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Eder Braz Velludo - 201608238751 João Victor Souza de Oliveira - 201607413914 Acumuladores, Geradores e Supercondutores Angra dos Reis 2018, v-1.0.0 Eder Braz Velludo - 201608238751 João Victor Souza de Oliveira - 201607413914 Acumuladores, Geradores e Supercondutores Trata-se de uma pesquisa, sobre Acumu- ladores, Geradores e Supercondutores. Universidade Estácio de Sá – UNESA Faculdade de Engenharia Civil Disciplina de Eletricidade Aplicada Angra dos Reis 2018, v-1.0.0 Sumário Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Baterias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Geradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Supercondutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3 Introdução O presente trabalho tem como objetivo apresentar alguns tipos de fontes de tensões como acumuladores e geradores. Apresenta também definições de supercondutores. Inici- amos apresentando o conceito de tensão, corrente e potencia. A partir dai demonstraremos alguns tipos de acumuladores de tensão e geradores. Por fim apresentaremos conceitos de supercondutores. Tensão Aparelhos eletrônicos funcionam utilizando energia potencial elétrica. Um material que conduz eletricidade, condutor, possui muitos elétrons livres. Estes elétrons movem-se através de energia potencial elétrica. “A tensão é relacionada com a energia necessária para deslocar uma carga elétrica entre dois pontos”.(BURIAM; LYRA, 2006). Para se haver uma tensão basta a “ criação de uma separação entre particulas positivas e negativas” (BOYLESTAD, 2012). Para mover uma partícula entre dois pontos a força realiza um trabalho. A energia necessária para mover uma carga é dada por W = Q · V , onde Q é uma carga negativa medida em coulomb (C), W é a energia necessária para se mover esta carga, medida em Joules (J). V é medida em volts que e a relação dada por V = W Q , que é a relação entre a energia necessária para se mover uma determinada carga, assim “ se um total de 1 joule (J) de energia é usado para mover a carga negativa de 1 coulomb (C), há uma diferença de 1 volt (V) entre os dois pontos.”(BOYLESTAD, 2012). A unidade coulomb C, representa uma quantidade de 6, 242 · 1018 elétrons. Há diversas formas de se estabelecer tensões através da separação de cargas conforme será exposto adiante. Corrente A corrente é um fluxo de elétrons. “A tensão aplicada é o mecanismo de partida; a corrente é uma reação à tensão aplicada.”(BOYLESTAD, 2012). A unidade de medida da corrente é o ampere (A). “ Uma corrente I em um condutor durante um tempo T corresponde a passagem de uma carga Q dada por Q = I.T”.(BURIAM; LYRA, 2006). Dai tem-se que se 6, 242 · 1018 elétrons (1 coulomb) passam através de um condutor em 1 segundo, diz-se que o fluxo de carga, ou corrente, é de 1 ampère (A).(BOYLESTAD, 2012). 4 Introdução Tensão Senoidal É uma tensão que varia com o tempo de acordo com uma função senoidal. A expressão matemática é dada pela função v(t) = VM · sin(ωt+ α), em que VM é o valor máximo (ou valor de pico) da tensão dada em V (volts), ω é a frequência angular dada em radianos por segundo e α corresponde ao ângulo de fase inicial dado em graus ou radianos. A representação gráfica dessa função senoidal é mostrada na figura 1 , apresenta o comportamento gráfico de uma tensão senoidal(SANTOS, 2016). Figura 1 – Tensão Senoidal Representação gráfica da função senoidal. Fonte: (SANTOS, 2016) Corrente alternada Quando uma tensão senoidal é ligada aos terminais de uma carga, a corrente através dessa carga também é representada matematicamente por uma forma de onda senoidal. O valor instantâneo da corrente é I = V/R. A corrente é definida pela expressão i(t) = IM · sin(ωt+ α) , e sua representação gráfica é mostrada na figura 2. (SANTOS, 2016) Potência Potência indica a quantidade de trabalho (conversão de energia) que pode ser realizado em um determinado período de tempo; isto é, a potência é a velocidade com que um trabalho é executado. A energia convertida é medida em joules (J) e o tempo em segundos (s), a potência é medida em joules/segundo (J/s). O Watt é a unidade elétrica de medida de potência, definida por: 1watt(W ) = 1joule/segundo(J/s). A potencia é determinada pela fórmula: P = W t .