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Perícia Contábil

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Perícia Contábil
Perícia Contábil é um dos ambientes que as pessoas têm à sua disposição, coberto por lei, para se amparar ou estabelecer direitos nas mais diversas ocasiões. 
Segundo Antônio Lopes Sá (2005) “A Perícia Contábil é uma tecnologia porque é aplicação dos conhecimentos científicos da contabilidade. É a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta”. As abordagens desenvolvidas nesta disciplina estabelecem:
• as tecnologias contábeis; 
• o conceito de Perícia Contábil;
• o caráter e os objetivos da tecnologia contábil da perícia. 
Os fins e as provas das perícias, a metodologia em perícia e a classificação das perícias. Os erros, as fraudes e os indícios na perícia, e os elementos materiais de exame pericial, bem como a diferença entre perícia e auditoria e os riscos na perícia.
Aula 1: Fundamentos de Perícia Contábil
Nesta aula, você irá:
Identificar as tecnologias contábeis, o conceito de Perícia Contábil, o caráter e os objetivos da tecnologia contábil da perícia;
Reconhecer os fins e as provas das perícias, a metodologia em perícia e a classificação das perícias;
Relacionar os erros, as fraudes e os indícios na perícia e os elementos materiais de exame pericial;
Verificar a diferença entre perícia e auditoria, e os riscos na perícia.
Aula 2: Plano de Trabalho em Perícia Contábil 
Nesta aula, você irá:
Identificar o conceito de plano de trabalho em Perícia Contábil;
Reconhecer o preenchimento do papel de trabalho;
Relacionar o modelo de papel de trabalho pericial com o prazo para execução das tarefas;
Verificar o pleno conhecimento dos sistemas contábeis adotados e a confiabilidade documental;
Distinguir a qualidade do perito, a qualidade do trabalho do perito e as características gerais e especiais da Perícia Contábil.
Aula 3: Estrutura de Laudos Periciais 
Nesta aula, você irá:
Identificar o conceito e a estrutura de laudo pericial e os requisitos de um laudo contábil;
Reconhecer os tipos de laudos e os anexos dos laudos;
Relacionar os laudos coletivos, o laudo insuficiente e a entrega dos laudos.
Aula 4: Objetivos da Perícia Contábil
Nesta aula, você irá:
Entender os objetivos da Perícia Contábil, as situações reais e os objetivos periciais;
Conhecer as espécies de perícia;
Distinguir a Perícia Judicial e a Perícia Extrajudicial.
Aula 5: Perícia Judicial
Nesta aula, você irá:
Identificar os objetos de Perícia Judicial, o início do trabalho pericial e as diligências, as dificuldades e as resistências;
Reconhecer os laudos de consenso e o laudo discordante ou em separado, o trabalho em equipe e os pareceres;
Entender os esclarecimentos sobre a perícia e a nova perícia, os quesitos suplementares e os quesitos impertinentes;
Relacionar a perícia em livros de terceiros e a perícia em locais diferentes, o prazo de laudo e o laudo fora do prazo.
Aula 6: Exercício da Função Pericial Contábil
Nesta aula, você irá:
Identificar o exercício da Função Pericial Contábil e quem pode exercer o cargo de perito;
Reconhecer a escolha do perito, sua nomeação, indicação, intimação e recusa;
Entender o impedimento, a substituição do perito, a desistência e a proposta de honorários.
Aula 7: Exercício da Função Pericial Contábil 
Nesta aula, será dada continuação ao tema da aula anterior:
Identificar o comportamento ético entre os peritos e o sigilo profissional do perito;
Reconhecer a responsabilidade criminal do perito, seus direitos e deveres funcionais;
Distinguir a Perícia Contábil em arbitragem e o perfil profissional.
Aula 8: Tipos de Pericia Contábil 
Nesta aula, você irá:
Identificar os tipos de Perícia Contábil;
Reconhecer na Justiça do Trabalho, nas Varas Federais e nas Varas Cíveis;
Distinguir Falências e Concordatas.
Aula 9: Os Processos de Apuração de Haveres
Nesta aula, você irá:
Identificar os Processos de Apuração de Haveres: o Balanço de Determinação; Reconhecer o Fundo de Comércio (Goodwill);
Distinguir os métodos de avaliação do Fundo de Comércio (Goodwill).
Aula 10: Normas e Procedimentos na Perícia Contábil
Nesta aula, você irá:
Identificar as normas e os procedimentos na Perícia Contábil;
Reconhecer as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade versus o Código de Processo Civil.
Bibliografia
Fique atento aos livros que servirão de base para o conteúdo das aulas, bem como para sua consulta:
LOPES SÁ, Antonio. Perícia Contábil. São Paulo: Atlas, 2005.
Ao concluir a disciplina, o aluno será capaz de:
Reconhecer e aplicar as técnicas de Perícia Contábil;
Emitir laudo ou parecer consistentemente;
Realizar a tarefa pericial em seus diversos escopos.
Aula 1 – Fundamentos da Perícia Contábil
Ao final desta aula, você será capaz de:
Identificar as tecnologias contábeis, o conceito de Perícia Contábil, o caráter e os objetivos da tecnologia contábil da perícia;
Reconhecer os fins, as provas, a metodologia e a classificação das perícias;
Relacionar os erros, as fraudes e os indícios na perícia e os elementos materiais de exame pericial;
Verificar a diferença entre perícia e auditoria e os riscos na perícia.
Introdução às Tecnologias Contábeis
Através das tecnologias o ser humano se utiliza de aplicações do conhecimento científico. Na contabilidade utiliza-se exames técnicos para se obter uma verdade dos acontecimentos a fim de elucidar dúvidas, erros ou fraudes ocorridas. Dentre as tecnologias contábeis estão:
Escrituração;
Orçamentária;
Custos;
Análise;
Auditoria e a
Perícia Contábil.
Conceito de Perícia Contábil
A perícia é a prova para esclarecer os fatos. Busca rejeitar a amostra selecionada como critério, sendo utilizada casualmente em situações especiais. 
Como regra a perícia tem caráter de trabalho eventual e só examina com o universo completo, onde a opinião é externada com austeridades de análise completa.
Perícia Contábil é o conjunto de metodologias técnicas e científicas destinadas a levar à instância decisória os elementos de prova necessários a ajudar à justa solução do processo, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em consenso com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for relacionado.
Essas teses, restringindo os objetivos da perícia, são designadas ao contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade — CRC — de seu estado, mesmo se tratando de perícia extrajudicial sob contrato das partes interessadas.
A perícia contábil é realizada pelo profissional de Contabilidade. É na realidade, uma das atividades exercidas pelo contador da mais alta relevância e que exige um imenso conhecimento, não só da própria Contabilidade, como também de outras ciências afins, além de uma atitude ética correta.
Basicamente, a perícia contábil deve distinguir-se por:
Restrição do assunto;
Declaração limitada aos quesitos;
Efetivação de exames hábeis;
Alusão específica à matéria periciada;
Imparcialidade da declaração irrefutável.
