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FFCL PROFª MSC. TAYLA CASTILHO CRIADO O concreto neste final de século está se revelando um material com características impressionantes, muitas limitações que existiam até a alguns anos estão desaparecendo com as novas tecnologias de concreto. Concreto de Alto Desempenho CAD / de Alta Resistência CAR Concreto Auto Adensável CAA Concreto de Pós Reativos CPR Concreto com Fibras Concreto Compactado com Rolo CCR Concreto Massa Concreto Pesado Concreto Leve Estrutural CLE Concreto Celular Espumoso Concreto Celular Autoclavado CCA Concreto com Polímeros Concreto Projetado Concreto com Retração Reduzida CRR Concreto com Retração Compensada CRC Concreto com Alto Teor de Cinzas Volantes HVFA Armaduras Especiais É dosado para se obter elevada resistência e durabilidade; Resistências superiores a 40 MPa; Aumento da vida útil das obras; Proporciona: Desfôrmas mais rápidas; Diminuição da metragem e quantidade das formas; Maior rapidez na execução da obra. CAD - Concreto de Alto Desempenho Alta durabilidade;(ensaios específicos de durabilidade); Alta resistência. CAR - Concreto de Alta Resistência alta resistência; (NBR-8953, fck>50 MPa). Baixa relação água/cimento; Alto consumo de aglomerante (cimento + adições); Baixo consumo de água; Necessidade de aditivos SP; Trabalhabilidade é governada mais pelo SP, menos pela água; Freqüente uso de adições minerais ao cimento: (sílica ativa, argila calcinada) Agregados de boa qualidade. Maior resistência à compressão por custo, peso e volume; Diminuição peças estruturais Mais espaços livres; Redução peso estruturas; Redução deformações imediatas; Redução fluência; Aumento durabilidade, Menor permeabilidade; Redução volume de concreto; Maior rapidez de execução. E-Tower – PILARES c/ fck 125 MPa (42 andares, 162 m) Dificuldade de aplicação: maior coesão (sílica ativa); perda de abatimento; Controle qualidade mais apurado; Necessidade de cura, devido ao baixo consumo de água; Alto calor de hidratação - consumos cimento até > 500 kg/m3; Retração CIMENTO ACI 363R-92 primordial que varie pouco; No Brasil - CP V mais utilizado. AGREGADOS Seleção é importante; Miúdos - arredondados, sem impurezas e sem muitos finos; Graúdos- evitar grãos lamelares. ADIÇÕES MINERAIS Adição ou substituição de parte do cimento; Aumentam resistência mecânica e durabilidade; Aumentam coesão, diminuem segregação e exsudação; Reduzem retração, porosidade e permeabilidade. ADITIVO SUPERPLASTIFICANTE Sem SP, impraticável A/C < 0,4; Compatibilidade com o cimento é vital; Provável necessidade de inibidores de hidratação para maior tempo de eficiência do SP, ampliando o prazo de aplicação e adensamento do concreto. CIMENTO ACI 363R-92 primordial que varie pouco; No Brasil - CP V mais utilizado. AGREGADOS Seleção é importante; Miúdos - arredondados, sem impurezas e sem muitos finos; Graúdos- evitar grãos lamelares. Self-Consolidating Concrete – SSC Desenvolvido no Japão década de 80, para resolver problemas da dificuldade de adensamento do concreto e minimizar mão de obra. CAA – concreto que preenche cada espaço das formas exclusivamente através de seu peso próprio, sem necessidade de qualquer forma de compactação ou vibração externa. Indicado para concretagens de peças densamente armadas, estruturas pré-moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente, painéis arquitetônicos, lajes, vigas, etc.; É obtido pela adição de aditivos superplastificantes, que proporcionam maior facilidade de bombeamento, excelente homogeneidade, resistência e durabilidade. A ponte Akashi-Kaikyo, inaugurada em 1998, com 1991 metros de vão livre, consumiu nas ancoragens 290.000m3 de concreto auto-adensável. Os motivos da utilização de CAA nesta obra foram a velocidade de execução, dispensa de adensamento, o qual seria muito difícil para este volume e a qualidade final do concreto. O termo concreto auto-adensável (CAA) identifica