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Dezembro	2017	•	N.	214
www.conar.org.br
BOLETIM DO
CONAR
CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA
ÉTICA NA PRÁTICA
CoNseLho	De	ÉTICA
AproVA	NoVA	sÚmuLA
De	JurIspruDÊNCIA
Durante a reunião plenária realizada no 
começo de outubro, na sede do Conar, 
em São Paulo, o Conselho de Ética 
aprovou a Súmula de Jurisprudência nº 9, 
que versa sobre publicidade de bebidas 
alcoólicas e permite, a exemplo das 
demais súmulas, agilizar a tramitação de 
processos éticos.
A direção do Conar atendeu à moção da 
3ª Câmara, sediada no Rio de Janeiro, e 
levou em conta que, ainda que o 
regramento específico do segmento seja 
conhecido e largamente cumprido pelos 
anunciantes mais tradicionais, há 
também múltiplos outros protagonistas 
que agem na publicidade de suas marcas 
e produtos – caso, por exemplo, de 
atacadistas, varejistas, importadoras, 
distribuidoras, bares, e-commerce, etc. – 
menos assessorados para o cumprimento 
das normas éticas sob a guarda do Conar.
Veja	a	íntegra	da	nova	súmula:	
Súmula de Jurisprudência nº 9, de 5 de outubro de 2017
Fundamento: arts. 1º, 3º, 50, letra “c” do Código Brasileiro de Autorregulamentação 
Publicitária e seus Anexos A itens 1, 5, 7 e 8; Anexo P, itens 1, 4, 6 e 7 e Anexo T, itens 
1, 4, 6 e 7.
“ANÚNCIos	 De	 bebIDAs	 ALCoÓLICAs	 –	 DI	-
VuLgADos	 em	 QuALQuer	 VeÍCuLo	 De	 Co	-
muNICAção	 ou	 pLATAFormA	 –	 Não	 DeVem	
CoNTer	 ApeLo	 ImperATIVo	 De	 CoNsumo	 e	
Não	poDem	DeIXAr	De	eXpor	osTeNsIVAmeNTe	
umA	 CLáusuLA	 De	 ADVerTÊNCIA	 pArA	 res	-
poNsAbILIDADe	 soCIAL	 No	 CoNsumo	 Do	
proDuTo,	 suJeITANDo-se	 os	 ANÚNCIos	 IN	-
FrATores	 Ao	 DeFerImeNTo	 De	 meDIDA	 LI	-
mINAr	De	susTAção”
	 2	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 3
boLeTIm	Do	CoNAr
CoNseLho	NACIoNAL	De	AuTorreguLAmeNTAção	pubLICITárIA
membro	correspondente	da	eAsA	–	european	Advertising	standards	Alliance
membro	fundador	da	Conared	–	Autorregulación	publicitaria	Latinoamericana	
DIreTorIA
Presidente 
gilberto	C.	Leifert	
1º Vice-Presidente 
Newman	Debs	
2º Vice-Presidente
Luiz	Lara	
3º Vice-Presidente 
Antônio	Carlos	de	moura	
Diretor de Assuntos Legais 
João	Luiz	Faria	Netto	
Diretores 
Fernando	portela		
Dorian	Taterka	
Vice-Presidente Executivo 
edney	g.	Narchi
CoNseLho	De	ÉTICA
biênio	2016/2018
Presidente
Cons.º	gilberto	C.	Leifert
Secretário
Luiz	Lara
Presidentes das Câmaras:
1ª Câmara	–	Cons.º	Cyd	Alvarez	
2ª Câmara –	Cons.º	sergio	pompilio
3ª Câmara –	Cons.º	Armando	strozenberg
4ª Câmara –	Cons.º	Daniel	pimentel	slaviero	
5ª Câmara –	Cons.º	marcelo	Antônio	rech
6ª Câmara –	Cons.º	Nelcina	Tropardi
7ª Câmara –	Cons.º	Luiz	roberto	Valente	Filho
8ª Câmara –	Cons.º	Cléo	Nicéas
boLeTIm	Do	CoNAr
uma	publicação	trimestral	do
Conselho	Nacional	de	Autorregulamentação
publicitária	dirigida	aos	seus	associados.
endereço:	Av.	paulista,	2073
edifício	horsa	II,	18º	andar
Cep	01311-940	–	são	paulo,	sp
Telefax:	(0XX11)	3284-8880
www.conar.org.br
e-mail:	boletim@conar.org.br
este	boletim	é	produzido	pela
porto	palavra	editores	Associados.
redação:	eduardo	Correa
projeto	gráfico:	sérgio	brito
editoração:	Conexão	brasil
©	Conar
A	reprodução	total	ou	parcial	dos	textos	aqui	
publicados	é	permitida	desde	que	citada	a	fonte.
Impedir	que	a	publicidade	enganosa	ou		
abusiva	cause	constrangimento	ou	
prejuízo	a	consumidores	e	empresas.
■	Fundado	em	1980	e	com	o	por	publi	ci	tá	rios	
e	cida	dãos	de		outras	pro	fis	sões,	o	Conar	é	uma	
orga	ni	za	ção	não	gover	na	men	tal	que	aten	de	a	
denún	cias	de	con	su	mi	do	res,	auto	ri	da	des,	asso-
cia	dos	ou	for	mu	la	das	pela	pró	pria	dire	to	ria.	As	
denún	cias	são	jul	ga	das	pelo	Conselho	de	Ética,	
garan	tin	do-se	amplo	direi	to	à	defe	sa	e	ao	contra-
ditório	às	partes.	se	a	denún	cia	tiver	pro	ce	dên	cia,	
o	Conar	reco	men	da	alte	rar	ou	sus	tar	a	vei	cu	la	ção	
do	anún	cio.	o	Conar	não	exer	ce	cen	su	ra	pré	via	
sobre	peças	de	publi	ci	da	de;	ocupa-se	ape	nas	do	
que	já	foi	vei	cu	la	do.	o	Conar	é	man	ti	do	pela	con-
tri	bui	ção	das	prin	ci	pais	enti	da	des	da	pu	bli		ci	da	de	
bra	si	lei	ra	e	seus	filia	dos	–	anun	cian	tes,	agên	cias	
e	veí	cu	los.	os	mem	bros	dos	Conselhos	superior	e	
de	Ética	tra	ba	lham	volun	ta	ria	men	te	para	o	Conar.
Nossa	missão entidades	fundadoras	do	Conar
•	AbA	–	Associação	brasileira	de	Anunciantes
•	AbAp	–	Associação	brasileira	de	Agências	de	publicidade
•	AberT	–		Associação	brasileira	de	emissoras	
de	rádio	e	Televisão
•	ANer	–	Associação	Nacional	de	editores	de	revistas
•	ANJ	–	Associação	Nacional	de	Jornais
•	CeNTrAL	De	ouTDoor
entidades	aderentes
•	AbTA	–	Associação	brasileira	de	Televisão	por	Assinatura
•	FeNeeC	–		Federação	Nacional	das	empresas
exibidoras	Cinematográficas
•	IAb	brasil	–	Interactive	Advertising	bureau	(mídia	interativa)
Impedir	que	a	publicidade	enganosa	ou
abusiva	cause	constrangimento	ou	prejuízo	a	
consumidores	e	empresas.
■	Fundado	em	1980	e	composto	por	publi	ci	tá	rios	e	cida-
dãos	de		outras	pro	fis	sões,	o	Conar	é	uma	orga	ni	za	ção	não	
gover	na	men	tal	que	aten	de	a	denún	cias	de	con	su	mi	do	res,	
auto	ri	da	des,	asso	cia	dos	ou	for	mu	la	das	pela	pró	pria	dire-
to	ria.
■	As	 denún	cias	 são	 jul	ga	das	 pelo	 Conselho	 de	 Ética,	
garan	tin	do-se	amplo	direi	to	à	defe	sa	e	ao	contraditório	às	
partes.	se	a	denún	cia	tiver	pro	ce	dên	cia,	o	Conar	reco	men	da	
alte	rar	ou	sus	tar	a	vei	cu	la	ção	do	anún	cio.
■	o	Conar	é	man	ti	do	pela	con	tri	bui	ção	das	prin	ci	pais	enti-
da	des	da	pu	bli		ci	da	de	bra	si	lei	ra	e	seus	filia	dos	–	anun	cian-
tes,	agên	cias	e	veí	cu	los.
■	os	mem	bros	dos	Conselhos	superior	 e	de	Ética	 tra	ba-
lham	volun	ta	ria	men	te	para	o	Conar.
Nossa	missão
Números	do	Conar	até	novembro	de	2017
processos	abertos 272
processos	julgados 286
	 2	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 3
boLeTIm	Do	CoNAr
Súmula nº 1, de 15 de agosto de 1988
“o	ANÚNCIo	De	proDuTo	FArmACÊuTICo	popuLAr	
suJeITo	À	LegIsLAção	sANITárIA	e	Não	regIsTrADo	
perANTe	o	Órgão	CompeTeNTe	Do	mINIsTÉrIo	DA	
sAÚDe	 poDerá	 Ter	 A	 suA	 VeICuLAção	 ImeDIATA-
meNTe	susTADA.”
Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código 
Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e seu 
Anexo “I”, item 1
Súmula nº 2, de 15 de agosto de 1988
“proDuTo	 FArmACÊuTICo	 CoNsIDerADo	 ÉTICo	
peLA	AuTorIDADe	sANITárIA	 (aquele	 cuja	 comerciali-
zação	se	faça	somente	mediante	prescrição	médica)	Não	
poDerá	 ser	 ANuNCIADo	 em	 VeÍCuLo	 De	 Comu-
NICAção	De	mAssA	e	suA	DIVuLgAção	poDerá	ser	
ImeDIATAmeNTe	susTADA.”
Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código 
Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária
Súmula nº 3, de 15 de agosto de 1988
“o	ANÚNCIo	 De	 proDuTo	ou	 serVIço	 suJeITo	A	
regIsTro	 ou	 LICeNCIAmeNTo	 De	 AuTorIDADe	
pÚbLICA	 FeDerAL,	 esTADuAL	 ou	 muNICIpAL	 Terá	
suA	VeICuLAção	susTADA	Logo	Que	For	ApurADA	
A	INsATIsFAção	DessAs	eXIgÊNCIAs	LegAIs.”
Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código 
Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária
Súmula nº 4, de 07 junho de 1990
“ANÚNCIo	 De	ArmAs	 De	 Fogo	 Não	 DeVerá	 ser	
emoCIoNAL;	Não	DeVerá	sugerIr	Que	o	regIsTro	
Do	 proDuTo	 seJA	 umA	 FormALIDADe	 superADA	
FACIL	meNTe	 Com	 os	 serVIços	 oFereCIDos	 peLo	
ANuNCIANTe;	 Não	 FArá	 promoçÕes,	 Não	 Apre-
goArá	 FACILIDADe	 De	 pAgAmeNTo,	 reDução	 De	
preços	 eTC.;	ALÉm	DIsso	Não	será	VeICuLADA	em	
pubLICAção	DIrIgIDA	A	CrIAN	çAs	ou	JoVeNs	e	Nem	
NA	TeLeVIsão,	No	perÍoDo	Que	ANTeCeDer	Às	23	hs	
ATÉ	As	6	hs.	DeVerá,	por	ouTro	LADo,	eVIDeNCIAr	
Que	A	uTILIzAção	Do	pro	DuTo	eXIge	TreINAmeNTo	
e	 eQuILÍbrIo	 emoCIoNAL	 e	 ACoNseLhArá	 A	 suA	
guArDA	em	LugAr	seguro	e	ForA	Do	ALCANCe	De	
TerCeIros.”
Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letra “c”, do 
Código Brasileiro de Autorregulamentação Publi citária 
e seu Anexo “S”, itens de 1, 2, 3, 4 e 5
Continuação	da	capa
CoNFIrAAs	DemAIs	sÚmuLAs	De	JurIspruDÊNCIA
VeJA	A	seguIr	As	oITo	prImeIrAs	sÚmuLAs	em	VIgor:
Denomina-se súmula a decisão aprovada pelo 
Plenário do Conselho de Ética que ratifica 
jurisprudência pacífica do Conar e que 
caracteriza objetivamente uma infração aos 
dispositivos do Código Brasileiro de 
Autorregulamentação Publicitária.
As súmulas são numeradas e contêm os artigos 
pertinentes do Código. A súmula poderá 
dispensar, à sua simples invocação pelo relator 
do processo ético, o parecer, bem como 
fundamentar a concessão de uma medida 
liminar de sustação da veiculação do anúncio.
	 4	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 4	 Dezembro	2017	•	N.	214	 5
boLeTIm	Do	CoNAr
Súmula nº 5, de 11 de fevereiro de 1993
“NeNhum	ANÚNCIo,	 A	 Não	 ser	 os	 DA	 prÓprIA	
INsTITuIção,	 poDerá	 se	 uTILIzAr	 Do	 sÍmboLo	
oFICIAL	 e/ou	 Do	 Nome	 Do	 CoNAr,	 Nem	 mesmo	
pArA	eNALTeCer	ATos	ou	DeCIsÕes	Do	CoNseLho.”
Fundamento: Artigos 1º, 5º, 43 e 50, letra “c”, do 
Código Brasileiro de Autorregulamentação Pu blicitária
Súmula nº 6, de 17 de junho de 1993
“A	Não	 INDICAção	De	DIreção	mÉDICA,	ou	mÉ	-
DICo	respoNsáVeL,	Com	o	Nome	Do	proFIssIoNAL	
e	respeCTIVo	regIsTro	No	CoNseLho	regIoNAL	De	
meDICINA	 AuTorIzA	 o	 DeFerImeNTo	 DA	 meDIDA	
LImINAr	 De	 susTAção	 DA	 VeICuLAção	 DA	 pubLI-
CIDADe	 De	 TrATAmeNTo	 ou	 ouTros	 serVIços	
mÉDICos,	 INDepeNDeNTemeNTe	 Dos	AspeCTos	Que	
AINDA	 possAm	 ou	 DeVAm	 ser	 ANALIsADos,	
posTerIormeNTe,	peLo	CoNseLho	De	ÉTICA.”
Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código 
Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e seu 
Anexo “G”, itens 3 e 4, letras “a” e “b”
Súmula nº 7, de 5 de dezembro de 2002
“o	ANÚNCIo	 Que	 DIVuLgAr	VeNDA	 De	 proDuTo	
meDIANTe	 pAgAmeNTo	 em	 pArCeLAs	 DeVerá	 re	-
VeLAr	 obrIgATorIAmeNTe:	 1)	 o	 preço	 À	VIsTA;	 2)	
NÚmero	e	o	VALor	DAs	presTAçÕes;	3)	As	TAXAs	De	
Juros	INCIDeNTes;	4)	os	DemAIs	eNCArgos	A	serem,	
eVeNTuALmeNTe,	suporTADos	peLo	CoNsumIDor;	e	
5)	o	preço	ToTAL	A	prAzo.”
Fundamento: artigos 1º, 27, § 3º, 50 letra “c”, do 
Código Brasileiro de Autorregulamentação Pu blicitária 
e seu Anexo “F”
Súmula nº 8, de 7 de dezembro de 2006
“ANÚNCIos	 De	 bebIDA	ALCoÓLICA	 De	 QuALQuer	
espÉCIe,	 em	mÍDIA	eXTerIor,	DeVem	resTrINgIr-se	
À	eXposIção	Do	proDuTo,	suA	mArCA	e/ou	sLogAN,	
sem	ApeLo	De	CoNsumo,	INCLuÍDA	sempre	A	CLáu-
suLA	De	ADVerTÊNCIA,	suJeITANDo-se	os	ANÚNCIos	
INFrATores	Ao	DeFerImeNTo	De	meDIDA	LImINAr	De	
susTAção.”
Fundamento: Artigos 1º, 3º, 50, letra “c” do Código 
Brasileiro de Autorregulamentação Publi citária e em 
seus Anexos “A”, item 6, “P”, item 5 e “T”, item 5
Continuação	da	capa
	 4	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 4	 Dezembro	2017	•	N.	214	 5
boLeTIm	Do	CoNAr
	�A	unilever	denunciou	no	Conar	campanha	da	concorrente	
p&g	por	considerar	que	encerra	enganosidades	e	propaganda	
comparativa	 denegritória	 quanto	 a	 custo	 e	 desempenho	 de	
sabão	líquido	na	remoção	de	manchas.	reunião	de	concilia-
ção	entre	as	partes	promovida	pelo	Conar	não	 resultou	em	
acordo.		
A	p&g	em	sua	defesa	afirmou	a	veracidade	das	 informa-
ções,	juntando	estudos	de	laboratório	independente,	e	negou	
denegrimento.	
estas	e	outras	alegações	convenceram	a	maioria	dos	inte-
grantes	do	Conselho	de	Ética	presentes	à	sessão	de	julgamen-
to	 de	 primeira	 instância.	 eles	 seguiram	 a	 recomendação	 da	
autora	do	voto	vencedor	e	deliberaram	pelo	arquivamento	da	
representação.
A	unilever	recorreu	da	decisão,	mas	ela	foi	confirmada	por	
unanimidade	em	segunda	instância,	a	partir	da	recomendação	
do	relator	do	recurso	ordinário.
