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Aula 08 RICARDO GOMES

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
REGIMENTO INTERNO DO STJ - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIA – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 8 EXTRA 
PROF: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
Prezados Alunos! 
Abaixo disponibilizo este Arquivo EXTRA Resumão 
consolidado dos principais pontos do Regimento, para leitura rápida 
antes da prova. 
Espero que gostem! 
Sucesso sempre! 
Ricardo Gomes 
AVISOS: 
• Para o Concurso do STJ, lançamos os seguintes Cursos: 
• DIREITO PROCESSUAL P/ O STJ - AJAJ (TEORIA E EXERCÍCIOS). 
• REGIMENTO INTERNO DO STJ - AJAJ (TEORIA E EXERCÍCIOS). 
• REGIMENTO INTERNO DO STJ – TODOS OS CARGOS (TEORIA E 
EXERCÍCIOS). 
Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais 
seus conhecimentos! 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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RESUMÃO 
Para memorizar: apesar da sede do STJ ser somente na Capital 
da República (Brasília/DF), a sua jurisdição é em todo o território do 
País, sua competência é exercida em todo o Brasil. 
O STJ é formado por pelo menos 33 MINISTROS. Dos Tribunais 
Superiores, é o que tem maior quantidade de Ministros, dada a grande 
quantidade de questões a ele apresentadas, especialmente em Recursos 
Especiais. 
A composição de 33 Ministros do STJ é MÍNIMA, podendo ser 
aumentada sem a necessidade de nova emenda constitucional, por meio de 
Lei aprovada pelo Congresso Nacional. 
Todos os Ministros do STJ são nomeados pelo Presidente da 
República depois de sabatina (aprovação por maioria absoluta) do SENADO 
Federal. Para ser Ministro do STJ é preciso que o nomeado possua os seguintes 
requisitos: 
1. + 35 e - de 65 ANOS de idade; 
2. notável saber jurídico e reputação ilibada. 
Os cargos de Ministro do STJ são ocupados de acordo com as 
seguintes regras: 
• 1/3 dentre Juízes dos TRFs, indicados em lista tríplice 
elaborada pelo próprio STJ; 
• 1/3 dentre Desembargadores dos TJs Estaduais, 
indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; 
• 1/3, em partes iguais, dentre Advogados e Membros do 
Ministério Público - Ministério Público Federal (MPF), 
Estadual (MPE), do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT), alternadamente. 
São Órgãos Colegiados do STJ (forma como funciona a Corte): 
1. Plenário 
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2. Órgão Especial ou Corte Especial; 
3. Seções Especializadas; 
4. Turmas Especializadas. 
Para divisão de matérias jurídicas específicas ou especializadas, 
foram criadas 3 SEÇÕES Especializadas no STJ: 
• 1ª SEÇÃO – trata de Direito Público (Direito 
Administrativo, Tributário, Previdenciário e ações diversas 
contra Ministro de Estado. Ex: Mandado de Segurança); 
• 2ª SEÇÃO – trata de Direito Privado (Direito Civil e 
Empresarial/Comercial); 
• 3ª SEÇÃO – trata de Direito PENAL em Geral, salvo as de 
competência originária da Corte Especial e os habeas 
corpus de competência das Turmas da 1ª e da 2ª Seção. 
Cada SEÇÃO é dividida ou formada por 2 TURMAS, portanto, se 
são 3 SEÇÕES, serão, no total, 6 TURMAS. 1 única TURMA é formada por um 
Grupo de 5 MINISTROS. 
Nesse sentido, as 3 SEÇÕES especializadas são formadas do 
seguinte modo: 
• 1ª SEÇÃO: 
a) 1ª TURMA – 5 Ministros; 
b) 2ª TURMA – 5 Ministros; 
• 2ª SEÇÃO: 
a) 3ª TURMA – 5 Ministros; 
b) 4ª TURMA – 5 Ministros; 
• 3ª SEÇÃO: 
a) 5ª TURMA – 5 Ministros; 
b) 6ª TURMA – 5 Ministros; 
As SEÇÕES e as TURMAS são presididas pelo Ministro + 
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ANTIGO, por um período de 2 ANOS, vedada a recondução (é só 2 ANOS e 
acabou!) em sistema de rodízio até que todos os componentes da Seção hajam 
exercido a presidência. Exemplo: Ministro X é o mais antigo, o qual exercerá 
por 2 ANOS; o próximo mais antigo será o que assumirá a Presidência da 
SEÇÃO ou TURMA por 2 ANOS, e assim por diante. 
Divergência entre Turmas é julgada pela: 
• Própria SEÇÃO – quando for entre as 2 Turmas da mesma 
Seção. 
• Corte Especial – quando for entre 2 Turmas de diferentes 
Seções. 
O STJ também é formado pelo Conselho de Administração da 
Corte, que é integrado por 11 MINISTROS + ANTIGOS e presidido pelo 
Presidente do Tribunal, competindo-lhe decidir sobre matéria administrativa
especificada no Regimento. 
Ademais, perante o STJ, ao seu lado, como Órgão conjunto, 
funciona o Conselho da Justiça Federal (CJF), com atuação em todo o 
território nacional, cabendo-lhe a supervisão administrativa e orçamentária da 
Justiça Federal de 1º e 2º GRAUS. 
Consoante legislação do CJF, o Conselho também tem sede em 
Brasília-DF, e tem por missão promover e assegurar a integração e o 
aprimoramento humano e material das instituições que compõem a Justiça 
Federal. O Colegiado do CJF é composto por 10 MEMBROS, sendo integrado 
pelo Presidente e pelo VICE-Presidente do STJ, por + 3 MINISTROS do 
STJ (eleitos) e por 5 Presidentes dos 5 TRFs. 
Atenção! Os principais cargos (Cargos de Direção) do STJ, quais 
sejam, o de Presidente, o de VICE-Presidente e o de Coordenador-Geral 
da Justiça Federal integram apenas o Plenário e a Corte Especial, não 
participando das Seções e Turmas. 
