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1 SOCIEDADES CONTRATUAIS

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1 SOCIEDADES CONTRATUAIS E INSTITUCIONAIS
 As sociedades contratuais são aquelas constituídas por meio de contrato social, como as sociedades em comandita simples, em nome coletivo e as sociedades por cotas de responsabilidade limitada (hoje denominadas “sociedades limitada”). Para a dissolução deste tipo de sociedade não basta à vontade majoritária dos sócios, reconhecendo a jurisprudência o direito de os sócios, mesmo minoritários, manterem a sociedade, contra a vontade da maioria; além disto, há causas específicas de dissolução desta categoria de sociedades, como a morte ou a expulsão de sócio. São sociedades contratuais: em nome coletivo (N/C), em comandita simples (C/S) e limitada (Ltda.). 
O contrato social vem a ser um instrumento de constituição de sociedade, contendo regras que a disciplinam, traçando a sua estrutura, o seu tipo societário, o objeto social e etc. Como contrato plurilateral, os contratantes assumem obrigações perante os demais e perante a um novo sujeito que surge: a sociedade empresária, que é uma pessoa jurídica. Os requisitos do contrato social para que seja válido e apto para ser registrado são os seguintes: 
Requisitos gerais: agente capaz, objeto lícito e possível, forma prescrita ou não proibida em lei
Requisitos específicos: capital social: previsão de capital social, devendo todos os sócios contribuir para a sua formação; participação nos resultados: os contratos deverão prever a participação dos sócios nos resultados da sociedade, positivos ou negativos, sem exclusão de nenhum. 
 As sociedades institucionais, por sua vez, têm como ato regulamentar o estatuto social. Estas sociedades podem ser dissolvidas por vontade da maioria societária e há causas dissolutórias que lhes são exclusivas como a intervenção e liquidação extrajudicial. São institucionais a sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações. O capital social está dividido em ações. Os sócios são chamados de “acionistas”. O vínculo é único. Existe um vinculo dos sócios para com a sociedade, mas inexiste vinculo dos sócios entre si. As S.A também são chamadas de COMPANHIA. 
A sociedade contratual tem a sua constituição e dissolução regidas pelo Código Civil de 2002, enquanto que a sociedade institucional rege-se, neste ponto, pelas normas da Lei n. 6.404 /76.
Dica: a palavra “CIA” no começo ou no meio indica que é uma S.A. Se estiver no final, “CIA” indica a existência de outros sócios.
2 SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
A sociedade em sentido amplo é a união de duas ou mais pessoas através de um contrato de sociedade (escrito ou oral), em que estas pessoas reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A sociedade não personificada é aquela que, embora constituída mediante instrumento escrito, não formalizou o arquivamento ou registro dos seus atos constitutivos. Assim, o contrato ou acordo tem validade somente entre os sócios, não tendo força contra terceiros. Portanto, a sociedade não personificada pode ser constituída de forma oral ou documental. O Código Civil prevê dois tipos de sociedades não personificadas: Sociedade em Comum e Sociedade em Conta de Participação.
2.1 Sociedade em Conta de Participação
Sempre houve controvérsia doutrinária sobre a natureza jurídica das sociedades em conta de participação, considerando uns tratar-se de mero contrato de investimento e, outros, tipo societário.
O Código Civil adotou a corrente doutrinária que considera o contrato em conta de participação como sendo sociedade e, contudo, em linha diametralmente oposta a essa conclusão, atribuiu à contribuição do sócio participante (também chamado oculto) o caráter de patrimônio especial, separado do patrimônio social, conferindo ao seu possuidor título quirografário, na falência do sócio ostensivo.
São características da sociedade em conta de participação:
a) Exercício da atividade: a atividade é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu próprio nome, sem a adoção de nome social. O sócio participante não pode tomar parte nas relações com terceiros, sob pena de responder solidariamente com o sócio ostensivo.
b) Responsabilidade perante terceiros: somente o sócio ostensivo se obriga perante terceiros.
c) Prova da sociedade: independe de qualquer formalidade, provando-se por todos os meios de direito.
d) Efeitos do contrato: somente entre os sócios. A inscrição no Registro Público não confere personalidade jurídica.
e) Direitos do sócio participante (oculto): fiscalizar a gestão dos negócios sociais.
f) Patrimônio: os fundos admitidos são considerados patrimônio especial.
g) Efeitos da falência do sócio ostensivo: dissolução da sociedade e liquidação da conta. O crédito do participante é quirografário.
h) Efeitos da falência do sócio participante (oculto): o contrato é tratado segundo as regras do contrato bilateral na falência (LRF, art. 117). O administrador judicial poderá cumpri-lo, se convier à massa.
i) Ingresso de novo sócio: somente com o consentimento do sócio participante.
j) Modo de liquidação: seguem-se as regras do procedimento de prestação de contas previsto nos arts. 914-919 do CPC.
2.2 Sociedade em Comum
O sistema anterior ao Código Civil distinguia as sociedades de fato (as que sequer elaboravam seus contratos sociais) das irregulares (as relações eram reguladas entre os sócios, mas o documento não era levado a arquivamento na Junta Comercial). Em seu lugar o Código Civil (arts. 986-990) estabeleceu regras especiais sob a rubrica “sociedades em comum”, denominação que se refere ao estado provisório de irregularidade, ou, na expressão legal, “enquanto não inscritos os atos constitutivos”. Neste regramento destacam-se (a) o reconhecimento de um patrimônio especial, formado por bens e dívidas da sociedade não registrada, e (b) a faculdade de o sócio não tratador fazer uso do benefício de ordem, isto é, o sócio que não participou da realização de determinado negócio jurídico pode invocar o direito de ver seus bens excutidos somente após o esgotamento do patrimônio que responde primariamente pelas dívidas sociais: os bens da sociedade e os do sócio tratador. À falta de registro, como se prova a existência da sociedade em comum? De duas formas distintas, dependendo da qualidade de quem a requer. O terceiro pode fazê-lo de qualquer modo (CC, art. 987). O regime anterior (CCom, art. 305) exemplificava alguns desses meios probatórios:
1) negociação promíscua e comum; 
2) aquisição, alheação, permutação, ou pagamento comum; 
3) se um dos associados se confessa sócio, e os outros o não contradizem por uma forma pública; 
4) se duas ou mais pessoas propõem um administrador ou gerente comum; 
5) a dissolução da associação como sociedade; 
6) o emprego do pronome nós ou nosso nas cartas de correspondência, livros, faturas, contas e mais papéis comerciais; 
7) o fato de receber ou responder cartas endereçadas ao nome ou firma social; 
8) o uso de marca comum nas fazendas ou volumes; 
9) o uso de nome com a adição “e companhia”.
Aos sócios, contudo, a lei condicionou a demonstração de existência de sociedade à apresentação de documento escrito (CC, art. 987).
	
3 SOCIEDADES PERSONIFICADAS
É a constituída mediante contrato escrito, particular ou público, que deverá constar as cláusulas estipuladas pelas partes e as disposições estatuídas na lei.
3.1 Sociedades Contratuais
São constituídas por um contrato entre os sócios. Nela, os vínculos estabelecidos entre os membros da pessoa jurídica tem natureza contratual e neles se aplicam os princípios do direito dos contratos. O instrumento disciplinar das relações sociais é o contrato social. O diploma jurídico aplicável na dissolução é o Código Civil. Exemplos: sociedade em nome coletivo, em comandita simples e limitada. São aquelas em que o elo entre os sócios é predominantemente pessoal e classificadas, de acordo com a sua natureza, como sociedades do tipo (intuitu personae).
Requisitos do contrato social : Para ser válido,o contrato social deve observar a duas ordens de requisitos.
 
Requisitos Genéricos ou de Validade : Tais requisitos são comuns à validade de qualquer ato jurídico sob pena da sociedade não se formar validamente, podendo ser decretada a sua anulação. São eles:
 
Agente capaz – para que o consentimento seja válido é preciso que a pessoa seja capaz. OBS: a contratação de sociedade limitada por menor, devidamente representado ou assistido, tem sido admitida pela jurisprudência, desde que não tenha poderes de administração e o capital social esteja totalmente integralizado;
Objeto possível e lícito – é preciso que a atividade econômica explorada pela sociedade seja possível, lícita e válida; ou melhor, não deve contrariar nenhuma norma jurídica;
 
Forma prescrita ou não proibida em lei – o contrato social deve ser escrito por instrumento particular ou público. Entretanto poderá ser oral em casos excepcionais.
Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
 
Requisitos Específicos ou de Existência: A ausência desses requisitos compromete a própria existência do ente social. São eles:
 
“Affectio societatis” – há entre os sócios de uma sociedade um elo que os une, uma vontade comum, uma intenção de constituir a sociedade. Este elo, ou ânimo, é a chamada “affectio societatis”;
 
Pluralidade de sócios – a sociedade deve ser formada por mais de uma pessoa. Excepcionalmente, o Direito brasileiro admite a sociedade unipessoal, como, por exemplo, no caso de unipessoalidade incidental temporária. Esta ocorre quando, por exemplo, um dos sócios morre, ou quando há sucessão intervivos ou mortis causa da cota social de um dos sócios ao outro único sócio. Nestes casos, o sócio restante deve restabelecer a pluralidade, no prazo de 180 dias, caso contrário a sociedade não poderá continuar existindo e deverá ser dissolvida.
Art. 1033 CC. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
 
Contribuição dos sócios para formação do capital social – todos os sócios devem contribuir para a formação do capital social, seja com bens, créditos ou dinheiro. O capital social é, portanto, a soma das contribuições dos sócios. É fixo, porém, poderá ser alterado para mais ou para menos durante a vida da sociedade. Saliente-se que o capital social não é o patrimônio da sociedade, até porque este último inclui bens e dívidas da sociedade.
Art. 981 CC. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. • Participação nos resultados – assim como os sócios devem contribuir para formação do capital social, devem partilhar os resultados, positivos ou negativos, da sociedade. Uma sociedade empresarial que dispense um dos sócios da contribuição para formação de seu capital social não é válida, assim como aquela que exclua um ou alguns dos sócios dos lucros ou das perdas sociais 
SOCIEDADE “LEONINA.” Art. 1008 CC. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas. A lei não veda a distribuição diferenciada dos lucros entre os sócios; nem a distribuição desproporcional à participação de cada um no capital social. A vedação é quanto à exclusão de sócio da distribuição dos lucros ou contribuição no capital social.
Consentimento – é preciso que se queira associar a outro. A associação não deve ser compulsória e o consentimento não pode estar viciado;
3.2 Sociedades Simples
Conceito: A sociedade simples remete a parcerias entre profissionais prestadores de serviços, constituindo casos nos quais eles mesmos exercem a atividade para a qual a sociedade existe. Exemplos são sociedades entre médicos, advogados e outros profissionais cujas atividades, ou seja, profissões, correspondem à própria finalidade da união. Dessa forma, esse tipo de sociedade explora prioritariamente atividades de prestação de serviços de natureza notadamente intelectual e/ou cooperativa. O objeto descrito no contrato social de uma parceria desse tipo, portanto, deve necessariamente não corresponder a atividades mercantis.  Em geral, o conceito de sociedade simples está ligado a atividades de natureza científica, literária, artística, entre outras. De forma resumida, então, a sociedade simples é constituída por pessoas exercendo suas profissões, sendo de "caráter pessoal" a prestação de serviços feita por elas. Por isso, as cooperativas e associações, independente do número de participantes, serão sempre consideradas sociedades simples (pois os profissionais exercem a atividade fim da parceria). A sociedade empresarial se diferencia da simples justamente por ter como finalidade o exercício profissional de atividades econômicas voltadas para a produção e circulação de produtos ou serviços. 
Constituição e conteúdo do contrato: A sociedade simples constitui-se por contrato escrito, que mencionará: 
Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e, se pessoas jurídicas, a firma ou denominação, nacionalidade e sede;
Denominação, objeto, sede e prazo;
Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
A quota de cada sócio no capital e o modo de realizá-la;
Prestação do sócio cuja contribuição consista em serviço;
Pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, seus poderes e atribuições;
Participação de cada sócio nos lucros e perdas;
Se os sócios respondem ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. 
4 SOCIEDADES ESTATUÁRIAS
São aquelas cujo ato constitutivo é um estatuto social. É o caso das S.A e da comandita por ações. O capital social está dividido em ações. Os sócios são chamados de “acionistas”. O vínculo é único. Existe um vinculo dos sócios para com a sociedade, mas inexiste vinculo dos sócios entre si.
4.1 Sociedades Anônimas
Conceito: A lei nos oferece o conceito de sociedade anônima, pois o art. 1º indica os seus elementos: “A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”. O Decreto-Lei nº 2.627, de 1940, revogado, usou do mesmo estilo de apresentação do instituto: “A sociedade anônima ou companhia terá o capital dividido em ações, do mesmo valor nominal, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao valor das ações subscritas ou adquiridas”. O Código Civil não regula o tipo, remetendo sua regência à lei especial, reservando-se a condição de norma supletiva no caso de omissão da legislação especial (art. 1.089). O Código a define como a sociedade que “tem o capital dividido em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir” (art. 1.088). Todavia, algumas disposições esparsas, relativas às sociedades por ações, são encontráveis no Código, como é o caso do art. 1.126, parágrafo único, que estabelece a forma nominativa das ações quando a lei exigir que todos os acionistas sejam brasileiros (regra superada, pois não são admitidas ações ao portador no País), do art. 1.127, que trata da mudança da nacionalidade da sociedade, exigindo o consentimento unânime dos acionistas, ou do art. 1.132, que trata da autorização para funcionamento e autorização para constituição da sociedade no caso de subscrição pública do capital. O art. 1.134 autoriza a sociedade estrangeira, ressalvados os casos expressos em lei, a ser acionista de sociedade anônima brasileira.
 
Características: A sociedade se forma pelo contrato. Assim, duas pessoas, no mínimo (art. 80, I), devem subscrever todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto. Carvalho de Mendonça se refere aos estatutoscomo contrato social: “A carta que rege a sociedade anônima e da qual não se pode esta afastar, em outros termos, as bases, cláusulas e condições do respectivo contrato são formuladas em uma peça ou documento denominado estatutos. Estes formam a lei fundamental reguladora da atividade social; são a primeira e a mais solene manifestação da sociedade. Podem, também, constar do próprio pacto social, se a sociedade anônima se constituir por escritura pública. Em um e outro caso, os estatutos antecedem cronologicamente à constituição da sociedade” (Tratado, vol. III, nº 925). Parece-nos, porém, que os estatutos não constituem propriamente o contrato. Para a sociedade anônima formar-se são necessários vários atos, que se consubstanciam no ato constitutivo, que pode ser elaborado como ata de fundação, em decorrência da constituição da sociedade ou de escritura pública. Essa ata é que, verdadeiramente, representa o contrato. Os estatutos seriam, assim, um elemento do contrato, regulamentando não só a formação da sociedade como também traçando as normas segundo as quais a sociedade atuará e se desenvolverá. Sem esse ato de constituição, lavrado em ata, escrito particular ou público, não se aperfeiçoa o contrato. A simples assinatura do estatuto não serve para vincular contratualmente os sócios. Se é o contrato, pois, que forma a sociedade, é ele de natureza plurilateral. A instituição, entretanto, não explica o ato de fundação da sociedade, mas apenas sua atividade social após a sua constituição. A sociedade anônima atua pelos seus órgãos, que estabelecem harmoniosamente, segundo a lei e os estatutos, o equilíbrio de poder dos vários grupos e interesses. Os órgãos, sobretudo os de administração, atuam tendo em vista os limites fixados em função da declaração do objeto social.
Nome Empresarial: O art. 295 do Código Comercial enunciava que as companhias ou sociedades anônimas, “designadas pelo objeto ou empresa a que se destinam”, são formadas “sem firma social”. Embora hoje possuam elas um nome comercial, pois a denominação é uma das espécies deste, continuam genericamente a ser denominadas sociedades a-nônimas, isto é, sociedades sem nome. Carvalho de Mendonça sustentava que a sociedade, depois de constituída, assumia “a mais absoluta impersonalidade”, o que era “o seu sinal característico”. E ajuntava: “não havendo responsabilidades pessoais nessas sociedades, nenhum acionista deve prestar o seu nome para designá-las; seria dotá-las indiretamente com uma firma, o que a lei veda em absoluto” (Tratado, vol. III, ns. 881 e 889).
