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Vigorexiapercepçãodaautoimagem 2017 TCC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
KARLA BEATRIZ DANTAS DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
VIGOREXIA E PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM EM PRATICANTES DE 
CROSSFIT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL – RN 
2017 
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KARLA BEATRIZ DANTAS DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
VIGOREXIA E PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM EM PRATICANTES DE 
CROSSFIT 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao Curso de 
Graduação em Educação Física, da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito parcial à obtenção 
do título de Bacharel em Educação 
Física. 
Orientador: Prof. Arnaldo Luis 
Mortatti 
 
 
 
 
 
 
NATAL – RN / 2017 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Sá, Karla Beatriz Dantas de. 
 Vigorexia e percepção da autoimagem em praticantes de Crossfit / Karla 
Beatriz Dantas de Sá. - 2017. 
 39f.: il. 
 Trabalho de Conclusão do Curso (Graduação) - Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de 
Educação Física. Natal, RN, 2017. 
 Orientador: Prof. Dr. Arnaldo Luis Mortatti. 
 1. Auto-percepção - TCC. 2. Transtorno dismórfico - TCC. 3. 
Crossfit - TCC. 4. Corpo - TCC. 5. Padrões estéticos - TCC. 6. 
Músculos - TCC. I. Mortatti, Arnaldo Luis. II. Título. 
RN/UF/BSCCS CDU 796.011.1 
4 
 
 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde – CC 
 
Karla Beatriz Dantas de Sá 
 
 
VIGOREXIA E PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM EM PRATICANTES 
DECROSSFIT 
 
Monografia apresentada ao Departamento de Educação Física da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para 
conclusão da atividade TCC 2. 
 
 
Aprovado em: Natal, ______ de _______________ de 2017. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________________________ 
Prof. Dr. Arnaldo Luis Mortatti 
 
_______________________________________ 
Prof. Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset 
 
______________________________________ 
Mestrando Julio Duarte 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
NATAL / RN 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter me colocado no caminho 
de uma escolha que certamente me fará muito realizada; 
Em seguida, agradeço aos meus pais, que me deram todo o apoio 
financeiro e emocional para que eu pudesse ter a melhor educação possível e 
a minha irmã Jéssica, que sempre foi minha maior referência para os 
estudos; 
A meu namorado Hermes, que esteve ao meu lado em todos os 
momentos de desespero e vitórias durante minha graduação, me apoiando e 
ajudando no que estivesse ao seu alcance; 
A minha amiga Patrícia, que foi de fundamental importância para o 
desenvolvimento e conclusão desde trabalho; 
A todos os professores que tive na UFRN, que me ajudaram a 
construir o conhecimento que tenho hoje e adquirir o caráter de um 
profissional. Em particular, agradeço a meu orientador Arnaldo por ter aceito, 
com toda a disponibilidade e paciência, me ajudar na construção deste 
trabalho; 
Por fim, aos colegas e amigos, que dividiram comigo todas as 
dificuldades que encontrei ao longo do curso. 
 Muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A percepção da imagem corporal da população vem sendo 
moldada por fatores culturais e sociais, influenciando na preocupação 
excessiva com a estética corporal. Estudos apontam que os cuidados com a 
aparencia corporal não são mais de exclusividade feminina, começando a 
fazer parte também do cotidiano masculino, aumentando o número de 
homens acometidos pela Vigorexia, caracterizada pela obsessão em ter um 
corpo forte e musculoso. O objetivo deste estudo foi identificar a presença de 
indícios de vigorexia, relacionando-o com a avaliação da satisfação corporal 
em homens praticantes de Crossfit. Para avaliação dos indícios de vigorexia, 
foi aplicado um questionário composto por 10 questões fechadas e sua 
classificação foi estabelecida a partir do somatório de pontos assinalados 
para cada resposta. Na avaliação da percepção da imagem corporal foi 
utilizado um conjunto de silhuetas aplicada por método psicométrico 
(escolha). Participaram do estudo 30 indivíduos do sexo masculino, com 
idade entre 18 e 35 anos e tempo de prática de Crossfit de no mínimo 3 
meses. Os resultados indicaram que cinco indivíduos (16%) apresentaram 
fortes indícios de vigorexia e vinte (66,6%) se mostraram insatisfeitos com a 
imagem corporal, não havendo associação da vigorexia com a percepção da 
autoimagem (R=-0,02 e p=0,88). A partir desses resultados, concluiu-se que, 
a distorção na autopercepção da imagem corporal está inserida não só em 
sujeitos acometidos por algum Transtorno Dismórfico, e a preocupação em se 
enquadrar em padrões de beleza está se tornando comum entre praticantes 
de Crossfit. 
 
7 
 
 
Palavras-chave: auto-percepção; transtorno dismórfico; crossfit; 
corpo; padrões estéticos; músculos. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The population´s perception of body image has been shaped by 
cultural and social factors, influencing excessive preoccupation with body 
aesthetics. Studies show that the care with a body appearance is no longer of 
female exclusivity, starting to be part of the daily masculine, increasing the 
number of men affected by Vigorexia, characterized by obsession in a strong 
and muscular body. The purpose of this study was to identify a presence of 
signs of vigoraxia, relating it to an assessment of body satisfaction in men 
practicing Crossfit. To evaluate the signs of vigoraxia, a questionnaire 
composed by 10 closed questions was applied and its classification was 
established based on the sum of points marked for each response. In the 
evaluation of body image perception was used a set of silhouettes applied by 
psychometric method (choice). A total of 30 male users, with aged between 
18-35 years and Crossfit practice time at least 3 months, participated in the 
study. The results indicated that five individuals (16.0%) had strong signs of 
vigoraxia and twenty (66.6%) were dissatisfied with the body image, and there 
was no association of vigoraxia with a perception of self-image (R = -0.02 e = 
0.88). From these results, it was concluded that the distortion in body image 
self-perception is inserted not only in subjects affected by some Dysmorphic 
Disorder, and the concern to fit in beauty standards is becoming common 
among Crossfit practitioners. 
 