Como não integram Turmas e Seções, quando do término dos 
respectivos mandatos de 2 ANOS, o Presidente, o Vice-Presidente e o 
Coordenador-Geral da Justiça Federal, devem retornar às Turmas, observado 
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as seguintes regras: 
1. o Presidente e o Coordenador-Geral integrarão, 
respectivamente, a Turma de que saírem o novo Presidente 
do Tribunal e o novo Coordenador-Geral (não retornam à 
antiga Turma que ocupavam); se o novo Presidente for o 
Vice-Presidente ou o Coordenador-Geral, o Presidente 
que deixar o cargo comporá a Turma da qual provier o novo 
Vice-Presidente ou o novo Coordenador-Geral (não retornam 
à antiga Turma que ocupavam); 
2. o VICE-Presidente, ao deixar o cargo, se não for ocupar o 
de Presidente do Tribunal, passará a integrar a Turma da 
qual sair o novo Vice-Presidente. 
Competências da 1ª SEÇÃO para processamento e julgamento dos 
feitos (Direito Público - Direito Administrativo, Tributário e ações diversas 
contra Ministro de Estado): 
1. licitações e contratos administrativos; 
2. nulidade ou anulabilidade de atos administrativos; 
3. ensino superior; 
4. inscrição e exercício profissionais (ex: questões envolvendo 
OAB, Conselhos Profissionais, etc); 
5. direito sindical; 
6. nacionalidade; 
7. desapropriação, direta e indireta; 
8. responsabilidadecivil do Estado; 
9. tributos de modo geral, impostos, taxas, contribuições e 
empréstimos compulsórios; 
10. preços públicos e multas de qualquer natureza; 
11. servidores públicos civis e militares; 
12. habeas corpus referentes às matérias de sua 
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competência; 
13. benefícios previdenciários, inclusive os decorrentes 
de acidentes do trabalho; 
14. direito público em geral. 
Competências da 2ª SEÇÃO para processamento e julgamento dos 
feitos (Direito Privado - Direito Civil e Empresarial/Comercial): 
1. domínio, posse e direitos reais sobre coisa alheia, salvo 
quando se tratar de desapropriação; 
2. obrigações em geral de direito privado, mesmo quando o 
Estado participar do contrato; 
3. responsabilidade civil, salvo quando se tratar de 
responsabilidade civil do Estado (competência da 1ª Seção); 
4. direito de família e sucessões; 
5. direito do trabalho (agora é competência do TST); 
6. propriedade industrial, mesmo quando envolverem arguição 
de nulidade do registro; 
7. constituição, dissolução e liquidação de sociedade; 
8. comércio em geral, inclusive o marítimo e o aéreo, bolsas 
de valores, instituições financeiras e mercado de capitais; 
9. falências e concordatas; 
10. títulos de crédito; 
11. registros públicos, mesmo quando o Estado participar 
da demanda; 
12. locação predial urbana; 
13. habeas corpus referentes às matérias de sua 
competência; 
14. direito privado em geral. 
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Compete à 3ª SEÇÃO o processamento e julgamento dos feitos de 
Direito PENAL em Geral, salvo as de competência originária da Corte 
Especial e os habeas corpus de competência das Turmas da 1ª e da 2ª Seção. 
As Turmas devem deixar de julgar ou remeter para julgamento 
direto às Seções de que são integrantes quando: 
• algum dos Ministros propuser revisão da jurisprudência
assentada em Súmula pela Seção; 
• convier pronunciamento da Seção, em razão da relevância da 
questão, e para prevenir divergência entre as Turmas da 
mesma Seção; 
• forem oferecidos incidentes de uniformização de 
jurisprudência da Seção. 
Competência ORIGINÁRIA das TURMAS (diretamente nas 
Turmas do STJ) para processar e julgar: 
a) os habeas corpus, quando for COATOR Governador 
de Estado e do DF, Desembargador dos TJs dos 
Estados e do DF, membro dos TCEs e do TCDF, dos 
TRFs, dos TREs e TRTs, dos TCMs e do MPU que 
oficie perante Tribunais; 
b) os habeas corpus, quando o COATOR for Tribunal
cujos atos estejam diretamente subordinados à 
jurisdição do STJ (Ex: ato da própria Corte Colegiada 
de um TRF ou TJ). 
Competência RECURSAL das TURMAS, para julgar em Recurso 
ORDINÁRIO (recursos de decisões de Tribunais de 2º GRAU – TJs, TRFs, etc, - 
para o STJ): 
a) os habeas corpus decididos em única ou última 
instância pelos TRFs ou pelos TJs dos Estados e do 
DF, quando denegatória a decisão; 
b) os mandados de segurança decididos em única
instância pelos TRFs ou pelos TJs dos Estados e do 
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DF, quando denegatória a decisão. 
Ademais, cabe às TURMAS julgar as Apelações e os Agravos nas 
causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de 
um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; 
(competência originária do Juiz Federal de 1º GRAU – Cf. art. 109, II, da CF-
88). 
Por fim, cabe às TURMAS julgar os RECURSOS ESPECIAL, das 
causas decididas em única ou última instância pelos TRFs ou pelos TJs dos 
Estados e do DF, quando a decisão recorrida: 
i. contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes 
vigência; 
ii. julgar válida lei ou ato de governo LOCAL
contestado em face de lei FEDERAL; 
iii. der à lei federal interpretação divergente da que 
lhe haja atribuído outro Tribunal. 
As Seções e as Turmas remeterão os feitos de sua competência à 
Corte Especial em casos muito sensíveis, definidos pelo Regimento, a saber, 
quando: 
1. acolherem a arguição de inconstitucionalidade, desde 
que a matéria ainda não tenha sido decidida pela Corte 
Especial; 
2. algum dos Ministros propuser revisão da jurisprudência 
assentada em súmula pela Corte Especial; 
3. suscitarem incidentes de uniformização de jurisprudência do 
STJ como um todo; 
4. convier pronunciamento da Corte Especial em razão da 
relevância da questão jurídica, ou da necessidade de prevenir 
divergência entre as Seções. 
Os cargos da Presidência do STJ (Presidente e VICE), os 
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Ministros Efetivos e Suplentes do CJF (Conselho da Justiça Federal) e o 
Diretor da Revista têm Mandato de 2 ANOS, NÃO sendo permitida 
Reeleição (vedação a novo mandato consecutivo)! Portanto, o Presidente e o 
VICE, Membros do CJF e Diretor da Revista somente poderão permanecer no 
cargo por até 2 ANOS! 
