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4.Planejamento Familiar

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PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Profa. Esp.Ely Cecília Gomes S.Melo 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
CONCEITO 
 Conjunto de ações que têm como finalidade 
contribuir para a saúde da mulher e da criança; 
 Permite ao casal escolher quantos filhos terá e 
quando os terá. 
 
 
 Programar o crescimento da família é fundamental 
para proporcionar conforto, educação e qualidade 
de vida aos filhos e a toda a família. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 O Planejamento Familiar, com conhecimento dos 
métodos e livre escolha, é uma das ações da Política 
de Assistência Integral à Saúde da Mulher 
preconizada pelo Ministério da Saúde, desde 1984; 
 
 Os serviços de saude devem garantir o acesso aos 
meios para evitar ou propiciar a gravidez, o 
acompanhamento clínico ginecológico e ações 
educativas para que as escolhas sejam conscientes. 
 
 Os profissionais de saúde devem empenhar-se 
em bem informar aos usuários para que 
conheçam todas as alternativas de 
anticoncepção e possam participar ativamente 
da escolha do método 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 1996: um projeto de lei que regulamenta o planejamento 
familiar foi aprovado pelo Congresso Nacional e 
sancionado pela Presidência da República; 
 
 A Lei estabelece que as instâncias gestoras do Sistema 
Único de Saúde (SUS), em todos os seus níveis, estão 
obrigadas a garantir à mulher, ao homem ou ao casal, 
em toda a sua rede de serviços, assistência à concepção e 
contracepção como parte das demais ações que compõem 
a assistência integral à saúde; 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 Uma questão fundamental desta Lei é a inserção das 
práticas da laqueadura de trompas e da vasectomia 
dentro das alternativas de anticoncepção, definindo 
critérios para sua utilização e punições para os 
profissionais de saúde que as realizarem de maneira 
inadequada e/ou insegura; 
 Ainda hoje o quadro de uso dos métodos de 
anticoncepção reflete algumas distorções da oferta dos 
mesmos no país desde a década de 60, quando ela foi 
iniciada pelas entidades privadas de controle da 
natalidade, tendo como métodos quase exclusivos a 
pílula e a laqueadura de trompas. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 Atividades Educativas: 
 Objetivo : oferecer à clientela os conhecimentos 
necessários para a escolha e posterior utilização do 
método anticoncepcional mais adequado, assim como 
propiciar o questionamento e reflexão sobre os temas 
relacionados com a prática da anticoncepção, inclusive a 
sexualidade; 
 Aconselhamento: "processo de escuta ativa 
individualizado e centrado no indivíduo”. Pressupõe a 
capacidade de estabelecer uma relação de confiança 
entre os interlocutores visando o resgate dos recursos 
internos do indivíduo para que ele tenha possibilidade de 
reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde 
transformação" (CN DST/AIDS – MS, 1997). 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 Atividades Clínicas 
 - Promoção, proteção e recuperação da sua saúde; 
 - A primeira consulta deve ser feita após as atividades 
educativas incluindo: a anamnese; exame físico geral e 
ginecológico, com especial atenção para a orientação do 
auto-exame de mamas e levantamento de data da 
última colpocitologia oncótica para avaliar a 
necessidade de realização da coleta ou encaminhamento 
para tal; análise da escolha e prescrição do método 
anticoncepcional; 
 - As consultas subseqüentes ou consultas de retorno 
visam um atendimento periódico e contínuo para 
reavaliar a adequação do método em uso, bem como 
prevenir, identificar e tratar possíveis intercorrências. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
A ESCOLHA DO MÉTODO 
ANTICONCEPCIONAL 
 
 Na decisão sobre o método anticoncepcional a ser 
usado devem ser levados em consideração os 
seguintes aspectos: 
 
 - A escolha da mulher, do homem ou do casal; 
 - Características dos métodos; 
 - Fatores individuais e situacionais relacionados 
aos usuários do método. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Características dos Métodos: 
 
 Eficácia; 
 Efeitos secundários; 
 Aceitabilidade; 
 Disponibilidade; 
 Facilidade de uso; 
 Reversibilidade; 
 Proteção à Doenças Sexualmente Transmissíveis 
(DST) e infecção pelo HIV. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Fatores individuais relacionados aos usuários do 
método 
 