“	ArIeL	LÍQuIDo	CoNCeNTrADo	–	CusTA	
meNos	por	LAVAgem”
•	representação	Nº	285/16,	em	recurso	ordinário	
•	Autora:	unilever	brasil	
•	Anunciante:	p&g
•	relatores:	Conselheiros	Ana	paula	Cherubini	dos	santos	
(voto	vencedor)	e	rodrigo	Tedesco
•	 sétima	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
VERACIDADE os	ACÓrDãos	De	
AgosTo/2017	
Veja	resumo	dos	acórdãos	das	representações	julgadas	
pelo	Conselho	de	Ética	em	sessão	conjunta	realizada	
dia	10,	na	sede	do	Conar,	em	são	paulo.
Foram	49	os	conselheiros	que	participaram	da	reu-nião:	gilberto	C.	Leifert,	presidente	do	Conselho	de	
Ética,	Adriana	pinheiro	machado,	Alceu	gandini,	Ana	
paula	Cherubini	dos	santos,	André	porto	Alegre,	Angela	
rehem,	Antonio	Jesus	Cosenza,	Antonio	Toledano,	
Carlos	maranhão,	Cyd	Alvarez,	eliane	Quintella,	Ênio	
Vergeiro,	eric	Albanese,	Fernanda	magalhães,	Fernando	
Justus	Fischer,	guto	belchior,	herbert	zeizer,	José	
Francisco	Queiroz,	José	maurício	pires	Alves,	Júlio	
Abramczyk,	Licínio	motta,	Lucas	Câmara,	Luiz	Celso	
piratininga	Jr,	Luiz	Fernando	Constantino,	Luiz	roberto	
Valente	Filho,	márcio	soave,	marco	Antonio	sabino,	
marlene	bregman,	mirella	Fadel,	manoel	zanzotti,	
Natalie	D'urso,	Nelcina	Tropardi,	oscar	mattos,	paulo	
Chueiri,	patrícia	blanco,	pedro	renato	eckersdorff,	
rafael	Davini	Neto,	renato	pereira,	renato	souza	Dias,	
ricardo	gonçalves	melo,	ricardo	ramos	Quirino,	
rodrigo	Tedesco,	sérgio	pompilio,	severino	Queiroz	
Filho,	sirley	Cordeiro	de	Lima,	Taciana	Carvalho,	Tania	
pavlovsky,	Vanessa	Vilar	e	Vitor	morais	de	Andrade.
	 6	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 6	 Dezembro	2017	•	N.	214	 7
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE 
os	ACÓrDãos	De	AgosTo	/	2017
	�A	 Claro	 considerou	 que	 campanha	 da	 concorrente	Vivo	
pode	levar	os	consumidores	ao	engano	ao	se	utilizar	repetida-
mente	da	expressão	“giga”	em	anúncio	que	divulga	acesso	à	
banda	 larga	 mencionando	 velocidade	 de	 acesso	 em	mega-
bytes,	como	na	frase	acima.		
A	Vivo	negou,	em	defesa	enviada	ao	Conar,	possibilidade	
de	confusão.	A	relatora	concedeu	medida	liminar	de	sustação	
até	o	julgamento	da	representação.
em	seu	voto,	ela	reafirmou	a	decisão	 liminar,	propondo	a	
sustação	da	campanha,	acolhida	por	unanimidade.
	�e-mail	de	consumidor	paulistano	motivou	esta	representa-
ção,	contra	anúncio	em	internet	de	responsabilidade	da	mas-
tercard	 oferecendo	 vantagem	 que,	 no	 entendimento	 do	
denunciante,	não	se	materializa.		
A	anunciante	defendeu-se,	considerando	que	as	alegações	
do	consumidor	são	genéricas	e	não	permitem	uma	resposta	
objetiva,	segundo	o	regulamento	da	promoção.
o	relator	aceitou	estes	argumentos	e	propôs	o	arquivamen-
to.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	TuDo	Com	A	gIgA	VeLoCIDADe	De	VIVo	
FIbrA”
“	Com	mAsTerCArD	surpreeNDA	VoCÊ	
ComprA	1	e	LeVA	2”
•	representação	Nº	147/17
•	Autora:	Claro	
•	Anunciante:	Vivo
•	 relatora:	Conselheira	Taciana	Carvalho
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	sustação		
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	23,	27	e	50,	letra	“c”,	do	
Código	e	seu	Anexo	V
•	 representação	Nº	130/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	mastercard	brasil	
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Jesus	Cosenza
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 6	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 6	 Dezembro	2017	•	N.	214	 7
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE RESPEITABILIDADE
	�Anúncios	em	redes	sociais	do	creme	dental	Close-up,	ilus-
trados	com	cenas	de	beijos	entre	homossexuais,	atraiu	recla-
mação	 de	 consumidor	 de	 ribeirão	 pires	 (sp),	 que	 entende	
haver	nas	peças	publicitárias	desrespeito	ao	núcleo	familiar.		
em	sua	defesa,	a	anunciante	negou	a	acusação,	conside-
rando	ter	retratado	na	campanha	a	realidade,	ao	mesmo	tem-
po	em	que	incentiva	atitudes	positivas	contra	qualquer	forma	
de	discriminação	ou	preconceito.
o	 relator	 propôs	 o	 arquivamento	 da	 representação.	 ele	
assinalou	em	seu	voto	ser	importante	levar	em	consideração	
que	a	comunicação	de	uma	determinada	ação	ou	padrão	de	
comportamento	 não	 implica	 necessariamente	 estímulo	 ou	
incentivoà	prática	de	determinado	ato.	seu	voto	foi	aceito	por	
unanimidade.
	�A	 Johnson	 &	 Johnson	 questionou	 no	 Conar	 três	 claims	
sobre	hidratação	da	pele	presentes	em	campanha	de	creme	
anti-idade	da	Avon,	considerando-os	exagerados,	inverídicos	e	
ambíguos,	 independentemente	 de	 estudos	 levados	 a	 cabo	
pela	anunciante.	Lembrou	a	denúncia	que	organismos	huma-
nos	 reagem	de	diferentes	 formas	mesmo	a	medicamentos	e	
que	a	percepção	dos	consumidores,	como	apregoado	em	um	
dos	claims	não	é	adequada	para	comprovação	de	uma	dada	
afirmação.		
em	sua	defesa,	a	Avon	refutou	as	acusações	da	concorren-
te,	 considerando	 as	 pesquisas,	 juntadas	 ao	 processo,	 como	
válidas,	 fundamentadas	 e	 aceitas	 pelo	mercado.	 em	 relação	
ao	claim	de	percepção,	alegou	a	defesa,	foi	adotada	especial	
cautela,	frisando	tratar-se	de	opinião	de	consumidores.
A	relatora	não	questionou	a	seriedade	dos	testes,	mas	con-
siderou	 necessária	 a	 alteração	 dos	 claims	 que	 estabelecem	
uma	relação	de	equivalência	entre	a	hidratação	percebida	e	o	
consumo	de	água.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	CLose-up	–	beIJe”“	reNeW	hYDrA	–	hIDrATAção	eQuIVALeNTe	
A	8	Copos	De	águA”
•	representação	Nº	072/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	unilever	brasil	
•	 relator:	Conselheiro	guto	belchior
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	165/17	
•	Autora:	Johnson	&	Johnson	do	brasil	
•	Anunciante:	Avon
•	relatora:	Conselheira	Ana	paula	Cherubini	dos	santos
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	4º,	23,	27,	parágrafos	1º,	2º,	
7º,	e	8º,	e	50,	letra	“b”,	do	Código
	 8	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 8	 Dezembro	2017	•	N.	214	 9
boLeTIm	Do	CoNAros	ACÓrDãos	De	AgosTo	/	2017
RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
	�Campanha	em	redes	sociais	promovendo	apresentação	da	
aguardente	sagatiba	foi	alvo	de	reclamação	no	Conar,	formu-
lada	pela	Diageo,	que	considerou	haver	linguagem	e	elemen-
tos	próprios	do	universo	infantil	nas	peças	publicitárias,	ilus-
tradas	com	uma	abelha	e	frutas	humanizadas.	houve	medida	
liminar	de	sustação	concedida	pelo	relator	até	o	julgamento	
da	representação.		
A	 Campari,	 responsável	 pela	 marca	 sagatiba,	 negou	 tal	
interpretação,	 considerando	 os	 elementos	 ilustrativos	 bem	
distantes	do	interesse	de	crianças	e	adolescentes.
o	 relator	 de	 primeira	 instância	 confirmou	 sua	 impressão	
inicial,	acolhendo	a	queixa	da	Diageo	e	propondo	a	sustação,	
sendo	acompanhado	por	unanimidade.	A	Campari	recorreu	da	
decisão,	 mas	 ela	 foi	 confirmada	 também	 por	 unanimidade	
pela	câmara	recursal,	a	partir	de	recomendação	do	relator	do	
recurso	ordinário.
	�sete	 reclamações	 de	 consumidoras,	 residentes	 em	 são	
José	do	rio	preto	e	Diadema	(sp),	goiânia	(go)	e	betim	(mg)	
motivaram	esta	representação,	contra	anúncio	em	TV	e	inter-
net	da	Natura,	por	ocasião	do	Dia	dos	Namorados.	As	consu-
midores	 consideraram	 o	 filme	 desrespeitoso	 ao	mostrar	 em	
horário	 onde	 a	 audiência	 infantil	 é	 elevada	 cena	 de	 duas	
mulheres	dançando	juntas	e	se	beijando.	mais	algumas	deze-
nas	de	reclamações	chegaram	ao	Conar	após	a	abertura	do	
processo.		
em	sua	defesa,	anunciante	e	agência	citam	que	a	campa-
nha,	em	seu	todo,	abraça	a	diversidade	em	tom	bem	humora-
do,	sendo	esta	uma	linha	de	comunicação	publicitária	segui-
da	pela	empresa	anunciante	há	vários	anos.	No	mérito,	negou	
desrespeito.
A	 relatora	concordou	em	 linhas	gerais	 com	os	 termos	da	
defesa	 e	 propôs	 o	 arquivamento,	 lembrando	 que	 o	 mundo	
mudou.	“mais	difícil	do	que	censurar	a	comunicação	é	esco-
lher	 se	 queremos	 contribuir	 para	 a	 formação	 de	 indivíduos	
adaptados	aos	tempos	em	que	vivemos	ou	se	preferimos	criar	
indivíduos	preconceituosos	e	magoados	com	as	regras	do	sis-
tema”,	escreveu	ela	em	seu	voto,	aprovado	por	unanimidade.
“	sAgATIbA	–	roLou	um	CLImA”“	sImpATIA	pArA	AmArrAr	o	seu	Amor	–	
NATurA”
•	representação	Nº	088/17,	em	recurso	ordinário	
•	Autora:	Diageo	brasil	
•	Anunciante:	Campari	do	brasil	
•	 relatores:	Conselheiros	Luiz	Celso	de	piratininga	Jr.	e	
ricardo	ramos	Quirino
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	e	Câmara	
especial	de	recursos	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigo	50,	letra	“c”,	do	Código,	e	seu	
Anexo	A
•	representação	Nº	110/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Natura	e	Dpz&T
•	relatora:	Conselheira	marlene	bregman
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 8	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 8	 Dezembro	2017	•	N.	214	 9
boLeTIm	Do	CoNAr
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA 
	�para	 consumidora	 carioca,	 não	 está	 clara	 a	 natureza	 de	
dois	posts	em	rede	social,	se	se	trata	de	opinião	da	blogueira	
ou	se	é	publicidade	de	produto	para	cabelo.		
em	sua	defesa,	o	blog	 informou	que	uma	das	postagens	
não	tem	cunho	publicitário;	não	se	manifestou	sobre	a	outra.	
Já	a	Cadiveu	informou	que	considera	ser	largamente	difundi-
do	entre	os	usuários	de	redes	sociais	que	blogueiros	recebem	
brindes	e	participam	de	ações	publicitárias	e	que	os	usuários	
sabem	distinguir	quando	se	trata	de	publicidade.
o	autor	do	voto	vencedor	propôs	a	alteração,	de	forma	a	
destacar	o	caráter	publicitário	dos	posts.	seu	voto	foi	acom-
panhado	por	maioria.
	�Consumidora	 carioca	 questionou	 no	 Conar	 a	 natureza	
publicitária	de	postagem	em	dois	blogs	promovendo	calçados.	
para	ela,	há	tentativa	de	disfarçar	publicidade,	prática	repro-
vada	pelo	Código	brasileiro	de	Autorregulamentação	publici-
tária	 em	 sua	 seção	 6.	 o	 artigo	 28	 do	 Código	 explicita:	“o	
anúncio	deve	ser	claramente	distinguido	como	tal,	seja	qual	
for	a	sua	forma	ou	meio	de	veiculação”.		
Comunicado	da	abertura	do	processo	ético	pelo	Conar,	o	
blog	 Tudo	 orna	 não	 se	 manifestou.	 Já	 a	 Calçados	 Taquilla	
enviou	defesa,	relatando	ter	enviado	seus	produtos	como	pre-
sente	aos	dois	blogs,	informação	confirmada	em	manifestação	
do	Chata	de	galocha.
A	relatora	recomendou	a	alteração	das	postagens,	de	for-
ma	a	destacar	o	seu	caráter	publicitário.	ela	considerou	que	o	
envio	dos	presentes	não	foi	espontâneo,	ficando	caracteriza-
da	a	parceria	entre	a	anunciante	e	os	blogs.	“em	tempos	de	
transparência	e	mais	responsabilidade,	é	necessária	a	divulga-
ção	de	acordos	comerciais	e	parcerias	sempre,	para	que	segui-
dores	e	consumidores	não	sejam	iludidos”,	escreveu	a	relato-
ra	em	seu	voto	acompanhado	por	maioria.
“	CADIVeu	e	mArIANA	sAAD	–	reChArge	
proTeIN	e	beACh	WAVes”
“	ChATA	De	gALoChA,	TAQuILLA	e	bLog	
TuDo	orNA	–	CALçADos	TAQuILLA”
•	representação	Nº	112/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Cadiveu	professional
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	André	porto	Alegre
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	
•	Decisão:	Alteração		
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,		
letra	“b”,	do	Código
•	 representação	Nº	100/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Calçados	Taquilla
•	 relatora:	Conselheira	Tânia	pavlovsky
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	
•	Decisão:	Alteração		
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,		
letra	“b”,	do	Código
	 10	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 10	 Dezembro	2017	•	N.	214	 11
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPONSABILIDADE SOCIAL
os	ACÓrDãos	De	AgosTo	/	2017
	�A	Ambev	protestou	no	Conar	contra	campanha	da	concor-
rente	Cia	brasileira	de	bebidas	premium	para	a	cerveja	proibi-
da.	Nas	peças	publicitárias,	o	jogador	Neymar	fala	sobre	desa-
fios	e	obstáculos	que	devem	ser	superados	por	cada	um.	para	
a	 Ambev,	 a	 campanha	 desrespeita	 o	 Código	 brasileiro	 de	
Autorregulamentação	publicitária	em	ao	menos	doispontos:	
o	jogador	não	aparenta	ter	25	anos	–	idade	que	ele	comple-
tou	no	começo	deste	ano	–,	como	exigido	pela	ética	publici-
tária,	e	associa	o	consumo	de	cerveja	ao	êxito	pessoal,	práti-
ca	 igualmente	 reprovada.	A	Ambev	 juntou	 à	 sua	 denúncia	
pesquisa	que	mostra	que	56%	dos	entrevistados	afirmam	que	
Neymar	parece	ter	menos	do	que	25	anos.	este	número	che-
ga	a	58%	quando	o	universo	pesquisado	é	de	crianças	e	ado-
lescentes.		
o	Conar	promoveu	duas	reuniões	de	conciliação	entre	as	
partes,	mas	não	foi	possível	um	acordo.
em	sua	defesa,	a	Cia	brasileira	de	bebidas	premium	teceu	
críticas	à	pesquisa	 juntada	pela	concorrente,	considerando-a	
conceitualmente	equivocada,	mas	mencionando	que,	mesmo	
assim,	o	percentual	de	pessoas	que	considerou	que	o	jogador	
não	demonstra	ter	menos	de	25	anos	é	elevado.	Lembrou	que	
Neymar	 tem	mais	 de	 75	milhões	 de	 seguidores	 nas	mídias	
sociais,	pessoas	que	conhecem	em	profundidade	a	vida	dele,	
inclusive	as	comemorações	pelo	seu	aniversário.
A	defesa	negou	qualquer	associação	indevida	entre	êxito	e	
consumo	 de	 cerveja,	 discorrendo	 sobre	 a	 estruturação	 da	
campanha	e	chamando	atenção	para	o	 fato	de	que	a	única	
frase	dita	por	Neymar	que	pode	ser	associada	à	cerveja	é	a	
que	recomenda	consumo	moderado.
o	relator	iniciou	seu	voto	concordando	com	este	argumen-
to	da	defesa	e	considerando	positivo	o	estímulo	à	superação	
de	desafios,	num	momento	de	tantas	dificuldades	para	o	país.	