(BOYLESTAD, 2012) 5 Figura 2 – Corrente Senoidal Representação gráfica da corrente senoidal. Fonte: (SANTOS, 2016) Potência Mecânica e Potência Elétrica A potência aparente é necessária para que, com determinados valores de tensão e fluxo de corrente, um certo consumidor funcione corretamente. A potência ativa é a potência efetivamente consumida ou transformada pelo mesmo consumidor. A relação entre as duas potências é definida como fator de potência e conhecida como: cos θ = kW KV A ou kW = KV A · cos θ 7 Baterias São formadas por um conjunto de células, que são uma unidade para geração de energia elétrica pela conversão química ou solar.Células podem ser classificadas em primárias ou secundárias. As diferenças entre elas esta na capacidade de recarregar. As secundárias possuem a capacidade de recarga enquanto as primárias não. As células estabelecem uma tensão entre seus terminais através de energia química. Possuem eletrodos positivos, denominado catodo, ao qual há redução (ganho de elétrons), eletrodos negativo, denominado anodo, ao qual ha uma oxidação (perda de elétrons) e um eletrólito que é uma substância que preenche o espaço entre os eletrodos, responsável pelo contato com os átomos que perdem ou ganham elétrons. Uma bateria, fornece um nível de corrente por determinado período de tempo. Daí toda bateia possui uma especificação em Ampere Hora (Ah). “ A especificação ampère-hora (Ah) indica quanto tempo uma bateria de tensão fixa será capaz de fornecer uma corrente em particular”.(BOYLESTAD, 2012) Células Primárias Seu anodo e formado de zinco pulverizado, eletrolito de hidróxido de potássio e catodo de carbono e dióxido de manganês. A figura 3, apresenta um esquema deste tipo de célula. Figura 3 – Célula primária Vista de corte de uma pilha (célula Primária) Fonte: (BOYLESTAD, 2012) 8 Baterias Já na figura 4, podemos observar os diversos tipos padronizados, para células primárias, também denominadas pilhas. Figura 4 – Tipos de células primárias Tipos de pilhas, suas tensões e correntes em Ampere hora (Ah) Fonte: (BOYLESTAD, 2012) Na figura 5, podemos observar tipos de células denominadas baterias de lítio, que são utilizadas em baixas temperaturas. São compostas por lítio em iodo, que ficam separados por meio de uma camada de iodeto de lítio que permite a passagem da corrente elétrica. O lítio metálico é o ânodo enquanto o cátodo é iodo. Figura 5 – Tipos de Baterias primárias de lítio Tipos de baterias de lítio, suas tensões e correntes e capacidades em Ampere hora (Ah) Fonte: (BOYLESTAD, 2012) 9 Células Secundárias Baterias de Chumbo-ácido Geralmente possuem tensão de 12 volts, possui um eletrólito de ácido sulfúrico, e eletrodos de chumbo esponjoso (Pb) e de peróxido de chumbo (PbO2). Para determinar se esta carregada deve-se medir densidade relativa do eletrólito no caso acido sulfúrico com água a 4◦C. Baterias de chumbo-ácido estão carregadas, quando o peso específico esta entre 1,28 e 1,30 e descarregada quando de 1,1. Realizando a passagem de corrente contínua em sentido oposto ao da corrente da bateria, ela poderá ser carregada, fazendo com que seja removido o sulfato de chumbo das placas tornando o acido sulfúrico concentrado novamente. Geralmente uma bateria de Chumbo-ácido, e formada por 6 células de 2,1 volt cada.As células são interconectadas em série o que faz uma bateria possuir 12,6 volts. A figura 6, apresenta uma imagem de uma bateria de Chumbo ácida com 6 células. Figura 6 – Bateria de Chumbo-ácido Esquema de uma bateria secundária de Chumbo-ácido Fonte: (BOYLESTAD, 2012) As