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Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 1 APOSTILA EMERGÊNCIA E SEGURANÇA A BORDO Sumário INTRODUÇÃO.......................................................................................................1 COMUNICAÇÃO...................................................................................................3 PRESSURIZAÇÃO E DESPRESSURIZAÇÃO...............................................7 SISTEMA DE OXIGÊNIO DE EMERGÊNCIA.............................................15 KIT DE 1º SOCORROS....................................................................................26 COMBATE AO FOGO......................................................................................28 EQUIPAMENTOS DE COMBATE AO FOGO............................................37 FOGO EM HOTÉIS...........................................................................................44 ABASTECIMENTO SIMULTÂNEO DO EMBARQUE / DESEMBAR- QUE......................................................................................................................46 EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS PERMITIDOS A BORDO DE AE- RONAVES...........................................................................................................47 ASSENTOS DA AERONAVE.........................................................................48 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA............................................................................51 CONJUNTO DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA..........................................63 PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO.........................................................70 ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA CONTRA A AVIAÇÃO CIVIL.......82 CLEAR AIR TURBULENCE - CAT................................................................85 ARTIGOS PERIGOSOS - ANEXO 18 - TRANSPORTE DE MERCA- DORIAS PERIGOSAS.......................................................................................85 Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 1 1.INTRODUÇÃO As empresas de aviação fundamentam seu crescimento e desenvolvimento em bases sóli- das, no qual o homem é seu verdadeiro alicerce. É reconhecido o grande avanço tecnológico na construção de aeronaves, permitindo às em- presas escolherem, de acordo com suas necessidades, àquelas que farão parte da sua frota. Se os homens são seus alicerces, as empresas jamais abrirão mão de escolher especifica- mente quais pessoas irão tripular e fazer a manutenção de suas aeronaves. Essa situação cria um elo de perfeito entendimento e segurança, pois SEGURANÇA é um ponto de honra. “Segurança é a arte de reduzir a um mínimo as possibilidades de risco”. Os comissários de bordo têm uma grande responsabilidade ao lidar com um grande número de passageiros. Em uma situação de EMERGÊNCIA, as responsabilidades aumentam consi- deravelmente, na medida em que muitas vidas poderão ser salvas se os comissários agirem prontamente. Observações dos atuais acidentes indicam que a sobrevivência pode ser um fator de boa sorte, como também da competência de uma tripulação bem treinada e orientada, que es- teja pronta para tomar decisões compatíveis com a situação vivenciada. É realmente preciso que tomemos consciência do que estamos fazendo, onde estamos e o porquê de nossa presença a bordo. Se procurarmos nos condicionar e estivermos sempre atentos e vigilantes, estaremos atingindo alguns graus na escala da SEGURANÇA. Essa preparação, baseada em estudos, treinamentos e, principalmente, condicionamento, visa à sobrevivência nossa e de nossos passageiros, pois todos dependem de uma pronta atuação. Alguns estímulos provocam determinados movimentos no corpo que se processam de for- ma independente, alheio a nossa vontade, são automáticos, mecânicos. Esses movimentos são chamados de atos reflexos, que podem ser naturais ou adquiridos. Nos atos reflexos de natureza mental, o indivíduo reage de determinada forma decorrente de estímulos. Relacionar determinados estímulos a reações é o que se chama de CONDI- CIONAMENTO. A totalidade da nossa vida física e mental é constituída de reflexos condicionados. Pergunta-se: Como poderemos atingir, então, o condicionamento ideal? Com treinamento! Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 2 O treinamento é um recurso educacional que visa criar ou melhorar um hábito e desenvolver as habilidades de cada um. O objetivo do treinamento dos comissários é desenvolver sua plena capacidade, pois é gran- de a incidência de falhas cujas origens situam-se na intranquilidade causada pela dúvida e hesitação no cumprimento de determinadas tarefas. É por meio do treinamento que os comissários adquirem o conhecimento necessário e o hábito de checar e repassar repetidamente o check-list de equipamentos e procedimentos. Isso leva ao condicionamento e, com isso, a sensação de segurança é gradativamente au- mentada. O treinamento, porém, se ele não for praticado a bordo, em caráter de continuidade. A constante repetição diminui o esforço e o tempo necessários para efetivar a ação. Se determinada atividade não for executada frequentemente, o conhecimento de como agir quanto à habilidade de execução decrescerão. A identificação do equipamento em cada área de atuação e o conhecimento de como o ope- rar são fundamentais. Se essas ações forem repetidas várias vezes, quando a intervenção dos comissários se fizer necessária, será praticamente automática e o tempo a ser empre- gado em suas atuações será reduzido de forma considerável. Apesar da atual dificuldade de relacionamento entre as pessoas, é da responsabilidade dos comissários estabelecer comunicação com os passageiros, de modo que eles sintam nos comissários, além da amabilidade de um anfitrião, a segurança de estarem sob os cui- dados de profissionais tecnicamente preparados e qualificados. A competência de quem ajuda tem como consequência a confiança de quem é ajudado, des- de que esta oferta de ajuda seja proposta por uma pessoa acessível e consciente. Em situações de emergência é fundamental contarmos com a cooperação dos passageiros, que somente se fará presente se eles acreditarem na competência dos comissários. A intranquilidade de muitos passageiros os acompanha para dentro da aeronave, criando, muitas vezes, situações delicadas e perigosas. O serviço de bordo é uma forma de os ocupar e tranquilizar, sendo, portanto, UM FATOR DE SEGURANÇA. Para atuar com sucesso numa situação de emergência, devemos, antes de tudo, estar realmente familiarizados com todo o equipamento que temos à disposição. Afinal, ele foi especialmente desenvolvido para dar mais segurança e conforto aos passageiros. Os comissários, que são profissionais atenciosos, gentis e preocupados com o bem estar dos passageiros, devem, igualmente, se preocupar com a segurança de todos e ser efi- “Emergência é toda situação anormal que põe em risco a segurança da aeronave e de seus ocupantes”. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 3 cientes em situações de emergência. Devido às inúmeras circunstâncias incomuns que surgem durante uma emergência, é real- mente muito difícil classificá-las. Contudo, independente disso, existem dois tipos de emergências que devem ser citadas, são elas: 1. EMERGÊNCIAS SECUNDÁRIAS; 2. EMERGÊNCIAS PRIMÁRIAS. 1. EMERGÊNCIA SECUNDÁRIA: é quando há suspeita ou visível indicação de uma provável pane. Ao receber o alerta da cabine de comando, os comissários devem ficar preparados e tratar de repassar todos os procedimentos paraefetuar um pouso de emergência e a ope- ração de todas as saídas e suas escorregadeiras. 2. EMERGÊNCIA PRIMÁRIA: é quando a situação de perigo existe é iminente. Ex.: Despres- surização, fogo a bordo, pousos de emergência, mau funcionamento mecânico que pode tirar da aeronave as condições de voo. Em tais casos, o profundo conhecimento do equipa- mento e dos procedimentos, somado com o bom condicionamento dos comissários para enfrentar tais situações 2.COMUNICAÇÃO A comunicação contribui de forma importante para uma atuação com sucesso em situações de emergência. Deve-se estabelecer uma comunicação constante com a cabine de coman- do e, sempre que possível, manter os passageiros bem informados. 2.1. Master Call: É um painel luminoso – geralmente na cor azul, vermelho e âmbar – localizado em cada es- tação de comissários, cuja função é a de facilitar a visualização das chamadas provenientes dos interfones, chamada de comissário da P.S.U. (Passenger Supply Unit) e do L.S.U. (Lava- tory Supply Unit). LUZ AZUL: indica chamada de passageiros (P.S.U.). LUZ VERMELHA: indica chamada do Crew (tripulação - interfones). LUZ AMBAR: indica chamada dos lavató- rios (L.S.U.). Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 4 2.2. Interfones - Comunicação entre a Tripula- ção (intertripulação): Os interfones são utilizados para realizar a co- municação entre os tripulantes. Sempre que houver necessidade de informar a equipe sobre alguma ocorrência ou anormalidade, o chefe de equipe fará isso diretamente a todos os comissários ou aos supervisores de cabine e estes, por sua vez, aos co- missários auxiliares por intermédio dos interfones. O atendimento à cabine de comando poderá ser feito com a utilização do interfone ou pessoalmente, in- do-se até lá. Esse atendimento deve ser imediato e rápido. É de responsabilidade do chefe de equipe obter junto à cabine de comando informações sobre o andamen- to do voo. 2.3. P.A. (Public Adress) - Comunicação entre Tri- pulação e Passageiros: A comunicação aos passageiros é feita com a utiliza- ção do P.A. ou, no caso de falha desse sistema, do me- gafone. O chefe de equipe é o responsável pelos anúncios de bordo, mas poderá delegar esta função a qualquer outro comissário. Quando for necessário realizar algum comunicado aos passageiros, o comissário deve: • Fazer uso do P.A. ou megafone; • Identificar-se ao falar; • Adotar uma postura em que a coluna fique na posição vertical (ereta) para que não haja compres- são do diafragma, dificultando a respiração e prejudicando, consequentemente, a alocução; • Fazer o anúncio em voz clara e compassadamente; PILOT ATT RESET Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 5 Localizada acima dos assentos, a P.S.U. é utilizada para chamar atenção dos comissários sempre que o passageiro necessitar de algo. É identificado no Master Call pelo acendimento da cor azul e por um sinal sonoro. Todas essas recomendações devem ser seguidas com rigor, pois o anúncio de bordo reflete, aos olhos do passageiro, o estado emocional não só de quem o faz, mas de toda a tripulação da aeronave. Além de estar atento às chamadas do interfone, o comissário deve estar bastante atendo às chamadas dos passageiros. É importante atendê-las de imediato, pois, apesar de não ser frequente, o passageiro poderá estar necessitando de algum atendimento de urgência, seja por problemas de saúde (estar passando mal), ou por ter detectado algo anormal relaciona- do à aeronave (fumaça, fogo, etc.). Um passageiro satisfeito passa a ser um componente a mais para contribuir com a seguran- ça de voo, uma vez que poderá vir a auxiliar o grupo de comissários numa eventual situação de emergência. É por intermédio do P.A. que são transmitidas, dentre outras, as informações sobre os procedimentos de segurança. Imagens, por vezes, falam mais do que palavras. Portanto, independentemente da situação, é de vital importância não deixar transparecer preocupação ao repassar informações para que os passageiros não tirem conclusões errôneas sobre o que está acontecendo. É importante informar ao passageiro quaisquer mudanças que ocorram (atraso, turbulência, suspensão do serviço de bordo, mudança do itinerário, etc.). Deve-se lembrar que conceder informações aos passageiros irá acalmá-los, evitando, com isso, tumultos e possível clima de apreensão. Uma notificação ao passageiro, sempre que for feita, deverá ter o intuito de orientá-lo, esclarecendo de maneira calma, pausada e, acima de tudo, profissional, o que estiver acon- tecendo. 2.4. P.S.U. (Passenger Service Unit) - Comunicação entre Passageiros e Comis- sários: Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 6 2.5. L.S.U. (Lavatory Supply Unit) – Comunicação entre Passageiros e Comis- sários dos Lavatórios: Localizada dentro dos toaletes, a L.S.U. provém dos toaletes e serve para alertar os comissários caso algum usuário necessite de atendimento, independente da razão. Sua identificação é feita pelo acendimento no painel do Master Call da luz na cor âmbar e por um sinal sonoro. Caso a porta do toalete esteja trancada, deve-se questionar o ocupante sobre o que está acon- tecendo. Em caso de negativa de resposta, o comissário deve proceder à abertura da porta pelo lado externo. Identificada por cor Âmbar no Master Call e porta do lavatório e sinal sonoro. 2.6. MEGAFONE - Comunicação entre Tripulação e Passageiros: Megafones são amplificadores portáteis de som. Podem ser alimentados por pilha comum ou pilha seca. Eles ampliam a voz do operador para orientação dirigida caso seja impossível a utilização do sistema normal de comunicação (P.A.). Alguns megafones são providos de um alarme sonoro que se propaga a grande distância, utilizado como sinalizador, que é acionado pela retirada do pino de seu orifício. Após um pouso de emergência, caso um grupo tenha saído para reconhecimento da área e se perca, não conseguindo retornar ao ponto onde se encontram os demais sobreviventes, estes poderão acionar o alarme, possibilitando aos perdidos a orientação pelo sinal, facili- tando o retorno ao ponto de encontro dos demais. Operação: • Pressionar o gatilho ou botão, mantendo-o pressionado enquanto fala; • Nos megafones sem controle de volume, manter os lábios em contato com o microfone. O volume de saída depende da intensidade da voz; • Não colocar a mão sobre o microfone; • Falar devagar e compassadamente, usando terminologia que os passageiros posam entender. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 7 Cheque pré-voo: • Pressionar o gatilho ou botão. Se o megafone emitir um som de microfonia, isso significa que está com suas pilhas carregadas; • Verificar se o megafone está devidamente fixado. Observação: Nos megafones alimentados por pilha comum, quando realizado o cheque pré-voo e não se ave- riguar sinal de microfonia, deve-se verificar a colocação das pilhas. O correto é: polos positivos e negativos alternados. 3.PRESSURIZAÇÃO E DESPRESSURIZAÇÃO 3.1. Atmosfera: A mistura de gases que envolve o planeta Terra possui o nome de ATMOSFERA. Ela tem uma espessura de mais de 330.000 pés (100.484m) de altitude e é dividida em camadas. A camada mais baixa e que tem contato com a superfície terrestre é chamada de TROPOS- FERA, atingindo uma altitude média de 40.000 pés (12.192m), diminuindo nos polose au- mentando nas latitudes temperadas. Na troposfera ocorrem todos os fenômenos meteorológicos conhecidos. Acima dela está a ESTRATOSFERA e a seguir a IONOSFERA, EXOSFERA e a MAGNOTOSFERA (espaço in- terplanetário). Entre a troposfera e a estratosfera existe uma delgada zona de transição chamada TROPOPAUSA, cuja espessura varia de 10.000 a 15.000 pés (3 a 5 km) e em seu interior cessam todos os fenômenos comuns à troposfera, embora possa Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 8 ser perfeitamente atravessada pelas grandes trovoadas. A tropopausa tem como característica a isotermia, consistente na ausência de variação da temperatura (as temperaturas dentro dela são constantes). É na troposfera e na tropopausa que opera a maioria das aeronaves. Observa-se na composição da atmosfera: • 78% de nitrogênio; • 21% de oxigênio; • 1% de dióxido de carbono e gases raros. 3.2. Nitrogênio: Este gás é o responsável pela maior porcentagem da pressão atmosférica total. É um gás inerte e tem a função de neutralizar o efeito oxidante do oxigênio sobre os tecidos vivos. Sob condições de baixa pressão, pode causar sérios problemas fisiológicos, dentre os quais os sintomas de BENDS. Esses sintomas (Bends) ocorrem na forma de dores, primeiramente, nas articulações do corpo e são atribuídos ao desprendimento do nitrogênio. Ocorrerão tais sintomas sempre que a pressão do ambiente (normalmente elevada) é bruscamente decrescida. Nas operações aéreas em altitudes entre 25 e 30 mil pés, os sintomas de Bends não constituem problemas, pois raramente ocorrem com a queda rápida da pressão abaixo destas altitudes. 3.3. Oxigênio: O oxigênio, gás inodoro, é essencial à vida. Quando o organismo humano é privado dele, sérias complicações ou mesmo a morte podem ocorrer em muito pouco tempo. O oxigênio determina as regiões de atividade biológica para os seres vivos, limitando a ca- pacidade do homem em se elevar ao espaço. Cada vez que se inspira, 21% do ar inalado é oxigênio. Nos pulmões esse gás é absorvido pelo sangue e levado para todas as partes do corpo. Ao nível do mar e sob condições normais de umidade e pressão, a temperatura da ATMOSFERA é de 15ºC, decrescendo na proporção de 2ºC para cada 1.000 pés (30.48 m) subidos, até atingir a tropopausa, onde a média térmica é de -56,5ºC, permanecendo constante nesta camada. A pressão total exercida pela atmosfera ou por qualquer mistura de gases é a soma das pressões parciais de cada gás componente da mistura. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 9 Pode-se dizer, portanto, que o ar é pressionado contra a Terra, exercendo uma PRESSÃO. O Barômetro é o aparelho que mede essa pressão (Pressão Atmosférica). A pressão padrão ao nível do mar (em condições normais de umidade e temperatura) é de 760 milímetros de mercúrio ou de 14.7 psi (libras por polegada quadrada) ou, ainda, de 29,92 polegadas de mercúrio. A pressão decresce logaritmicamente com o aumento de altitude. 