Não exclui, com efeito, a lei que o nome de fundador, de acionista, ou de pessoa que por qualquer modo tenha concorrido para o êxito da empresa, possa figurar na denominação. Muitas vezes, por tradição, ou como homenagem a um fundador, e mesmo tendo em vista o prestígio de um grande acionista, escolhe-se o seu nome para integrar a denominação. Isso se admite como uma homenagem: não como vinculação à responsabilidade pelas obrigações sociais, como ocorre em certas sociedades de pessoas. Na maior parte das vezes, entretanto, a denominação será de fantasia.
A sociedade será, pois, designada por denominação acrescida das palavras “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou abreviadamente. O emprego da palavra “companhia” é expressamente vedado no final da denominação, esclarecimento necessário para evitar que sejam confundidas com certas sociedades de pessoas, sobretudo as sociedades em comandita simples.
A atual lei dispensa que a denominação indique o objeto social, por ser ilusória essa exigência. O sistema antigo sustentava que, pela simples leitura da denominação, se deveria perceber o objeto social. Explicou, todavia, a
“Exposição de Motivos” que “referências genéricas como, por exemplo, indústria e comércio, pouco informam: nas sociedades com produção diversificada de bens e serviços a indicação do fim é impraticável; e nas grandes companhias, com marcas amplamente conhecidas no mercado, é dispensável”. Em consequência, dispensou-se o rigor anterior. Aliás, o Código Civil de 2002, no art. 1.160, determina que a sociedade anônima opere sob “denominação designativa do objeto social”.
Essa realista orientação, por outro lado, evita as denominações extensas, quilométricas, sem qualquer vantagem ou utilidade senão a de ocupar mais tempo na sua formulação e mais espaço nos impressos indicativos da sociedade. A composição na denominação será, portanto, sumária.
Trata o § 2º do art. 3º de matéria estranha à lei, qual seja, a colidência de denominações. Se a denominação for idêntica ou semelhante à de companhia já existente, assistirá à prejudicada o direito de requerer a modificação, por via administrativa, à Junta Comercial, ou em juízo, e demandar as perdas e danos resultantes. A Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, que regula o Registro Público de Empresas Mercantis, no art. 33 estabeleceu, em preceito genérico, aplicável às sociedades anônimas, que “a proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações”, sendo que o nome comercial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade (art. 34). A proteção ao nome comercial se estende à vida toda da sociedade, pois só se extingue com o decurso do prazo determinado de duração da empresa (art. 59) e no caso de cancelamento de registro da empresa considerada inativa nos termos da lei referida (art. 60, § 1º). O Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, também traz normas sobre o sistema de proteção do nome comercial, hoje, pela lei citada, chamado de nome empresarial, dispondo, na Subseção II — “Da proteção ao nome empresarial”, componente do Capítulo II, do Título II, que a proteção ao nome empresarial, a cargo das Juntas Comerciais, decorre automaticamente do arquivamento do ato constitutivo de sociedade mercantil ou de alterações desse ato que impliquem a mudança de nome. A proteção, segundo o Decreto nº 1.800/96, se circunscreve à unidade federativa de jurisdição da Junta Comercial que procedeu ao arquivamento, podendo ser estendido a outras unidades da Federação, por requerimento da empresa interessada dirigido às respectivas Juntas Comerciais. O nome empresarial, atendendo aos princípios da veracidade e novidade, anunciará o objeto social no caso de o nome comercial ser composto com a indicação da atividade econômica exercida pela empresa, e deverá evitar colidência por identidade (se homógrafos) ou semelhança (se homófonos). Ainda, o nome empresarial indicará o tipo jurídico da sociedade quando a lei o exigir. Essas regras, contidas nos arts. 61 e 62 do Decreto nº 1.800/96, são reproduzidas em pormenores pela Instrução Normativa nº 104, de 30 de abril de 2007, do DNRC. Hoje, portanto, temos um regime legal quase completo de proteção ao nome empresarial da sociedade anônima e demais tipos de sociedades comerciais e da firma mercantil individual.
 Constituição: O tema da constituição da companhia encontra-se fracionado em três níveis distintos: I) requisitos preliminares (arts. 80 e 81); II) modalidades de constituição (arts. 82 a 93); III) providências preliminares (arts. 94 a 99). Não se trata, rigorosamente, de etapas da constituição.
Qualquer companhia, para constituir-se, deve atender aos seguintes três requisitos preliminares:
Subscrição de todo o capital social por, pelo menos, duas pessoas. Necessário, no entanto, é que todas as ações representativas do capital social estejam subscritas. A subscrição é contrato plurilateral complexo pelo qual uma pessoa se torna titular de ação emitida por uma sociedade anônima. A subscrição é irretratável.
Realização, como entrada, de, no mínimo, 10% do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro. Na subscrição a prazo em dinheiro, pelo menos 1/10 do preço da ação deve ser integralizado como entrada.
Depósito das entradas em dinheiro no Banco do Brasil ou estabelecimento bancário autorizado pela CVM. Este depósito deverá ser feito pelo fundador, até 5 dias dorecebimento das quantias, em nome do subscritor e em favor da companhia em constituição. Concluído o processo de constituição, a companhia levantará o montante depositado; se este processo não se concluir em 6 meses do depósito, o subscritor é que levantará a quantia por ele paga.
A lei prevê duas modalidades de constituição de sociedade anônima, de acordo com a existência ou não de apelo ao público investidor: a constituição por subscrição pública, em que os fundadores buscam recursos para a constituição da sociedade junto aos investidores; e a constituição por subscrição particular, em que inexiste esta preocupação por parte dos fundadores.
A caracterização de emissão pública de ações encontra-se definida no art. 19, §3º da Lei 6385/76. Sempre que o fundador de uma companhia pretender lançar mão de expedientes como os referidos por este dispositivo, deverá observar as normas relativas à constituição por subscrição pública, também denominada, doutrinariamente, constituição sucessiva posto compreender várias etapas ou fases. Caso não pretenda lançar mão destes expedientes, deverá o fundador optar pela constituição por subscrição particular, também conhecida por constituição simultânea.
Fases da constituição por subscrição pública (constituição sucessiva):
1ª fase: tem início com o registro na CVM, cujo pedido deve estar instruído com o estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento, o projeto dos estatutos e o prospecto. Aquela autarquia poderá condicionar a concessão do registro a alterações no prospecto ou no projeto de estatuto que não se revelarem satisfatórios. Se o estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento, no entanto, não satisfizer aos critérios técnicos da CVM. Nesta hipótese, o único caminho a seguir é o indeferimento do registro. A CVM poderá, também, negar o registro baseada na inidoneidade dos fundadores.
Para requerer o registro junto à CVM, o fundador da companhia deverá, necessariamente, contratar uma instituição financeira para intermediar a colocação das ações no mercado. O prospecto deverá, inclusive, conter a assinatura dela.
Após concedido o registro da emissão e da sociedade, na CVM, passa-se à segunda fase da constituição sucessiva.
2ª fase: compreende a subscrição das ações representativas do capital social. O investimento é oferecido ao público pela instituição financeira intermediária. Quem pretender subscrever ações dessa companhia deve procurar a instituição financeira para assinar o boletim ou a lista de subscrição, que instrumentalizam o negócio jurídico. Sendo em dinheiro a integralização, o subscritor pagará a entrada.
3ª fase: quando todo o capital social estiver subscrito, os fundadores convocarão a assembléia de fundação para avaliar os bens oferecidos para a integralização, se for o caso, e deliberar sobre a constituição da companhia. Nesta assembléia, todas as ações, de qualquer espécie ou forma, conferirão ao seu titular o direito de voto. Confirmada a observância de todas as formalidades legais e não se opondo subscritores representativos de mais da metade do capital social, será proclamada a sua constituição, elegendo-se, em seguida, os administradores e fiscais. O projeto de estatuto somente poderá ser alterado por deliberação unânime dos subscritores. 
