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CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA – 02 Caros futuros Analistas, Nesta aula, você começara uma viagem por uma das mais cobradas normas legais em concursos públicos que têm relação com a área jurídica: a Lei nº 8.069/90, mais conhecida como O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ou ECA. O Estatuto da Criança e do Adolescente comparece no nosso ordenamento jurídico enquanto forma de regulamentação do art. 227, da Constituição Federal, que absorveu os ditames da doutrina da proteção integral e contempla o princípio da prioridade absoluta. Formulado com o objetivo de intervir positivamente na tragédia de exclusão experimentada pela nossa infância e juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta duas propostas fundamentais, quais sejam: � garantir que as crianças e adolescentes brasileiros, até então reconhecidos como meros objetos de intervenção da família e do Estado, passem a ser tratados como sujeitos de direitos; � o desenvolvimento de uma nova política de atendimento à infância e juventude, informada pelos princípios constitucionais da descentralização político-administrativa (com a consequente municipalização das ações) e da participação da sociedade civil. Pois bem, o estudo do ECA será dividido em duas aulas. É uma norma um tanto quando extensa, e dividimos de uma forma que o seu aprendizado seja bastante tranqüilo, simplificado e com foco naquilo que tem sido mais cobrado em provas. Nesta aula, começaremos, portanto, analisando os aspectos constitucionais relativos à criança e ao adolescente. Em seguida, traremos os principais conceitos contidos no Estatuto, os direitos da criança e do adolescente e, ao final, estudaremos uma primeira parte sobre os atos infracionais cometidos por crianças e adolescentes. Aos estudos!! CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 2 QUESTÕES DE SUA AULA 01. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA dispõe sobre a proteção integral à criança, ao adolescente e também ao idoso. 02. [FCC – AGENTE PENITENCIÁRIO- SJDH/BA – 2010] O Estatuto da Criança e do Adolescente aplica-se, apenas, a pessoas entre 12 e 18 anos. 03. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] Para os efeitos do ECA, considera criança a pessoa até doze anos de idade incompleto, e adolescente aquela entre doze e 18 anos de idade. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. 04. [AOCP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IBIPORÃ/PR – 2011] "Considera-se criança, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e vinte anos de idade. " 05. [PL CONSULT. – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CAMPOS NOVOS/RS – 2011] De acordo com a Lei n° 8.060/90 que trata sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se adolescente a pessoa dos doze aos vinte e um anos de idade. 06. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Pode-se considerar adolescente, para os efeitos do ECA, a pessoa entre doze e vinte e quatro anos de idade. 07. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] A legislação brasileira considera a criança e o adolescente como sujeitos de direito. 08. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA estabelece que é dever exclusivo do poder público assegurar, com absoluta CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 3 prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes. 09. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA permite ações de negligência perante as crianças e os jovens somente por parte dos pais ou responsáveis legais. 10. [FUNDEP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. UBERABA/SP – 2011] A comunidade formada pelos pais ou qualquer deles, seus ascendentes e seus descendentes é o entendimento de família natural segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8.690/1990). 11. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. 12. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A colocação em família substituta, para os maiores de doze anos de idade, dar-se-á independentemente de seu consentimento. 13. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Na colocação da criança ou do adolescente em família substituta, somente este, cuja opinião deve ser devidamente considerada, deve ser previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado o seu grau de compreensão sobre as implicações dessa medida. 14. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A criança ou o adolescente devem ser ouvidos por equipe interprofissional, respeitados seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão, antes da colocação em família substituta. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 4 15. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A colocação de criança ou de adolescente em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, admissível nas modalidades de adoção, guarda e tutela. 16. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Para a colocação de criança ou adolescente indígena em família substituta, o órgão federal responsável pela política indigenista deve, necessariamente, manifestar-se. 17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Crianças ou adolescentes indígenas podem ser adotados, desde que sejam considerados e respeitados seus costumes e tradições, ainda que incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos pela CF. 18. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, salvo os previdenciários. 19. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais, além de conferir à criança ou ao adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. 20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A guarda, por constituir medida precária, resulta, necessariamente, em pedido de tutela ou adoção. 21. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Salvo expressa e fundamentada determinação judicial em contrário, ou se a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede que os pais exerçam o seu direito de visita nem que cumpram o dever de lhe prestar alimentos. 22. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Após a guarda ser instituída ela não poderá mais ser revogada. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 5 23. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios,o acolhimento preferencialmente institucional, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar. 24. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A tutela é uma medida precária, deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até dezoito anos de idade completos. 25. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Por ser um sucedâneo do poder familiar, o tutor só pode ser destituído do seu poder pela via judicial. 26. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O deferimento da tutela do menor a pessoa maior de dezoito anos incompletos pressupõe prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e não implica dever de guarda, o que só se efetiva após os dezoito anos completos. 27. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A adoção, medida excepcional e irrevogável, concedida apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa, pode ser realizada mediante procuração. 28. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Pessoas solteiras não podem adotar, visto que a lei exige a adoção conjunta como forma de garantir a estabilidade familiar. 29. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA MILITAR/ES – 2009] O direito de saber a verdade sobre sua paternidade é decorrência jurídica do direito à filiação, que visa assegurar à criança e ao adolescente a dignidade e o direito à convivência familiar. 