3.4. Pressurização: O corpo humano está adaptado a viver sob condições especiais de temperatura e pressão. Contudo, o oxigênio é vital para o ser humano assim como a temperatura e a pressão são importantes para o bom funcionamento de seu organismo. Em se tratando das limitações da capacidade humana, sabe-se que o limite fisiológico para uma pessoa normal é a altitude de 10.000 pés (3.048 metros). De 10.000 a 12.000 pés de altitude, o organismo possui ainda plena capacidade de adaptação. Contudo, acima desta marca o uso de equipamento suplementar de oxigênio é necessário para que se mante- nham normais as funções fisiológicas e mentais do ser humano. A absorção do oxigênio pelo sangue depende do diferencial entre a pressão interna dos pul- mões e a pressão atmosférica. Como visto, ao nível do mar a pressão atmosférica e a pressão interna dos pulmões é de 14.7 p.s.i. Quando ocorre a inspiração, a contração do diafragma provoca a expansão da cai- xa torácica o que faz aumentar o volume dos pulmões e, por conseguinte, baixar sua pres- são interna. Nessa hipótese, a pressão atmosférica, por ser maior, empurra o ar para dentro dos pulmões com o auxílio da boca e do nariz. O oxigênio é levado para todas as células do corpo por intermédio do sangue. A uma altitude de 18.000 pés (5.486 m), a pressão do ar ambiente terá apenas a metade da pressão ao nível do mar, ou seja, 7.35 psi. Isso irá ocasionar problemas de insuficiência de oxigênio, pois, tendo em vista que a pressão atmosférica é inferior à pressão parcial de oxigênio nos pulmões, não há pressão suficiente par empurrar o oxigênio dos pulmões para a corrente sanguínea. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 10 ALTITUDE EM PÉS % DE SATURAÇÃODE OXIGÊNIO CONDIÇÃO CLÍNICA Nível do mar 95 - 98 Normal 10.000 88 - 90 Dor de cabeça, cansaço em exposição prolongada. 14.000 78 - 88 Sonolência, dor de cabeça, tontura, fraqueza de visão, mudança de personalidade, perda de coordenação muscu- lar, cianose (azulamento das unhas). 18.000 74 - 75 Todos os acima, porém mais críticos. 22.000 67 - 68 Convulsão, colapso e coma. 25.000 55 - 60 Colapso e coma em aproxima-damente 5 minutos. A insuficiência de oxigênio nas células do cor- po ocasionada pela elevação de altitude é co- nhecida como HIPÓXIA. As células do cérebro são as primeiras a ser afetadas. Em seguida e quase que concomi- tantemente ocorre a afetação das células dos olhos, fazendo com que a capacidade de agir normalmente seja afetada e deteriorada rapi- damente. Em pessoas normais, a variação de altitude, que acarreta variação no percentual de oxigê- nio do sangue arterial, provoca os seguintes sintomas de hipóxia: HIPÓXIA - carência de oxigênio nos tecidos orgânicos Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 11 Em elevadas altitudes há um acentuado decréscimo da densidade do ar, tornando-o mais rarefeito, pois quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica. Esse decrés- cimo da densidade do ar provoca dificulda- des para respirar. O homem, vislumbrando tornar possível o voo em grandes altitudes sem afetar o organismo humano, aperfeiçoou as aero- naves dotando-as de sistemas de pressu- rização que permitem voos em grandes al- titudes com uma margem muito grande de segurança. Para que se possa viajar numa aerona- ve cuja altitude de voo seja de 27.000 pés (8.229 m) sem ocasionar problemas res- piratórios, é necessário que o seu interior seja mantido em uma altitude artificial in- ferior a 10.000 pés (limite da altitude com- patível com a fisiologia humana). Consegue-se isso com o sistema de pressurização, no qual consiste em inje- tar o “ar sangrado” dos motores na cabi- ne. Quanto mais ar for injetado no interior da cabine, maior a pressão/pressurização interna e menor a altitude artificial (altitude da cabine). Se houver, entretanto, uma constante in- jeção de ar no interior de uma cabine her- meticamente fechada, sem que haja uma válvula de saída para aliviar a pressão que estará aumentando (o volume dos gases aumenta com a altitude), chegará num pon- to de saturação tal que a cabine explodirá. Para que isto não aconteça, parte do ar in- jetado na cabine deve ser eliminado contro- ladamente, de modo a manter na cabine a pressão desejada. A eliminação desse ar em excesso é feita pelas válvulas OUT FLOW, responsáveis por regular o fluxo de saída dear. Em voo, a pressão externa (que é real) e a pressão interna da cabine (que é artificial) são reguladas e mantidas artificialmen- te através da pressurização das aerona- ves (altitude-pressão). A diferença entre a pressão interna (que é maior) e a pressão externa (que é menor) é chamada de DIFE- RENCIAL DE PRESSÃO. Esse diferencial de pressão tem um máximo suportável para cada tipo de aeronave. OUT-FLOW (out-flow principal) totalmente aberta - Diferencial de pressão nulo. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 12 Nas aeronaves a jato, a pressurização das cabines trouxe a segurança e conforto para a tripulação e passageiros, tornando possível atingir altitudes onde o voo é mais tranquilo, embora antinatural, devido à impossibilidade do ser humano viver sob pressão e tempera- tura extremamente baixas. Principais VANTAGENS das cabines pressurizadas: 1. Permitem voos em grandes altitudes sem a necessidade do uso de equipamento portátil de oxigênio; 2. Gera economia em virtude do baixo consumo de combustível a altitudes elevadas; 3. Menor ocorrência de fenômenos meteorológicos, tornando o voo mais confortável e seguro. Principais DESVANTAGENS das cabines pressurizadas: 1. Ameaça de despressurização (ou o aquecimento, a ventilação e o ar condicionado da cabine); 2. Necessidade de equipar a aeronave com sistema de oxigênio de emergência. 3.4.1. Funcionamento da Pressurização: O ar injetado na cabine para tornar possível a pressurização é retirado dos compressores dos motores. Esse ar é quente e, por conta disso, deve ser resfriado até uma temperatura confortável. Para manter a pressão desejada na cabine, janelas e portas são vedadas por protetores de borra- cha. As saídas de emergência não podem ser abertas quando a cabine está pressurizada, devido ao fato de o primeiro movimento de abertura (desencaixe) ser para o interior da cabine (a pressão interna torna este movimento impossível por ser maior). Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 13 3.5. Despressurização de Cabine: O mais sério risco que os ocupantes de uma aeronave que voe em grandes altitudes enfren- tam é o de uma despressurização da cabine produzida pela ruptura de uma janela, porta, ou mesmo de um colapso do sistema. Existem alguns tipos de despressurização, são elas: 1. Despressurização Explosiva: a perda de pressão é instantânea, ocorrendo em mais ou menos 01 segundo. 2. Despressurização Rápida: a perda de pressão ocorre entre 01 e 10 segundos. 3. Despressurização Lenta: a perda de pressão ocorre em mais de 10 segundos. Os fatores que interferem na velocidade da perda de pressão da cabine são:Diferencial de pressão: quanto maior for o diferencial entre a altitude da cabine e a altitude real da aerona- ve, maior e mais rápido serão os efeitos da despressurização. Diâmetro do orifício: a velocidade da perda da pressão é proporcional ao orifício por onde ela escapa. Se maior o orifício, mais rápida será a perda de pressão. Quando ocorre uma despressurização, a providência a ser tomada pelos pilotos é só uma: DESCER. Durante a descida deve-se providenciar, com a máxima urgência, a utilização do Sistema Fixo de Oxigênio de Emergência. Feita a constatação pelos tripulantes da cabine de comando, a aeronave descerá num ân- gulo acentuado até atingir uma altitude de segurança onde todos poderão respirar sem o auxílio de oxigênio. EFEITOS DECORRENTES DA RÁPIDA PERDA DE PRESSÃO: 1. Saída brusca do ar dos pulmões, parecendo, por instantes, que os pulmões aumentam de tamanho no interior do tórax. O ar sai violenta- mente pela boca e pelo nariz. 4. Sintomas de aeroembolismo. 2. Momentânea sensação de ofuscamento ou confusão que cessa, porém, rapidamente. 5. Possível presença de dores devido à expansão dos gases contidos nas cavidades orgânicas. 3. A brusca queda de temperatura e pressão produz uma intensa neblina dentro da cabine (fenômeno chamado condensação), de rápida duração. 6. Sintomas de hipóxia, se o equipamento com oxigênio suplementar não for imediatamente usado. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 14 Viu-se que o organismo sofre muito quando há variações bruscas de temperatura e pres- são, todavia, é importante lembrar que as limitações variam de acordo com cada indivíduo e seu organismo, a depender do tipo de vida que cada um leva. Os comissários são os primeiros a sofrer os efeitos da despressurização, pois são os que estão desenvolvendo maior atividade física, o que exige maior consumo de oxigênio. Em altitudes mais elevadas, o TUL (tempo útil de lucidez) é muito curto. Ele pode ser defini- do como o tempo em que alguém pode fazer alguma coisa por si, como, por exemplo, ajustar corretamente a máscara de oxigênio. De acordo com vários experimentos, foram ob- tidos os seguintes resultados para o TUL: * Esses são valores médios, uma vez que a tolerância pessoal à hipóxia varia consideravelmente. Em fumantes, a existência de monóxido de carbono nos pulmões reduz significativamente o oxigênio dispensável para os tecidos do corpo. Álcool no organismo, mesmo consumido com antecedência de 18 horas, atua sobre as células e interfere na assimilação do oxigênio. A fadiga diminui a tolerância pessoal. O indivíduo em boas condições físicas tem uma tole- rância bem maior à altitude do que um indivíduo sedentário. Durante o período de tensão, o consumo de oxigênio de pessoas não atléticas é muito grande. Um indivíduo médio, em boas condições físicas, recuperar-se-á rapidamente da hipóxia as- sim que lhe for concedido oxigênio. Tal indivíduo, mesmo nos limiares da inconsciência, poderá, em 20 ou 30 segundos, recuperar totalmente suas faculdades. Altitudes em pés Sentado em descanso Exercendo atividade Moderada Despressurização rápida (pessoa em repouso) 22.000 10 minutos 5 minutos 3 minutos 25.000 5 minutos 3 minutos 2 minutos 30.000 90 segundos 45 segundos 30 segundos 35.000 45 segundos 30 segundos 20 segundos 40.000 25 segundos 18 segundos 12 segundos Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 15 O procedimento de descida da aeronave numa despressurização é muito rápido e num grau elevado de inclinação, não permitindo mobilidade na cabine durante o processo. A primeira atitude deverá ser a de PEGAR A MÁSCARA MAIS PRÓXIMA E SENTAR. Para a hipótese de ocorrer uma despressurização no instante em que alguém se encon- trar no interior de um toalete, acompanhando uma criança, duas máscaras cairão do alo- jamento, possibilitando, assim, o atendimento simultâneo a ambos. O “passageiro de colo” deverá ser alocado somente onde existam máscaras do Sistema Fixo de Oxigênio de Emergência em quantidade superior ao número de poltronas. Os acompanhantes de crianças, idosos e portadores de deficiências, deverão ser orientados para fixarem primeiro as suas próprias máscaras para depois fazer a colocação de quem esteja sob seus cuidados. Deve-se evitar aglomerações nas áreas de galleys, em função do número limitado de más- caras do Sistema Fixo de Oxigênio de Emergência. 3.5.1. Procedimentos Pós Despressurização: Assim que a aeronave atingir uma altitude em que se possa respirar sem o auxílio do siste- ma fixo de oxigênio, caso alguém ainda necessite de oxigênio suplementar, pode-se lançar mão dos cilindros portáteis com oxigênio terapêutico. 3.6. Vazamento de Pressão: Em caso de vazamento de pressão, avisar imediatamentea cabine de comando. Havendo constatação de perigo, os passageiros sentados dentro da área de 12m² do ponto de vaza- mento deverão imediatamente ser retirados do local. Não havendo poltronas livres para reposicioná-los, deverá ser acomodado um em cada fi- leira de poltronas, preferencialmente nas que estiverem à frente do ponto de vazamento, colocando-se dois passageiros em um mesmo cinto. Se o cinto for muito curto para prender os dois passageiros, deve-se utilizar o da poltrona anteriormente ocupada, que deverá ser removido e fixado ao engate da poltrona a ser ocu- pada. 4. SISTEMAS DE OXIGÊNIO DE EMERGÊNCIA Os Sistemas de Oxigênio de Emergência subdividem-se em: 4.1. - Sistemas Fixos de Oxigênio de Emergência: 4.1.1. Na Cabine de Comando (gasoso) 4.1.2. Na Cabine de Passageiros (químico) Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 16 4.2. - Sistema Portátil de Oxigênio de Emergência: 4.2.1. Capuz Anti-fumaça (CAF somente para tripulantes) 4.2.2. Cilindro de Oxigênio Terapêutico (para tripulantes e passageiros) 4.1. Sistemas Fixos de Oxigênio de Emergência: 4.1.1. Sistema Fixo de Oxigênio da Cabine de Comando: O Oxigênio que supre a cabine de comando provém de um cilindro independente, localiza- do no compartimento de aviônica (porão eletro/eletrônico). O fluxo de Oxigênio possui três seleções: A) NORMAL: Sob demanda, misturado. B) 100% OXIGÊNIO: Sob demanda a 100%; C) EMERGÊNCIA: Contínuo a 100% (sob pressão). Operação: Testar o funcionamento do sistema pressionando a chave “TEST” e verificando se aparece a cor verde no visor de passagem de fluxo. Verificar se o seletor do teor de oxigênio está em 100% OXI. O sistema deve ficar armado e preparado para fornecer oxigênio a 100% sob demanda durante todo o voo. A finalidade desse sistema é ser utilizado pelos ocupantes da cabine de comando para evitar a hipóxia, em caso de despressurização. Como variação na utilização e juntamente com o par de óculos Smoke Goggles, poderá ser também usado em caso de fumaça. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 17 MÁSCARA FULL FACE MÁSCARA GOGGLES 4.1.2. Sistema Fixo de Oxigênio da Cabine de Passageiros: O oxigênio que alimenta o sistema fixo para a cabine de passageiros pode estar armaze- nado em cilindros fixos localizados nos porões ou ser obtido através de um módulo gera- dor químico para cada conjunto de máscaras oro-nasais das P.S.U.’s ao longo da cabine de passageiros. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 18 Cada aeronave deve conter uma máscara oro-nasal a mais para cada fileira de poltronas (ex.: se são três poltronas, a aeronave deve ter quatro máscaras). O oxigênio que flui para as máscaras oro-nasais da cabine de passageiros tem a finalidade exclusiva de atender passageiros e comissários em caso de despressurização (como anti -hipóxia). É desaconselhável a utilização deste sistema em casos de fumaça e/ou gases tóxicos na cabine, pois, por serem suas máscaras do tipo misturadoras, o oxigênio é diluído com o ar ambiente, fazendo com que a pessoa aspire fumaça e/ou gases tóxicos. Após o acionamento do sistema, as tampas dos alojamentos das máscaras se abrirão e ficarão penduradas. Para que o oxigênio chegue até as máscaras, é necessário que sejam puxadas em direção do rosto para que um pequeno pino seja removido e, assim, libere o fluxo de oxigênio. Modos de Acionamento do sistema: • Automático: as máscaras “cairão” quando a altitude artificial da cabine chegar a 14.000 pés. • Elétrico: as máscaras “cairão” ao ser acionado um interruptor (switch) localizado no pai- nel superior da cabine de comando. • Manual: as máscaras “cairão” com o auxílio de um objeto pontiagudo introduzido em orifício específico da P.S.U. Acionamento Elétrico: Por um “switch” no painel superior do cockpit. Acionamento Manual: Introduzir objeto pon- tiagudo no orifício do compartimento de mas- caras da P.S.U. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 19 Módulo Gerador Químico: Os módulos geradores são independentes, uma vez que podem ser acionados individualmente. As máscaras são ligadas ao gerador por uma mangueira e cordéis as prendem ao pino acio- nador de fluxo. O gerador iniciará a funcional quando qualquer uma das máscaras ligadas a ele for puxada, que, uma vez acionado, passará a fornecer um fluxo contínuo e ininterrupto de oxigênio durante aproximadamente 12 minutos para todas as máscaras a ele ligadas. 4.2. Sistema Portátil de Oxigênio de Emergência. 4.2.1. Capuz Anti-fumaça (CAF) / Smoke Hood / Protective Breathing Equipment (PBE): Descrição: • Unidade composta de duas capas flexíveis, in- terna e externa, de poliéster revestido de PVC resistente ao calor e as chamas, incluindo visor de plástico policarbonato rígido, com sistema anti- embaçante. • Diafragma de neoprene que veda a parte infe- rior do capuz em torno do pescoço. • Reservatório metálico com formato anelar, contendo oxigênio sob pressão e uma alavanca para acionamento do sistema (A). • Sistema de absorção de CO2 para manter sua concentração abaixo do percentual de 4% (B). Durante o ciclo de geração de oxigênio, a tem- peratura na face externa do corpo do gerador pode chegar a 260ºC, razão pela qual o módulo é protegido por uma placa metálica, cuja finali- dade é evitar queimaduras. Essa alta temperatura faz também com que, ao ser acionado, o gerador exale um cheiro ca- racterístico, razão pela qual os comissários devem estar atentos, pois a cabine será inva- dida por um forte cheiro de queimado, o que poderá provocar inquietação nos passageiros. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 20 • Válvula de pressão positiva que estabiliza a pressão interna do capuz entre 1 e 2 mi- libares (C). • Diafragma acústico para permitir a comunicação oral do usuário, mesmo que ele esteja utilizando interfone ou megafone (D). O Capuz anti-fumaça (CAF) vem empacotado a vácuo numa embalagem aluminizada e ar- mazenado no interior de uma maleta plásti- ca lacrada. A embalagem aluminizada tem a sua extremidade inferior presa ao fundo da maleta. Fluxo de Oxigênio: Quando o sistema for acionado, o fluxo de oxigênio passará através de um orifício calibrado, onde será ajustado em função de duas variáveis: tempo de utilização do capuz e o consumo de oxigênio. Dimensões da Maleta: 315 mm x 315 mm x 70 mm Peso da Maleta: .........................1,00 KG Peso do Capuz: ...........................1.30 KG Armazenamento: ......