baterias de Chumbo-ácido , possuem especificações. Em (RVQ et al., 2017) são apresentadas algumas especificações destes tipos de bateria destacamos algumas conforme segue: Capacidade nominal (C): Indica a quantidade de energia que a bateria possui quando plenamente carregada é expressa em Ampere-hora (Ah); 10 Baterias Cold Cranking Ampére (CCA): É um teste realizado com a bateria a uma temper- atura abaixo de zero com o objetivo de verificar se a bateria é capaz de iniciar um motor veicular em lugares de frio intenso, é regulamentado pela Society of Automo- tive Engineers (SAE) norma SAE J537, e determina a corrente elétrica fornecida pela bateria durante 30 segundos, mantendo a tensão final maior ou igual a 7,2 V, à temperatura de −18◦C (Celsius) ou 0 F (Fahrenheit). Reserva de capacidade (RC): Reserva de energia que a bateria deve fornecer para continuar operando os dispositivos por ela alimentados em caso de no sistema elétrico. O teste é realizado descarregando a bateria à uma corrente de 25 A até uma tensão final de 10,5 V. Quando atingida esta tensão de corte, o tempo é anotado. Descarga de baterias – Taxa C (Crate): A capacidade declarada de uma bateria indica a quantidade energia que ela acumulada. A capacidade é o resultado do produto da corrente de descarga vezes o tempo de descarga, que depende corrente , tensão e temperatura da bateria. Dado uma bateria com capacidade declarada de regimes de 20 horas, possuem identificação no rótulo de 55 Ah, significa que esta bateria suporta, sem atingir a tensão final, uma descarga de 0,05 x 55 A, ou seja, 2,75 A, durante 20 horas. Perda de capacidade: Considera-se que a vida útil de uma bateria chegou ao fim quando a capacidade medida for menor que 20% da capacidade nominal declarada em seu rótulo. Bateria de níquel-hidreto metálico (Ni-HM) Essas baterias podem sobreviver mais de 1.000 ciclos de carga/descarga em uma vida útil. Seu carregamento e feito por fonte de corrente constante (fonte de energia), fazendo com que a tensão nos terminais seja constante durante o ciclo de carga.Esquentam no processo de carga. Na figura 7, podemos observar os diversos tipos padronizados, para Bateria de níquel-hidreto metálico. Bateria de íon de lítio Esta bateria carrega mais energia em espaço menor do que as baterias recarregáveis de chumbo-ácido e Ni-HM. Estão em evolução e necessitam de melhorias. Um dos grandes problemas é que começam a perder capacidade de recarga lentamente apesar de poderem passar por ciclos normais de carga/descarga. 11 Figura 7 – Bateria de níquel-hidreto metálico (Ni-HM) Tipos de baterias de níquel-hidreto metálico, suas tensões e correntes e capacidades em Ampere hora (Ah) Fonte: (BOYLESTAD, 2012) 13 Geradores Geradores são máquinas que transformam energia mecânica em energia elétrica. Como exemplo de aplicações a empresa WEG (WEG, 2017), apresenta um elenco de aplicações de seus geradores: Geração Eólica; Alimentação de Fazendas, Sítios, Garimpos, Carros de Som; Pequenos Centros de Geração de Energia para uso Geral; Grupos Diesel de Emergência para hospitais e etc; Centro de Processamento de Dados; Telecomunicações; Usinas Hidrelétricas; Cogeração; Aplicações Específicas para uso Naval, Usinas de Açúcar e Álcool, Madeireiras, Arrozeirais, Petroquímica, etc; Usinas de Geração de Energia; Geração em Horário de Ponta; Um gerador está baseado no movimento relativo entre uma espira e um campo magnético. Os terminais da espira são conectados a dois anéis, que estão ligados ao circuito externo através de escovas. Um alternador é um gerador de corrente alternada, assim como é chamado de dínamo ao gerador de corrente contínua. A transformação de energia nos geradores fundamenta-se no princípio físico con- hecido como Lei de Lenz. Esta lei afirma que “quando existe indução magnética, a direção da força eletromotriz induzida é tal, que o campo magnético dela resultante tende a parar o movimento que