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Contabilidade Introdutória 7

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Contabilidade introdutória
Prof. Márcio Pimenta
Ativos imobilizado e intangível e suas depreciações e amortizações
Conceituação de Ativo Imobilizado
O Ativo Imobilizado é a parcela do Ativo que se compõe dos bens destinados ao uso( não a venda – apesar de poderem vir a ser vendidos, normalmente após seu uso) e à manutenção da atividade da empresa, inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
Depreciação do Ativo Imobilizado e sua Relação com o Caixa
Conceito de Depreciação:
A maior parte dos elementos que constituem o ativo imobilizado tem sua vida útil limitada no tempo, e a maioria deles, após seu uso, produz um valor de venda inferior ao investido em sua aquisição( às vezes, não provoca nada de valor final de venda). Esse valor final de venda, após o uso, de um Ativo Imobilizado costuma ser chamado de valor residual.
Valor Contábil dos Elementos do Ativo Imobilizado
O custo de um elemento imobilizado deve incluir não só o valor pago as vendedor, como também todos os gastos feitos até que o elemento esteja em condições de entrar em atividade no processo operacional da empresa. Assim, ao calor faturado pelo vendedor devem ser acrescentados outros, tais como os relativos aos fretes, custos de instalação, tributos na aquisição etc.
Problemas de Depreciação
Para calcular a amortização dos bens depreciáveis, necessário se torna resolver três importantes problemas, a saber:
Problema da estimação da vida útil;
Problema de estimação da parcela do custo recuperável ao fim da vida útil (valor residual de venda)
Problema da escolha do método.
Problema de Vida útil
 Reconhece-se hoje, que a limitação da vida dos bens é devida a duas causas: causas físicas e causas funcionais. Essas causas atuam sempre em conjunto, de maneira que é difícil, senão impossível, separar os efeitos de cada uma.
Causas físicas: são o uso, o desgaste natural e a ação dos elementos da natureza.
Causas funcionais: a inadequação e o obsoletismo. Essas causas estão ligadas aos efeitos do aparecimento de substitutos mais aperfeiçoados.
Problema do Método de Cálculo
Vários são os métodos de cálculo da depreciação mencionados pelos autores. Contudo, poucos são os realmente usados. Abordaremos neste tópico apenas três métodos. A explicação dos métodos em apreço será feita com base no seguinte exemplo hipotético:
Exemplo
Custo do bem: $ 5.500
(-) Valor residual: $ 500
Total da depreciação a ser considerada como despesa durante a vida útil do elemento: $5.000
Método das Quotas Constantes
É o que distribui o custo do bem em função exclusivamente do tempo. É um método usado universalmente em vista de sua grande simplicidade de cálculo e de funcionamento. Fórmula:
Quota de Depreciação Periódica = Custo – Valor residual/ Nº de períodos de vida útil estimada
Método da Soma dos Algarismo dos Anos
 De acordo com esse método, as quotas de depreciação são calculadas da seguinte forma: somam-se os algarismos que vão desde a unidade até o algarismo que representa o número de anos de vida útil do bem.
 
