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Guerra Civil Espanhola 1936

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Guerra Civil Espanhola 1936 - 1939
A Guerra Civil Espanhola foi um conflito de forças políticas pela disputa do poder na Espanha. Foi liderada pelo generalíssimo Francisco Franco, que abalou a Europa, entre os anos de 1936 e 1939.
O conflito mantinha de um lado uma Frente Popular que reunia todos os setores democráticos e de esquerda. A Frente Popular lutava pela sustentação das reformas sociais e políticas.
Do outro lado estavam as forças de direita, articuladas em torno da Falange Espanhola Tradicionalista. As forças de direita conspiravam para derrubar o governo republicano.
Causas da Guerra Civil Espanhola
Desde o início do século XX, a Espanha vivia mergulhada em sucessivas crises políticas e sociais. O governo monárquico era incapaz de resolver as dificuldades geradas pelo atraso econômico.
A estratégia era reprimir duramente os movimentos populares, como os sindicatos e os partidos de esquerda.
Em 1923, o general Primo de Rivera havia instalado uma ditadura de tipo fascista (preservando a monarquia). Essa ditadura caiu sob a pressão popular em 1930.
No ano seguinte, em meio a profundas agitações sociais e políticas, um movimento revolucionário popular derrubou a monarquia espanhola. O resultado foi a proclamação da República.
Depois da proclamação da República, os conflitos entre as forças de direita e esquerda acirraram-se. O programa de reformas políticas e sociais iniciado pelo governo republicano previa, entre outros pontos, a anistia e a reforma agrária.
A reforma amedrontou as elites conservadoras, que eram compostas por grandes proprietários, alta burguesia e membros do exército e do clero.
As elites se uniram num partido de extrema direita. A organização foi denominada Falange e tinha como objetivo impedir as reformas que considerava comunistas.
O Fascismo na Espanha
A Espanha viveu um período de absoluta desordem interna entre 1931 a 1936. Esses conflitos envolveram, camponeses, operários, monarquistas, republicanos, socialistas, anarquistas e falangistas (fascistas).
Em 1936, uma Frente Popular reunindo todos os setores democráticos e de esquerda - socialistas, comunistas, anarquistas, liberais – elegeu Manuel Azaña presidente.
Pouco tempo após as eleições, o Exército, sob a liderança do general Francisco Franco, se rebelou contra o novo governo. Começava a Guerra civil Espanhola.
O conflito trazia de um lado os falangistas. Esses tinham apoio militar da Itália fascista e da Alemanha nazista, que usou a Espanha como centro de experimentação de suas novas e potentes armas.
Do outro lado estavam as forças populares e democráticas. Essas recebiam um pequeno apoio da União Soviética e das Brigadas Internacionais, que eram formadas por operários e intelectuais de outros países.
Consequências
A Guerra Civil Espanhola tornou-se muito mais que uma simples luta pelo controle do governo, ganhou o significado de combate entre o fascismo e a democracia.
Foram três anos de combate, que causaram um milhão de mortes. No dia 26 de abril de 1937, ocorreu uma das maiores tragédias da guerra, o povoado de Guernica, no País Basco.
Arte
O povoado foi completamente destruído pelo bombardeio de aviões alemães da Legião Condor, enviada por Adolf Hitler para auxiliar as forças do generalíssimo Francisco Franco.
A destruição de Guernica foi representada na tela do pintor Pablo Picasso, em 1937.
Franquismo
Com a vitória dos falangistas, as forças de Franco ocuparam toda a Espanha. Era o início do regime totalitário, que ficou conhecido como franquismo, isto é, a ditadura fascista do generalíssimo Franco, que durou até a sua morte, em 1975.
Segunda Guerra Mundial
Em setembro de 1939, alguns meses depois da vitória franquista, começou a Segunda Guerra Mundial.
Quadro Guernica de Pablo Picasso
O Quadro Guernica de Pablo Picasso é uma das mais famosas pinturas do artista espanhol e uma das mais conhecidas do cubismo. Esta obra de arte revela os efeitos da guerra em uma população.
O artista espanhol se inspirou no bombardeamento da cidade Guernica no dia 26 de abril de 1937. Neste dia, aviões alemães da Legião Condor destruíram quase completamente a cidade espanhola. Guernica (ou Gernika em basco) é uma cidade da província da Biscaia, localizada na comunidade autônoma do País Basco.
Por este motivo, este quadro tem também um significado político e funciona como uma crítica à devastação causada pelas forças Nazistas aliadas com o ditador espanhol Franco. Outra possível interpretação indica que o quadro Guernica funciona como um símbolo de paz ou anti-guerra.
Depois de ter sido terminado (demorou aproximadamente um mês a ser terminada), o quadro fez uma digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente reconhecido e atraindo a atenção do resto do mundo para a Guerra Civil Espanhola.
Com o início da Guerra Civil Espanhola (em 1936), o falecimento da sua mãe em 1939 e o princípio da Segunda Guerra Mundial, o artista teve uma fase mais escura. Algumas das suas obras criadas nessa altura revelam o seu estado de espírito mais atormentado, como por exemplo o quadro Guernica e a série de "Dona Maar".
Quando rompeu a Segunda Guerra Mundial, o artista resolveu emprestar a sua pintura ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), onde esteve até 1981, ano em que regressou a Espanha.
Guernica é uma pintura a óleo sobre tela de grandes dimensões, com 7.76 metros de comprimento e 3.49 metros de altura. Atualmente, esta pintura está exposta em Madri, no Museu Reina Sofia.
Análise do quadro Guernica
O contexto histórico é essencial para interpretar esta pintura. Neste momento, a Espanha vivia um conflito entre as forças Republicanas e os Nacionalistas, liderados pelo General Francisco Franco. Os Nacionalistas contaram com o apoio do exército Nazista e autorizaram os alemães a bombardearem Guernica, como forma de testarem novas armas e táticas de guerra, que viriam a ser usadas mais tarde na Segunda Guerra Mundial.
Depois do ataque destruidor, Pablo Picasso - que estava morando em França na altura - estava trabalhando numa obra para apresentar numa Exibição em Paris a pedido do Governo Republicano Espanhol, mas decidiu abandonar a sua ideia original para criar uma obra relacionada com o ataque em Guernica.
Cores
O preto e branco foram as cores escolhidas pelo o autor, que servem para intensificar a sensação de drama causado pelo bombardeamento.
Composição
Esta é uma obra cubista, pois inclui figuras geometricamente decompostas, usando elementos surrealistas e técnicas que seriam associadas ao cubismo.
O cavalo e o touro são dois dos elementos mais destacados do quadro, sendo elementos muito populares na cultura espanhola. Uma possível interpretação é que este ataque representa um ataque à cultura espanhola, uma tentativa de destruir os ideais defendidos pelos cidadãos espanhóis.
Além disso, também é possível ver o horror causado em seres humanos, com um soldado morto no chão, uma mãe que chora a morte do filho morto nos seus braços (esquerda do quadro), uma mulher em desespero enquanto a sua casa é destruída em chamas (direita do quadro), uma mulher com a perna ferida que tenta fugir de todo o caos causado (no centro da pintura) e uma mulher com um lampião, que parece iluminar o resto dos elementos (no centro do quadro).
Alguns elementos parece que têm algo escrito dentro, como se fossem formados por folhas de jornal. Isso indica como o pintor foi informado sobre o ataque ocorrido em Guernica.
A espada quebrada representa a derrota do povo, que foi quebrado pelos seus opositores, enquanto os edifícios em chamas indicam a destruição não apenas em Guernica, mas a destruição causada pela Guerra Civil.

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