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Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências de Sociais Aplicadas Departamento de Finanças e Contabilidade Curso de Ciências Atuariais O GOVERNO DILMA ROUSSEFF (2011-2016) João Pessoa – PB 2018 Primeira mulher a se tornar Presidente da República do Brasil Aos 16 anos, Dilma dá início à vida política, integrando organizações de combate ao regime militar Sofreu com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por “subversão”, Dilma passa quase três anos, de 1970 a 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista. Dedica-se, em 1979, à campanha pela Anistia, durante o processo de abertura política comandada pelos militares, ainda no poder. 2 Introdução Em 2002, Dilma é convidada a participar da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula (2003-2010). Depois, com a posse de Lula, torna-se ministra de Minas e Energia. Entre 2003 e 2005, comanda profunda reformulação no setor com a criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas técnicas) para as práticas em Minas e Energia. Preside o Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz energética brasileira e cria o programa Luz para Todos. 3 Introdução Introdução 4 Em 2005, Lula escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil e coordenar o trabalho de todo ministério. A ministra assume a direção de programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida Coordenou ainda a Comissão Interministerial encarregada de definir as regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na camada pré-sal Em março de 2010, Dilma e Lula lançam a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que amplia as metas da primeira versão do programa. Dilma herdou de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um país que crescia 7,5%, com baixa taxa de desemprego, inflação controlada e investidores animados. no início de 2011, quase 50% dos brasileiros avaliavam o governo da presidente como bom ou ótimo. O governo Lula conseguiu conciliar os interesses do empresariado e dos trabalhadores. Pagava juros aos investidores e, ao mesmo tempo, distribuía renda. Favoreceu o andar de cima e o de baixo em um cenário de crescimento acelerado e de apoio popular” 5 Política econômica do Governo Dilma Já no poder, Dilma teve que conviver com outro cenário. A crise que começava a dar seus sinais e a queda nos preços das commodities (referência a um determinado bem ou produto de origem primária comercializado nas bolsas de mercadorias e valores de todo o mundo e que possui um grande valor comercial e estratégico). Decidiu abandonar a política econômica adotada até então por Fernando Henrique Cardoso e Lula para implantar sua “nova matriz econômica” Baseada em crédito abundante, política fiscal frouxa e juros baixos. 6 Política econômica do Governo Dilma Fora isso, tomou algumas decisões questionáveis como isentar determinados setores da economia, segurar preços administrados e abandonar o equilíbrio fiscal. Meia década depois, a situação do país é oposta àquela que Dilma viveu no início de seu mandato: queda de 3,8% no PIB, deterioração das contas públicas, taxa de desemprego de 8,5% e inflação de dois dígitos pressionando principalmente a parcela mais pobre da população 7 Política econômica do Governo Dilma Isso mostra que o que foi feito nos governos do PT não deu certo. Lula e Dilma não criaram empregos de forma sólida, foi algo momentâneo em um cenário de ilusão. PONTOS POSITIVOS: 1. O fortalecimento das políticas de inclusão – como a ampliação das cotas em universidades públicas, 2. a melhoria no acesso ao crédito 3. desenvolvimento de programas de distribuição de renda 4. Investimentos em programas habitacionais. 8 Política econômica do Governo Dilma Do Tripé Macroeconômico a Nova Matriz Econômica O tripé macroeconômico consistia em uma diretriz de política econômica para o Brasil que seguia 3 aspectos: 1. Metas de inflação, 2. câmbio flutuante 3. meta fiscal. 9 Nesse contexto, as políticas macroeconômicas tinham por meta a estabilidade da taxa de inflação, o equilíbrio “automático” do balanço de pagamentos e a estabilidade/redução da dívida pública como proporção do PIB. O regime de política macroeconômica prevalecente no Brasil começa a mudar em 2006, ao final do primeiro mandato do Presidente Lula. Um primeiro elemento importante dessa flexibilização foi a retirada dos investimentos realizados pela União do cálculo da meta de superávit primário 10 Do Tripé Macroeconômico a Nova Matriz Econômica Essa retirada sinalizou de forma inequívoca que a condução da política fiscal seria, a partir daquele momento, pautada pela obtenção de duas metas: 1. A estabilidade/redução da relação dívida pública/PIB 2. Aumento do investimento público como proporção do PIB. 11 Do Tripé Macroeconômico a Nova Matriz Econômica Tripé Macroeconômico 12 Nova Matriz Econômica A Nova Matriz Econômica era caracterizada por: expansão fiscal (estímulos), crédito abundante a juros subsidiados, e taxa de câmbio controlada. O resultado da Nova Matriz Econômica é claro: crescimento baixo, inflação alta, e situação insustentável das finanças públicas. 13
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