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Aula 11 Teoria dos Custos e a Curva da Oferta

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Aula 11
Teoria dos Custos e a Curva de Oferta
2015
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A teoria da Oferta baseia-se em:
Teoria da produção 
Teoria dos custos
A teoria da produção tem sua base na engenharia, na agronomia!
Os principais conceitos da Teoria da Produção:
Função de produção;
Produto total;
Produto Médio;
Produto Marginal;
Lei dos rendimentos decrescentes.
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Da teoria da produção
À Teoria dos Custos
Objetivo: apresentar a Teoria da Oferta, ou seja, mostrar quais são os fatores que influenciam a quantidade ofertada dos bens e serviços no mercado, em determinado período de tempo.
Pressupostos básicos:
As empresas buscam maximizar seus lucros;
Produto homogêneo;
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Custo de Oportunidade: 
Custo privado e custo social;
Custo total;
Custo médio, Custo variável médio, Custo fixo médio; 
Custo marginal;
Lucro normal e 
Lucro extraordinário.
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CO do bem X é o quanto é sacrificado de Y para produzir o bem X;
COX0= Ymax – Y0
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Para o economista custo é sempre custo de oportunidade;
Mas distinguimos entre:
custo privado: aquele incorrido diretamente pelo agente; Ex. pagamento de salários; e 
custo social: o sacrifício de produtos para sociedade, para que um determinado bem, em determinada quantidade, seja produzido, em determinado período de tempo.
Exemplo: Indústria x pesca
Em concorrência perfeita: não há diferença entre custo privado e custo social (não se admite a presença de externalidades).
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Gastos são os custos explícitos, aqueles que são desembolsados diretamente e, de modo geral, facilmente contabilizados;
O custo (total/social) deve incorporar além dos
Custos explícitos (por ex. pagamento de salários)
Os custos implícitos, tais como:
O valor dos serviços dos insumos próprios;
O valor de doações;
E eventualmente:
Perdas de produção impostas a terceiros – externalidades negativas.
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Os fatores podem ser classificados em:
Variáveis: cuja quantidade pode variar, influenciando diretamente, na mesma direção, o volume de produção;
Ex. para produzir 1 bolo são necessários: 0,5 kg de farinha, 4 ovos, etc. um cozinheiro e uma cozinha; para 100 mil unidades serão necessárias quantidades 100 mil vezes maior de ingredientes, e 10 cozinheiros; e uma cozinha!
Os ingredientes e os cozinheiros são recursos/insumos variáveis!
 Fixos: aqueles cuja quantidade não se modifica, apesar da produção variar;
Ex. uma fábrica de bolos (a planta) pode produzir desde 1 unidade do produto, até 100 mil unidades (a sua plena capacidade é de 95 mil unidades!);
A planta da fábrica é o insumo fixo!
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Curto prazo: pelo menos um insumo fixo (situação concreta);
Longo prazo: todos os insumos são variáveis (planejamento!)
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É a soma do valor de todos os recursos consumidos na produção de um bem ou serviço (valor que seria gerado em outras alternativas!);
O valor é calculado pela multiplicação do preço de mercado pela quantidade consumida do insumo;
Em concorrência perfeita, o preço de mercado do insumo representa o seu Custo de Oportunidade.
Em termos algébricos, o custo total da produção de Q0 unidades do produto Q será:
CT(Q0) = CF + CV(Q0)
CT = r.K0 + W1.N0 (Q0) + p2.I2 (Q0) + ....+ pn.In (Q0)
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Custo médio= quanto custa em média cada unidade produzida; 
	Fórmula: CMe = CT/Q
Custo variável médio (CVMe)= quanto custa em média cada unidade produzida, considerando-se apenas os fatores variáveis.
Custo fixo médio (CFMe)= quanto custa em média cada unidade produzida, considerando-se apenas os fatores fixos.
Custo marginal = é o acréscimo de custo decorrente da decisão de se produzir uma unidade adicional do bem.
	Fórmula: CMg =(CTQ2-CTQ1)/(Q2-Q1) 		 CMg = ΔCT/ΔQ 				 Δ = variação.
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Suponha um processo produtivo que é realizado em um prédio, com uma máquina e com operários. Trabalhando durante 1 mês, 
Se forem utilizados 10 operários, consegue-se produzir 100 unidades do produto;
Se forem utilizados 17 operários, consegue-se produzir 200 unidades do produto;
Se forem utilizados 24 operários, consegue-se produzir 364 unidades do produto;
Se forem utilizados 31 operários, consegue-se produzir 464unidades do produto;
Se forem utilizados 38 operários, consegue-se produzir 514unidades do produto;
Existem dois empresários nesse negócio. Sabendo que o salário mensal dos operários é R$ 100, e que o empresário A possui prédio e máquina, e que o empresário B aluga o prédio e a máquina por R$ 1000/mês, calcule o custo total da produção de 364 unidades, o respectivo custo variável, o custo fixo, o custo médio, para cada um dos empresários. Ambos operam em concorrência perfeita! 