 Condições econômicas; 
 Estado de saúde; 
 Características da personalidade da mulher e/ou do 
homem; 
 Fase da vida; 
 Padrão de comportamento sexual; 
 Aspirações reprodutivas; 
 Fatores outros, como medo, dúvidas e vergonha. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
BENEFÍCIOS 
 Evita as gestações 
indesejadas; 
 Diminuindo o número de 
gestações de alto risco, 
abortos inseguros ; 
 Reduz a mortalidade 
materna e infantil; 
 Decisão do casal de 
quando, realmente, 
querem ter filhos. 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO FAMÍLIAR 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
PLANEJAMENTO FAMÍLIAR 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
 
CONCEITO 
 
 São processos que permitem reduzir as hipóteses 
de ocorrer uma gravidez não desejada e prevenir 
a transmissão das doenças sexualmente 
transmissíveis . 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
CLASSIFICAÇÃO: 
1.Metodos Comportamentais 
 
 1.1. – MÉTODO OGINO-KNAUS (Ritmo, Calendário 
ou Tabelinha) 
 
 O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a 
análise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 (seis) 
a 12 (doze) meses; 
 A mulher que quiser usar este método deve ser 
orientada para registrar, durante pelo menos 6 meses, o 
primeiro dia de cada menstruação. 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
TABELINHA 
 
 TÉCNICA DE USO DO MÉTODO – 
INSTRUÇÕES ÀS USUÁRIAS 
 a) Verificar a duração (número de dias) de cada ciclo, 
contando desde o primeiro dia da menstruação 
(primeiro dia do ciclo) até o dia que antecede a 
 menstruação seguinte (último dia do ciclo); 
 b) Verificar o ciclo mais curto e o mais longo (no 
exemplo, 25 e 34 dias,respectivamente); 
 c) Calcular a diferença entre eles (neste exemplo, 9 
dias). Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais 
curto for de 10 dias ou mais, a mulher não deve usar 
 este método. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 TABELINHA 
 
 d) Determinar a duração do período fértil da seguinte 
maneira: 
 - Subtraindo-se 18 (dezoito) do ciclo mais curto, obtém-
se o dia do início do período fértil. 
 - Subtraindo-se 11 (onze) do ciclo mais longo, 
obtém-se o dia do fim do período fértil. 
 No exemplo: 
 - Início do período fértil = 25 – 18 = 7° dia 
 - Fim do período fértil = 34 – 11 = 23° dia 
 - Neste exemplo, o período fértil determinado foi do 7° 
ao 23° dia do ciclo menstrual ambos os dias, inclusive), 
com uma duração de 17 dias. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
TABELINHA 
 
 e) Para evitar a gravidez orientar a mulher e/ou 
casal para abster-se de relações sexuais com 
contato genital durante o período fértil (no 
exemplo acima, do 7° ao 23° dia). 
 
- Beneficio: 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Favorece o conhecimento da fisiologia 
reprodutiva 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
1.2 – MÉTODO DA TEMPERATURA BASAL 
CORPORAL 
 Este método fundamenta-se nas alterações da 
temperatura basal (temperatura do corpo em repouso) 
que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual; 
 
 Antes da ovulação, a temperatura basal corporal 
permanece num determinado nível baixo; após a 
ovulação, ela se eleva ligeiramente (alguns décimos de 
graucentígrado), permanecendo nesse novo nível até a 
próxima menstruação. 
 PLANEJAMENTO FAMILIAR 
TEMPERATURA BASAL 
 Este aumento de temperatura é resultado da elevação 
dos níveis de progesterona, que tem um efeito 
termogênico; 
 O método permite, portanto, por meio da mensuração 
diária da temperatura basal, a determinação da fase 
infértil pós-ovulatória; 
 Período de repouso: 5 horas; 
 A temperatura pode ser verificada por via oral, retal ou 
vaginal (Oral: 5 min, retal ou anal: 3 min); 
 - Benefício: 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Favorece o conhecimento da fisiologia reprodutiva. 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
1.3 – MÉTODO DO MUCO CERVICAL 
 OU BILLINGS 
 
 Este método baseia-se na identificação do período fértil por 
meio da auto-observação das características do muco 
cervical e da sensação por ele provocada na vulva; 
 