Key words:Self perception; dysmorphic disorder; crossfit; body; 
aesthetic standards; muscles. 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 Tabela 01 – caracterização dos sujeitos analisados 
 
Tabela 02 – dados referentes à descrição das perguntas 
relacionadas à possível presença de vigorexia nos 
praticantes de Crossfit investigados 
 
Tabela 03 – Associação entre a escala de silhueta e 
vigorexia entre os praticantes de Crossfit 
 
 21 
 
 22 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO10 
1.2. OBJETIVOS 12 
1.2.1. OBJETIVO GERAL 12 
1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12 
1.3. JUSTIFICATIVA 12 
2. REVISÃO DE LITERATURA13 
2.1. PERCEPÇÃO DE AUTOIMAGEM 13 
2.2. PADRÃO DE BELEZA IDEAL MASCULINO 14 
2.3. DEFINIÇÃO DE VIGOREXIA 15 
2.4. VIGOREXIA EM DIFERENTES MODALIDADES 16 
3. METODOLOGIA18 
3.1. TIPO DE PESQUISA 18 
3.2. LOCAL DE ESTUDO 18 
3.3. CRITÉRIOS PARA A INCLUSÃO DOS SUJEITOS 18 
3.4. INSTRUMENTO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS 18 
3.5. ANÁLISE DOS DADOS 19 
4. RESULTADOS 21 
4.1. DISCUSSÃO 26 
5. CONCLUSÃO 30 
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31 
7. ANEXO A 34 
10 
 
 
8. ANEXO B 36 
9. ANEXO C 38 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A imagem corporal é um fator crucial para o bem-estar, associado à 
autoestima, realização e identidade pessoal. Gardner (1996), citado por 
Kakeshita (2006, p. 2) a define como “a figura mental que temos das medidas, 
dos contornos e da forma de nosso corpo; e dos sentimentos concernentes a 
essas características e às partes do nosso corpo”. Conti e colaboradores 
(2005), citado por Camargo e colaboradores(2008, p. 3), observa que a 
autopercepção da imagem é um aspecto que pode ser influenciado e sofrer 
alterações por diversos fatores, incluindo a mídia, sociedade e meio esportivo, 
impondo um padrão considerado ideal, associando-os ao sucesso e a 
felicidade. 
De modo a enquadrar nos padrões impostos pela sociedade, 
busca-se a prática exagerada de exercícios físicos, dietas não convencionais, 
uso de suplementação sem prescrição profissional, jejum, uso de diuréticos e 
laxantes. Segundo Morgan e colaboradores(2002), esses comportamentos 
são diretamente proporcionais ao desenvolvimento de transtornos 
alimentares, como anorexia, vigorexia e bulimia nervosa, doenças dos países 
industrializados e em desenvolvimento graças à globalização e urbanização. 
Ademais, a pressão para seguir os padrões acometem ambos os sexos. 
Segundo Damasceno e colaboradores(2005), citado por Camargo e 
colaboradores (2008, p. 2), enquanto para mulheres o corpo magro é 
considerado ideal e representa sua aceitação na sociedade, para homens 
este padrão corresponde a músculos cada vez mais desenvolvidos, muitas 
vezes alcançados somente com o uso de substâncias como os esteroides 
anabolizantes. Labre (2002) investigou o ideal de beleza nos homens e 
11 
 
 
concluiu que existe uma tendência para o padrão cultural musculoso com 
elevado grau de hipertrofia e níveis baixíssimos de gordura, o que hoje é 
chamado de definição muscular. A distorção da autoimagem é consequência 
da pressão dos padrões socioculturais, e a preocupação excessiva em ficar 
forte a todo custo pode causar uma síndrome conhecida como vigorexia, que 
acomete em sua maioria o sexo masculino. 
Também conhecida como Dismorfia Muscular e Anorexia Nervosa 
Reversa, a Vigorexia foi recentemente descrita como uma variação da 
desordem dismórficacorporal e enquadra-se entre os transtornos 
dismórficoscorporais (TDC) (Chung, 2001; Mayville et al., 2002; Hitzeroth et 
al., 2001). Para Assunção (2005), o termo dismorfia corporal foi proposto em 
1886 por Morselli. Tratava-se de um homem que centrava uma preocupação 
excessiva na forma e tamanho de seu nariz. Ele o via horrível e cheio de 
cicatrizes. Pope e colaboradores(apud PEREIRA, 2009, p. 07) acreditam que 
pessoas que tem vigorexia são obsessivas por sua imagem corporal e focam 
no seu desenvolvimento. Eles experimentam um prejuízo no relacionamento 
social, ocupacional e recreativo do indivíduo, pois, chegam a dedicar de 4 a 5 
horas diárias do seu tempo à prática de exercícios. “Pensamentos intrusivos 
de que estão fracos ou que precisam se tornar mais fortes são vivenciados 
por mais de 5 horas diárias em levantadores de peso 
com dismorfia muscular” (ASSUNÇÃO, 2002, p. 82). 
Estudos mostram que atletas apresentam maior prevalência de 
Transtornos Alimentares (TA's) do que não atletas (Okano e 
colaboradores, 2005), principalmente em esportes que necessitam de 
controle de peso. Cientistas sugerem que o exercício físico é viciante devido 
à liberação hormonal durante a prática. A hipótese é que o vício seja similar à 
dependência de substâncias psicoativas e está associada à capacidade de 
aumentar os níveis de neurotransmissores envolvidos nas vias neurais do 
prazer (endorfinas e dopamina). 
"O Crossfit é um método de treinamento novo, definido como 
"exercícios funcionais, constantemente variados, realizados em alta 
intensidade” (TIBANA e colaboradores.,2015, p. 2), que foi inicialmente 
12 
 
 
desenvolvido para treinar o corpo de policiais, bombeiros e militares 
americanos (GLESSMAN, 2015). Tem característica motivacional e 
desafiadora, com prática competitiva no seu treinamento diário. Criado em 
1995 e formalmente instituído no ano 2000 por um ex-ginasta e treinador, o 
Crossfit é um dos programas de treinamento que mais crescem em números 
de adeptos, com atividades que compreendem elementos ginásticos, 
treinamento de força e potência e condicionamento metabólico (TIBANA e 
colaboradores., 2015). 
Por ser uma prática nova os estudos encontrados não são 
suficientes para essa abordagem, e observando-se que os praticantes 
gastam em média 2-3 horas do seu dia no treinamento, sendo o excesso de 
exercício físico uma das características principais de vigoréxicos, o presente 
trabalho pretende analisar a percepção de autoimagem e relacionar com 
possíveis indícios de vigorexia nos praticantes de Crossfit. 
 
 1.2. OBJETIVOS 
 
 1.2.1. OBJETIVO GERAL 
 
Analisar e relacionar a vigorexia e a percepção de autoimagem em 
homens praticantes de Crossfit. 
 
 1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Identificar possíveis indícios de vigorexia e seus níveis, 
relacionando-os com a avaliação da satisfação corporal em homens 
praticantes de Crossfit. 
 
 1.3. JUSTIFICATIVA 
 
O impacto psicológico e social que uma nova rotina de treinamento 
pode causar , em busca de determinada meta, muitas vezes imposta pelo 
meio de convívio social, sem perceber pode induzir o indivíduo a procurar 
13 
 
 
diversas maneiras de alcançar o seu objetivo para que o mesmo possa 
continuar inserido e aceito em determinado grupo. O Crossfit, por ser uma 
modalidade nova, apresentando características parecidas com a musculação 
e também com modalidades de alto rendimento, os profissionais de 
educação física precisam estar atentos para a gravidade do problema que é a 
insatisfação da autoimagem nessa nova prática, e saber que são eles os 
principais motivadores e influenciadores dos alunos dentro de uma academia 
ou centro de treinamento. 
Com isso, espera-se que esse estudo possa trazer mais clareza 
para assuntos sobre percepção de autoimagem e distúrbios psicológicos que 
a idealização de um corpo ideal pode causar para os indivíduos. 
14 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 2.1. PERCEPÇÃO DE AUTOIMAGEM 
 