uma categoria de concreto que pode ser moldado em fôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de compactação ou vibração externa; Auto-adensabilidade do concreto fresco é a capacidade de preenchimento dos espaços vazios e o envolvimento das barras de aço e outros obstáculos pelo material, exclusivamente através da ação da força gravitacional, mantendo uma adequada homogeneidade. Para que um concreto seja considerado auto-adensável, deve apresentar três propriedades fundamentais: Fluidez; Coesão ou habilidade passante; Resistência à segregação. Fluidez: capacidade do concreto auto-adensável de fluir dentro e através da fôrma preenchendo todos os espaços. Coesão ou habilidade passante: capacidade de escoamento pela fôrma, passando por entre as armaduras sem obstrução do fluxo ou segregação; Resistência à segregação: capacidade do concreto em se manter coeso ou fluir dentro das fôrmas, passando ou não através de obstáculos. Concreto Auto-adensável (CAA) é um material referenciado como uma evolução tecnológica dos concretos tradicionais, fruto da pesquisa aplicada e resultado da introdução conjunta, no elenco das matérias primas básicas do concreto, de adições minerais, adições de fílers e aditivos químicos; O desenvolvimento destes materiais, principalmente com a descoberta da extraordinária ação de dispersão dos aditivos superplastificantes e a ação coesiva dos modificadores de viscosidade tem impulsionado esta tecnologia. Os materiais utilizados para produção de CAA são, em teoria, os mesmos utilizados para a produção de concretos convencionais, porém com maior adição de finos, quer sejam adições minerais ou fílers e de aditivos plastificantes e superplastificantes e por vezes, aditivos modificadores de viscosidade; Os aditivos superplastificantes permitem que se alcance alta fluidez nas misturas; Os aditivos modificadores de viscosidade oferecem aumento na coesão, prevenindo-se com isto a exsudação e segregação no concreto. A elevada resistência à segregação aliada à fluidez apresentada pelo CAA permite ainda a eliminação de defeitos macro, bolhas de ar e falhas de concretagens, que são diretamente responsáveis pelas perdas no desempenho mecânico do concreto e na durabilidade da estrutura. O Concreto auto-adensável é indicado para utilização em obras convencionais onde se quer maior velocidade de concretagem, redução de custos e melhor qualidade do concreto: Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas; Fundações executadas por hélice contínua; Parede diafragma; Estações de tratamento de água e esgoto; Reservatórios de águas e piscinas; Pisos, contrapisos, lajes, pilares, muros, painéis; Obras com acabamento em concreto aparente; Locais de difícil acesso; Peças pequenas, com muitos detalhes ou com formato não- convencional onde seja difícil a utilização de vibradores; Fôrmas com grande concentração de ferragens. Concretagem mais rápida Possível produção fck de até 90MPa. Ausência de vibração reduz a mão-de-obra no canteiro Melhor acabamento final da superfície (lajes e pré-fabricados). Maior durabilidade por ser mais fácil de adensar. Grande liberdade de formas e dimensões e peças de seções reduzidas. NBR 15823 (2010) Estabelece como requisitos para o CAA no estado fresco as seguintes propriedades: Fluidez ou habilidade de preenchimento. Viscosidade plástica aparente em fluxo livreou confinado. Habilidade passante em fluxo livre ou confinado. Fluidez ou habilidade de preenchimento: NBR 15823 Capacidade do CAA de fluir dentro da forma e preencher todos os espaços. Propriedade avaliada pelo espalhamento em fluxo livre doconcreto no método do cone de Abrams. Habilidade passante: NBR 15823 Capacidade do CAA de fluir dentro da forma, passando por entre os embutimentos, sem obstrução do fluxo ou segregação. Avaliada pelo método do anel J com fluxo livre do concreto, ou pelo método da caixa L com fluxo confinado do concreto. Viscosidade