O perito não concerne aos quadros do processual. É designado ad hoc para determinado processo, em meio aos profissionais de nível superior e com registro no conselho profissional competente (§1º do art. 145 dl CPC).
Caráter e Objetivo da Tecnologia Contábil da Perícia
O caráter fundamental da tecnologia é ter componente específico, solicitado, para que possa suscitar uma ideia apontada em objeto contábil. 
 A perícia tem como objetivo firmar as informações exigidas, mostrando a verdade dos fatos de forma imparcial e digna de fé, tornando-se meios de prova para o juiz de direito resolver as questões propostas.
 O objetivo da Perícia Contábil concentra-se nas questões comumente procedentes de contestações, dúvidas específicas ou previstas em lei que devem demarcar o trabalho do perito.
Dentro desses limites o perito será meticuloso e imparcial para que a manifestação da verdade dos fatos colabore para desatar da contenda.
A perícia pode ser parcial ou total na investigação de contas, demonstrativos financeiros,documentos ou fatos. Dependendo do que se ambiciona, firma-se o elemento a examinar e sua extensão.
Exame: É a apreciação dos livros comerciais de registros, os documentos fiscais e legais, por fim todos os subsídios de abrangência do profissional, preferencialmente os que apresentam competência legal de prova. O perito, entretanto, compulsa também elementos patrimoniais palpáveis (dinheiro, títulos, mercadorias, bens móveis, veículos etc.), além dos dados, trabalha, também, com ferramentas, como normas, cálculos, regulamentos etc.
Vistoria: É um exame pericial, mas diferencia-se dele pela procedência e por suas implicações. Por ela se ratificam estados e circunstâncias declaradas por interessados, para reivindicar direitos, proteger-se de incriminações, explicar e confirmar ações e, em contrário, por aqueles que apoiam obrigações de terceiros, apontam ou almejam abonar seus direitos.
Indagação: É o ato pericial de se conseguir depoimento pessoal de quem tem informação de atos e fatos relacionados à matéria.
Investigação: É uma técnica pericial abrangente, que tem por finalidade detectar se existiu sobre certo episódio, procedimento que oculta a verdade, como: fraude, má-fé, dolo, erro etc.
Arbitramento: É a técnica que se emprega de artifícios estatísticos para definir valores e artifícios analógicos para apontar o valor encontrado.
Mensuração: É o ato de quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.
Avaliação: É o ato de compor o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas. É a averiguação do valor real das coisas através de cálculos e exames.
Certificação: Faz parte do laudo, que, por ser destacado por um profissional habilitado formal e tecnicamente, é incorruptível de fé pública.
Fins e Provas das Perícias
A perícia pode ser requerida à pessoa capacitada denominada, perito para a consecução de vários desígnios ressaltando-se: a instrução de matérias pré-judiciais, judiciais, extrajudiciais, regimentais, administrativas, sociais e fiscais.
O propósito recomenda sua classificação: judiciais, administrativas e especiais, sendo que o esboço das primeiras é a finalidade deste trabalho.
 A intenção principal da perícia é o provimento do laudo, ou seja, parecer final e conclusivo sobre as questões contábeis tratadas nos autos processuais. Tais itens são orientadores do trabalho e/ou são formalizados em questionamentos chamados quesitos, tanto do juízo, quanto das partes, neste caso, sempre com a aceitação daquele.
O objetivo da perícia contábil agrupa-se nesses itens comumente procedentes de polêmicas, imprecisões características ou previstas em lei que precisam definir o trabalho do perito.
Dentro dessas restrições o perito deverá ser meticuloso e imparcial para que a manifestação da verdade dos fatos coopere para o desfecho da contenda.
Como ela é sempre Prova, necessário se faz que se lastreie em bases consistentes e de plena materialidade (competentes e verdadeiras). Assim, por exemplo, se um sócio desconfia de outro e entra em juízo para evocar distribuição justa dos lucros, que admite não tenha sido feita, só a Perícia Contábil poderá dar ao juiz os meios para que faça o julgamento.
Vários são os fins para os quais se pode requerer uma perícia, mas, como prova que ela vai ser, é preciso que se baseie em elementos verdadeiros e competentes.
Uma perícia para fins administrativos é, por exemplo, a que se faz para verificar se o almoxarife está controlando os estoques sem permitir desvios. Tal perícia pode ser requerida dentro da própria empresa para que se faça por sua própria Contadoria (caso a empresa não disponha de outros meios de controle). De acordo com NBC P 2 - Normas Profissionais de Perito.
Em meio aos objetivos estão os de objeto pré-judicial, judicial, regimental, para desembaraços administrativos, para disposições de domínio social, para desígnios fiscais.
A preposição é sempre a de alcançar exame adequado para que se delibere, e isto sugere culpabilidades sérias para o perito, tanto cíveis, tanto criminais.
Metodologia em Perícia
O procedimento está sujeito sempre ao componente que se analisa, ou seja, conforme o assunto que se apresenta a estudar é que se delineia o andamento dos trabalhos. 
Quando o objeto é parcial, atingível, analisa-se tudo, isto é, a totalidade do que se tem a examinar. Quando o tópico é excessivamente extenso, sem probabilidades de conseguir-se o desígnio pela totalidade, emprega-se a amostragem (mas como observação). Enquanto na auditoria o exame é quase todo baseado em amostragens, na perícia tal critério deve ser tido como excepcional.
As Normas de Auditoria podem, sim, ajudar o desempenho da perícia, mas como elemento subsidiário apenas. Valemo-nos da auditoria como uma ajuda para alguns poucos casos, mas não podemos dizer que se aplicam à perícia, sem restrições, os critérios daquela tecnologia.
É preciso, então conforme o NBC P 2 - Normas Profissionais de Perito:
Identificar bem o objetivo;
Delinear competentemente o trabalho;
Executar o trabalho com base em ênfases claras, cabais e completamente acreditáveis;
Apresentar muita prudência na conclusão e só emiti-la depois que fique definitivamente acautelado sobre os resultados; 
Concluir de forma clara, precisa e inequívoca.
Todo detalhe pode ser importante se em mira temos a consciência de que a perícia tem força de prova. 
Existem casos extremamente simples, mas outros extremamente complexos, o que se exige muita cautela.
 A metodologia da Perícia Contábil não se embaraça com o da Auditoria. A forma básica da Perícia Contábil é o analítico e de maior abrangência, dispondo à competência da apreciação, como avaliação que necessitará para terceiros.
A princípio, no século XX, muitos autores de bom nome denominavam a auditoria de “Perícia Administrativa”, porém, em nossa época, não há mais lugar para que se confundam tais conceitos.
Classificação das Perícias
Perícia Administrativa
Como a perícia é análise crucial de uma situação de contas, é o fato dessa averiguação, em caráter administrativo, quando ao responsável pelos interesses de uma organização econômica, aponta-se uma questão em que ele mesmo tem imprecisões e requer, então, os elementos do contador para resolvê-las. 