No	entanto,	levando	em	conta	o	cuidado	extremo	recomenda-
do	pelas	normas	éticas	para	a	publicidade	de	bebidas	alcoóli-
cas,	ele	propôs	a	alteração,	de	forma	a	explicitar	que	o	consu-
mo	de	proibida	não	leva	à	superação	de	obstáculos.	seu	voto	
foi	aceito	por	maioria.
Inconformada,	a	Ambev	 recorreu	contra	a	decisão,	mas	a	
viu	confirmada,	novamente	por	maioria	de	votos.	o	relator	do	
recurso	ordinário	concordou	em	linhas	gerais	com	a	decisão	
inicial.
“	CerVeJA	proIbIDA:	ACreDITANDo	e	
ComemorANDo	Com	VoCÊ”
•	representação	Nº	101/17,	em	recurso	ordinário
•	Autora:	Ambev
•	Anunciante:	Cia	brasileira	de	bebidas	premium
•	relatores:	Conselheiros	Carlos	Chiesa	e	paulo	Chueiri
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	e	Câmara	especial	de	
recursos	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigo	50,	letra	“b”,	do	Código,	e	seu	
Anexo	p
	 10	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 10	 Dezembro	2017	•	N.	214	 11
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�site	 da	 beale	 bebidas,	 oferecendo	 venda	 eletrônica	 de	
aguardente	e	vinho,	não	tem	mecanismo	de	acesso	condicio-
nado,	 de	 forma	 a	 inibir	 a	 navegação	 de	menores	 de	 idade,	
como	recomendado	pelo	Código	ético-publicitário.		
em	sua	defesa,	o	anunciante	informou	ter	providenciado	o	
referido	mecanismo	tão	logo	cientificado	do	processo	ético.
o	 relator	 votou	 pela	 advertência	 à	 anunciante,	 sendo	
acompanhado	por	unanimidade.
“	beALe	–	eNTregAs	someNTe	pArA	sp”
•	representação	Nº	135/17	
•	Autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	Anunciante:	beale	bebidas
•	 relator:	Conselheiro	pedro	renato	eckersdorff
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras	
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“a”,	do	
Código,	e	seus	Anexo	A	e	p
ALÉm	DessAs,	FoI	DebATIDA	e	VoTADA	
em	AgosTo	A	seguINTe	
represeNTAção,	Que	se	eNCoNTrA	em	
FAse	De	reCurso			
representação	Nº	171/17,	"Nívea	Invisible	b&W	–	2X	
melhor	–	sem	manchas”.
resultado:	alteração	por	unanimidade.
	 12	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 13
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 13
	�Consumidor	niteroiense	reclamou	no	Conar	contra	anún-
cio	 em	 internet	da	smart	 Fit.	 segundo	ele,	 as	 vantagens	de	
preço	divulgadas	não	se	materializam,	sendo	o	preço	da	men-
salidade	de	r$	89,90,	à	qual	deve	ser	somada	uma	taxa	anu-
al	de	quase	r$	100.		
em	sua	defesa,	a	anunciante	explicou	as	condições	da	ofer-
ta,	sendo	os	preços	mencionados	referentes	a	planos	diferen-
tes	e	disponibilizados	conforme	a	região	de	atuação	de	cada	
academia.	A	smart	Fit	considerou	que	as	informações	neces-
sárias	ao	correto	entedimento	do	consumidor	estão	todas	pre-
sentes	em	nota	na	peça	publicitária.
A	relatora	de	primeira	instância	acolheu	estas	explicações	
do	anunciante,	mas	ponderou	que	o	anúncio	em	seu	conjun-
to	 leva	o	consumidor	à	 frustração.	“Não	existe	na	prática	o	
valor	total	do	plano	no	patamar	mínimo	de	r$	59,90,	mas	sim	
este	acrescido	da	 taxa	anual	de	manutenção”,	escreveu	ela	
em	seu	voto,	pela	alteração,	para	que	a	anunciante	inclua	de	
forma	 expressa	 em	 seu	 anúncio	 juntamente	 com	os	 valores	
das	mensalidades	a	indicação	de	cobrança	de	taxa	de	manu-
tenção.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
A	decisão	foi	contestada	pela	anunciante,	mas	confirmada	
pela	câmara	recursal,	seguindo	proposta	do	relator,	que	escla-
receu	que	a	nota	de	rodapé	com	informações	completas	sobre	
o	 valor	 dos	 planos	 deve	 ter	 a	 sua	 legibilidade	 ampliada.	A	
recomendação	foi	aprovada	por	unanimidade.
“	ACADemIA	smArT	FIT	A	pArTIr	De	r$	59,90	
meNsAIs”
•	representação	Nº	017/17,	em	recurso	ordinário		
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	smart	Fit
•	 relatores:	Conselheiros	Cinthia	Ambrogi	Alonso	e	Luiz	
Fernando	Constantino
•	 primeira	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letra	“b”,	do	Código	e	súmula	de	Jurisprudência	nº	7
VERACIDADE os	ACÓrDãos	De	
JuLho/2017	
Veja	resumo	dos	acórdãos	das	representações	julgadas	
em	julho	pelo	Conselho	de	Ética	em	sessões	realizadas	
dias	6,	13,	25	e	26,	em	são	paulo,	e	12,	no	rio	de	
Janeiro.
Foram	63	os	conselheiros	que	participaram	das	reu-niões:	Adriana	pinheiro	machado,	Ana	Carolina	
pescarmona,	Ana	paula	Cherubini,	André	porto	Alegre,	
Antonio	Jesus	Cosenza,	Antônio	Jorge	Alaby	pinheiro,	
Antonio	Toledano	romero,	Armando	strozenberg,	
Arnaldo	rosa,	Carla	simas,	Carlos	Chiesa,	César	
Augusto	massaioli,	Cinthia	Ambrogi,	Clementino	Fraga	
Neto,	Clóvis	speroni,	Cristina	De	bonis,	Cyd	Alvarez,	
Décio	Coimbra,	eliane	Quintella,	Ênio	Vergeiro,	eric	
Albanese,	everson	de	souza	Chaves	Jr.,	Fernanda	
magalhães,	Fernanda	Tomasoni	Laender,	Fernando	
Justus	Fischer,	Fred	Coutinho,	gustavo	oliveira,	herbert	
zeizer,	Jorge	Tarquini,	José	Casado,	José	Francisco	
Queiroz,	José	maurício	pires	Alves,	Júlio	Abramczyk,	
Letícia	Lindenberg	de	Azevedo,	Licínio	motta,	Lucas	
Câmara,	Luiz	Celso	de	piratininga	Jr.,	Luiz	Fernando	
Constantino,	Lula	Vieira,	manoel	zanzoti,	marcelo	
benez,	márcio	soave,	marco	Antonio	sabino,	marlene	
bregman,	Natalie	D’urso,	Nelcina	Tropardi,	paulo	Celso	
Lui,	paulo	Chueiri,	pedro	renato	eckersdorff,	percival	
Caropreso	Jr.,	rafael	Davini	Neto,	renato	de	souza	
Dias,	renato	pereira,	ricardo	Cravo	Albin,	ricardo	
gonçalves	melo,	ricardo	ramos	Quirino,	rino	Ferrari	
Filho,	roberto	Nascimento,	rubens	da	Costa	santos,	
sergio	pompilio,	sirley	Cordeiro	de	Lima,	Vanessa	Vilar	
e	Vitor	morais	de	Andrade.
	 12	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 13
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 13
VERACIDADE 
	�reclamação	de	consumidor	catarinense	contra	anúncio	em	
TV	e	internet	de	creme	que	promete	rejuvenescimento	da	pele	
motivou	esta	 representação.	o	 consumidor	 considera	a	pro-
messa	demasiado	exagerada.		
em	sua	defesa,	a	Natufibras	alegou	que	todas	as	promes-
sas	 da	 peça	 publicitária	 são	 justificadas	 por	 estudo	 clínico,	
anexado	ao	processo,	e	que	o	uso	da	palavra	“milagre”	seria	
apenas	puffing.
o	 Conselho	 de	 Ética,	 por	maioria	 de	 votos,	 não	 acolheu	
estas	e	outras	explicações	da	anunciante,	votando	pela	susta-
ção,	seguindo	proposta	da	autora	do	voto	vencedor,	que	con-
sidera	que	o	anúncio	 carece	de	apresentação	verdadeira	do	
produto	e	seus	efeitos.
	�Consumidora	de	ribeirão	pires	(sp)	considerou	carecerem	
de	 comprovação	 promessasde	 emagrecimento	 em	 anúncio	
para	internet,	em	desacordo	com	os	registros	do	produto	jun-
to	às	autoridades	sanitárias.			
em	 sua	 defesa,	 a	 Wellness	 argumentou	 que	 o	 produto	
anunciado,	denominado	slim	Caps	Day	Fórmula	e	Night	Fór-
mula,	 é	 isento	de	 registro,	 enquadrando-se	 como	“alimento	
para	atleta”	e	“novos	alimentos	e	novos	ingredientes”.	Jun-
tou	à	defesa	estudos	que,	entende,	são	capazes	de	validar	as	
alegações	da	campanha.
estes	e	outros	argumentos	da	defesa	não	convenceram	o	
relator	 do	 processo,	 que	 votou	 pela	 sustação.	 ele	 entendeu	
que	os	estudos	não	têm	tal	propriedade	não	sendo,	inclusive,	
publicados	em	revistas	científicas.	seu	voto	foi	aceito	por	una-
nimidade.
Inconformada,	a	Wellness	recorreu	da	recomendação,	mas	
ela	foi	mantida	pela	câmara	recursal	e	agravada	com	adver-
tência	à	anunciante,	por	abusar	da	confiança	dos	consumido-
res	e	explorar	a	 sua	 falta	de	experiência	e	 conhecimento.	A	
recomendação	foi	formulada	pela	relatora	do	recurso	e	acom-
panhada	por	unanimidade.
“	NATuFIbrAs	–	mILAgre	super	LIFT”“	DesAFIo	Verão	sLImCAps”
•	representação	Nº	059/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Natufibras
•	 Voto	vencedor:	Conselheira	Fernanda	Tomasoni	Laender	
•	 primeira	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letra	“c”,	do	Código	e	seu	Anexo	I
•	 representação	Nº	048/17,	em	recurso	ordinário		
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Wellness	
•	 relatores:	Conselheiros	Júlio	Abramczyk	e	Ana	paula	
Cherubini	dos	santos	
•	 primeira	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	sustação	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	e	
50,	letras	“a”	e	“c”,	do	Código	e	seus	Anexos	h	e	I
	 14	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 14	 Dezembro	2017	•	N.	214	 15
boLeTIm	Do	CoNArboLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE 
os	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
	�o	claim	acima,	estampado	nas	embalagens	de	guloseimas	
da	haribo	e	também	em	material	de	ponto	de	venda,	atraiu	
reclamação	no	Conar	da	concorrente	Fini,	que	considerou	a	
afirmação	injustificada.			
em	 sua	 defesa,	 a	 anunciante	 juntou	 pesquisa	 que,	 no	
entendimento	dela,	sustenta	a	afirmação.	Chamou	a	atenção	
para	o	 fato	de	não	 serem	 todos	os	produtos	da	marca	que	
ostentam	o	claim,	mas	apenas	os	produtos	onde,	de	fato,	se	
dá	a	liderança.
A	relatora	entendeu	que	o	claim	está	devidamente	justifi-
cado	pela	pesquisa,	mas	deu	razão	à	denúncia,	de	que	faltam	
mais	 informações,	 fonte,	 critério	 e	 segmento,	 por	 exemplo.	
por	isso,	ela	recomendou	a	alteração,	voto	aceito	por	unani-
midade.
	�Dois	 consumidores,	 residentes	 em	 são	 paulo	 e	 santos	
(sp),	reclamaram	no	Conar	contra	anúncio	em	TV	de	produto	
que	se	propõe	ajudar	a	inibir	o	consumo	de	bebidas	alcoóli-
cas.	os	consumidores	consideram	que	falta	clareza	ao	anún-
cio,	citando	como	fonte	um	estudo	que	não	está	disponível	
para	consulta.		
A	Natufibras	não	enviou	defesa.
o	relator	deu	razão	às	queixas	e	 recomendou	a	sustação	
da	peça	publicitária	agravada	por	advertência	à	anunciante.	
seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	hArIbo	–	o	Nº	1	Do	muNDo!	–	AgorA	No	
brAsIL”
“	NATuFIbrAs	AbsTem	–	VoCÊ	bem	De	
NoVo!”
•	representação	Nº	066/17	
•	Autora:	Fini	
•	Anunciante:	haribo	brasil	
•	 relatora:	Conselheira	Ana	Carolina	pescarmona
•	 segunda	Câmara
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	4º,	23,	27,	32	e	50,	letra	“b”,	
do	Código
•	 representação	Nº	063/17	
•	Autores:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Natufibras
•	 relator:	Conselheiro	César	Augusto	massaioli
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	sustação	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letras	“a”	e	“c”,	
do	Código	e	seus	Anexos	h	e	I
	 14	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 14	 Dezembro	2017	•	N.	214	 15
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE 
	�Campanha	da	Vivo	foi	questionada	no	Conar	pela	concor-
rente	TIm,	por	considerar	incompletas	as	informações	que	per-
mitem	ao	consumidor	gozar	as	vantagens	oferecidas.	houve	
medida	liminar	de	sustação	concedida	pelo	relator,	revogada	
posteriormente,	a	pedido	da	anunciante.		
em	sua	defesa,	a	Vivo	alegou	que	as	informações	questio-
nadas	 pela	TIm	 estão	 presentes	 nos	 anúncios,	 em	 nota	 de	
rodapé.
o	relator	propôs	a	alteração,	considerando	que	 restrições	
relevantes	à	oferta	precisam	ser	melhor	esclarecidas	nas	peças	
publicitárias.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
	�Consumidor	 paulistano	 considerou	 enganosos	 os	 termos	
de	e-mail	divulgando	vendas	de	produtos	mediante	concessão	
de	cartão.
em	sua	defesa,	a	b2W	alegou	que	o	reclamante	não	aten-
tou	para	a	inteireza	da	mensagem,	que	informava	que	a	ofer-
ta	só	seria	disponibilizada	para	novos	detentores	do	cartão.
o	 relator	 propôs	 o	 arquivamento	 da	 representação,	 por	
considerar	que	os	termos	da	denúncia	não	permitem	concluir	
pela	 enganosidade	 da	 mensagem	 publicitária.	 seu	 voto	 foi	
aceito	por	unanimidade.
“	VIVo	–	pLANos	FAmÍLIA”“	sou	bArATo	–	promoção	eXCLusIVA	
pArA	CLIeNTes”
•	representação	Nº	125/17	
•	Autora:	TIm
•	Anunciante:	Vivo
•	 relator:	Conselheiro	rubens	da	Costa	santos
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	27	e	50,	letra	“b”,	do	Código
•	 representação	Nº	096/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	b2W
•	relator:	Conselheiro	Décio	Coimbra
•	 Terceira	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 16	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 16	 Dezembro	2017	•	N.	214	 17
boLeTIm	Do	CoNArboLeTIm	Do	CoNArboLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE
os	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
	�Anúncio	em	TV	e	internet	alusivo	ao	Carnaval	da	cerveja	
Amstel	mostra	cena	que	dá	a	entender	que	um	folião	está	uri-
nando	em	via	pública.	Com	o	desenrolar	da	cena,	mostra-se	
que	ele	estava	despejando	a	água	acumulada	em	um	cooler.	
outras	cenas	que	deixam	impressão	semelhante	são	mostra-
das	no	filme,	enquanto	o	texto	encoraja	deixar	a	vergonha	de	
lado	durante	o	Carnaval.	A	direção	do	Conar,	em	sua	denún-
cia,	considerou	positivos	os	recursos	criativos	e	o	bom	humor	
em	publicidade,	mas	eles	não	justificam	a	infração	às	regras	
éticas	e	o	estímulo	a	condutas	socialmente	condenáveis.	hou-
ve	concessão	de	medida	liminar	de	sustação	até	o	julgamen-
to	do	processo.		
Anunciante	 e	 sua	 agência	 defenderam-se,	 demonstrando	
que	a	brincadeira	proposta	no	filme	foi	bem	entendida	como	
tal	pelos	consumidores,	a	ponto	de	nenhum	deles	ter	reclama-
do.	Consideraram	exagerada	a	 reação	da	direção	do	Conar,	
frisando	que	 o	 uso	 do	 recurso	 criativo	 utilizado	para	mexer	
com	a	imaginação	do	público	não	tem	o	poder	de	induzi-lo	a	
praticar	um	ato	condenável,	que	o	anúncio	não	deve	ser	ana-
lisado	por	 cenas	 individuais,	mas	 em	 seu	 conjunto,	 e	 que	a	
principal	 mensagem	 do	 anúncio	 é	 justamente	 incentivar	 as	
pessoas	a	não	repetirem	erros	de	Carnavais	passados.
o	relator	não	aceitou	estas	e	outras	alegações	da	defesa	e	
propôs	a	sustação.	“possivelmente	pela	 forma	como	o	 filme	
foi	dirigido	e	montado,	não	fica	evidente	a	intenção	das	duas	
cenas:	a	do	rapaz	suamente	urinando	na	parede	e	seu	desdo-
bramento”,	escreveu	em	seu	voto,	onde	anotou	que	o	texto	
torna	ainda	mais	fácil	a	interpretação	de	o	rapaz	estar	de	fato	
fazendo	xixi	na	rua	e	que	isso	não	seria	errado.	seu	voto	foi	
aceito	por	unanimidade.
