Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
127 Zortéa, M. Capítulo 07 - Subfamília Stenodermatinae De tamanho menor que V. pusilla, com antebraço medindo entre 30 e 34 mm. Antebraço e pernas relativamente menos pilosas que V. pusilla. Além disso, apresenta pêlos dorsais mais curtos que não ultrapassam a borda do uropatágio. Apresenta folha nasal e orelhas com borda amare- lada (LIM et al., 2003). As listas claras faciais es- tão presentes e a médio-dorsal ausente. Espécie de hábito alimentar frugívoro. Observada na Costa Rica alimentando-se de fru- tos de Acnistus (Solanaceae) (HOWELL & BURCH, 1974) e, predominantemente, de frutos de figo no Panamá (BONACCORSO, 1979). Espécie associada principalmente a flo- restas sempre-verdes, ocorrendo em matas ripárias e outras áreas úmidas; presente em menor intensi- dade em áreas mais secas (LEWIS & WILSON, 1987). Os dados disponíveis não permitem uma boa definição do padrão reprodutivo da espécie, embora WILSON (1979) tenha sugerido poliestria bimodal. Fêmeas grávidas têm sido observadas em vários meses do ano (LEWIS & WIL- SON, 1987). Seu status de conservação não foi avaliado ainda, devido sua recente separação de V. pusilla. Gênero Vampyrodes Thomas, 1900. Gênero monoespecífico re- presentado por V. caraccioli. Apresen- ta-se como grupo irmão de Platyrrhinus em várias filogenias propostas (ver WETTERER et al., 2000) Vampyrodes caraccioli (Thomas, 1889) Ocorre do México ao Peru, Bolívia, Guianas, Trinidad e Tobago e Brasil (SIMMONS, 2005). Os registros desta espécie no Brasil se res- tringem a região norte nos estados do Acre e do Pará (BERNARD & SAMPAIO, no prelo) e a Mata Atlântica da região nordeste no Estado da Bahia (FARIA et al., 2006). Localidade-tipo: Trinidad, em Trinidad e Tobago. Possui coloração marrom-clara avermelhada a acinzentada no dorso e um pouco mais clara no ventre. Apresenta quatro listas faciais brancas; a lista suborbital vai do canto da boca até a base da orelha e a superorbital da folha nasal a acima da porção da orelha; possui uma lista medi- ana dorsal evidente de cor branca que vai do topo da cabeça até a base do uropatágio; apresenta fo- lha nasal bem desenvolvida. É um estenodermatíneo de grande porte com antebraço variando de 46,8 a 57,3 e peso de 27 a 30 g (WILLIS et al., 1990; EISENBERG & REDFORD, 1999). Alimenta-se de frutos de várias espécies com preferência por figos silvestres (WILLIS et al., Vampyrodes caraccioli (Foto: Ben Rinehart) Morcegos do Brasil Família Phyllostomidae Cap. 07 Subfamília Stenodermatinae Gênero Vampyrodes
Compartilhar