+ 70º C a - 40º C Volume de Oxigênio: .................40 litros Pressão do Oxigênio: ......150 milibares Autonomia: ............................15 minutos B A C D Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 21 O fluxo será contínuo e poderá ser percebido pelo usuário ao ouvir um leve ruído devido pela liberação do oxigênio. Inicialmente, o fluxo será mais forte com a finalidade de eliminar o ar tóxico da cabine que tenha ficado retido no interior do capuz, logo a seguir, o fluxo baixará para um nível compen- satório de acordo com o consumo do usuário. A pressão interna do capuz será sempre positiva e maior do que a pressão da cabine. A temperatura interna do capuz nunca excederá 40º C, porque a alta pressão do fluxode oxigênio refrescará o interior do equipamento. Adequação: O capuz anti-fumaça (CAF) é um equipamento fabricado para uso de tripulantes da aviação civil e destinado a proteger os olhos e o sistema respiratório do usuário contra a fumaça e/ ou gases tóxicos, nas seguintes situações: • Combate a um princípio de incêndio localizado; • Pouso em emergência com fumaça densa na cabine; • Evacuação da aeronave com fumaça densa na cabine. Operação: O tempo necessário para abrir a maleta, retirar o capuz e vesti-lo é de, aproximadamente, 10 segundos. 1º - Destravar e abrir o fecho da maleta plástica. Com este movimento o lacre será rompido. 2º - Puxar a embalagem aluminizada do interior da maleta. A embalagem aluminiza- da se rasgará em sua extremidade inferior, liberando o capuz. Retirar o capuz da emba- lagem aluminizada. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 22 3º - Dilatar a abertura do diafragma de ne- oprene que veda a parte inferior do capuz e acionar o sistema de oxigênio, empurrando a alavanca acoplada ao reservatório. 4º - Vestir o capuz e respirar normalmente. A alta pressão do fluxo inicial de oxigênio in- flará e pressurizará o interior do capuz. Variação na utilização: Como variação na utilização, o capuz anti-fumaça (CAF) poderá ser utilizado no cheque pós- despressurização (walk around procedure) como suprimento do O2 para tripulantes. Cheque Pré-Voo: verificar: • O lacre da maleta plástica. • O indicador de integridade, localizado na tampa da maleta. Se estiver na Cor verde – OK; Se estiver na Cor vermelha – SUBSTITUIR. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 23 4.2.2. Cilindro de Oxigênio Terapêutico: O oxigênio terapêutico é constituído de cilindros portáteis com capacidade para 311 litros. Quando carregados em sua capacidade normal, indicarão nos respectivos manômetros 1800 psi a 21º C. As máscaras desse sistema são do tipo oro-nasal e misturadoras. São de plástico transpa- rente, descartáveis e estão ligadas a uma mangueira cuja extremidade se encontra um pino de encaixe. Saídas: Vermelha (HI - High): com fluxo de 4 litros por minuto. Verde (LO - Low): com fluxo de 2 litros por minutos. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 24 Adequação: A finalidade desse sistema é atender aos ocupantes da aeronave que se encontre com insuficiência respirató- ria. Operação: 1. Adaptar o pino de encaixe da mangueira ao cilindro. 2. Girar a válvula de abertura no sentido anti-horário. 3. Verificar se o fluxo está saindo normalmente (indica- dor junto à máscara). 4. Indicação vermelha —> Fluxo bloqueado; Indicação verde —> Fluxo liberado 5. Remover o excesso de gordura do rosto. 6. Ajustar a máscara ao rosto do usuário, fixando a pe- quena tira metálica de uma das bordas sobre o nariz para evitar fuga de oxigênio e, por conta disso, cau- sar lesão ocular. 7. Fixar a tira elástica ao redor da cabeça e respirar normalmente. 8. Após a utilização, deve-se fechar a válvula girando -a no sentido contrário ao da abertura e recolocar o cilindro no seu lugar de origem, fixando-o com as presilhas. 9. Reportar ao mecânico de voo ou ao co-piloto, quan- do for o caso, o propósito da utilização e o número de registro do cilindro, bem como incluir tais obser- vações em relatório Cheque pré-voo: verificar se: • Os cilindros estão devidamente fixados; • O manômetro indica uma pressão mínima de 1.500 psi; • A quantidade mínima de máscaras por cilindro (03 para adulto e, eventualmente, 01 para crianças) foi atendida. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 25 Nota: Em se tratando de recém-nascido, deve-se remover a máscara e posicionar a extremidade da mangueira a aproximadamente 10 cm de distância do rosto do bebê, utilizando o fluxo de saída de 4 litros por minutos. A inalação de oxigênio a 100%, com fluxo de 5 litros por minuto, por um tempo superior a 15 minutos pode ser fatal. Contudo, não existe risco de que ocorra um acidente dessa natureza a bordo, pois, embora o oxigênio contido nos cilindros portáteis que equipam a frota seja a 100%, o fluxo máximo de saída é de 4 litros por minuto. Além do que, o oxigênio, antes de ser inalado, mistura-se dentro da máscara com o gás carbônico exalado pela pessoa e, também, com o ar ambiente. Sempre que houver necessidade de ministrar oxigênio a algum passageiro, deverá haver constante vigília por parte dos comissários. Qualquer passageiro que estiver recebendo oxigênio por tempo prolongado sofrerá um res- secamento no rosto e nas mucosas. Para minimizar esses efeitos, deve-se, em intervalos de 10 minutos, umedecer o rosto (passar pano úmido) no rosto do passageiro, bem como verificar se persiste a necessidade de seguir ministrando oxigênio até que a capacidade res- piratória volte ao normal. Nota: É desaconselhável a utilização desse equipamento em presença de fumaça, pois as más- caras são oro-nasais com válvulas misturadoras. Variação na utilização: Quando houver uma despressurização em que a aeronave esteja nivelada entre 25.000 e 10.000 pés (fora do nível de segurança), os equipamentos portáteis com oxigênio poderão ser utilizados pelos comissários para a realização do cheque pós-despressurização (walk around procedure), com a finalidade de realizar a abertura individual dos alojamentos de máscaras do sistema fixo que tenham permanecido fechadas e prestar assistência a passageiros que estejam apresentando sintomas de insuficiência respiratória. Nota: Este procedimento deverá ser executado somente após o aviso de nivelamento da aero- nave proveniente da cabine de comando. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 26 5. KIT DE PRIMEIROS SOCORROS As aeronaves são equipadas com farmácias padronizadas de acordo com os regulamentos vigentes. Essas farmácias são compostas por um kit médico comissários e kit médico. 5.1. Kit Médico-Comissário: Contém vários medicamentos para serem utilizados em caso de ferimentos ou sinto- mas de distúrbios leves.: Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 27 Itens: • Analgésico; • Anti-pasmódico; • Antisséptico; • Ataduras; • Bandagens; • Colírio; • Descongestionante nasal; • Esparadrapo; • Pomada para queimadura; • Tesoura sem ponta; • Vaso dilatador. Itens: • Ampolas com adrenalina; • Ampolas com dextrose; • Ampolas com epinefrina; • Bisturi; • Esfignomanômetro; • Estetoscópio; • Garrote • Seringas; • Tubo oro-faringeal. 5.2. Kit Médico: Uso exclusivo de médico devidamente inscrito no CRM, caso haja algum a bordo. É uma gaveta na qual contém equipamentos médico-cirúrgico para serem utilizados em casos de sintomas mais graves. No interior das gavetas há uma relação de medicamentos com a respectiva indicação de uso e uma folha de relatório para lançamento dos medicamentos utilizados. O comissário encarregado pela fiscalização e checagem das farmácias é responsável pela anotação de eventuais medicamentos utilizados, bem como pelo fechamento delas com lacre ao final de cada voo. Caso haja necessidade de utilizar a gaveta médica, o chefe de equipe deverá fazer um relatório que inclua o nome, endereço e condições do passageiro atendido e o nome, endereço, identidade civil, número do CRMe do profissional que o atendeu e o diagnóstico constatado. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 28 A quantidade de farmácias que cada tipo de aeronave deve possuir obedece uma regulamentação própria, como segue: • De 00 a 50 assentos de passageiros: 01 farmácia. • De 51 a 150 assentos de passageiros: 02 farmácias. • De 151 a 250 assentos de passageiros: 03 farmácias. • Mais de 250 assentos de passageiros: 04 farmácias. Devido ao risco de epidemia de cólera, as aeronaves podem estar equipadas com esse kit, que contém luvas de látex, sacos plásticos, sais de re-hidratação e formulários de precedência e destino. Nos dias atuais, modificou-se um pouco o que era conhecido como “triângulo do fogo”. Especialistas acrescentaram um item a mais, qual seja: a reação em cadeia. O fogo é uma manifestação de combustão rápida com emissão de luz e calor. Para que se origine o fogo é necessário, portanto, a existência de: • Combustível; • Calor; • Comburente (oxigênio); • Reação em Cadeia. Esse conjunto de condições passou a ser representado geometricamente como o TETRAEDRO DO FOGO (conhecido também como pirâmide ou quadrado do fogo). 5.3. Kit Cólera: 6. COMBATE AO FOGO Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 29 6.1. Classificação do Fogo: CLASSE A: Fogo em materiais sólidos ordinários (comuns), tais como: papéis, madeiras e tecidos, deixando cinzas e resíduos após a queima. CLASSE B: Fogo em líquidos e gases inflamáveis, tais como: querosene, gasolina, óleos e graxas lubrificantes, não deixando resíduos após a combustão. CLASSE C: Fogo em equipamentos eletro/eletrônicos energizados. Nota: Existem outras classes de fogo (D e K) que, como não ocorrem na aviação, não será aqui abordado. 