Anunciante	 e	 agência	 recorreram	 da	 decisão.	 Levada	 a	
debate	na	Câmara	especial	de	recursos,	a	representação	ter-
minou,	por	maioria	de	votos,	com	recomendação	de	alteração,	
proposta	pelo	autor	do	voto	vencedor.	
“AmsTeL	–	CArNAVAL	sem	erro”
•	representação	Nº	031/17,	em	recurso	ordinário		
•	Autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	Anunciante	e	agência:heineken	e	JWT
•	relatores:	Conselheiros	ricardo	ramos	e	José	Francisco	
Queiroz	(voto	vencedor)
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	e	Câmara	especial	de	
recursos	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	21	e	50,	letra	“b”,	do	
Código	e	seu	Anexo	p
	 16	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 16	 Dezembro	2017	•	N.	214	 17
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE
	�Quatro	consumidores,	residentes	no	rio	(rJ)	e	são	bernar-
do	do	Campo	(sp)	reclamaram	no	Conar	de	filme	para	inter-
net	 do	 mcDonald´s	 que	 afirma	 que	 um	 sanduíche	 na	 rede	
substitui	uma	sessão	de	terapia.	para	os	consumidores,	a	men-
sagem	desmerece	a	atividade	profissional.		
Anunciante	e	agência	negaram	tal	interpretação,	conside-
rando	que	a	frase	motivo	das	reclamações	não	pode	ser	vista	
isoladamente	do	contexto	criativo	do	filme.
o	 relator	 concordou	 em	 linhas	 gerais	 com	 os	 termos	 da	
defesa	e	propôs	o	arquivamento.	“Não	vejo	de	forma	alguma	
o	filme	ofendendo,	diminuindo	ou	desmerecendo	o	profissio-
nal	psicólogo”,	escreveu	ele	em	seu	voto,	aprovado	por	una-
nimidade.
	�Consumidora	de	rio	Negrinho	(sC)	considerou	que	anún-
cio	 em	TV	 e	 internet	 divulgando	 o	 presunto	 sadia	 denigre	
aqueles	que	se	definem	como	hippies.			
A	defesa	apresentada	por	anunciante	e	agência	enfatizou	
o	caráter	bem-humorado	do	filme,	não	contendo	desrespeito	
de	qualquer	natureza.	o	 relator	 concordou	em	 linhas	gerais	
com	 este	 ponto	 de	 vista	 e	 recomendou	 o	 arquivamento	 da	
representação,	sendo	acompanhado	por	unanimidade.
“	momeNTos	Que	CusTAm	pouCo	
mCDoNALD's”
“	brF	e	LIVe	mArKeTINg	–	Nem	os	hIppIes	
LeVArAm	LuIs	AugusTo	por	sADIA”
•	representação	Nº	080/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	mcDonald´s	e	Dpz&T
•	relator:	Conselheiro	Arnaldo	rosa
•	 sexta	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	069/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	brF	e	Live	marketing	
•	 relator:	Conselheiro	marcelo	benez
•	 primeira	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 18	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 18	 Dezembro	2017	•	N.	214	 19	 Dezembro	2017	•	N.	214	 19
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE
os	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
	�Consumidor	belo-horizontino	enviou	e-mail	ao	Conar	con-
siderando	que	anúncio	em	internet	de	revisões	de	modelos	da	
Citroën	 desrespeitam	 a	 categoria	 dos	 mecânicos.	 Da	 peça	
publicitária,	 consta	a	seguinte	 frase:	“ao	 longo	de	sua	vida,	
você	vai	duvidar	do	orçamento	de	seu	mecânico	umas	quatro	
vezes”.			
Anunciante	e	agência	enviaram	defesa	ao	Conar	na	qual	
negaram	a	interpretação	do	consumidor	e	informaram	que	os	
números	apresentados	ao	longo	do	anúncio,	inclusive	a	men-
ção	aos	orçamentos,	decorrem	de	pesquisa	formal.
o	relator	acolheu	em	linhas	gerais	os	argumentos	da	defe-
sa	e	propôs	o	arquivamento,	voto	aceito	por	unanimidade.
	�Duas	consumidoras	de	porto	Velho	 (ro)	denunciaram	ao	
Conar	anúncios	em	internet	com	o	título	acima,	pelo	uso	do	
calão,	mostrado	em	destaque	nas	peças	publicitárias.			
A	anunciante,	uma	associação	atlética	ligada	à	Faculdade	
são	Lucas,	informou	em	defesa	enviada	ao	Conar	que	o	calão	
é,	em	verdade,	uma	sigla	-	Festa	oficial	da	Atlética	marreta	–	
e	que	já	providenciou	alteração	dos	anúncios.
por	maioria,	seguindo	proposta	da	autora	do	voto	vence-
dor,	o	Conselho	de	Ética	deliberou	pela	sustação	do	anúncio	
objeto	desta	representação.
“	CITroËN	INspIreD	bY	You	–	reVIsão	A	
r$1,00	por	DIA”
“	ATLÉTICA	mArreTA	–	FoDAm	rAIz”
•	representação	Nº	089/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	peugeot	Citroën	do	brasil	e	havas
•	 relator:	Conselheiro	José	maurício	pires	Alves
•	 sétima	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	087/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Atlética	marreta
•	Voto	vencedor:	Conselheira	Ana	paula	Cherubini	
dos	santos
•	 sétima	Câmara
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	19,	22	e	50,	letra	“c”,	
do	Código
	 18	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 18	 Dezembro	2017	•	N.	214	 19
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 19
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE
	�Consumidores	reclamaram	ao	Conar	de	anúncio	em	TV	e	
internet	 dos	 postos	 Ipiranga,	 mostrando	 o	 personagem	 de	
numerosas	 campanhas	 da	 marca	 “soprando”	 respostas	 em	
um	típico	concurso	de	TV.	os	consumidores	aludem	ao	mau	
exemplo	externado	na	peça	publicitária.		
Anunciante	e	agência	defenderam-se,	argumentando	pelo	
bom	humor	já	tradicional	nos	anúncios	dos	postos	Ipiranga.	
o	 relator	 concordou	 com	 este	 e	 outros	 argumentos	 da	
defesa	 e	 propôs	 o	 arquivamento.	“Isto	 é	 claramente	 propa-
ganda	bem	humorada”,	escreveu	ele	em	seu	voto.	seu	voto	
foi	aceito	por	unanimidade.
	�sete	 consumidores	 paulistanos	 denunciaram	anúncio	 em	
mídia	exterior	do	metrô	da	cidade	com	o	título	acima	por	con-
siderá-lo	desrespeitoso,	ao	mostrar	 imagem	de	 jovem	negro	
em	atitude	que	pode	ser	entendida	como	agressiva	e	estereo-
tipada.			
A	 anunciante,	 em	 sua	 defesa,	 dá	 informações	 sobre	 as	
regras	para	trânsito	de	bicicletas	em	composições	e	estações.	
No	mérito,	repeliu	as	interpretações	dos	consumidores.
o	relator	acolheu	estes	e	outros	argumentos	da	defesa	e	
recomendou	o	arquivamento,	voto	acompanhado	por	unani-
midade.
“	posTos	IpIrANgA	–	VeNCeDor”“	meTrÔ	sp	–	A	bIKe	FACILITA	suA	VIDA,	mAs	
poDe	ATrApALhAr	A	De	ouTrAs	pessoAs”
•	representação	Nº	104/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	postos	Ipiranga	e	Talent	marcel
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	gustavo	oliveira
•	 Terceira	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	092/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	metrô	de	são	paulo	
•	 relator:	Conselheiro	herbert	zeizer
•	 segunda	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 20	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 20	 Dezembro	2017	•	N.	214	 21
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE RESPONSABILIDADE SOCIAL
os	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
	�Consumidora	paulistana	considerou	antiética	ação	publici-
tária	da	cerveja	skol	em	evento	esportivo	e	divulgada	em	mídia	
social.	Após	uma	corrida	pedestre,	vários	competidores	foram	
convidados	a	posar	para	 fotos	 tendo	nas	mãos	as	medalhas	
que	ganharam	e	também	latas	da	bebida,	distribuídas	gratui-
tamente.	houve	também	outros	posts	ligando	a	cerveja	a	ati-
vidades	físicas,	o	que,	no	entendimento	da	consumidora,	leva	
a	uma	associação	indesejável.
Anunciante	e	agência	defenderam-se,	historiando	a	divul-
gação	de	apresentação	da	cerveja	skol,	desenvolvida	visando	
praticantes	de	atividades	físicas,	denominados	na	campanha	
de	“atletas	 não	 oficiais”.	 No	mérito,	Ambev	 e	 sua	 agência	
negaram	 divulgarem	 qualquer	 associação	 positiva	 entre	
esportes	e	ingestão	de	álcool,	eventuais	benefícios,	desempe-
nho	superior	ou	bem-estar	decorrente	do	consumo.
em	primeira	 instância,	por	maioria	de	votos,	deliberou-se	
pela	recomendação	de	advertência	à	Ambev	e	Wieden+Kennedy,	
levando	em	conta	a	confusão	entre	consumo	de	álcool	e	ati-
vidades	esportivas	provocada	pela	ação	publicitária.	o	autor	
do	voto	vencedor	sublinhou	ainda	a	advertência	para	enfati-
zar	a	necessidade	de	cuidado	redobrado	no	uso	da	marca	de	
cerveja	 na	 rede	 social,	 respeitando	 as	 recomendações	 do	
Código.
A	Ambev	recorreu	da	decisão,	mas	ela	foi	confirmada	pelo	
relator	de	segunda	instância,	que	concordou	em	linhas	gerais	
com	a	decisão	inicial.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.�o	Conar	 recebeu	perto	de	duas	dezenas	de	 reclamações	
contra	anúncio	em	mídias	sociais	da	Lojas	marisa,	com	o	títu-
lo	acima,	 veiculado	poucos	dias	depois	da	morte	de	marisa	
Letícia,	esposa	do	ex	presidente	Lula.	os	consumidores	consi-
deraram	desrespeitosa	a	associação.			
A	anunciante	negou	motivação	às	denúncias,	considerando	
que	a	peça	publicitária	não	desrespeita	nenhum	mandamen-
to	do	Código.
o	relator	recomendou	o	arquivamento.	ele	mencionou	em	
seu	voto	que	a	chamada	publicidade	de	oportunidade	faz	par-
te	do	repertório	nacional.	“Como	delimitar	o	que	é	abusivo	ou	
de	mau	gosto?”,	questionou	ele	em	seu	voto.	“o	Código	tra-
ta	do	primeiro	caso.	Já	no	caso	de	mau	gosto,	não	há	como	
interceder”,	 afirmou	 ele,	 lembrando	 outros	 casos	 de	 peças	
publicitárias	 que	 citavam	 políticos	 em	 evidência.	 Levou	 em	
conta	que	o	anúncio	cuidou	de	não	estimular	confusão,	refe-
rindo-se	 sempre	 como	 Lojas	 marisa,	 em	 oposição	 à	 forma	
como	 a	 imprensa	 e	 os	 próprios	 denunciantes	 referiam-se	 à	
falecida	esposa	de	Lula	da	silva.	“são	raras	as	citações	a	ela	
na	imprensa	utilizando	apenas	o	primeiro	nome.	A	associação	
com	a	campanha	publicitária,	por	mais	que	possa	ser	feita	por	
qualquer	 pessoa	 impactada	 por	 ela,	 tecnicamente	 de	 forma	
alguma	se	aproveita	do	nome	da	ex	primeira-dama	ou	a	ela	
faz	crítica	ou	referência	direta”.
o	relator	considerou	ainda	que	essa	associação	não	deni-
gre	a	imagem	ou	a	intimidade	da	ex	primeira	dama.	seu	voto	
foi	aceito	por	unanimidade.
“	sKoL	uLTrA	–	mArAToNAs”“	se	suA	mãe	FICAr	sem	preseNTe,	A	CuLpA	
Não	É	DA	mArIsA”
•	representação	Nº	292/16,	em	recurso	ordinário		
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Ambev	e	Wieden+Kennedy	brasil	
•	 relatores:	Conselheiros	Antonio	Toledano	(voto	vencedor)	
e	paulo	Cesar	Lui
•	 sexta	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	27	e	50,	letra	“a”,	do	
Código	e	seus	Anexos	h	e	p
•	 representação	Nº	107/17
•	Autor:	grupo	de	consumidores	
•	Anunciante:	Lojas	marisa
•	 relator:	Conselheiro	Jorge	Tarquini
•	 sétima	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 20	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 20	 Dezembro	2017	•	N.	214	 21
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPONSABILIDADE SOCIAL
	�reclamações	de	quatro	consumidores,	residentes	no	rio	e	
Campos	 de	 goytacazes	 (rJ),	motivaram	 esta	 representação,	
contra	filme	para	TV	e	internet	promovendo	o	time	de	futebol	
do	Flamengo.	segundo	os	consumidores,	o	filme	exagera	em	
cenas	violentas	-	entre	elas	um	coração	sangrento	arrancado	
do	peito	e	erguido	com	a	mão,	como	se	fosse	um	troféu,	e	um	
rosto	com	a	boca	tinta	de	sangue	-	e	pode	incitar	a	violência,	
já	notória	nos	estádios	e	imediações	em	dias	de	jogo,	não	raro	
resultando	 em	 morte	 de	 pessoas.	 mais	 reclamações,	 assim	
como	elogios	ao	filme,	foram	recebidos	pelo	Conar	durante	a	
tramitação	da	representação.			
Defesa	 enviada	 pelo	 anunciante	 e	 sua	 agência	 negaram	
motivação	às	denúncias,	considerando	que	o	filme	apenas	se	
utiliza	 de	 linguagem	 fantasiosa,	 própria	 da	 publicidade	 e	
demais	formas	de	expressão	artística.	As	imagens	do	coração,	
argumentou	a	defesa,	são	analogias	da	paixão	que	move	os	
torcedores.
o	 relator	de	primeira	 instância	não	aceitou	este	e	outros	
argumentos	do	Flamengo	e	sua	agência,	votando	pela	susta-
ção.	ele	lembrou	de	músicas	e	filmes	do	passado	com	alusão	
a	corações	arrancados,	mas	levou	em	conta	que	a	“paixão	não	
havia	chegado	aos	estádios”.	
ele	escreveu	em	seu	voto:	“pela	leitura	do	texto,	pouco	ou	
nada	se	tem	a	questionar.	Trata-se	de	uma	peça	de	paixão	clu-
bística.	o	vídeo	é	diferente.	É	a	leitura	da	paixão	expressa	em	
imagens	de	terror”.	para	o	relator,	é	especialmente	grave	que	
quem	anuncia	é	“amado	por	multidões	que,	sem	distinção	de	
quem	seja	ou	onde	esteja,	age,	na	torcida,	da	mesma	forma.	
o	tempo	que	se	vive,	no	qual	a	vida	foi	banalizada	por	índices	
bárbaros	de	homicídios	e	de	outros	tipos	de	violência,	exige	
cautela	de	quem	tem	o	poder	de	influenciar	as	pessoas,	espe-
cialmente	 os	 jovens	 que	mais	 facilmente	 são	 tomados	 pela	
paixão”.	seu	voto	foi	aprovado	por	maioria.
Anunciante	e	agência	recorreram	da	decisão.	o	relator	do	
recurso	 concordou,	 em	 linhas	 gerais,	 com	 a	 decisão	 inicial.	
“Que	associação	de	ideias	uma	pessoa,	com	idade	de	adoles-
cente	para	cima,	faz	quando	vê	um	sujeito	com	a	boca	enchar-
cada	de	sangue,	sem	apresentar	qualquer	ferimento	nem	apa-
rentar	dor?”,	escreveu	ele	em	seu	voto,	no	qual	citou	notícias	
de	conflitos	e	mortes	nos	estádios	e	também	pesquisa	de	um	
sociólogo	que	considera	ser	o	brasil	o	país	onde	mais	morrem	
torcedores	em	função	de	brigas.	“Temos	a	certeza	de	que	a	
Nbs	saberá	encontrar	maneira	mais	positiva	de	mostrar	a	pai-
xão	pelo	clube.	seu	voto,	confirmando	a	sustação,	foi	acolhi-
do	por	unanimidade	pela	Câmara	especial	de	recursos.
“	Isso	AQuI	É	FLAmeNgo”
•	representação	Nº	054/17,	em	recurso	ordinário		
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Clube	de	regatas	Flamengo	e	Nbs
•	relatores:	Conselheiros	Clovis	speroni	e	Carlos	Chiesa
•	 Terceira	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	19,	20	e	50,	letra	“c”,	
do	Código
	 22	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 22	 Dezembro	2017	•	N.	214	 23
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPONSABILIDADE SOCIAL
os	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
	�Consumidora	residente	em	sergipe	escreveu	ao	Conar	por	
considerar	 que	 breve	 cena	 em	 filme	 para	TV	 e	 internet	 que	
divulga	creme	para	assaduras	pode	desestimular	a	amamen-
tação	ao	mostrar	uma	mãe	preparando	mamadeira	para	uma	
criança	recém	nascida.	em	sua	defesa,	a	anunciante	recusou	
tal	interpretação.				
