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Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro EP5 – CA´LCULO III – Gabarito – 2012-2 Exerc´ıcio 1 Determine os seguintes limites: (a) lim (푥,푦)→(0,1) ( 푥2푦 − 2푥3 − 푥− 1 푦 ) (b) lim (푥,푦)→(∞,−2) ( 3 푥+ 푦 + 2 ) (c) lim (푥,푦)→(0,2) 푠푒푛(푥푦) 푥 (d) lim (푥,푦)→(0,0) (푥2 + 푦2) cos ( 1 2푥2 + 푦2 ) (e) lim (푥,푦)→(0,0) ∣푥∣푥2 + ∣푦∣푦2 ∣푥∣+ ∣푦∣ Soluc¸a˜o: (a) Usando que o limite de uma soma e´ a soma dos limites (desde que cada limite exista), obtemos que: lim (푥,푦)→(0,1) ( 푥2푦 − 2푥3 − 푥− 1 푦 ) = lim (푥,푦)→(0,1) ( 푥2푦 ) − 2 lim (푥,푦)→(0,1) 푥3 − lim (푥,푦)→(0,1) 푥− 1 푦 = (0)2(1)− 2(0)3 − 0− 1 1 = 1. (b) Analogamente, ao item anterior, temos que lim (푥,푦)→(∞,−2) ( 3 푥+ 푦 + 2 ) = lim (푥,푦)→(∞,−2) 3 푥+ 푦 + lim (푥,푦)→(∞,−2) 2 = 0 + 2 = 2. (c) Notemos que lim (푥,푦)→(0,2) 푠푒푛(푥푦) 푥 = lim (푥,푦)→(0,2) 푦 푠푒푛(푥푦) 푥푦 = ( lim (푥,푦)→(0,2) 푦 ) ( lim (푥,푦)→(0,2) 푠푒푛(푥푦) 푥푦 ) = 2 lim (푥,푦)→(0,2) 푠푒푛(푥푦) 푥푦 . Enta˜o, usando a propriedade de limite que diz: ” Se lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) = 퐿 e ℎ = ℎ(푥) e´ uma func¸a˜o de uma varia´vel real tal que lim 푥→퐿 ℎ(푥) = 푁 , enta˜o lim (푥,푦)→(푎,푏) ℎ(푓(푥, 푦)) = 푁 .´´ e considerando 푓(푥, 푦) = 푥푦 e ℎ(푥) = 푠푒푛(푥) 푥 , temos a func¸a˜o composta ℎ(푓(푥)) = ℎ(푥푦) = 푠푒푛(푥푦) 푥푦 . E, como lim (푥,푦)→(0,2) ( 푥푦 ) = 0 e lim 푥→0 푠푒푛(푥) 푥 = 1, segue que lim (푥,푦)→(0,2) 푠푒푛(푥푦) 푥푦 = 1. E, portanto, lim (푥,푦)→(0,2) 푠푒푛(푥푦) 푥 = 2.1 = 2. CA´LCULO III EP5 2 (d) Do Teorema 3.2 (pa´g. 36 - Mo´dulo 1) temos que se ℎ = 푓푔 onde lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) = 0 e∣∣푔(푥, 푦)∣∣ ≤푀 , onde 푀 e´ uma constante real (isto e´, 푔 e´ limitada), enta˜o lim (푥,푦)→(푎,푏) ℎ(푥, 푦) = 0. Fazendo ℎ(푥, 푦) = (푥2 + 푦2)︸ ︷︷ ︸ 푓(푥,푦) cos ( 1 2푥2 + 푦2 ) ︸ ︷︷ ︸ 푔(푥,푦) temos que as hipo´teses do Teorema 3.2 esta˜o satisfeitas, isto e´: lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) ( 푥2 + 푦2 ) = 0 e ∣∣푔(푥, 푦)∣∣ = cos( 1 2푥2 + 푦2 ) ≤ 1 Portanto, como ℎ(푥, 푦) e´ o produto de duas func¸o˜es, uma com limite igual a zero e a outra limitada, segue que lim (푥,푦)→(0,0) ℎ(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) (푥2 + 푦2) cos ( 1 2푥2 + 푦2 ) = 0. (e) Temos que se ℎ(푥, 푦) = 푓(푥, 푦) 푔(푥, 푦) em que lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = 0 e ∣∣푔(푥, 푦)∣∣ ≤ 푀 , para todo (푥, 푦) ∈ 퐷(푔), isto e´, 푔 e´ limitada, enta˜o lim (푥,푦)→(0,0) ℎ(푥, 푦) = 0. Como ∙ ∣푥∣푥 2 + ∣푦∣푦2 ∣푥∣+ ∣푦∣ = 푥 2︸︷︷︸ 푓1(푥,푦) ∣푥∣ ∣푥∣+ ∣푦∣︸ ︷︷ ︸ 푔1(푥,푦) + 푦2︸︷︷︸ 푓2(푥,푦) ∣푦∣ ∣푥∣+ ∣푦∣︸ ︷︷ ︸ 푔2(푥,푦) , ∙ lim (푥,푦)→(0,0) 푓1(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 = 0 e ∣∣푔1(푥, 푦)∣∣ = ∣푥∣∣푥∣ + ∣푦∣ ≤ 1, implica que lim (푥,푦)→(0,0) 푓1(푥, 푦) 푔1(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 ∣푥∣ ∣푥∣+ ∣푦∣ = 0, ∙ lim (푥,푦)→(0,0) 푓2(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) 푦2 = 0 e ∣∣푔2(푥, 푦)∣∣ = ∣푦∣∣푥∣+ ∣푦∣ ≤ 1, implica que lim (푥,푦)→(0,0) 푓2(푥, 푦) 푔2(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) 푦2 ∣푦∣ ∣푥∣+ ∣푦∣ = 0. segue que lim (푥,푦)→(0,0) ∣푥∣푥2 + ∣푦∣푦2 ∣푥∣+ ∣푦∣ = 0 + 0 = 0. Exerc´ıcio 2 Calcule os seguintes limites envolvendo indeterminac¸o˜es (a) lim (푥,푦)→(0,0) √ 푥+ 3−√3 푥푦 + 푥 (b) lim (푥,푦)→(0,0) 2푥4 + 푦3 푥2 + 푦2 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 3 Soluc¸a˜o: (a) Temos que: lim (푥,푦)→(0,0) √ 푥+ 3−√3 푥푦 + 푥 = lim (푥,푦)→(0,0) √ 푥+ 3−√3 푥(푦 + 1) √ 푥+ 3 + √ 3√ 푥+ 3 + √ 3 = lim (푥,푦)→(0,0) ( √ 푥+ 3)2 − (√3)2 푥( √ 푥+ 3 + √ 3) 1 푦 + 1 = lim (푥,푦)→(0,0) (푥+ 3)− 3 푥( √ 푥+ 3 + √ 3) 1 푦 + 1 = lim (푥,푦)→(0,0) 1√ 푥+ 3 + √ 3 1 푦 + 1 = lim (푥,푦)→(0,0) 1√ 푥+ 3 + √ 3 lim (푥,푦)→(0,0) 1 푦 + 1 = 1 2 √ 3 (1) = 1 2 √ 3 . (b) Pelo Teorema 3.2 (pa´g. 36 mo´dulo 1), se ℎ = 푓푔, com lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) = 0 e ∣푔(푥, 푦)∣ ≤ 푀 , em que 푀 real positivo, enta˜o lim (푥,푦)→(푎,푏) ℎ(푥, 푦) = 0. Assim, como 2푥2 푥2 + 푦2 = 2푥2︸︷︷︸ 푓 푥2 푥2 + 푦2︸ ︷︷ ︸ 푔 , lim (푥,푦)→(0,0) ( 2푥2 ) = 0 e ∣∣ 푥2 푥2 + 푦2 ∣∣ = 푥2 푥2 + 푦2 ≤ 1, pois 푥2 ≤ 푥2 + 푦2, segue pelo Teorema que lim (푥,푦)→(0,0) 2푥4 푥2 + 푦2 = 0. Analogamente 푦3 푥2 + 푦2 = 푦︸︷︷︸ 푓 푦2 푥2 + 푦2︸ ︷︷ ︸ 푔 , lim (푥,푦)→(0,0) 푦 = 0 e ∣∣ 푦2 푥2 + 푦2 ∣∣ = 푦2 푥2 + 푦2 ≤ 1. E, por- tanto, lim (푥,푦)→(0,0) 푦3 푥2 + 푦2 = 0. Assim, lim (푥,푦)→(0,0) 2푥4 + 푦3 푥2 + 푦2 = lim (푥,푦)→(0,0) 2푥4 푥2 + 푦2 + lim (푥,푦)→(0,0) 푦3 푥2 + 푦2 = 0 Exerc´ıcio 3 Mostre que os seguintes limites na˜o existem. (a) lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 + 2푦2 푥2 + 푦2 − 푥푦 (b) lim (푥,푦)→(0,1) 5푥2(푦 − 1)2 푥4 + (푦 − 1)4 (c) lim (푥,푦)→(0,0) 푥4 + 푦2 푥2푦 + 2푥4 (d) lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 + 푦 푥4 + 3푦2 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 4 Soluc¸a˜o: (a) O teste dos dois caminhos diz que se 푓(푥, 푦) tem limites diferentes ao longo de dois caminhos diferentes, quando (푥, 푦) se aproxima de (푎, 푏), enta˜o lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) na˜o existe. Aproximando-nos de (0, 0) a partir da fam´ılia de retas 푦 = 푚, temos que: lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 + 2푦2 푥2 + 푦2 − 푥푦 = lim푥→0 푥(푚푥) + 2(푚푥)2 푥2 + (푚푥)2 − 푥(푚푥) = lim푥→0 푥2(푚+ 2푚2) 푥2(1 +푚2 −푚) = 푚+ 2푚2 1 +푚2 −푚 . Logo, considerando como os caminhos as retas 푦 = 0 (푚 = 0) e 푦 = 푥 (푚 = 1), na igualdade acima, temos que: lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 + 2푦2 푥2 + 푦2 − 푥푦 = 0 + 2(0) 1 + (0)2 − 0 = 0 (ao longo do caminho 푦 = 0, 푚 = 0) lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 + 2푦2 푥2 + 푦2 − 푥푦 = 1 + 2(1)2 1 + (1)2 − 1 = 3 (ao longo do caminho 푦 = 푥, 푚 = 1) . Logo, como a partir de curvas diferentes que passam pelo ponto (0, 0), o limite assume valores diferentes, pelo teste dos dois caminhos, conclu´ımos que o limite lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 + 2푦2 푥2 + 푦2 − 푥푦 na˜o existe. (b) O teste dos dois caminhos diz que se 푓(푥, 푦) tem limites diferentes ao longo de dois caminhos diferentes, quando (푥, 푦) se aproxima de (푎, 푏), enta˜o lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) na˜o existe. Assim, considerando o limite atrave´s da fam´ılia de retas que passam por (0, 1), isto e´, 푦 = 푚푥+1, temos que: lim (푥,푦)→(0,1) 5푥2(푦 − 1)2 푥4 + (푦 − 1)4 = lim푥→0 5푥2(푚푥+ 1− 1)2 푥4 + (푚푥+ 1− 1)4 = lim푥→0 5푚2푥4 푥4(1 +푚4) = lim 푥→0 5푚2 1 +푚4 = 5푚2 1 +푚4 . Logo, considerando como os caminhos as retas 푦 = 푥 + 1 (푚 = 1) e 푦 = 2푥 + 1 (푚 = 2), na igualdade acima, temos que: lim (푥,푦)→(0,0) 5푥2(푦 − 1)2 푥4 + (푦 − 1)4 = 5(1)2 1 + (1)4 = 5 2 (ao longo do caminho 푦 = 푥+ 1, 푚 = 1) lim (푥,푦)→(0,0) 5푥2(푦 − 1)2 푥4 + (푦 − 1)4 = 5(2)2 1 + (2)4 = 20 17 (ao longo do caminho 푦 = 2푥+ 1, 푚 = 2) . Como os valores dos limites sa˜o diferentes pelo teste dos dois caminhos, conclu´ımos que o limite lim (푥,푦)→(0,0) 5푥2(푦 − 1)2 푥4 + (푦 − 1)4 na˜o existe. (c) Aproximando-nos de 0, 0) atrave´s da fam´ılia de para´bolas 푦 = 푚푥2 temos: lim (푥,푦)→(0,0) 푥4 + 푦2 푥2푦 + 2푥4 = lim (푥,푦)→(0,0) 푥4 + (푚푥2)2 푥2(푚푥2) + 2푥4 = lim 푥→0 푥4(1 +푚2) 푥4(푚+ 2) = 1 +푚2 푚+ 2 . Logo, se 푚 = 1, isto e´, aproximamo-nos atrave´s da para´bola 푦 = 푥2 temos que lim (푥,푦)→(0,0) 푥4 + 푦2 푥2푦 + 2푥4 = 2 3 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 5 Se 푚 = 2, isto e´, aproximamo-nos atrave´s da para´bola 푦 = 2푥2 temos que lim (푥,푦)→(0,0) 푥4 + 푦2 푥2푦 + 2푥4 = 5 