30. [IDECAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IPATINGA/MG – 2010] A adoção é medida excepcional e irrevogável, a qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa. A simples guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 6 31. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, não podendo tal estágio ser dispensado. 32. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O conselho tutelar constitui órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. 33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Em cada estado, deve haver, no mínimo, um conselho tutelar, composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de cinco anos, permitida uma reeleição. 34. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O processo de escolha dos membros do conselho tutelar é estabelecido por lei estadual. 35. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Para a candidatura a membro do conselho tutelar, são exigidos os seguintes requisitos: reconhecida idoneidade moral; idade superior a trinta e cinco anos; residência no município onde se localiza o conselho. 36. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, um dos requisitos exigidos é a idade superior a dezoito anos. 37. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] São impedidos de servir no mesmo conselho: marido e mulher; ascendentes e descendentes até o segundo grau; sogro e genro ou nora; irmãos; cunhados, durante o cunhadio; tio e sobrinho; bem como padrasto ou madrasta e enteado. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 7 38. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] De acordo com e Estatuto da Criança e do Adolescente, a inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos e encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico são algumas das medidas aplicáveis aos pais ou responsável por crianças e adolescentes. 39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] O processo de adoção e seus incidentes competem exclusivamente à vara da infância e da juventude, incluindo-se a adoção de maiores de dezoito anos de idade. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Com relação à competência da justiça da infância e da juventude, julgue os itens a seguir. 40. Compete ao juízo menorista conhecer da ação de regulamentação de visitas. 41. A competência da justiça é determinada pelo lugar onde se encontre a criança ou o adolescente, independentemente de serem conhecidos o domicílio e a identidade dos pais ou responsável. 42. No caso de ato infracional, são competentes para o processo e o julgamento da ação tanto a autoridade do lugar em que o ato foi praticado quanto a do lugar onde se produziu ou deveria ter-se produzido o resultado. 43. Nas hipóteses de aplicação das medidas de proteção a criança ou adolescente, a justiça da infância e da juventude é competente para conhecer de ações de alimentos. 44. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] É direito assegurado à gestante adolescente a preferência pelo parto cesariana. 45. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas ao Conselho Tutelar. 46. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] Maria está grávida de seu primeiro filho. Durante uma das consultas do pré-natal o médico comenta que o parto será realizado pelo médico de plantão, CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 8 e não por ele. Maria não o questiona, mas fica chateada e ansiosa temendo não conhecer o médico que a atenderá naquele momento tão especial e delicado. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente: Maria poderia ter questionado o médico, pois é assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal, onde a parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal. 47. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Incumbe ao Poder Público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, salvo nos casos em que a gestante ou mãe manifeste interesse em entregar seu filho à adoção. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Acerca dos direitos fundamentais inerentes à criança e ao adolescente, julgue os itens a seguir. 48. Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe no pré e no pós-natal, desde que a mãe não manifeste interesse em entregar seus filhos para adoção. 49. Não há previsão legal de atendimento preferencial da parturiente, no SUS, pelo médico que a tenha acompanhado no período pré-natal. 50. É previsto atendimento pré e perinatal à gestante, por meio do SUS, incluindo-se assistência psicológica, como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. 51. Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar somente à nutriz, pois isso resultará no desenvolvimento físico adequado da criança. 52. Para que a gestante seja encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, basta que haja a necessidade específica. 53. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] As situações de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente devem ser imediata e concomitantemente informadas ao MP, ao juiz da localidade e ao conselho tutelar, sem prejuízo de outras providências. 54. [AOCP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IBIPORÃ/PR – 2011] A criançae o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 9 pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. O direito à liberdade compreende, dentre outros, o de brincar, praticar esportes e divertir- se e o de participar da vida política, na forma da lei. 55. [CONSULPLAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PAULO AFONSO/BA – 2008] “A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis”. (Estatuto da Criança e do Adolescente). Considerando estes termos e o direito à liberdade, pode-se compreendê-los, dentre outros como o de crença e culto religioso e o direito à opinião e expressão de forma direta assistida. 56. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] Clara tem 09 anos e é a mais velha de uma família de cinco filhos. Sua mãe, Maria, trabalha em um hospital durante a noite. Seu pai, Jorge, é pedreiro. Todos os dias, ao chegar da escola, Clara tem como obrigação fazer o jantar e cuidar dos irmãos mais novos, pois seu pai trabalhou o dia todo e alega estar muito cansado para realizar tais tarefas. Clara sente muita vontade de poder brincar com seus vizinhos, mas o pai não deixa. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, podemos afirmar que os pais de Clara estão corretos, pois toda criança e adolescente são obrigados a realizar tarefas dentro de casa para ajudar os pais, como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. 57. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Os filhos havidos ou não da relação do casamento, salvo quando por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias em relação à filiação. 58. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 10 59. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede particular de ensino e acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. 60. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] Roberto tem 12 anos, e algumas vezes deixa de ir à escola para ir a bares e boates com seus amigos. Seus pais notaram que Roberto chegou diversas vezes no meio da madrugada aparentando embriaguês e suas roupas com cheiro de cigarro. Eles acham que a escola é responsável pela inadimplência do filho, e que deveriam tomar medidas mais severas. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente não podemos afirmar que os pais de Roberto são responsáveis pela educação de seu filho incluindo, sua frequência na escola e limites de horário, e lugares a serem frequentados. 