 O muco cervical, no início do ciclo, é espesso, grumoso, 
dificultando a ascensão dos espermatozóides pelo canal 
cervical. 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
MUCO CERVICAL 
 Sob ação estrogênica, produz, na vulva, uma sensação 
de umidade e lubrificação, indicando o tempo da 
fertilidade, momento em que os espermatozóides têm 
maior facilidade de penetração no colo uterino. Nessa 
fase, o muco é transparente, elástico, escorregadio e 
fluido, semelhante à clara de ovo. 
- Benefício: 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Favorece o conhecimento da fisiologia reprodutiva. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
1.4 – MÉTODO SINTO-TÉRMICO 
 
 Este método baseia-se na combinação de múltiplos 
indicadores da ovulação, com a finalidade de determinar 
o período fértil com maior precisão e confiabilidade; 
 
 Ele combina a observação dos sinais e sintomas 
relacionados à temperatura basal corporal e ao muco-
cervical, associada ainda a parâmetros subjetivos 
(físicos e ou psicológicos) indicadores de possível 
ovulação; 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
SINTO -TERMICO 
 Os parâmetros subjetivos relacionados com a 
ovulação podem ser, entre outros: 
 - Dor abdominal; 
 - Sensação de peso nas mamas, mamas inchadas ou 
doloridas; 
 - Variações de humor e/ou da libido; 
- - Outros sintomas e sinais (enxaqueca, náuseas, 
acne, aumento de apetite, ganho de peso, sensação de 
distensão abdominal, sangramento inter-menstrual 
entre outros); 
- Benefício: 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Favorece o conhecimento da fisiologia reprodutiva. 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
1.5 .COITO INTERROMPIDO 
 Relação sexual sem penetração e a interrompida antes 
da ejaculação (coito interrompido); 
 É necessário um auto-controle por parte do homem para 
que ele possa retirar o pênis da vagina na iminência da 
ejaculação e o sêmen ser depositado longe dos genitais 
femininos. Esse fato traz alta possibilidade de falha. 
 
 
 
 
 1.6- Método de Amenorréia Lactacional (LAM): 
 
 É um método provisório baseado no efeito natural que 
amamentação tem sobre a fertilidade. 
 3 condições são necessárias: 
 1-Que a menstruação da mãe não tenha retornado 
 2. Que o bebê esteja sendo alimentado no peito de forma 
integral ou quase e que seja amamentado com 
freqüência, dia e noite; 
 3. Que o bebê tenha menos de 6 meses de idade. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 A sucção permanente inibe a produção de hormônios 
necessários para a ovulação e, sem ocorrer ovulação, 
não pode haver gravidez. 
 
 Funciona basicamente impedindo a liberação de 
ovócitos pelos ovários (ovulação). 
 A amamentação frequente impede temporariamente 
a liberação dos hormônios naturais que provocam a 
ovulação. 
 
 Benefícios 
 Ajuda a proteger contra: Riscos de gravidez 
 Incentiva: 
 Os melhores padrões de amamentação, com benefícios 
à saúde tanto da mãe quanto do bebê 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
2.0.METODOS DE BARREIRA 
 
 São métodos que colocam obstáculos mecânicos ou 
químicos à penetração dos espermatozóides no canal 
cervical. 
 - preservativos (condons ou camisinhas) masculinos e 
femininos; 
 - diafragma; 
 - espermaticidas químicos. 
PLANEJAMENTO 
FAMILIAR 
2.1 – PRESERVATIVO MASCULINO 
 
 Evita a gravidez e reduz o risco de transmissão do HIV e 
de outros agentes sexualmente transmissíveis; 
 A taxa de falha deste método, no primeiro ano de uso, 
varia de 3%, quando usados, corretamente em todas as 
relações sexuais, a 14%, quando avaliado o uso habitual; 
 Sua segurança depende de armazenamento adequado, 
da técnica de uso e da utilização em todas as relações 
sexuais; 
 PRAZO DE VALIDADE: De três a cinco anos, variando 
de acordo com o fabricante. 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
PRESERVATIVO MASCULINO-TECNICA DE 
USO 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
PRESERVATIVO MASCULINO 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 Alergia ao látex. 
 Irritação vaginal devido à fricção (quando se usa 
preservativo não-lubrificado). 
BENEFÍCIOS 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Redução do risco de transmissão do HIV e de outros 
agentes sexualmente transmissíveis (DST); 
 Redução da incidência das complicações causadas 
pelas DSTs; 
 Possivelmente auxiliar na prevenção do câncer de colo 
uterino. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
2.2 - PRESERVATIVO FEMININO 
 