produz a força eletromotriz.” (JOSECLAUDIO, 2018). A figura 8, apresenta o funcionamento básico de um gerador de corrente alternada. Os valores instantâneos da tensão podem ser calculados pela relação: e = B·l·v·sin(θ) , em que: e = tensão; B = Indução do Campo Magnético; l = Comprimento do condutor; v = Velocidade linear de deslocamento do condutor e θ = Ângulo formado entre B e v. Para controlar tensão e corrente em um gerador de corrente alternada, o campo magnético é produzido por ímãs artificiais, formados por bobinas alimentadas com corrente contínua suprida por uma fonte externa denominada exitatriz e controlada por um regulador de tensão. (JOSECLAUDIO, 2018). A empresa WEG (WEG, 2017) , apresenta um esquema de geradores poe ela produzidos conforme figura 9 O alternador é constituído por duas partes principais: uma fixa,chamada estator e a parte móvel chamamos rotor. Uma das partes será responsável pelo campo magnético, onde estão localizados os pólos do alternador, chamada campo. A parte onde aparece a tensão é chamada de induzido. Numero de Fases No sistema monofásico em alternadores, indica que o as bobinas do enrolamento induzido forma uma tensão de saída obtida em dois terminais.(JOSECLAUDIO, 2018) Já o sistema trifásico é formado pela associação de três sistemas monofásicos de tensões U1, 14 Geradores Figura 8 – Funcionamento Básico de Gerador Esquema de funcionamento de um gerador de corrente alternada Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) U2 e U3, tais que a defasagem entre elas seja de 120◦ (WEG, 2017), sendo ligadas de tal maneira que podemos ter três ou quatro pontos de ligação para os consumidores. A figura 10, apresenta a defasagem entre as fases. Normalmente, cada grupo independente de bobinas tem duas bobinas separadas, para permitir que, com o fechamento das ligações externas,se obtenha valores diferentes de tensão. O tipo de fechamento normalmente utilizado é o “estrela com neutro acessível”, onde existe um ponto de ligação para cada fase mais um ponto denominado “neutro”, 15 Figura 9 – Um esquema de Gerador Esquema de funcionamento de um gerador de corrente alternada Fonte: (WEG, 2017) que é constituído pelo fechamento das extremidades das bobinas. A tensão entre os três pontos terminais de cada fase é sempre a mesma, que deve corresponder ao tipo de fechamento escolhido. O neutro é para ser ligado ao aterramento da instalação elétrica local. (JOSECLAUDIO, 2018) A tensão entre fases é determinada pelas ligações de fechamento que forem exe- cutadas. Normalmente os alternadores são fornecidos com 12 terminais de bobinas do induzido para serem ligados de forma a gerar tensão em 220/127 V, 380/220 V ou 440/254 V. Os diferentes valores possíveis de tensão são o resultado do arranjo das bobinas, que são construídas em grupos, resultando para cada fase um conjunto de 2 bobinas que podem ser ligadas conforme figura 11 (JOSECLAUDIO, 2018) Potência do Alternador A potência do alternador é definida em KVA (potência aparente) e a potência ativa é definida em kW, sendo o fator de potência (cos θ) a relação entre as potências ativa e aparente e que kW = cos θ ·KV A. Ainda existem a potência reativa, que surge nos circuitos elétricos com cargas indutivas, especialmente motores elétricos. A potência aparente (KVA) é a soma vetorial das potências ativa (kW) e reativa (KVAr). A figura 12 apresenta o diagrama de soma da potencia aparente. Daí tem-se que (KV A)2 = (kW )2 + (KV Ar)2 e ainda que cos θ = kW KV A . (JOSECLAUDIO, 2018) 16 Geradores Figura 10 – Grafico 3 tensões R S T No mesmo período, os valores de tensão variam defasados de 120◦ nas fases R, S e T (ouU1, U2 e U3). Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) Rendimento Mecânico É definido em percentuais pela relação entre a potência elétrica por ele fornecida aos consumidores e a potência mecânica absorvida do motor acionador. É sempre menor que 1.