A constituição por subscrição particular (constituição simultânea) é significativamente mais simples. Poderá processar-se por deliberação dos subscritores reunidos em assembléia de fundação ou por escritura pública. Na primeira hipótese, todos os subscritores deverão assinar o projeto de estatuto; na segunda, todos eles assinarão a escritura pública, que conterá os requisitos fixados em lei (art. 88, §2º, LSA).
Regras gerais e comuns em relação à constituição: arts. 89 a 93 da LSA.
Na seção referente às providências complementares, fixa a lei a necessidade de registro e publicação dos atos constitutivos da companhia. Somente após estas providências é que a companhia poderá dar início à exploração de suas atividades comerciais, de forma regular. Além disso, se houver incorporação de bem ao capital social, deverá ser providenciada, por seus primeiros administradores, a transferência da titularidade desse bem para a companhia, por transcrição no registro público competente.
Mercado de valores mobiliários: São títulos de investimento que a sociedade anônima emite para obtenção dos recursos que necessita. Além da ação (valor mobiliário representativo de unidade do capital social), a companhia poderá emitir os seguintes principais valores imobiliários:
Debêntures (arts. 52 a 74)
As debêntures são títulos representativos de um contrato de mútuo, em que a companhia é a mutuária e o debenturista o mutuante. Os titulares de debêntures têm direito de crédito, perante a companhia, nas condições fixadas por um instrumento elaborado por esta, que se chama “escritura de emissão”. Tal instrumento estabelece se o crédito é monetariamente corrigido ou não, as garantias desfrutadas pelos debenturistas, as épocas de vencimento da obrigação e demais requisitos determinados por lei (art. 59, LSA).
A comunidade de interesses dos debenturistas pode ser representada por um agente fiduciário, nomeado pela escritura de emissão. Sempre que as debêntures forem distribuídas, ou admitidas no mercado, a nomeação de agente fiduciário é obrigatória. Se a negociação das debêntures não se fizer no mercado, será facultativa a sua intervenção. Pode exercer a função de agente fiduciário dos debenturistas a pessoa física que preencher os requisitos que a lei estabelece para os administradores e a instituição financeira especialmente autorizada pelo Banco Central do Brasil, observados os impedimentos que a lei contempla no art. 66, §3º. As debêntures, de acordo com a garantia oferecida aos seus titulares, podem ser de quatro espécies:
Com garantia real: um bem, pertencente ou não à companhia, é onerado (hipoteca de um imóvel, por exemplo);
Com garantia flutuante: confere aos debenturistas um privilégio geral sobre o ativo da companhia, pelo qual terão preferência sobre os credores quirografários, em caso de falência da companhia emissora;
Quirografária: cujo titular concorre com os demais credores sem garantia, na massa falida; 
Subordinada ou subquirografária: o titular tem preferência apenas sobre os acionistas, em caso de falência da sociedade devedora.
As debêntures podem ter a cláusula de conversibilidade em ações e podem ser nominativas ou escriturais.
Partes beneficiárias (arts. 46 a 51):
As partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, que conferem aos seus titulares direito de crédito eventual, consistente na participação nos lucros da companhia emissora (art. 46, §1º, LSA).
Dos lucros da sociedade anônima não poderá ser destinado às partes beneficiárias mais do que 10%. Esses títulos poderão ser alienados ou atribuídos. A atribuição, por sua vez, poderá ser onerosa, em pagamento a prestação de serviços, ou gratuita. A companhia Berta não poderá emitir partes beneficiárias.
As partes beneficiárias terão a duração estabelecida pelos estatutos, nunca superior a 10 anos no caso de títulos de atribuição gratuita, salvo se emitidos em favor de sociedade ou fundação beneficente de empregados da companhia, hipótese em que os estatutos poderão fixar a duração do título livremente.
As partes beneficiárias podem conter, também, a cláusula de conversibilidade em ações, devendo, neste caso, ser constituída uma reserva especial para capitalização.
A alteração dos estatutos que importe em modificação ou redução das vantagens conferidas aos titulares das partes beneficiárias somente terá eficácia após sua aprovação pela metade, no mínimo, dos titulares das partes beneficiárias, reunidos em assembléia.
Bônus de subscrição (arts. 75 a 79):
Os bônus de subscrição conferem aos seus titulares o direito de subscreverem ações da companhia emissora, quando de futuro aumento de capital social desta. O titular de um bônus não estará dispensado do pagamentodo respectivo preço de emissão. São títulos criados pela sociedade anônima para alienação onerosa ou atribuição como vantagem adicional aos subscritores de suas ações ou debêntures.
Ações (arts. 11 a 45, LSA):
As ações são valores mobiliários representativos de unidade do capital social de uma sociedade anônima, que conferem aos seus titulares um complexo de direitos e deveres.
Classificam-se as ações segundo três critérios distintos:
Quanto à espécie:
Ordinárias: aquelas que conferem aos seus titulares os direitos que a lei reserva ao acionista comum. São ações de emissão obrigatória. O estatuto não precisará disciplinar esta espécie de ação, uma vez que dela decorrem, apenas, os direitos normalmente concedidos ao sócio da sociedade anônima.
Preferenciais: ações que conferem aos seus titulares um complexo de direitos diferenciado (como por exemplo, a prioridade na distribuição de dividendos). As ações preferenciais podem ou não conferir o direito de voto aos seus titulares. Para serem negociadas no mercado de capitais, os direitos diferenciados das preferenciais devem ser pelo menos um de três definidos na LSA (art. 17, §1º). O máximo de ações preferenciais sem direito a voto, ou com restrições a esse direito, tolerado por lei é de 50% das ações emitidas (art. 15, §2º).
De fruição: são aquelas atribuídas aos acionistas cujas ações foram totalmente amortizadas. O seu titular estará sujeito às mesmas restrições ou desfrutará das mesmas vantagens da ação ordinária ou preferencial amortizada, salvo se os estatutos ou a assembléia geral que autorizar a amortização dispuserem em outro sentido.
Quanto à classe:
As ações preferenciais se dividem em classes de acordo com o complexo de direitos ou restrições que, nos termos dos estatutos, forem conferidos aos seus titulares.
As ações ordinárias, em tese, não deveriam ser divisíveis em classes, na medida em que se conceituam justamente por conferirem um mesmo conjunto de direitos aos seus titulares. No entanto, a lei possibilita aos estatutos da companhia fechada a previsão de classes de ações ordinárias. As ações ordinárias das companhias abertas não poderão ser divididas em classes (art. 15, §1º).
Quanto à forma (art. 20, LSA): leva em conta o ato jurídico que opera a transferência de titularidade:
Nominativas: circulam mediante registro no livro próprio da sociedade emissora.
Escriturais: são mantidas, por autorização ou determinação dos estatutos, em contas de depósito em nome de seu titular. Essas ações são desprovidas de certificado e sua circulação se opera por lançamento da operação nos registros próprios da instituição financeira depositária, a débito da conta de depósito do alienante e a crédito da conta de depósito do adquirente. Os estatutos da companhia fechada podem estabelecer limites à livre circulação das ações representativas de seu capital social, desde que, dispõe a lei (art. 36), não impeçam a sua negociação nem sujeitem o acionista ao arbítrio dos órgãos de administração ou à maioria dos acionistas. O exemplo mais corrente de aproveitamento dessa faculdade do legislador encontra-se na previsão do direito de preferência para a compra de ações reconhecida aos demais acionistas da companhia. Nesse caso, aquele que pretender alienar suas ações estará obrigado a oferecê-las, inicialmente, aos demais integrantes do quadro associativo da sociedade anônima. A circulação das ações da companhia aberta, no entanto, não poderá sofrer qualquer restrição por parte dos estatutos.
Integralização: O capital social de uma SA pode ser integralizado pelo acionista em dinheiro, bens ou créditos.Para a integralização do capital social em bens é necessário realizar-se a avaliação desses bens, que deve ser feita com observância de determinadas regras fixadas em lei (art. 8º, LSA). Se o valor obtido por laudo pericial for aprovado pelo órgão social e aceito elo subscritor, perfaz-se a integralização do capital social pelo bem avaliado. Qualquer bem, corpóreo ou incorpóreo, móvel ou imóvel, pode ser usado para a integralização do capital social da companhia. O bem se transfere a título de propriedade, salvo estipulação diversa, e a responsabilidade do subscritor equipara-se, igualmente, à do vendedor.