 O preservativo feminino é um tubo de poliuretano com 
uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a 
dois anéis flexíveis também de poliuretano; 
 Forma uma barreira física entre o pênis e a vagina, 
servindo de receptáculo ao esperma, impedindo seu 
contato com a vagina, assim como impede que os 
microorganismos da vagina entrem em contato com o 
pênis ou vice-versa; 
 Nos primeiros seis meses de uso, a taxa de falha deste 
método varia de 1,6%, em uso correto. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
PRSERVATIVO FEMININO-TECNICA DE 
USO 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
PRESERVATIVO FEMININO 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 Alergia ao poliuretano ou ao lubrificante (efeito muito 
raro). 
 
BENEFÍCIO 
 Ausência de efeitos sistêmicos; 
 Redução do risco de transmissão do HIV e de outros 
agentes sexualmente transmissíveis; 
 Possivelmente auxiliar na prevenção do câncer de colo 
uterino. 
PLANEJAMENTO 
FAMILIAR 
2.3 – DIAFRAGMA 
 
 É um método anticoncepcional de uso feminino que 
consiste num anel flexível, coberto no centro com uma 
delgada membrana de látex ou silicone em forma de 
cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente 
o colo uterino e a parte superior da vagina, impedindo a 
penetração dos espermatozóides no útero e trompas; 
 Para maior eficácia do método, antes da introdução, 
colocar, na parte côncava, creme espermaticida; 
 A taxa de falha, nos primeiros 12 meses de uso do 
método, varia de 2,1%, quando utilizado correta e 
consistentemente. 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
DIAFRAGMA 
PRAZO DE VALIDADE: 
De 3 a 5 anos. 
 A vida média útil do 
diafragma é em torno de 3 
anos, se observadas as 
recomendações do produto. 
 Colocado ate 5 h antes da 
relação; 
 Retirado de 6 a 24 h. Para 
retirar o diafragma, que 
deve ser lavado com sabão 
neutro, secado e guardado 
em recipiente próprio. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
DIAFRAGMA- TECNICA DE USO 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
DIAFRAGMA 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 Irritação da vagina ou pênis. 
 Reação alérgica à borracha ou ao espermaticida. 
 Aumento da freqüência de infecções do trato urinário. 
 
BENEFÍCIOS 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Prevenir algumas DSTs (cervicites) e suas complicações. 
 Possivelmente auxiliarna prevenção do câncer de colo 
uterino. 
 
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2.4 - GELÉIA ESPERMATICIDA 
 
 São substâncias químicas que recobrem a vagina e o colo 
do útero, impedindo a penetração dos espermatozóides 
no canal cervical e, bioquimicamente, imobilizando ou 
destruindo os espermatozóides; 
 O produto espermaticida a base de nonoxinol-9 (N-9) a 
2% é o mais amplamente utilizado no Brasil e no mundo; 
 No primeiro ano de uso a taxa de falha deste método 
varia de 6%, em uso correto. 
 PRAZO DE VALIDADE: O espermaticida pode ser 
estocado por até cinco anos sem perda de efetividade; 
 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
GELEIA ESPERMICIDA 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 lrritação ou alergia na vagina ou pênis. 
 Fissuras e microfissuras na mucosa vaginal ou 
retal (efeito dose-tempo dependente). 
PLANEJAMENTO 
FAMILIAR 
 