"A imagem corporalé a constituição da figura do corpo que o 
indivíduo tem de si mesmo, ou seja, como ele concebe e percebe seu próprio 
corpo" (JUNIORe colaboradores., 2013, p. 346). Essa percepção pode sofrer 
alteração por influências externas reguladoras do comportamento humano, 
como a mídia e a cultura, criando na nossa mente um estereótipo perfeito e o 
desejo por tal aparência, levando a insatisfação da autoimagem. 
A estética corporal se tornou de grande importância, induzindo a 
sociedade atual a ter uma preocupação exagerada com 
a aparência, podendo levar a uma obsessão extrema, prejudicando a relação 
do sujeito com outras pessoas e com suas atividades diárias. Camargo e 
colaboradores (2008) analisa como as três formas básicas de auto avaliação: 
o indivíduo pensar em extremos relacionados à sua aparência e ser crítico em 
relação a ela, o indivíduo comparar a aparência com padrões extremos da 
sociedade e o indivíduo se concentrar em um aspecto de sua aparência. 
É normal e aceitável o comportamento humano ser influenciado 
pela sociedade, porem quando essa influência afeta negativamente 
o indivíduo, ele se dispõe a utilizar de qualquer meio para se moldar nos 
requisitos pertencentes a cultura. Segundo Oliveira e colaboradores (2005), 
citato por Alves e colaboradores(2009, p. 2) "a imagem corporal é um 
complexo fenômeno humano que envolve aspectos cognitivos, afetivos, 
sociais/culturais e motores. Está intrinsecamente associada com o conceito 
de si próprio e é influenciável pelas dinâmicas interações entre o ser e o meio 
em que vive. O seu processo de construção/desenvolvimento está associado 
às concepções determinantes da cultura e sociedade." 
Segundo Becker Jr (1999), citado por Juniore colaboradores (2013, 
p. 346) a imagem do corpo é associada e dependente do desenvolvimento do 
sistema sensorial, da percepção e de relações sociais. Aqueles que não 
conseguem chegar a este padrão desejado sofre muito. Esse processo tem 
15 
 
 
um impacto negativo sobre à autoimagem, podendo ocasionar o 
aparecimento de baixa autoestima e depressão, ou seja, sofrimento. Dessa 
forma, a construção da percepção de autoimagem é um fator crucial no 
desenvolvimento e formação da personalidade do indivíduo, influenciando 
socialmente e psicologicamente no comportamento humano. 
 
 2.2. PADRÃO DE BELEZA IDEAL MASCULINO 
 
De acordo com Pope e colaboradores(1999), citado por Junior e 
colaboradores (2013, p. 349) "existem pessoas que são obsessivas pela sua 
imagem corporal, mais especificamente pelo volume de seus músculos e de 
sua definição, ou seja, um corpo com grande volume muscular e quase sem 
gordura". Esse corpo musculoso é característica de um estereótipo 
implantado pela sociedade onde o mais preocupante alvo é 
o público masculino, que buscam se enquadrar nesse padrão através de 
exercício físico em excesso e uso de EEA. 
O meio esportivo é fator de grande influência na alteração da 
percepção da imagem corporal, onde o corpo musculoso é associado ao 
sucesso na modalidade, e a comparação feita com esse padrão ideal 
leva ao indivíduo a ter receio de ser excluído e desvalorizado, procurando 
meios e métodos que põem risco a saúde. De acordo com Leifman e 
colaboradores(2011), citado por Junior e colaboradores(2013, p. 348) a 
maioria dos usuários de esteroides androgênicos anabolizantes não são 
atletas de elite, que o utilizam por várias razões, sendo seu uso percebido 
como um grande problema social. 
Segundo Blouin e Goldfield (1995), os anabolizantes são 
disponíveis de forma abundante e acessível, e a insatisfação do homem com 
a autoimagem é o sustento do mercado que gira em torno dessas drogas. A 
forma como o público masculino tenta supriressa insatisfação e se enquadrar 
no padrão musculoso tem como consequência diversos problemas na saúde 
física e mental, ocasionando distúrbios alimentares e psicológicos e 
aumentando o risco de lesões por excesso de treinamento. 
16 
 
 
 
 2.3. DEFINIÇÃO DE VIGOREXIA 
 
"Preocupações mórbidas com a imagem corporal foram 
consideradas exclusivas do gênero feminino até pouco tempo, sendo 
associadas aos quadros de anorexia e bulimia nervosa. Mais recentemente, 
estas preocupações também têm sido encontradas em homens, definidos 
inicialmente como anorexia nervosa reversa e posteriormente renomeada 
vigorexia." (Rodrigues e colaboradores., 2008, p. 391). Esta síndrome leva o 
indivíduo a práticas excessivas de exercício físico e a procurar diversos 
métodos para aumento da massa muscular, como dietas hiperprotéicas e 
substancias ergogênicas. 
Os padrões estéticos impostos pela sociedade e externados 
através da mídia são fatores determinantes para a construção da percepção 
da autoimagem, influenciando na concepção do que seria um corpo perfeito, 
levando o indivíduo a desejar tal aparência. A reconfiguração de valor dessa 
nova sociedade cria uma verdadeira ditadura do corpo no qual a obesidade, 
sobrepeso e formas mais arredondadas geram afastamento social e 
problemas psicológicos tais como depressão e angústia (Rodrigues e 
colaboradores., 2008, p. 391). 
Segundo Grieve (2007), citado por Camargo e colaboradores 
(2008, p. 4) "são nove as variáveis identificadas na literatura 
da Dismorfia muscular, classificadas como: massa corporal, influência da 
mídia, internalização do ideal de forma corporal, baixa autoestima, 
insatisfação pelo corpo, falta de controle da própria saúde, efeito negativo, 
perfeccionismo e distorção corporal." "Um estudo realizado por Hildebrand e 
colaboradores (2006) e citado por Camargo e colaboradores(2008, p. 6), com 
237 levantadores de peso do sexo masculino mostrou que indivíduos que 
apresentam Dismorfia Muscular apresentam altos índices de distúrbios de 
imagem corporal, de sintomas relacionados a psicopatologias associadas, de 
uso de esteroides anabolizantes e comportamento controlador em relação à 
aparência." 
17 
 
 
Os indivíduos com vigorexia dificilmente procuram tratamento e 
não consideram esses comportamentos como disfuncionais. Assunção 
(2002), citado por Camargo e colaboradores(2008, p. 9), conclui que não há 
descrição do tratamento para a Vigorexia, em sua maior parte, práticas são 
"emprestadas" do tratamento de quadro correlatos e não devem ser 
entendidas como definitivas. 
 