(JOSECLAUDIO, 2018) η = kWElétrico kWMecânico Frequência O alternador é uma máquina síncrona e que sua velocidade de rotação e freqüência estão relacionadas com o número de pólos. Sendo f = freqüência em Hz); N = velocidade de rotação (em rpm) e Np = número de pólos.(JOSECLAUDIO, 2018) f = N ·Np120 Excitação Para induzir a força eletromotriz necessita-se de um circuito magnético – o campo do alternador. Em máquinas de pequeno porte podemos formar o campo por meio de ímãs permanentes naturais, mas normalmente isto é feito por meios eletromagnéticos, ao alimentar as bobinas que constituem os pólos, com corrente contínua. Para manter constante a tensão de saída do alternador, é necessário regular o sistema de excitação, pois 17 Figura 11 – Fechamento estrela Fechamento Estrela Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) Figura 12 – Triangulo de Potencias Diagrama de soma vetorial potencia aparente Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) é a intensidade do campo magnético quem determina este valor. Assim, necessita-se de um regulador de tensão, que é o elemento capaz de detectar as variações de tensão de saída do alternador e atuar diretamente na excitatriz para que esta aumente ou diminua o fluxo de corrente no campo magnético, mantendo constante a tensão para qualquer solicitação de carga.(JOSECLAUDIO, 2018) 18 Geradores Excitação Estática A corrente que alimenta o campo do alternador é retificada e controlada por uma excitatriz eletrônica. A condução da corrente se faz por meio de um par de anéis com escovas montado no eixo do alternador. Como utiliza a tensão gerada pelo alternador, necessita de um mínimo de tensão inicial, gerada pelo magnetismo remanente do alternador durante a partida, para iniciar o processo de retificação e alimentação do campo. Este processo de início de geração é denominado escorva do alternador.(JOSECLAUDIO, 2018) A figura 13, apresenta um esquema de Excitação Estática. Figura 13 – Excitação Estática Esquema de Excitação Estática Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) Excitação Brushless Utiliza-se um gerador de corrente contínua, montado no próprio eixo do alternador. O campo deste gerador é alimentado por um regulador externo que, modernamente, é eletrônico semelhante ao empregado na excitação estática. Nos alternadores antigos este gerador de corrente contínua era um dínamo, com escovas e coletor de lâminas de cobre. Atualmente utiliza-se um pequeno alternador de pólos fixos,cuja corrente alternada gerada no induzido rotativo é retificada por uma ponte retificadora de onda completa, também girante, que transfere a corrente retificada diretamente ao campo do alternador, sem a necessidade de escovas.(JOSECLAUDIO, 2018) A figura 14, apresenta um esquema de Excitação Brushless. Excitação por Imã Permanente Sistema de excitação por magneto (ou imã) permanente,trata-se de um sistema de excitação onde uma excitatriz auxiliar, constituída por um campo magnético constante produzido por uma peça magnetizada antes da montagem, a qual funciona como indutor girando no interior de um enrolamento fixo, este trabalhando como induzido. A figura 15, apresenta um esquema de Excitação por Imã Permanente. 19 Figura 14 – Excitação Brushless Esquema de Excitação Brushless Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) Figura 15 – Excitação por Imã Permanente Esquema de Excitação por Imã Permanente Fonte: (JOSECLAUDIO, 2018) A energia fornecida ao campo da excitatriz (campo fixo) é proveniente do exitador por magneto permanente e independe da energia fornecida à carga. Constitui-se, portanto, num sistema de excitação independente. Os valores de tensão nos terminais do alternador que alimentam a carga, são usados apenas como referência, opcionalmente através de um transformador de potencial, podendo ser monitorados em duas ou três fases, também opcionalmente, em função do projeto adotado pelo fabricante.