O julgamento pericial nessas qualidades é exclusivamente pessoal. É o administrador que precisa amparar-se na cautela de um sabedor da matéria, o que fortalece suas ações decisórias. 
Mais comum é a Perícia Administrativa, quando o administrador não confia nos atos de seus subalternos e auxiliares, que sejam: depositários caixas, tesoureiros e outros empregados ligados diretamente à decisões de vulto dentro da empresa. 
A busca do profissional para executar a Perícia Administrativa pode ser motivada por irregularidades supostas ou manifestas por erros ou vícios funcionais. 
Nesta forma de perícia, os casos podem ser propostos pelo interessado e indicando pontos, ou atos de irregularidade, ou suposta irregularidade a ser invocada a sagacidade do perito para descobri-los.
Perícia Extrajudicial
Sendo a função do contador de caráter informativo e consultora, o mesmo desempenha papel importante nas questões suscitadas entre partes em oposição de interesses econômicos.
 Dentro deste enfoque, invoca-se a intervenção de terceiros, para se obter um “juízo parcial” no assunto debatido quando para elucidar técnica e judicialmente a questão em que não se harmonizam. Mas também podem procurar uma solução amigável, que vai desde o parecer de um perito até o juízo arbitral. Qualquer destas tarefas é extrajudicial, por não se processar judicialmente a matéria.
A Perícia Extrajudicial realiza-se especialmente, por combinação entre as partes. Estas acertam que a questão atenta seja resolvida apresentando por base o conhecimento e parecer do Perito, cada um elege o perito de sua confiança. Esse tipo de perícia se orienta, especialmente por Legislação Societária (Lei nº 6404/76 artigos 7º, 8º, 220 a 234).
Perícia Judicial
Quando a dissolução de assuntos é solicitadaaos tribunais, ao órgão julgador compete aceitar a matéria em estima, estando amarrado disso, sua determinação. 
Primeira condição para a ponderação é o cômputo primoroso dos acontecimentos e a informação cabível das causas de que se acarreta o processo. Os magistrados são letrados em Direito, mas não se pode almejar que sejam polivalentes. 
Além disso, há casos em que o assunto a ser ponderado necessita ser elucidado e habilitado por profissionais que fazem jus à plena fé, nos aspectos técnicos, moral e científico.  A perícia é um meio elucidativo de prova, admitidos pela legislação. 
É o parecer de profissional entendido na matéria em julgamento. Como meio de prova é o testemunho humano da existência e veracidade de coisas e fatos, e, como parecer, é a opinião autorizada de quem conhece a espécie questionada.
A Perícia Judicial tem aspecto imponente porque é motivada por um magistrado e sujeita a regras judiciais constituídas por Lei. Assim, o juiz nomeia o perito, que cumprirá o encargo que lhe foi confiado, em um compromisso de bem servir e apresentar o resultado da investidura, que é o laudo elaborado de acordo com os quesitos formulados ou aprovados pela autoridade judicial.
A perícia tem elementos de confirmar e elucidar o julgador e orientá-lo em suas decisões. A culpabilidade que sobrecarrega sobre as decisões do juiz é dividida com a do perito que o habilitou com o convencimento de causas e acontecimentos e com julgamento próprio (profissional e pessoal). 
A parcela de culpabilidade que compete ao perito tem como fiança seus atributos de conhecedor de moralidade e integridade. 
A Perícia Contábil Judicial é a que tem por finalidade apontar prova, elucidando o juiz sobre tópicos em litígio que fazem jus a seu ajuizamento, objetivando acontecimentos concernentes ao Patrimônio Aziendal ou de pessoas. 
Como ela é sempre PROVA, faz-se necessário lastrear em bases consistentes e de plena materialidade.
Perícia: Serve à uma época, a um determinado questionamento, tem fins específicos, tem caráter eventual e sua função primordial é produzir provas.
Auditoria: Tem uma necessidade constante, atingindo um número maior de interessados, utiliza-se de amostragem.
A perícia é a prova esclarecedora das ocorrências, já a auditoria é mais revisão, averiguação. Acerca-se da precisão constante reproduzindo-se de períodos em períodos, com menos rigidez metodológicas, pois se emprega de alguns itens a serem analisados.
Já a Perícia rejeita a amostragem como discernimento e tem caráter de casualidade e só trabalha com o material completo, onde a apreciação é divulgada com austeridades de uma análise completa.
A perícia tem em seu aprofundamento o requinte de conhecimento evidente, tratado na Lei 9.547 de 5 de maio de 1997, que alterou a Lei 6.404/76 no seu artigo 163, parágrafo 8, que aborda o profissional com o status de informação inegável e imprescindível para apurar ocorrências.
No mesmo ordenamento, parágrafo 4, tem-se a figura contemporânea dos Auditores Independentes, para elucidações ou cômputo de fatos característicos, que acredita-se, ser o Relatório ou Parecer de Auditoria contendo a crítica do Conselho Fiscal.
Por isto entende-se que a coerência do conhecimento, experiência e carreira ou instrução persistida, no sentido holístico, adota a coerência do desenvolvimento acadêmico de: contador, depois auditor e em seguida e mais abrangente a especialização, perito, pois só é admissível ser perito o profissional contador que domina os procedimentos de auditorias, de perícias e tem algum domínio do Direito Tributário, Bancário, Comercial, Financeiro, Penal, Administrativo, Constitucional, Previdenciário, Ambiental, Trabalhista e Processual, qualidade almejada para se percorrer no meio jurídico como assistencial do Juízo.
Evidentemente que tal conhecimento também é importante para o Auditor, mas se determina com mais atributo ao Perito, por ser ele junto com o Juiz o provedor do equilíbrio da Justiça.
Veja a Tabela e saiba mais sobre Perícia e Auditoria.
	Perícia
	Auditoria
	Executada somente por pessoa física, profissional de nível universitário.
	Pode ser executada tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica.
	Serve à uma época, questionamento específico, por exemplo, apuração de haveres na dissolução de sociedade.
	Tende à necessidade constante, como exemplo: auditoria de balanço, repetindo anualmente.
	A perícia se prende ao caráter científico de uma prova com o objetivo de esclarecer controvérsias.
	Auditoria se prende à continuidade de uma gestão; parecer sobre fatos contábeis.
	É específica, restrita aos quesitos e pontos controvertidos, especificados pelo condutor judicial.
	Pode ser específica ou não; exemplo: Auditoria de Recursos Humanos, ou em toda empresa.
	Sua análise é irrestrita e abrangente.
	Feita por amostragem.
	As normas técnicas são:
Resolução do CFC nº 1.244/09 (Normas Profissionais do Perito);
Resolução CFC nº 1.243/09 (Perícia Contábil).