6.2. Desenvolvimento de um Incêndio: 1º - ECLOSÃO: É a causa imediata. É o evento que, atuando sobre as condições existentes, é capaz de dar origem ao fogo. Dentro dessa fase interessa identificar esses eventos e descrever em que condições eles atuam. 2º - INSTALAÇÃO: É o primeiro momento do fogo propriamente dito. È o instante em que deixa de haver apenas condições passando a existir uma forma definida de combustão. 3º - PROPAGAÇÃO: É todo o desenvolvimento do fogo após a instalação. É quando são determinadas as dimensões e a área de abrangência. Nessa fase são estudadas as razões da propagação do fogo e quais os fatores que facilitaram o seu desenvolvimento. 6.3. Métodos de Extinção: A eliminação de um ou mais componentes do tetraedro resultará na extinção do fogo. RESFRIAMENTO: é o método de extinção mais utilizado. Consiste em se retirar calor do material incendiado. Ex.: Redução da temperatura do combustível com utilização do agente água. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 30 ABAFAMENTO: consiste na eliminação do oxigênio das proximidades imediatas do combustível. Ex.: Sufocação do combustível por meio de espuma, pano, areia, etc. ISOLAMENTO: baseia-se na retirada do material que poderá vir a ser atingido pelo fogo, evitando sua propagação para outras áreas. QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA: ocorre nas moléculas e é o principal método de extinção utilizado nos extintores químicos. Impede que moléculas incandescentes entrem em contato com os vapores emanados do combustível, evitando a propagação do fogo. 6.4. Fogo a Bordo: As aeronaves são equipamentos cuidadosamente projetados, meticulosamente construídos e arduamente testados. Embora todo este trabalho para se colocar uma aeronave em condições de voo tenha proporcionado aparelhos cada vez mais seguros, alguns fatores, normalmente fora do controle do construtor, podem dar origem a graves acidentes. A ocorrência de fogo em pleno voo existe é de alta periculosidade, devido as graves consequências que pode acarretar. A exiguidade dos meios de combate ao fogo, a quantidade Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 31 de material combustível presente, a ausência de auxílio especializado e, principalmente, a adversidade das condições reinantes, concorrem para aumentar os problemas causados. Fogo a bordo poderá ocorrer dentro das limitações da cabine de comando, sob o controle de seus ocupantes (comandante / primeiro oficial / mecânico de voo), porém, muitas vezes, situa-se na área de atuação dos comissários, sendo o combate, portanto, de sua responsabilidade. Para tanto, há certas regras básicas de combate ao fogo, as quais devem ser lembradas e executadas pelos comissários quando em uma situação específica. 6.4.1. Causas Prováveis de Eclosão de Fogo a Bordo: CABINE DE PASSAGEIROS FOGO CLASSE A: FOGO CLASSE C: • Cigarros acessos (passageiro fu- mando escondido no toalete) • Grade de retonro de ar obstruídas. • Colocação de papel, papelão ou pano para vedação de luzes indivi- duais que não apagam. • Curto circuito na fiação existente nas P.S.U.S e nos controles localiza- dos nos brações das poltronas (ex- ceção em algumas aeronaves). TOALETES FOGO CLASSE A: FOGO CLASSE C: • Ponta de cigarro acessa ou fósforo jogado no interior das lixeiras. • Curto circuito nas fiações de pai- néis ou iluminação. GALLEYS FOGO CLASSE A: FOGO CLASSE C: • Pontas acessas de cigarros ou fós- fotos jogados nas lixeiras. • Cigarros acessos deixados nas bandeijas de passageiros no retor- no à galley. • Manuseio inadequado de equipa- mento elétrico auxiliar (ebulidor, frigideira). • Curto circuito nos painéis. • Superaquecimento de térmicas e hot-cups deixado ligados, embora vazios. • Colocação de papéis, papelão, pa- nos, em fornos ligados. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 32 Nota: Na cabine de passageiros, uma área sujeita a eclosão de fogo é a área inferior das paredes, onde existem grades de ventilação. A colocação de objetos (jornais, revistas, casacos) sobre as grades de retorno de ar tem provocado combustão por superaquecimento, e, como o fluxo de ar da cabine dispersa a fumaça, esta não é percebida de imediato. Jornais e revistas em voos de longa duração tornam-se tão ressequidos que se transformam em excelente combustível. É uma norma preventiva não deixar sobras desses materiais amontoadas em cantos ou mesmo sob poltronas. Deve-se colocá-las sempre em compartimentos fechados. Latas vazias de sprays ou vidros de colônias não devem ser jogadas nas lixeiras dos toaletes, pois caso ecloda fogo na lixeira, o calor fará com que explodam, espalhando o material em chamas. Um comissário deve ter sempre em mente três detalhes que auxiliam na diminuição do risco de ocorrer fogo a bordo. São eles: 1. PREVENÇÃO: Impedir a eclosão do fogo. 2. COMBATE: Atacar o fogo com os recursos disponíveis, caso ele ocorra. 3. SALVAMENTO: Reduzir ao mínimo os danos causados pelo fogo. 1 - PREVENÇÃO: A prevenção contra o fogo consiste em manter VIGILÂNCIA CONTÍNUA. Normas de prevenção ao fogo são basicamente simples, mas há necessidade de enfatizá-las. Prevenção é uma atividade que os comissários DEVEM praticar todos os dias como parte de seus deveres normais de profissionais para manter ou mesmo aumentar a sua segurança e a dos passageiros. Antes de cada decolagem e durante todo o tempo de voo (inclusive em paradas técnicas e/ ou escalas), o comissário possui a obrigação de certificar se as áreas da aeronave que se encontram sob sua responsabilidadeestão em perfeita ordem. É necessária a verificação de toda a parte elétrica e painéis de galleys, de modo a observar se estão funcionando normalmente e se os fornos não deixam transpirar gases, odores de fumaça ou fogo. Deve-se verificar se todos os extintores estão em seus devidos lugares, fixos em seus encaixes, com os lacres de segurança, dentro da validade e se o acesso a eles está desimpedido. Realizar rondas periódicas durante os plantões, mantendo severa vigilância, principalmente sobre os toaletes e áreas reservadas aos fumantes. 2 - COMBATE: Quando se avalia uma situação de fogo, ações imediatas e simultâneas devem ser tomadas Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 33 e, em seguida, ações subsequentes. Geralmente, o comissário que detecta o fogo deve, simultaneamente: • Munir-se de um extintor adequado para combater o fogo imediatamente; • Chamar a atenção de algum colega que, por sua vez, deverá ir auxiliá-lo devidamente equipado (quando for o caso, com capuz anti-fumaça (CAF), par de luvas de amianto e extintor adequado). O comissário que prestar ajuda deverá, caso ainda não tenham feito, comunicar imediatamente a cabine de comando pelo meio mais rápido, de forma objetiva e concisa possível, informando a área atingida e as providências tomadas. Feito isso, dependendo das circunstâncias existentes, deverá levar para o colega novos extintores. Se o fogo ocorrer em circuitos elétricos energizados, a corrente elétrica deverá ser imediatamente desligada. Os cilindros portáteis com oxigênio terapêutico que estiverem na área afetada deverão ser removidos imediatamente. Os comissários deverão, ainda, evitar o pânico entre os passageiros. A decisão sobre o uso do sistema fixo de oxigênio, em casos que não sejam de despressurização, é exclusiva do Comandante. Em uma situação real de fogo a bordo, a tripulação deve ter em mente algumas AÇÕES PRIORITÁRIAS e IMEDIATAS a serem tomadas simultaneamente, são elas: • Combater o fogo com o extintor adequado, uma vez que sua propagação aumenta em progressão geométrica; • Chamar a atenção de algum colega que, por sua vez, deverá ir auxiliá-lo devidamente equipado (quando for o caso, com capuz anti-fumaça (CAF), par de luvas de amianto e extintor adequado). • Notificar e informar o Comandante do ocorrido pelo meio mais rápido e eficaz possível; • Em caso de o fogo ter eclodido em uma área onde haja equipamentos elétricos, deve-se desligar o circuito elétrico da área afetada. Conclusão: COMBATER é a primeira ação imediata para que as demais sejam realizadas simultaneamente. Havendo necessidade de permanecer em uma área com fumaça, o comissário deverá equipar-se com capuz anti-fumaça (CAF). O uso do PAR DE LUVAS DE AMIANTO protege as mãos e os antebraços em caso de remoção de painéis incandescentes e no rescaldo (sempre avaliando se há necessidade de realizar o rescaldo). Caso algum ocupante da aeronave tenha inalado fumaça em demasia, aplicar oxigênio terapêutico. Não é aconselhável a ingestão de água por pessoas que estejam expostas à fumaça, em Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 34 cabines enfumaçadas. A água pode ser usada para molhar os cabeçotes e estes usados como filtro. Atenção especial deve ser dedicada aos toaletes. Ao soar o alarme do detector de fumaça, o comissário deverá, de plano, avaliar a temperatura do toalete pelo contato do dorso da mão na porta. Não estando quente, deve ser avaliada a hipótese de o alarme sonoro ter disparado devido a algum passageiro ter desobedecido à proibição de fumar no interior do toalete. Caso contrário, munido de um extintor (preferencialmente o de Halon - jamais o de água pressurizada se o