 2.4. VIGOREXIA EM DIFERENTES MODALIDADES 
 
Apesar de o esporte ter diversos benefícios para a saúde, a 
constante preocupação em se enquadrar no perfil que a modalidade impõe 
possui associações negativas quando relacionado a autoimagem, podendo 
ser a causa de distúrbios como a vigorexia. Segundo BEHAR; MOLINARI, 
2010; SANTARNECCHI; DÉTTORE, 2012; SOLER et al., 2013, citato por 
Silveira (2015, p. 17) “A maioria dos estudos sobre o transtorno dismórfico 
corporal determina prevalência do mesmo em atletas levantadores de peso, 
fisiculturistas e frequentadores de academias”. Segundo e colaboradores 
(2002), os frequentadores de academias apresentam crescente insatisfação 
com aparência física, o que torna a população mais vulnerável para vigorexia 
e dependência de exercício. 
Zimmermann (2013), em um estudo feito com 61 praticantes de 
musculação do sexo masculino, na cidade de Biguaçu-SC, observou que 
32,8% (n=20) dos entrevistados apresentaram comportamentos alterados em 
relação a exigência de um corpo perfeito, e 23% (n=14) encontram-se 
aqueles com fortes indícios de vigorexia. Uma pesquisa feita com 
levantadores de peso adultos do sexo masculino na Austrália (NIEU WOUDT 
e colaboradores., 2015), envolvendo uma amostra de 648 participantes, 
mostrou que 17% deles estariam em risco de desenvolver Dismorfia 
Muscular, 10,6%com risco de desenvolver desordem dismórfica corporal e 
33,8% em risco de desenvolver algum transtorno alimentar. Outro estudo feito 
com atletas de fisiculturismo na cidade de Goiânia (PIRES e BAPTISTA, 
2016), foi verificado que 87,5% (N=8) da amostra total apresentaram indícios 
18 
 
 
fortes de vigorexia. Já em um estudo com 50 desportistas recreacionais na 
cidade de Porto Algre, Tocchetto (2016) constatou que apenas 10% dos 
indivíduos apresentam risco para dependência de exercício, sendo 80% 
destes indivíduos do sexo masculino. Em um estudo feito em um box de 
Crossfit na cidade de Fortaleza/CE em 2016 (SABINO e colaboradores, 
2016), com 60 alunos entrevistados, mostraram que 65% dos praticantes 
procuraram a modalidade por questões estéticas. 
Allegre e colaboradores(2006) conceituaram que tradicionalmente 
o exercício é visto como um benefício positivo para a sociedade, mas quando 
praticado em excesso pode proporcionar uma dependência a prática, 
trazendo riscos ao que deveria ser aspecto de saúde. Outras modalidades 
esportivas, como as coletivas, necessitam ter aspectos psicológicos, como 
auto imagem corporal e 13 transtornos alimentares avaliados, pois a causa 
relacionada a esses distúrbios pode estar associada ao estilo de vida 
esportivo ou a pressão advinda dos padrões de corpo impostos pela 
sociedade, e não necessariamente a um esporte em específico que tende a 
valorizar o corpo (VIEIRA e colaboradores., 2006). 
 
 
 
 
19 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
 3.1 TIPO DE PESQUISA 
 
O presente estudo tem característica descritiva, de caráter 
transversal, com objetivo de investigar se os praticantes de Crossfit podem 
ter tendências vigoréxicas, sua relação com a autoimagem. 
 
 3.2 LOCAL DE ESTUDO 
 
O local selecionado para o estudo foi intencional e considerou os 
seguintes critérios: ser um estabelecimento de fácil acesso e grande 
circulação de praticantes assíduos, ser um box de Crossfit filiado, pois, 
agrega a prática esportiva do método de treinamento original. 
 
 3.3. CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DOS SUJEITOS 
 
Segundo Alonso (2006), a síndrome de vigorexia tem maior 
prevalência em pessoas do sexo masculino, de 18 a 35 anos. Ademais, este 
público apresenta maior suscetibilidade para construir massa muscular, o que 
agrega confiabilidade na escolha das amostras. 
Desta forma, os critérios de inclusão foram: 
1. Indivíduos do sexo masculino, entre 18 e 35 anos 
2. Ser praticante de Crossfit por no mínimo 3 meses e com 
assiduidade entre 4 a 7 vezes na semana com duração de no mínimo 
1h/dia/treino. 
3. Ter aceito responder o questionário de forma completa. 
4. Ter aceito os critérios dessa pesquisa e ter assinado o TCLE 
 
 3.4 INSTRUMENTO E TÉCNICA DECOLETA DE DADOS 
 
A coleta dos dados foi realizada através de questionário validado e 
publicado na revista brasileira de nutrição esportiva para identificação de 
20 
 
 
indivíduos com possível predisposição a vigorexia (RODRIGUES e 
colaboradores, 2008) (anexo 2). Esse questionário foi aplicado antes do início 
do treino do dia. 
O Questionário para identificação de indivíduos com possível 
predisposição a vigorexia contém 10 perguntas de caráter pessoal, com 
opções de respostas objetivas entre “sim” e “não”. Essas questões são 
relacionadas ao tempo gasto na academia, uso de suplementação, esteroides 
e dietas específicas e outros aspectos que englobam o âmbito social, 
profissional e familiar. 
Também foi aplicado a escala de silhuetas para o estado de 
satisfação com a imagem corporal por método psicométrico (KAKESHITA e 
ALMEIDA, 2006). Esse instrumento apresentado no anexo 3 foi aplicado 
antes do treino do dia. A aplicação consistiu em solicitar ao sujeito escolher 
um cartão, dentre os dispostos em série ordenada ascendente, que melhor 
representasse a silhueta de seu próprio corpo no momento. A seguir deveria 
indicar o cartão com a silhueta que gostaria de ter. 
A Escala de silhuetas é representada em figuras de silhuetas 
agregando 9 tipos com variações mínimas e organizados de forma 
progressiva em escalas de medida, da forma aparentemente mais fina para a 
forma aparentemente mais larga, com o IMC médio variando entre 17,5 e 
37,5 kg/m². 
Não houve comunicação entre os participantes durante o 
preenchimento de forma a evitar qualquer alteração ou influência na resposta. 
O período de coleta de dados foi do dia 1 ao dia 3 de novembro de 2017. Em 
seguida foi feita a análise dos dados coletados. 
 
 3.5 ANÁLISE DOS DADOS 
 
As informações obtidas junto aos entrevistados foram devidamente 
tabuladas e analisadas utilizando-se o programa Microsoft Excel e analisados 
por estatística simples descritiva. As respostas foram analisadas e 
apresentadas em percentual, levando-se em consideração separadamente, o 
21 
 
 
número de amostras (n=30). As determinações do questionário para 
identificação de possíveis vigoréxicos foram realizadas através do score que 
preconiza o diagnóstico em orientações. Para melhor compreensão, as 
orientações contidas no questionário de identificação de possíveis indivíduos 
que apresentam predisposição a vigorexia foram abreviadas em duas 
palavras categorizadas da seguinte forma e pontuação: 0 a 7 pontos= sem 
risco; 8 a 10 pontos = pouco risco; 11 a 15 pontos= risco médio; 16 a 21= 
vigoréxico. A escala de silhuetas foi analisada de forma comparativa entre as 
escolhas das imagens. 
Posteriormente à tabulação dos dados, foi analisada a relação 
entre vigoréxicos e satisfação com a imagem corporal atua. Esses resultados 
foram mostrados em tabela e gráfico após a tabulação no software Excel® 
2007. 
 