	As normas técnicas são:
Resolução CFC nº 700/91 (Normas de Auditoria Independente);
Resolução CFC nº 701/91 (Normas Profissionais do Auditor Independente);
Resolução CFC nº 915/01 (Normas Profissionais e Sigilos);
Resolução CFC 923/02 (Revisão Externa pelos Pares)
	Usuários do serviço: as partes e a justiça.
	Usuários do serviço: sócios, investidores e administradores.
Aula 2 – Plano de Trabalho em Perícia Contábil
Ao final desta aula, você será capaz de:
Identificar o conceito de plano de trabalho em perícia contábil;
Reconhecer o preenchimento do papel de trabalho;
Relacionar o modelo de papel de trabalho pericial com o prazo para execução das tarefas;
Avaliar o pleno conhecimento dos sistemas contábeis adotados e a confiabilidade documental;
Comparar qualidade do perito, qualidade do trabalho do perito e as características gerais e especiais da perícia contábil.
Introdução
A preparação da perícia como também, de qualquer empreendimento, deve seguir roteiros e métodos determinados. A imprecisão que a falta de planejamento imprimirá ao trabalho do perito, comprometendo sobremaneira seu maior patrimônio: a sua autoridade técnica.
Uma vez nomeado, o perito deve examinar os autos e estimar seus honorários.
Essa primeira fase compreende a leitura dos autos identificando a petição inicial, a réplica do réu/reclamando, conferindo especial atenção à decisão do juízo e aos quesitos que deverão ser respondidos.
Conceito de plano de trabalho em perícia contábil
Sabido o trabalho que deve realizar e o conceito que deve dar, em cada questão ou quesito estabelecido, o perito deve delinear, previamente, a forma de efetuar os trabalhos e os pontos que deve tanger inclusive os correspondentes.
Segundo, LOPES SÁ (2005) “Plano de trabalho em perícia contábil é a precisão racionalmente organizada, para a execução das tarefas, no sentido de garantir a qualidade do serviço, pela redução dos riscos sobre a opinião ou resposta”.
Elementos essenciais para a criação de um bom plano de trabalho em Perícia Contábil:
Total conhecimento da questão: o Perito deve reconhecer tudo sobre o que originou a ação, o contexto de cada um, os documentos apresentados, etc.;
Plena ciência dos fatos: os fatos são episódios que não se atrapalham com os motivos que originaram uma perícia, mas faz necessário avaliá-los para esquematizar;
Classificação precedente dos recursos disponíveis para julgamento: os levantamentos devem estar concentrados dentro do escopo da perícia, mas não é excessivo buscar saber tudo o que permanece porque, diversas vezes, é provável, através de um domínio, obter outro por resultado. Versado o que se deseja, é indispensável saber os recursos disponíveis para o cumprimento do trabalho;
Prazo ou tempo para a execução das tarefas e entrega do laudo ou parecer: no caso da perícia judicial os prazos são fundamentais e estabelecidos pela Lei nº 8.455;
Acessibilidade aos dados: para esboçar o trabalho pericial é imprescindível distinguir a facilidade ou dificuldade que se pode terpara tingir até as informações que são partes de apreciação, assim como a qualidade para a leitura e o manuseio dos elementos;
Total ciência dos princípios contábeis seguidos e credibilidade documental: um plano pericial necessita saber como abranger os dados e como poder comprová-los para saber quais recursos tecnológicos serão utilizados;
Conteúdo dos planos periciais: os planos periciais têm substância aceitável para que o julgamento seja prestado pelo perito, atendendo aos que solicitaram a averiguação e a apreciação. O importante é que os planos acompanham os itens que complementam a finalidade da investigação.
Qualidade do Perito
O profissional que executa a Perícia Contábil precisa ter um conjunto de competências, que são suas qualidades. Entre elas:
Legal: a competência legal é a que lhe confere o título de bacharel em ciências Contábeis e o registro no Conselho Regional de Contabilidade.
A competência Profissional é caracterizada por:
Conhecimento teórico de contabilidade;
Conhecimento prático de tecnologias contábeis;
Experiência em perícia;
Perspicácia;
Perseverança;
Sagacidade;
Conhecimento geral de ciências afins à contabilidade;
Índole criativa e intuitiva.
Ética: a competência ética é a que estabelece o Código de Ética Profissional do Contador e a Norma do Conselho Federal de Contabilidade.
A competência Moral é a que se apoia na virtude das atitudes pessoais do profissional.
Entre as capacidades éticas, devem-se destacar, basicamente, a conduta do perito com seus colegas e o caráter de independência e veracidade que deve manter em seu parecer; havendo compromisso com a verdade e a virtude, a independência, é fator discutível.
O perito precisa ser um profissional habilitado, legal, cultural e intelectualmente, e exercer virtudes morais e éticas com total compromisso com a verdade.
O exercício da Perícia Contábil depende de formação superior, de sólidos princípios e conhecimento prático razoável.
Postura do Perito
O perito é a longa manus (executor de ordens) do juízo alcançando detalhamento técnico-especializado que este não dispõe. Por mais corretos e elaborados que sejam os trabalhos periciais, no entanto, não determinam decisões judiciais. 
A experiência do juiz permite-lhe contradizer o laudo em uma execução sentencial, sem, contudo, necessariamente, desmerecer o trabalho do perito. A autoridade técnica do perito deve justificar sua nomeação pelo juízo. 
Para tanto, deve se atualizar e dominar as seguintes matérias:
Constituição Federal — CF88;
Código Civil;
Código Comercial;
Lei de Falências;
Código de Processo Civil – CPC;
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
Legislações Complementares;
Súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF);
Súmulas do Tribunal Federal de Recursos (TFR);
Enunciados do Tribunal Superior do Trabalho (TST);
Contabilidade Geral;
Língua Portuguesa;
Álgebra e Matemática Financeira.
Além dessas habilidades, deve o perito meditar sobre Teoria Contábil, contribuindo para a busca permanente da causa das coisas. A aplicação dos princípios éticos deve permear todo estudo, diligência e redação dos laudos.
Em termos práticos, a delimitação dos exames à matéria pré-fixada permitirá objetividade e respeitabilidade ao trabalho do perito. Julgando, entretanto, o perito ser necessário extrapolar os limites planejados, ele poderá examinar outras matérias relacionadas ao objeto de estudo.
Nenhuma influência, pressão, oferta de facilidades, indução ou dependência poderá afetar o julgamento do perito que deverá conduzir a conclusão do laudo com total isenção: só a apuração da verdade factual lhe interessa. Qualquer interferência constrangedora deve ser denunciada.
Não deve o perito subordinar sua apreciação a fatos, pessoas, situações ou efeitos, sob pena de invalidar a lisura de seu trabalho pelo cerceamento da necessária independência.
Resumindo, a postura do perito deverá se caracterizar por:
Limitação da matéria a ser examinada;
Pronunciamento restrito às questões;
Meticuloso e eficiente exame de campo pré-fixado;
Escrupulosa referência ao objeto examinado;
Imparcialidade de pronunciamento.
