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Análise da Constituição Federal de 1988 sob a influência dos Federalistas

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Análise da Constituição Federal de 1988 sob a influência dos Federalistas. 
Gleybson Luiz Mota 
FACULDADE DE ECONOMIA 
O presente trabalho baseia-se no livro Os Clássicos da Política, para analisar os 
conceitos por estes abordados sobre a Constituição Brasileira de 1988. A metodologia 
constituirá das referências observadas nos Art. 1 ao 19 da CF de 1988 e a influência dos 
Federalista. 
No primeiro artigo da CF, que se apresenta da seguinte maneira: Art. 1º A República 
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, neste artigo 
faz presente um conceito apresentado pelos Federalista, principalmente de Hamilton que faz 
uma análise e crítica do sistema de governo central e a relação dos artigos da confederação. O 
novo modelo defendido pelos federalista de que o governo teria efetividade caso suas normas 
se aplicassem tanto para os Estado como aos cidadãos onde o seu poder de atuação fosse 
soberano e não uma forma de recomendação. Tal forma de Governo é visível no primeiro artigo 
da CF destacando a referência de união indissolúvel [...], onde a atuação desta constituição 
recai sobre todas as esferas. 
Vale ressaltar ainda no Art. 1º o seguinte trecho, Parágrafo único. Todo o poder emana 
do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. Pensamento abordado por Rousseau em que destaca a soberania do povo, onde 
os indivíduos renuncia seus poderes individuas através de pacto para se garantir os objetivos 
coletivos, e a relação de representação de seus direitos/desejos através do representantes eleitos 
sobre a forma de democracia direta e representativa. Diferentemente de Hobbes que 
considerava a necessidade de um poder soberano que pudesse garantir a segurança de todos. 
No Artigo terceiro da CF vemos conceitos abordados por Locke, onde o esta da seguinte 
forma representado na constituição, Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; III - erradicar a 
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o 
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
Para Locke os cidadão livres delegam poder ao estado para que lhe seja garantido os 
desejos estabelecidos no pacto social. A relação entre indivíduo e estado para Locke se dá 
através do pacto social que tinha como função a transição do estado lhe garantir o direito de 
propriedade e proteção. Diferente de Hobbes que considerava o pacto social como uma 
renúncia/submissão de direitos. Tal pensamento de Locke pode ser identificado nos incisos do 
artigo 3º, como a função da República Federativa tem de garantir a liberdade e o direito de 
propriedade. Outro aspecto importante da abordagem de Locke está presente no 4º Art. nos 
seguintes incisos, V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica 
dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para 
o progresso da humanidade; ou seja o estado como garantidor do direito da propriedade e do 
bem comum. 
Os conceitos de Locke também estão presente ao longo do Artigo 5º, que apresentarei 
alguns de relevância no contexto de Locke, I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII 
- a propriedade atenderá a sua função social; LXXII - conceder-se-á habeas data. Os incisos 
destacados acima apresentam conceitos semelhantes aos de Locke, onde dentre os direitos de 
propriedade apresentado por ele estavam o direito da vida, liberdade e etc. Dentre os direitos 
coletivos, que é o motivo do contrato social, o artigo 5° estabelece direito e obrigações que 
nortearam o estado e sob a visão de Locke esse poder do estado garante que os indivíduos não 
voltem ao estado de natureza, gerado pela violação da propriedade ou de um direito. 
Dentro ainda do Artigo 5º estão presente conceitos que se assemelha aos de Rousseau, 
os direitos individuais são garantidos destaque para os seguintes incisos, IV - é livre a 
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VI - é inviolável a liberdade de 
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, 
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; XIII - é livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; Rousseau conceitua a liberdade quando o povo 
puder criar suas leis em condições iguais, sem a submissão de um “soberano”, ou seja a 
submissão da vontade geral, não de um indivíduo, estabelecendo o estado como um órgão 
limitado ao poder do povo. A limitação do estado se dá pelo poder do povo, tal pensamento se 
vê presente na formulação direitos individuais que estabeleça condições individuais, 
resguardada sob os direitos coletivos. Tendo em vista que ambos os direitos, coletivos e 
individuas, estão presente dentro do mesmo capitulo. 
Rousseau era contra a representação, afirmando que ao se delegar representante o povo 
não é mais soberano. Mas ele reconhecia da necessidade de representação tendo em vista da 
dificuldade de controlar o estado, e assim também da necessidade de controlar o representante. 
Rousseau acreditava que os representantes tinha tendência de passarem a defender seus 
interesses pessoais. 
O artigo 8º da CF destaca do poder de formar sindicatos para que este represente os 
interesses de pequenos coletivo de pessoas. O pacto social em pequenas esferas tem como 
objetivo se fazer valer as vontades individuas de uma pequena sociedade de indivíduos que 
apresentam o mesmos ideais, garantidos no presente artigo, Art. 8º É livre a associação 
profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado 
para a fundação de sindicato [...]; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
Os conceitos de Rousseau da necessidade de representatividade apresentado, são 
encontrado no Artigo 14° que trata do direitos políticos. Através deste artigo é estabelecido o 
direito de representação e participação no estado, Art. 14. A soberania popular será exercida 
pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos 
da lei, mediante: III - iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - 
obrigatórios para os maiores de dezoito anos; Vale ressaltar uma condição elencada por 
Rousseau da necessidade se trocar os representante com “uma certa frequência”, conceito este 
presente no seguinte parágrafo, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
O artigo 18º da CF se apresenta como um dos mais claros sobre as referências dos 
Federalista na formação das nossas Leis. Primeiramente vale destacar os objetivos comuns dos 
Federalistas, que discordavam de Montesquieu e Rousseau a respeito do sucesso de uma 
democracia, analisando os objetivos individuais como entrave sobre o bem coletivo. 
O novo sistema de governo defendido pelos Federalista era a Republica e fazia questão 
de diferenciar e enaltecer em relação as democracias defendidas anteriormente. Conceituando 
que a função do governoestejam sob o controle de um pequeno número de cidadãos, não que 
esta seja a diferença, mas sim o controle desses pequenos cidadãos sobre todos os outros. E 
principalmente todos sobre as mesmas Leis. Onde todos responderiam a um órgão que fosse 
responsável por todos os conflitos internos e externos. 
No artigo 18º da CF temos uma clara influência desse órgão soberano sobre a união dos 
estados: Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos 
termos desta Constituição. O contexto vivido pelos Federalista era a base para a busca por uma 
nova forma de governo. Tal conceito está presente na nossa constituição sob os direitos dos 
estados e todos sob as mesmas bases de organização: § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os 
Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou 
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados 
podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

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