plástica aparente do concreto: NBR 15823 Propriedade relacionada com a consistência da mistura (coesão) que influencia no comportamento ao escoamento. Quanto maior a viscosidade, maior a resistência ao escoamento. Avaliada pelo tempo de escoamento no método do cone de abrams (t500), ou pelo funil V com fluxo confinado do concreto. Cimento: Qualquer tipo, maior finura mais indicado. Variações no cimento afetam as propriedades do CAA. Adições: Redução do teor de argamassa. Maior coesão. Menos calor. Benefícios quanto à durabilidade. Uso implica em aumento do consumo do superplastificante. Adições mais utilizadas: Filer de calcário calcítico - é o mais indicado. Cinzas volantes - com finura de 500 a 600m2/kg. Sílica ativa - usual com fck acima de 60MPa. aumenta a coesão e a demanda de superplastificante. Metacaulim aumenta a coesão e a demanda de superplastificante. ADITIVOS Superplastificantes a base de policarboxilato são os mais empregados, em percentuais da ordem de 1 a 1,6% do peso de cimento utilizado. Promotores de viscosidade ou modificadores de viscosidade, produtos a base de polisacarídeos que formam grandes reticulados que prendem água. Causam diminuição da exsudação e o aumento da viscosidade da pasta evitando a segregação dos agregados. AGREGADO MIÚDO Todo tipo de agregado usado em concreto convencional pode ser usado em CAA. Os naturais são preferíveis por possuírem grãos arredondados. AGREGADO GRAÚDO Preferível agregados graúdos com formato regular e dimensão máxima característica (DMC) de 20mm. Em geral para o CAA agregados graúdos com DMC<10mm gera composições mais econômicas. Ensaio de espalhamento do cone de Abrams (Slump flow test) Permite observar se está havendo segregação ou não. Variante t500- medição de tempo que o concreto atinge uma marca de 500mm de diâmetro (2 a 5 segundos). Objetiva medir a fluidez simultaneamente com a capacidade do concreto passar por obstáculos permanecendo coeso, verifica-se a relação entre a altura H1 e H2, depois de realizada a intercomunicação do CAA entre as partes. Avalia a habilidade do concreto em resistir ao bloqueio por obstáculos sem segregar. Tempo que o concreto leva para escoar neste aparelho é uma medida de fluidez do CAA em passar por espaços restritos. Ao preencher o funil novamente, aguardando-se 5 minutos, tem- se informações importantes quanto a resistência à segregação. Fácil de executar, testa a habilidade passante do CAA. O índice é a média de dois diâmetros ortogonais formados pelo espalhamento. Método para a avaliação da resistência à segregação. Corta-se o tubo preenchido e mede a segregação. A aplicação do CAA exige uma qualidade muito maior dos equipamentos envolvidos bem como um controle mais rigoroso de todo o processo de produção. O CAA pode ser um material altamente favorável, tornando-se uma excelente opção. Materiais a base de cimento Portland com baixíssima porosidade e altíssima resistência à compressão (superiores a 200 MPa - 2 a 4 vezes maior que os CAD comuns). Possuem importante resistência à flexão e uma ductilidade extremamente alta, (250 vezes superior aos concretos convencionais). Desenvolvidos na França pela Bouygues Construction Company. Propriedades obtidas a partir de: Massa mais homogênea Compacidade otimizada pela granulometria dos materiais finos Melhor interface pasta/agregado Aumento da ductilidade pela adição de fibras de aço. Resistência superior à compressão e cisalhamento permitem redução significativa do peso próprio dos elementos estruturais. Sem necessidade de armaduras para compressão ou o cisalhamento. Melhor performance em sismos - Reduz cargas de inércia (estruturas mais leves), possibilita maiores deflexões com seções menores (maior absorção de energia). Maiores resistências à abrasão, fenômenos gelo/degelo e ataques químicos. Significativas quantidades de cimento não hidratado no produto acabado dá ao material um potencial de se autorecuperar