fogo for de classe C), deverá combater o foco da seguinte maneira: • Abrir parcialmente a porta, calçando-a com o pé e se colocando atrás dela; • Avaliar a possibilidade de entrar no toalete e combater diretamente o fogo; • Utilizar os equipamentos auxiliares de combate a fogo: machadinha, par de luvas de amianto e capuz anti-fumaça (CAF), se necessário; • Se for necessário, executar o rescaldo. Nota: Se papel da lixeira estiver pegando fogo, deve-se abrir esse compartimento e usar o extintor diretamente sobre o foco. Quando a temperatura externa da porta for muito elevada e/ou houver fumaça densa proveniente do interior do toalete, o comissário poderá adotar um dos seguintes procedimentos para o combate ao foco de fogo: • Abrir uma fresta da porta calçando-a com o pé e, colocando-se atrás dela, descarregar um extintor de Halon na parte superior, fechando a porta em seguida. • Fazer um furo com a machadinha na parte superior da porta, de tamanho suficiente ape- nas para a passagem do bico ejetor do extintor de Halon e, em seguida, descarregá-lo. Nota: Em ambos os casos o agente extintor agirá por abafamento e por quebra de reação em cadeia. Enquanto um comissário executa o combate indireto ao foco do fogo, outro deve, concomitantemente, se equipar com o capuz anti-fumaça (CAF), par de luvas de amianto, machadinha e um extintor adequado para a classe do fogo, de modo a dar continuidade ao combate de forma direta, na base das chamas. Deve-se lembrar que durante toda a operação a cabine de comando deve ser mantida informada. A machadinha deverá ser usada quando for necessário destruir painéis para um rápido acesso a um possível foco de fogo. Materiais de reabastecimento ficam localizados em gavetas e atrás de painéis. Por estarem em pacotes são mais difíceis de pegar fogo, contudo, contribuem bastante para propagar um foco já existente. A machadinha também pode ser necessária para possibilitar o acesso à área por trás de paredes, onde haja fogo de origem elétrica. Ao detectar cheiro de queimado e/ou fumaça saindo de um forno, o comissário deve fechar Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 35 sua porta e desconectar os fusíveis correspondentes. Se houver fogo, devem-se usar extintores de CO2, de pó químico ou de Halon. Nunca utilizar extintores de água em objetos energizados, pois a água é condutora de eletricidade. Fogo na Galley: geralmente ocorre nos fornos elétricos, se isso ocorrer deve-se fechar a porta do forno para não entrar mais comburente, desligar o disjuntor (CIRCUIT BREAKER) e apagar o foco. No caso de algum CB saltar, o procedimento correto a ser tomado é empurrá-lo de volta e aguardar 3 minutos, se voltar a saltar não empurrá-lo e comunicar imediatamente ao comandante e em solo ao mecânico. Se houver algum curto circuito e pegar fogo em lâmpadas, fios ou interruptores, a corrente elétrica deve ser desligada imediatamente e utilizar extintores de CO2, de pó químico ou de Halon. Se pegar fogo na roupa de algum passageiro, deve-se envolvê-lo em um cobertor e remover a roupa afetada, se possível. Quando em aeronaves mistas (carga e passageiros) for detectado fogo e/ou fumaça em algum dos containers que estejam no compartimento de carga do main-deck, e este não tiver se propagado, o procedimento a adotar é o de NÃO abri-lo, pois, caso aberto, o oxigênio que entrar poderá alimentar o fogo, aumentando sua intensidade. Como proceder: Deve-se reduzir ao mínimo as aberturas de ventilação e utilizar cobertores molhados para cobrir as aberturas maiores. O próprio container servirá como proteção contra o alastramento do fogo. Dessa forma, se a quantidade de agente extintor for limitada, será bem mais benéfico deixar o fogo queimar dentro do container e usar o extintor para prevenir o alastramentodo fogo para áreas adjacentes. Nota: Sempre que houver fumaça densa na cabine, lembrar-se que ela tende a subir, o que dificulta a respiração quando em pé. Arrastar-se pelo chão é a melhor maneira de agir, pois sempre permanece uma pequena camada de oxigênio próximo ao chão, facilitando a respiração. Ainda, colocar lenço molhado no nariz é uma boa opção, haja vista que ele serve como um filtro, minimizando os efeitos tóxicos da fumaça. 3 - SALVAMENTO: Toda vez que a segurança for afetada, seja qual for o motivo, deve-se ter muito cuidado e realizar de maneira bem criteriosa, rápida e organizada o SALVAMENTO. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 36 6.5. Fogo Externo (na área externa): A maioria das panes ocorre normalmente em solo, no momento da ignição dos motores, uma vez que eles estão mais propensos a apresentar um mau funcionamento quando são ligados do que em qualquer período de sua operação. Fogo que irrompe durante a ignição de um motor, em geral, desenvolve-se no sistema de exaustão, conhecido como “tail pipe fire”. O fogo pode se iniciar em um motor duran- te o taxiamento. Nesse caso, a situação pode vir a ser bastante grave, pois se en- contra longe de qualquer possibilidade ime- diata de combate por parte dos bombeiros ou da manutenção (pessoal de pista). Tanto o fogo durante a ignição dos motores quanto durante o taxiamento pode se de- senvolver e se tornar tão perigoso que seja preciso realizar a evacuação da aeronave. Tendo em vista que essa possibilidade de evacuação pode ocorrer, os comissários de- vem estar sempre treinados (física e psico- logicamente) para agir imediatamente. Os comissários responsáveis pelas portas, após armar as escorregadeiras, deverão permanecer junto delas até o final da eva- cuação. Outra situação, apesar de remota, é a pos- sibilidade de fogo em algum motor durante o voo. Ocasionalmente um motor pode vir a sofrer pane, resultando, muitas vezes, em vazamento de combustível ou óleo que, vaporizados dentro ou ao redor dos mo- tores, podem ocasionar o surgimento de fogo. Por conta disso, todos os motores são equipados com sistemas automáticos de extinção de fogo que, uma vez extinto, dei- xa o motor da aeronave inoperante durante o restante do voo. Devido ao sistema de exaustão dos motores e também da localização, fogo ocorrido na área externa da aeronave é facilmente notado pelos passageiros, causando bastante preocupação. Os comissários devem estar atentos para evitar pânico e transparecer aos passageiros total segurança. O Comandante irá decidir, em caso de fogo ou falha em qualquer motor, se a aeronave irá retornar ao ponto de partida, prosseguir até um aeroporto alternativo ou continuar até a próxima escala. Como precaução, todos os serviços de segurança dos aeroportos estão sempre em alerta para atender a uma aeronave em emergência. Caso haja necessidade de retorno ou pouso alternativo de aeronave com fogo ou com falhas técnicas, o desvio de rota deverá ser comunicado aos passageiros (vide capítulo sobre comunicação), todavia, a menos que o Comandante dê ordens em contrário, deve-se omitir o fato de corte de motores ou eventuais falhas técnicas. Não se deve ir à cabine de Comando durante uma situação de fogo no motor, a menos que seja chamado. A tranquilidade dos passageiros depende da atuação dos Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 37 comissários. Nesse caso, deve-se seguir à risca as determinações do Comandante. ATENÇÃO: Ao primeiro sinal de fogo (tanto interno quanto externamente), a cabine de comando deve ser imediatamente comunicada e mantida informada pelo meio mais rápido e eficaz. Se o fogo acontecer quando a aeronave ainda estiver em terra (fogo externo) e se houver um comando de evacuação, deve-se evacuar os passageiros pelo lado oposto ao fogo. 7.1. Extintores: Os extintores portáteis encontrados nas aeronaves são de: ÁGUA, PÓ QUÍMICO, CO2 e HALON. As aeronaves estão ainda equipadas com extintores fixos geralmente usados para combate ao fogo nos motores, na APU (Unidade Auxiliar de Força) e nos toaletes. 7.1.1. Extintor Fixo de Gás Freon: O freon (halon 1301) é um gás extintor que está acondicionado em um recipiente fixa- do sobre a pia dos toaletes para, em caso de aumento de temperatura, ser liberado auto- maticamente através de dois ejetores. Esses ejetores, quando expostos à temperatura de 174° fahrenheit (77ºC), são direcionados para liberar o gás diretamente sobre a lixeira (um ejetor) e sobre o aquecedor de água (ou- tro ejetor). Na porta de acesso ao extintor existe um placar indicativo de temperatura com quatro pontos claros. Abaixo de cada ponto está de- terminado o grau de temperatura. Á medida que a temperatura vai subindo e atingindo as temperaturas indicadas, os respectivos pon- tos vão ficando enegrecidos. 7. EQUIPAMENTOS DE COMBATE AO FOGO Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 38 Detector de fumaça localizado no teto dos lavatórios e ao lado do compartimento de máscaras de O2 Detector de Fumaça: Todos os toaletes das aeronaves dispõem de detectores de fumaça (smoke detector), de painéis com alarme visual/sonoro e de teste do sistema. Em algumas aeronaves os detectores de fu- maça, os alarmes visuais/sonoros e o teste do sistema estão em uma única peça localiza- da no interior de cada toalete; porém, os pai- néis com alarmes visuais/sonoros e teste do sistema estão localizados na parede externa dos toaletes. 