Os 2 ANOS de mandato são contados da data da POSSE no cargo. 
Com efeito, a Eleição para os cargos de Presidente e de VICE será realizada 
no prazo de 30 DIAS antes do término do Biênio (2 ANOS) do Mandato. A 
POSSE do novo Presidente, VICE Membro do CJF e Diretor da Revista será 
realizada no último dia do mandato do atual ocupante. 
QUORUM para início da Eleição: 2/3 dos Membros, inclusive o 
Presidente do STJ, sendo que Ministro licenciado (em período de licença) não 
participará do pleito. Se não completar o quórum mínimo será convocada 
Sessão extraordinária para a data mais próxima, convocados os Ministros 
ausentes. 
Na hipótese de vacância do cargo de Presidente, o VICE NÃO 
assumirá até o fim do mandato, mas apenas sucederá o Presidente
enquanto não realizada nova eleição. Assim, vagando o cargo de Presidente, o 
VICE assumi e convoca eleições no prazo de até 30 DIAS. 
Agora se a vaga ocorrer exclusivamente no cargo de VICE, será 
realizada eleição somente para a VICE-Presidência, apenas para completar o 
mandato (mandato tampão)! 
O VICE substitui temporariamente o Presidente e o sucede em 
caso de vaga, mas também em caráter transitório (até que seja realizada nova 
eleição). 
Diferentemente do Presidente, o VICE integra o Plenário e a Corte 
Especial nas funções de RELATOR e REVISOR. 
Competências do VICE: 
1. substituir o Presidente nas suas faltas e ausências, e 
sucedê-lo em caso de vaga definitiva; 
2. por delegação do Presidente: 
a) decidir as petições de recursos para o STF, 
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resolvendo os incidentes que suscitarem (juízo de 
admissibilidade recursal); 
b) auxiliar na supervisão e fiscalização dos serviços da 
Secretaria do Tribunal; 
3. exercer, no CJF, as funções que lhe competirem, de acordo 
com o Regimento Interno. 
O Regimento apenas preleciona que o Coordenador-Geral da 
Justiça Federal exercerá no CJF (Conselho da Justiça Federal) as atribuições 
previstas na Legislação e no Regimento Interno do Conselho, integrando, da 
mesma forma que o VICE-Presidente, o Plenário e a Corte Especial como 
RELATOR e REVISOR. 
O Presidente de cada SEÇÃO detém as seguintes atribuições: 
1. presidir as sessões, onde terá apenas o voto de desempate
(voto de minerva ou de qualidade) – o Presidente da Seção 
NÃO será Relator, Revisor ou Vogal, apenas votará para 
desempatar eventual julgamento; 
2. manter a ordem nas sessões (Poder de Polícia); 
3. convocar sessões extraordinárias; 
4. mandar incluir em pauta os processos de sua Seção e assinar 
as atas das sessões; 
5. assinar os ofícios executórios e quaisquer comunicações
referentes aos processos julgados pela respectiva Seção; 
6. indicar ao Presidente do STJ funcionários da Secretaria do 
Tribunal a serem designados para os cargos de direção de 
sua Seção; 
7. assinar a correspondência de sua Seção. 
Competências dos Presidentes de cada Turma: 
1. presidir as sessões de sua Turma, onde terá participação 
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também na condição de Relator, Revisor ou Vogal; 
2. manter a ordem nas sessões (Poder de Polícia); 
3. convocar as sessões extraordinárias; 
4. mandar incluir em pauta os processos da respectiva Turma e 
assinar as atas das sessões; 
5. assinar os ofícios executórios e quaisquer comunicações
referentes aos processos julgados pela respectiva Turma; 
6. indicar ao Presidente do STJ funcionários da Secretaria do 
Tribunal a serem designados para os cargos de direção de 
sua Turma; 
7. assinar a correspondência de sua Turma. 
Assim, a indicação dos Membros do STJ oriundos dos TRFs, dos 
TJs, da Advocacia e do Ministério Público será realizada em lista tríplice
(lista de 3 nomes), para nomeação pelo Presidente da República. Esta lista 
tríplice é formada depois de um procedimento específico previsto no 
Regimento Interno do STJ. 
Para o preenchimento de vaga destinada a Advogado ou a 
membro do Ministério Público, o Presidente do STJ solicitará, no prazo de 5 
DIAS após a vacância do cargo, ao órgão de representação da classe (Ex: 
OAB; Ministério Público) que providencie a lista sêxtupla dos candidatos (lista 
com 6 nomes dos candidatos), observados os requisitos constitucionais. A 
partir desta lista com 6 nomes (lista sêxtupla) é que será definida a lista com 3 
nomes (lista tríplice) a ser encaminhada ao Presidente da República. 
Em caso de vaga a ser preenchida por Desembargador de TRF
ou de TJ, o Presidente do STJ solicitará aos TRFs e aos TJs que enviem, no 
prazo de 10 DIAS, relação completa dos magistrados que contem mais de 
35 e menos de 65 ANOS de idade (35-65 ANOS), com indicação das datas 
de nascimento, para confirmação do preenchimento do requisito objetivo de 
idade. 
A votação será SECRETA (não pública). Em caso de empate na 
votação, prevalecerá o + IDOSO. Se ainda assim persistir o empate, será 
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adotado o critério do tempo de serviço público no cargo, para os Magistrados
e membros do Ministério Público, ou tempo de inscrição na OAB como 
advogado, para os Advogados. 
Na hipótese de 2 ou + vagas de Advogados ou de Membros do 
MP, para cada lista sêxtupla encaminhada pela OAB ou MP, será elaborada 1 
lista tríplice respectiva. 
No caso de 2 ou + vagas a serem preenchidas por Juízes ou 
Desembargadores dos TJs ou TRFs, o STJ deliberará se as listas se 
constituirão de 3 Nomes distintos entre si ou se a 1ª Lista será composta de 3 
Nomes e as demais com os 2 Nomes restantes da lista anterior + 1 novo 
nome. Exemplo: 1ª Opção (1ª Lista: A; B e C; 2ª Lista: D, E, e F); 2ª Opção 
(2ª Lista: A; B e C; 2ª Lista: B, C, e D). 