22 
 
 
4. RESULTADOS 
Na tabela 1 é apresentada a caracterização dos sujeitos 
analisados. 
 
Tabela 1. Caracterização dos sujeitos. 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
 1,75 cm 77 kg 
 1,74 cm 77 kg 
 1,78 cm 89 kg 
 1,81 cm 84 kg 
 1, 78 cm 88 kg 
 1,74 cm 80 kg 
 1,75 cm 76 kg 
 1,75 cm 74 kg 
 1,69 cm 72 kg 
 1,68 cm 87 kg 
 1,77 cm 79 kg 
 1,81 cm 83kg 
25,14 
25,43 
28,9 
25, 64 
27,77 
26,42 
24,82 
 24,16 
25, 38 
30, 82 
25,22 
25,34 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
 1,70 cm 82 kg 
 1,68 cm 69 kg 
 1,82 cm 97 kg 
 1,80 cm 105 kg 
 1,86 cm 77 kg 
 1,71 cm 73 kg 
 1,75 cm 73 kg 
 1,93 cm 93 kg 
 1,70 cm 63 kg 
 1,76 cm 84 kg 
 1,64 cm 66 kh 
 1,77 cm 84 kg 
 1,71 cm 76 kg 
 1,74 cm 70 kg 
28,37 
24,45 
29,28 
 32,41 
22,26 
24,96 
23,84 
24,97 
21,80 
27,12 
24,54 
26,81 
25,99 
23,12 
SUJEITO ALTURA PESO IMC 
23 
 
 
27 
28 
29 
30 
 1,73 cm 77 kg 
 1,67 cm 68 kg 
 1,76 cm 74 kg 
 1,74 cm 80 kg 
25,73 
24,38 
23,89 
26,42 
 
Observa-se que 40% (n=12) da amostra estão na faixa de IMC 
considerada ideal, 53,3% (n=16) estão acima do peso e 6,6% (n=02) se 
encontram com grau 1 de obesidade moderada. Chama-se atenção ao fato 
que, analisando a percepção de imagem corporal dos indivíduos com IMC 
ideal, 75%(n=9) da amostra escolheram silhuetas diferentes, revelando uma 
insatisfação errónea da autoimagem. 
Na tabela 2 são apresentados os dados referentes à descrição das 
perguntas relacionadas à possível presença de vigorexia nos praticantes de 
Crossfit investigados. 
 
Tabela 2. Frequência absoluta e relativa das respostas ao 
questionário sobre possíveis indivíduos que apresentam predisposição a 
vigorexia nos praticantes de Crossfit. 
 
Quanto tempo você passa na 
academia? 
 
1 hora ou menos 02 6,6 
1 hora e 30 minutos 11 36,6 
2 horas 08 26,6 
Mais de 2 horas 09 30 
 
O tempo gasto na prática de exercícios 
atrapalha na sua vida social, 
profissional ou familiar? 
 
Não 24 80 
Sim 06 20 
Indícios de predisposição a vigorexia N % 
24 
 
 
Você faz uso de suplementos 
alimentares? 
 
Não 08 26,6 
Sim 22 73,3 
Você faz uso de algum tipo de dieta 
especifica para seu treinamento? 
 
Não 08 26,6 
Sim 22 73,3 
Você já fez algum ciclo de esteróides 
anabolizantes? 
 
Não 25 83,3 
Sim 05 16,6 
Você se sente culpado quando não vai 
ao Crossfit? 
Não 06 20 
Sim 24 80 
Você está satisfeito com sua forma 
física? 
Não 14 
46,6 
Sim 16 
53,3 
Você já treinou lesionado? 
Não 05 16,
6 
Sim 25 83,
3 
Mesmo sabendo das enfermidades 
ocasionadas pelo excesso de 
treinamento você está disposto a 
correr esse risco? 
 
Não 10 33,
3 
Sim 20 66,
 
 
Você passa muito tempo na frente do 
espelho admirando seu corpo? 
Não 
Sim 
 
 
Chama-se atenção que 73,3% (n=22) da amostra fazem dieta 
específica para o treinamento, com o mesmo percentual para o uso de 
suplementos alimentares. 
(n=24) dos participantes se sentem culpados quando não vão ao Crossfit. 
Ainda de acordo com esta tabela, 83,3% (n=25) dos indivíduos já treinou 
lesionado e 66,6% (n=20) estão dispostos a correr o risco de desenvolv
enfermidades ocasionadas pelo excesso de treinamento.
Na figura 1, apresenta
o risco para desencadear a vigorexia. Os dados demonstram que 10% (n=3) 
dos entrevistados não apresenta risco para desenvolver vigor
demonstra pouco risco, 53% (n=16) representa risco médio e 16% (n=5) foi 
enquadrado como possível vigoréxico.
 
Figura 1 - Risco para desencadear vigorexia
 
Sem risco
6 
Você passa muito tempo na frente do 
espelho admirando seu corpo? 
 
24 
06 
 
se atenção que 73,3% (n=22) da amostra fazem dieta 
específica para o treinamento, com o mesmo percentual para o uso de 
suplementos alimentares. Outro dado que chamou atenção foi que 80% 
(n=24) dos participantes se sentem culpados quando não vão ao Crossfit. 
Ainda de acordo com esta tabela, 83,3% (n=25) dos indivíduos já treinou 
lesionado e 66,6% (n=20) estão dispostos a correr o risco de desenvolv
enfermidades ocasionadas pelo excesso de treinamento. 
Na figura 1, apresenta-se a distribuição dos sujeitos evidenciando 
o risco para desencadear a vigorexia. Os dados demonstram que 10% (n=3) 
dos entrevistados não apresenta risco para desenvolver vigorexia, 20% (n=6) 
demonstra pouco risco, 53% (n=16) representa risco médio e 16% (n=5) foi 
enquadrado como possível vigoréxico. 
Risco para desencadear vigorexia 
10%
20%
53%
16%
Risco para desencadear vigorexia
Pouco risco Risco médio Possível vigoréxico 
25 
 
 80 
 20 
 
se atenção que 73,3% (n=22) da amostra fazem dieta 
específica para o treinamento, com o mesmo percentual para o uso de 
Outro dado que chamou atenção foi que 80% 
(n=24) dos participantes se sentem culpados quando não vão ao Crossfit. 
Ainda de acordo com esta tabela, 83,3% (n=25) dos indivíduos já treinou 
lesionado e 66,6% (n=20) estão dispostos a correr o risco de desenvolver 
se a distribuição dos sujeitos evidenciando 
o risco para desencadear a vigorexia. Os dados demonstram que 10% (n=3) 
exia, 20% (n=6) 
demonstra pouco risco, 53% (n=16) representa risco médio e 16% (n=5) foi 
 
Possível vigoréxico 
 
 
Por meio da pesquisa realizada comparou
com a escala de silhuetas e nível de satisfação da autoimagem corporal:
 
Tabela 3. Associação entre a escala de silhueta e vigorexia entre 
os praticantes de Crossfit. 
 
