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LISTA DE EXERCÍCIOS – MODELOS CLÁSSICO E KEYNESIANO
Quais são as hipóteses básicas da determinação de renda nacional segundo o modelo clássico? O que determina o nível de produção da economia no modelo clássico?
Temos como corolário da lei de Say e da teoria quantitativa da moeda a teoria clássica de
determinação da renda. Esta não dependeria da procura agregada, conforme Keynes depois
estabeleceria. Para os clássicos a procura agregada era determinada pela oferta agregada, nos
termos da lei de Say. Logo, era importante definir a função de produção, ou seja, a função da
oferta agregada. Esta dependeria da quantidade de trabalho empregada, quantidade de capital, dos recursos naturais e do nível de desenvolvimento tecnológico. A renda, portanto,
dependeria da função de produção do respectivo sistema econômico, ou seja, da oferta.
O primeiro pressuposto, da existência de preços flexíveis, é importante para a
macroeconomia clássica, embora não absolutamente essencial. Veremos que este pressuposto
permite a garantia do pleno emprego sem qualquer intervenção do governo. No momento em
que uma queda momentânea na procura agregada levasse à redução da atividade econômica e
ao desemprego, os salários (o preço do trabalho) seriam reduzidos, os preços das mercadorias
produzidas com o respectivo trabalho cairiam, a procura aumentaria, a produção voltaria a
aumentar, e o pleno emprego seria restabelecido.
O segundo pressuposto da macroeconomia clássica é o de que a moeda não é utilizada para
entesouramento. A moeda para os clássicos é uma unidade de conta e um meio de troca. Além
de servir para se somarem mercadorias diferentes, a moeda é fundamentalmente um meio de
troca. Os homens só teriam interesse em mantê-la em seu poder na medida em que dela
necessitassem para realizar suas transações. Segundo os clássicos, portanto, existiria apenas
um motivo para a procura de moeda: o motivo transacional. O outro possível uso do dinheiro, 
como um meio de reserva de ativos líquidos, e portanto seu conseqüente entesouramento, era
considerado irracional. Conservando o dinheiro em forma líquida, nos bancos, sem que haja
tomadores de empréstimos ou debaixo do colchão, o capitalista estaria perdendo os juros que
poderia ganhar se houvesse aplicado seu dinheiro em ativos fixos ou em títulos. O
entesouramento, portanto, era considerado inexistente.
Ao invés de uma teoria estritamente estática e otimista,
como era a teoria neoclássica, Keynes nos apresenta uma teoria macroeconômica
relativamente dinâmica, cujas incógnitas fundamentais são o volume da produção e o nível de
emprego decorrente. Além disso, ao invés de partir da análise do comportamento individual
dos agentes microeconômicos - os consumidores e os produtores, Keynes adota uma
abordagem macroeconômica, partindo diretamente do estudo dos agregados econômicos
básicos: a renda, o consumo, a poupança, o investimento, dentro de uma economia monetária.
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Explique a expressão, conhecida como Lei de Say, de que “a oferta cria sua própria demanda”. Qual a implicação desse raciocínio para a questão do desemprego?
A lei de Say, partindo do pressuposto de harmonia universal que existiria no sistema capitalista liberal, afirma que as crises de superprodução ou subconsumo são impossíveis, a não ser muito transitoriamente, e no mais das vezes, setorialmente. Isto porque toda produção implica em uma remuneração que vai se transformar imediatamente em procura. As pessoas não produzem e oferecem suas mercadorias no mercado pelo simples prazer de fazê-lo. Elas têm em mira produzir para, com isso, obter recursos que lhes permitiam comprar outros bens (de consumo ou investimento) que desejam. Quando a produção aumenta, ou seja, quando a oferta aumenta, a procura também aumenta concomitantemente. Em outras palavras, a oferta cria sua própria procura. A economia de mercado possuiria assim um mecanismo de controle automático, que a levaria sempre para o equilíbrio, tornando a superprodução geral impensável. Desequilíbrios setoriais poderiam ocorrer com freqüência, quando,por exemplo, os produtores de um determinado artigo superestimassem sua procura, mas tais desequilíbrios seriam rapidamente corrigidos pelo mecanismo dos preços.
Podemos agora completar nossa análise. O nível de emprego seria determinado pela renda
apenas indiretamente. Diretamente dependeria do nível dos salários, os quais dependeriam da
produtividade marginal do trabalho, ou seja, da derivada da renda em relação ao trabalhador.
No momento transitório em que houvesse desemprego, teríamos uma indicação de que os
salários estariam artificialmente altos, de forma que estes começariam automaticamente a
declinar devido à pressão dos trabalhadores desempregados, que estariam agora dispostos a
trabalhar por um menor salário. Como conseqüência do excesso da oferta de trabalho
baixariam os salários nominais e reais. As empresas, em vista disto, aumentariam o número de
empregados (já que a curva de procura de empregados não sofrera alteração). Com o aumento
do número de empregados, aumentaria a renda real, Y. Este processo continuaria até que
todos os trabalhadores fossem empregados, voltando-se à situação normal de pleno emprego.