O perito deve exibir uma correção funcional, evidenciando conhecimento adequado e aplicado de maneira objetiva na resposta aos quesitos. Especial trato devem ser aplicados nas redações de comentários, sempre pertinentes, importantes e isentos. A correção pode ser comprometida pela inobservância de revisões e a observação pelo magistrado de deslizes deixados no laudo.
A concisão é a grande qualidade do trabalho que jamais será medido pelo volume: um laudo prolixo só depõe contra seu autor.
Acertos cartorários pleiteando nomeações é grave falta contra a honestidade de propósitos do perito.
A nomeação deverá decorrer de contato pessoal, formal, adrede marcado nas dependências e durante o expediente do Fórum, mediante apresentação de currículo e referências profissionais. Nomeação e manutenção de perito requer procedimento diligente, digno e confiável.
Muitos juízes mantêm registros pessoais sobre a qualidade dos trabalhos individuais de peritos, sobretudo no que concerne aos prazos observados, objetivando orientar suas nomeações. Tais registros são comungados pela comunidade de magistrados, pois uma má nomeação atinge, também, a pessoa e a carreira do juiz.
Nada deve ser antecipado às partes: o laudo é endereçado ao juiz que nomeou o perito. O dever do perito se resume em:
Realizar as diligências obrigatórias (art. 429 do CPC);
Elaborar o laudo e apresentá-lo em juízo (art. 433);
Se necessário, prestar esclarecimento em audiência (art. 435).
Além do fato concreto – o laudo pericial – o perito é sujeito à vigilância do juízo quanto sua conduta. Como a mulher de César não basta ser honesto, o perito deve parecer honesto. Sóbrio, sem afetações, sem demonstrações de excessiva liberdade com o juiz, o perito trata bem a todos.
O contato com as partes se reduz à ocasião das diligências, com os assistentes ao longo das pesquisas e com os funcionários cartoriais no âmbito do Fórum.
Neste último caso, atente-se para evitar intimidades e presentes que possam indicar a cooptação de nomeações atitude desmoralizante para o perito e prejudicial ao funcionário da justiça.
A boa fama do perito deve depender da qualidade de seu trabalho, sempre tempestivo e fundamentado por sólidos argumentos e notório saber profissional.
O perito deve respeitar o sigilo do que for apurado durante a execução do seu laudo, abstendo-se de divulgar conclusões extemporâneas. Trata-se de virtude gravada no Código de Ética do Contabilista (art. 2º, inciso II) e protegida pelo Código Civil (art. 144): “Ninguém pode ser obrigado a depor de fatos,a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo”. É prudente, portanto, que comentários e esclarecimentos ocorram somente em juízo.
A notória especialização que deve adjetivar o perito é fruto de sua formação, especialização, prática profissional e constante aperfeiçoamento. Sua boa fama não é um ativo imobilizado. A desatualização deteriora diariamente seu patrimônio. Deve o perito balancear o emprego de seu tempo no binômio trabalho-estudo.
O excessivo, senão exclusivo, trato ao estudo o tornará um doctor librus, pedante, teórico, academicista e incapaz de converter em ação o seu conhecimento: um pesado fardo, senão convertido em trabalho útil.
Reservado sistematicamente, o tempo empregado em estudos sob forma de cursos, participações em seminários, redação de artigos, e principalmente, no magistério, multiplicará os talentos administrados pelo perito.
A transmissão do conhecimento mediante incentivo à arte de pensar – devolve ao professor, com juros e dividendos, seu desmedido investimento, pois quem ensina aprende duas vezes.
Quando o perito declarar que já sabe tudo sua consciência ou a autoridade do magistrado deverá encerrar sua carreira profissional.
Aula 3 – Laudos Periciais
Ao final desta aula, você será capaz de:
Identificar o conceito e a estrutura de laudo pericial e requisitos de um laudocontábil;
Reconhecer os tipos de laudos e anexos dos laudos;
Avaliar o laudo coletivo, o laudo insuficiente e a entrega de ambos.
Introdução
Laudo Pericial é a peça escrita, na qual os peritos contábeis expõem, de forma circunstanciada, as observações e os estudos que fizeram e registram as conclusões fundamentadas da Perícia.
Laudo, assim, é sempre peça escrita – é o documento produzido, o relatório, enfim, pericial – e deve expor claramente as circunstâncias de sua elaboração, expondo ao usuário as observações e os estudos efetuados a respeito da matéria, e, principalmente, os fundamentos e as conclusões a que chegou.
Vê-se, assim, que os laudos devem conter determinados aspectos e têm características próprias razoavelmente delimitadas.
O laudo é a opinião do perito, onde é produzido seu ponto de vista e a justificativa, oferecendo, também, as bases ou os elementos de que se utilizou para poder opinar.
Os laudos podem ser isolados, de um só perito, ou de uma junta ou colegiado de peritos. Há casos em que é exigível a participação de mais de um perito.
Conforme o caso, os laudos também se fazem acompanhar de anexos que são demonstrativos ou provas sobre conclusões; com isto, destaca-se a análise da síntese que é feita em cada quesito.
O Laudo Pericial Contábil é peça técnica do trabalho do perito nomeado. Pode ser elaborado em cumprimento à determinação judicial, arbitral, ou ainda por força de contratação. 
No primeiro caso, surge o Laudo Pericial Contábil Judicial. Nos demais, surge o Laudo Pericial Contábil Extrajudicial, um por solicitação de Tribunal Arbitral, outro em decorrência de contrato.
O Laudo Pericial Contábil consiste na fiel exposição das operações e ocorrências da diligência, com o parecer fundamentado sobre a matéria que lhes foi submetida.
Como trabalho técnico juntado aos autos do processo, o Laudo Pericial Contábil é a própria prova pericial sobre a qual as partes irão oferecer seus comentários, aceitando-o, criticando-o.
Por outro lado, enquanto prova técnica, servirá, apesar de não exclusivamente, para suprir as insuficiências do magistrado ou dos membros do tribunal arbitral no que se refere a conhecimentos técnicos ou científicos, propiciando certeza jurídica.
Em um processo judicial, um advogado precisa argumentar sobre o valor de quotas da sociedade da qual seu cliente saiu; o sócio egresso entende que foi prejudicado e, inconformado, entrou na justiça para discutir. O advogado sabe que por lei o sócio tem direito a receber o valor de suas quotas na forma que o contrato estabelecia, mas não tem conhecimentos contábeis suficientes para atestar isto; o juiz, por sua vez, sendo também advogado, não dispõe de conhecimento especializado para julgar. Requere-se, então, a opinião de um perito contador.
No processo, como é usual, formulam-se os quesitos ou as perguntas (tanto o autor como o réu podem formular, através de seus advogados, tais quesitos). O perito do juiz examina a questão e dá sua opinião através de seu Laudo.
Aspectos Legais e Contábeis
Estrutura de Laudo Pericial
Não tem um protótipo de laudo, mas sim protocolos que compõem a estrutura dos laudos.