No caso da 2ª Opção, os nomes restantes são apenas aqueles que 
ficaram com a 2ª e a 3ª posição de votos, respectivamente. No exemplo, o 
nome D foi o que ficou na 4ª posição de votos. 
A POSSE dos Ministros será realizada no prazo de até 30 DIAS
após a nomeação pelo Presidente da República. Este prazo poderá ser 
prorrogado, na forma da Lei. 
A Posse, em regra, será em Sessão Plenária e Solene do STJ. 
Contudo, em recesso ou férias, poderá ser realizada perante o Presidente do 
STJ. 
Entre as prerrogativas, os Ministros receberão o tratamento de 
Excelência e usarão vestes talares (Toga) nas sessões solenes, e capas, 
nas sessões ordinárias ou extraordinárias. 
Mesmo depois da aposentadoria, os Ministros conservam seus 
títulos e honras. A Presidência do STJ velará pela preservação dos direitos, 
interesses e prerrogativas dos Ministros aposentados. 
Se o STJ for composto por Ministros parentes entre si até o 3º 
GRAU, cada um deverá integrar Seções distintas. Na hipótese de julgamento 
do feito na Corte Especial, quando um deles conhecer da causa, impedirá a 
participação do outro no respectivo julgamento. 
A antiguidade é definida com base nos seguintes critérios 
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sucessivos: 
1. pela POSSE;
2. pela NOMEAÇÃO; 
3. pela IDADE.
Regra: desnecessidade de Revisor. Em regra, NÃO é 
necessário Revisor para os processos do Tribunal. 
Exceções (indispensável a figura do Revisor): 
a) Ação Rescisória; 
b) Ação Penal Originária; 
c) Revisão Criminal. 
Quem é o Revisor? Simples, será o Juiz + ANTIGO abaixo ao 
Relator no respectivo órgão Julgador (Turma, Seção ou Corte Especial). Não é 
o Ministro mais antigo da Corte, mas aquele que for mais antigo logo abaixo da 
antiguidade do Relator. 
O Conselho de Administração não poderia realizar outras atividades 
que não sejam sobre matéria administrativa do Tribunal, não é verdade? 
Importante: dos atos e decisões do Conselho de Administração 
NÃO cabe recurso administrativo! 
Comissões Permanentes: 
1. Comissão de Regimento Interno; 
2. Comissão de Jurisprudência; 
3. Comissão de Documentação; 
4. Comissão de Coordenação. 
Regras das Comissões Permanentes e Temporárias: 
1. As comissões permanentes são formadas por 3 (três) 
Ministros Efetivos + 1 (um) Ministro Suplente, salvo a 
Comissão de Jurisprudência, que será composta por 6 
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Ministros Efetivos.2. Nas Comissões permanentes será assegurada a 
representação igualitária de cada Seção do STJ. 
3. As Comissões Temporárias são criadas para uma finalidade 
específica pela Corte Especial ou pelo Presidente do 
Tribunal. 
4. As Comissões Temporárias não têm limitação de número de 
membros, podendo figurar com mais de 3 Ministros. Tão logo 
alcancem sua finalidade, extinguem-se. 
5. O Presidente do STJ designará os membros das Comissões, 
submetendo-os à aprovação da Corte Especial. 
6. A comissão será presidida pelo Ministro + ANTIGO dentre 
os seus integrantes. 
7. O Ministro Diretor da Revista e o Ministro Coordenador-
Geral da Justiça Federal integrarão as Comissões de 
Jurisprudência e Coordenação, respectivamente. 
Compete ao CJF exercer a supervisão administrativa e 
orçamentária da Justiça Federal de 1º e 2º GRAUS (1ª e 2ª Instância da 
Justiça Federa). 
Importante: dos atos e decisões do Conselho de Administração 
NÃO cabe recurso administrativo! 
Na hipótese de licença médica, a regra é que o Ministro ainda 
assim poderá proferir decisões em processos de que, antes da licença, haja 
pedido vista, ou que tenha recebido o seu visto como Relator ou Revisor. 
Neste caso, só não poderá exarar a decisão se for contraindicado por Médico. 
O Ministro poderá reassumir o cargo enquanto ainda vigente o 
prazo de sua licença. Neste caso, considera-se que renunciou ao restante que 
tinha direito. Se a licença for para tratamento da própria saúde, o Ministro 
somente poderá reassumir o cargo, antes do término do prazo, se não houver 
contra-indicação médica. 
Substituição dos Ministros nas ausências ou impedimentos
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eventuais ou temporários: 
1. o Presidente do Tribunal, pelo VICE; 
2. o VICE, pelos demais Ministros, na ordem decrescente de 
antiguidade (dos mais antigos para os mais novos); 
3. o Presidente da SEÇÃO, pelo Ministro que o seguir na 
antiguidade dentre os seus membros; 
4. o Presidente da TURMA, pelo Ministro que o seguir na 
antiguidade dentre os seus membros; 
5. os Presidentes das Comissões, pelo + antigo dentre os 
seus membros; 
6. qualquer dos membros das Comissões, pelo SUPLENTE; 
7. o Coordenador-Geral da Justiça Federal, pelo Ministro + 
antigo integrante do Conselho da Justiça Federal (CJF). 
Os Ministros RELATORES de processos deverão ser substituídos, 
em suas faltas e ausências: 
a) no caso de impedimento, ausência ou obstáculos eventuais, 
em se cogitando da adoção de medidas urgentes, pelo 
REVISOR, se houver (se for o caso de Revisor. Ex: Ação 
Rescisória), ou pelo Ministro imediato em antiguidade, no 
Plenário, na Corte Especial, na Seção ou na Turma, conforme 
a competência; 
b) quando vencido (voto do Relator for o perdedor), em sessão 
de julgamento, pelo Ministro designado para redigir o 
acórdão; 
c) em caso de ausência por + 30 DIAS, será realizada 
redistribuição dos processos, sendo substituído por 
qualquer outro Ministro de forma aleatória; 
d) em caso de transferência para outra SEÇÃO e em caso de 
aposentadoria, exoneração ou morte: 
a. pelo Ministro que preencher sua vaga na Turma de 
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16 
que saiu; 
b. pelo Ministro que tiver proferido o 1º voto vencedor, 
condizente com o do relator, para lavrar ou assinar os 
acórdãos dos julgamentos anteriores à abertura da 
vaga; 
c. pelo Ministro que tiver proferido o 1º voto vencedor, 
condizente com o do relator, e, enquanto não 
preenchida sua vaga, para assinar carta de sentença
e admitir recurso. 