4 . Logo, como os valores dos limites sa˜o diferentes atrave´s de curvas diferentes que se aproximam de (0, 0), segue pelo teste dos dois caminhos, que o limite lim (푥,푦)→(0,0) 푥4 + 푦2 푥2푦 + 2푥4 na˜o existe. (d) Considerando o limite atrave´s da reta { 푥= 0 푦 = 푡 temos: lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 + 푦 푥4 + 3푦2 = lim 푡→0 푡 3푡2 = lim 푡→0 1 3푡 . Assim, se 푡→ 0+, enta˜o 1 3푡 →∞. Se 푡→ 0−, enta˜o 1 3푡 → −∞. Logo, na˜o existe lim 푡→0 1 3푡 . Da´ı, na˜o existe o limite atrave´s da reta { 푥 = 0 푦 = 푡 , e portanto, na˜o existe lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 + 푦 푥4 + 3푦2 . Exerc´ıcio 4 Verifique se as seguintes func¸o˜es sa˜o cont´ınuas nos pontos indicados (a) 푓(푥, 푦) = { 3푥− 푦 se (푥, 푦) ∕= (0, 0) 2 se (푥, 푦) = (0, 0) , em 푃 (0, 0). (b) 푓(푥, 푦) = ⎧⎨ ⎩ 푥푦 푥2 + 푦2 se (푥, 푦) ∕= (0, 0) 0 se (푥, 푦) = (0, 0) , em 푃 (0, 0). (c) 푓(푥, 푦) = 푥2 + 푦2 − 1 푥+ 푦 , em 푃 (1, 1) Soluc¸a˜o: Dizemos que uma func¸a˜o 푓(푥, 푦) que satisfaz lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) = 푓(푎, 푏), e´ cont´ınua no ponto (푎, 푏). Logo, para 푓(푥, 푦) ser cont´ınua em (푎, 푏), ela deve satisfazer treˆs condic¸o˜es (i) estar definida em (푎, 푏), isto e´, existe 푓(푎, 푏) (ii) existe o lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) (iii) lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) = 푓(푎, 푏). Vamos resolver os itens desse exerc´ıcio usando a definic¸a˜o de continuidade. (a) Para (푎, 푏) = (0, 0) temos: Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 6 (i) 푓(0, 0) = 2 (ii) Para (푥, 푦) ∕= (0, 0), temos que 푓(푥, 푦) = 3푥− 푦, logo: lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) ( 3푥− 푦) = 3(0)− 0 = 0. Portanto, lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = 0 ∕= 2 = 푓(0, 0), donde segue que 푓 na˜o e´ cont´ınua em (0, 0). (b) Para (푎, 푏) = (0, 0) temos: (i) 푓(0, 0) = 0 (ii) Para (푥, 푦) ∕= (0, 0), temos que 푓(푥, 푦) = 푥푦 푥2 + 푦2 .Verifiquemos se o limite lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 푥2 + 푦2 existe. Considerando o limite ao longo do caminho 푥 = 0, que passa pela origem, temos: lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 푥2 + 푦2 = lim 푦→0 0 02 + 푦2 = lim 푦→0 0 = 0 Por outro lado, considerando o limite ao longo do caminho 푥 = 푦, que passa pela origem, temos: lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 푥2 + 푦2 = lim 푥→0 푥2 푥2 + 푥2 = lim 푥→0 1 2 = 1 