 
SEM RISCO 3 10% 1 
POUCO RISCO 6 20% 3 3
RISCO MÉDIO 16 53% 3 13
POSSÍVEL VIGOREXO 5 16% 3 
TOTAL 30 100% 10 20
 
Em relação à escala de silhuetas, 66,6% (n=20) da população 
escolheu imagens diferentes, indicando que os mesmos se enxergam de uma 
forma diferente do que gostariam de ser. 33,3% (n=10) escolheram a mesma 
imagem (Figura 2), mostrando que provavelmente estã
imagem corporal. 
[VALOR]
Satisfação de autoimagem (escala de 
Sat is fe i to
GRAU DE PREDISPOSIÇÃO
Por meio da pesquisa realizada comparou-se o grau de vigorexia 
silhuetas e nível de satisfação da autoimagem corporal:
Associação entre a escala de silhueta e vigorexia entre 
 
 IMAGEM ESCOLHIDA
 IGUAL DIFERENTE
SEM RISCO 3 10% 1 2 
POUCO RISCO 6 20% 3 3 
RISCO MÉDIO 16 53% 3 13 
POSSÍVEL VIGOREXO 5 16% 3 2 
TOTAL 30 100% 10 20 
Em relação à escala de silhuetas, 66,6% (n=20) da população 
escolheu imagens diferentes, indicando que os mesmos se enxergam de uma 
forma diferente do que gostariam de ser. 33,3% (n=10) escolheram a mesma 
imagem (Figura 2), mostrando que provavelmente estão satisfeitos com sua 
[VALOR]
Satisfação de autoimagem (escala de 
silhuetas)
Sat is fe i to Não sat is fe i to
GRAU DE PREDISPOSIÇÃO N ESCALA DE SILHUETAS % 
26 
se o grau de vigorexia 
silhuetas e nível de satisfação da autoimagem corporal: 
Associação entre a escala de silhueta e vigorexia entre 
IMAGEM ESCOLHIDA 
IGUAL DIFERENTE 
Em relação à escala de silhuetas, 66,6% (n=20) da população 
escolheu imagens diferentes, indicando que os mesmos se enxergam de uma 
forma diferente do que gostariam de ser. 33,3% (n=10) escolheram a mesma 
o satisfeitos com sua 
 
ESCALA DE SILHUETAS 
 
 
Figura 2- Nível de satisfação com a autoimagem analisada através 
da escala de silhuetas. 
No grupo que não apresentou nenhum risco para desenvolver a 
síndrome, 66,6% (n=2) da amostra escolheram imagens diferentes, j
grupo de possíveis vigoréxos a porcentagem foi de 40% (n=2) de insatisfação 
com a autoimagem. Nos casos de pouco risco, 50% (n=3) da população 
escolheram imagens diferentes, enquanto os de risco médio 81,2% (n=13) 
(Figura 3). 
Figura 3- Níveis de ris
através da percepção na escala de silhuetas.
A correlação de Spearman foi realizada para indicar a possível 
associação entre o risco de desenvolvimento da vigorexia e a percepção da 
imagem corporal. O resultado demonst
e p=0,88). 
 
4.1. DISCUSSÃOConsiderando que o objetivo desse estudo foi identificar a 
prevalência de uma possível predisposição a vigorexia nos praticantes da 
modalidade Crossfit, e avaliar a satisfação dos mesmos co
autoimagem. O principal resultado desta pesquisa foi que 70% (n=21) dos 
praticantes de Crossfit apresentaram risco médio e alto de desencadear a 
0
2
4
6
8
10
12
14
SEM RISCO POUCO RISCO
Grau de satisfação da autoimagem
IMAGEM IGUAL
Nível de satisfação com a autoimagem analisada através 
No grupo que não apresentou nenhum risco para desenvolver a 
síndrome, 66,6% (n=2) da amostra escolheram imagens diferentes, j
grupo de possíveis vigoréxos a porcentagem foi de 40% (n=2) de insatisfação 
com a autoimagem. Nos casos de pouco risco, 50% (n=3) da população 
escolheram imagens diferentes, enquanto os de risco médio 81,2% (n=13) 
 
Níveis de risco e grau de satisfação da autoimagem 
através da percepção na escala de silhuetas. 
A correlação de Spearman foi realizada para indicar a possível 
associação entre o risco de desenvolvimento da vigorexia e a percepção da 
imagem corporal. O resultado demonstrou não haver tal associação (R=
Considerando que o objetivo desse estudo foi identificar a 
prevalência de uma possível predisposição a vigorexia nos praticantes da 
modalidade Crossfit, e avaliar a satisfação dos mesmos com a percepção da 
autoimagem. O principal resultado desta pesquisa foi que 70% (n=21) dos 
praticantes de Crossfit apresentaram risco médio e alto de desencadear a 
POUCO RISCO RISCO MÉDIO POSSÍVEL 
VIGOREXO
Grau de satisfação da autoimagem
IMAGEM IGUAL IMAGEM DIFERENTE
27 
Nível de satisfação com a autoimagem analisada através 
No grupo que não apresentou nenhum risco para desenvolver a 
síndrome, 66,6% (n=2) da amostra escolheram imagens diferentes, já no 
grupo de possíveis vigoréxos a porcentagem foi de 40% (n=2) de insatisfação 
com a autoimagem. Nos casos de pouco risco, 50% (n=3) da população 
escolheram imagens diferentes, enquanto os de risco médio 81,2% (n=13) 
co e grau de satisfação da autoimagem 
A correlação de Spearman foi realizada para indicar a possível 
associação entre o risco de desenvolvimento da vigorexia e a percepção da 
rou não haver tal associação (R=-0,02 
Considerando que o objetivo desse estudo foi identificar a 
prevalência de uma possível predisposição a vigorexia nos praticantes da 
m a percepção da 
autoimagem. O principal resultado desta pesquisa foi que 70% (n=21) dos 
praticantes de Crossfit apresentaram risco médio e alto de desencadear a 
28 
 