 No tocante à integralização por créditos de que seja titular o subscritor, há de se observar a responsabilidade deste pela existência do crédito e pela solvência do devedor. Mesmo em se tratando de cessão civil, será sempre possível demandar o subscritor quando o devedor não honrar o título junto à companhia cessionária (art. 10, § único, LSA). O certificado de ação integralizada por transferência de crédito somente poderá ser expedido após a sua realização (art. 23, §2º, LSA).
 Aumento de capital social: O capital social pode – e, em certos casos, deve – ser aumentado. O aumento do capital social, no entanto, nem sempre decorre de ingresso de novos recursos na companhia
Emissão de ações: hipótese em que há efetivo ingresso de novos recursos no patrimônio social. O aumento será deliberado em assembléia geral extraordinária (art. 166, IV, LSA) e tem por pressuposto a realização de, pelo menos, ¾ do capital social então existente (art. 170, LSA).
Valores mobiliários: conversão de debêntures ou partes beneficiárias conversíveis em ações, bem como o exercício dos direitos conferidos por bônus de subscrição ou opção de compra, importam em aumento de capital social, com emissão de novas ações (art. 166, III, LSA).
Capitalização de lucros e reservas: a assembléia geral ordinária pode destinar uma parcela do lucro líquido ou de reservas para reforço do capital social, emitindo-se, ou não, novas ações (art. 169, LSA), mas sempre sem o ingresso de novos recursos.
O estatuto da companhia pode autorizar aumento do capital social, dentro de certo limite, sem necessidade de sua alteração. A medida visa a agilizar o processo de decisão e emissão de novas ações. O estatuto deverá, quando fixar o capital autorizado, definir qual o órgão competente para decidir a emissão das novas ações, se a assembléia geral ou o conselho de administração (art. 168, LSA).
Redução do capital social: O capital social da companhia pode, também, ser reduzido.
Duas são as causas que a lei considera para permitir esta redução:
Excesso do capital social, quando se constata o seu superdimensionamento;
Irrealidade do capital social, quando houver prejuízo patrimonial (art. 173, LSA).
Quando ocorre redução do capital social com restituição aos acionistas de parte do valor das ações ou diminuição do valor destas, se não-integralizadas, à importância das entradas já feitas, a lei busca proteger os interesses dos credores da companhia, sujeitando a eficácia da deliberação da assembléia geral ao transcurso do prazo de 60 dias após a publicação de sua correspondente ata. Durante este lapso temporal, os credores quirografários existentes à data da publicação terão direito de manifestar oposição à redução deliberada, hipótese em que o arquivamento da ata da assembléia geral fica condicionado ao pagamento ou ao depósito judicial do crédito do opoente. Outrossim, nesta mesma hipótese, será necessária, para a pretendida redução, a aprovação da maioria de seus debenturistas, reunidos em assembléia especial (art. 174, LSA).
Demonstrações contábeis ou Demonstrações financeiras: O Capítulo XV da lei, que teve sua redação original alterada pelas Leis ns. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e 11.941, de 27 de maio de 2009, disciplina minuciosamente a escrituração contábil e suas demonstrações, para serem transmitidas compreensivelmente ao público, após regular o período do exercício social. Essa expressão “demonstrações financeiras” foi combatida pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo, e respectivo Centro, quando da tramitação do projeto de lei, na Câmara dos Deputados. Sugeriu aquela corporação uma emenda, com o propósito de substituir a expressão “demonstrações financeiras” por “demonstrações contábeis”. Justificava-se essa modificação em decorrência de recomendação, nesse sentido,do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, e porque, além disso, a expressão usada no projeto, “demonstrações financeiras”, resulta da inadequada tradução do “financial statement” americano (Projeto nº 2.559/76, Sugestões de Emendas ao Congresso Nacional, pág. 37). Surgiu, assim, a Emenda nº 163, da Câmara dos Deputados, fundada naquela sugestão, acrescendo mais que “de fato, pelo próprio texto do art. 177, vê-se que a expressão se refere ao balanço patrimonial, à demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, aos resultados do exercício, e às origens e aplicação de recursos. Basta a enumeração feita para se concluir que se trata de elementos da contabilidade da companhia” (Câmara dos Deputados, Projeto nº 2.559/76, Avulso - Emendas oferecidas em plenário; agosto, 1976, pág. 32). O relator do projeto, Deputado Tancredo Neves, encampou os argumentos, opinando favoravelmente pela aprovação da emenda, tendo sido acolhida pelo plenário. A emenda caiu no Senado, mantendo-se a expressão consagrada no projeto, não obstante sua impropriedade.
Objetivo das demonstrações financeiras: Cuidou a lei vigente de regular as demonstrações financeiras de forma mais pormenorizada do que a lei revogada. Pela primeira vez em nosso direito o Decreto-Lei nº 2.627, de 1940, ditara algumas normas, com o fito de estabelecer certa uniformidade nos balanços e demais demonstrações contábeis. O art. 135 do diploma revogado pretendia que o balanço devesse exprimir, com clareza, “a situação real da sociedade”, o que nem sempre foi cumprido pelas sociedades anônimas. Os balanços e demonstrações da conta de lucros e perdas geralmente eram lançados de forma enigmática, longe da compreensão e entendimento dos acionistas e do público, a quem eram dirigidos. Resultavam, na verdade, da arte de dissimulação e de despiste, no mais das vezes. Com a filosofia que ditou a elaboração da nova lei, de tornar a companhia um receptáculo de poupanças e dos interesses do mercado de capitais, pondo em destaque o dever de informar da sociedade e de seus administradores, o Capítulo XV traça normas minuciosas a serem seguidas obrigatoriamente nas demonstrações financeiras. Nesse propósito explicou a “Exposição de Motivos” que, segundo técnica moderna, o art. 176 subdivide a atual conta de lucros e perdas em duas demonstrações, a fim de facilitar o conhecimento do resultado do exercício, e a Lei nº 11.638/2007 acrescenta a demonstração dos fluxos de caixa e do valor adicionado (se companhia aberta), que indica as modificações na posição financeira da companhia. Admite, todavia, que a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados pode ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, quando elaborada e publicada pela companhia (art. 186, § 2º). As normas são essencialmente técnicas e didáticas. Delas, na prática, deverão resultar demonstrações contábeis uniformes e facilmente inteligíveis. “Na escolha dessas regras” — enunciaram os autores do projeto — “influiu, evidentemente, o conhecimento de hábitos e práticas que a lei pretende corrigir ou coibir, a fim de que as demonstrações financeiras informem — a administradores, acionistas, credores e investidores do mercado — a verdadeira situação do patrimônio da companhia e seus resultados”. Um dos problemas que anteriormente se verificava com relação a esse assunto era o de que, sendo insuficientes as demonstrações contábeis, a legislação tributária, a do imposto de renda sobretudo, impunha certas normas e demonstrativos, obrigando, geralmente, a companhia a elaborar dois balanços, um comercial e outro fiscal. Com a nova sistemática isso deverá cessar, pois os demonstrativos, segundo a lei, atendem particularmente aos interesses de análise e fiscalização das autoridades fazendárias. A “Exposição de Motivos” explicou, com efeito, que a omissão na lei comercial de um mínimo de normas sobre demonstrações financeiras levou à crescente regulação da matéria pela legislação tributária, orientada pelo objetivo da arrecadação de impostos. Recomenda-se, por esse motivo, que se restabeleça a prevalência dessas normas para efeitos comerciais.
