrasta e enteado. 
Sobre os impedimentos à participação no Conselho Tutelar, é preciso 
lembrar-lhe da redação do art. 140 do Eca que estabelece que são impedidos 
de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, 
sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, 
padrasto ou madrasta e enteado. 
Veja que não há na redação do referido artigo não há a expressão “até o 
segundo grau” co relação a ascendentes e descendentes. 
Gabarito: ERRADO 
 
38. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 
2010] De acordo com e Estatuto da Criança e do Adolescente, a 
inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e 
tratamento a alcoólatras e toxicômanos e encaminhamento a 
tratamento psicológico ou psiquiátrico são algumas das medidas 
aplicáveis aos pais ou responsável por crianças e adolescentes. 
Sobre o Conselho Tutelar, precisamos falar ainda de suas competências. 
O Estatuto, em seu art. 136, elenca uma série de atribuições do Conselho 
Tutelar. Sugiro que você, caro aluno, dê uma lida em todas as atribuições 
procurando entendê-las. No entanto, listarei as que considero mais 
importantes para as finalidades de nosso estudo, ou seja, aquelas relacionadas 
ao direito penal e a processual penal. 
Dentre outras, são atribuições do Conselho Tutelar: 
 
� Atender as crianças e adolescentes sempre que os seus direitos 
reconhecidos no ECA forem AMEAÇADOS ou VIOLADOS por ação ou 
omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso dos pais 
ou responsável; em razão de sua conduta. 
 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
38
Se uma das hipóteses acima acontecer, o Conselho Tutelar será 
autoridade competente para aplicar qualquer uma das seguintes MEDIDAS DE 
PROTEÇÃO: 
� Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de 
responsabilidade; 
� Orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
� Matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de 
ensino fundamental; 
� Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à 
criança e ao adolescente; 
� Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em 
regime hospitalar ou ambulatorial; 
� Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e 
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
� Acolhimento institucional; 
O CONSELHO TUTELAR terá a competência para aplicar uma das mesmas 
medidas acima quando uma CRIANÇA (e não um adolescente) cometer 
qualquer ATO INFRACIONAL. 
Dispõe o ECA que ato infracional é a conduta descrita como crime ou 
contravenção penal. Para os adolescentes que cometem atos infracionais o 
estatuto prevê algumas punições enquanto que para crianças que cometem 
tais atos, caberá ao Conselho Tutelar, como vimos, a aplicação das MEDIDAS 
DE PROTEÇÃO acima mencionadas. 
Trataremos mais adiante sobre os procedimentos a serem tomadas 
quando do cometimento de atos infracionais por ADOLESCENTES. 
Continuemos com outras importantes competências dos conselhos 
tutelares: 
 
� Cabe ao Conselho Tutelar atender e aconselhar os pais ou 
responsável, aplicando a eles uma das seguintes medidas previstas: 
 
� Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à 
família; 
CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br 
39
� Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e 
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
� Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
� Encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
� Obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência 
e aproveitamento escolar; 
� Obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento 
especializado e; 
� Advertência. 
 Outras competências que aqui destaco: 
� Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração 
administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

Continue navegando