 
vigorexia, além disso 66,6% (n=20) dos sujeitos apresentaram insatisfação 
com a própria imagem vista na escala de silhueta. 
Apesar de ser uma síndrome pouco estudada e com escassos 
dados epidemiológicos, Alonso (2006) traz estimativas que 10% dos homens 
que frequentam academia podem possuir vigorexia. Entretanto, o Crossfit 
com suas vertentes semelhantes à musculação, devido ao treinamento com 
pesos, tem caráter de alto rendimento por agregar competitividade à prática 
esportiva. 
Uma pesquisa semelhante realizada por Zimmermann (2013), a 
qual objetivou analisar a presença de indícios de vigorexia em adultos jovens 
praticantes de musculação em academias de Biguaçu-sc, analisou 61 
indivíduos do gênero masculino e obteve como resultado 23% (n=14) da 
amostra com fortes indícios de vigorexia. Neste mesmo estudo observasse 
que 68,9% (n=42) da amostra possuem sentimento de culpa quando não vão 
à academia, e 59% (n=36) afirmam que já treinaram lesionados. Na pesquisa 
também foi utilizada a escala de silhueta para análise da percepção da 
imagem corporal dos praticantes, e não foi constatada a relação 
estatisticamente significativa (p=0,707) entre o desejo de ter outro corpo e os 
elevados indícios de vigorexia. Esses dados estão em consonância com os 
desta pesquisa, uma vez que 80% (n=24) dos nossos participantes se sentem 
culpados quando não vão ao Crossfit e 83,3% (n=25) já treinaram lesionados. 
Estatisticamente (R=-0,02 e p=0,88), neste estudo também não houve 
relação significativa do grupo de alto risco de vigorexia com desejo de ter 
outra silhueta. 
Outra pesquisa semelhante foi realizada por Reis (2016), onde o 
objetivo foi analisar indícios de vigorexia em 50 adultos homens praticantes 
de musculação da cidade de Campina Grande. Os resultados mostraram que 
60% (n=30) dos indivíduos então insatisfeitos com a imagem corporal, e 24% 
(n=12) tendo possível indício de vigorexia, acordando com os dados do 
presente estudo, pois dentre os praticantes de Crossfit 66,6% (n=20) 
escolheram silhuetas diferentes, apresentando descontentamento com sua 
imagem corporal. 
29 
 
 
 
Outro estudo foi realizado por Pires e Baptista (2016) com o 
objetivo de verificar a presença de vigorexia em 8 atletas de fisiculturismo 
Goiano. Os dados mostraram que 87,5% (n=7) da amostra tiveram seus 
escores dentro da faixa considerada como indivíduos com fortes indícios de 
vigorexia. A diferença de resultado com o presente trabalho, onde apenas 
16% (n=5) da amostra obteve possível predisposição a vigorexia, pode estar 
relacionada com a característica da prática da modalidade, pois segundo 
Courtine (1995), citado por Pires e Baptista (2016), “o fisiculturismo ou body 
building é uma modalidade que caminha juntamente com a busca por um 
padrão de corpo, musculoso e com pouca gordura”, e o Crossfit tem como 
principal objetivo aperfeiçoar as capacidades físicas dos praticantes 
(ANDRADE, 2016). 
Em estudos com características diferentes de amostra, mas 
também com o objetivo de avaliar a percepção de autoimagem, Rech et al. 
(2010) constatou que, entre os 294 acadêmicos em educação física da 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, de ambos os sexos, 61,2% (n=152) 
dos universitários apresentaram insatisfação com a imagem corporal. 
Ferriani et al. (2005), em um estudo feito com 14 adolescentes obesos de 
Ribeirão Preto, de ambos os sexos e com idade entre 10 a 13 anos, 
constatou que todos os jovens apresentavam sentimentos conflituosos e 
insatisfação com seu corpo, concluindo que “a relação do adolescente obeso 
com o corpo se faz de maneira conflituosa, carregada de sentimentos como 
angústia, vergonha e fracasso” (FERRIANI et al., 2005, p. 6). 
 É notória a prevalência da insatisfação com a autoimagem em 
diferentes indivíduos, de ambos os sexos e diferentes faixas etárias, 
praticantes de atividade física ou não. Esse resultado pode estar diretamente 
ligado a influencias culturais, aceitação social e idealização de um corpo 
(REIS, 2016), não sendo característica apenas de praticantes de alguma 
modalidade específica, comprovando que a rejeição corporal e a busca 
incessante pelo corpo ideal está fortemente presente na sociedade. 
30 
 
 
Apesar de pessoas vigoréxicas apresentarem preocupação 
extrema com a massa muscular e compulsão em relação ao seu biótipo 
(OLIVEIRA, 2012), os resultados mostram que o grupo de risco médio para 
desencadear o transtorno tem maior grau de insatisfação com a imagem 
corporal atual, em relação ao grupo de possíveis vigoréxicos. Supõe-se que 
seja decorrente do estilo de vida do vigoréxico, no qual optou por diversas 
alternativas de modo a alcançar o biotipo idealizado e por hora o corpo 
perfeito foi alcançado. Pela síndrome constituir de características de atitudes 
extremas para chegar onde almeja, acredita-se que hora ou outra os 
diagnosticados (e não fazem tratamento psicológico) como vigoréxicos 
voltarão a ser insatisfeitos com o biótipo. Ademais, os dados acerca o grau de 
vigorexia pode não ser um método fidedigno, pois, sabendo do que se trata o 
conteúdo do questionário,o candidato poderia omitir ou mentir dados 
importantes. 
A hipótese é que a população de risco médio, onde se mostrou ter 
maior contrariedade com o corpo, estão no ápice da insatisfação com a 
imagem corporal, ponto crucial para aderir à dietas restritas, uso de 
anabolizantes e/ou tratamentos estéticos e abuso de atividade física para que 
essa insatisfação diminua. Quando ela estiver diminuída, os indivíduos já 
terão atingido um grau elevado de atitudes extremas que os tornam refém do 
corpo e por fim, sendo diagnosticados com o TOC. 
Outro fator que pode ter influenciado nos dados é que muitos dos 
praticantes de Crossfit se preocupam demasiadamente com a performance 
esportiva, e por esse motivo tem maior cuidado com a alimentação, gastam 
mais de 2 horas do seu dia no treinamento, treinam lesionados e estão 
dispostos a correr riscos por excesso de treinamento. Características essas 
muito parecidas com atitudes de indivíduos vigoréxicos, porém, podendo ter 
outra finalidade. 
“O corpo padronizado pela indústria cultural tem levado muitos 
homens a uma busca compulsiva pelo corpo “ideal”, muitas vezes até 
inatingível” (ZIMMERMANN, 2013, p. 28). As influências culturais, 
idealizadoras de um corpo ideal, prevalecem na construção negativa da 
31 
 
 
autoimagem, transformando a percepção do corpo em uma constante 
insatisfação, tornando-se fator de risco para desenvolvimento de transtornos 
dismórficos (REIS, 2016). 
5. CONCLUSÃO 
 
O presente estudo concluiu que existe baixa prevalência de 
dismorfia muscular em praticantes de Crossfit, uma vez que 16% da amostra 
(n=5) foi enquadrada como possível vigoréxico. Porém, a taxa de insatisfação 
corporal com 66,6% (n=20) torna-se preocupante, sabendo que o 
descontentamento com a autoimagem pode desencadear o surgimento da 
vigorexia. Mesmo não havendo relação direta com possíveis vigoréxicos e 
sua satisfação corporal neste estudo, foi notado que a maior parte dos 
indivíduos não satisfeitos com sua silhueta apresentam risco próximo ao de 
um possível vigoréxico, podendo influenciar o indivíduo a procurar meios para 
suprir essa insatisfação. 
Diante do resultado, destaca-se a importância da realização de 
outros estudos sobre o tema, buscando, entre outros objetivos, testar a 
hipótese da relação entre vigorexia e a percepção da autoimagem em 
praticantes de Crossfit. Além disso, é importante ressaltar o papel do 
profissional de educação física na formação de opinião do aluno, alertando-o 
o quão difícil é se manter em padrões impostos pela mídia e sociedade, e 
aconselhando-o a conquistar seus objetivos com paciência e de forma 
saudável, com treino, dieta e descanso adequados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
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34 
 
 
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CONDICIONAMENTO FÍSICO, PSICOLÓGICO E MOTIVACIONAL. Coleção 
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SILVEIRA, S. A. da. AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA E 
DEPENDÊNCIA DO EXERCÍCIO FISICO EM ATLETAS DE DIFERENTES 
MODALIDADES ESPORTIVAS. 2015. 46 p. Monografia (medicina) — Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul. 
 