Os laudos, em suas estruturas, necessitam terminar identificações dos destinatários, do perito, dos pontos que foram abordados e possuir respostas relacionadas, devidamente argumentadas, anexando-se o que possa reforçar os itens das respostas ou opiniões dadas.
Estrutura de Laudo Pericial
Elementos que compõem um laudo:
Prólogo ou Encaminhamento: é a identidade e o pedido de anexação aos autos.
Quesitos: São os questionamentos técnicos que as partes desejam ver respondidos pelo profissional perito, que, além de ajudar o trabalho deste, ainda deixam bem clara a objetividade pretendida. Uma boa elaboração de quesitos é parte crucial na boa preparação da prova pericial e eles serão mais ricos quando feitos em conjunto por advogados e profissionais especialistas.
Respostas: Devem ser com nitidez, porque o perito deve crer que o laudo é elaborado para terceiros que são conhecedores e que não possuem obrigação de empreender a nomenclatura tecnológica e científica da Contabilidade. Um laudo determina retorno que consuma os argumentos dos quesitos e que não precisem mais elucidações. A clareza estabelece, pois, o que não recomenda mais perguntas, mas também o que tudo consegue dentro do contexto.
Assinatura do Perito: Necessariamente, deve conter nos laudos.
Anexos: Elucidam as respostas para impedir que se tornem enfadonhos ou então, reforçam o julgamento.
Pareceres: Se houver, de outros especialistas ou de extraordinários podem ser solicitados para decorrência de apoio do conceito do perito ou até para suplementá-lo e, nesse caso, junto ao laudo.
Requisitos de um Laudo Contábil
Objetividade: É um princípio que se apoia nas ciências, isto é, a eliminação da ponderação em bases pessoais ou particulares. Em seu laudo, o perito deve sair do assunto de que se trata, mas de forma concisa, fixar-se ao tema reverenciando sua conduta de ciência.
Rigor Tecnológico: Faz-se necessário para obter uma conclusão.
Concisão: Perfeição no que se assegura; veracidade.
Argumentação: Tem como finalidade levar um perito a aceitar determinada questão.
Exatidão: Rigorosidade no exame a ser feito. É preciso que esteja ao alcance de quem vai se utilizar do levantamento efetuado.
Clareza: Transparência e objetividade nas informações colhidas.
Tipos de Laudo
Os laudos modificam conforme seus desígnios, para a necessidade prestada em certa ocasião no dia a dia das empresas e instituições de forma geral. Os Laudos Extrajudiciais são em sua grande maioria auxiliares do administrador para que ele tenha plena consciência sobre o que vai decidir. Já nas Perícias Judiciais, os laudos são os mais diversos possíveis, pois dependem da natureza das ações judiciais para as quais foram requeridas.
As Perícias Judiciais visam oferecer provas. Pode o juiz entender que são justificáveis e, como variadas são as naturezas dos litígios, muitos são os tipos de trabalhos do perito. 
Considerando sempre que a tecnologia a ser empregada é de natureza contábil, existem casos em que só a Perícia Contábil é que vai oferecer meios para se decidir, quer por sentença do juízo ou de administrador que a requereu.
Aspectos Legais e Contábeis
No campo administrativo, podem ter laudos para atenderem aos propósitos seguintes:
Desfalques (fraudes);
Corrupção;
Desempeno ou Gestão;
Aumentos Salariais;
Decisões Administrativas Diversas.
Tipos de Laudos
Tentam, pois, perícias nos casos da vida administrativa onde se faz imperativo “investigar”, por “exame contábil específico”, uma questão sobre o qual a administração necessita cientificar-se para conhecer a maneira que vai agir.
Na situação de desfalques são comuns.
A prática da fraude resultaria de diversas razões e teriam configurações próprias de investigá-las.
Os exercícios de corrupção, em que se submergem corruptos e corruptores, têm-se generalizado nas grandes instituições e no Poder Público, em particular, em todo o mundo.
A apuração desse “achaque” social está sujeito de técnica pericial.
As Perícias Administrativas, no campo do exame da gestão, dispõem notadamente ressaltar se certo gestor é esbanjador, se não se sobrepõem em seu trabalho, empregando mal o patrimônio da empresa etc.
As perícias para aumentos salariais buscam explorar sobre os limites toleráveis dos aumentos; aquelas para deliberações são praticadas para que um administrador tenha global consciência sobre o que vai determinar; e as Judiciais são várias e estão sujeitas à “natureza” das ações judiciais para as quais foram solicitadas.
Tipos de Laudos
Por isso, como são diversas, pode-se pelo menos explanar que se referem a trabalhos em processos judiciais de ações de:
Apuração de haveres;
Busca e Apreensão;
Consignação em Pagamento;
Cominatórias (ameaças);
Recuperação judicial;
Desapropriação;
Dissolução de Sociedade;
Exclusão de Sócio;
Extrato de Conta;
Embargos;
Exibição de livros;
Falências;Inventário;
Liquidação da firma;
Prestação de contas;
Reclamações trabalhistas;
Reintegração de Posse e etc.
Os tipos de perícia modificam, portanto, de acordo com o objetivo a que se sobrepõem.  A tecnologia a ser utilizada será sempre a contábil, porém o tipo da perícia pode determinar métodos característicos.
Existem situações, inclusive, em que só a perícia é que vai dar meios para se determinar, quer por sentença do juiz, quer do administrador (dependendo do caso, ou seja, se é Judicial ou se é Administrativa).
Anexos dos Laudos
Os anexos de um laudo pericial são, em comum, “elucidações” ou “exames” dos objetos delineados nas respostas dos quesitos.
Visam tentar que equivalham à mais “precisas” (sintetizadas, perfeitas) as respostas, deixando os pormenores para os anexos, ou oferecer constatações do objeto que se depara delineado.
Os anexos devem ser numerados, e a referência a eles, no texto dos quesitos, será sempre por seu número.
Laudos Coletivos
Trata-se de um trabalho realizado por um grupo de peritos, isto é, por vários profissionais podendo ocorrer aceitação ou desacordo entre eles.
Nas situações de desacordos, o perito que não aceitar fará um laudo à parte no qual exprime seu ponto de vista. No laudo, o perito dispõe as razões de suas discordâncias e a resposta que abrange como certa. Pode, entretanto, unicamente, apresentar sua resposta sem fornecer motivos de seu desacordo.
Nos laudos que apresentam desacordos, o perito necessita prender-se ao componente “material”, a seus pontos de vista como “ideias”, nunca, por conseguinte, oferecendo maneira “pessoal” que faculte de forma direta ou indireta alcançar seu companheiro.
Expressões como “pessoas menos informadas”, “pessoas menos avisadas”, “sendo isto questão de competência”, “só os incompetentes”, “somente os desatualizados”, “aqueles que estão superados” etc. não devem ser utilizadas.
Precisa ter uma elevada deferência no tratamento entre os peritos e a linguagem necessita ser a mais culta.