Obs: nos processos em que o Ministro já tiver lançado seu visto
não será possível a sua substituição (deverá terminar sua jurisdição no 
processo, mesmo já transferido para outra Seção). 
A substituição do Ministro REVISOR será realizada nos casos de 
vaga, impedimento ou licença por + 30 DIAS, na Corte Especial, Seção ou 
Turma, pelo Ministro que o seguir em antiguidade. 
Com isso, serão redistribuídos a outros Ministros, caso o Relator 
afaste-se por + 3 DIAS, nos seguintes casos: 
a) os habeas corpus; 
b) os mandados de segurança e as medidas 
cautelares quando consoante fundada alegação do 
interessado, reclamam solução urgente. 
Na falta de quorum nas SEÇÕES, poderão ser convocados 
Ministros de outra Seção, e na falta de quorum nas TURMAS, Ministros de 
outra Turma (preferência da mesma Seção). A regra é que seja observada, 
quando possível, a ordem de antiguidade, de modo a que a substituição seja 
feita por Ministro que ocupe, em sua Seção ou Turma, posição correspondente 
à do substituído. 
Se no Tribunal for cometido algum crime, o Presidente do STJ 
instaurará de ofício Inquérito para apurar os fatos se envolver alguma 
autoridade ou pessoa sujeita a sua jurisdição. Ex: crime cometido pelo servidor 
do STJ. Em caso de não sujeição dos envolvidos à apuração pelo Presidente do 
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17 
STJ, este deverá requisitar a instauração à autoridade competente (autoridade 
policial: Delegado de Polícia). 
Esta atividade pode ser delegada a outro Ministro, que designará 
secretário dentre os servidores do Tribunal. 
As decisões do Tribunal e dos Ministros devem todas ser 
devidamente cumpridas, sob pena de ferir a competência do Tribunal. Com 
isso, em caso de desobediência a ordem emanada do Tribunal ou de seus 
Ministros, no exercício da função, ou de desacato ao Tribunal, ou a seus 
Ministros, o Presidente do STJ comunicará o fato ao órgão competente do 
Ministério Público para a propositura da ação penal contra eventual prática 
de crime de desobediência ou desacato. 
Quem é o Membro do MP que funciona perante o STJ? Consoante 
o Regimento Interno, é formalmente o Procurador-Geral da República 
(PGR), chefe do MP da União. No entanto, na prática, funcionam 
Subprocuradores-Gerais por delegação de atribuições do PGR. 
Os Subprocuradores-Gerais são Membros do Ministério Público 
da União, no fim da carreira. 
O Procurador Geral ou os Subprocuradores-Gerais atuam como 
Fiscais da Lei (custus legis) ou como Autores. Quando forem Parte Autora 
terão os mesmos poderes e ônus que as partes ordinárias, ressalvadas as 
disposições expressas em lei ou no Regimento. 
O Ministério Público atuará como Fiscal da Lei, com vista 
necessária dos seguintes autos processuais, para emissão de PARECER: 
1. nas arguições de inconstitucionalidade; 
2. nos incidentes de uniformização de 
jurisprudência; 
3. nos mandados de segurança, mandados de injunção, 
habeas corpus e habeas data, originários no STJ ou 
em grau de recurso; 
4. nas ações penais originárias no STJ e nas revisões 
criminais; 
5. nos conflitos de competência e de 
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atribuições; 
6. nas ações rescisórias e apelações cíveis; 
7. nos pedidos de intervenção federal; 
8. nas notícias crime; 
9. nos inquéritos de que possa resultar 
responsabilidade penal; 
10. nos recursos criminais; 
11. nas reclamações que não houver formulado; 
12. nos outros processos em que a lei impuser a 
intervenção do Ministério Público; 
13. nos demais feitos quando, pela relevância da 
matéria, ele a requerer, ou for determinada pelo 
relator. 
Hipótese de PARECER ORAL do MP: quando houver urgência, ou 
quando sobre a matéria versada no processo já houver a Corte Especial
firmado jurisprudência, o Relator poderá tomar o parecer do Ministério Público 
oralmente. 
NÃO se admite Parecer ORAL na ação penal originária ou nos 
inquéritos. 
O Chefe da Secretaria do Tribunal é o Diretor-Geral, que deve ter 
formação superior, e será nomeado no cargo em comissão pelo Presidente
do STJ. 
A Secretaria do Tribunal é organizada por resolução do Conselho 
de Administração, sendo que cabe ao Presidente, em ato próprio, especificar 
as atribuições das diversas unidades, de seus diretores, chefes e servidores. 
No Gabinete da Presidência funciona o Secretário-Geral específico 
da Presidência. O Secretário-Geral será um servidor ocupante de Cargo em 
Comissão, bacharel em Direito, Administração ou Economia. 
Compete ao Secretário-Geral supervisionar e coordenar as 
atividades administrativas, e de assessoramento e planejamento do 
Gabinete, de acordo com a orientação estabelecida pelo Presidente. 
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Os servidores dos Gabinetes são indicados pelo próprio Ministro, 
mas serão designados/nomeados pelo Presidente do STJ. Tais servidores são 
de confiança de cada Ministro. 
Em cada Gabinete dos Ministros funciona um Assessor de 
Ministro, Cargo em Comissão nomeado pelo Presidente, mediante indicação
do Ministro, podendo ser servidor da Secretaria do Tribunal bacharel em 
Direito. 
No STJ, o ano judiciário de trabalho é dividido em 2 períodos, 
separados pelas 2 férias coletivas da Corte: 
• 1ª Férias Coletivas - 2 a 31 de janeiro. 
• 2ª Férias Coletivas - 2 a 31 de julho. 
Cuidado! Os servidores NÃO têm direito às férias coletivas! 
Apenas têm direito à férias de 30 dias no ano e aos recessos de final de ano. 
