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ADIÇÕES Introdução Materiais que utilizados em teores acima de 5%, alteraram as propriedades que o aglomerante conferem ao concreto Podem ser utilizadas em substituição aos aglomerantes, em adição à mistura, ou aparecem em cimentos compostos A maioria dos cimentos brasileiros possuem adição Podem ser de origem mineral ou consistem em sub- produtos industriais Benefícios do uso de adições Econômicos: reduzem o custo final devido ao menor consumo de cimento, que possui custo elevado Ambientais: algumas adições consistem em sub- produtos industriais, que possuem um problema de destinação; além de reduzir a emissão de CO2 decorrente da produção do cimento Propriedades do estado fresco: trabalhabilidade, exsudação, segregação Propriedades do estado endurecido: resistência mecânica, permeabilidade, durabilidade, resistência à fissuração térmica Classificação Inertes: ação física de preenchimento de vazios promovendo maior compacidade. Ex.: fíler calcário e pó de quartzo Reativas: contribuem para a formação dos hidratos - Pozolanas materiais que possuem ação aglomerante quando finamente divididos e em presença de umidade. Ex.: cinza volante, cinza da casca de arroz, sílica ativa, metacaulim - Cimentantes materiais aglomerantes de baixa reatividade. Ex.: escória de alto forno Fíler Material com finura semelhante à do cimento Os mais utilizados são provenientes da moagem do calcário – fíler calcário Durante a hidratação do cimento, atua principalmente nas primeiras idades como agente de nucleação para a produção de CH e CSH Encontra-se em quase todos os cimentos brasileiros em teores entre 5 e 10% Cinza volante Material resultante da combustão de carvão mineral nas usinas termoelétricas Quando possui alto teor de cálcio apresenta características cimentantes Partículas esféricas com finura da mesma ordem de grandeza dos cimentos Reage com o CH produzindo CSH Atua no aumento da resistência à compressão em idades avançadas (90 dias), além da redução do calor de hidratação, aumento da resistência aos sulfatos e inibição da reação álcali-agregado Cinza da casca de arroz Resultante da calcinação da casca de arroz a temperaturas entre 500 e 900ºC Apresenta elevado teor de carbono residual do processo de queima, o qual propicia uma coloração escura e o aumento da viscosidade do concreto Os teores ideais são da ordem de 15% em substituição ao cimento Possui elevada superfície específica, aumentando a demanda de água das misturas Atua significativamente no aumento da coesão do concreto Sílica ativa Resíduo da produção de ferro-silício ou silício metálico Composta de partículas esféricas muito finas, com superfície específica cerca de 100 vezes maior que a do cimento É altamente reativa aumentando consideravelmente o consumo de água, que deve ser combatido com o uso de aditivo superplastificante É utilizada em teores entre 5 e 10%, sendo bastante empregada em concretos de alta resistência Sílica ativa Além do efeito pozolânico, atua no preenchimento de vazios entre os grão do cimento, chamado de efeito fíler Torna a interface agregado/pasta mais compacta devido ao consumo do CH para a formação de CSH Aumenta a coesão dos concretos Atua beneficamente no ataque aos sulfatos e na reação alcali-agregado Metacaulim Proveniente da calcinação da argila caulinítica a temperaturas entre 650 a 850ºC A temperatura de calcinação e o grau de moagem definem as características pozolânicas do material Possui coloração variando de rosa ao branco, dependendo do teor de óxido de ferro presente Promove um rápido consumo do CH formando CSH Previne a reação álcali-agregado e melhora da durabilidade em ambientes agressivos Escória de alto forno Resíduo proveniente da produção de ferro gusa num alto-forno Possui os mesmos óxidos que compõem o clínquer (óxido de cálcio, sílica e alumina) mas em proporções distintas Reage com a água de forma lenta formando compostos similares aos da hidratação do cimento Em ambiente alcalino as reações de hidratação são aceleradas, como em presença do cimento (alto pH) Deve ser moído até atingir área específica da ordem de 500 m2/kg RCD – resíduo de construção e de demolição O RCD que seja constituído de areia, cimento, cal e material cerâmico pode ser considerado como uma adição inerte ou pozolanica. (não pode haver gesso da construção) Se inerte ou pozolanico vai depender dos teores de material cerâmico e de cimento. O uso de % elevada nas misturas de argamassas e concretos, pode aumentar o consumo de água nesses compósitos – em função da finura e da porosidade das particulas.
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