de fissuras. A sua finura possibilita acabamentos superficiais de alta qualidade. Sua baixa e não interconectada porosidade diminui as transferências de massas tornando inexistente a penetração de líquidos, gases ou elementos radioativos. No CPR a areia fina utilizada se torna o agregado graúdo dos concretos convencionais, o cimento Portland preenche a função de agregado miúdo e a sílica ativa a função do cimento. Cimento Portland com baixo teor de C3A e baixa finura Blaine. Propriedades mecânicas comparadas ao concreto comum e de alto desempenho. As fibras melhoram algumas deficiências do concreto: Minimizam a retração; Minimizam a microfissuração e permeabilidade; Aumentam a resistência ao choque (tenacidade); • Aumentam a ductilidade das peças. Fibras para concreto de: Aço Polímeros Polipropileno Nylon Poliéster Vidro Amianto Vegetais Adição de fibras prejudica as propriedades do concreto fresco. Adição de fibras deve ser considerada como um novo agregado, para a composição da dosagem do concreto. Pouco efeito nas propriedades mecânicas estáticas. Algum efeito sobre: Compressão (até 25%) Tração simples (até 6%) Torção Cisalhamento Efeito sensível: Aumento da resistência à tração na flexão; Melhoram as propriedades mecânicas dinâmicas. Minimizam fissuração; Diminuem a retração; Aumentam resistência à fadiga; Aumentam resistência ao impacto (tenacidade); Minimizam lascamento (spalling) em incêndios. Aumento da ductilidade e da tenacidade Material não rompe imediatamente após a primeira fissura Volume crítico de fibras – equilíbrio eficiência / trabalhabilidade Compatibilidade do comprimento das fibras com o DMC dos agregados graúdos. L > 2 DMC AFLORAMENTO DAS FIBRAS Impossível garantir cobrimento adequado. Concretos expostos a água sofrem com a oxidação das fibras de aço aparentes. Ocorre a ruptura do pequeno cobrimento. Bambu, coco, juta, malva, piaçava, sisal e celulose; Baixa durabilidade; Sofrem decomposição em meio alcalino; Medidas para minimizar a decomposição: Emprego de feixes; Proteção das fibras e matriz; Redução da alcalinidade da matriz. 2 a 8 cm de comprimento, mais compridas mais eficientes, mas ficam mais difíceis de misturar; 0,4 a 1,5% do volume de concreto, traços com alto consumo de cimento e baixo fator a/c; Reduz a retração; Diminui microfissuração e permeabilidade, aumenta durabilidade. Diferentes formatos, dimensões e tipos de aço Diferentes performances Cuidados em peças expostas – corrosão das fibras Uso em concreto projetado – diminui a reflexão (perdas); Uso em pavimentos de concreto – aumenta tenacidade e minimiza a retração. APLICAÇÕES: Produtos refratários, concretos aparentes ou ambientes agressivos. Minimizam a retração – menos microfissuração – concreto mais durável. Não degradam. Baixo módulo deelasticidade comparado com as de aço. Fibras com comprimentos da ordem de 2 a 4 cm. Polipropileno - baixo custo, baixos E e resistência à tração. Nylon - custo mais alto, densidade similar a da água - não segrega, resistência à tração e E superiores as de polipropileno. Poliéster - características melhores que as de polipropileno. Comprimentos da ordem de 2 a 4 cm. Comprimentos excessivos ou excessos na dosagem tentem a formar “ninhos”. Fibras de polipropileno em conjunto com fibras de aço, utilizadas em anéis de túneis para melhorar o desempenho em incêndios - minimizam o lascamento. Possuem Módulo de Elasticidade e resistência à tração maiores que as fibras de polímeros. O vidro comum sofre ataque do meio alcalino do cimento, as fibras precisam ter composição química especial ou ser revestidas por polímeros. Tipo AR ou Álcali Resistente, tem composição química especial. Possuem +- 16% de óxido de zircônio (ZrO2) na sua composição. Tipo E são fibras de vidro comum, revestidas com polímeros para não sofrer ataque do meio alcalino. UFPR. Tecnologias em Concreto.92p.NotasdeAula.
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