Os trabalhos do STJ são iniciados e encerrados no 1º DIA e no 
último dia ÚTIL de cada período, com a realização de sessão da Corte 
Especial. Neste ano de 2012, os trabalhos foram iniciados no próprio dia 02 de 
Fevereiro, dia útil (quarta-feira). 
Além de outras hipóteses legais, são considerados Feriados (eba!) 
para fins do trabalho na Corte: 
1. os dias compreendidos entre 20 de dezembro e 1º de 
janeiro (recesso de final de ano!); 
2. os dias da Semana Santa, compreendidos desde a quarta-
feira até o domingo de Páscoa; 
3. os dias de segunda e terça-feira de carnaval; 
4. os dias 11 de agosto, 1º e 2 de novembro e 8 de 
dezembro. 
A regra é que todas as atividades do Tribunal sejam suspensas
nos feriados, nas férias coletivas e nos dias em que o Tribunal o determinar. 
Contudo, mesmo em tais períodos será possível o Presidente ou seu substituto 
legal (de Plantão) decidir os processos urgentes: 
1. pedidos de liminar em mandado de segurança e habeas 
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corpus, 
2. determinar liberdade provisória 
3. determinar a sustação de ordem de prisão, 
4. determinar demais medidas que reclamem urgência. 
Para decisões que reclamem urgência durante as férias, os 
Ministros devem indicar seu endereço para eventual convocação
extraordinária. 
A autenticação e formalização dos atos processuais deve ser 
realizada por meio da assinatura ou rubrica dos Ministros ou a dos 
servidores para tal fim qualificados (Ex: Escrivão). 
São necessárias assinaturas nos seguintes expedientes: 
1. Acórdãos; 
2. Correspondência oficial; 
3. Fecho das Cartas de Sentença; 
4. Certidões. 
O Presidente do Órgão Colegiado deverá convocar Sessões 
Extraordinárias sempre que após o encerramento da Sessão Ordinária ainda 
restarem em pauta ou em mesa feitos sem julgamento. 
Processos que serão julgados sem a sua inclusão em Pauta
(processos que INdependem de pauta), dada a sua urgência + relevância: 
a. o julgamento de habeas corpus e recursos de habeas 
corpus; 
b. conflitos de competência e de atribuições; 
c. embargos declaratórios; 
d. agravo regimental; 
e. exceção de suspeição e impedimento; 
f. as questões de ordem sobre o processamento de feitos. 
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Em qualquer outro processo, se houver concordância das partes, 
poderá ser dispensada a inclusão em pauta. 
O Edital será publicado com prazo vigente entre 20 a 60 DIAS, 
correndo da data de publicação do ato no Diário da Justiça. 
O início do prazo para Defesa ou Resposta do Réu será contado 
a partir do término do prazo do Edital (término dos 20 a 60 DIAS definidos 
pelo Relator). 
As Reuniões do PLENÁRIO do STJ são realizadas quando o 
Presidente do Tribunal convocar (nas hipóteses de existirem matérias em 
pauta para julgamento de todo o Plenário). 
Os outros órgãos colegiados do STJ (Corte Especial, Seção ou 
Turmas) se reúnem de forma Ordinária (datas previamente marcadas) ou 
Extraordinária (por convocação especial). 
Como se organizam no plano prático estas sessões? 
Todos os Membros do órgão colegiado (ex: Corte Especial, Turma) 
assentam na Mesa de Julgamento na seguinte ordem: 
ƒ O Presidente do órgão colegiado fica na parte central da 
Mesa de Julgamento (centro da Mesa). Lógico, não é? 
ƒ Mas, quem fica ao lado direito do Presidente? Não é o Vice-
Presidente! É o representante do MP (Ministério 
Público) quem fica à direita do Presidente. 
ƒ Os outros Ministros compõem cada lateral de forma 
alternada, iniciando pela DIREITA, de acordo com a ordem 
de antiguidade. 
Horários das Sessões Ordinárias: 14:00 HORAS, prorrogáveis a 
partir das 18:00 HORAS, se o serviço exigir. 
Os trabalhos nas Sessões do Plenário, da Corte Especial, de Seção 
e de Turma deverão obedecer à seguinte ordem: 
1. verificação do número de Ministros presentes – 
isto para conferirem formalmente o cumprimento do 
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quorum mínimo regimental; 
2. leitura, discussão e aprovação da ata da sessão 
anterior; 
3. indicações e propostas; 
4. julgamento dos processos; 
Quando possível, o Relator deverá distribuir cópia do Relatório aos 
outros integrantes do órgão julgador no julgamentodas seguintes causas: 
1. ações penais originárias no STJ, 
2. revisões criminais, 
3. pedidos de intervenção federal, 
4. recursos especiais, 
5. embargos infringentes, 
6. embargos de divergência, 
7. apelações cíveis (não penais), 
8. mandados de segurança, 
9. recursos ordinários em mandados de segurança, 
10. mandados de injunção. 
Nos processos de caráter URGENTE, o Regimento autoriza ao 
Relator indicar preferência para o julgamento dos seguintes feitos: 
a) Criminais; 
b) Ações Cautelares; 
c) Ações relativas a Direito de Família. 
O Ministério Público também poderá pedir prioridade de 
julgamento para processos com medida LIMINAR ou acautelatória. 
Após a emissão do Relatório do julgamento, o Presidente dará a 
palavra para Sustentação Oral na seguinte ordem: 
a) Autor, Recorrente ou Impetrante – falam em 1º lugar; 
b) Réu, Recorrido ou Impetrado – falam em 2º lugar. 
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c) representante do Ministério Público (caso não seja autor ou 
réu – quando atuar como custus legis (fiscal da lei) - fará uso 
da palavra após o recorrente e o recorrido. 
Em regra, a Sustentação Oral será pelo prazo de 15 MINUTOS, 
salvo nas Ações Penais Originárias, na qual o prazo será de 1 HORA (60 
Minutos). 
NÃO é possível a sustentação oral nos seguintes feitos: 
a) Agravo, 
b) Embargos Declaratórios, 
c) Arguição de Suspeição e Medida Cautelar. 
Com a concessão da palavra pelo Presidente, os MINISTROS
podem falar em cada processo por até 2 VEZES. Todavia, se houver 
modificação do voto, poderá falar por + 1 VEZ apenas. Os Ministros não 
podem interromper a palavra de outro Ministro se não for autorizado pelo 
Presidente. 