A	relatora	concordou	com	os	termos	da	defesa	e	propôs	o	
arquivamento,	aceito	por	unanimidade.
	�Anúncio	 em	 redes	 sociais	 oferece	 como	 premiação	 um	
coelho	vivo.	para	consumidora	paulistana,	tal	prática	pode	ser	
irregular.	A	direção	do	Conar	agregou	à	denúncia	a	verificação	
da	 conformidade	 da	 promoção	 junto	 às	 autoridades,	 posto	
que	há	legislação	federal	regulando	sorteios.			
A	 anunciante	 enviou	 defesa	 ao	 Conar,	 explicando	 ser	
empresa	 de	 pequeno	 porte	 do	 interior	 de	 santa	 Catarina	 e	
que	retirou	a	postagem	do	ar	tão	logo	cientificada	do	proces-
so	ético,	sendo	o	sorteio	suspenso.
o	relator	votou	pela	advertência	à	Catalata.	ele	levou	em	
conta	as	explicações	da	defesa,	mas	ponderou	que	é	respon-
sabilidade	do	anunciante	o	controle	sobre	as	mensagens	diri-
gidas	ao	consumidor.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	TurmA	DA	XuXINhA	bArueL”“	CATALATA	–	Nosso	LINDo	CoeLhINho	esTá	
esperANDo	por	VoCÊ”
•	representação	Nº	094/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Chimica	baruel
•	 relatora:	Conselheira	Cinthia	Ambrogi	Alonso
•	 primeira	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	082/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Catalata
•	 relator:	Conselheiro	roberto	Nascimento
•	 primeira	Câmara
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	19,	20	e	50,	letra	“a”,	
do	Código
	 22	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 22	 Dezembro	2017	•	N.	214	 23
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPONSABILIDADE SOCIAL CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�o	Conselho	superior	do	Conar	acolheu	ofício	recebido	da	
promotoria	de	Justiça	de	Defesa	dos	Interesses	Difusos	e	Cole-
tivos	da	Infância	e	Juventude	de	são	paulo,	sobre	campanha	
publicitária	 com	 o	 título	 acima.	A	 promotoria	 questionou	 o	
Conar	sobre	conformidade	das	peças	publicitárias,	depois	de	
receber	 denúncia	 formulada	 pelo	 Instituto	Alana,	 que	 teme	
haver	 confusão	 entre	 conteúdopublicitário	 e	 de	 entreteni-
mento	na	referida	campanha.		
em	sua	defesa,	a	bimbo	alegou	tratar-se	de	conteúdo	edu-
cativo	para	divulgar	o	processo	de	fabricação	de	um	bolo	da	
marca	Ana	maria.	Considerou	que	a	exposição	da	ação	acom-
panhada	da	marca	da	empresa	não	deixa	margem	a	dúvida.
A	relatora	votou	pelo	arquivamento,	sendo	acompanhada	
por	unanimidade.	ela	confrontou	a	ação	com	as	recomenda-
ções	do	artigo	37	do	Código	e	não	encontrou	divergências.	
	�Consumidora	de	piracicaba	(sp)	criticou	anúncio	em	inter-
net	da	cerveja	uma.	ela	apontou	o	que	entendeu	ser	irregula-
ridades	na	peça	publicitária,	de	estímulo	ao	consumo	excessi-
vo,	apelo	à	sensualidade	e	 falta	de	cláusula	de	advertência,	
como	 recomendada	 pelo	 Código.	 Tais	 interpretações	 foram	
negadas	em	defesa	enviada	pela	anunciante	ao	Conar.
por	maioria	de	votos,	o	Conselho	de	Ética	 recomendou	a	
alteração,	de	forma	a	incluir	no	anúncio	a	cláusula	de	adver-
tência.	As	demais	queixas	da	consumidora	não	foram	contem-
pladas,	conforme	voto	do	autor	do	voto	vencedor.
“	grupo	bImbo	–	AgorA	VoCÊ	VAI	
CoNheCer	A	NossA	mágICA	e	DIVerTIDA	
FábrICA	De	boLINhos”
“	CerVeJA	umA	–	LIVre,	ArTesANAL	e	sem	
gLÚTeN”
•	representação	Nº	068/17
•	Autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	Anunciante:	grupo	bimbo
•	relatora:	Conselheira	Adriana	machado
•	 sexta	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	120/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Le	manjue	organique
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	Antonio	Toledano
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“b”,	
do	Código
	 24	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 24	 Dezembro	2017	•	N.	214	 25
boLeTIm	Do	CoNAr
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
os	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
	�o	Conselho	superior	do	Conar	propôs	representação	con-
tra	anúncio	em	TV	e	internet	da	Candide	a	partir	de	ofício	rece-
bido	 do	ministério	 público	 do	 Ceará,	 pedindo	 manifestação	
sobre	eventual	abusividade	na	peça	publicitária.	o	ministério	
público	cearense,	por	sua	vez,	moveu-se	a	partir	de	questiona-
mento	formulado	pelo	Instituto	Alana.
em	sua	defesa,	a	Candide	rebateu	as	alegações	da	denún-
cia.	 os	 produtos	 divulgados	 não	 são	 apresentados	 como	
colecionáveis,	as	apresentações	são	verdadeiras,	não	tendo	a	
sua	 natureza	 disfarçada	 pelos	 efeitos	 visuais	 inseridos	 no	
anúncio.	
A	 relatora	 reconheceu	 a	 natureza	 fantasiosa	 da	 peça	
publicitária,	mas	não	a	considerou	capaz	de	iludir	as	crianças.	
Também	não	acolheu	as	queixas	de	apelo	imperativo	de	con-
sumo	dirigido	a	menor	de	 idade	e	 identificação	publicitária	
deficiente.	 por	 estes	 e	 outros	 motivos,	 ela	 recomendou	 o	
arquivamento	da	representação,	voto	acompanhado	por	una-
nimidade.
	�Consumidora	 residente	 em	 sumaré	 (sp)	 queixou-se	 ao	
Conar	 do	 que	 considerou	 ser	 publicidade	 de	 suco	 de	 fruta	
inserida	em	material	didático.	segundo	ela,	há	na	peça	publi-
citária	apelos	reprovados	pelo	Código	brasileiro	de	Autorregu-
lamentação	publicitária.			
A	anunciante	defendeu-se,	informando	que	não	se	trata	de	
anúncio	e	sim	de	imagem	destinada	a	exercício	de	interpreta-
ção	de	textos.
o	autor	do	voto	vencedor	propôs	o	arquivamento,	a	partir	
do	exame	dos	documentos	trazidos	ao	processo	pela	anun-
ciante,	alguns	originados	do	site	do	meC,	que	dão	conta	que,	
dentro	dos	parâmetros	Curriculares	Nacionais,	é	recomenda-
da	a	apresentação	aos	alunos	de	diversidade	de	gêneros	tex-
tuais,	inclusive	anúncios,	para	gerar	leitura	ativa	e	responsiva.
o	conselheiro	ressalvou,	porém,	a	 importância	de	constar	
no	material	destinado	ao	professor	a	necessidade	de	explicar	
aos	alunos	que	anúncio	publicitário	é	a	representação	do	pro-
duto	e	tem	o	objetivo	de	despertar	nos	consumidores	o	dese-
jo	de	adquiri-los.	seu	voto	foi	acompanhado	por	maioria.
“	gArAgem	s.A	–	CANDIDe”“	o	Que	VoCÊ	gosTA	De	beber	QuANDo	
esTá	Com	seDe?	–	FruTT´s	–	superbom”
•	representação	Nº	117/17
•	Autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	Anunciante:	Candide
•	 relatora:	Conselheira	Fernanda	Tomasoni	Laender
•	 primeira	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	075/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Casa	publicadora	brasileira	
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	Vitor	morais	de	Andrade
•	 sétima	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 24	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 24	 Dezembro	2017	•	N.	214	 25
boLeTIm	Do	CoNAr
CRIANÇAS E ADOLESCENTES APELOS DE SUSTENTABILIDADE 
	�Consumidora	de	Janaúba	(mg)	questionou	no	Conar	o	uso	
da	 expressão	“organics”	 em	anúncio	 em	 internet,	 podendo	
induzir	ao	engano	quanto	à	efetiva	composição	e	procedência	
dos	 ingredientes	 do	 produto,	 um	 cosmético,	 em	 desacordo	
com	as	recomendações	do	Código	e,	em	especial,	de	seu	Ane-
xo	u,	que	trata	de	apelos	de	sustentabilidade	em	publicidade.		
em	sua	defesa,	a	Tecnopharma	juntou	documentos	e	lau-
dos	que,	no	entendimento	dela,	 justificam	as	alegações	pre-
sentes	no	anúncio.
A	relatora,	porém,	não	acolheu	os	argumentos	da	defesa.	
“penso	que	o	atributo	‘ecologicamente	correto’	é	demasiada-
mente	amplo	e	deve	ser	usado	com	extrema	parcimônia,	pois	
traz	uma	conotação	de	não	agressão	ao	meio	ambiente	alia-
da	a	ações	de	sustentabilidade,	o	que	não	pode	ser	concluído	
apenas	a	partir	da	suposta	ausência	de	ativos	agressivos	ao	
organismo	humano”,	escreveu	ela	em	seu	voto,	pela	altera-
ção,	acolhido	por	unanimidade.	
	�A	Campari	veio	ao	Conar	queixar-se	de	anúncio	em	inter-
net	 de	 apresentação	 da	 aguardente	Ypióca,	 por	 considerar	
que	a	peça	publicitária	apresenta	animação	de	um	cavalo	que	
remete	 ao	 universo	 infantil,	 sendo	 bem	 semelhantes	 às	 de	
uma	 animação	 destinada	 a	 crianças.	Tal	 prática	 é	 expressa-
mente	reprovada	pelo	Anexo	A	do	Código	brasileiro	de	Autor-
regulamentação	publicitária.		
A	 defesa	 enviada	 pela	 anunciante	 lembrou	 que,	 em	
dezembro,	quando	do	julgamento	da	representação	243/16,	
o	Conselho	de	Ética	reconheceu	que	o	cavalo	é	um	elemento	
figurativo	 da	 marca	Ypióca	 Fogo	 santo	 e	 não	 publicidade,	
resultando	na	recomendação	de	arquivamento	da	represen-
tação.	A	defesa	negou	a	semelhança	entre	o	cavalo	mostra-
do	no	filme	objeto	desta	representação	e	a	animação	apon-
tada	pela	Campari.
o	relator	recomendou	a	sustação	do	filme.	ele	considerou	
que	 o	 anúncio	 mostra	 o	 cavalo	 durante	 aproximadamente	
trinta	 segundos	 sem	 revelar	 a	 natureza	 do	 produto,	 muito	
menos	de	que	se	trata	de	produto	para	adultos.	“parece	uma	
bela	 aventura	 infantil	 até	 a	 resposta	 da	 pergunta	 feita	 na	
locução”,	 escreveu	 ele	 em	 seu	 voto,	 notando	 ainda	 que	 o	
cavalo	 sofre	 uma	 transformação	 no	 final	 do	 filme	 para	 se	
encaixar	 no	 rótulo	 da	 aguardente.	 sua	 recomendação	 foi	
acompanhada	por	unanimidade.
“	TeCNophArmA	–	DermAge	–	DeLIFresh	
orgANICs”
“	YpIÓCA	Fogo	sANTo”
•	representação	Nº	047/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Tecnopharma
•	relatora:	Conselheira	Carla	Felix	de	simas
•	 Terceira	Câmara
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	23,	27	e	50,	letra	“b”,	
do	Código	e	seu	Anexo	u
•	representação	Nº	124/17	
•	Autora:	Campari	do	brasil	
•	Anunciante:	Ypióca
•	 relator:	Conselheiro	Fernando	Justus	Fischer
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigo	50,	letra	“c”,	do	Código	e	seu	
Anexo	A
	 26	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 26	 Dezembro	2017	•	N.	214	 27	 Dezembro	2017	•	N.	214	 27
boLeTIm	Do	CoNAros	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
DIREITOS AUTORAIS PUBLICIDADE COMPARATIVA
	�A	electrolux	 questionou	 no	Conar	 campanha	 da	 concor-
rente	panasonicpara	promover	linha	de	lavadouras	de	louça,	
denunciando	desconformidade	entre	especificação	e	desem-
penho	 dos	 produtos	 anunciados	 e	 dados	 obtidos	 junto	 ao	
Inmetro	 e	 etiqueta	 Nacional	 de	 Conservação	 de	 energia	
(ence).	A	denunciante	considera	que,	ao	não	 respeitar	estas	
exigências,	a	panasonic	estaria	levando	o	consumidor	a	enga-
no.	A	electrolux	também	denunciou	comparações	injustas	com	
produtos	 concorrentes,	 por	 considerar	 que	 as	 lavadoras	 da	
panasonic	são	de	categoria	distinta,	resultando	em	aparente	
vantagem	para	elas.		
em	sua	defesa,	a	anunciante	afirmou	que	os	seus	produtos	
atendem	às	exigências	do	Inmetro	e	ence	e	considerou	justas	
as	comparações	tecidas,	sendo	realizadas	por	laboratórios	cer-
tificados	e	suas	explicações	 reunidas	em	 lettering	nas	peças	
publicitárias.	reunião	de	conciliação	entre	as	partes	promovi-
da	pelo	Conar	não	teve	bom	resultado.
o	relator	iniciou	seu	voto	reafirmando	que	a	manifestação	
se	dá	dentro	dos	limites	do	Código	ético-publicitário	e	ponde-
rando	a	subjetividade	do	enquadramento	dos	produtos	anun-
ciados	numa	dada	categoria.	posto	isso,	ele	considerou	que	o	
consumidor	médio	pode	dirimir	as	suas	dúvidas	por	meio	das	
explicações	contidas	no	lettering	dos	anúncios.	o	relator	con-
siderou,	porém,	que	 tais	 informações	deveriam	ganhar	mais	
visibilidade,	tanto	nas	peças	de	mídia	impressa	quanto	eletrô-
nica.	por	isso,	propôs	a	alteração,	voto	acolhido	por	unanimi-
dade.	
	�A	Lactalis,	titular	no	país	da	marca	parmalat,	e	sua	agên-
cia	recorreram	ao	Conar	por	considerar	que	ideia	criativa	de	
propriedade	delas,	reunida	em	diferentes	campanhas	denomi-
nadas	mamíferos,	ilustrada	com	foto	de	crianças	trajando	fan-
tasias	de	animais,	foi	objeto	de	plágio	pela	concorrente	Dália.		
esta	defendeu-se,	explicando	os	contornos	da	campanha,	
de	finalidade	social,	e	argumentando	que	crianças	fantasia-
das	de	animais	não	seria	uma	ideia	passivel	de	cobertura	por	
direitos	autorais,	sendo	corrente	desde	muito	antes	do	lança-
mento	da	campanha	da	parmalar,	nos	anos	90.	reunião	de	
conciliação	entre	as	partes	promovida	pelo	Conar	não	resul-
tou	em	acordo.
A	 relatora	de	primeira	 instância	 registrou	 sua	admiração	
pela	parceria	entre	a	Dália	e	o	Instituto	do	Câncer	Infantil	de	
porto	Alegre,	beneficiário	da	campanha	objeto	da	representa-
ção,	mas	não	concordou	com	os	termos	da	defesa.	para	ela,	
a	conexão	entre	as	campanhas	da	Dália	e	da	parmalat	é	ime-
diata.	“mais	do	que	a	associação	com	a	marca	parmalat,	cer-
tamente	o	sucesso	da	campanha	traz	uma	simpatia	automá-
tica	à	campanha	da	denunciada	e	consequentemente	ao	seu	
produto”,	escreveu	ela	em	seu	voto,	pela	sustação,	acompa-
nhado	por	unanimidade.
A	anunciante	recorreu	da	decisão,	mas	ela	foi	confirmada	
por	unanimidade	pela	câmara	recursal,	seguindo	proposta	do	
conselheiro	relator	de	segunda	instância.
“	LAVADorAs	pANAsoNIC	–	(...)	meNor	
CoNsumo	De	águA	DA	CATegorIA”
“Chegou	o	NoVo	DáLIA	KIDs”
•	representação	Nº	090/17	
•	Autora:	electrolux	do	brasil	
•	Anunciante:	panasonic	do	brasil	
•	 relator:	Conselheiro	renato	de	souza	Dias
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	23,	parágrafo	1º,	e	50,	letra	
“b”,	do	Código
•	 representação	Nº	055/17,	em	recurso	ordinário		
•	Autores:	Lactalis	do	brasil	e	havas
•	Anunciante:	Cosuel
•	 relatores:	Conselheiros	Fernanda	Tomasoni	Laender	e	
percival	Caropreso
•	 primeira	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	4º,	38,	41,	42,	43	e	50,		
letra	“c”,	do	Código
	 26	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 26	 Dezembro	2017	•	N.	214	 27
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 27
boLeTIm	Do	CoNAr
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA
	�uma	blogueira	dá	depoimento	sobre	a	utilidade	de	 lenci-
nhos	 umedecidos,	 em	 redes	 sociais,	 atraindo	 reclamação	 de	
sete	 consumidores	do	recife	 (pe),	rio	 (rJ)	 e	 são	paulo	 (sp),	
que	 se	 incomodoram	 com	 a	 não	 explicitação	 da	 natureza	
publicitária	dos	posts.
em	sua	defesa,	a	anunciante	confirmou	a	natureza	publi-
citária	 da	 veiculação	 e	 informou	 ter	 solicitado	 a	 suspensão	
imediata	das	postagens.	
o	 relator	 recomendou	 a	 sustação	 das	 peça	 publicitárias,	
voto	aceito	por	unanimidade.
