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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 1 www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 2 www.romulopassos.com.br Olá, O tema de hoje é amplo e muito cobrado nas provas de concurso de Enfermagem, por isso precisamos estudá-lo de forma aprofundada, sem perder o foco. Então, fizemos uma abordagem teórica, baseada no que já foi explorado em provas e, no final, comentamos as questões das provas de concursos. Veja abaixo as principais fontes bibliográficas que as bancas utilizam para elaborar as questões sobre DM: Manuais de Atenção Básica do Ministério da Saúde; Caderno de Atenção Básica nº 16 (2006). Caderno de Atenção Básica nº 36 de 2013 (atualizado com as novas diretrizes). Boa aula! Profº. Rômulo Passos Profª. Raiane Bezerra Profª. Sthephanie Abreu www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 3 www.romulopassos.com.br 1 - DIABETES MELLITUS (DM) O termo “diabetes mellitus” (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina1. Os principais tipos de DM é o tipo 1 e 2. Vejamos as principais características deles: As pessoas com DM tipo 1 ou DM tipo 2 que utilizam grandes doses de insulina e já não apresentam produção endógena, devem ter um maior controle glicêmico, observando alimentação e atividade física. Não é recomendado que a pessoa realize atividade física intensa em casos de cetoacidose. Nestes casos, a atividade física vigorosa pode piorar o quadro. Se a pessoa estiver com a glicemia menor de 100 mg/dl, pode ser orientada a ingerir um alimento com carboidrato antes de iniciar as atividades. O DM tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. Por outro lado, de acordo com o Ministério da Saúde2, o DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico. 1 Brasil, 2013-B, p. 19, disponível em: http://goo.gl/506DyP. 2 Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP. Está estudando? Deixa o celular no silencioso E concentre-se! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 4 www.romulopassos.com.br A cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é ocasionada por infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente, permanecendo assintomática por vários anos. A maioria dos casos de Diabetes tipo 2 apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina. O diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo 1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período pós-parto e pode frequentemente retornar anos depois. Hiperglicemias detectadas na gestação que alcançam o critério de diabetes para adultos, em geral, são classificadas como diabetes na gravidez, independentemente do período gestacional e da sua resolução ou não após o parto. Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal3. O diabetes tipo Lada4 é um termo que significa diabetes auto-imune latente do adulto. Esse tipo menos comum da diabetes acomete pacientes adultos (aproximadamente após 30 anos) que, em geral, não requerem insulina inicialmente, mas que apresentam autoanticorpos contra as células-beta e progressão mais rápida para insulino-dependência. A apresentação clínica inicial diferencia as duas formas de diabetes associadas aos auto-anticorpos no adulto: LADA e DM tipo 1. O primeiro se caracteriza por ausência de cetoacidose ou hiperglicemia acentuada sintomática nos primeiros 6 a 12 meses, não havendo requerimento de insulina nesse período, o que o assemelha ao DM tipo 2 clássico; enquanto o DM tipo 1 é definido na presença de sintomas típicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia e/ou perda de peso), cetonúria ou cetoacidose, com necessidade de insulina no diagnóstico ou imediatamente após. Em resumo, os principais tipos são os seguintes: 3 Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP. 4 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v52n2/19.pdf A cetoacidose é mais comum no DM tipo 1, enquanto que o coma hiperosmolar está associado a DM tipo 21. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 5 www.romulopassos.com.br 2 - DIAGNÓSTICO DA DM O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g em duas horas (TTG) e, em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c)5, conforme descrição na tabela abaixo. Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos Categoria Glicemia de jejum* TTG: duas horas após 75 g de glicose Glicemia casual** Hemoglobina Glicada (HbA1C) Glicemia normal <110 <140 <200 Glicemia alterada >110 e <126 Tolerância diminuída à Glicose ≥140 e <200 Diabetes mellitus > 126 ≥ 200 200 (com sintomas clássicos***) >6,5% Fonte: Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP. *O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por, no mínimo, oito horas. **Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição. ***Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e polifagia. Amigo (a), vamos detalhar esses exames, de acordo com a American Diabetes Association6. A1C (Hemoglobina Glicada - HbA1C) - o teste mede a glicemia média dos últimos 2 a 3 meses. As vantagens de ser diagnosticado desta maneira é que você não precisa se rápido ou beber qualquer coisa. A diabetes é diagnosticada em A1C ≥ 6,5%; Glicemia de jejum (FPG) - este teste verifica os níveis de glicose no sangue em jejum. Jejuar significa depois de não ter nada para comer ou beber (exceto água) por pelo menos 8 horas antes do exame. Este teste é feito geralmente a primeira coisa na manhã, antes do café da manhã. A diabetes é diagnosticada em glicose no sangue em jejum ≥ a 126 mg/dl; Teste Oral de Tolerância à Glicose(também chamado de TTG) - a TOTG é um teste de duas horas que verifica os níveis de glicose no sangue antes e duas horas depois de beber uma bebida doce especial. Explica como o corpo do paciente processa à glicose. A diabetes é diagnosticada em duas horas de glicose no sangue ≥ 200mg/dl; Aleatório (também chamado Casual) Glicose Teste de Plasma - este teste é um teste de sangue a qualquer hora do dia, quando você tiver sintomas graves de diabetes. A diabetes é diagnosticada em glicose no sangue ≥ 200mg/dl. 5 Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP. 6 AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, disponível em: http://goo.gl/cxxMlL. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 6 www.romulopassos.com.br A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Segundo os critérios brasileiros7, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo: Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ≥ 130 e/ou pressão arterial diastólica ≥ 85 mmHg; Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes; Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl; HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres. 7 SBEM, disponível em: http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/ e SBC; SBEM; SBD; ABEO, 2005, p.8, disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2005/sindromemetabolica.pdf. Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é atualizado e ampliado mensalmente. JÁ CAIU EM PROVA! No Diabetes Tipo 1 (a cetoacidose é rara no diabetes tipo 2), a cetoacidose pode ser grave, podendo desencadear intercorrências como infarto e acidente vascular cerebral. Os principais sintomas da cetoacidose diabéticas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças. Apesar de não serem os únicos e os mais específicos, fazem parte dos sintomas do quadro inicial da cetoacidose: desidratação, vômitos e dor abdominal. Entre os fatores indicativos do DM encontramos o sobrepeso e as doenças cardiovasculares, sendo relevantes os antecedentes familiares. Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste curso Completo de Enfermagem para Concursos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 7 www.romulopassos.com.br CRITÉRIOS PARA O RASTREAMENTO DA DM EM ADULTOS 3 - TRATAMENTO DA DM O tratamento do DM tipo 1, além da terapia não farmacológica, exige sempre a administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro doses de insulina/dia, divididas em insulina basal e insulina prandial, cujas doses são ajustadas de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia. Esse esquema reduz a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares em comparação com o tratamento convencional de duas doses de insulina/dia. Pela maior complexidade no manejo desses pacientes, eles são, em geral, acompanhados pela atenção especializada. O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige tratamento não farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e, eventualmente, uma ou duas doses de insulina basal, conforme a evolução da doença. Casos que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas de insulina (duas a quatro injeções ao dia), são em geral acompanhados pela atenção especializada (DUNCAN et al., 2013). “A sua recompensa chegará mediante o seu esforço. Acredite e tenha fé!” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 8 www.romulopassos.com.br 3.1 - ANTIDIABÉTICOS ORAIS Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo 2 não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com controle estrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes, simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina (GUSSO; LOPES, 2012). A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir. No entanto, casos com hiperglicemia severa no diagnóstico (>300 mg/dl) podem se beneficiar de insulina desde o início. Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além do custo, são as preferências pessoais. Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina (Cloridrato de Metformina de 500mg ou 850mg) no plano terapêutico (1ª linha). A introdução mais precoce pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem excesso de peso (SAENZ et al., 2005). As contraindicações para o uso de metformina (biguanidas) têm se reduzido com a maior experiência de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal (filtração glomerular <30 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 9 www.romulopassos.com.br ml/min/1,73m2) (DUNCAN et al., 2013). A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2, em virtude do caráter progressivo da doença (NATHAN, 2009). Cerca de metade das pessoas que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra medicação dois anos depois. O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta satisfatória. Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha (Glibenclamida de 5mg ou Gliclazida de 30mg, 60mg e 80mg). Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de 300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). As classes de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação intermediária ou longa. 3.2 - INSULINA Vamos descrever as recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e aplicação da insulina, conforme disposições do Ministério da Saúde. A prescrição de insulina na Atenção Básicaexige que a equipe domine os ajustes de dose em cada tipo de esquema, a técnica de preparação, aplicação e armazenamento. Também é importante que esses conhecimentos sejam revisados periodicamente com a pessoa e a família. A seguir, estão listadas recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e aplicação da insulina. Armazenamento As insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C; As questões online estão sendo ampliadas diariamente (todas comentadas em vídeo) - estude por elas para ser aprovado (a). Ao final deste curso, acesse o menu Certificados na área do aluno para você fazer download e imprimir seu certificado, com código de autenticidade. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 10 www.romulopassos.com.br Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C; Não congelar a insulina; Após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a data de abertura no frasco; Orientar sobre o aspecto normal das insulinas e sua observação antes da aplicação, descartando o frasco em caso de anormalidades. Transporte e viagens Colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo seco; Na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transporte pode ser realizado em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor excessivo; Em viagens de avião, não despachar o frasco com a bagagem, visto que a baixa temperatura no compartimento de cargas pode congelar a insulina. Seringas e agulhas Apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas; O número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação (considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma pessoa); A seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente; Após o uso, a seringa deve ser “recapada” pela pessoa; Não se recomenda higienização da agulha com álcool; O descarte da seringa com agulha acoplada deve ser realizado em recipiente próprio para material perfurocortante, fornecido pela Unidade Básica de Saúde (UBS), ou em recipiente rígido resistente, como frasco de amaciante. Não é recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade. Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve entregar o material na UBS para que a mesma faça o descarte adequado. Preparação e aplicação Lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina; O frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturá-la, antes de aspirar seu conteúdo; Em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH); Não é necessário limpar o local de aplicação com álcool; O local deve ser pinçado levemente entre dois dedos e a agulha deve ser introduzida completamente, em ângulo de 90 graus; Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 11 www.romulopassos.com.br Em crianças ou indivíduos muito magros esta técnica pode resultar em aplicação intramuscular, com absorção mais rápida da insulina. Nestes casos podem-se utilizar agulhas mais curtas ou ângulo de 45 graus; Não é necessário puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue; Esperar cinco segundos após a aplicação antes de se retirar a agulha do subcutâneo, para garantir injeção de toda a dose de insulina; É importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina de modo a manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção. Orientar a pessoa a organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia. Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C. A história natural do DM tipo 1 e tipo 2 é marcada pelo aparecimento de complicações crônicas. Algumas, referidas como microvasculares, são específicas do diabetes, como a retinopatia, a nefropatia e a neuropatia diabética. Outras, ditas macrovasculares, mesmo não sendo específicas do diabetes, são mais graves nos indivíduos acometidos, sendo a principal causa da morbimortalidade associada ao diabetes. O risco de desenvolver complicações crônicas graves é muitas vezes superior ao de pessoas sem diabetes – 30 vezes para cegueira, 40 vezes para amputações de membros inferiores, 2 a 5 vezes para IAM e 2 a 3 vezes para AVC (DONELLY, 2000). A patogenia dessas complicações ainda não está totalmente esclarecida. A duração do diabetes é um fator de risco importante, mas outros fatores como hipertensão arterial, fumo e colesterol elevado interagem com a hiperglicemia, determinando o curso clínico da micro e da macroangiopatia (DONELLY, 2000). As insulinas reduzem a HbA1c em até 3,0%, sendo a hipoglicemia o principal limitante. A insulina regular também pode ser aplicada por vias intravenosa e intramuscular, em situações que requerem um efeito clínico imediato. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 12 www.romulopassos.com.br 4 - CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DM CETOACIDOSE DIABÉTICA Os principais fatores precipitantes são infecção, má aderência ao tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação. Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia (presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma) e acidose metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças. SÍNDROME HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICA NÃO CETÓTICA A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a 600 mg/dl a 800 mg/dl) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, em que um mínimo de ação insulínica preservada pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é mais elevada que nos casos de cetoacidose diabética devido à idade mais elevada dos pacientes e à gravidade dos fatores precipitantes. Sempre que for estudar, utilize o filtro inteligente do site, a fim de ter o direcionamento para cada concurso e não perder tempo estudando o que não será cobrado no concurso almejado. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 13 www.romulopassos.com.br Os indivíduos de maior risco são os idosos, cronicamente doentes, debilitados ou institucionalizados,com mecanismos de sede ou acesso à água prejudicados. Os fatores precipitantes são doenças agudas como AVC, IAM ou infecções, particularmente a pneumonia, uso de glicocorticoides ou diuréticos, cirurgia, ou elevadas doses de glicose (por meio de nutrição enteral ou parenteral ou, ainda, de diálise peritoneal). A prevenção da descompensação aguda que leva à síndrome hiperosmolar é semelhante àquela apresentada em relação à cetoacidose diabética. Os pacientes com suspeita ou diagnóstico de síndrome hiperosmolar hiperglicêmica devem ser encaminhados para manejo em emergência. COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES E NEUROPÁTICAS As principais complicações do DM em relação às doenças microvasculares e neuropáticas são as seguintes: retinopatia, nefropatia e pé diabético. A retinopatia diabética é a primeira causa de cegueira adquirida após a puberdade. Embora a cegueira seja um evento raro (aproximadamente 20/100.000/ano) em pacientes com diabetes (GENZ et al., 2010), a perda de acuidade visual é comum após dez anos de diagnóstico, acontecendo em 20% a 40% dos pacientes mais idosos (MOSS; KLEIN; KLEIN, 1994). A retinopatia é assintomática nas suas fases iniciais, não sendo possível detectá-la sem a realização de fundoscopia. Após 20 anos do diagnóstico, quase todos os indivíduos com DM tipo 1 e mais do que 60% daqueles com DM tipo 2 apresentam alguma forma de retinopatia. As principais medidas de prevenção e controle da retinopatia diabética estão relacionadas com o controle dos seguintes fatores de risco: níveis glicêmicos (HbA1c <7%) e pressóricos (PA <150/85 mmHg), fumo e colesterol elevado. A nefropatia diabética é uma complicação microvascular do diabetes associada com morte prematura por uremia ou problemas cardiovasculares. É a principal causa de doença renal crônica em pacientes que ingressam em serviços de diálise (BRUNO; GROSS, 2000). O controle adequado da glicose e da pressão arterial pode reduzir o risco de desenvolver a nefropatia diabética e diminuir a sua progressão. O limite ideal para alvo do tratamento da hipertensão não está definido (ARGUEDAS; PEREZ; WRIGHT, 2009), mas deve se tratar pacientes com hipertensão e com microalbuminúria persistente ou estágios mais avançados da nefropatia diabética com alvo de PA ao redor de 130/80 mmHg. Outras intervenções incluem a manipulação de componentes da dieta, controle da dislipidemia e recomendação de suspensão do tabagismo. Intervenções múltiplas parecem ser eficazes na prevenção do desenvolvimento da nefropatia (GAEDE et al., 2003; 1999). Entre as complicações crônicas do diabetes mellitus (DM), as úlceras de pés (também conhecido como pé diabético) e a amputação de extremidades são as mais graves e de maior impacto socioeconômico. As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a pessoa com diabetes um risco de 25% em desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida. A prevenção, por meio do exame frequente dos pés de pessoas com DM, realizado pelo médico ou pelo enfermeiro da Atenção Básica, é de vital importância para a redução das complicações. As úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico, neuropático ou misto. O pé isquêmico (alteração vascular) caracteriza-se por história de claudicação intermitente, isto é, dor em repouso Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 14 www.romulopassos.com.br que piora com exercício ou elevação do membro inferior8. À inspeção, observa-se rubor postural do pé e palidez à elevação do membro inferior. Ao exame físico, o pé apresenta-se frio, com ausência dos pulsos tibial posterior e pedioso dorsal. O pé neuropático (alteração nervosa) caracteriza-se por alteração da sensibilidade dos membros inferiores. Na história, o paciente pode referir sintomas como formigamentos, sensação de queimação que melhora com exercício ou sintomas de diminuição da sensibilidade, como perder o sapato sem notar ou lesões traumáticas assintomáticas. No entanto, muitas pessoas com perda de sensação clinicamente significativa são assintomáticas. O pé neuropata pode se apresentar com temperatura elevada por aumento do fluxo sanguíneo, podendo ser difícil diferenciá-lo de um pé com infecção de partes moles. Ao exame, o achado mais importante é a diminuição da sensibilidade. A ausência da sensibilidade vibratória e de percepção está associada com maior risco de ulcerações. Além disso, pode-se observar atrofia da musculatura interóssea, aumento do arco plantar, dedos em “garra” e calos em áreas de aumento de pressão. As deformidades dos pés associadas com a neuropatia periférica (diminuição da sensibilidade) e com diminuição da mobilidade articular levam a um aumento da pressão em áreas de apoio e em proeminências ósseas, ocasionando dano tecidual. Essas lesões repetidas formam calos, bolhas, ferimentos superficiais e, em último caso, úlceras de pele. Vamos visualizar, no quadro abaixo, a abordagem educativa de pessoa com DM para prevenção da ocorrência de ulcerações nos pés e/ou sua identificação precoce: A) Para todas as pessoas com DM e baixo risco de desenvolver úlceras Abordar: – Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé; – Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor, edema, dor, parestesias, rachaduras na pele); – Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao pé, evitar pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas); – Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços interdigitais) e hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se possui pele seca); – Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e cutículas; – Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.); – Orientar a procurar um profissional de Saúde se perceber alteração de cor, edema ou rachaduras na pele, dor ou perda de sensibilidade. B) Para pessoas com DM e alto risco de desenvolver úlceras nos pés Abordar, além dos pontos listados no item (A), os seguintes: – Evitar caminhar descalço; – Procurar ajuda profissional para manejo de calos, ceratose e ruptura de continuidade da pele; 8 Verifiquem que a claudicação intermitente é acentuada quando o pé é elevado, pois nessa situação diminui e fluxo sanguíneo no pé e consequentemente aumenta a isquemia e a dor. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 15 www.romulopassos.com.br – Não utilizar produtos para calos e unhas sem a orientação de um profissional de Saúde; – Lembrar o potencial de queimadura dos pés dormentes, portanto sempre verificar a temperatura da água em banhos, evitar aquecedores dos pés (bolsa-d’água quente, cobertores elétricos, fogueiras ou lareiras); – Não utilizar sapatos novos por períodos prolongados e amaciar os sapatos novos com uso por pequenos períodos de tempo antes de utilizá-lo rotineiramente; – Usar protetor solar nos pés; – Recomendações para situações especiais (feriados, passeios longos, ocasiões sociais como casamentos e formaturas) e inclusão na programação de períodos de repouso para os pés. C) Para pessoas com DM e presença de úlceras Abordar, além dos itens (A) e (B), também os seguintes: – Lembrar que infecções podem ocorrer e progredir rapidamente; – A detecção e o tratamento precoce de lesões aumentam as chances de um bom desfecho; – Repouso apropriado do pé/perna doente é fundamental no processo de cura; – Sinais e sintomas que devem ser observados e comunicados aos profissionais de Saúde envolvidos no cuidado da pessoa: alterações no tamanho da ulceração e cor da pele (vermelhidão) ao redor da úlcera; marcas azuladas tipo hematomase/ou escurecimento da pele, observar tipo de secreção (purulenta ou úmida onde antes era seca), surgimento de novas ulceras ou bolhas nos pés; – Se dor (úlcera fica dolorosa ou desconfortável ou pé lateja) retornar à UBS; – Procurar a UBS imediatamente se perceber mudança no odor dos pés ou da lesão ou se ocorrer edema e/ou sensação de mal-estar (febre, sintomas tipo resfriado, ou sintomas do diabetes mal controlado). Fonte: Brasil, 2013-B, p. 104, disponível em: http://goo.gl/506DyP. A neuropatia diabética é a complicação mais comum do diabetes e compreende um conjunto de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos proximal ou distal, de instalação aguda ou crônica, de caráter reversível ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou com quadros sintomáticos dramáticos. A neuropatia diabética apresenta um quadro variado, com múltiplos sinais e sintomas, dependentes de sua localização em fibras nervosas sensoriais, motoras e/ou autonômicas. A neuropatia pode variar de assintomática até fisicamente incapacitante. A forma mais comum é a neuropatia simétrica sensitivo-motora distal. Pode se manifestar por sensação de queimação, choques, agulhadas, formigamentos, dor a estímulos não dolorosos, cãimbras, fraqueza ou alteração de percepção da temperatura, pode ser em repouso, com exacerbação à noite e melhora com movimentos. Afeta 50% das pessoas com DM com mais de 60 anos, pode estar presente antes da detecção da perda da sensibilidade protetora, resultando em maior vulnerabilidade a traumas e maior risco de desenvolver úlcera. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 16 www.romulopassos.com.br Temos algumas provas e questões comentadas das principais bancas de concurso na enfermagem neste curso. Estamos semanalmente ampliando isso para lhe oferecer sempre o conteúdo atualizado e abrangente para sua aprovação de todas as bancas. COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais precoces em indivíduos com diabetes, comparativamente aos demais. Em mulheres com diabetes, o efeito protetor do gênero feminino desaparece. A sintomatologia das três grandes manifestações cardiovasculares – doença coronariana, doença cerebrovascular e doença vascular periférica – é, em geral, semelhante em pacientes com e sem diabetes. Contudo, alguns pontos merecem destaque: • a angina de peito e o IAM podem ocorrer de forma atípica na apresentação e na caracterização da dor (devido à presença de neuropatia autonômica cardíaca do diabetes); • as manifestações cerebrais de hipoglicemia podem mimetizar ataques isquêmicos transitórios; • a evolução pós-infarto é pior nos pacientes com diabetes. “A aula está acabando, mas a sua luta continua. Não pare de estudar... Sua aprovação chegará!” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 17 www.romulopassos.com.br QUESTÕES COMENTADAS VAMOS MANTER O FOCO NOS ESTUDOS RESOLVENDO ALGUMAS QUESTÕES! 1. (HU-UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Estamos falando da a) pancreatite. b) diabetes mellitus. c) hipertrofia ovariana. d) síndrome de runter. e) lupus. COMENTÁRIOS: Essa questão dispensa comentários. É óbvio que a diabetes mellitus é a síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. 2. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Sobre o Diabetes e suas complicações, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hipoglicemia grave, é mais comum em jovens com Diabetes tipo I. ( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800 mg/dL), desidratação e alteração do estado mental – na ausência de cetose. ( ) A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela é assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria dos portadores de diabetes após 20 anos de doença. ( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo de 80 a 90 mg/dL. Muitas vezes leva ao quadro de cetoacidose que ocorre principalmente em pacientes com diabetes tipo II. a) V – F – V – F. b) F – F – V – V. c) V – F – F – V. d) F – V – V – F. e) V – V – F – F. Por conseguinte, o gabarito é a letra B. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 18 www.romulopassos.com.br COMENTÁRIOS: Vejamos os itens errados da questão: 1º Item. A síndrome hiperosmolar é um estado de HIPERglicemia grave, sendo mais comum em pessoas com diabetes tipo II. 4º Item. Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo de 70 mg/dL. Não leva ao quadro de cetoacidose que ocorre principalmente em pacientes com diabetes tipo I. 3. (Prefeitura de Fundão-ES/AOCP/2014) Sobre a Classificação da Diabetes Mellitus, assinale a alternativa INCORRETA. a) A apresentação do diabetes tipo 1 é em geral abrupta, acometendo principalmente crianças e adolescentes sem excesso de peso. b) O traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose. c) Diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia menos severo que o diabetes tipo 1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. d) O DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. e) O termo “tipo 2” é usado para designar a destruição da célula beta, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associado à ausência na sua secreção, o qual é tão intenso quanto observado no diabetes tipo 1. COMENTÁRIOS: O DM “tipo 1” indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. Por outro lado, de acordo com o Ministério da Saúde9, o DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico. Na verdade, a diabetes mellitus “tipo 1”, e não “tipo 2” é usado para designar a destruição da célula beta. 9 Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP. Nesses termos, o gabarito é a letra D.Por conseguinte, a letra E apresenta-se incorreta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 19 www.romulopassos.com.br 4. (Instituto Inês/AOCP/2012) Sobre o Diabetes, assinale a alternativa correta. a) Está demonstrado hoje que indivíduos em alto risco (com tolerância à glicose diminuída) não podem prevenir, nem ao menos retardar, o aparecimento do diabetes tipo 2. b) A terapia nutricional é parte fundamental do plano terapêutico do diabetes, podendo reduzir a hemoglobina glicada entre 1-2% e baseia-se nos mesmos princípios básicos de uma alimentação saudável. c) O termo tipo 2 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. d) A maioria dos casos de Diabetes tipo 1 apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina. e) A prática de atividade física é contra-indicada para pacientes com Diabetes do tipo 1 por interferir no metabolismo da glicose e de proteínas, podendo levar o paciente a um quadro agudo de hipoglicemia. COMENTÁRIOS: Item A. INCORRETO. Está demonstrado hoje que indivíduos em alto risco (com tolerância à glicose diminuída) podem prevenir, ou ao menos retardar, o aparecimento do diabetes tipo 2. Item B. CORRETO. A terapia nutricional é parte fundamental do plano terapêutico do diabetes, podendo reduzir a hemoglobina glicada entre 1-2% e baseia-se nos mesmos princípios básicos de uma alimentação saudável. Item C. INCORRETO. O DM tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. Por outro lado, de acordo com o Ministério da Saúde10, o DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é ocasionada por infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente, permanecendo assintomática por vários anos. 10 Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP. A cetoacidose é mais comum no DM tipo 1, enquanto que o coma hiperosmolar está associado ao DM tipo 210. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 20 www.romulopassos.com.br Item D. INCORRETO. A maioria dos casos de Diabetes tipo 2 apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina. Item E. INCORRETO. A prática de atividade física é não é contraindicada para pacientes com DM tipo 1. Mas, deve ser realizada levando-se em conta todos os cuidados necessários. Vejamos abaixo alguns cuidados, preconizados pelo Ministério da Saúde11: As pessoas com DM tipo 1 ou DM tipo 2 que utilizam grandes doses de insulina e já não apresentam produção endógena devem ter um maior controle glicêmico, observando alimentação e atividade física. Não é recomendado que a pessoa realize atividade física intensa em casos de cetoacidose. Nestes casos, a atividade física vigorosa pode piorar o quadro. Se a pessoa estiver com a glicemia menor de 100 mg/dl, pode ser orientada a ingerir um alimento com carboidrato antes de iniciar as atividades. Independente da modalidade, a atividade física deve ser iniciada de forma gradual. Por exemplo, iniciar com caminhadas rápidas por 5 a 10 minutos em terreno plano, aumentando em 30 a 60 minutos diários, 5 a 7 dias por semana, aumentando também a intensidade. Nesse processo, qualquer aumento de atividade física deve ser valorizado como um ganho de saúde e não como uma frustração de meta não alcançada. Cabe lembrar que essa orientação sempre deve vir acompanhada de orientação nutricional, tendo em vista que a orientação para aumentar atividade física isoladamente não resulta em redução significativa da HbA1c. 5. (Prefeitura de Camaçari-BA/AOCP/2010) Em relação ao Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial, assinale a alternativa correta. a) As doenças cardiovasculares são a terceira causa de mortalidade geral no Brasil, e estão intimamente ligada ao controle da hipertensão arterial e ao Diabetes tipo 1. b) A hipertensão arterial está presente em 10% da população acima de 40 anos de idade, podendo chegar a 12% em pessoas acima de 60 anos, principalmente do sexo feminino. c) Existe um agravante na pessoa com associação de hipertensão e diabetes, pois as complicações crônicas não podem ser evitadas, mesmo que precocemente identificadas. d) As medidas de prevenção primária não são eficazes para o controle da hipertensão e do diabetes mellitus tipo 2, devido a existência de fatores genéticos fortemente relacionados. e) A hipertensão arterial e o diabetes mellitus constituem os principais fatores de risco populacionais para as doenças cardiovasculares. COMENTÁRIOS: As doenças cardiovasculares são, atualmente, as causas mais comuns de morbidade e a principal causa de mortalidade em todo mundo. A Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus constituem os principais fatores de risco populacional para estas doenças, motivo pelo qual constituem agravos de importância para a saúde pública. 11 Brasil, 2013-B, p. 131, disponível em: http://goo.gl/506DyP. Dessa forma, a única assertiva correta é a letra B. Nesses termos, o gabarito é a letra E. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 21 www.romulopassos.com.br 6. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) Segundo o Ministério da Saúde, em relação ao tratamento farmacológico no diabetes tipo 2, é incorreto afirmar: a) Se glicemia de jejum estiver muito alta (acima de 270mg/dl) e ou presença de infecção, provavelmente o paciente necessitará de um tratamento com insulina. b) Pacientes obesos (IMC >30kg/m2) requerem maior apoio da equipe para perda e manutenção de peso perdido, e a prescrição de metformina já no início pode ajudar o paciente a alcançar as metas terapêuticas. c) A Metformina é prescrita fracionada em 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições. d) A Glibendamida de 2,5mg a 20mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições ou 2,5mg a 20mg, 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições. e) Insulina regular é utilizada em situação de compensação aguda ou em esquemas de injeções múltiplas. COMENTÁRIOS: O tratamento do DM tipo 1, além da terapias não farmacológica, exige sempre a administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro doses de insulina/dia, divididas em insulina basal e insulina prandial, cujas doses são ajustadas de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia. Esse esquema reduz a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares em comparaçãocom o tratamento convencional de duas doses de insulina/dia. Pela maior complexidade no manejo desses pacientes, eles são, em geral, acompanhados pela atenção especializada. O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige tratamento não farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e, eventualmente, uma ou duas doses de insulina basal, conforme a evolução da doença. Casos que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas de insulina (duas a quatro injeções ao dia), são em geral acompanhados pela atenção especializada (DUNCAN et al., 2013). Antidiabéticos orais Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo 2 não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com controle estrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes, simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina (GUSSO; LOPES, 2012). A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir. No entanto, casos com hiperglicemia severa no diagnóstico (>300 mg/dl) podem se beneficiar de insulina desde o início. Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além do custo, são as preferências pessoais. Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina(Cloridrato de Metformina de 500mg ou 850mg) no plano terapêutico (1ª linha). A introdução mais precoce pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem excesso de peso (SAENZ et al., 2005). As contraindicações para o uso de metformina (biguanidas) têm se reduzido com a maior experiência de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal (filtração glomerular <30 ml/min/1,73m2) (DUNCAN et al., 2013). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22 www.romulopassos.com.br A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2, em virtude do caráter progressivo da doença (NATHAN, 2009). Cerca de metade das pessoas que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra medicação dois anos depois. O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta satisfatória. Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha (Glibenclamida de 5mg ou Gliclazida de 30mg, 60mg e 80mg). Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de 300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). As classes de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação intermediária ou longa. A insulina regular é utilizada em situação descompensação aguda ou em esquemas de injeções múltiplas. Visto isto, concluímos que o gabarito é a letra E. 7. (Secretaria de Saúde do Distrito Federal - SES-DF/IADES/2014) No diagnóstico do diabetes, a hemoglobina glicada é um teste muito importante para a avaliação do controle glicêmico em médio prazo. Esse prazo é de a) 2 a 3 meses. b) 4 a 5 meses. c) 6 a 8 meses. Visto isto, concluímos que o gabarito é a letra E. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 23 www.romulopassos.com.br d) 8 a 10 meses. e) 10 a 12 meses. COMENTÁRIOS: A HbA1c é o parâmetro utilizado para avaliar o controle glicêmico em médio e em longo prazos, pois reflete os níveis glicêmicos dos últimos dois/três meses. Ressalta-se que os exames de glicemia de jejum e HbA1C devem ser realizados duas vezes ao ano, nas situações em que a pessoa encontra-se dentro da meta glicêmica estabelecida e, a cada três meses, se acima da meta pactuada. Os demais exames poderão ser solicitados uma vez ao ano, considerando sempre as necessidades da pessoa e os protocolos locais. 8. (CNEN/IDECAN/2014) Acerca dos sinais e sintomas de hiperglicemia, analise. I. Polidpsia, xerostomia e hálito cetônico. II. Poliúria, visão turva e ganho de peso. III. Sonolência, prostração e fadiga. IV. Xerostomia, púrpura e fadiga. Estão corretas as alternativas: a) I, II, III e IV b) I e III, apenas c) II e IV, apenas d) I, II e III, apenas e) I, III e IV, apenas COMENTÁRIOS: Primeiramente, vejamos alguns conceitos: Púrpura é a presença de sangue fora dos vasos sanguíneos na pele ou nas mucosas. Como a camada cutânea é levemente transparente, este sangue é então visto como uma mancha roxa. Xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca que, geralmente, mas não necessariamente, está associada com a diminuição da quantidade de saliva. Polidipsia é o sintoma caracterizado por excessiva sensação de sede. Agora, vamos responder a questão, que explorou o termo hiperglicemia de forma genérica, não diferenciando os termos cetoacidose diabética e síndrome hiperglicêmica não cetótica. Pois os itens II (perda de peso que é sinal de hiperglicemia) e IV (púrpura não é sinal de hiperglicemia) estão errados. 9. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Muitas pessoas adultas com diabetes mellito do tipo 2 desenvolvem a síndrome metabólica, que constitui um importante fator de risco para a doença cardiovascular. Um paciente com síndrome metabólica pode apresentar Nesses termos, o gabarito é a letra A. O gabarito é a letra B Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 24 www.romulopassos.com.br a) hipotensão. b) perda de peso. c) HDL maior de 40 mg/dl. d) triglicerídeos abaixo de 150 mg/dl. e) resistência à insulina. COMENTÁRIOS: A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo: • Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; • Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ≥ 130 e/ou pressão arterial diatólica ≥ 85 mmHg; • Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes; • Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl; • HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres; Questão facilmente resolvida por eliminação: a) hipertensão e não hipotensão. b) ganho e não perda de peso. c) HDL menor e não maior de 40 mg/dl. d) triglicerídeos acima e não abaixo de 150 mg/dl. 10. (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Na atenção à pessoa portadora de Diabetes Mellitus, qual alternativa não indica uma atribuição do enfermeiro? a) Capacitar os auxiliares/técnicos de enfermagem e os agentes comunitários de saúde, bem como supervisionar de forma permanente suas atividades. b) Orientar os pacientes sobre automonitorização e técnica de aplicação de insulina, quando está indicada. c) Tomar decisão sobre a terapêutica do paciente, definindo o início do tratamento medicamentoso. d) Estabelecer, junto a equipe, estratégias que possam favorecer a adesão do indivíduo ao seu tratamento. COMENTÁRIOS: Questão bem tranquila.11. (HUAC-UFCG/UFCG-COMPROV/2014) As três características clínicas principais da cetoacidose diabética são: a) Hipoglicemia; desidratação; acidose b) Hipoglicemia, convulsões; dificuldade em acordar c) Hiperglicemia; alcalose; poliúria d) Hiperglicemia; cetonúria; hipotensão e) Hiperglicemia; desidratação; acidose Dessa forma, o gabarito é a letra E. A letra C (gabarito da questão) descreve uma atribuição do médico e não do Enfermeiro. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 25 www.romulopassos.com.br COMENTÁRIOS: A cetoacidose é uma emergência endocrinológica decorrente da deficiência absoluta ou relativa de insulina, potencialmente letal, com mortalidade em torno de 5%. A cetoacidose ocorre principalmente em pacientes com DM tipo 1, sendo, diversas vezes, a primeira manifestação da doença. A pessoa com DM tipo 2, que mantém uma reserva pancreática de insulina, raramente desenvolve essa complicação. Os principais fatores precipitantes são infecção, má aderência ao tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação. Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças (KITABCHI et al., 2006; MAGEE; BHATT, 2001). Vejamos agora os sinais que não são da cetoacidose diabética: a) Hipoglicemia; b) Hipoglicemia; c) alcalose; d) hipotensão; Verificamos, por eliminação, que a única alternativa com todos os sinas característicos da cetoacidose diabética (hiperglicemia; desidratação; acidose), 12. (Fundação Hospital Getúlio Vargas – FHGV/FUNDATEC/2014) O diabetes é comum e de incidência crescente. Apresenta alta morbimortalidade, com perda importante na qualidade de vida. É uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular. De acordo com Cadernos de Atenção Básica - Diabetes (BRASIL, 2006), considere as seguintes afirmativas: I. Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2: excesso de peso e história familiar de DM tipo 2. II. A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com Diabetes tipo 2, sendo algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 1 raramente desenvolve essa complicação. III. Os principais sintomas da cetoacidose são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. IV. O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. Quais estão corretas? É a letra E. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 26 www.romulopassos.com.br a) Apenas I e II b) Apenas I e III c) Apenas I, III e IV d) Apenas III e IV e) I, II, III e IV COMENTÁRIOS: De acordo com o Caderno de Atenção Básica – Diabetes (2013), responderemos a questão analisando cada item: Item I (CORRETO): Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2: Item II (ERRADO): A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com Diabetes tipo 1, sendo algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 2 raramente desenvolve essa complicação. Item III (CORRETO): Os principais sintomas da cetoacidose são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. Item IV (CORRETO): O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. 13. (Instituto Federal do Rio Grande do Sul-IF-RS/IF-RS/2014) Faz parte das atribuições do enfermeiro, de acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 36 do Ministério da Saúde (MS, 2013), orientar ao portador de Diabete Mellitus (DM) quanto aos cuidados com o armazenamento, transporte, preparo e aplicação de insulina. Nesse sentido, assinale “V” para as afirmativas verdadeiras e “F” para as afirmativas falsas: ( ) Após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que o portador de DM anote a data de abertura do frasco. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 27 www.romulopassos.com.br ( ) Para transportar a insulina, na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, orienta-se ao portador de DM que o transporte seja realizado em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor excessivo. ( ) Quanto à reutilização das agulhas para aplicação de insulina, orienta-se ao portador de DM que o número de reutilizações seja de acordo com o fabricante, mas considera-se, segundo o MS, adequada a reutilização por até 8 aplicações, desde que sempre pela mesma pessoa. ( ) Em caso de combinação de dois tipos de insulina, orientar ao portador de DM que aspire antes a insulina de ação intermediária (NPH) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação curta (Regular). ( ) Orientar ao portador de DM quanto a organização de um esquema de administração que previna a reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias, para evitar a ocorrência de lipodistrofia. A sequência correta que preenche, de cima para baixo, os parênteses acima é: a) V, V, V, F, V. b) V, V, V, V, V. c) V, V, F, F, V. d) V, F, V, V, F. e) V, F, V, F, F. COMENTÁRIOS: Vamos descrever as recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e aplicação da insulina, conforme disposições do Ministério da Saúde. A prescrição de insulina na Atenção Básica exige que a equipe domine os ajustes de dose em cada tipo de esquema, a técnica de preparação, aplicação e armazenamento. Também é importante que esses conhecimentos sejam revisados periodicamente com a pessoa e a família. A seguir, estão listadas recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e aplicação da insulina. Armazenamento: • as insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C; • após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C; • não congelar a insulina; • após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a data de abertura no frasco; • orientar sobre o aspecto normal das insulinas e sua observação antes da aplicação, descartando o frasco em caso de anormalidades. Transporte e viagens: • colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo seco; • na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transportepode ser realizado em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor excessivo; • em viagens de avião, não despachar o frasco com a bagagem, visto que a baixa temperatura no compartimento de cargas pode congelar a insulina. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 28 www.romulopassos.com.br Seringas e agulhas: • apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham sido contaminadas; • o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação (considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma pessoa); • a seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente; • após o uso, a seringa deve ser “recapada” pela pessoa; • não se recomenda higienização da agulha com álcool; • o descarte da seringa com agulha acoplada deve ser realizado em recipiente próprio para material perfurocortante, fornecido pela Unidade Básica de Saúde (UBS), ou em recipiente rígido resistente, como frasco de amaciante. Não é recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade. Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve entregar o material na UBS para que a mesma faça o descarte adequado. Preparação e aplicação: • lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina; • o frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturá-la, antes de aspirar seu conteúdo; • em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH); • não é necessário limpar o local de aplicação com álcool; • o local deve ser pinçado levemente entre dois dedos e a agulha deve ser introduzida completamente, em ângulo de 90 graus; • em crianças ou indivíduos muito magros esta técnica pode resultar em aplicação intramuscular, com absorção mais rápida da insulina. Nestes casos podem-se utilizar agulhas mais curtas ou ângulo de 45 graus; • não é necessário puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue; • esperar cinco segundos após a aplicação antes de se retirar a agulha do subcutâneo, para garantir injeção de toda a dose de insulina; • é importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina de modo a manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção. Orientar a pessoa a organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia. O item IV é o único errado, já que, em caso de combinação de dois tipos de insulina, deve-se orientar ao portador de DM que aspire antes a insulina de ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH). Veja que devemos ter cuidado para não contaminar o frasco da insulina regular, ao contrário que preconizava o item. Logo, o gabarito é a letra A (V, V, V, F, V). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 29 www.romulopassos.com.br 14. (EBSERH/MCO-UFBA/ IADES/2014) Considere hipoteticamente que João, 70 anos de idade, diabético insulinodependente há 18 anos, procurou a unidade de saúde mais próxima de sua residência com as seguintes queixas: sensação de queimação, choques e formigamentos no pé direito. Relatou sentir dor no membro, mesmo quando não lhe é aplicado um estímulo doloroso e que, recentemente, percebeu que esse pé estava ferido em decorrência de uma queimadura que, segundo ele, não se lembra de ter acontecido. A enfermeira, durante a consulta de enfermagem, analisou os dados coletados e suspeitou que o quadro presentado pelo paciente poderia ser de: a) nefropatia diabética. b) retinopatia diabética. c) tracoma. d) neuropatia diabética. e) cetoacidose diabética. COMENTÁRIOS: A neuropatia diabética apresenta um quadro variado, com múltiplos sinais e sintomas, dependentes de sua localização em fibras nervosas sensoriais, motoras e/ou autonômicas. A neuropatia pode variar de assintomática até fisicamente incapacitante. A polineuropatia simétrica distal é a forma mais comum de neuropatia diabética periférica e apresenta três estágios: inicial, sintomático e grave. O estágio inicial é, em geral, assintomático, mas pode haver diminuição de sensibilidade. O período sintomático é caracterizado por perda de sensibilidade, dormência e, muitas vezes, parestesias e/ou dor. O estágio grave apresenta envolvimento motor com limitação funcional e com potencial para ulceração nos membros inferiores. 15. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IMPARH/2014) O diabetes mellitus é comum e de incidência crescente. Estima-se que em 2025 acometerá 5,4% da população mundial, e que na população brasileira a prevalência seja ainda maior. No tratamento para diabetes melito tipo I são utilizadas insulinas com períodos de ação e duração diferentes. Sobre o pico de ação e a duração máxima assinale o item CORRETO: a) A insulina de ação rápida tem pico de ação entre 20 a 30 minutos e duração entre 1 a 2 horas. b) A insulina regular tem pico de ação entre 2 a 3 horas e duração de 4 a 6 horas. c) A insulina NPH (Protamina Neutra de Hagedorn) tem pico entre 8 a 12 horas e duração de 20 a 30 horas. d) A insulina ultralenta tem pico entre 18 a 20 horas e duração de 20 a 30 horas. COMENTÁRIOS: Vejamos o pico de ação e a duração máxima de cada uma: - As insulinas de ação rápida apresentam início de ação em 30 a 60 minutos, uma ação máxima 3 horas depois da injeção e uma duração de ação de 8 a 10 horas; - As insulinas regulares possuem um início de 30 minutos a 1 hora; máximo de 2 a 3 horas; e duração de 4 a 6 horas; - A insulina NPH possui um início de 2 a 4 horas; máximo, 4 a 10 horas; e duração, 12 a 18 horas; - As insulinas ultralentas, são por vezes referidas como insulinas sem pico, porque elas tendem a ter uma ação longa, lenta e sustentada em lugar de picos agudos e definidos. Tendo visto isto, conclui-se que o gabarito é a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 30 www.romulopassos.com.br 16. (EBSERH Nacional/AOCP/ 2015) É uma emergência endocrinológica