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Para os dois empresários!
O custo de produção envolve o custo de oportunidade de todos os insumos e fatores empregados no processo produtivo!
Cme = CT/Q = R$ 3.400/364 = R$ 9,34
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Calcule agora os indicadores de custo para todas as possibilidades de produção e os indicadores de produtividade:
Salário =$ 100; Capital = $ 1000.
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464
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Receita é o valor arrecadado com a venda do produto;
Calcula-se:
RT = p*Q
Além da Receita total, temos ainda:
A receita média: RMe = RT/Q = p*Q/Q = p ;
A receita marginal; RMg = ΔRT/ΔQ 
= p em concorrência perfeita!
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Calcule a Receita Total (RT) e o Lucro Total (LT) para cada preço possível.
Ao preço de $ 9,00, a empresa aufere um 
lucro extraordinário de $ 76,00!
Ao preço de $ 8,8364 o lucro seria zero, com a empresa produzindo um pouco mais do que 464 unidades!
R$
R$
R$
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
ton
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Oferta
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A empresa para maximizar seus lucros ela deve identificar a quantidade produzida (e vendida) que, dado o preço de mercado, resulte:
RMg = CMg
Sendo que a receita marginal = 
∆RT/∆Q = ∆(P.Q)/∆Q
Em concorrência Perfeita Rmg = P!
Assim, a Curva de Oferta coincidirá com a curva de Custo Marginal a partir do ponto em que o Custo Marginal é igual ao Custo Variável Médio.
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Pressuposto; a firma busca maximizar seus lucros!
No processo de maximização, em Concorrência Perfeita, estabelece-se:
Lucro normal 
associado ao lucro mínimo que se pode obter em qualquer atividade, correspondendo ao custo de oportunidade do capital financeiro (KFin) investido; e como tal portanto é um item de custo!
Mas é possível, na realidade, obter-se:
Lucro extraordinário 
é a diferença entre receita total e custo total (que inclui o CO do KFin); 
Não ocorre no equilíbrio de LP de concorrência perfeita; 
 Pode ocorrer no equilíbrio de CP de concorrência perfeita;
 Ocorre sob monopólio, concorrência monopolística ou oligopólio.
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Quanto maior a concorrência mais próximo será o preço de mercado do custo médio de produção;
Quanto menor a concorrência, mais distante, maior o lucro médio!
No equilíbrio de concorrência de longo prazo o lucro extraordinário é zero! 
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Em Concorrência Perfeita, a empresa não tem poder de monopólio!
Assim, ela toma a sua decisão de produção com base no preço de mercado;
Dado o preço de mercado, o que você espera acontecer com a curva de oferta se:
 houver problemas climáticos que reduzam a quantidade produzida?
O seu produto utiliza um insumo importado, e a taxa de câmbio da moeda nacional se desvaloriza?
Se o governo aumenta o imposto de circulação de mercadorias (um imposto que recai sobre o preço de venda)?
Se a sua empresa investiu em tecnologia e agora produz com maior produtividade?
As empresas do setor fizeram investimentos expandindo suas plantas?
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O(Tec,Pi, VC, imp, sub,...)
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Q/t
O’ 
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Fatores determinantes da oferta:
Tecnologia;
Preço dos insumos;
Condições climáticas;
Quantidade de insumos fixos: capital
Em alguns mercados, não existem curvas de oferta! 
Existe apenas uma quantidade ofertada a um determinado preço!
No monopólio;
Em concorrência monopolística;
Em mercados oligopolistas!
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 Mankiw - Princípio de microeconomia (cap. 13, até p. 280; cap.14, até p. 301)
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r.K0 => r preço do capital K (taxa de juros, que representa o valor que está sendo sacrificado pela aplicação do capital K0 na produção ao invés de ser aplicado no mercado financeiro, por ex.
W1.N0 (Q0) => W salário da mão de obra, considerada aqui como recurso variável; 
 N0(Q0) é a quantidade da mão de obra (N) necessária para produzir Q0 unidades do produto Q;
 p2.I2 (Q0) + ....+ pn.In (Q0) => pn = preço do insumo variável In, sendo In(Q0) a quantidade do insumo In necessária para produzir Q0 unidades do produto Q.
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Lembrar de rediscutir o conceito de custo de oportunidade, e mencionar que nesse exemplo não foi considerado o custo do capital. Custos explícitos e implícitos. E o lucro normal como o custo de oportunidade do capital!

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