3.0. ANTICONCEPÇÃO HORMONAL ORAL 
 São pílulas que contêm baixas doses de dois 
hormônios—um progestógeno e um estrógeno—
similares aos hormônios naturais progesterona e 
estrógeno existentes no corpo da mulher; 
 Os anticoncepcionais orais combinados (AOCs) também 
são chamados simplesmente de “a Pílula,”; 
 Funcionam basicamente impedindo a liberação de 
ovocitos pelos ovários (ovulação). 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 Alterações nos padrões da menstruação; 
 Cefaleia; 
 Tontura; 
 Náusea; 
 Sensibilidade das mamas; 
 Alteração do peso ; 
 Alterações de humor; 
 Acne (pode melhorar ou piorar, mas geralmente 
melhora). 
BENEFÍCIOS: 
Ajudam a proteger contra: 
 Riscos de gravidez; 
 Câncer de endométrio; 
 Câncer do ovário; 
 Doença inflamatória pélvica sintomática; 
Podem ajudar a proteger contra: 
 Cistos ovarianos; 
 Anemia por deficiência de ferro; 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Reduzem: 
 
 Cólicas menstruais; 
 Problemas de sangramento menstrual; 
 Dor na ovulação; 
 Excesso de pelos na face ou no corpo; 
 Sintomas de síndrome do ovário policístico; 
 Sintomas de endometriose (dor pélvica, 
sangramento irregular) 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
3.1.PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS DE 
EMERGÊNCIA 
 
 São pílulas que contêm somente progestógeno ou 
progestógeno e estrógeno juntos—hormônios 
semelhantes aos hormônios naturais progesterona e 
 estrógeno existentes no corpo de uma mulher; 
 As pílulas anticoncepcionais de emergência (PAEs) são 
às vezes chamadas de pílulas “do dia seguinte” ou 
contraceptivos pós-coito; 
 Funcionam basicamente impedindo ou retardando a 
liberação dos ovocitos do ovário (ovulação). Não têm 
efeito caso a mulher já esteja grávida . 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS: 
 
 Algumas usuárias relatam o seguinte: 
 Alterações nos padrões de sangramento, entre os quais: 
 Na semana posterior à ingestão de PAEs: 
 
- Náusea; 
- Dor abdominal; 
- Fadiga; 
- Dores de cabeça; 
- Sensibilidade dos seios; 
- Tontura; 
- Vômitos. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
BENEFÍCIOS: 
 Ajudam a proteger contra: Riscos de gravidez 
 
MITOS: 
 As pílulas anticoncepcionais de emergência: 
- Não provocam aborto; 
- Não causam defeitos (malformações) de nascença caso 
ocorra gravidez; 
- Não representam perigo à saúde da mulher; 
- Não promovem condutas sexuais de risco; 
- Não tornam a mulher estéril. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
3.2.ANTICONCEPÇÃO HORMONAL INJETÁVEL 
INJETÁVEIS SÓ COM PROGESTÓGENO 
 
 Os anticoncepcionais injetáveis de “acetato de 
medroxiprogesterona de depósito”(AMPD) e “enantato 
de noretisterona” (NET-EN) contêm, cada um, um 
progestógeno similar ao hormônio natural progesterona 
existente no corpo da mulher. (Ao contrário, os 
injetáveis mensais contêm tanto estrógeno quanto 
progestógeno; 
 AMPD, o mais amplamente empregado injetável só de 
progestógeno, também é conhecido como “a injeção”, 
Depo, Depo-Provera, Megestron e Petogen. 
 PLANEJAMENTO FAMILIAR 
INJETÁVEIS SÓ COM PROGESTGENO 
 
 É aplicada por meio de injeção no músculo (injeção 
intramuscular). O hormônio é então liberado 
lentamente na corrente sangüínea; 
 Funciona basicamente impedindo a liberação dos 
ovocitos pelos ovários (ovulação). 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 Primeiros 3 meses: 
 Sangramento irregular 
 Sangramento prolongado 
 Em um ano de uso: 
 Ausência de menstruação 
 Sangramento raro 
 Sangramento irregular 
 Ganho de peso 
 Dores de cabeça 
 Tontura 
 Inchaço/desconforto no estômago 
 Alterações no humor 
 Diminuição do desejo sexual 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
BENEFÍCIOS 
 
Ajuda a proteger contra: 
 Riscos de gravidez 
 Câncer do endométrio 
 
Pode ajudar a proteger contra: 
 Doença inflamatória pélvica sintomática 
 Anemia por deficiência de ferro 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
INJETÁVEIS MENSAIS 
 
