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RANICULTURA (2)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Disciplina: ZOOTECNIA GERAL
Departamento de Fitotecnia e Zootecnia - DFZ
RANICULTURA
Bernardo Andrade, Hugo Moreira, Robert Marlei
Vitória da Conquista – BA
Outubro de 2018
Introdução
 A Ranicultura no Brasil teve início na década de 30, quando Tom Cyrril Harrison trouxe do Canadá para o nosso país os primeiros 300 animais da espécie Rana catesbeiana Shaw, 1802, popularmente conhecida como rã-touro. Em 1935 foi implantado o primeiro ranário comercial no Brasil, o Ranário Aurora, situado no município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, nas proximidades da rodovia Presidente Dutra. A partir de 1975 outros empreendimentos foram construídos, mas geralmente funcionando de forma empírica.
Ranicultura
A ranicultura é um ramo da aquicultura que está em crescimento no Brasil. Ranicultura é o termo utilizado para definir a criação de rãs. O nome deriva-se do Gênero Rana, composto pelas rãs ditas "verdadeiras". A criação de rãs é realizada em diversos países mundo afora. Segundo estimativas recentes da FAO, os principais países produtores são Taiwan, República da Indonésia e Brasil. 
Os primeiros registros sobre a criação de rãs comestíveis datam de 1897 por Chamberlain, um técnico da comissão de pesca americana, ainda que o hábito de consumir rãs seja milenar, pois gregos e chineses já o relatavam antes mesmo da era cristã.
A criação de rãs no Brasil tornou-se expressiva somente em meados da década de 90, devido ao investimento em pesquisas para que novas técnicas fossem desenvolvidas. Nessa época também começaram a ser realizados alguns eventos que contribuíram significativamente com a disseminação de informações relevantes sobre o processo de criação de rãs. O ENAR – Encontro Nacional de Ranicultura foi o mais importante deles, reunindo técnicos, pesquisadores e produtores de todo o país. Foi a partir desse momento que houve a necessidade de criar cursos para preparar as pessoas para lidar com esse campo da aquicultura.  
Instalações da ranicultura 
As instalações do ranário são divididas em setores (reprodução, girinos e recria) e cada setor é construído segundo as intenções e as condições financeiras do técnico em ranicultura. Lima explica que cabe a ele determinar que tipo de construção oferecerá mais conforto térmico às rãs. A temperatura ideal para a criação é de 16°C e a altitude local deve ser inferior a 600 m do mar. No entanto, tecnologias avançadas permitem que o ambiente seja devidamente equipado para atender às necessidades dos animais. Assim, ranicultores com alto poder aquisitivo não terão problemas caso queiram criar rãs em lugares com características desfavoráveis ao bem-estar dos animais.
É preciso levar em conta os seguintes fatores no momento da instalação de um ranário:
• O lugar escolhido deve estar próximo aos centros urbanos e não apresentar acidentes no terreno. O tamanho do ranário dependerá do quanto se pretende produzir. 
• Outro fator importante é a água, que precisa, em regra, apresentar ótima qualidade, além de estar livre de fezes e metais pesados.
 • O pH da água deve ser neutro.
• Mão de obra para trabalhar período integral, pois os animais devem ser observados 24h por dia.
• sugere-se locais onde a temperatura ambiente é mais elevada, em virtude das rãs terem a capacidade de adaptar sua temperatura corporal ao ambiente onde estão inseridas e se tornarem mais ativas em ambientes quentes. 
• O local precisa ter luz elétrica, pois haverá a necessidade de bombas, freezer e outros equipamentos importantes para a manutenção do criadouro.
 AMBIENTE 
 deve ser bem arejado, se localizado em regiões de temperatura elevada. Em locais frios, a recomendação é fechar as laterais para manter o calor. A higienização é muito importante. Deve-se evitar o acúmulo de sujeira, pois os resíduos provocam gases que podem matar os animais. Como a divisão do ranário é pelas etapas do ciclo de produção, o ranicultor pode escolher lidar com apenas uma ou mais fases de vida do animal.