decorrente da deficiência absoluta ou relativa de insulina, potencialmente letal, com mortalidade em torno de 5%. Ocorre principalmente em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1, sendo, diversas vezes, a primeira manifestação da doença. O enunciado refere-se à: a) hipoglicemia. b) hiperglicemia (glicemia capilar menor que 250 mg/dl). c) cetoacidose. d) síndrome hiperosmolar não cetótica. e) dislipidemia. COMENTÁRIOS: A emergência endocrinológica que está relacionada com a Diabetes Mellitus tipo 1, é a Cetoacidose Diabética, e que raramente se associa com a diabetes tipo 2, ocorre quando a insulina está em extrema falta na corrente sanguínea (como no caso dos diabéticos tipo 1 que não tomaram insulina, ou que ainda não sabem que são diabéticos) a glicose não consegue “entrar” nas células e fornecer energia. Infelizmente, o nosso organismo não entende que está faltando insulina e para não ficar sem energia lança mão de outras maneiras de produzir glicose e outros compostos também energéticos. É assim que os hormônios cortisol, adrenalina e glucagon entram em ação e promovem a formação de mais glicose. O glucagon estimula o fígado a liberar a glicose armazenada quando os níveis encontram-se baixos (hipoglicemia). O processo de lipólise (quebra de lipídeos, ou seja, gorduras)também é uma forma do organismo buscar energia e nesse processo de quebra da gordura são produzidos alguns compostos chamados corpos cetônicos que também fornecem energia, juntamente com os ácidos B- hidroxibutírico e o ácido acetoacético. Esses dois últimos acidificam o sangue e é isso que traz enorme risco a vida. Nessa condição o paciente vai apresentar uma glicemia muito alta podendo alcançar até 600mg/dL. Logo, a cetoacidose diabética caracteriza-se pelos sinais e sintomas seguintes: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia ( presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Portanto, gabarito letra B. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 31 www.romulopassos.com.br Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças. 17. (EBSERH/HE - UFSCAR/AOCP/ 2015) Em consulta de enfermagem, o enfermeiro fala das recomendações para o armazenamento, preparo e aplicação da insulina para um paciente diabético, afirmando corretamente que: a) não é necessário limpar o local de aplicação com álcool 70%. b) as insulinas lacradas devem ser mantidas em temperatura ambiente. c) a insulina pode ser congelada. d) a insulina deve ser aplicada sempre no mesmo local, sem necessidade de rodízio. e) em caso de combinação de dois tipos de insulina, deve-se aspirar antes a insulina de ação intermediária (NPH) e depois a insulina regular. COMENTÁRIOS: Insulina Nos clientes com diabetes tipo 1, a insulina exógena precisa ser administrada diariamente para manter a vida, já que o organismo perdeu a sua capacidade de produzir este hormônio. Nos clientes com diabetes tipo 2, a insulina pode ser necessária a longo prazo para controlar os níveis de glicemia quando o planejamento das refeições e os antidiabéticos orais são ineficazes. Vejamos a análise de cada questão: a) não é necessário limpar o local de aplicação com álcool à 70%; b) e c) as insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C, mas é importante evitar que não seja congelada; e após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C. d) é importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina, ou seja, fazer um rodízio sistemático dos locais das injeções de modo a manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção. Orientar a pessoa a organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local em menos de 15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia (alterações localizadas no tecido adiposo). Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 32 www.romulopassos.com.br e) Em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de ação curta (Regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH). 18. (EBSERH/HU-UFJF/AOCP/ 2015) A probabilidade de um indivíduo apresentar diabetes ou um estado intermediário de glicemia depende da presença de fatores de risco. Assinale a alternativa que NÃO se enquadra nos critérios para o rastreamento de DM em adultos assintomáticos. a) História de pai ou mãe com diabetes. b) Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em adultos). c) História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 kg. d) Dislipidemia. e) Histórico de endometriose. COMENTÁRIOS: Os critérios para o rastreamento da diabetes mellitus em adultos assintomáticos são: De acordo com o exposto, o gabarito da questão é a letra A. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 33 www.romulopassos.com.br Conforme a tabela acima, a endometriose não se enquadra entre os fatores de risco. 19. (PREFEITURA MUNICIPAL DO JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE/AOCP/2015) Sobre o armazenamento de insulina, assinale a alternativa correta. a) As insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 0°C a 2°C. b) Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C para minimizar a dor no local da injeção. c) Após uma semana do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. d) O frasco, após aberto, deve ser mantido em caixa térmica com gelo e, após 24 horas, transferido para o congelador. e) Deve-se congelar a insulina. COMENTÁRIOS: Vejamos cada um dos itens com as devidas considerações: a) As insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C; b) Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C; c) após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a data de abertura no frasco; d) colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo seco, em caso de transporte e na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transporte pode ser realizado em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor excessivo; E) não congelar a insulina; 20. (Residência multiprofissional/HULW-UFPB/ 2016) O diabetes mellitus constitui um grupo de distúrbios heterogêneos caracterizado por níveis elevados de glicose no sangue ou hiperglicemia. Acerca dessa desordem endócrino-metabólica,destaca-se que: I. O diabetes tipo I afeta cerca de 5 a 10% das pessoas que tem diabetes, atingindo preferencialmente pessoas jovens, com início antes dos 30 anos, enquanto que 90 a 95% das pessoas acometidas de diabetes, tem o diabetes tipo II, sendo mais frequente em pessoas acima dos 30 anos de idade. II. O diabetes tipo I desenvolve-se em decorrência da destruição das células beta pancreáticas por um processo autoimune e da resistência insulínica, sendo necessária reposição de insulina exógena. III. Os componentes para o tratamento eficaz do diabetes incluem dieta, exercícios, monitorização dos níveis glicêmicos, medicação (quando necessária) e educação. IV. A insulinoterapia pode ocasionar reações alérgicas locais e sistêmicas, lipodistrofia de insulina e resistência à insulina. Portanto, o gabarito da questão é a letra E. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 34 www.romulopassos.com.br V. Dentre as complicações agudas do diabetes, destacam-se a doença arterial coronariana, doença vascular cerebral e retinopatia diabética com repercussões significativas para o incremento da morbidade e qualidade de vida dessas pessoas. Considerando as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA: a) As afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) As afirmativas II, III e IV são verdadeiras. c) As afirmativas I, III, IV e V são verdadeiras. d) As afirmativas II e IV são falsas. e) As afirmativas II, IV e V são falsas. COMENTÁRIOS: Vejamos os itens errados: II. O diabetes tipo I desenvolve-se
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