No curso do julgamento os julgadores têm a faculdade de solicitar 
as seguintes medidas (em qualquer fase do julgamento, posterior ao relatório
ou à sustentação oral): 
• pedir esclarecimentos ao Relator, ao Revisor e aos 
Advogados dos litigantes; 
• pedir vista dos autos - neste caso o julgamento será 
suspenso. 
• pedir a suspensão do julgamento - se surgir questão nova. 
Após o pedido de vista, o Ministro solicitante deverá devolver os 
autos no prazo de 10 DIAS. O julgamento deverá prosseguir na 1ª Sessão 
subseqüente. O pedido de vista de processo não impede o voto dos Ministros 
que se achem habilitados. 
Os Ministros que não assistiram ao Relatório do Relator ou aos 
debates do julgado não participarão do julgamento. No entanto, 
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poderão dar-se por esclarecidos, hipótese em que poderão julgar. 
O PLENÁRIO do STJ será reunido em sessão SOLENES
(pomposas e magnificentes): 
1. para dar POSSE aos Ministros e aos titulares dos cargos 
Diretivos do Tribunal (Presidente, Vice, etc); 
2. para celebrar acontecimentos de alta relevância, mediante 
convocação do Presidente. 
A regra é que as Sessões do Plenário são com o quorum mínimo
da maioria absoluta dos seus membros, sendo dirigidas pelo Presidente do 
STJ. No entanto, para o julgamento das questões administrativas abaixo será 
necessário o quorum de 2/3 dos Membros do STJ: 
1. ELEGER e dar POSSE ao Presidente e o VICE-Presidente 
do STJ, os Ministros membros do Conselho da Justiça 
Federal (CJF), titulares e suplentes, e o Diretor da Revista 
do Tribunal; 
2. decidir sobre a disponibilidade e aposentadoria de Membro 
do Tribunal (Ministro), por interesse público; 
3. votar o Regimento Interno e as suas emendas; 
4. elaborar as listas tríplices (3 nomes) dos Juízes, 
Desembargadores, Advogados e membros do MP que 
devam compor o próprio STJ; 
5. propor ao Poder Legislativo a alteração do número de 
membros do STJ e dos TRFs, a criação e a extinção de 
cargos, e a fixação de vencimentos de seus Membros, dos 
Juízes dos TRFs e dos Juízes Federais, bem assim a 
criação ou extinção de TRF e a alteração da organização e 
divisão judiciárias; 
O Presidente do STJ, que é também Presidente da Corte 
Especial somente votará nas causas que versarem sobre as seguintes matérias 
(regra: o Presidente NÃO vota, salvo): 
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1. nos casos em que o julgamento depender de quorum 
qualificado para apuração do resultado – Ex: exigência 
regimental de 2/3; 
2. em matéria administrativa; 
3. nos demais casos, quando ocorrer EMPATE. 
As Seções também se reúnem com a presença da maioria 
absoluta de seus integrantes. No entanto, para o julgamento das matérias 
abaixo será necessário o quorum de 2/3 dos Membros dos Membros das 
Seções: 
a) uniformização da jurisprudência; 
b) sumulação de jurisprudência; 
c) alteração ou cancelamento de enunciado da súmula. 
As Turmas exigem quorum inicial de pelo menos 3 MINISTROS. 
São consideradas de caráter reservado (não públicas) as Sessões 
Administrativas (em Conselho do Plenário e da Corte Especial), bem como as 
Sessões do Conselho de Administração, especialmente nos seguintes casos: 
1. quando o Presidente ou algum dos Ministros pedir que a 
Corte Especial, a Seção ou Turma se reúna em Conselho; 
2. quando convocadas pelo Presidente para assunto 
administrativo ou da economia interna do Tribunal. 
São consideradas PÚBLICAS as audiências: 
1. do Presidente, para distribuição dos feitos; 
2. do Relator, para instrução do processo, salvo exceção legal
de sigilo. 
Somente têm competências (poder de dizer o direito e de 
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resolver os conflitos definitivamente) as autoridades judiciárias (juízes; 
magistrados). De outro lado, detém atribuições as autoridades judiciárias e 
as administrativas. Logo, os conflitos de competência ocorrerão entre 
autoridades judiciárias e os conflitos de atribuições ocorrerão entre 
autoridades judiciárias e administrativas. 
São legitimados a apresentarem o conflito de competência: 
1. a parte interessada; 
2. o Ministério Público; 
3. qualquer das autoridades conflitantes. 
Nos casos de competência da Corte Especial, se for argüida a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público de forma 
incidental (de forma concentrada só no STF!), será suspenso o julgamento 
para ser tomado o Parecer do Ministério Público no prazo de 15 DIAS. 
A inconstitucionalidade ou a constitucionalidade do preceito ou ato 
impugnado somente será proclamada com o voto da maioria absoluta dos 
membros da Corte Especial. Caso não seja alcançada a maioria absoluta, o 
julgamento será suspenso, no aguardo do comparecimento dos Ministros 
ausentes, até que se atinja o quorum. Se ainda assim não for atingido, será 
convocado Ministro não integrante da Corte, observadaa ordem de 
antiguidade. 
O HC é um processo RÁPIDO, dada a urgência e a possibilidade de 
cerceamento indevido da liberdade do indivíduo. Por isso, o MP deve ser ouvido 
em apenas 2 DIAS e logo em seguida o Relator deverá colocar em mesa para 
julgamento, na 1ª sessão da Turma, da Seção ou da Corte Especial. 
Se o próprio Paciente do HC se opuser ao HC impetrado pelo MP ou 
por outro legitimado, o pedido NÃO será conhecido. 
O MS interposto originariamente no STJ será processado de acordo 
com as regras de competência previstas no Art. 105 da CF-88. No STJ, o MS 
deverá ser apresentado em 2 VIAS (duplicata) conforme os requisitos legais e 
com a indicação precisa da autoridade a quem se atribua o ato impugnado. 
O Pedido de MS poderá ser indeferido liminarmente se for 
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manifesta a incompetência do Tribunal, ou manifestamente incabível a 
segurança, ou se a petição inicial não atender aos requisitos legais, ou 
excedido o prazo estabelecido legal de 120 DIAS do ato reputado ilegal. 