2 . Como os valores dos limites sa˜o diferentes, pelo teste dos dois caminhos, conclu´ımos que o limite lim (푥,푦)→(0,0) 푥푦 푥2 + 푦2 na˜o existe. Portanto, 푓 na˜o e´ cont´ınua em (0, 0). (c) Para (푎, 푏) = (1, 1) temos: (i) 푓(1, 1) = 12 + 12 − 1 1 + 1 = 1 2 (ii) Usando a propriedade que o limite de um quociente e´ o quociente dos limites (desde que cada limite exista), temos que: lim (푥,푦)→(1,1) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(1,1) 푥2 + 푦2 − 1 푥+ 푦 = lim (푥,푦)→(1,1) (푥2 + 푦2 − 1) lim (푥,푦)→(1,1) (푥 + 푦) = 12 + 12 − 1 1 + 1 = 1 2 Portanto, lim (푥,푦)→(1,1) 푓(푥, 푦) = 1 2 = 푓(1, 1), donde segue que 푓 e´ cont´ınua em (1, 1). Exerc´ıcio 5 Determine o valor de 푏 para que a func¸a˜o seja cont´ınua em (0, 0). (a) 푓(푥, 푦) = ⎧⎨ ⎩ (3푥 2 + 푦2) sen 1 푥2 + 푦2 se (푥, 푦) ∕= (0, 0) 푏 se (푥, 푦) = (0, 0) Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 7 (b) 푓(푥, 푦) = ⎧⎨ ⎩ 푥2푦2√ 푦2 + 1− 1 se (푥, 푦) ∕= (0, 0) 푏− 5 se (푥, 푦) = (0, 0) Soluc¸a˜o: (a) Para (푎, 푏) = (0, 0) temos: (i) 푓(0, 0) = 푏 (ii) Para (푥, 푦) ∕= (0, 0), temos que 푓(푥, 푦) = (3푥2 + 푦2) sen 1 푥2 + 푦2 , logo devemos verificar a existeˆncia do limite lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) (3푥2 + 푦2) sen 1 푥2 + 푦2 . Do Teorema 3.2 (pa´g. 36 - Mo´dulo 1) temos que se ℎ = 푓푔 em que lim (푥,푦)→(푎,푏) 푓(푥, 푦) = 0 e ∣∣푔(푥, 푦)∣∣ ≤푀 , com 푀 constante real (isto e´, 푔 e´ limitada), enta˜o lim (푥,푦)→(푎,푏) ℎ(푥, 푦) = 0. Fazendo ℎ(푥, 푦) = (3푥2 + 푦2)︸ ︷︷ ︸ 푓(푥,푦) sen ( 1 푥2 + 푦2 ) ︸ ︷︷ ︸ 푔(푥,푦) temos que as hipo´teses do Teorema 3.2 esta˜o satisfeitas, isto e´: (0, 0) e´ um ponto de acumulac¸a˜o de 퐷(푓) = ℝ2 e de 퐷(푔) = ℝ2 − {(0, 0)}, lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) ( 3푥2 + 푦2 ) = 0 e ∣∣푔(푥, 푦)∣∣ = sen ( 1 푥2 + 푦2 ) ≤ 1 Portanto, como ℎ(푥, 푦) e´ o produto de duas func¸o˜es, uma com limite igual a zero e a outra limitada, segue que lim (푥,푦)→(0,0) ℎ(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) (3푥2 + 푦2) sen 1 푥2 + 푦2 = 0. Logo de (i) e(ii), segue que para 푓 ser cont´ınua em(0, 0) lim (푥,푦)→(0,0) (3푥2 + 푦2) sen 1 푥2 + 푦2 = 0 = 푏 = 푓(0, 0). Ou seja, 푏 = 0 . (b) Para (푎, 푏) = (0, 0) temos: (i) 푓(0, 0) = 푏− 5 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 8 (ii) Para (푥, 푦) ∕= (0, 0), temos que 푓(푥, 푦) = 푥 2푦2√ 푦2 + 1− 1 , logo: lim (푥,푦)→(0,0) 푓(푥, 푦) = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2푦2√ 푦2 + 1− 1 = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2푦2√ 푦2 + 1− 1 √ 푦2 + 1 + 1√ 푦2 + 1 + 1 = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2푦2( √ 푦2 + 1 + 1) ( √ 푦2 + 1)2 − 1 = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2푦2( √ 푦2 + 1 + 1) 푦2 + 1− 1 = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2푦2( √ 푦2 + 1 + 1) 푦2 = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2( √ 푦2 + 1 + 1) = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 ⋅ lim (푥,푦)→(0,0) ( √ 푦2 + 1 + 1) = lim (푥,푦)→(0,0) 푥2 ⋅ [ lim (푥,푦)→(0,0) √ 푦2 + 1 + lim (푥,푦)→(0,0) 1 ] = 0 ⋅ [1 + 1] = 0 . Logo de (i) e(ii), segue que para 푓 ser cont´ınua em(0, 0) lim (푥,푦)→(0,0) 푥2푦2√ 푦2 + 1− 1 = 0 = 푏− 5 = 푓(0, 0). Ou seja, 푏 = 5 . Exerc´ıcio 6 Seja a func¸a˜o 푓(푥, 푦) = ⎧⎨ ⎩ 2푥3 + 3푦3 + 푧3 푥2 + 푦2 + 푧2 se (푥, 푦, 푧) ∕= (0, 0, 0) 0 se (푥, 푦, 푧) = (0, 0, 0) . Calcule (a) lim ℎ→0 푓(ℎ, 0, 0)− 푓(0, 0, 0) ℎ (b) lim ℎ→0 푓(0, ℎ, 0)− 푓(0, 0, 0) ℎ (c) lim ℎ→0 푓(0, 0, ℎ)− 푓(0, 0, 0) ℎ Soluc¸a˜o: (a) lim ℎ→0 푓(ℎ, 0, 0)− 푓(0, 0, 0) ℎ = lim ℎ→0 2ℎ3 ℎ2 ⋅ ℎ = 2 (b) lim ℎ→0 푓(0, ℎ, 0)− 푓(0, 0, 0) ℎ = lim ℎ→0 3ℎ3 ℎ2 ⋅ ℎ = 3 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ CA´LCULO III EP5 9 (c) lim ℎ→0 푓(0, 0, ℎ)− 푓(0, 0, 0) ℎ = lim ℎ→0 ℎ3 ℎ2 ⋅ ℎ = 1 Exerc´ıcio 7 Determine, se existir, os seguintes limites (a) lim (푥,푦,푧)→(0,0,0) 푥4 + 푦3 + 푧3 푥2 + 푦2 + 푧4 (b) lim (푥,푦,푧)→(0,1,2) (푦 − 1)4 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2 Soluc¸a˜o: (a) Consideremos o caminho ⎧⎨ ⎩ 푥 = 0 푦 = 0 푧 = 푡 temos que lim (푥,푦,푧)→(0,0,0) 푥4 + 푦3 + 푧3 푥2 + 푦2 + 푧4 = lim 푡→0 푡3 푡4 = lim 푡→0 1 푡 . Assim, se 푡→ 0+, enta˜o 1 푡 →∞. Se 푡→ 0−, enta˜o 1 푡 → −∞. Logo, na˜o existe o limite sobre este caminho. Portanto, na˜o existe lim (푥,푦,푧)→(0,0,0) 푥4 + 푦3 + 푧3 푥2 + 푦2 + 푧4 . (b) Temos que (푦 − 1)4 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2 = (푦 − 1) 2︸ ︷︷ ︸ 푓(푥,푦,푧) (푦 − 1)2 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2︸ ︷︷ ︸ 푔(푥,푦,푧) . Como lim (푥,푦,푧)→(0,1,2) (푦 − 1)2 = 0 e ∣∣ (푦 − 1)2 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2 ∣∣ = (푦 − 1)2 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2 ≤ 1, pois (푦 − 1)2 ≤ 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2, segue pelo Teorema 3.2, item (c), que lim (푥,푦,푧)→(0,1,2) (푦 − 1)4 푥2 + (푦 − 1)2 + (푧 − 2)2 = 0. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ
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