7.1.2. Extintor de Água: É específico para combater fogo de classe A, onde a extinção por resfriamento é a mais adequada. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 39 Características: • Formato cilíndrico; • Recipiente metálico; • Cor acinzentada; • Possui gatilho, punho e bico ejetor; • Contém 1,5 litros de água/glicol; • Duração média de 30 segundos; • Alcance médio de 06 metros; • Cápsula com ar comprimido (embutida no punho). Operação: 1º - Girar o punho no sentido horário para romper o lacre e pressurizar o cilindro. 2º - Manter o extintor na posição vertical para um melhor aproveitamento do agente extintor (tubo sifão no interior do extintor). 3º - Pressionar o gatilho dirigindo o jato de água para a base das chamas, em forma de varredura. 4º - Após o uso, recolocar o extintor em se lugar de origem, fixando-o com as presi- lhas. 5º - Reportar ao mecânico de voo ou ao co- piloto, se for o caso, e fazer constar em re- latório. Precauções: • Não usar em circuito elétrico energizado. • Não recomendado para fogo de classe B. • Não dirigir o jato para os olhos, devido ao glicol provocar reações nocivas. Cheque Pré-Voo: Verificar se: • Os extintores estão em seus devidos lu- gares. • As presilhas estão bem seguras. • Estão lacrados e dentro do prazo de va- lidade. 7.1.3. Extintor de Pó Químico (bicarbonato de sódio): É especifico para o combate ao fogo de classe B (líquidos inflamáveis), onde a extinção por abafamento é a mais indicada, mas pode ser utilizado para o combate ao fogo das classes A e C, com as seguintes restrições: • Ao ser empregado em fogo de classe A, recomenda-se após o seu uso fazer o rescaldo dos resíduos, devido ao agente extintor agir somente na superfície. • Pode ser utilizado em fogo de classe C, pois não é condutor de correnteelétrica; entretanto, tem efeito corrosivo nos equipamentos elétricos, em longo prazo. • Quando usado em áreas confinadas pode provocar dificuldades de respiração (parcial) e visibilidade. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 40 Características: • Formato cilíndrico; • Recipiente metálico; • Cor vermelha; • Base convexa; • Possui alça empunhadora, gatilho e bico ejetor, pino/argola de segurança; • Contém 900g de bicarbonato de sódio e 100g de nitrogênio; • Duração média de 25 segundos; • Alcance médio de 02 metros; • Possui manômetro. Operação: 1. Puxar o pino/argola para romper o lacre. 2. Manter o extintor na posição verti- cal para um melhor aproveitamento do agente extintor (tubo sifão no interior do extintor) 3. Apertar o gatilho e dirigir o jato do agen- te extintor para a base 4. das chamas, em forma de varredura. 5. Após seu uso, recolocar o extintor em seu lugar de origem, fixando-o com as presilhas. 6. Reportar ao mecânico de voo ou ao co- piloto, se for o caso, e 7. fazer constar em relatório. Precauções: • NÃO usar diretamente sobre pessoas, pois pode provocar a sensação de bloqueio de respiração. Cheque pré-voo: Verificar se: • Os extintores estão em seus devidos lu- gares. • As presilhas estão bem seguras. • Estão lacrados e dentro do prazo de va- lidade. • Estão devidamente carregados (pontei- ro do manômetro na faixa verde). 7.1.4. Extintor de CO2 (dióxido de carbono): É especifico para o combate ao fogo de classe C (equipamento elétrico energizado), pois o agente extintor não danifica o equipamento nem conduz eletricidade. Pode ser utilizado para o combate ao fogo das classes A e B, com as seguintes restrições: • Ao ser empregado em fogo de classe A, recomenda-se após seu uso fazer o rescaldo dos resíduos, devido ao CO2 agir somente na superfície. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 41 • Em fogo envolvendo papéis (classe A) ou líquidos inflamáveis (classe B), deve-se afastar do fogo e borrifar o material incandescente, pois corre o risco de espalhar o fogo devido à alta pressão de saída do agente extintor. • Em áreas muito ventiladas o agente extintor perde a eficácia. Características: • Formato cilíndrico; • Recipiente metálico; • Cor vermelha; • Possui gatilho, cano metálico e punho tipo revólver; • Contém ¾ de CO2 (1 kg) e ¼ de oxigênio; • 900 psi de pressão; • Duração média de 25 segundos; • Alcance médio de 1,5 metros; • Tubo difusor. Operação: 1. Direcionar o tubo difusor no foco dese- jado, protegendo-o com uma das mãos (caso o tubo esteja frouxo, não se movi- mentará em direção ao rosto) e/ou segu- rá-lo com luva de amianto. 2. Manter o extintor na posição vertical para melhor aproveitamento do agente extintor (tubo sifão no interior do 3. extintor). 4. Apertar o gatilho (com este movimento o lacre romperá) e direcionar o jato para a base das chamas em forma de varredu- ra. Em um fogo classe C, se os circuitos elétricos não puderem ser desligados, pode-se lançar descargas intermitentes de CO2, após o fogo ter sido extinto, de modo a evitar nova ignição. Após o uso, recolocar o extintor em seu lugar de ori- gem, fixando-o com as presilhas. 5. Reportar ao mecânico do voo ou ao co- piloto, se for o caso, e fazer constar em relatório. Precauções: • NÃO segurar com as mãos nuas o cano metálico, o tubo difusor ou o fundo do cilindro. • NÃO dirigir o jato para o rosto, pois a pressão e a baixa temperatura do agen- te extintor podem provocar lesões nos olhos. • NÃO expor a pele ao jato do agente ex- tintor por tempo prolongado, porquanto pode ocorrer queimadura por congela- mento. Cheque pré-voo: Verificar se: • Os extintores estão em seus devidos lu- gares. • As presilhas estão bem seguras. • Estão lacrados e dentro do prazo de va- lidade. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 42 7.1.5. Extintor de Halon (composto halogenado de bromoclorodifluormetano – BCF): O agente extintor é um líquido que se vaporiza rapidamente, atingindo locais de difícil aces- so e não deixando resíduos. O vapor liberado por ele não diminui a visibilidade durante a descarga. Como não é condutor de corrente elétrica (testado a 1.000 v), ele é especifico para combater fogo de classe C. Pode ser utilizado para combater fogo das classes A e B, com as seguintes restrições: • Ao ser empregado em fogo classe A, recomenda-se, após o seu uso, fazer o rescaldo dos resíduos, devido ao agente extintor agir somente na superfície. • Em fogo envolvendo papéis (classe A) ou líquidos inflamáveis (classe B), deve-se afastar do fogo e borrifar o material incandescente, pois corre o risco de espalhar o fogo devido à forte pressão de saída do agente extintor. Características: • Formato cilíndrico; • Recipiente plástico; • Cor vermelha; • Base côncava; • Possui alça empunhadora, gatilho, bico ejetor, pino e argola de segurança; • Contém 900g de composto halogenado e 100g de nitrogênio; • Duração média de 08 segundos; • Alcance médio de 02 metros; • Possui manômetro. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 43 7.2. Luvas de Amianto, Asbesto ou Kevlar: O par de luvas é um equipamento auxiliar no combate ao fogo, pois o material emprega- do em sua confecção é um isolante térmico (amianto, asbesto ou kevlar), protegendo, portanto, as mãos e parte dos braços do usu- ário. Cheque pré-voo: Verificar se: Os pares de luvas de amianto estão em seus devidos lugares. Cheque pré-voo: Verificar se: A machadinha da cabine de passa- geiros, quando houver, encontra-se devidamente fixada. 7.3. Machadinha: De um modo geral, a machadinha é conside- rada um equipamento auxiliar no combate ao fogo. Ela possui um lado cortante e outro perfurante e seu cabo é revestido de borra- cha isolante, cuja resistência aproximada é de 20.000 volts. No combate ao fogo, a machadinha pode ser utilizada para cortar fios energizados, romper, remover painéis e facilitar a remoção de objetos em altas temperaturas. Num pouso de emergência, ocorrendo des- locamento de partes internas da aeronave, a machadinha poderá ser utilizada para deso- bstruir a área de acesso a alguma saída ou re- mover pessoas presas a destroços. Em todas as aeronaves comerciais a macha- dinha é um equipamento fixo na cabine de comando. Em algumas aeronaves, entre- tanto, há machadinha na cabine de passagei- ros. Aero TD - Rua Marechal Guilherme nº 127, Centro Florianópolis - SC CEP: 88015 - 000 | www.aerotd.com.br | Fone: (48) 3223 5191 44 8. FOGO EM HOTÉIS A sobrevivência em um incêndio ocorrido num hotel dependerá de alguns fatores e se inicia logo após o registro de hospedagem. Ao chegar ao andar e ao quarto, deve-se sempre veri- ficar todas as saídas e rotas de emergência. Em incêndios algumas pessoas morrem queimadas, mas a grande maioria morre intoxicada por fumaça, envenenada por gases e/ou por pânico. A morte por pânico geralmente é con- sequência da falta de preparo das pessoas, que não sabem como proceder. Havendo um plano de escape em caso de incêndio, aumenta-se muito a chance de sobrevivência. Para tanto, os hóspedes devem se condicionar aos seguintes procedimentos: 1º - Cheque de Saídas: • Fazer o reconhecimento do local, procu- rando conhecer a exata localização dos extintores. • Caminhar por todo o corredor do
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