A técnica das demonstrações financeiras: No término de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia — determina o art. 176 —, as seguintes demonstrações financeiras: I — balanço patrimonial; II — demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III — demonstração do resultado do exercício; IV — demonstração dos fluxos de caixa; e V — se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Esses documentos, recomenda a lei, devem expressar com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício. Ademais, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, salvo no caso da companhia fechada com patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00, dispensada que é da publicação do demonstrativo dos fluxos de caixa. As demonstrações financeiras constituem, pois, claras peças que retratam a real situação econômico-financeira da sociedade, para informação dos seus próprios órgãos, dos acionistas, dos credores e do público em geral. Por isso, serão elas complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Essas “notas”, com a nova redação imprimida pela Lei nº 11.941/2009 ao § 5º do art. 176, devem: 
Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativo; 
Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada;
Indicar: I — os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender às perdas prováveis na realização do ativo; II — os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); III — o aumento do valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3º); IV — os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; V — a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; VI — o número, espécies e classes das ações do capital social; VII — as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; VIII — os ajustes dos exercícios anteriores (art. 186, § 1º); IX — os eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. Além disso, as demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral. Sobre a escrituração das contas da companhia, que está sujeita ao regime geral da escrituração comercial, já a estudamos no nº 83 supra. As demonstrações financeiras das companhias abertas, além do mais, observarão as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Serão elas, obrigatoriamente, examinadas por auditores independentes registrados na mesma Comissão.
O balanço e as outras demonstrações: O balanço da sociedade é o fulcro de todas as demonstrações financeiras. Estudando-o, Mário Lorenzo Fernandes explica que, “em sentido estrito, balanço é um processo de determinação do estado de um patrimônio, tendo por fim fixar, em certo instante, o valor monetariamente apreciável, da massa dos bens e das obrigações pertencentes ou vinculadas a umapessoa ou a uma entidade de direito” (Rep. Enc. do Dir. Brasileiro, vol. V, pág. 279). Mais concisamente, Erymá Carneiro conceitua o balanço como um gráfico que mostra a situação de um patrimônio e sua composição em determinado momento. Acresce: “porém, jurídica, econômica e contabilisticamente, a palavra balanço é empregada em sua acepção exata de quadro ou quadros gráficos que mostram a composição econômica do patrimônio num momento dado e os lucros e prejuízos brutos e líquidos que se verificam num determinado período (exercício)” (O Balanço das Sociedades Anônimas, pág. 29). Os juristas, com efeito, procuram perscrutar a natureza jurídica do balanço e da decisão que o aprova. A matéria está longe de ser pacífica, embora não haja dúvida de que o balanço se torna definitivo unicamente depois de sua aprovação, pela assembleia geral. Uma corrente considera que a sua aprovação constitui uma declaração de ciência ou de veracidade, mas outra a conceitua como uma declaração de vontade. Entre nós Ascarelli adota a última teoria, de que a aprovação do balanço constitui uma declaração de vontade, como sustenta em seus Problemas das Sociedades Anônimas e Direito Comparado (pág. 455). Diz o mestre italiano, tão ligado aos juristas nacionais, que, “juridicamente, constitui o balanço (ou melhor, a deliberação da assembleia que o aprova) um negócio declaratório, que visa simultaneamente a determinados fatos e às consequências que deles decorrem à vista das regras jurídicas aplicáveis; visa, com efeito, o balanço, a verificar o ativo e o passivo da sociedade, à vista da gestão do exercício; os lucros (ou as perdas) realizados; os lucros distribuíveis”. Acrescenta, em nota, que a aprovação do balanço não constitui mera declaração de ciência: “A aprovação do balanço é, de um lado, o pressuposto para que se aperfeiçoe o direito do acionista à distribuição do lucro do exercício; de outro lado, enquanto não seja anulado, deverá o balanço ser atendido na disciplina jurídica das relações sociais que respeitam ao exercício ao qual se refere (disto resultando o caráter negocial da deliberação que o aprova, apesar da declaratoriedade da sua função); não representa, entretanto, diretamente, o fato dos constitutivos direitos e das obrigações respectivas e não pode prevalecer sobre as relações jurídicas que lhe cabe declarar”. O propósito da lei é orientar o balanço, como vemos, para que espelhe a real situação da companhia, ao lado das demais demonstrações que exige. Os preceitos legais a respeito simplificam a antiga discriminação dos grupos de contas do balanço patrimonial. Essas contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia (art. 178) 5 . No ativo, recomenda a lei que as contas sejam dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante; b) ativo não circulante, composto por: I — ativo realizável a longo prazo; II — investimentos; III — imobilizado; IV — intangível. No passivo, as contas serão descritas no intangível e no passivo exigível: traça, ainda, no art. 183, os critérios de avaliação dos elementos do ativo, quando introduz o conceito do valor justo (art. 183, § 1º), bem como, no artigo seguinte, os de avaliação do passivo. A Lei nº 11.941/2009 criou o art. 184-A, que delega à CVM o estabelecimento de normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou negócios que digam respeito a companhias de capital aberto. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; as reversões de reservas e os lucros líquidos do exercício; as transferências para reservas, os dividendos, a parcela de lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social. O art. 187, que já havia sido alterado pela Lei nº 9.249/95 e sofre nova modificação pela Lei nº 11.941/2009, indica os elementos da demonstração do resultado do exercício; e o art. 188, duplamente alterado pelas Leis ns. 11.638/2007 e 11.941/2009, reportando-se às notas explicativas, determina a implantação da demonstração de fluxo de caixa, cujos elementos estão nos incisos do mesmo artigo: as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, três fluxos: I — das operações; II — dos financiamentos; III — dos investimentos. A demonstração do valor adicionado também decorre do mesmo dispositivo, cujo conceito legal é a fixação do valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para essa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outras influências, seguindose ainda com a descrição da parcela da riqueza não distribuída. Nesse passo convém lembrar que os arts. 247 e 248, também modificados pela Lei nº 11.941/2009, dispõem sobre as notas explicativas a respeito de investimentos em sociedades coligadas ou controladas, bem como determinam avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos em tais sociedades para construção do balanço patrimonial da companhia.
Resultados Financeiros
O lucro do exercício: O fim da sociedade comercial é a obtenção de lucro. É comum a confusão do conceito entre fim social e objetivo social, mas não existe razão para tanto. O objetivo social, definido de forma precisa e completa no estatuto (art. 2º, § 2º), indica a espécie de atividade produtiva da sociedade; ao passo que o fim social é, como se disse, a persecução de lucro. O lucro é o sobre valor que a sociedade pode produzir, como resultado da aplicação do capital e outros recursos na atividade produtiva. Os economistas tratam de conceituá-lo, defendendo ou combatendo a sua legitimidade. Sob o ponto de vista legal, o lucro pode ser final ou de exercício. O lucro final é o que se verifica no momento da liquidação da sociedade, pago todo o passivo e restituídos o capital e os resultados remanescentes aos sócios. O produto líquido, expressão tão do agrado dos antigos fisiocratas, constitui o lucro final que a sociedade gerou no curso de sua existência. Lucro de exercício é o que resulta do balanço contábil das contas no fim do exercício social. A lei conceitua como “lucro líquido do exercício”, no art. 191, o resultado periódico que remanescer depois de deduzidos os prejuízos acumulados de exercícios anteriores e a provisão do imposto de renda e mais as participações do art. 190. Existem participações no lucro que, após a aplicação de 5% para constituição da reserva legal, dele devem ser deduzidas, tais como as das debêntures, e as concedidas no estatuto aos empregados da empresa, administradores e partes beneficiárias. Elas serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem, depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Note-se bem, o cálculo não engloba percentualmente as participações: são calculadas em escala descendente, vale dizer, deduzidos os prejuízos acumulados, se houver, e a provisão do imposto de renda. Achado o lucro remanescente, portanto, deste é deduzida a participação das debêntures, se houver; do saldo verificado, a participação dos empregados, segundo a percentagem deferida pelo estatuto. E assim sucessivamente. Aí, então, surge o lucro líquido. Deduzidas do lucro todas as participações, os órgãos administrativos apresentarão à assembleia geral ordinária, juntamente com as demonstrações financeiras, proposta sobre a destinação a ser dada ao remanescente do lucro líquido efetivamente verificado no exercício. 