 ESTRUTURA 
 na fase aquática, a criação necessita de tanques com com leve declive no fundo, para o desenvolvimento dos girinos. Na etapa terrestre, precisa de baias de crescimento para os imagos (setor de recria), e de galpões fechados, estufas agrícolas ou telas de náilon para a engorda. Um ranário de porte médio ocupa uma área construída de cerca de 500 metros quadrados, composta pelos setores de reprodução, desenvolvimento embrionário, girinagem, metamorfose e engorda. As instalações de reprodução e engorda são compostas por cochos e abrigos em áreas secas e uma área com piscina. Os demais setores utilizam tanques.
 
ALIMENTAÇÃO 
 os girinos, após dez dias do nascimento, comem ração farelada para trutas ou para rãs com 35% a 40% de proteína bruta. Forneça inicialmente o equivalente a 13% do peso vivo, dividido em quatro vezes ao dia. As rãs se alimentam de ração peletizada ou extrusada, também com 40% de proteína bruta. Uma opção é acrescentar 20% de larvas de dípteros (moscas), ou oferecer o alimento sobre cochos vibratórios. As rãs são canibais, carnívoras e caçadoras, por isso preferem comer o que parece estar vivo.
 BAIAS 
entre as várias técnicas de criação, existem as baias semi-secas e as inundadas, que mantêm a rã o tempo todo na água. São tanques de alvenaria ou modelos de fibra de vidro, opção para reduzir os custos e facilitar a limpeza. Nas baias inundadas, a ração que está na superfície da água é movimentada pela respiração da rã, que fica atraída pelo alimento.
REPRODUÇÃO
 após a postura, os ovos devem ser recolhidos com baldes ou puçá, a intervalos de duas a quatro horas, e levados para o setor da embriologia. Evite o choque térmico com o monitoramento da temperatura dos recipientes. Os girinos aparecem em dez dias, porém 20% deles não vingam até a metamorfose, quando há ainda uma quebra de 30%. Nos quatro meses seguintes passam por uma metamorfose até 
se tornarem imagos (rãs jovens).
Setores do Ranário:
Reprodução: O setor se divide em dois: as baias de mantença e as de acasalamento. Baia de mantença é o local onde ficam as rãs reprodutoras, servindo como uma espécie de quarentena.
Baia de acasalamento é o local onde são postas as rãs quando é necessária a desova. Poderá ser coletiva, abrigando vários casais ao mesmo tempo, ou recebendo um casal por vez.
Posteriormente, a desova é transferida para o setor responsável pelos girinos e o casal de procriadores volta à baia de mantença.
Girinos: esse setor é constituído por vários tanques, dependendo do tamanho do criadouro. Aqui, a desova é posta em uma incubadeira, para que assim ocorra o desenvolvimento embrionário do animal. É nesse local onde acontece a metamorfose.
Recria: setor constituído por baias de recria inicial e de recria de terminação. As baias de recria inicial servem para abrigar os animais logo após o processo de metamorfose. Quando alcançam o peso ideal, que é por volta de 30 a 40 gramas, eles são levados às baias de crescimento e terminação.
Nas baias de crescimento e terminação são recebidos os animais que vieram das baias de recria inicial. As rãs, após atingirem o peso de abate, são levadas às indústrias responsáveis pelo processamento da carne.
Ciclo de Vida das Rãs:
O ciclo de vida das rãs independe do ambiente, ou seja, elas passam exatamente pelos mesmos processos de crescimento na natureza ou no criatório. No entanto, quando mantidos em cativeiro, os animais podem crescer mais rapidamente, dependendo das condições oferecidas pelo criador. Lima ressalta que o ranicultor deve preocupar-se não apenas com o desenvolvimento acelerado, mas também com um índice baixo de mortalidade e de gasto com a alimentação dos anfíbios.  
REFERENCIAS
Disponível em : < https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-criar/noticia/2018/29/como-criar-ra.html >. Acesso em: 28 de out. de 2018 
Disponível em : < http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil/Biologia.html>. Acesso em: 28 de out. de 2018
Disponível em : < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/condicoes-para-a-instalacao-do-ranario/63514 >. Acesso em: 28 de out. de 2018
Disponível em : < https://www.tecnologiaetreinamento.com.br/aves-peixes/piscicultura-peixes/como-criar-ras-estrutura-alimentacao-e-reproducao/ >. Acesso em: 28 de out. de 2018 
Disponível em : < https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/ranicultura-ganha-cada-vez-mais-espaco-no-brasil >. Acesso em: 28 de out. de 2018

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