 Os injetáveis mensais contêm 2 hormônios—um 
progestógeno e um estrógeno semelhantes aos hormônios 
naturais progesterona e estrógeno existentes no corpo de 
uma mulher; 
 O AMP/cipionato de estradiol é comercializado sob os 
nomes de Ciclofem,Ciclofemina, Cyclofem, Cyclo-Provera, 
Feminena, Lunella, Lunelle, Novafem e outros. O NET-
EN/valerato de estradiol é comercializado sob o nome 
deMesigyna e Norigynon; 
 Funcionam basicamente por impedirem a liberação de 
ovocitos pelos ovários (ovulação). 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
 Alterações nos padrões de menstruação; 
 Ganho de peso; 
 Dores de cabeça; 
 Tontura; 
 Sensibilidade dos seios 
 
BENEFÍCIOS 
 Semelhantes aos dos anticoncepcionais orais; 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
IMPLANTES 
 Pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do 
tamanho aproximado de um palito de fósforo, que 
liberam um progestógeno semelhante ao hormônio 
natural progesterona existente no corpo da mulher; 
 Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser utilizados 
durante toda a amamentação e por mulheres que não 
podem utilizar métodos com estrógeno; 
 Funciona basicamente por meio de: 
– Espessamento do muco cervical (produzindo um 
bloqueio que impede o esperma de chegar até um 
óvulo); 
 – Interrupção do ciclo menstrual, o que também impede 
a liberação dos ovocitos pelos ovários (ovulação). 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Há muitos tipos de implantes: 
− Jadelle: 2 hastes, eficaz por 5 anos 
− Implanon: 1 haste, eficaz por 3 anos (há estudos em 
andamento para verificar se dura 4 anos) 
− Norplant: 6 cápsulas, com indicação de 5 anos de uso 
(estudos de grande porte constataram que têm eficácia 
durante 7 anos) 
− Sinoplant: 2 hastes, eficaz por 5 anos 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
DESVANTAGEM 
 
 Frequentemente ocorrem spottings; 
 Muitas pacientes não menstruam nos dois primeiros 
anos de uso; 
 Para colocação é necessária anestesia local com um 
pequeno corte de aproximadamente 0,2 cm; 
 A retirada também é feita mediante um pequeno 
procedimento cirúrgico; 
 Os implantes são visíveis e palpáveis. 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
BENEFÍCIO 
 
 É muito eficaz; 
 A taxa de falha no primeiro ano é de 0,2 % e no 
5º ano 1,1% ; 
 Não é necessária a lembrança de uso diária; 
 Não contém estrogênio, logo é preconizado para 
aquelas mulheres que tenham contra- indicação 
ao uso de estrogênios. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
ADESIVO 
 
 É um método de contracepção constituído por um 
adesivo fino e impregnado de hormônios que são 
continuamente transferidos através da pele para a 
corrente sanguínea; 
 Constituídopor 3 adesivos que se colocam durante 3 
semanas consecutivas, seguindo-se uma de descanso; 
 Composição: etinilestradiol (estrogénio) 
norelgestromina (progesterona); 
 Pode aplicar na parte externa do antebraço, nas 
costas, na barriga ou nas nádegas, em qualquer lugar 
que esteja limpo e seco, mas não nos seios. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
ANEL VAGINAL COMBINADO 
 
 Um anel flexível que é inserido na vagina; 
 Libera continuamente 2 hormônios — um progestógeno e 
um estrógeno, semelhantes aos hormônios naturais 
progesterona e estrógeno existentes no corpo da 
mulher—de dentro do anel; 
 Os hormônios são absorvidos através da parede da 
vagina indo diretamente para a corrente sangüínea. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 O anel é mantido no lugar por 3 semanas, depois é 
retirado durante a quarta semana. Na quarta semana, 
a mulher habitualmente ficará menstruada; 
 Também chamado de NuvaRing; 
 Funciona basicamente impedindo a liberação dos 
ovocitos pelos ovários (ovulação). 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
4.0.DISPOSITIVO INTRA UTERINO (DIU) 
 COBRE 
 É uma pequena estrutura de plástico flexível com a forma 
da letra T com um fio de cobre na haste vertical do T e 
tubinhos de cobre em cada braço horizontal. 
 Um profissional de saúde especificamente treinado para 
tal insere o DIU no útero da mulher através de sua vagina 
e cérvix; 
 Quase todos os tipos de DIU possuem um ou dois fios 
amarrados aos mesmos. Os fios ficam pendurados pelo 
cérvix até a vagina; 
 Funciona basicamente provocando uma alteração química 
que danifica o esperma e o óvulo antes que eles se 
encontrem. 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS: 
 Alterações nos padrões de menstruação (especialmente 
nos primeiros 3 a 6 meses), dentre as quais: 
– Sangramento prolongado e intenso 
– Sangramento irregular 
– Mais cólicas e dor durante a menstruação 
 