Podem-se usar declarações como “discorda”, “deixa de aceitar” e paralelos que são práticas, sem, contudo, indicarem insulto pessoal.
Laudos em desacordos são normais, pois podem acontecer divergências de pontos de vista em situações conturbadas e mesmo em formato de notar os acontecimentos. Até quando há divergência de experiência e cultura, a deferência é condição primordial.
Laudo Insuficiente
Laudo insuficiente é aquele que não explica tudo o que dele se deseja como forma de compreensão sobre uma questão ou várias que tenham sido estabelecidas. Pode acontecer que um Laudo não agrade, e ainda, ser questionável e omisso.
Um laudo pode contentar a uma parte e não contentar a outra; a uma pode interessar a eliminação e à outra isto pode embaraçar. Quando ocorre a “insuficiência” é desejável outra perícia. As investigações podem ser inacabadas. Um fato pode passar despercebido.
Tudo isto pode levar a uma segunda perícia sobre os mesmos argumentos. Outro perito pode chegar a conclusões mais amplas e satisfatórias. É inconfundível que as competências não são iguais entre todos os profissionais. O laudo insuficiente, portanto, pode existir.
Um laudo será insuficiente quando seus julgamentos não forem elucidativos o bastante para quem o solicitou ou dele vai precisar como prova.
 Sendo o laudo um componente de valia para os fins de determinação, podendo acontecer que uma das partes interessadas o avalie prejudicial aos seus direitos, porque excluiu ou distorceu julgamentos.
As exposições de insuficiências dos laudos, entretanto, não podem ser consideradas com abusos de severidade. Só se deve ponderar um laudo insuficiente quando os dados exclusos ou que permanecerem exibidos de maneira inacabada forem capazes de modificar a deliberação do juiz.
Erros mínimos de cálculos, omissões de pormenores e documentos irrelevantes, ausência de avaliações de peculiaridades não crucial em face do ajuizamento são deficiências, mas não insuficiências adequadas para que um laudo seja, de fato, estimado incorreto por insuficiência de informações.
Contudo, não resiste à avaliação de laudo insuficiente aquele que tem como retorno a escapatória ou uma afirmação de inaptidão de apuramento quando na verdade a apuração era aceitável.
Entrega dos Laudos
Os laudos têm “prazos”, isto é, tempo adequado em que carecem ser produzidos; por conseguinte, para que exista prova de que o tempo se cumpre é necessário “formalizar” a entrega. O perito deve amparar-se com a “Prova da Entrega”.
Os laudos carecem ser entregues em tempos certos e imperativo se faz confirmar a entrega, conseguindo-se recibo ou meio de prova da execução dos mencionados prazos.
A obrigatoriedade de entrega deve respeitar a natureza e os protocolos de cada caso; nas Perícias Administrativas, uma carta ou um ofício; nas Judiciais a petição ao juiz para a anexação aos autos. 
O laudo é compromisso em tempo apontado e por isso sua entrega deve ser sempre confirmada.
Aula 3 – Objetivos e Espécie de Perícia Contábil
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar os objetivos da Perícia Contábil;
2- Reconhecer as situações reais e os objetivos periciais;
3- Entender as espécies de perícia;
4- Relacionar Perícia Judicial, Perícia Extrajudicial, Perícia Semijudicial e Perícia Arbitral.
Tratamento dos itens não realizados
“Perícia é a ciência oriunda do conhecimento; desenvoltura, capacidade; condição de prova sólida no parecer técnico de pessoa capaz de estabelecê-la.”
“A Perícia Contábil compõe o conjunto de formas técnicas e científicas, destinado a levar à instância decisória informações de prova necessárias a auxiliar a justa deliberação do litígio, mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, de acordo com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for inerente.”
- Item 2 da NBC TP 01 – Normas Brasileiras de Contabilidade.
Portanto, a Perícia Contábil tem sua extensão pautada à causa que a deu origem. Assim, uma perícia que engloba questões tributárias levará em consideração, não somente a Contabilidade em si, mas também, a legislação fiscal que rege a matéria relacionada aos exames.
A Perícia Contábil é uma ramificação da Contabilidade, utiliza-se das mesmas técnicas aplicadas por essa ciência de forma universal. É uma modalidade elevada da profissão contábil, que municia elementos sobre o patrimônio das entidades físicas e jurídicas.
Características gerais da Perícia Contábil
A perícia se reveste de alguns aspectos gerais que a caracterizam:
Surge de um conflito latente e manifesto que se quer esclarecer.
Constata, prova ou demonstra a verdade de alguma situação, coisa ou fato.
Fundamenta-se em requisitos técnicos, científicos, legais, psicológicos, sociais e profissionais.
Deve materializar, segundo forma especial, à instância decisória, a transmissão de opinião técnica ou científica sobre a verdade relativa ao fato, de modo que a verdade jurídica corresponda àquela.
Características Especiais da Perícia Contábil
Alguns outros aspectos mais específicos também caracterizam a atuação da perícia, sendo prudente destacar, de início:
A delimitação da matéria sobre a qual recai – já que são somente aquelas matérias cuja apreciação dependa de conhecimento especial do técnico.
A iniciativa técnica, ou seja, a absoluta independência técnica nos processos, métodos e análises que leva a efeito.
A limitação de pronunciamento, ou seja, a consonância da matéria examinada e da finalidade do exame com a forma própria e normalizada da espécie de laudo que registrará a conclusão.
O integral conhecimento técnico ou científico da matéria, complementado, necessariamente, com conhecimentos conexos à sua especialização e das disposições legais e normativas aplicáveis ao caso concreto e à própria perícia.
Objetivos
	A perícia tem como objetivo fundamentar os dados exigidos, apontando a verdade dos episódios de forma indiferente e digna de fé, tornando-se meios de prova para o juiz de direito deliberar as questões indicadas.São objetivos específicos da Perícia Contábil:
Objetividade: distingue-se pela atuação do perito em não se evadir do objeto que gerou o assunto.
Precisão: recai em apresentar respostas relacionadas e apropriadas aos assuntos estabelecidos ou finalidades indicadas
Clareza: está em utilizar em seu julgamento de uma linguagem compreensível a quem vai prevalecer-se de seu trabalho, embora possa guardar a terminologia tecnológica e científica em seus feitos.
Fidelidade: diferencia-se por não se permitir influenciar por outros, nem por malfeito que não contenham materialidade e integração adequadas.
Concisão: compreende impedir o enfadonho e emitir um conceito que possa, de forma simples, promover as decisões.
Confiabilidade: incide em estar a perícia amparada em subsídios evidentes e correta, legal e tecnologicamente.
Plena satisfação da finalidade: é, precisamente, a consequência do trabalho, estar lógico com as razões que o motivaram.
Situações reais e objetivos periciais
Para elucidar e esclarecer a concepção prática de tais itens, pode-se fazê-las agir reciprocamente (objetivos e objetos) com a área profissional decorrente da lei que governa a profissão contábil, embora não se almeja, com tais modelos, ater restritamente às conjunturas, pois elas não se cansam ou nem sempre se explicam na forma adotada como exemplificativa.