As reservas: Antes do atual regime legal, os comentadores já registravam que a legislação positiva brasileira não definia o que fosse “reserva”. O exame de alguns dispositivoslegais mostrava que o conceito jurídico pressupunha seu conceito contabilístico. E assim continua ocorrendo na lei. O jurista Erymá Carneiro, mestre em contabilidade, conceitua que “juridicamente reserva nada mais é do que o lucro não distribuído, conceito que vamos encontrar confirmado na jurisprudência dos tribunais judiciários e fiscais do País. Verifica-se que nossa lei adotou o conceito contábil de reserva, que assim passa a ter conteúdo também de direito, princípio, aliás, que tem sido adotado nas legislações modernas”. A finalidade jurídica das reservas, continua aquele autor, é servir de garantia e reforço do capital social, garantia dos credores. “São aditamentos ao capital das empresas”, expõe ele, “ao qual servem de reforço. Daí dizer-se que as reservas pertencem à sociedade e não ao sócio, o que até certo ponto é uma verdade que precisa devido temperamento, de vez que tem que ser examinada em função do tipo de sociedade” (ob. cit., nº 424). Explica a “Exposição de Motivos” da lei atual que a proteção do direito de os acionistas minoritários participarem, através dos dividendos, dos lucros da companhia exige a definição de regime legal sobre a formação de reservas que limitem a discricionariedade da maioria nas deliberações sobre a destinação dos lucros. Com efeito, uma das principais queixas dos acionistas minoritários, no regime da lei anterior, era o poder absoluto da maioria de manter os lucros em suspenso à disposição da assembleia geral, ou levá-los à conta de reservas instituídas por diferentes pretextos e variados fins. Com isso escamoteavam-se os lucros, com menosprezo dos acionistas minoritários. A melhor regulação da instituição das reservas, ao lado do dividendo obrigatório, na lei, constituem, com efeito, eficientes mecanismos destinados a conter aquela discricionariedade da maioria, a favor dos interesses normais dos acionistas. Assim, quanto à função das reservas, como explica Erymá Carneiro, “além das reservas que devem ser determinadas por força de lei (reservas obrigatórias ou legais), podem as empresas criar outras, quer por força de normas dos estatutos, quer por deliberação dos acionistas em assembleia” (ob. cit., pág. 424). A lei vigente disciplina e classifica as reservas no Capítulo XVI, Seção II, sob o título de “Reservas e retenção de lucros”. Vê-se que as reservas são classificadas em “reserva legal”, que é obrigatória, e “reservas estatutárias”, “reservas contingenciais” e “reservas de lucros a realizar”, estas últimas facultativas em função de criação estatutária. Temos a considerar, ainda, a “retenção de lucros”, regulada segundo o art. 196. 
Dividendos (conceito): O dividendo é a parcela de lucro que corresponde a cada ação. Verificado o lucro líquido da companhia, pelo balanço contábil, durante o exercício social fixado no estatuto, a administração da sociedade deve propor à assembleia geral o destino que se lhe deva dar. Se for esse lucro distribuído aos acionistas, tendo em vista as ações, surge o dividendo. Até então o acionista teve apenas expectativa do crédito dividendual. Resolvida a sua distribuição, surge o dividendo integrado pelo pagamento, no patrimônio do acionista. Pode o dividendo ser fixo ou variável, conforme determine o estatuto. Sendo em percentagem, pode ser calculado sobre o lucro verificado ou sobre o capital. Geralmente é calculado tendo por base o capital. A companhia, segundo enuncia o art. 201, somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados ou de reservas de lucros. Jamais em prejuízo do capital social. A integridade deste, como sabemos, constitui norma absoluta em nosso direito. Admite a lei, excepcionalmente, no caso de ações preferenciais, que sejam os dividendos, quando cumulativos, pagos no exercício em que o lucro for insuficiente, à conta de reserva de capital, constituída conforme o art. 182, § 1º. Inobservadas as regras acima enunciadas, são os administradores e fiscais solidariamente responsáveis pelo ato ilegal, devendo repor à caixa social as importâncias distribuídas. Ademais, o Código Penal capitula tais atos como crime. Os acionistas de boa-fé não são obrigados a restituir o que receberam. Desde, porém, que os dividendos sejam distribuídos com flagrante irregularidade, sem o prévio levantamento do balanço ou em desacordo com os seus resultados, são restituíveis 8 . 437. 
Dissolução: O processo de encerramento de uma companhia tem início com a dissolução.
O artigo 206 da Lei nº 6.404/1976, contempla 9 (nove) causas determinantes da dissolução, agrupada em 3 (três) categorias diferentes. A primeira se refere às hipóteses de dissolução de pleno direito; a segunda trata da dissolução por decisão judicial e a terceira das hipóteses de decisão de órgão público ou autoridade administrativa competente.
Dissolução de Pleno Direito: Dissolve-se a companhia de pleno direito nos seguintes casos:
a) pelo término do prazo de duração;
b) nos casos previstos no estatuto;
c) por deliberação da assembléia geral (art. 136, X);
d) pela existência de 1 (um) único acionista, verificada em assembléia geral ordinária, se o mínimo de 2 (dois) não for reconstituído até a do ano seguinte, ressalvado o disposto no artigo 251;
e) pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.
A hipótese contemplada na alínea "a" ocorre se o estatuto da companhia prevê um prazo de duração, trata-se de uma convenção entre os acionistas.
O segundo caso (alínea "b") também depende de previsão estatutária, da contemplação de cláusulas que indiquem as hipóteses que ensejarão a dissolução.
Exemplo: Uma companhia que se dedique à construção de um edifício e declare no estatuto que, finda a obra, dissolve-se a sociedade.
Outra causa de dissolução é pela decisão da assembléia geral, já que o legislador lhe faculta tal poder.
A alínea "d" se refere à necessidade de saneamento da situação em que a companhia fica reduzida a um único indivíduo.
Por fim, a quinta e última hipótese de dissolução é a cessação da autorização para que a companhia funcione.
Dissolução Por Decisão Judicial: A dissolução por decisão judicial ocorre em 3 (três) hipóteses, quais sejam:
a) quando anulada a sua constituição, em ação proposta por qualquer acionista;
b) quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta por acionistas que representem 5% (cinco por cento) ou mais do capital social;
c) em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei.
Dissolução Por Decisão Administrativa: A terceira categoria de causas de dissolução é aquela provocada por decisão de autoridade administrativa competente, como ocorreu, no passado, com os bancos Comind e Auxiliar.
A companhia dissolvida conserva a personalidade jurídica até a extinção com o fim de proceder à liquidação, nos termos do artigo 207 da Lei das Sociedades Anônimas.
Liquidação: A liquidação processa-se de 2 (duas) maneiras: convencional, promovida pela própria companhia ou judicial.
Liquidação Convencional: A liquidação convencional está prevista no artigo 208 da Lei nº 6.404/1976, sendo realizada nos termos do estatuto, se ele dispuser a este respeito. Em caso de omissão, a liquidação será decidida pela assembléia geral, que nomeará o liquidante e manterá os demais órgãos da companhia para que possam acompanhar devidamente o processo.
Liquidação Judicial: A liquidação será processada judicialmente em 2 (duas) hipóteses:
a) a pedido de qualquer acionista, se os administradores ou a maioria de acionistas deixarem de promover a liquidação, ou a ela se opuserem, desde que haja motivos juridicamente relevantes;
b) a requerimento do Ministério Público, à vista de comunicação da autoridade competente, se a companhia, nos 30 (trinta) dias subseqüentes à dissolução, não iniciar a liquidação ou, se após iniciá-la, a interromper por mais de 15 (quinze) dias, no caso da alínea "e" do número I do artigo 301 da Lei nº 6.404/1976.
Na liquidação judicial será observado o disposto na lei processual, devendo o liquidante ser nomeado pelo Juiz.
O liquidantepassa a ser o administrador da companhia, devendo praticar todos os atos necessários à sua liquidação.
Liquidante: É de sua competência a avaliação e venda de todos os bens da sociedade onde quer que eles se encontrem. O liquidante representará a companhia perante terceiros, como seu representante legal, assinando documentos e dando recibo, usando carimbo com a denominação social acrescido da expressão em liquidação. Sempre que se fizer necessário, convocará assembléia geral, mandando lavrar ata e providenciando o registro dela na Junta Comercial competente. Realizando todo o ativo, o liquidante promoverá a eliminação do passivo, pagando os débitos da companhia. Com o passivo pago, convocará assembléia geral, para a prestação de contas de sua gestão. Por fim, aprovadas as contas, encerra-se a liquidação, procedendo-se à extinção da companhia.