(JOSECLAUDIO, 2018) O regulador automático de tensão (identificado acima como AVR – abreviatura de Automatic Voltage Regulator) difere do regulador de tensão utilizado num alternador 20 Geradores convencional, auto-excitado, na medida em que não supre o campo da excitatriz com a mesma energia que alimenta os consumidores. Isto é particularmente vantajoso nas apli- cações onde o alternador aciona grandes motores elétricos porque possibilita a manutenção de valores elevados de corrente durante a partida destes motores, sem as grandes quedas de tensão que se verificam nos alternadores que não utilizam excitação independente. Também oferecem melhor desempenho do alternador quando alimentando cargas não lineares, tais como motores de corrente contínua alimentados por tiristores, motores de corrente alternada com chaves de partida “Soft Start” ou sistemas UPS (Uninterruptible Power Supply) também conhecidos como “No Breaks” estáticos. É a opção desejável para todos os casos onde se requer melhor qualidade da energia gerada. O regulador de tensão (AVR) compara a tensão de saída do alternador com o padrão ajustado no potenciômetro de ajuste de tensão e efetua as correções atuando no campo da excitatriz.(JOSECLAUDIO, 2018) Tipos de Geradores Segundo fabricante de geradores WEG (WEG, 2017) estes são alguns tipos de geradores que produzem: A - Grupos Diesel, Óleo Pesado, Gás, Etanol,Gasolina, Biodiesel e Óleo de Pirólise São geradores acionados por Motores Diesel ou a Gás. Potência: 12.5 a 4200kVA (Linha G i-Plus – até 849kVA), Linha AG 10 (200 a 1045kVA) e SG 10 (Acima de 3000kVA); Rotação: 1800rpm (IV pólos), 1200rpm (VI pólos) ou 900rpm (VIII pólos) Tensão: 220 a 13800V - 50 e 60Hz. B - Hidrogeradores São geradores acionados por Turbinas Hidráulicas (Linha SH10). Potência: 500 a 150000 kVA Rotação: 1800 rpm ou abaixo (IV ou mais pólos) Tensão: 220 a 13800V – 50 e 60Hz C - Turbogeradores São geradores acionados por Turbinas a Vapor (ST40). Potência: 500 a 150000kVA Rotação: 1800rpm (IV pólos) Tensão: 220 a 13800V – 50 e 60Hz D – Eólicos São geradores acionados por turbinas eólicas. 21 Supercondutores Historia Por volta de 1908, em um laboratório em Leiden, o físico Heike Kamerlingh Onnes foi capaz de liquefazer o hélio resfriando amostras a uma temperatura de 1K. Heike produziu poucos milímetros de cúbicos de hélio líquido, outrossim, marcou a época para explorações no campo da temperatura. Com esse estudo, foi verificado que o hélio líquido permitia a possibilidade de se alcançar temperaturas próximas do zero absoluto (0 K), a temperatura mais baixa possível de se alcançar. (WIKIPEDIA, 2018) Em 1911,Heike iniciou estudos nas propriedades elétricas dos metais em temperat- uras extremamente baixas, pois era sabido que a resistência elétrica dos metais tende a abaixar quando resfriados para temperaturas abaixo da temperatura ambiente, entretanto, não se sabia até onde a resistência cairia com a diminuição da temperatura. O cientista Lord Kelvin acreditava que o fluxo de elétrons num condutor pararia quando a temperatura aproximasse do zero absoluto.(CONCEITO.DE, 2018) Um grupo de cientistas, incluindo Heike, tentou atravessar uma corrente elétrica por uma amostra de mercúrio, muito pura, em forma de fio e fora medida a variação da sua resistência elétrica em função da temperatura. A 4,2 K, a resistência sumiu, e para surpresa do grupo, havia uma corrente fluindo através do fio e nada impedia seu fluxo. Segundo Heike, “O mercúrio havia passado para um novo estado, e que em virtude das suas extraordinárias propriedades elétricas deveria ser chamado de estado supercondutor”. Tais resultados demonstravam de forma clara que o desaparecimento da resistência elétrica abria um novo caminho para uma nova áreaque fora batizada, por Heike, de supercondutividade (WIKIPEDIA, 2018) A descoberta do grupo de cientistas teve grande reconhecimento pela comunidade cientifica, pois havia um grande potencial econômico e comercial, uma vez que um condutor elétrico sem resistência poderia transportar corretes sem perdas, não importando a distância percorrida, teoricamente. O grupo descobriu que um fio de supercondutor atravessando uma corrente em “loop” mesmo ligado por anos, o fluxo não apresentava perda mesmo que permanecesse ativo por um tempo indeterminável, chamando esse fenômeno de correntes persistentes.