 No exemplo teríamos: 1+2+3+4+5=15
Quota do 1º ano=5/15 X $5.000=$ 1.667
Quota do 2º ano=4/15 X $5.000=$ 1.333
Quota do 3º ano=3/15 X $ 5.000=$ 1.000
Quota do 4º ano=2/15 X $ 5.000=$ 667
Quota do 5º ano= 1/15 X $ 5.000=$ 333
Método do Saldo Decrescente
Também é denominado método de Matheson ou Exponencial, ou método da percentagem fixa sobre o valor contábil. Calculam-se as quotas de depreciação pela multiplicação de um percentual fixo sobre o valor contábil que vai decrescendo ano a ano. A fórmula para determinação da percentagem fixa é a seguinte:
Percentual anual= 1 – n (Valor residual/Custo do bem)
Método do Saldo Decrescente
Onde o n é o número estumado de anos de vida útil do elemento.
A percentagem anual a ser atribuída ao saldo decrescente do bem seria:
% anual= 1 - n Valor residual/Custo do bem
% anual= 1 - n 500/5.500 = 1 - 5 1/11 =38,096%
Método do Saldo Decrescente
Quota do 1º ano = 38,096% X $5.500,000= $ 2.095,062
Quota do 2º ano= 38,096% X $1297,062= $ 1.297,062
Quota do 3º ano= 38,096% X 2.107,658 = $ 802,933
Quota do 4º ano= 38,096%X1304,725 = $ 497,048
Quota do 5º ano= 38,096%X807, 677 = $ 307,693
 $ 5.000,016
Valor residual ( $ 807,677 - $307,693) = $ 499,984
 $ 5.500,000
Contabilização da Depreciação
Débito: Em uma conta de Despesa com Depreciação.
Crédito: Em uma conta de Provisão para Depreciação ou Depreciação Acumulada, cujo saldo credor deve aparecer no ativo, deduzindo o saldo devedor da conta de ativo a que se refere.
Gastos Relacionados com Bens Depreciáveis
Incorremos em um gasto quando pagamos uma importância ou assumimos a obrigação de fazer um futuro pagamento, por um benefício recebido. Os gastos relacionados com os bens depreciáveis podem ser de dois tipos:
Gastos de capital : que devem produzir aumentos no valor contábil do ativo. Exemplos: custo de aquisição do bem, custo de instalação, custo de reformas feitas no bem.
Gastos atribuíveis ao período: que devem ser debitados em contas de despesa. Exemplos: despesa de manutenção, despesa de reparos ordinários.
Contabilização da Venda de Bens Depreciáveis
A venda de um bem, parcial ou totalmente depreciado, deve ser registrada da seguinte maneira:
1. debita-se Caixa ou Contas a Receber pelo valor recebido e/ou a receber
2.apura-se o valor contábil do Bem Vendido, transferido para a conta Custo do Ativo Imobilizado Vendido o custo do bem, e a depreciação acumulada do referido bem.
Recursos Naturais
Avaliação
Os recursos naturais, entre os quais as reservas florestais, minas, poços de petróleo, devem figurar entre os elementos do ativo pelo custo. São itens sujeitos ao procedimento de amortização, isto é, à transferência do custo para despesa por meio das chamadas quotas de exaustão.
Determinação da Quota de Exaustão
A quota de exaustão por unidade é geralmente calculada dividindo-se o custo do bem pelo número estimado de unidades(toneladas, barris, metros cúbicos etc) dos recursos. A quota de exaustão total de cada período é, então, calculada multiplicando-se a quota por unidade pelo número de unidades consumidas ou retiradas durante o período.
Determinação da Quota de Exaustão
Para ilustrar, suponha-se que determinada mina, tendo estimadamente 300.000 toneladas de minério disponíveis, foi comprada por $ 9.000.000. A quota unitária de exaustão será de $ 30 ($9.000.000 /300.000) por tonelada. Se são retiradas 60.000 toneladas durante um ano, a quota de exaustão desse ano será de $1.800.000(60.000 X $30).
A quota de exaustão será assim registrada:
D -Custo do Minério Extraído – Exaustão
C - Exaustão Acumulada
 Quota do período findo $1.800.000
Benfeitorias em Propriedades de Terceiros
Os contratos de aluguel de imóveis para períodos longos geralmente estabelecem que o locatário ( a parte que adquire o direito de ocupar a propriedade) deve responsabilizar-se por quaisquer ampliações ou melhoramentos que se tornem necessários aos imóveis. Tais ampliações ou melhoramentos incorporam-se, muitas vezes, materialmente aos imóveis e revertem em favor do proprietário no termino do aluguel.
Amortização de Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
Ao adquirir tal participação de terceiros, pode pagar um valor maior do que o valor justo proporcional dos ativos e passivos que compõem o patrimônio líquido da empresa adquirida. Essa diferença é chamada de ágio por expectativa de rentabilidade futura, fundo de comércio, ou goodwill.
Ativos Intangíveis e sua Amortização
Os ativos intangíveis mais comuns são patentes, marcas, direitos autorais, direitos de concessão, direitos de exploração, direitos autorais etc. 
Ativos Intangíveis e sua Amortização
Uma condição para que tais elementos, que representam direitos de seus possuidores, possam figurar no ativo de umaentidade, e, portanto, estejam em condições de ser amortizados é que tenham sido adquiridos de terceiros ou, se produzidos pela entidade, tenham seu custo muito identificado.
Contabilização amortização
Patente 150.000 por 10 anos:
D -Despesa com Amortização ( conta resultado)
C – Amortização Acumulada
Quota anual de amortização de patentes
ou
C – Patentes 15.000

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