Extinção: A extinção é a última fase do processo de encerramento da sociedade anônima e está prevista, de modo bastante objetivo, no artigo 219 da Lei das Sociedades Anônimas, que assim dispõe:
"Art. 219 - Extingue-se a companhia:
I - pelo encerramento da liquidação;
II - pela incorporação ou fusão, e pela cisão com versão de todo o patrimônio em outras sociedades".
A hipótese prevista no inciso II se justifica já que a companhia deixa de existir em seu modo original, mas surge na outra que a sucede
4.1 Sociedade comandita por ações
Conceito: A Sociedade em comandita por ações é aquela em que o capital da empresa é divido em ações, e cuja responsabilidade é mista, ou seja, respondem os acionistas pelo preço das ações subscritas ou adquiridas, e o acionista diretor solidariamente e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Atualmente ela é regida pelos artigos 280 a 284 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's), e pelos artigos 1.090 a 1.092 (Capítulo IV) do Código Civil/2002, conforme abordaremos no decorrer deste trabalho.
Importante frisar que existindo mais de um diretor, todos responderão de forma solidária e ilimitada. O diretor destituído ou exonerado continua, durante 2 (dois) anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração. Só pode ser destituído por deliberação de acionistas que representem, no mínimo, 2 (dois) terços do Capital Social.
Esse tipo societário possui muitas semelhanças com a Sociedade Anônima, também negociável através de ações, sendo ambas, portanto, reguladas pela Lei das S/A's. No entanto, boa parte da doutrina prega a extinção completa da Sociedade em comandita por ações, dado o seu escasso uso.
 Natureza Jurídica: A Sociedade em comandita por ações possui muitas semelhanças com a Sociedade Anônima, outro tipo de sociedade por ações. Assim, em sua estrutura econômica, são ambas sociedades de capital e institucionais, pois buscam uma maior integralidade de pessoas desconhecidas, sem a obtenção de avaliações de seus dotes ou da capacidade do novo acionista. Diferentemente da estrutura econômica com pessoas, que busca afinidades entre sócios ou dos seus reconhecimentos peculiares, critérios esses personalíssimos que são insubstituíveis para o quadro societário. A aquiescência da estrutura econômica em capital, mostra-se eficiente em razão da possibilidade de qualquer um compor o quadro societário, obtendo uma maior rentabilidade para a sociedade.
Administração: A administração da Sociedade em comandita por ações é diversa da Sociedade Anônima, pois nesta a administração é eleita por Assembleia Geral, ficando a eleição disponível para todos que compõe o quadro societário.
Na Sociedade em comandita por ações existe duas espécies de sócios, os comanditários e os comanditados. Os sócios comanditários exercem o papel de administrador e gerenciam a sociedade, ficando responsável ilimitadamente por todas as obrigações assumidas. Já os comanditados são os acionistas que não fazem parte da administração, respondendo apenas pelo preço de emissão das ações.
Lembramos que, havendo mais de um administrador, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.
Nomeação e destituição:
Os diretores são nomeados no ato constitutivo da Sociedade em comandita por ações, sem limitação de tempo, e somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo 2 (dois) terços do Capital Social.
Importante registrar que o diretor destituído ou exonerado continua, durante 2 (dois) anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração.
Limitações à Assembleia Geral: Devido à responsabilidade ilimitada dos sócios diretores, a assembleia geral da Sociedade em comandita por ações não pode, sem o consentimento deles:
Mudar o objeto essencial da sociedade;
Prorrogar o prazo de duração da sociedade;
Aumentar ou diminuir o Capital Social;
Criar debêntures, ou partes beneficiárias.
Nome Empresarial: Estabelece o artigo 1.157 do Código Civil/2002, que a sociedade em que haja sócios de responsabilidade ilimitada deve operar sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.
Contudo o artigo 1.161 do Código Civil autoriza a Sociedade em comandita por ações a adotar denominação designativa do objeto social ao invés da firma, aditada da expressão "comandita por ações".
Assim, a Instrução Normativa Drei nº 15/2013 (que dispõe sobre a formação do nome empresarial, sua proteção e dá outras providências) diz, em seu artigo 5º que a:
Firma da Sociedade em comandita por ações só poderá conter o nome de um ou mais sócios diretores ou gerentes, com o aditivo "e companhia", por extenso ou abreviado, acrescida da expressão "comandita por ações", por extenso ou abreviada;
Denominação da Sociedade em comandita por ações, deverá ser seguida da expressão "em comandita por ações", por extenso ou abreviada.
 Constituição: A constituição da Sociedade em comandita por ações é regulamentada pelo mesmo dispositivo da Sociedade Anônimas, assim, referidas sociedades se constituem através do instrumento estatutário ou ato institucional, diferencia-se portanto da sociedade limitada que consagra sua criação através do instrumento contratual. Todavia durante o projeto estatutário, em relação a subscrição pública, precisa ser cumprido algumas exigências contidas no artigo 83 da Lei das S/A's, entre elas está satisfazer todos os requisitos exigidos para contratos das sociedades mercantis em conformidade com as peculiaridades da companhia.
Resumidamente, podemos dizer que existe 3 (três) fases para constituição da Sociedade em comandita por ações:
Providências preliminares: São os tratados nos artigos 80 e 81 da Lei das Sociedades Anônimas;
Constituição propriamente dita: São os tratados nos artigos 82 a 88 da Lei das Sociedades Anônimas; e
Providências complementares: São os tratados nos artigos 94 e 99 da Lei das Sociedades Anônimas.
5 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
É pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com participação do Poder Público e de particulares no seu capital e em sua administração, organizada sob a forma de sociedade anônima, observando as derrogações do direito público e da Lei das S.A. (Lei nº 6.404/76), para a realização de atividade econômica (caso em que se submete ao art. 173, da Constituição) e outras assumidas pelo Estado como serviços públicos (que se sujeitam ao art. 175, da Constituição). 
A Sociedade de Economia Mista é regida pelo direito privado parcialmente derrogado pelo direito público. Submetem-se, ainda, ao controle estatal. 
A Lei das S. A. não define a sociedade de economia mista, mas menciona a necessidade de sua criação e extinção por lei, a participação majoritária do Poder Público, o princípio da especialidade – pelo qual suas atividades se orientam em função do objetivo para o qual foi criada, a obrigatoriedade da existência de Conselho de Administração, assegurando a minoria das ações o direito de eleger ao menos um conselheiro, se maior número não lhe couber pelo processo múltiplo e de Conselho Fiscal, com o mesmodireito (cf. arts. 236 a 240 da mencionada lei). 
No Brasil, a primeira sociedade de economia mista criada foi o Banco do Brasil, pelo alvará de 12.12.1808, do Príncipe Regente. Existe discussão sobre se o Banco do Brasil teria mesmo a qualificação de sociedade de economia mista.
6 SOCIEDADES COOPERATIVAS 
Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.
Características gerais da sociedade cooperativa:
São características da sociedade cooperativa:
I - variabilidade, ou dispensa do capital social;
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo;
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança;
V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado;
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade.
No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas as características gerais das cooperativas.
Responsabilidade dos sócios: Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada.
É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações.
É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Formação do quadro social e associados: O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados pela mesma, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto (art. 29 da Lei 5.764/71).
Capital social: O capital social será fixado em estatuto e dividido em quotas-parte que serão integralizadas pelos associados, observado o seguinte:
a) o valor das quotas-parte não poderá ser superior ao salário mínimo;
b) o valor do capital é variável e pode ser constituído com bens e serviços;
c) nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas-parte, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao movimento financeiro do cooperado ou ao quantitativo dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou transformados ou ainda, no caso de pessoas jurídicas de direito público nas cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicação;
d) as quotas-parte não podem ser transferidas a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança.
Denominação social: Neste tipo societário será sempre obrigatória a adoção da expressão “Cooperativa” na denominação, sendo vedada a utilização da expressão “Banco”.
Administração: A sociedade cooperativa será administrada por uma diretoria ou conselho de administração ou ainda outros órgãos necessários à administração previstos no estatuto, composto exclusivamente de associados eleitos pela assembleia geral, com mandato nunca superior a quatro anos sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 do conselho de administração.
Forma constitutiva: A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da assembleia geral dos fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento público.

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