SILVEIRA, S. A. da. AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA E 
DEPENDÊNCIA DO EXERCÍCIO FISICO EM ATLETAS DE DIFERENTES 
MODALIDADES ESPORTIVAS. 2015. 46 p. Monografia (nutrição) — Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul. 
 
SOLER, P. T. et al. Vigorexia e níveis de dependência de exercício em 
frequentadores de academia e fisiculturistas. Revista Brasileira de Medicina do 
Esporte, v. 19, n. 5, p. 343 – 348, set/out 2013. 
 
SUENAGA, C. et al. Conceito, beleza e contemporaneidade: fragmentos históricos 
no decorrer da evolução estética. 2012. 18 p. Dissertação (cosmetologia e estética) 
— Universidade do vale do itajaí. 
 
TOCCHETTO, B. AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA E VIGOREXIA 
EM DESPORTISTAS RECREACIONAIS. 2016. 31 p. Monografia (educação física) 
— Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 
 
ZIMMERMANN, F. INDÍCIOS DE VIGOREXIA EM ADULTOS JOVENS 
PRATICANTES DE MUSCULAÇAO EM ACADEMIAS DE BIGUAÇU-SC. 2013. 36 p. 
Monografia 
(educação física) — Universidade Federal de Santa Catarina,. 
 
35 
 
 
 
 
 
36 
 
 
ANEXO A 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Comitê de Ética em 
Pesquisa – UFPI) 
Título do estudo: Percepção de imagem corporal e vigorexia em 
praticantes de Crossfit. 
Pesquisador(es) responsável(is): Karla Beatriz Dantas de Sá 
Instituição/Departamento: UFRN – Departamento de Educação 
Física 
Telefone para contato: (84) 98129-1515 
Local da coleta de dados: Crossfit Capim Macio 
 
Prezado(a) Senhor(a): 
 Você está sendo convidado(a) a responder às perguntas deste 
questionário de forma totalmente voluntária. Antes de concordar em participar 
desta pesquisa e responder este questionário, é muito importante que você 
compreenda as informações e instruções contidas neste documento. Os 
pesquisadores deverão responder todas as suas dúvidas antes que você se 
decidir a participar. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a 
qualquer momento, sem nenhuma penalidade e sem perder os benefícios aos 
quais tenha direito. 
 Objetivo do estudo: analisar a percepção da autoimagem e 
relacionar com possíveis indícios de vigorexia nos praticantes de crossfit. 
 Procedimentos: Sua participação nesta pesquisa consistirá 
apenas no preenchimento deste questionário, respondendo às perguntas 
formuladas que abordam possíveis transtornos de vigorexia, e na escolha das 
cartas da escala de silhuetas, abordando sua percepção de autoimagem. 
 Benefícios: Esta pesquisa trará maior conhecimento sobre o 
tema abordado, sem benefício direto para você. 
 Riscos: O preenchimento deste questionário não representará 
qualquer risco de ordem física ou psicológica para você. 
37 
 
 
 Sigilo: As informações fornecidas por você terão sua privacidade 
garantida pelos pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não 
serão identificados em nenhum momento, mesmo quando os resultados 
desta pesquisa forem divulgados em qualquer forma. 
 
Ciente e de acordo com o que foi anteriormente exposto, eu 
_________________________________________________, estou de 
acordo em participar desta pesquisa, assinando este consentimento em duas 
vias, ficando com a posse de uma delas. 
 
___________________________________ 
Local e data 
 
 ___________________________________ 
 Assinatura 
 
___________________________________ 
Pesquisador responsável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
ANEXO B 
 
Questionário para identificação de possíveis indivíduos que 
apresentam predisposição a Vigorexia. (RODRIGUES, et al., 2008) 
 
1) Quanto tempo você passa na academia? 
A) 1 hora ou menos B) 1 hora e 30min 
C) 2 horas D) Mais 2 horas 
 
2) O tempo gasto na pratica de exercícios atrapalha sua vida 
social, profissional ou familiar? 
A) SIM B) NÃO 
 
3) Você faz uso de suplementos alimentares? 
A) Sim B) Não 
Se a resposta anterior for SIM, há quanto tempo 
_______________ 
 
5) Você já fez algum ciclo de esteróides anabolizantes? 
A) SIM B) NÃO 
 
6) Você se sente culpado quando não vai a academia? 
A) SIM B) NÃO 
 
7) Você está satisfeito com sua forma física? 
A) SIM B) NÃO 
 
8) Você já treinou lesionado? 
A) SIM B) NÃO 
 
9) Mesmo sabendo das enfermidades ocasionadas pelo excesso 
de treinamento você está disposto a correr esse risco? 
39 
 
 
A) SIM B) NÃO 
 
10) Você passa muito tempo na frente do espelho admirando seu 
corpo? 
A) SIM B) NÃO 
 
Pontuação a ser anotada em cada questão: 
0 = ponto Não há nenhuma ligação de vigorexia 
1 = ponto Leve predisposição ao comportamento vigoréxico 
2 = pontos Moderada predisposição ao comportamento vigoréxico 
3 = pontos Grave predisposição a vigorexia 
4 = pontos Comportamento extremamente vigoréxico 
 
Questão / Pontuação 
1 A=0 B=1 C=2 D=3 
2 Sim= 2 Não= 0 
3 Sim= 2 Não= 0 
4 Sim= 1 Não= 0 
5 Sim= 4 Não= 0 
6 Sim= 2 Não= 0 
7 Sim= 0 Não= 2 
8 Sim= 3 Não= 0 
9 Sim= 4 Não= 0 
10 Sim= 2 Não= 0 
 
Interpretação do questionário: 
0 a 7 pontos: Fique tranqüilo pois você não está dentro dos 
padrões considerados vigoréxicos. 
8 a 10 pontos: Seu comportamento ainda está normal, mas já 
precisa se preocupar. 
40 
 
 
11 a 15 pontos: Procure colocar a atividade física e a saúde como 
forma de bem estar, não destrua seu corpo em virtude das cobranças para 
um corpo perfeito. 
16 a 21 pontos: Todos os indícios indicam a vigorexia, procure um 
médico especialista para conhecer mais sobre o assunto. 
Observação: Caso responda sim a questão cinco (5) o ideal seria 
procurar um médico para verificar se não restou nenhuma seqüela do uso de 
esteróides anabolizantes. 
 
 
 
ANEXO C 
 
Escala de silhuetas (KAKESHITA e ALMEIDA, 2006)

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