As Ações Penais Públicas originárias no STJ (competência direta do 
STJ) são interpostas pelo MP no prazo de 15 DIAS, no caso do Réu SOLTO. 
Neste mesmo prazo o MP poderá pedir arquivamento do inquérito ou das 
peças informativas. 
No caso de Réu SOLTO, o Relator poderá deferir diligências 
complementares que interromperão o prazo de 15 DIAS. 
Caso o Réu esteja PRESO, os prazos e circunstâncias são 
modificados. O prazo para oferecer a Ação Penal será de apenas 5 DIAS (não 
de 15 dias), bem como as diligências deferidas pelo Relator NÃO 
interromperão o prazo para apresentação da Denúncia (poderá interromper
se for determinado o relaxamento da prisão). 
O prazo de resposta do Réu será de 15 DIAS, após a sua 
notificação, que deverá ser entregue com cópia da denúncia ou da queixa
(ação penal privada), do despacho do relator e dos documentos por este 
indicados. 
Em caso de resposta com novos documentos não conhecidos pela 
parte autora, estará será intimada para manifestação em 5 DIAS. 
A Corte Especial é quem tem competência para deliberar acerca 
do recebimento ou rejeição da Ação Penal, e sobre a improcedência da 
acusação, se a decisão não depender de outras provas. No julgamento exarado 
pela Corte Especial acerca da Ação Penal será possível a sustentação oral por 
15 MINUTOS, pela acusação e defesa, nesta ordem. 
A regra é que o Acórdão do Tribunal seja emitido pelo próprio 
Relator (se for vencedor no julgamento). Caso o Relator seja vencido, o 
Relatório será lavrado pelo Ministro que for designado. 
O Relator da Ação Rescisória mandará citar o RÉU para apresentar 
Resposta no prazo de 15 a 30 DIAS. 
Compete à Corte Especial julgar as revisões criminais de seus 
julgados, enquanto que compete às Seções julgar as revisões criminais de 
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seus julgados e as das Turmas a elas vinculadas. 
Ao Recurso Ordinário em MS (ROMS) são aplicáveis as regras 
do Recurso de Apelação, conforme previsto no Código de Processo Civil 
(CPC). Art. 247. No entanto, no ROMS o MP terá vista dos autos por 5 DIAS. 
Caso o próprio Agravo de Instrumento já contenha elementos 
necessários ao julgamento do mérito do RESP, o Relator, ao dar provimento ao 
agravo, determinará seja ele autuado como RESP (não apenas como Agravo) e 
incluído em pauta, SALVO se houver recurso adesivo. 
O Recurso Especial (RESP) é um recurso dirigido ao STJ nas 
causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais (TRFs) ou pelos Tribunais dos Estados, do DF e Territórios
(TJs), quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes 
vigência; 
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado 
em face de lei federal; 
c) julgar válido ato de governo local contestado em face 
de lei federal; 
d) der a lei federal interpretação divergente da que lhe 
haja atribuído outro tribunal. 
NÃO é possível interpor Agravo Regimental de decisão do Relator 
que der provimento a Agravo de Instrumento, para determinar a subida de 
RESP não admitido. Para entender melhor: 1º a parte apresenta na instância 
inferior um RESP, que não é admitido; após isso, interpõe um Agravo de 
Instrumento no STJ para que este RESP seja apresentado no STJ (destrancar o 
RESP); caso este Agravo de Instrumento seja admitido, com a consequente 
subida do RESP, esta decisão não é passível de Agravo Regimental. 
Os Embargos Infringentes são cabíveis de decisão do STJ NÃO 
unânime (com votos divergentes) em caso de Apelação e em Ação 
Rescisória. São interpostos no prazo de 15 DIAS e é possível embargar 
apenas parte da decisão (embargos restritos à divergência). 
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Importante: a interposição de Embargos Declaratórios
INTERROMPEM o prazo para interposição de qualquer outro recurso! Ou seja, 
eventuais prazos que estiverem correndo para interposição de qualquer outro 
recurso (ex: Agravo de Instrumento) serão “zerados” e contados a partir da 
efetiva decisão dos Embargos de Declaração. 
Os Embargos Declaratórios de cunho protelatório geram a 
imposição de MULTA não excedente a 1% do Valor de Causa, por declaração 
fundamentada do Juiz ou Relator. Se os Embargos Declaratórios forem 
reiterados de forma protelatória a multa será elevada até 10%, 
condicionando a interposição de qualquer outro recurso ao depósito da multa, 
conforme previsto pelo Código de Processo Civil. 
Em caso de divergência de entendimentos entre as Turmas e/ou 
Seções nos RESP, poderão ser interpostos Embargos de Divergência no prazo 
de 15 DIAS. Os Embargos de Divergência entre 2 Turmas da mesma Seção ou 
entre a Turma e a própria Seção, serão julgadas pelas Seções respectivas. 
De outro lado, divergência entre Seções diversas e entre Turmas de Seções 
diversas serão julgadas pela Corte Especial. 
Uma das prerrogativas do Estado é o chamado Pedido de 
Suspensão de Segurança (PSS), de Liminar (PSL) e de Sentença (PSS), 
em MS, ACP e Ação Popular. 
Os Pedidos de Suspensão são mecanismos para suspender liminar
ou Acórdão de TRFs e TJs de Mandados de Segurança, quando houver 
grave lesão á ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. 
NÃO podem ser eleitos para o TSE o Presidente, o Vice-Presidente
do STJ e o Coordenador-Geral da Justiça Federal. 
O STJ poderá determinar por motivo de interesse público, em 
escrutínio secreto e pelo voto de 2/3 de seus membros, a disponibilidade
ou a aposentadoria compulsória de Ministro do Tribunal, assegurada ampla 
defesa (por ser de caráter punitivo a decisão). 
Qualquer membro ou comissão do STJ poderá propor a Emenda
ao Regimento Interno do Tribunal. A aprovação das Emendas será pelo voto de 
2/3 dos Membros do STJ. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
REGIMENTO INTERNO DO STJ - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIA – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 8 EXTRA 
PROF: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomeswww.pontodosconcursos.com.br
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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Sucesso na prova! 
Fraterno Abraço e até a próxima! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação!

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