A exceção é necessária para que não se venha a restringir ou direcionar abusivamente o corpo discente à essa maneira de refletir, evitando, deste modo, o raciocínio e a capacidade criadora precisos ao incremento conceitual ou aplicativo da Perícia Contábil.
Objetivo: verificação, prova ou esclarecimento da veracidade contábil sobre seu objetivo e consequente mudança desta verdade para o empenho decisivo.
Objeto: circunstâncias, episódios ou eventos originários das relações, decorrência e existências que fluem do patrimônio de quaisquer entidades.
	Objetivo
	Objeto
	Informação fidedigna
	Relação das vendas efetivas de produtos sujeitos contratualmente a pagamento de royalties.
	Certificação, exame e análise do estado circunstancial do objeto.
	Verificação da contabilização nos livros do credor e do devedor das operações que deram origem à duplicata questionada em juízo.
	O esclarecimento e a eliminação das dúvidas suscitadas sobre o objeto.
	Origem, forma de integralização e quantidade das ações negociadas em Bolsa de Valores que proporcionaram a transferência de controle acionário questionada.
	Fundamento científico da decisão
	Parecer sobre atividades empresariais do ponto de vista doutrinário da Ciência Contábil para fins de distinção entre aquelas sujeitas ao Imposto sobre Operações Financeiras e aquelas sujeitas ao Imposto sobre Serviços.
	Formulação de uma opinião ou juízo técnico.
	Parecer conclusivo sobre a correção ou não da prestação de contas da diretoria ou administrador da entidade.
	Mensuração, análise, avaliação ou arbitramento sobre o quantum monetário do objeto
	Apuração do valor correto dos haveres do autor constantes ou que deveriam constar do acervo patrimonial da entidade examinada.
	Trazer à luz o que está oculto por inexatidão, erro, inverdade, má fé, astúcia ou fraude.
	Investigação contábil da existência ou inexistência de atos lesivos ou que visem a fraudar o interesse de credores de uma empresa concordatária ou falida.
Nota-se que os objetos específicos levam facilmente aos objetivos específicos, já que a ferramenta parcial exclusivamente é requerida a operar com uma intenção antecipadamente motivada. Por conseguinte, para cada objetivo, diversas são as circunstâncias que podem ser objeto do desempenho pericial, de sorte que os objetos mencionados devem ser tidos pelo que são.
Espécies de Perícia
Esta ferramenta tem espécies qualificadas, coligadas e definíveis conforme os ambientes em que é solicitada a operar. São estes mesmos ambientes que descreverão suas peculiaridades essenciais e as determinantes tecnológicas para a exata consideração do objeto e dos objetivos para os quais se deve girar. É normal os menos conhecedores confundirem as naturezas de perícia por sua aparição no fato real. Os ambientes de desempenho que lhe determinarão as peculiaridades podem ser do ponto de vista mais amplo:
O ambiente judicial;
O ambiente semijudicial;
O ambiente extrajudicial;
Ambiente arbitral
Perícia Judicial
Quando a dissolução de questões é solicitada aos tribunais, ao órgão julgador compete apreciar a matéria em consideração, dependendo disso, sua conclusão.
Primeira fase para a ponderação é o cômputo perfeito dos episódios e o conhecimento conciso dos fatos de que se acarretam o processo. Os magistrados são eruditos em Direito, mas não se pode ambicionar que sejam polivalentes.
Além disso, há casos em que o objeto a ser apreciado necessita ser elucidado e habilitado por profissionais que fazem jus à inteira fé, nos aspectos técnicos, moral e científico.
É o parecer de profissional percebido na matéria em julgamento. Como meio de prova é o depoimento humano da essência e verdade de coisas e fatos, e, como parecer, é o conceito liberado de quem tem conhecimento da natureza examinada.
A Perícia Judicial adota forma imponente porque é motivada por um magistrado e sujeita a rituais judiciais constituídos por lei. Assim, o juiz nomeia o perito que desempenhará a responsabilidade que lhe foi confiada, em uma obrigação de bem convir e dar a consequência de investigação, que é o laudo formado de acordo com os quesitos estabelecidos ou acatados pela autoridade judicial.
A perícia tem meios de cientificar e explicar o juiz e orientá-lo em suas decisões. O encargo é de responsabilidade do juiz e dividida com a do perito que o doutrinou com a afirmação de causas e fatos e com julgamento próprio (profissional e pessoal). O elemento de culpabilidade que cabe ao perito tem como segurança suas características de especialista, de moralidade e honestidade.
Perícia semijudicial
É aquela desempenhada dentro da grandeza institucional do Estado, entretanto exceto no Poder Judiciário, tendo como intenção fundamental ser elemento de prova nos ordenamentos institucionais usuários. Esta qualidade de perícia subdivide-se, segundo a magnificiência estatal influente:
Policial (nos inquéritos)
Parlamentar (nas comissões parlamentares de inquérito ou especiais)
Administrativo-tributária (na esfera da administração pública tributária ou conselhos de contribuinte)
Dispõe-se em semijudiciais, porque as autoridades policiais, parlamentares ou administrativas têm certo poder jurisdicional, ainda que concernente e não com o procedimento e o alcance do poder jurisdicional classicamente condizente como pertencente ao Poder Judiciário, e, ainda, por permanecerem subordinadas a normas processuais e regimentais que se tornam parecidas às judiciais.
Perícia Extrajudicial
Sendo a função do contador de modo informativa e examinadora, ele cumpre função extraordinária nas questões provocadas entre as partes em aversão de interesses econômicos.
Dentro deste aspecto, invoca-se a interferência de outros, para se conseguir um “juízo parcial” na matéria discutida quando para esclarecer procedimento e de acordo com a justiça o assunto em que não se conciliam, mas também podem buscar um recurso amigável, que vai desde o parecer de um perito até o juízo arbitral. Qualquer um destes serviços é extrajudicial, por não se lavrar o objeto de acordo com a justiça.
A Perícia Extrajudicial opera-se, sobretudo, por combinação entre as partes. Estas concordam que o litígio pendente seja resolvido tendo por apoio o conhecimento e parecer do perito, ou, quando maior a indefinição, cada um opta por perito de sua confiança. Esse tipo de perícia se pauta, principalmente por Legislação Societária (Lei nº 6404/76 artigos 7º, 8º, 220 a 234).
Perícia Arbitral
É aquela realizada no juízo arbitral, instância decisória criada pela vontade das partes, não sendo condizente em nenhuma das anteriores por suas características especialíssimas de atuar parcialmente,como se fosse judicial e extrajudicial.
Subdivide-se em probante e decisória, segundo se destine a funcionar como meio de prova do juízo arbitral, como auxiliadora da convicção do árbitro, ou é ela própria a arbitragem, ou seja, seu agente ativo funciona como o próprio árbitro da controvérsia.

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