	�Consumidora	 belo-horizontina	 questionou	 no	 Conar	 a	
natureza	 publicitária	 de	 três	 postagens	 em	 redes	 sociais	 da	
blogueira	 Juju	Norremose	promovendo	um	produto	denomi-
nado	pea	protein,	uma	linha	de	moda	de	praia	e	um	iogurte.			
em	 sua	 defesa,	 a	 blogueira	 e	 a	 fabricante	 do	 iogurte,	 a	
Nogueira	e	rezende,	informaram	não	ter	havido	contratação	
publicitária,	apenas	disponibilização	do	produto	para	degus-
tação,	 devendo	 a	 postagem	 ser	 interpretada	 como	 mídia	
espontânea.	 No	 entanto,	 informou	 a	 blogueira,	 ela	 adotará	
por	princípio	inserir	em	postagens	do	gênero	identificação	de	
que	 se	 trata	de	publicidade.	Novidade	saudável	 e	Vix	paula	
hermanny,	responsáveis	pelos	outros	dois	produtos	anuncia-
dos,	não	se	manifestaram	no	processo.
A	relatora	não	aceitou	estas	explicações	e	recomendou	a	
advertência	à	Juju	Norremose	e	às	três	empresas	anuncian-
tes,	acolhida	por	unanimidade.	seu	voto	foi	complementado,	
em	 votação	 por	 maioria,	 pela	 recomendação	 de	 alteração	
das	postagens	originais,	sugerida	pelo	autor	do	voto	comple-
mentar.
“	LeNços	CLeNeA”“	JuJu	Norremose	–	peA	proTeIN”,	
“VIXsWIm”	e	“grego	zero	LACTose	
ApreCIAre”
•	representação	Nº	083/17	
•	Autor:	grupo	de	consumidores	
•	Anunciante:	blog	de	mãe	para	mãe	e	simple	Life
•	 relator:	Conselheiro	percival	Caropreso
•	 sexta	Câmara
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	23,	28,	30	e	50,		
letra	“c”,	do	Código
•	 representação	Nº	073/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Juju	Norremose,	Novidade	saudável,	Vix	
paula	hermanny	e	Nogueira	e	rezende
•	 relatora:	Conselheira	Natalie	D´urso	com	voto	
complementar	de	Vitor	morais	de	Andrade
•	 sétima	Câmara
•	Decisão:	Alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,,	30	e	50,	
letras	“a”	e	“b”,	do	Código
	 28	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 28	 Dezembro	2017	•	N.	214	 29
boLeTIm	Do	CoNArboLeTIm	Do	CoNAros	ACÓrDãos	De	JuLho	/	2017
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA
	�uma	consumidora	residente	no	rio	(rJ)	enviou	e-mail	ao	
Conar,	considerando	que	postagens	em	rede	social	de	Lu	Fer-
reira	tentam	omitir	a	sua	natureza	publicitária,	prática	frontal-
mente	reprovada	pelo	Código	ético-publicitário.		
em	 sua	defesa,	 Lu	 Ferreira	 esclarece	as	 circunstâncias	de	
cada	 postagem	 questionada	 –	 convite	 para	 lançamento	 e	
brinde	 recebido	 –,	 informando	 que	 identifica	 claramente	
quando	 se	 trata	de	publicidade	paga,	 procurando	 seguir	 de	
forma	estrita	as	recomendações	do	Conar.
o	relator	considerou	“cinzenta”	a	diferenciação	entre	posts	
que	expressam	a	opinião	de	Lu	Ferreira	e	publicidade.	por	isso,	
propôs	advertência	a	ela	e	aos	anunciantes,	para	que	esclare-
çam	melhor	o	que	é	uma	coisa,	o	que	é	outra.	seu	voto	 foi	
acolhido	por	unanimidade	e	complementado	pela	recomenda-
ção	 também	unânime	de	alteração	dos	anúncios	questiona-
dos	nesta	representação,	como	proposto	pelo	autor	do	voto	
complementar.	
	�Consumidora	 carioca	 questionou	 no	 Conar	 a	 natureza	
publicitária	de	postagem	em	redes	sociais,	fato	negado	pelos	
anunciantes	em	defesa	enviada	ao	Conar.		
o	relator	recomendou	o	arquivamento,	considerando	que,	
no	caso	em	tela,	não	há	como	certificar	o	proveito	publicitá-
rio	do	spa	Dios	a	partir	das	postagens	de	Daniella	Noce.	seu	
voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	Lu	FerreIrA,	m.r.T.	e	mC	–	...Amo	esse,	É	
DA	@moNTeCArLoJoIAs”	e	“Vem	pro	
sTorIes	CoNheCer...”
“	spADIos	sp”
•	representação	Nº	098/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:m.r.T.,	Aces,	mC	e	Lu	Ferreira
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Jorge	Alaby	pinheiro	com	
voto	complementar	do	conselheiro	Clementino	Fraga	Neto
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,	
letras	“a”	e	“b”,	do	Código
•	 representação	Nº	113/17
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	Danielle	Noce	e	spa	Dios
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Toledano
•	 sexta	Câmara
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 28	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 28	 Dezembro	2017	•	N.	214	 29
boLeTIm	Do	CoNAr
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA
	�Consumidora	carioca	questionou	a	natureza	publicitária	de	
postagem	em	redes	sociais.	para	ela,	não	fica	explícito	tratar-
se	de	um	anúncio.
A	 autora	 da	 postagem,	 Lia	 Camargo,	 enviou	 defesa	 ao	
Conar	informando	que	não	se	trata	de	publicidade	e	sim	de	
uma	parceria	com	a	Dr.	Lava	Tudo,	que	também	enviou	defe-
sa	negando	ter	solicitado	e	pago	pela	postagem.	
o	 relator	não	aceitou	estas	 explicações	e	 recomendou	a	
alteração	agravada	por	advertência	a	Lia	Camargo	e	à	empre-
sa	 Dr.	 Lava	 Tudo,	 mencionando	 inclusive	 a	 oferta	 de	 um	
cupom	de	desconto	para	quem	assistiu	 ao	 vídeo	na	posta-
gem.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
	�Consumidor	santista	considerou	que	não	fica	ostensiva	a	
natureza	publicitária	de	postagem	em	rede	social,	como	pedi-
do	pelo	Código.			
em	sua	defesa,	a	blogueira	rachel	Apollonio	informou	con-
siderar	desnecessária	a	menção	de	que	se	tratava	de	publici-
dade,	mas	alterou	o	anúncio,	fazendo	dele	constar	a	menção	
“#publi”.	 Já	 a	Alpargatas	 argumentou	 que	 a	 postagem	não	
estava	sob	sua	gestão,	mas	endossou	a	iniciativa	da	blogueira.
o	autor	do	voto	vencedor	recomendou	a	sustação.	para	ele,	
os	contornos	da	identificação	de	um	anúncio	em	redes	sociais	
é	matéria	superada	no	Conar.	seu	voto	foi	acompanhado	por	
maioria.
“	Dr.	LAVA	TuDo”“	ALpArgATAs	e	rACheL	ApoLLoNIo	–	
#DIADAsmãeshAVAIANAs”
•	representação	Nº	122/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	Dr.	Lava	Tudo	e	Lia	Camargo
•	 relator:	Conselheiro	everson	de	souza	Chaves	Jr.
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,	
letras	“a”	e	“b”,	do	Código
•	 representação	Nº	105/17	
•	Autor:	Conar,	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	havaianas	e	rachel	Apollonio	
•	 Voto	vencedor:	Conselheiro	André	porto	Alegre
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,		
letra	“c”,	do	Código
		ALÉm	DessAs,	ForAm	DebATIDAs	e	VoTADAs	em	JuLho	As	seguINTes	
represeNTAçÕes,	Que	se	eNCoNTrAm	em	FAse	De	reCurso
representação	Nº	115/17,	“Desodorante	Nivea	
Invisible	black	&	White	-	o	nº	1	do	brasil”.
resultado:	Alteração	por	unanimidade.	
representação	Nº	118/17,	"milnutri	-	Leite	adaptado	
para	a	infância”.
resultado:	Alteração	por	unanimidade.		
representação	Nº	123/17,	“É	bom.	É	do	bem,	é	Ypê".	
resultado:	Alteração	por	unanimidade.
	 30	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 30	 Dezembro	2017	•	N.	214	 31
boLeTIm	Do	CoNAr
	�para	 consumidor	 belo-horizontino,	 anúncio	 em	 jornal	 de	
modelo	da	mercedes	pode	 induzir	 ao	 engano	em	 relação	à	
condição	prometida	de	juro	zero,	que	só	se	torna	clara	depois	
da	leitura	de	lettering	de	pequena	dimensão.		
em	 defesas	 enviadas	 ao	 Conar,	 a	 concessionária	minas	
máquinas	e	a	montadora	consideraram	que	o	anúncio	apre-
senta	todas	as	informações	relevantes	para	o	esclarecimen-
to	do	consumidor,	respeitando	as	recomendações	do	Código	
no	que	tange	à	apresentação	de	preço	e	condições	de	paga-
mento.
o	relator	concordou	em	linhas	gerais	com	os	argumentos	
da	defesa	e	propôs	o	arquivamento	da	representação,	sendo	
acompanhado	por	unanimidade.
“	merCeDez-beNz	–	gLA	200	FLeX	eNDuro	
2017”
•	representação	Nº	303/16
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	mercedes-benz	e	minas	máquinas	
•	 relator:	Conselheiro	José	eduardo	santini
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
VERACIDADE os	ACÓrDãos	De	
JuNho/2017	
Veja	resumo	dos	acórdãos	das	representações	julgadas	
pelo	Conselho	de	Ética	em	sessão	conjunta	realizada	
dia	8,	em	são	paulo.
Foram	41	os	conselheiros	que	participaram	da	reunião:	gilberto	C.	Leifert,	presidente	do	Conselho	
de	Ética,	Adriana	pinheiro	machado,	Alceu	gandini,	
Ana	paula	Cherubini,	André	porto	Alegre,	Angela	
rehem,	Antonio	Jesus	Cosenza,	Antonio	Toledano,	
Carlos	Chiesa,	Cinthia	Ambrogi,	Cristina	De	bonis,	Cyd	
Alvarez,	eduardo	martins,	eliane	Quintella,	Fernando	
Calia,	Fernando	Justus	Fischer,	guto	belchior,	José	
eduardo	santini,	José	Francisco	Queiroz,	Jorge	Tarquini,	
José	maurício	pires	Alves,	Júlio	Abramczyk,	Licínio	
motta,	Luiz	Celso	piratininga	Jr,	Luiz	Fernando	
Constantino,	marcelo	benez,	márcio	Quartaroli,	manoel	
zanzotti,	Natalie	D'urso,	paulo	Chueiri,	pedro	renato	
eckersdorff,	rafael	Davini	Neto,	renata	garrido,	renato	
souza	Dias,	rodrigo	Tedesco,	ronaldo	De	Vitto,	rubens	
da	Costa	santos,	severino	Queiroz	Filho,	Taciana	
Carvalho,	Tania	pavlovsky	e	Vitor	morais	de	Andrade.
	 30	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 30	 Dezembro	2017	•	N.	214	 31
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE 
	�A	 bDF	 Nivea	 representou	 no	 Conar	 contra	 campanha	 em	
vários	meios	de	rexona	Invisible,	da	unilever,	contestando	afir-
mações	 de	 superioridade	 e	 os	 claims:	“Nada	 é	melhor	 contra	
manchas	e	transpiração”	e	“o	antimanchas	número	1	do	mun-
do”.	A	denunciante	considerou	ser	líder	de	vendas,	condição	essa	
que	 só	 poderia	 ser	 reivindicada	 pela	 denunciada	 se	 fossem	
somadas	as	vendas	de	produtos	que,	ainda	que	semelhantes,	são	
comercializados	com	diferentes	marcas.	Considerou	também	que	
a	unilever	não	apresentou	documentação	que	comprove	supe-
rioridade	de	desempenho.		
em	 reunião	 de	 conciliação	 entre	 as	 partes	 promovida	 pelo	
Conar	dirimiu-se	alguns	dos	questionamentos	e	decidiu-se	desde	
logo	que	não	haveria	acordo	em	relação	ao	claim	“...número	1”.	
Levado	ao	Conselho	de	Ética,	o	processo	teve	recomendação	
de	alteração	proposta	pela	autora	do	voto	vencedor.	ela	ponde-
rou	que	a	liderença	expressa	no	claim	“...número	1”	não	tem	jus-
tificativa,	dado	o	fato	de	o	produto	ser	comercializado	com	dife-
rentes	marcas	e	não	apenas	rexona.	se	o	anunciante	quiser	con-
tinuar	a	usar	o	claim,	a	autora	do	voto	vencedor	recomenda	que	
o	faça	destacando	a	própria	marca	ou	a	tecnologia	do	produto.	
Já	em	 relação	ao	outro	 claim,	achou-se	por	bem	 remeter	a	
decisão	 a	 reunião	 futura	 do	Conselho	de	 Ética,	 pois	 as	 partes	
trouxeram	abundantes	dados	de	pesquisa,	demandando	tempo	
para	serem	analisados.	
Quando	o	 julgamento	ocorreu,	o	 relator	propôs	e	 foi	aceita	
por	 maioria	 de	 votos	 a	 recomendação	 de	 alteração	 do	 claim	
“Nada	é	melhor...”,	para	evitar	confusão	junto	aos	consumido-
res,	uma	vez	que	as	pesquisas	não	possibilitavam	a	comprovação	
indiscutível	de	desempenho	superior	de	rexona.	
por	considerar	que	houve	demora	por	parte	da	unilever	em	
implementar	 recomendação	 deliberada	 na	 reunião	 anterior,	 a	
autora	do	voto	vencedor	propôs	a	advertência	à	anunciante.	seu	
voto	foi	aprovado	por	maioria.
Inconformada,	 a	 unilever	 ingressou	 com	 recurso,	 repisando	
seus	 argumentos,	 que	 foram	 parcialmente	 aceitos.	 A	 Câmara	
especial	 de	 recursos,	 acolhendo	 por	 unanimidade	 de	 votos	 a	
manifestação	do	relator,	recomendou	o	arquivamento	em	relação	
ao	uso	da	expressão	“Nada	é	melhor”	mas,	por	maioria	de	votos,	
acompanhando	voto	divergente,	confirmou	a	decisão	inicial	pela	
advertência	à	unilever	e	a	alteração	do	claim	“...número	1”.	
Foi	a	vez	da	bDF	Nivea	recorrer	da	decisão,remetendo	o	pro-
cesso	à	plenária	do	Conselho	de	Ética.	A	denunciante	não	se	con-
formou	 que	 a	 recomendação	 pela	 alteração	 do	 claim	
“...Número	1”,	reivindicando	a	sua	sustação	por	considerar	que	
a	tecnologia	dos	produtos	com	diferentes	marcas	não	é	idêntica	
e	 também	 porque	 sugere	 uma	 superioridade	 de	 desempenho	
que,	em	verdade,	é	de	vendas.
A	relatora	do	recurso	extraordinário	iniciou	seu	voto	notando	
a	 extensão	 deste	 processo,	 que	 ultrapassou	 mil	 páginas,	
demonstrando	a	sua	complexidade.	No	entanto,	a	decisão	reme-
tida	à	plenária	deve	ser	considerada	relativamente	simples:	pode	
a	 unilever	 considerar	 como	 uma	 coisa	 só	 as	 três	 marcas	 do	
desodorante,	tornando	assim	possível	o	claim	“...número	1”?.
A	relatora	concluiu	pela	proposta	de	manutenção	da	altera-
ção.	“A	unilever	 pode	 dizer	 que	 rexona	 Invisible	 é	 o	 produto	
mais	vendido	do	mundo	desde	que	explicite	que	é	vendido	sob	
diferentes	marcas	nominativas,	mas	não	pode	dizer	que	rexona	
Invisible	é	a	marca	mais	vendida	do	mundo,	já	que	apenas	a	mar-
ca	figurativa	é	igual	e	as	marcas	nominativas	são	diferentes”,	
escreveu	ela	em	seu	voto,	 frisando	que	o	claim	de	 liderança	
mundial	é	aceitável	“desde	que	se	refira	ao	produto	e	não	à	
marca”,	devendo	ser	acompanhado	de	disclaimer,	informan-
do	que	o	produto	é	vendido	sob	diferentes	marcas	nominati-
vas.	seu	voto	foi	aprovado	por	maioria.
“	NoVo	reXoNA	INVIsIbLe	–	NADA	É	
meLhor...”