61. [CONSULPLAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PAULO AFONSO/BA – 2008] Conforme determina o Estatuto, os dirigentes de escolas públicas e privadas de Ensino Fundamental deverão comunicar ao Conselho Tutelar, dentre outros, os casos de maus tratos envolvendo seus alunos, de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar. 62. [FUNIVERSA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PALMAS/TO – 2005] O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um conjunto de leis que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Baseados neste estatuto, não podemos afirmar que é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente atendimento em creche e pré-escola, ensino fundamental e médio, obrigatório e gratuito e acesso aos níveis mais elevados do ensino, segundo a capacidade de cada um. 63. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 11 64. [FUNIVERSA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. PALMAS/TO – 2005] O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um conjunto de leis que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Baseados neste estatuto, podemos afirmar que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, sendo proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade. 65. [FUNDEP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. UBERABA/SP – 2011] O Capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8.690/1990) trata do direito da criança e do adolescente à profissionalização e à proteção no trabalho. Ao adolescente aprendiz, até quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários e ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. 66. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. A formação técnico- profissional, desobriga o ensino regular. 67. [FGV – TÉCNICO JUDIC. SEGURANÇA – TRE/PA – 2010] Com relação à proteção reservada ao menor em nosso ordenamento jurídico, está de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente o desenvolvimento de capacitação profissional, assegurado ao menor de 12 anos o trabalho como ajudante. 68. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2006] Nos termos do que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se ato infracional a conduta praticada por criança ou adolescente que esteja descrita como crime na legislação penal, não abrangendo a legislação em referência as contravenções penais. 69. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] Ato infracional é a ação tipificada como contrária a lei que tenha sido efetuada pela criança ou adolescente. São inimputáveis todos os maiores de 18 anos e não poderão ser condenados a penas. 70. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece medidas de proteção à criança e ao CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 12 adolescente, dentre as quais estão o acolhimento institucional, a colocação em família substituta e a matrícula e freqüência facultativas em estabelecimento de ensino livre. 71. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de cinco anos, salvo comprovada necessidade, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. 72. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] A criança acusada deum crime deverá ser conduzida imediatamente à presença de um delegado. 73. [CONSULPLAN – ADVOGADO – AVAPE/SP – 2009] Prescreve o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente, dentre outras, as medidas de colocação em família substituta, de advertência, de prestação de serviços à comunidade e de liberdade assistida. 74. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] De acordo com o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente, dentre outras, as medidas de obrigação de reparar o dano, a internação em estabelecimento não educacional e a prestação de serviços à comunidade somente se autorizado pelos pais. 75. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] Se uma criança e ou adolescente efetivamente praticou ato infracional será aplicada medida específica de punição, conforme estabelece o art. 101 do ECA, tais como reclusão, frequência obrigatória em ensino fundamental, entre outras medidas. 76. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/RN – 2008] Em se tratando de menor inimputável, inexiste pretensão punitiva estatal propriamente, mas apenas pretensão educativa, que é dever não só do Estado, mas da família, da comunidade e da sociedade em geral, conforme disposto expressamente na legislação de regência e na CF. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 13 77. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/RN – 2008] O instituto da prescrição não é compatível com a natureza não-penal das medidas socioeducativas. 78. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] Considere que determinado crime foi praticado por um adolescente, em detrimento de bens e serviços da União. Nesse caso, tratando-se de menor de 18 anos de idade, inimputável, caberá conhecer do ato infracional o juiz da infância e da juventude, ou o juiz que exercer essa função, na esfera estadual. 79. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008 – ADAPT.] Compete exclusivamente à autoridade judiciária e ao membro do MP a aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente pela prática de ato infracional. 80. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A medida de advertência poderá ser aplicada à criança ou ao adolescente sempre que houver prova da autoria e da materialidade da infração. 81. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Tratando-se de medida de obrigação de reparar o dano, o magistrado deve determinar a restituição da coisa ao seu verdadeiro proprietário, ainda que o ato infracional tenha sido praticado por criança. 82. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Verificada a prática de ato infracional por adolescente, a autoridade competente poderá exigir do menor infrator a obrigação de reparar o dano por meio de trabalho necessário prestado a instituição mantida pelo setor público. 83. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a quarenta e cinco dias, em entidades assistenciais, hospitais, escolas e estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 14 84. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A medida de semiliberdade pode ser aplicada desde o início, quando, pelo estudo técnico, se verificar que é adequada e suficiente do ponto de vista pedagógico. A possibilidade de atividades externas é inerente a essa espécie de medida e depende de autorização judicial. 85. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O regime de semiliberdade pode ser determinado, desde o início, pelo prazo de seis meses, como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial. 86. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A medida de liberdade assistida deve ser fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvidos o orientado, o MP e o DP. 87. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A aplicação da medida de liberdade assistida, uma das mais rigorosas, prevê a manutenção do adolescente em entidades de atendimento. 88. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA MILITAR/ES – 2009] Qualquer medida privativa de liberdade imposta a adolescentes deve ter como pressuposto a brevidade e excepcionalidade da medida. 89. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – TJDFT – 2008] A medida de internação pode ser aplicada em caso de prática de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa ou em caso de ato infracional semelhante a crime hediondo. 90. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A medida de internação não comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada a cada três anos. 91. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O prazo máximo da internação provisória do adolescente, para a aplicação de medida socioeducativa, é de até sessenta dias, constituindo a privação da liberdade verdadeira medida cautelar. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 15 92. [CONSULPLAN – ADVOGADO – AVAPE/SP – 2009] Sobre a internação (medida privativa da liberdade prevista no ECA, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento), é INCORRETO afirmar que tal medida não excederá o período de três anos e que será aplicada exclusivamente quando se tratar de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Considerando o que dispõe o ECA a respeito da medida de internação, julgue os itens a seguir. 93. A desinternação deve ser precedida de autorização judicial, ouvidos o MP e o DP. 94. A medida de internação restringe-se aos casos de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa. 95. A internação deve ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, no mesmo local destinado ao abrigo, atendida rigorosa separação por critérios de idades, compleição física e gravidade da infração. 96. Durante a internação, medida excepcional, não é permitida a realização de atividades externas, salvo expressa determinação judicial em contrário. 97. A internação não comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada a sua manutenção, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses. 98. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença. 99. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – TJDFT – 2008] Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público pode conceder a remissão, atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional. Essa remissão implica extinção do processo e reconhecimento da responsabilidade por parte do adolescente. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 16 100. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] Competeexclusivamente à autoridade judiciária conceder remissão ao adolescente pela prática de ato infracional equivalente aos crimes de furto e estelionato. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E E C E E E C E E E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C E E C E C E E C E 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 C E C E C E E E C E 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 E C E E E E E C C E 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 E E C E E C E E C C 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 E E E C E E E C C E 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 E C E C E E E E E E 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 E E C E E C E C E E 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 E E E E E C E C E E 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 E E E E E E C C E E **** CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 17 RESOLUÇÃO E REVISÃO 01. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA dispõe sobre a proteção integral à criança, ao adolescente e também ao idoso. Iniciamos nossa revisão combinando o seguinte: chamaremos o Estatuto da Criança e do Adolescente pelo seu mais conhecido apelido: ECA. Você há de concordar comigo que, assim, as citações a ele ficarão bem mais fáceis. Pois bem, a Lei nº 8.069/90, que instituiu o ECA nos diz que ela dispõe sobre A PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA e ao ADOLESCENTE. A partir daí já podemos perceber que a nossa primeira questão erra ao afirmar que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) também traz proteção integral ao IDOSO. Gabarito: ERRADO 02. [FCC – AGENTE PENITENCIÁRIO- SJDH/BA – 2010] O Estatuto da Criança e do Adolescente aplica-se, apenas, a pessoas entre 12 e 18 anos. Sabendo que o ECA cuida da proteção integral à criança e ao adolescente, então, caro aluno, você me pergunta: quem para o ECA é considerado CRIANÇA? E qual a definição por ele dada de ADOLESCENTE? Eis a resposta: � CRIANÇA � Pessoa ATÉ OS 12 ANOS DE IDADE INCOMPLETOS. � ADOLESCENTE � Pessoa entre 12 e 18 ANOS DE IDADE. � Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o Estatuto às pessoas entre 18 e 21 anos de idade. A informação acima, portanto, nos diz que as disposições do ECA não são exclusivas para pessoas até 18 anos de idade. Assim, em casos excepcionais, os maiores de 18 e menores de 21 anos poderão ser contemplados com disposições desse Estatuto. A questão usa a expressão “APENAS a pessoas de 12 a 18 anos de idade”. Acabamos de ver que essa regra não é ABSOLUTA!! O próprio Estatuto versa que em casos excepcionais, pessoas com idade entre 18 e 21 anos de idade podem ter direitos pro ele protegidos. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 18 Gabarito: ERRADO 03. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. SÃO JOSE PINHAIS/PR – 2011] Para os efeitos do ECA, considera criança a pessoa até doze anos de idade incompleto, e adolescente aquela entre doze e 18 anos de idade. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Para essa questão temos a literalidade do art. 2º do ECA. Criança é a pessoa com até 12 anos incompletos e, adolescente, aquela entre 12 e 18 anos. Em casos excepcionais, vou ser repetitivo, o ECA protegerá as pessoas entre 18 e 21 anos. Gabarito: CERTO 04. [AOCP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IBIPORÃ/PR – 2011] "Considera-se criança, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e vinte anos de idade. " A primeira parte da questão até que está certinha, mas, você já sabe, o ECA considera adolescente aquela pessoa entre 12 e 18 anos de idade e não 21, como menciona o final da assertiva. Gabarito: ERRADO 05. [PL CONSULT. – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CAMPOS NOVOS/RS – 2011] De acordo com a Lei n° 8.060/90 que trata sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se adolescente a pessoa dos doze aos vinte e um anos de idade. Nessa você não cai mais!! Adolescente = 12 completos a 18 anos de idade!! Gabarito: ERRADO 06. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Pode- se considerar adolescente, para os efeitos do ECA, a pessoa entre doze e vinte e quatro anos de idade. Caro aluno, parece até brincadeira essa questão!! Mas é assim mesmo!! Perceba que 05 bancas de concursos, e essa última de concurso bem recente, CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 19 insistem em testar o candidato quanto ao simples conhecimento do que é criança e adolescente para o ECA. Todos os concursos de nível superior!! Mais uma questão que se equivoca quanto à idade final para alguém ser ainda considerado adolescente. A idade correta é 18 anos. Gabarito: ERRADO 07. [FAFIPA – EDUCADOR SOCIAL- PREF. CARIACICA/ES – 2011] A legislação brasileira considera a criança e o adolescente como sujeitos de direito. Além da proteção integral trazido pelo Estatuto, a criança e o adolescente gozam de TODOS OS DIREITOS FUNDAMENTAIS INERENTES À PESSOA HUMANA (em obediência irrestrita aos fundamentos de nossa Constituição). A eles deve ser assegurado, seja por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento: � Físico; � Mental; � Moral, � Espiritual e; � Social, Tudo em condições de liberdade e de dignidade!! É de fundamental importância você sabia que, segundo dispõe o ECA, não só é dever da FAMÍLIA, mas também da COMUNIDADE, da SOCIEDADE EM GERAL, e do PODER PÚBLICO, assegurar, COM ABSOLUTA PRIORIDADE a efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. Você então me pergunta: e que direitos fundamentais são esses? São eles os direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 20 É importante que você, caro aluno, não se esqueça também desses direitos, pois versa ainda o ECA que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Quem desrespeita tal regra certamente será responsabilizado nos termos do Estatuto. Conheceremos quais são esses termos e como será responsabilizados quem assim o fizer, quando estudarmos sobre os crimes previstos no ECA. Se a criança e o adolescente gozam de TODOS OS DIREITOS FUNDAMENTAIS INERENTES À PESSOA HUMANA, são, portanto, sujeitos de direito com afirma corretamente a questão. Gabarito: CERTO 08. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA estabelece que é dever exclusivo do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes. Acabamos de estudar que não só é dever do poder público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. É também dever da família, da comunidade e da sociedade em geral. Gabarito: ERRADO 09. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O ECA permite ações de negligênciaperante as crianças e os jovens somente por parte dos pais ou responsáveis legais. Essa assertiva até minha vovozinha saberia responder!! Segundo o que acabamos de estudar, o ECA determina que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Nãos há qualquer menção de exceção desse dispositivo!! Gabarito: ERRADO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 21 10. [FUNDEP – EDUCADOR SOCIAL- PREF. UBERABA/SP – 2011] A comunidade formada pelos pais ou qualquer deles, seus ascendentes e seus descendentes é o entendimento de família natural segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8.690/1990). Antes ainda de adentrarmos na seara dos direitos fundamentais, faz-se necessário que você conheça alguns conceitos extremamente IMPORTANTES que aparecem no decorrer do Estatuto. Todos eles serão extraídos do próprio ECA. E o primeiro deles é o conceito de FAMÍLIA NATURAL!! � Família Natural O conceito é simples: FAMÍLIA NATURAL é a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Apenas para refrescar a sua memória, os descendentes são aqueles que nascem da pessoa e a sucedem na escala familiar, como por exemplo, filhos e netos. A família natural de uma criança ou adolescente, portanto, é aquela formada pelos seus pais (ou pai ou mãe sozinhos) e seus irmãos (ou outro descendente de seus pais, se houver). Atenção: o ECA estabelece que deve ser dada preferência à permanência da criança ou adolescente em sua família natural, sendo sua transferência para uma família substituta (veremos já também esse conceito), medida de caráter excepcional. Preciso ressaltar que de acordo com o Estatuto, o PODER FAMILIAR será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. O ECA estabelece que os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, QUALQUER QUE SEJA A ORIGEM DA FILIAÇÃO. Perceba que nossa questão erra ao inserir os ascendentes no conceito de família natural. Gabarito: ERRADO 11. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 22 O item que traz de forma correta a literalidade do art. 26 do Estatuto. Gabarito: CERTO 12. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A colocação em família substituta, para os maiores de doze anos de idade, dar-se-á independentemente de seu consentimento. Antes de responder à questão, que trata de FAMÍLIA SUBSTITUTA, vamos a mais dois conceitos importantes: � Família Extensa ou Ampliada Entende-se por FAMÍLIA EXTENSA ou AMPLIADA aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por PARENTES PRÓXIMOS com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Para que seja realmente considerada família extensa, não basta que ela seja formada por parentes próximos. Além dessa prerrogativa, outras duas precisam ser cumpridas CUMULATIVAMENTE: � A criança ou adolescente deve nela CONVIVER e; � Deve nela manter dois VÍNCULOS: o de afinidade e o de afetividade. A “família extensa” terá PREFERÊNCIA NO ACOLHIMENTO FAMILIAR de criança ou adolescente que, por qualquer razão, não possa permanecer (ainda que temporariamente) na companhia de sua família natural. � Família Extensa ou Ampliada Entende-se como FAMÍLIA SUBSTITUTA aquela na qual a criança ou o adolescente foi ou estão inseridos mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente de situação jurídica, nos termos do Estatuto. Importante não perder de vista, no entanto, que a colocação de criança ou adolescente em família substituta é medida de proteção que visa beneficiar a estes e não aos adultos que eventualmente a pleiteiem. Atenção: A FAMÍLIA SUBSTITUTA possui também um caráter excepcional, pois a preocupação precípua, inclusive em respeito ao disposto no art. 226, da CF, deve ser a manutenção da criança ou adolescente em sua família de origem. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 23 É exatamente por seu caráter excepcional, que a criança ou o adolescente que for colocado em família substituta será, sempre que possível, PREVIAMENTE ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. � Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. � A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de ADOÇÃO. Estudaremos mais adiante sobre as modalidades de adoção, tutela e guarda. A questão em análise erra, portanto, ao afirmar que a colocação em família substituta, para os maiores de doze anos de idade, dar-se-á independentemente de seu consentimento. De forma alguma!! Ele deve, sempre que possível, ser previamente ouvido e terá sua opinião devidamente considerada. Gabarito: ERRADO 13. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Na colocação da criança ou do adolescente em família substituta, somente este, cuja opinião deve ser devidamente considerada, deve ser previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado o seu grau de compreensão sobre as implicações dessa medida. Caro aluno, preste bem atenção no pequeno e maldoso deslize que a banca comete nessa assertiva. Ela afirma que na colocação da criança ou do adolescente em família substituta, somente este, ou seja, SOMENTE O ADOLESCENTE, terá que ser previamente ouvido e sua opinião devidamente considerada. De jeito nenhum!! E a criança não deve ser ouvida não é? Claro que sim!! Da mesma forma que o adolescente!! Gabarito: ERRADO 14. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A criança ou o adolescente devem ser ouvidos por equipe interprofissional, respeitados seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão, antes da colocação em família substituta. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 24 Observe, caro aluno, que essas duas últimas questões, elaboradas pelo nosso querido CESPE, forma para cargos de juízes, do mesmo ano de aplicação e abordaram praticamente a mesma coisa. Nessa questão, a banca acertou direitinho estando em conformidade com o que já discutimos e que é o disposto no art. 58, § 1º do ECA. Não tem o que temer!! A sua prova trará também questões nesse grau de “dificuldade”!! Gabarito: CERTO 15. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A colocação de criança ou de adolescente em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, admissível nas modalidades de adoção, guarda e tutela. De fato a colocação de criança ou de adolescente em família substituta estrangeira constituimedida excepcional, mas SÓ É ADMISSÍVEL na modalidade de ADOÇÃO. Gabarito: ERRADO 16. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Para a colocação de criança ou adolescente indígena em família substituta, o órgão federal responsável pela política indigenista deve, necessariamente, manifestar-se. Bom, ainda sobre a colocação em família substituta, o ECA prevê ainda que em se tratando de criança ou adolescente INDÍGENA ou proveniente de comunidade remanescente de QUILOMBO, é ainda obrigatório: � que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; � que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia; � a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. Fica bem simples de perceber que a questão está em conformidade com o que acabamos de expor. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 25 Gabarito: CERTO 17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Crianças ou adolescentes indígenas podem ser adotados, desde que sejam considerados e respeitados seus costumes e tradições, ainda que incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos pela CF. Opa!! Devem ser considerados e respeitados os costumes e tradições de crianças e adolescentes a serem adotados, mas tais costumes e tradições NÃO PODEM ser incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos pela CF. Gabarito: ERRADO 18. [FMZ – EDUCADOR SOCIAL- IAPEN-GEA – 2010] A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, salvo os previdenciários. Ao conceituar FAMÍLIA SUBSTITUTA, faz-se mister também conceituar guarda, tutela e adoção conforme dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente � A Guarda O ECA conceitua a GUARDA como a obrigação da prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto na de adoção por estrangeiros. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará COMPROMISSO DE BEM E FIELMENTE DESEMPENHAR O ENCARGO, mediante termo nos autos. Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público. Dá-se o nome de guardião àquele a quem é deferida a guarda da criança ou do adolescente. A guarda pode coexistir com o poder familiar e não confere o direito de representação do guardião em relação ao guardado. Cabe ressaltar que o fato de o guardião ser obrigado a prestar assistência material à criança, repito, não desobriga os pais deste mesmo dever podendo ser os mesmos CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 26 demandados a prestar alimentos ao filho que estiver sob a guarda de terceiro, contribuindo com sua manutenção, atendendo aos critérios de necessidades do alimentado/ possibilidades do alimentante. � A GUARDA confere à criança ou adolescente a condição de DEPENDENTE, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. � A GUARDA poderá ser REVOGADA A QUALQUER TEMPO, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. A nossa questão erroneamente exclui os previdenciários do rol de direitos conferidos à criança ou adolescente que passam à condição de DEPENDENTES de seu guardião. Gabarito: ERRADO 19. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais, além de conferir à criança ou ao adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Veja como o CESPE, em uma questão para Analista Judiciário, copiou exatamente a literalidade da Lei!! Revise o comentário da questão anterior e percebe que a assertiva em tela está corretíssima e representa as disposições do art. 33 caput e § 3º do ECA. Gabarito: CERTO 20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A guarda, por constituir medida precária, resulta, necessariamente, em pedido de tutela ou adoção. A guarda destina-se a regularizar a posse de fato. O que pode acontecer é ela ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, mas o fato de alguém ter a guarda de uma criança ou adolescente não resulta necessariamente em pedido de tutela ou adoção. Gabarito: ERRADO 21. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Salvo expressa e fundamentada determinação judicial em contrário, ou se a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 27 criança ou adolescente a terceiros não impede que os pais exerçam o seu direito de visita nem que cumpram o dever de lhe prestar alimentos. Perfeito!! Essa é uma das determinação do ECA aqui estudadas e que está disposta no seu art. 33, § 4º. Gabarito: CERTO 22. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] Após a guarda ser instituída ela não poderá mais ser revogada. Muito pelo contrário!! Vimos acima que a guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, desde que por ato judicial fundamentado e ouvido o Ministério Público. Gabarito: ERRADO 23. [CEC – EDUCADOR SOCIAL I – PREF. PALMEIRA/SC – 2012] O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento preferencialmente institucional, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar. Isso mesmo!! Essa é a redação do art. 34 do ECA. Gabarito: CERTO 24. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A tutela é uma medida precária, deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até dezoito anos de idade completos. Já mencionamos várias vezes a palavra TUTELA em nosso estudo e agora chegou a hora de tratarmos das disposições do ECA sobre o seu significado e sua regulamentação. Vamos em frente!! � A Tutela A TUTELA é o instituto que a primeira vista tende a proporcionar ao menor em situação de desamparo, decorrente da ausência do poder familiar, proteção pessoal e a administração de seus bens, por nomeação judicial de PESSOA CAPAZ, objetivando atender o melhor do menor. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 28 � O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação DA PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR e implica NECESSARIAMENTE o dever de guarda. � O ECA regulamenta que a tutela será deferida, nos termos do Código Civil Brasileiro, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. O objetivo precípuoda tutela (e seu maior diferencial em relação à guarda), é o de conferir um representante legal à criança ou adolescente que não o possui, valendo lembrar que a simples guarda, embora atribua ao guardião a condição de responsável legal pela criança ou adolescente, NÃO LHE CONFERE O DIREITO DE REPRESENTÁ-LA NA PRÁTICA DOS ATOS DA VIDA CIVIL. Atenção: Quando o tutelado atinge a idade da plena capacidade civil ou é emancipado, a tutela cessa. Assim é preciso que você perceba que, ao contrário do que ocorre com a guarda, a tutela não pode coexistir com o poder familiar, tendo assim por pressuposto a prévia suspensão, destituição ou extinção deste. É IMPRESCINDÍVEL, portanto, que a criança ou adolescente resida com o tutor nomeado, que deverá prestar-lhe toda assistência material, moral e educacional e representá-lo ou assisti-lo na prática dos atos da vida civil. A destituição da tutela será decretada judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações. Diante do exposto, temos dois erros nessa questão: o primeiro está em afirmar que a tutela é uma medida precária. Ora, se ela só pode ser destituída judicialmente, é claro que não pode ser revogada a qualquer tempo e, por isso, não se constitui em medida precária. O segundo erro está em afirmar que a tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até dezoito anos de idade completos quando na verdade é de até dezoito anos INCOMPLETOS. Gabarito: ERRADO 25. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Por ser um sucedâneo do poder familiar, o tutor só pode ser destituído do seu poder pela via judicial. Exatamente!! Foi o que acabamos de discutir no comentário anterior e é o disposto no art. 38 do ECA. A destituição de tutela só se dá por decisão judicial. Gabarito: CERTO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 29 26. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O deferimento da tutela do menor a pessoa maior de dezoito anos incompletos pressupõe prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e não implica dever de guarda, o que só se efetiva após os dezoito anos completos. Veja bem: de fato o deferimento da tutela pressupõe assim prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar, mas implica necessariamente o dever de guarda. E outra: Não há o que se falar em dever de guarda depois que o menor atinge os 18 anos completos, pois vimos que quando o tutelado atinge a idade da plena capacidade civil ou é emancipado, a tutela cessa. Gabarito: ERRADO 27. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A adoção, medida excepcional e irrevogável, concedida apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa, pode ser realizada mediante procuração. Falaremos agora sobre a modalidade de ADOÇÃO. Importante que você saiba que o processo de adoção de criança e adolescente em nosso país é TODO REGIDO pelo ECA. O regramento para a doção é bastante extenso, cheio de particularidades e permeia uma grande parte do ECA. Olhando para todo o histórico de provas CESPE sobre o Estatuto, percebe-se não haver uma cobrança muito a fundo sobre adoção em provas, até porque as bancas sabem que são procedimentos muito específicos e assim seria ineficaz cobrá-los. O que faremos então? Estudaremos os seus principais aspectos focando principalmente naqueles “bons de prova”. Vamos em frente!! � A Adoção Segundo o Estatuto, a ADOÇÃO atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. Uma vez consumada a adoção, a relação de parentesco original é extinta e, de forma concomitante, uma nova relação de parentesco é estabelecida, passando o adotado, a partir daí, a ter os mesmos direitos e obrigações que os filhos biológicos em relação a seus pais e parentes adotivos. Saiba que, conforme o Estatuto, a adoção é MEDIDA EXCEPCIONAL à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 30 criança ou adolescente na família natural ou extensa e será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando. No entanto, o consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar. � A ADOÇÃO é medida irrevogável e o adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes (perceba essa exceção!!). � Para a sua adoção, em se tratando de adotando maior de 12 anos de idade, será também necessário o seu consentimento. E aí você me pergunta: quem pode adotar uma criança ou um adolescente? Existem pré-requisitos? Com certeza!! O ECA regulamenta que podem adotar os MAIORES DE 18 (DEZOITO) ANOS, independentemente do estado civil, desde que esses adotantes NÃO SEJAM ASCENDENTES OU IRMÃOS DO ADOTANDO. Nesses casos a adoção é PROIBIDA. Qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos, mesmo que seja solteira, pode adotar, devendo, no entanto, se submeter ao procedimento de habilitação previsto no próprio Estatuto e demonstrar, em qualquer caso que possui maturidade e preparo para adoção. Vale também mencionar que, apesar de prever uma idade mínima para adoção, não há, no Direito Brasileiro, a previsão de uma idade máxima, tal qual ocorre em outros países. Para adoção conjunta, é INDISPENSÁVEL que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. � O adotante há de ser, pelo menos, 16 ANOS MAIS VELHO do que o adotando. � É VEDADA a adoção POR PROCURAÇÃO. � A morte dos adotantes NÃO RESTABELECE o poder familiar dos pais naturais. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 31 peculiaridades do caso. O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar. O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a TUTELA OU GUARDA LEGAL do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo. � Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do país, o estágio de convivência, CUMPRIDO NO TERRITÓRIO NACIONAL, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Preenchidos todos os requisitos, como será então efetivamente constituída a adoção? O vínculo da adoção constitui-se por SENTENÇA JUDICIAL, que será inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão. Tal inscrição consignará o nome dos adotantes COMO PAIS, bem como o nome de seus ascendentes, ou seja, dos seus “novos” avós. O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado. E mais: nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro!! Outro ponto bastante preocupante e delicado diz respeito à ADOÇÃOINTERNACIONAL. O estatuto estabelece regras bem mais rígidas para esse tipo de adoção, justamente para dificultar qualquer intento de possíveis tráficos de crianças e adolescentes. Como primeira regra você já viu que a colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de ADOÇÃO. Pois bem, antes de tratarmos dos principais aspectos sobre a adoção por estrangeiros, é preciso lembrar que o ECA também estabelece que a autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção e que serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 32 Seguindo o previsto em convenções e normas internacionais, o Estatuto considera ADOÇÃO INTERNACIONAL aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil (bem óbvio não é??). A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado CUMULATIVAMENTE: � Que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso concreto; � Que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros acima mencionados e; � Que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional. � Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro. Complementando o disposto acima, é igualmente importante ressaltar que a adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional referidos, não for encontrado interessado com residência permanente no Brasil. � Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, NÃO SERÁ PERMITIDA a saída do adotando do território nacional. � Depois de transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição de alvará com autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando, OBRIGATORIAMENTE, AS CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ADOTADO, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, ASSIM COMO FOTO RECENTE E A APOSIÇÃO DA IMPRESSÃO DIGITAL DO SEU POLEGAR CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 33 DIREITO, instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado. E se o adotante falecer no curso do procedimento antes de prolatada a sentença judicial que concederá a adoção? O processo é extinto e a criança ou o adolescente deixará de ser adotado? De jeito nenhum!! Ainda assim a adoção poderá ser deferida ao adotante!! Para finalizarmos os principais aspectos sobre a adoção, é preciso salientar também que o adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter ACESSO IRRESTRITO ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes. Entretanto, ele só goza desse direito após completar 18 (dezoito) anos!! Há casos em que o acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica. A questão em análise até que acerta quando afirma que a adoção é medida excepcional e irrevogável, concedida apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa. Entretanto, erra ao firmar que a adoção pode ser realizada mediante procuração. O ECA, já vimos, estabelece que é VEDADA a adoção por procuração. Gabarito: ERRADO 28. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] Pessoas solteiras não podem adotar, visto que a lei exige a adoção conjunta como forma de garantir a estabilidade familiar. Essa informação está equivocada, não é mesmo? Vou repetir: qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos, independente de seu estado civil, pode adotar, devendo, no entanto, se submeter ao procedimento de habilitação previsto no próprio Estatuto e demonstrar, em qualquer caso que possui maturidade e preparo para adoção (art. 42 do ECA). Gabarito: ERRADO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 34 29. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA MILITAR/ES – 2009] O direito de saber a verdade sobre sua paternidade é decorrência jurídica do direito à filiação, que visa assegurar à criança e ao adolescente a dignidade e o direito à convivência familiar. Vimos que o ADOTADO tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada. O normal é que ele goze desse direito só após completar 18 (dezoito) anos, porém vimos também que há casos em que o acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos. Isso tudo decorre do direito à filiação!! Gabarito: CERTO 30. [IDECAN – EDUCADOR SOCIAL- PREF. IPATINGA/MG – 2010] A adoção é medida excepcional e irrevogável, a qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa. A simples guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência. Ao tratar sobre o estágio de convivência você estudou que ele poderá sim ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante, mas, veja bem, desde que já esteja DURANTE TEMPO SUFICIENTE para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo. Portanto, não é a simples guarda de fato que dispensa a tempo de estágio de convivência!! Gabarito: ERRADO 31. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, não podendo tal estágio ser dispensado. Com base no comentários anterior você resove muito facilmente essa questão!! A adoção de fato será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, mas acabamos de ver que tal estágio PODERÁ SIM ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante, desde que já esteja DURANTE TEMPO SUFICIENTE para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo Gabarito: ERRADO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 35 32. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O conselho tutelar constitui órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. O CONSELHO TUTELAR, importantíssimo para o nosso estudo, é, segundo o que versa o art. 131 do ECA, órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Exatamente como nos informa a assertiva denossa questão!! Em cada Município haverá, NO MÍNIMO, um Conselho Tutelar composto de 05 membros, escolhidos pela comunidade local para MANDATO DE 03 anos, permitida uma recondução. O Conselho Tutelar possui um caráter institucional, ou seja, uma vez criado e instalado, passa a ser, em caráter definitivo, uma das instituições integrantes do chamado Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente, não mais devendo haver solução de continuidade em sua atuação, mas apenas a renovação periódica de seus membros. O Conselho Tutelar é órgão municipal que possui completa autonomia em relação ao Poder Judiciário, e embora, dentre outras atribuições, tome decisões e aplique medidas de proteção a crianças, adolescentes, pais e responsáveis (que estudaremos mais adiante), estas possuem um CARÁTER MERAMENTE ADMINISTRATIVO. Gabarito: CERTO 33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Em cada estado, deve haver, no mínimo, um conselho tutelar, composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de cinco anos, permitida uma reeleição. Uma questão que traz duas pegadinhas bem bobas que, se você ler muito rápido, é capaz de considerá-la correta. Mas não está!! Primeiro: não é no Estado e sim no MUNICÍPIO que deve haver no mínimo um Conselho Tutelar. Segundo: o mandato dos membros do Conselho Tutelar é de 03 anos e não de 05 como afirma a questão. Gabarito: ERRADO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 36 34. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] O processo de escolha dos membros do conselho tutelar é estabelecido por lei estadual. Acabamos de revisar que os membros do Conselho Tutelar são escolhidos pela comunidade local. Não há o que se falar em Lei estadual. Gabarito: ERRADO 35. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Para a candidatura a membro do conselho tutelar, são exigidos os seguintes requisitos: reconhecida idoneidade moral; idade superior a trinta e cinco anos; residência no município onde se localiza o conselho. Para tornar-se um membro do Conselho Tutelar, o ECA exige os seguintes requisitos, conforme versa seu art. 133: � Reconhecida IDONEIDADE MORAL; � Idade SUPERIOR A 21 ANOS; � Residir NO MUNICÍPIO. Saiba que o membro do Conselho Tutelar não integra o Poder Judiciário nem se confunde com a figura do antigo “comissário de menores”. Veja só uma questão elaborada para o cargo de para Juiz nos trazendo outra pegadinha bem boba ao afirmar que a idade para candidatar-se ao Conselho Tutelar deve ser superior a 35 anos de idade, quando você já aprendeu que a idade deve ser superior a 21 anos. Gabarito: ERRADO 36. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, um dos requisitos exigidos é a idade superior a dezoito anos. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 37 Fácil, fácil, não é verdade?? A idade para candidatar-se ao Conselho Tutelar deve ser superior a 21 anos e não a 18. Essa, sei que você não esquece mais!! Gabarito: ERRADO 37. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] São impedidos de servir no mesmo conselho: marido e mulher; ascendentes e descendentes até o segundo grau; sogro e genro ou nora; irmãos; cunhados; tio e sobrinho; bem como padrasto ou madrasta e enteado. Sobre os impedimentos à participação no Conselho Tutelar, é preciso lembrar-lhe da redação do art. 140 do Eca que estabelece que são impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Veja que não há na redação do referido artigo não há a expressão “até o segundo grau” co relação a ascendentes e descendentes. Gabarito: ERRADO 38. [USCS – EDUCADOR SOCIAL- SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP – 2010] De acordo com e Estatuto da Criança e do Adolescente, a inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos e encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico são algumas das medidas aplicáveis aos pais ou responsável por crianças e adolescentes. Sobre o Conselho Tutelar, precisamos falar ainda de suas competências. O Estatuto, em seu art. 136, elenca uma série de atribuições do Conselho Tutelar. Sugiro que você, caro aluno, dê uma lida em todas as atribuições procurando entendê-las. No entanto, listarei as que considero mais importantes para as finalidades de nosso estudo, ou seja, aquelas relacionadas ao direito penal e a processual penal. Dentre outras, são atribuições do Conselho Tutelar: � Atender as crianças e adolescentes sempre que os seus direitos reconhecidos no ECA forem AMEAÇADOS ou VIOLADOS por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; em razão de sua conduta. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 38 Se uma das hipóteses acima acontecer, o Conselho Tutelar será autoridade competente para aplicar qualquer uma das seguintes MEDIDAS DE PROTEÇÃO: � Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; � Orientação, apoio e acompanhamento temporários; � Matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; � Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; � Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; � Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; � Acolhimento institucional; O CONSELHO TUTELAR terá a competência para aplicar uma das mesmas medidas acima quando uma CRIANÇA (e não um adolescente) cometer qualquer ATO INFRACIONAL. Dispõe o ECA que ato infracional é a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Para os adolescentes que cometem atos infracionais o estatuto prevê algumas punições enquanto que para crianças que cometem tais atos, caberá ao Conselho Tutelar, como vimos, a aplicação das MEDIDAS DE PROTEÇÃO acima mencionadas. Trataremos mais adiante sobre os procedimentos a serem tomadas quando do cometimento de atos infracionais por ADOLESCENTES. Continuemos com outras importantes competências dos conselhos tutelares: � Cabe ao Conselho Tutelar atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando a eles uma das seguintes medidas previstas: � Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 39 � Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; � Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; � Encaminhamento a cursos ou programas de orientação; � Obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar; � Obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado e; � Advertência. Outras competências que aqui destaco: � Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
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