(WIKIPEDIA, 2018) Os cientistas Walther Meissner e Robert Ochsenfeld descobriram, em 1933, uma propriedade magnética intrínseca nos supercondutores que excluía, de certa forma, o campo magnético exterior. Tal efeito foi denominado “Efeito Meissner” e uma de suas aplicações é chamado de “Levitação Magnética”. Esse efeito acontece quando o campo magnético 22 Geradores externo é suficientemente pequeno, pois se o campo aumenta, penetra no interior do material, e o material perde sua condutividade. (ROSA, 2018) A figura 16 apresenta um esquema do Efeito Meissner. Figura 16 – Efeito Meissner Efeito Meissner Fonte: (WIKIPEDIA, 2018) Três cientistas americanos da universidade de Illinois, Jhon Bardeen, Leon Cooper e Robert Schrieffer iniciaram o desenvolvimento de um modelo que mostrasse o real comportamento dos supercondutores, em 1957. Este modelo fora construído nos moldes da mecânica quântica, e sugere que os elétrons de um supercondutor tendem a se condensar formando pares de Cooper. Isso significa constituindo um estado quântico de baixa energia onde conseguem fluir coletivamente e de forma coerente. Tal teoria é conhecida hoje como “Teoria BCS”, que é a inicial de seus respectivos nomes.(ROSA, 2018) A partir de 1986, os físicos Alex Muller e George Bednorz, do IBM, em Zurique,encontraram um material cerâmico, óxido de cobre, bário e lantânio, que apresentava propriedades de supercondutividade a 30 K. Em 1987 foi descoberto outra cerâmica com estrutura de perovskita que apresentava temperatura crítica próxima a 90K. Nesse momento, vários pesquisadores começaram a trabalhar com novos tipos de supercondutores, pois o problema era a necessidade de atingir baixíssimas temperaturas, mas próximos a 90K os materiais poderiam ser resfriados por nitrogênio líquido, que é mais barato e acessível que o hélio liquido. Deste modo surgiu a segunda geração de supercondutores, os supercondutores de altas temperaturas. (BOYLESTAD, 2012) Com grandes estudos, a supercondutividade foi se tornando cada vez mais ap- rimorada e os físicos Paul Chu e Man Kven Wu utilizaram um supercondutor a 95 K utilizando óxido de cobre, bário e ítrio. Esse resultado aumentou o interesse da comu- nidade científica e as pesquisas na área foram elevadas a um novo patamar de empenho e investimentos. Em 2008, um supercondutor de óxido de estanho-cobre com uma pequena 23 quantidade de índio aumentou ainda mais a temperatura, chegando a incríveis 212 K. (BOYLESTAD, 2012) O que é um supercondutor “Supercondutores são condutores de eletricidade que, para todos os fins práticos, têm resistência zero” (BOYLESTAD, 2012) Supercondutor é um termo que é dado aos materiais que, quando arrefecidos, deixam de exercer resistência à passagem da corrente elétrica. Deste modo, a uma determinada temperatura, o material converte-se num condutor elétrico perfeito. (CONCEITO.DE, 2018) Os supercondutores são capazes de manter a corrente que os atravessa fluindo mesmo sem a aplicação de nenhuma tensão. Estudos mostram que as correntes fluindo por anéis supercondutores podem persistir por anos sem decaimento algum. Evidências experimentais demonstram que o tempo médio de existência da corrente chega a 100.000 anos, já estimativas teóricas verificam que o tempo de duração destas correntes possa ser comparado ao tempo de existência do universo, dependendo da geometria e temperatura do fio supercondutor.