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Qual o efeito de um aumento da demanda agregada sobre o produto e o nível de preços no modelo clássico? Segundo modelo clássico, existe alguma forma do governo afetar o nível de emprego ou de produto da economia? Por quê?
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Explique o conceito de “demanda efetiva” no modelo keynesiano. Discuta a partir desse ponto de vista a questão do desemprego.
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Explique o conceito de Eficiência Marginal do Capital e explique porque na visão de Keynes essa variável é extremamente instável? Qual o efeito dessa instabilidade sobre o nível de demanda agregada? Nesse contexto, explique a importância da política fiscal no modelo keynesiano.
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Discuta porque para Keynes, em momentos de crise, o uso de políticas fiscais compensatórias que tenderiam a serem muito mais eficientes do que os instrumentos monetários para restabelecer o nível de atividade e emprego na economia.
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Considere o modelo Keynesiano básico para uma economia fechada e sem governo. Sabendo-se que, a partir de uma posição de equilíbrio, um aumento de 100 reais no investimento provoca um aumento de 500 reais no PIB, julgue as assertivas:
Ⓞ	A propensão média a poupar é 0,2. 
①	O aumento de consumo gerado pelo aumento do investimento é de 400 reais e a propensão média a consumir é 0,8. 
②	Tendo o aumento de consumo sido de 400 reais, o multiplicador Keynesiano é 5. 
③	Mantida a propensão marginal a poupar e admitindo-se que o multiplicador não é instantâneo, se a poupança inicial gerada no momento em que foram realizados os investimentos fosse de 200 reais, o impacto total do aumento do investimento sobre o PIB teria sido de 1.000 reais.
④	Supondo-se que haja governo e que o orçamento seja mantido em equilíbrio, um aumento de 100 reais nos gastos públicos provocará um aumento de 100 reais no PIB. 
Com base no modelo clássico (também chamado neoclássico), julgue as afirmativas:
Ⓞ	Vigorando o salário real de equilíbrio, a economia estará em pleno emprego, mas, ainda assim, haverá desemprego voluntário e desemprego friccional. 
①	Considerando-se apenas uma função de produção convencional com retornos decrescentes, em que sejam dados o estoque de capital e o estado tecnológico, nada pode ser inferido a respeito da elasticidade da função demanda de trabalho. 
②	Se todo o estoque de moeda é útil apenas como meio de troca, ou seja, se não háentesouramento, então, os indivíduos não pouparão, nessa economia. 
③	Se o governo decide estabelecer um salário real superior ao salário de equilíbrio, o desemprego aumentará por dois motivos: (i) trabalhadores serão demitidos e (ii) parte dos trabalhadores desempregados passarão a procurar emprego. 
④	Se na economia os indivíduos não poupam, vigorará a lei de Say, que diz que toda oferta encontra uma demanda correspondente. 
Analise as proposições abaixo:
Se a propensão marginal a consumir for 0,8, a alíquota marginal de impostos 0,2 e a propensão marginal a importar 0,14, o multiplicador dos gastos autônomos será 2
Considerando-se o modelo keynesiano simples, um aumento da sensibilidade da demanda com relação à renda, para um dado nível de renda de equilíbrio, diminui a propensão média a poupar. 
No modelo keynesiano simples a determinação da renda de real de equilíbrio independe de variáveis monetárias, tal como no modelo clássico de determinação do produto
No modelo keynesiano simples, o multiplicador do orçamento equilibrado quando um governo reduz impostos e transferências na mesma magnitude é zero. 
No quadro dos pressupostos habituais do modelo keynesiano simples, considere uma economia cujo comportamento pode ser descrito pelas seguintes relações:
C = 480 + 0,6 Yd 
 I = 1300 
G = 800 
X = 600 
M = 300 + 0,08 Y 
T = 0,2 Y 
R = 200 
RLE = TLE = 0 
a) Evidencie os ajustamentos que ocorreriam na economia se o nível efetivo de produto fosse de 5250 u.m. 
b) Mostre que um aumento do consumo público tem um impacto superior a um aumento de montante idêntico das transferências correntes do governo para as famílias. Como se justifica tal diferença?
 c) Suponha, alternativamente que, perante a proximidade de eleições, o governo deste país desejaria contribuir para um aumento de 5% no nível de produto da economia. Ao mesmo tempo, perante compromissos assumidos internacionalmente, o governo gostaria de manter equilibrado o saldo orçamentário. Supondo a manutenção do valor das transferências públicas para as famílias, serão estes dois objetivos compatíveis? Que medidas deverá o governo adotar? Quantifique e justifique adequadamente.

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