•	representação	Nº	114/16,	em	recurso	extraordinário		
•	Autora:	bDF	Nivea
•	Anunciante:	unilever	brasil	
•	 relatores:	Conselheiros	paulo	Chueiri,	Tannia	Fukuda	
(voto	vencedor),	ricardo	ramos	Quirino,	Fernanda	
magalhães	(voto	divergente)	e	Adriana	pinheiro	machado
•	 sétima	Câmara,	Câmara	especial	de	recursos	e	plenária	
do	Conselho	de	Ética	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	4º,	23,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	
7º,	32,	letras	“a”	e	“c”,	e	50,	letra	“b”,	do	Código
	 32	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 33
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 33
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE 
os	ACÓrDãos	De	JuNho	/	2017
	�A	Whirlpool	trouxe	ao	Conar	queixa	contra	campanha	em	
TV	e	 internet	da	concorrente	samsung	veiculada	na	véspera	
do	 Dia	 das	 mães.	 segundo	 a	 denunciante,	 ao	 prometerem	
desconto	na	compra	de	um	segundo	produto	da	anunciante,	
as	peças	publicitárias	têm	potencial	para	induzir	os	consumi-
dores	ao	erro	quanto	aos	termos	da	oferta	divulgada	e	à	pró-
pria	disponibilidade	de	estoque.	A	Whirlpool	mencionou	lette-
ring	ilegível	presente	nos	anúncios,	o	que	impede	os	consumi-
dores	 de	 conhecerem	 melhor	 os	 contornos	 e	 limitações	 da	
oferta.	o	 relator	 concedeu	medida	 liminar	de	 sustação,	mas	
esta	foi	revogada	depois	de	pedido	da	samsung,	que	historiou	
medidas	saneadoras.	A	samsung	apoiou	a	sua	defesa	exata-
mente	nestas	providências.	
em	seu	voto,	o	 relator	acolheu	os	argumentos	da	Whirl-
pool,	 considerando	 irregular	 a	 campanha	 da	 samsung.	 por	
isso,	ele	recomendou	a	alteração	dos	anúncios	originais,	pena	
agravada	por	advertência	à	anunciante,	tendo	em	vista	des-
cumprimento	pontual	da	medida	liminar.	seu	voto	foi	aceito	
por	unanimidade.	
	�Consumidora	 de	 brasília	 (DF)	 considerou	 enganosas	 as	
imagens	 tipo	 antes	 e	 depois	 apresentadas	 em	 anúncio	 na	
internet	de	produto	que	promete	emagrecimento.	
Comunicado	da	abertura	do	processo	ético	pelo	Conar,	o	
anunciante	não	se	manifestou.
o	relator	concordou	com	a	consumidora	e	recomendou	a	
sustação	 agravada	 por	 advertência	 ao	 anunciante,	 Leandro	
Viana	Dias.	o	relator	notou	ainda	que	o	anúncio	foi	veicula-
do	em	um	blog	pirata	e	ilegal.	seu	voto	foi	aceito	por	unani-
midade.
“	ToDA	mãe	mereCe	sAmsuNg”“	LeANDro	VIANA	DIAs	(FIT	Turbo)	–	
emAgreçA	sem	soFrImeNTo”
•	representação	Nº	078/16	
•	Autora:	Whirlpool
•	Anunciante:	samsung
•	relator:	Conselheiro	Vitor	moraes	de	Andrade
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	Alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	23,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	
e	50,	letras	“a”	e	“b”,	do	Código
•	 representação	Nº	052/16	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Leandro	Viana	Dias	(Fit	Turbo)
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Toledano	romero
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras	
•	Decisão:	sustação	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	23,	27,	parágrafos	1º	
e	2º,	e	50,	letras	“a”	e	“c”,	do	Código
	 32	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 33
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 33
VERACIDADE 
	�A	L'oreal	denunciou	no	Conar	peças	publicitárias	–	 site,	
postagem	 de	médica	 em	mídia	 social	 e	material	 enviado	 a	
médicos	–	do	produto	hydraporin,	da	hypermarcas,	por	consi-
derar	que	levam	ao	entendimento	de	que	o	produto	pode	tra-
tar	dermatite.	Tal	 sugestão	contraria	a	natureza	do	produto,	
que	 é	 registrado	 junto	 às	 autoridades	 sanitárias	 como	 um	
hidratante.		
em	 sua	 defesa,	 a	 anunciante	 negou	 responsabilidade	 na	
postagem	e	informou	que	os	demais	materiais	questionados	
deixaram	de	circular	em	2016.
A	relatora	iniciou	seu	voto	lembrando	que	o	fato	de	uma	
peça	publicitária	 já	ter	deixado	de	ser	veiculada	não	 inibe	a	
manifestação	do	Conselho	de	Ética,	até	para	prevenir	even-
tuais	repetições	de	algo	que	contrarie	as	recomendações	do	
Código.
superada	 esta	 questão,	 ela	 recomendou	 a	 alteração	 da	
comunicação	de	hydraporin,	de	forma	que	não	sugira	que	o	
produto	tem	propriedades	medicamentosas.	seu	voto	foi	acei-
to	por	unanimidade.	
	�Consumidor	paulistano	pediu	verificação	pelo	Conselho	de	
Ética	de	anúncio	em	TV	de	produto	apresentado	como	capaz	
de	combater	o	alcoolismo.	Além	da	comprovação	de	eficiência	
do	produto	e	outras	afirmações,	o	consumidor	questionou	se	
ele	não	deveria	ter	registro	junto	às	autoridades	sanitárias.		
em	sua	defesa,	a	brVita	afirmou	considerar	que	o	anúncio	
não	traz	nenhum	elemento	que	possa	incorrer	em	enganosi-
dade.	Juntou	declaração	de	diretor	de	clínica	terapêutica	que	
confirma	bons	resultados	pelo	uso	do	produto.
o	relator	ponderou	que	a	defesa	não	comprovou	as	pro-
priedades	do	Dr	Drink,	 tampouco	a	 veracidade	da	alegação	
“testado	e	aprovado”	presente	no	anúncio.	Notou	também	o	
relator	a	ausência	do	registro	do	produto	junto	à	Anvisa.	por	
isso,	 recomendou	 a	 sustação	 agravada	 por	 advertência	 à	
brVita.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	hYDrAporIN	–	Amo	pArA	DermATITe	
ATÓpICA”
“Dr.	DrINK	–	br	VITA”
•	representação	Nº	084/17	
•	Autora:	L'oreal	brasil	
•	Anunciante:	hypermarcas	
•	 relatora:	Conselheira	Taciana	Carvalho
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	4º,	9º,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	
e	50,	letra	“b”	do	Código
•	 representação	Nº	079/16	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	brVita
•	 relator:	Conselheiro	Júlio	Abramczyk
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	sustação	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	23,	27,	parágrafos	1º	
e	2º,	e	50,	letras	“a”	e	“c”,	do	Código
	 34	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 34	 Dezembro	2017	•	N.	214	 35
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE
os	ACÓrDãos	De	JuNho	/	2017
	�Foi	uma	reclamação	de	consumidora	residente	em	brasília	
(DF)	que	motivou	esta	representação,	contra	anúncio	em	TV	e	
internet,	 de	 apresentação	 de	 sabão	 em	 pó.	A	 denunciante	
considerou	que	a	peça	publicitária	desrespeita	as	enfermeiras.	
Além	disso,	a	direção	do	Conar	notou	que	informação	relati-
va	à	eficiência	do	produto	na	eliminação	de	germes	e	bacté-
rias	está	desacompanhada	de	dados	comprobatórios.		
Anunciante	 e	 agência	 negaram,	 em	 defesa	 enviada	 ao	
Conar	 a	 interpretação	 da	 consumidora.	 Quanto	 ao	 claim	
questionado,	 informam	 que	 ele	 foi	 devidamente	 validado	
pelas	autoridades	sanitárias	após	testes.
orelator	 aceitou	 os	 argumentos	 da	 defesa	 e	 propôs	 o	
arquivamento,	voto	acolhido	por	unanimidade.	
	�oito	 reclamações	 de	 consumidores,	 residentes	 em	 são	
paulo,	Limeira	e	mairiporã	(sp),	Caseiros	(rs),	rio	(rJ)	e	Lagu-
na	(sC)	viram	sinais	de	discriminação	de	gênero	em	campanha	
da	cerveja	proibida,	na	qual	uma	das	apresentações	é	descri-
ta	como	“cerveja	para	macho”,	enquanto	que	outra	apresen-
tação,	denominada	“rosa	Vermelha	mulher”,	é	recomendada	
ao	público	feminino.	
Anunciante	e	agência	defenderam-se	no	Conar,	argumen-
tando	que	a	campanha	apenas	destaca	as	múltiplas	apresen-
tações	do	produto,	adequadas	a	diferentes	públicos.
os	conselheiros,	por	maioria	de	votos,	concordaram	com	os	
argumentos	 da	 defesa	 e	 recomendaram	 o	 arquivamento,	
seguindo	proposta	do	autor	do	voto	vencedor.
“	NoVo	brILhANTe	ANTIbAC”“	CerVeJA	proIbIDA	–	FAmÍLIA	proIbIDA	
puro	mALTe”
•	representação	Nº	061/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	unilever	brasil	e	JWT
•	relator:	Conselheiro	Fernando	Justus	Fischer
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	035/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Cerveja	proibida	e	Draftz
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	paulo	Chueiri
•	Quinta,	sexta,	sétima	e	oitava	Câmaras
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 34	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 34	 Dezembro	2017	•	N.	214	 35
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�Consumidora	de	 Itapema	(sC)	considerou	que	 filme	para	
TV	e	internet	de	Chamyto	constrange	pais	e	responsáveis	com	
o	 propósito	 de	 impingir	 consumo,	 o	 que	 é	 reprovado	 pelo	
Código	brasileiro	de	Autorregulamentação	publicitária,	além	
de	sugerir	que	o	produto	pode	favorecer	o	desenvolvimento	
intelectual	da	criança.		
A	anunciante	enviou	defesa	ao	Conar,	negando	as	motiva-
ções	da	denúncia,	considerando	que	a	peça	publicitária	 res-
peita	de	forma	estrita	a	ética	publicitária,	destacando,	antes,	
a	atenção	da	mãe	às	necessidades	do	filho.
A	relatora	concordou,	em	linhas	gerais,	com	os	argumentos	
da	defesa	e	propôs	o	arquivamento	da	representação,	voto	foi	
aceito	por	unanimidade.	
	�Consumidores	residentes	em	são	paulo	(sp),	Joinville	(sC)	
e	 Contagem	 (mg)	 enviaram	 e-mail	 ao	 Conar,	 protestando	
contra	 comercial	 em	TV	 e	 internet	 divulgando	 televisor	 da	
samsung.	para	os	consumidores,	a	peça	publicitária	dá	mau	
exemplo,	mostrando	assaltantes	invandindo	uma	residência,	
e	também	falha	na	definição	técnica	do	que	seria	um	televi-
sor	4K.		
o	anunciante	defendeu-se,	apelando	para	o	caráter	fran-
camente	humorístico	da	cena	e	para	a	veracidade	das	infor-
mações	técnicas.
o	relator	concordou,	em	linhas	gerais,	com	os	argumentos	
da	defesa	e	propôs	o	arquivamento,	voto	aceito	por	unani-
midade.
“	ChAmYTo	–	VAmos	DesCobrIr	o	LADo	
geNIAL	De	seu	FILho”
“	Não	LeVe	susTo,	K4	De	VerDADe	É	
sAmsuNg”
•	representação	Nº	037/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Nestlé
•	 relatora:	Conselheira	Cinthia	Ambrogi	Alonso
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	074/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	samsung	e	Cheil	brasil	
•	 relator:	Conselheiro	rodrigo	Tedesco
•	 segunda	e	Quarta	Câmaras
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 36	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 36	 Dezembro	2017	•	N.	214	 37
boLeTIm	Do	CoNAr
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA
ALÉm	DessAs,	ForAm	DebATIDAs	e	
VoTADAs	em	JuNho	As	seguINTes	
represeNTAçÕes,	Que	se	eNCoNTrAm	
em	FAse	De	reCurso
representação	Nº	086/17,	“Cetaphil	restora	Derm	–	
Desenvolvido	especialmente	para	a	pele	atópica”.	
resultado:	arquivamento	por	unanimidade.
representação	Nº	088/17,	“Campari	do	brasil	-	rolou	
um	clima”.
resultado:	sustação	por	unanimidade.
representação	Nº	101/17,	“Cerveja	proibida:	
acreditando	e	comemorando	com	você”.
resultado:	alteração	por	maioria	de	votos.
os	ACÓrDãos	De	JuNho	/	2017
	�Consumidora	 de	 guarulhos	 (sp)	 considera	 ambígua	 a	
apresentação	de	anúncio	de	produto	cosmético	veiculado	em	
blog.	o	Código	brasileiro	de	Autorregulamentação	publicitária	
recomenda	que	a	publicidade	deve	ser	explicita	e	facilmente	
reconhecida	como	tal	pelo	consumidor.	
A	blogueira	enviou	defesa	ao	Conar	na	qual	lamenta	que	
o	seu	post	possa	ter	causado	confusão,	informando	ter	altera-
do	o	anúncio,	deixando	claro	que	se	trata	de	publicidade.	Já	a	
Avon	considerou	que	a	forma	como	foi	exposta	a	mensagem	
não	 omitia	 a	 sua	 natureza,	mas	 que	mesmo	 assim,	 adotou	
providências	já	referidas	quando	da	abertura	do	processo	éti-
co	pelo	Conar.
A	relatora	recomendou	a	alteração	do	anúncio	original.	Já	
o	voto	complementar	foi	formulado	para	que	fique	claro	que	
da	peça	publicitária	deve	constar	a	informação	de	que	se	tra-
ta	de	publicidade.	os	votos	das	conselheiras	foram	acolhidos	
por	unanimidade.
“	FuTILIsh	–	Tá	CuIDANDo	Desse	rosTINho?	
beLezA,	eu	TesTeI”
•	representação	Nº	071/17	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	Avon	e	Futilish	por	Constanza	Fernandez
•	 relatora:	Conselheira	Cristina	De	bonis,	com	voto	
complementar	de	Taciana	Carvalho
•	 primeira	e	Terceira	Câmaras	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,	
letra	“b”	do	Código
	 36	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 36	 Dezembro	2017	•	N.	214	 37
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADEos	ACÓrDãos	De	
mAIo/2017
Veja	resumo	dos	acórdãos	das	representações	julgadas	
pelo	Conselho	de	Ética	em	maio,	em	sessões	realizadas	
dias	4,	11,	24	e	30,	em	são	paulo,	17,	no	rio	e	em	
brasília,	e	26,	em	porto	Alegre.
Foram	67	os	conselheiros	que	participaram	das	reu-niões:	Adriana	pinheiro	machado,	Alexandre	
gadret,	André	Coutinho	Nogueira,	André	porto	Alegre,	
Angela	rehem,	Antonio	Jesus	Cosenza,	Antonio	Jorge	
Alabi	pinheiro,	Antonio	Toledano	romero,	Ari	dos	
santos,	Armando	strozenberg,	Arnaldo	rosa,	Carla	
simas,	Carlos	Chiesa,	Cecília	mondino,	Clementino	
Fraga	Neto,	Clóvis	speroni,	Cristiano	Flores,	Cyd	
Alvarez,	Daniel	slaviero,	eliane	Quintella,	ernesto	
rodrigues,	Fernanda	magalhães,	Fernanda	Tomasoni	
Laender,	guliver	Augusto	Leão,	gustavo	de	oliveira,	
gustavo	Ferro,	guto	belchior,	herbert	zeizer,	José	
Francisco	Queiroz,	José	maurício	pires	Alves,	Júlio	
Abramczyk,	Lenize	baseggio,	Letícia	Lindenberg	de	
Azevedo,	Licínio	motta,	Lucas	Tadeu	melo	Câmara,	Luiz	
Celso	piratininga	Jr.,	Luiz	roberto	Valente	Filho,	Lula	
Vieira,	manoel	zanzoti,	marcelo	rech,	márcio	maffei,	
márcio	soave,	mariângela	Toaldo,	marlene	bregman,	
miguel	de	Luca,	milena	seabra,	mirela	Caldeira	Fadel,	
Nelcina	Tropardi,	oscar	mattos,	paulo	Chueiri,	pedro	
renato	eckersdorff,	rafael	Davini	Neto,	renato	pereira,	
renato	souza	Dias,	ricardo	Cravo	Albin,	ricardo	Difini	
Leite,	ricardo	melo,	ricardo	ramos,	rino	Ferrari	Filho,	
roberto	philomena,	rodrigo	Tedesco,	rubens	da	Costa	
santos,	sérgio	pompílio,	sirley	Fabian	de	Lima,	sonia	
maria	de	paula,	Tânia	pavlovsky	e	zander	Campos	da	
silva	Júnior.