(WIKIPEDIA, 2018) Materiais A Tabela 1 apresenta dados sobre os alguns materiais supercondutores e suas temperaturas críticas. Tabela 1 – Alguns materiais Supercondutores. Material Tipo Temperatura Crítica (K) Zinco Metal 0.88 Alumínio Metal 1.19 Antimônio Metal 3.72 Mercúrio Metal 4.15 Y Ba2Cu3O7 Material cerâmico 90 TIBaCaCuO Material cerâmico 125 Fonte: (CLICKEAPRENDA, 2018) Efeitos Um grande impacto dos efeitos foi a descoberta de que o nitrogênio líquido, em ponto de ebulição, agora poderia ser usado para abaixar a temperatura do material até o valor necessário, em vez de hélio líquido, que evapora a 4K. Tal resultado significava uma grande economia aos custos do resfriamento, uma vez que o hélio líquido é, pelo menos, dez vezes mais caro do que o nitrogênio líquido. (BOYLESTAD, 2012) 24 Geradores Aplicações A supercondutividade é, atualmente, aplicada no projeto dos trens Maglev (trens que deslizam em um “colchão de ar” formado por polos magnéticos opostos), que atingem velocidades de até 480 km/h. A figura 17demonstra o conceito de trens Maglev. São utilizados também em ressonância magnética nuclear, para se obter imagens detalhadas do cérebro e de outras partes do corpo. A figura 18 apresenta um esquema de funcionamento da ressonância nuclear. Também as utilizam no projeto de computadores com velocidades de operação quatro vezes maior do que os computadores convencionais e, além disso, são usadas em sistemas avançados de distribuição de energia. Figura 17 – Trens Maglev Esquema trens Maglev Fonte: (WILKINS, 2018) 25 Figura 18 – Ressonância Magnética Esquema Aparelho de Ressonância Magnética Fonte: (ADRENALINE, 2018) 27 Considerações Finais Neste trabalho apresentamos os conceitos de baterias que funcionam acumulando tensão através de processos químicos. Esses acumuladores podem ser primários ( não podem ser recarregados ) ou secundários ( podem ser recarregados). Foi apresentado alguns tipos mais usados de baterias. Sobre Geradores, foram apresentados conceitos de geradores de energia que são maquinas que transformam energia mecânica em energia elétrica. Apresentamos carac- terísticas que devem ser observadas em geradores tais como números de fases, potência , rendimento mecânico, frequência de operação e tipos de excitação. Foram apresentados alguns tipos de geradores usados assim como suas capacidades. Em supercondutores apresentamos um pouco da historia desta tecnologia. Demon- stramos resumidamente o conceito de supercondutores. Apresentamos alguns materiais supercondutores. Demonstramos algumas aplicações desta tecnologia. 29 Referências ADRENALINE. [Curiosidades da Engenharia] Os Gases na Indus- tria - Liquefação/Destilação Criogênica do Ar [FOTOS]. 2018. Disponível em: <https://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/ curiosidades-da-engenharia-os-gases-na-industria-liquefacao-destilacao-criogenica-do-ar-fotos. 585930/>. Citado na página 25. BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. 24-103 p. Citado 8 vezes nas páginas 3, 4, 7, 8, 9, 11, 22 e 23. BURIAM, Y.; LYRA, A. C. C. Circuitos Elétricos. 1. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2006. Citado na página 3. CLICKEAPRENDA. O que são supercondutores? 2018. Disponível em: <http: //clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=3247>. Citado na página 23. CONCEITO.DE. Conceito de Supercondutor. 2018. 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Disponível em: <http://www.weg.net/files/products/ WEG-curso-dt-5-caracteristicas-e-especificacoes-de-geradores-artigo-tecnico-portugues-br. pdf>. Citado 4 vezes nas páginas 13, 14, 15 e 20. WIKIPEDIA. Supercondutividade. 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/ Supercondutividade>. Citado 3 vezes nas páginas 21, 22 e 23. WILKINS, C. How maglev works. 2018. Disponível em: <https://phys.org/news/ 2016-06-maglev.html>. Citado na página 24. Folha de rosto Sumário Introdução Baterias Geradores Supercondutores Conclusão Referências
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