BENEFÍCIOS 
 Ajuda a proteger contra: Riscos de gravidez 
 Pode ajudar a proteger contra: Câncer de endometrio 
DIU COM LEVONORGESTREL 
 
 O dispositivo intrauterino com levonorgestrel (DIU- 
LNG) é um dispositivo plástico em forma de T que 
libera constante e regularmente pequenas quantidades 
de levonorgestrel por dia. 
 O levonorgestrel é um progestógeno largamente 
utilizado em implantes e pílulas anticoncepcionais 
orais; 
 Funciona basicamente pela supressão do crescimento 
da membrana que recobre a parede da cavidade 
uterina (endométrio). 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDARIOS: 
 
 Alterações menstruais; 
 Acne; 
 Dores de cabeça. 
 Dor ou sensibilidade nos seios; 
 Náusea; 
 Ganho de peso; 
 Tontura; 
 Mudanças de humor; 
Outras possíveis mudanças físicas: Cistos ovarianos 
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BENEFÍCIOS 
 Ajuda a proteger contra: 
 Riscos de gravidez 
 Anemia por falta de ferro 
 Pode ajudar a proteger contra: 
 Doença inflamatória pélvica 
 Reduz: 
 Cólicas menstruais 
 Sintomas de endometriose (dor pélvica, menstruação 
irregular) 
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COMPLICAÇÕES: 
Raras: 
 Perfuração da parede do útero pelo DIU-LNG ou por 
instrumento utilizado na colocação. Geralmente cura-se 
sem tratamento. 
 Aborto espontâneo, parto prematuro ou infecção na rara 
eventualidade de a mulher engravidar tendo colocado 
um DIU-LNG. 
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5.0. ESTERILIZAÇÃO FEMININA: 
 É a contracepção permanente para mulheres que não 
querem mais ter filhos. 
 
 Também conhecida como esterilização das trompas, 
ligação das trompas, contracepção cirúrgica voluntária, 
ligação dupla das trompas, amarração das trompas, 
minilap e “a operação.” 
 
 Funciona através do corte ou bloqueio das trompas de 
falópio. Os óvulos liberados pelos ovários não conseguem 
se deslocar pelas trompas e, por este motivo, não 
encontram o espermatozóide. 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
Nenhum 
BENEFÍCIOS: 
Ajuda a proteger contra: 
 Riscos de gravidez 
 Doença inflamatória pélvica (DIP) 
 
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MASCULINA: Vasectomia 
 
 É a contracepção permanente para homens que não 
queiram mais ter filhos; 
 Através de uma punctura ou pequena incisão no escroto, 
o profissional localiza cada um dos 2 tubos por onde o 
esperma é transportado até o pênis (vaso deferente) e 
corta e bloqueia o mesmo, cortando e amarrando-o de 
modo a fechá-lo ou aplicando calor ou eletricidade 
(cautério); 
 Funciona por meio do fechamento de cada vaso 
deferente, fazendo com que o sêmen não contenha 
espermatozóides. O sêmen é ejaculado, mas não pode 
provocar uma gravidez. 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
Nenhum 
Complicações 
Incomuns a raras: 
 Dor aguda no escroto ou no testículo que dura por meses 
ou anos; 
Incomuns a muito raras: 
 Infecção no local da incisão ou interior da mesma 
(incomum no caso de uso da técnica de incisão 
convencional; 
Raras: 
 Sangramento sob a pele que pode provocar inchaço ou 
equimose (hematoma). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas 
de Saúde. Área Técnica de Saúde da 
Mulher.Assistência em Planejamento Familiar: 
Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área 
Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2002; 
 OMS; HOPKINS, Johns. Planejamento familiar - um 
manual global para profissionais e serviços de 
saúde.2007

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