	�Veio	 de	 consumidor	 carioca	 a	 queixa	 que	 motivou	 esta	
representação,	contra	anúncio	em	internet	de	rede	de	lancho-
nete.	segundo	o	consumidor,	apesar	de	efeito	sonoro	 típico,	
distingue-se	perfeitamente	calão	–	“aê	po...”	–	em	meio	ao	
anúncio.	ele	considerou	a	prática	deseducativa,	 inclusive	por	
se	 tratar	de	atividade	que	atrai	naturalmente	público	menor	
de	idade.
em	sua	defesa,	anunciante	e	agência	explicaram	o	contex-
to	criativo	do	anúncio,	ponderando	que	o	recurso	ao	calão	é	
justificado	pela	cultura	popular	e	também	pelofato	de	a	pro-
gramação	de	mídia	do	anúncio	ter	buscado	público	adulto.
o	relator	notou	em	seu	voto	que	publicidade	envolvendo	
calão	sempre	provoca	discussões	quando	trazida	ao	Conselho	
de	Ética,	havendo	quem	a	acate	pela	pertinência	de	uso	em	
função	de	posicionamento	de	marca,	estilo	de	comunicação,	
público-alvo	etc.	
No	caso	em	tela,	o	relator	notou	que	se	trata	de	empresa,	
produto,	planejamento	de	mídia	e	linguagem	(a	peça	publici-
tária	foi	protagonizada	por	um	youtuber)	próprias	de	jovens	
acima	de	18	anos.	por	isso,	ele	não	viu	problemas	na	forma	
como	o	calão	foi	apresentado.	propôs	o	arquivamento,	voto	
aceito	por	unanimidade.
“	bob’s	pICANhA	ArTesANAL”
•	representação	Nº	290/16
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor		
•	Anunciante	e	agência:	bob´s	e	ppr
•	relator:	Conselheiro	gustavo	Ferro
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 38	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 39
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 39
boLeTIm	Do	CoNAros	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
RESPEITABILIDADE
	�Consumidores	 queixaram-se	 ao	 Conar	 de	 bullyng	 decor-
rente	de	filmes	publicitários	divulgando	o	presunto	sadia,	que	
denomina	como	Luis	Augusto	produto	concorrente	de	baixa	
qualidade.	Foram	sete	as	reclamações	de	consumidores,	resi-
dentes	em	Leiria	(portugal),	Curitiba	e	são	Jerônimo	da	serra	
(pr),	são	Cristovão	(se),	Angra	dos	reis	(rJ)	e	são	José	(sC),	
que	 levaram	à	 abertura	 desta	 representação.	mais	 reclama-
ções	 continuaram	chegando	durante	a	 tramitação	da	 repre-
sentação.		
Anunciante	 e	 agência	 defenderam-se,	 alegando	 que	 o	
anúncio,	 veiculado	 em	TV	 e	 internet,	 está	 em	 consonância	
com	as	recomendações	do	Código	brasileiro	de	Autorregula-
mentação	publicitária,	não	ferem	valores	nem	estimulam	prá-
ticas	desrespeitosas.	 Lembrou	a	defesa	que,	 em	decisão	de	
2016,	o	Conselho	de	Ética	arquivou	representação	de	contor-
nos	semelhantes.
A	relatora	propôs	o	arquivamento.	para	ela,	o	filme	segue	
a	linha	da	irreverência,	com	cenas	irreais.	seu	voto	foi	acom-
panhado	por	maioria.	
	�Cartaz	afixado	no	vidro	traseiro	de	ônibus,	 ilustrado	com	
foto	de	um	casal	de	namorados	em	trajes	sumários,	trocando	
carícias,	e	o	título	acima,	foi	criticado	por	consumidora	cario-
ca,	que	o	 considerou	demasiado	erótico,	 tanto	mais	por	 ser	
exibido	em	mídia	exterior,	sem	que	seja	possível,	portanto,	fil-
trar	de	alguma	forma	para	qual	público	é	exibido.	
o	panda	hotel,	a	exemplo	do	que	ocorreu	em	outras	opor-
tunidades,	não	enviou	defesa	ao	Conar.
o	relator	recomendou	a	sustação,	acompanhada	por	una-
nimidade.	 ele	 escreveu	 em	 seu	 voto	 que,	 dentro	 de	 casa,	 o	
controle	do	acesso	das	crianças	e	adolescentes	a	publicações	
e	sites	com	conteúdo	erótico	cabe	aos	pais.	“Nas	vias	públi-
cas,	 porém,	 esta	 vigilância	 ao	 conteúdo	 das	mensagens	 na	
publicidade,	quando	denunciada,	compete	ao	Conar”.	
“	sADIA	–	LuIs	AugusTo	e	o	CAsAQuINho”	
e	“promoção	FATIA	DA	sorTe	sADIA”
“	pANDA	hoTeL	–	o	muNDo	reAL	É	mAIs	
gosToso	Que	o	VIrTuAL”
•	representação	Nº	036/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	brF	Foods	e	F/Nazca	s&s
•	relatora:	Conselheira	Letícia	Lindenberg	de	Azevedo
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	308/16
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	panda	hotel
•	 relator:	Conselheiro	Clóvis	speroni
•	 Terceira	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	19,	20,	22	e	50,	
letra	“c”	do	Código
	 38	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 39
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 39
RESPEITABILIDADE
	�seis	 profissionais	 de	 arquitetura	 e	 urbanismo	 enviaram	
queixa	 ao	 Conar	 contra	 anúncio	 da	 construtora	 Andrade	
gutierrez.	os	reclamantes,	residentes	em	Natal	(rN),	Aracaju	
(se),	brasília	(DF),	Vitória	(es)	e	rio	branco	(AC),	entenderam	
que	os	anúncios,	um	spot	de	rádio,	discrimina	e	desvaloriza	a	
atividade	dos	arquitetos.		
Anunciante	 e	 sua	 agência	 defenderam-se	 explicando	 os	
contornos	da	campanha	e	considerando	que	os	spots	usam	de	
linguagem	coloquial,	de	 forma	a	 favorecer	o	contato	com	o	
público.
o	autor	do	voto	vencedor	concordou	em	princípio	com	os	
argumentos	 da	 defesa,	 mas	 recomendou	 a	 advertência	 à	
Andrade	gutierrez	e	à	heads,	de	forma	que	estejam	“atentos	
ao	mencionar	categorias	profissionais	em	seus	anúncios”.	seu	
voto	foi	aprovado	por	maioria.	
	�Consumidor	 de	 guarulhos	 (sp)	 considerou	 que	 filme	 da	
Claro	veiculado	em	TV	e	internet,	mostrando	zumbis,	abusa	do	
medo	e	da	violência,	prática	reprovada	pelo	Código,	podendo	
despertar	o	temor,	principalmente	em	crianças.		
Anunciante	e	agência	consideraram	que	o	filme	parodiou	
de	forma	cômica	conhecida	série	televisiva,	 informando	que	
ele	foi	veiculado	majoritariamente	em	programação	destina-
da	a	público	adulto.
A	relatora	aceitou	estes	e	outros	argumentos	da	defesa	e	
propôs	o	arquivamento,	acompanhado	por	unanimidade.
“	ANDrADe	guTIerrez	–	A	meLhor	mANeIrA	
De	AgIr”
“CLAro	–	zumbIs”
•	representação	Nº	043/17	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Andrade	gutierrez	e	heads
•	Voto	vencedor:	Conselheiro	paulo	Chueiri
•	 sétima	Câmara
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	19,	20	e	50,	letra	“a”	
do	Código
•	 representação	Nº	042/17	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Claro	e	Talent	marcel
•	 relatora:	Conselheira	milena	seabra	Ferreira
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 40	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 40	 Dezembro	2017	•	N.	214	 41
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	�Dois	 consumidores,	 residentes	 em	 são	 José	 dos	Campos	
(sp)	e	santa	maria	(rs),	acusaram	no	Conar	inadequação	de	
filme	para	TV	de	modelo	da	Citroën,	ao	insinuar	cena	de	sexo	
dentro	de	automóvel,	o	que	teria	sido	agravado	pelo	fato	de	
o	 filme	 ser	 acessível	 a	 menores	 de	 idade.	 em	 sua	 defesa,	
anunciante	e	agência	consideraram	o	filme	respeitoso,	sendo	
a	sua	programação	de	mídia	dirigida	a	público	adulto.
o	relator	não	viu	no	filme	desacordo	com	as	recomenda-
ções	do	Código	ético-publicitário,	pelo	que	propôs	o	arquiva-
mento,	voto	aceito	por	unanimidade.	
	�Queixas	 enviadas	 por	 consumidores	 residentes	 em	 são	
paulo	(sp)	e	uberlândia	(mg)	motivaram	esta	representação,	
contra	filme	para	TV	promovendo	modelo	da	Ford.	eles	consi-
deraram	desrespeitosos	os	termos	do	anúncio,	que	mostra	a	
mulher	 interrompendo	e	desautorizando	o	marido	perante	o	
vendedor.	mais	queixas	foram	recebidas	pelo	Conar	durante	a	
tramitação	do	processo	ético.	
em	sua	defesa,	anunciante	e	agência	argumentaram	que	o	
filme	mostra	a	desconstrução	do	machismo,	mas	sem	externar	
discriminação.
o	relator	propôs	o	arquivamento,	voto	aceito	por	unanimi-
dade,	 por	 não	 ter	 encontrado	 nada	 no	 filme	 que	 contrarie	
recomendação	 do	 Código.	 ele	 notou	 em	 seu	 voto	 que	 três	
mulheres	enviaram	queixa	ao	Conar	contra	o	comercial.
“	CITrÖeN	INspIreD	bY	You”“	ForD	KA	2018	–	DrIVe	Thru”
•	representação	Nº	057/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	peugeot	Citroën	e	havas	
•	 relator:	Conselheiro	herbert	zeizer
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	046/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Ford	e	JWT
•	relator:	Conselheiro	herbert	zeizer
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 40	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 40	 Dezembro	2017	•	N.214	 41
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
	�Anúncio	de	produto	alimentício	de	apelo	infantil	veiculado	
em	 emissora	 de	TV	 por	 assinatura	 contém	 frase	 imperativa:	
“experimente	uma	sobremesa	sem	medo...”.			
em	 sua	 defesa,	 o	 anunciante	 informou	 ter	 suspendido	 a	
exbição	do	anúncio	tão	logo	cientificado	da	abertura	da	repre-
sentação	no	Conar,	informação	validada	pela	emissora.
o	relator	considerou	indiscutível	o	apelo	imperativo	de	con-
sumo	dirigido	a	menor	de	idade,	o	que	é	frontalmente	repro-
vado	pelo	Código	brasileiro	de	Autorregulamentação	publici-
tária.	por	isso,	recomendou	a	alteração,	voto	aceito	por	una-
nimidade,	 consignando	 cumprimentos	 ao	 anunciante	 pela	
adesão	à	ética,	antes	do	julgamento.		
	�Consumidor	 enviou	 e-mail	 ao	 Conar	 reclamando	 de	
comercial	em	TV.	ele	viu	desrespeito	à	figura	do	marido,	que	
resta	imóvel	no	sofá	enquanto	a	mulher	descreve	as	suas	inú-
meras	 tarefas.	 o	 anunciante	 defendeu-se,	 alegando	 recurso	
óbvio	ao	lúdico	e	ao	bom	humor	para	mostrar	uma	situação	
cotidiana.
o	 relator	 acolheu	 os	 argumentos	 da	 defesa	 e	 propôs	 o	
arquivamento,	voto	aceito	por	unanimidade.	para	ele,	não	há	
no	 filme	 qualquer	 desmerecimento	 às	 recomendações	 do	
Código.
“JosApAr	–	boLos	suprAsoY”“	orQuÍDeA	–	bIsCoITos	sorTIDos”
•	representação	Nº	230/16
•	Autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	Anunciante:	Josapar
•	 relator:	Conselheiro	Alexandre	Alvarez	gadret
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	37	e	50,	letra	“b”	do	
Código	e	seu	Anexo	h
•	representação	Nº	065/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Tondo
•	relator:	Conselheiro	roberto	Veronezi	philomena
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 42	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 42	 Dezembro	2017	•	N.	214	 43
os	ACÓrDãos	De	Dezembro	/	2015 boLeTIm	Do	CoNArboLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 43
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA 
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	�reclamação	 de	 consumidora	 paulistana	 motivou	 esta	
representação,	contra	anúncio	em	blog,	por	não	considerá-lo	
claramente	identificado	como	publicidade.		
A	saudavel.com	defendeu-se,	alegando	desconhecer	que	a	
publicação	 estava	 em	 desacordo	 com	 a	 ética	 publicitária,	
informando	que	o	blog	mencionava	personagem	fictícia	e	que	
já	foi	retirado	do	ar.
para	evitar	a	reprodução	de	casos	análogos,	o	relator	reco-
mendou	a	advertência	aos	denunciados	Kaiser	Intermediação	
de	Negócios	e	saudavel.com.,	de	forma	a	servir	de	exemplo	a	
“outras	pessoas	ou	empresas	que	possam	usar	uma	forma	tão	
danosa	 à	 verdadeira	 publicidade”,	 como	 escreveu	 em	 seu	
voto,	que	foi	aprovado	por	unanimidade.
	�o	Conar	recebeu	reclamações	de	consumidoras	residentes	
em	santa	maria	madalena	(rJ)	e	são	paulo	(sp).	elas	questio-
naram	 a	 apresentação	 da	 publicidade	 em	 posts	 de	 redes	
sociais,	que	não	teriam	ficado	claramente	expostos	como	tal,	
como	 recomenda	 expressamente	 o	Código	 ético-publicitário	
em	sua	seção	6.	As	consumidoras	temem	que	a	publicidade	
possa	 ser	 confundida	 com	 material	 jornalístico	 ou	 opinião	
pessoal	dos	autores	do	post.		
estes	–	Christian	Figueiredo,	Danielle	Dias	e	mayla	Araujo	
–	defenderam-se	no	Conar,	alegando	que	respeitaram	de	for-
ma	estrita	as	recomendações	do	Código,	inclusive	com	expo-
sição	ostensiva	da	marca	do	anunciante.	Já	a	badoo	deu	infor-
mações	sobre	a	forma	de	contratação,	que	incluía	a	explicita-
ção	de	que	se	tratava	de	publicidade.	um	dos	posts	foi	altera-
dos	após	a	abertura	do	processo	ético	pelo	Conar.
A	relatora	propôs	a	alteração,	de	forma	a	reforçar	a	natu-
reza	publicitária	dos	posts,	sugerindo	como	modelo	a	altera-
ção	 feita	 espontaneamente	 por	 um	 dos	 sites.	 seu	 voto	 foi	
aceito	por	unanimidade.
“	KAIser	e	sAuDAVeL.Com	–	Turbo	sLIm”“	bADoo,	ChrIsTIAN	FIgueIreDo,	DANIeLLe	
DIAs	e	mAYLA	ArAuJo	–		#peopLeNeArbY”
•	representação	Nº	064/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Kaiser	Intermediação	de	Negócios	e	
saudavel.com	
•	 relator:	Conselheiro	José	Francisco	Queiroz
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	9º,	23,	28,	30	e	50,		
letra	“a”	do	Código
•	 representação	Nº	050/17	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciantes:	badoo,	Christian	Figueiredo,	Danielle	Dias	
e	mayla	Araujo
•	 relatora:	Conselheira	Cecilia	bottai	mondino
•	 primeira	Câmara
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	27,	28,	30	e	50,	
letra	“b”	do	Código
	 42	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 42	 Dezembro	2017	•	N.	214	 43
boLeTIm	Do	CoNAr
	 Dezembro	2017	•	N.	214	 43
IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA 
	�A	direção	do	Conar	propôs	representação	ao	Conselho	de	
Ética	contra	anúncio	em	internet	da	Fini,	por	considerar	que	a	
peça	não	está	claramente	definida	como	publicidade,	o	que	é	
uma	recomendação	expressa	do	Código.		
em	sua	defesa,	a	Fini	negou	tratar-se	de	publicidade,	infor-
mando	que	a	ação	de	divulgação	foi	de	iniciativa	exclusiva	do	
site	Crescendo	com	Luluca,	não	envolvendo	compra	de	espa-
ço	ou	qualquer	outra	negociação	comercial.	Notou	a	defesa	
que	 alguns	 dos	 produtos	 provados	 na	 ação	 chegam	 a	 ser	
reprovados.	A	responsável	pelo	site	manifestou-se,	ratificando	
as	informações	trazidas	pela	Fini.
em	seu	voto,	a	relatora	escreveu	ser	legítima	a	publicidade	
em	 canais	 de	 internet.	 “o	 problema”,	 afirmou	 ela,	 “ocorre	
quando	infringe	o	Código	no	que	se	refere	a	publicidade	fei-
ta	com	crianças”.
A	 relatora	 observa	 que	 as	 novas	 oportunidades	 abertas	
pela	internet	deram	“origem	a	uma	gigantesca	e	incontrolá-
vel	quantidade	de	conteúdos,	onde	todos	têm	o	livre	arbítrio	
para	 falar	 o	 que	 quiser	 e	 compartilhar	 as	 suas	 experiências	
sobre	produtos	e	serviços.	e	é	verdade	que	nem	todas	as	mar-
cas	chegam	a	saber	de	todas	as	conversas	em	que	elas	estão	
inseridas.	em	muitos	casos	é	praticamente	impossível”.
No	 entanto,	 a	 relatora	 nota	 que	 há	 muitas	 ferramentas	
para	tanto.	“em	um	cenário	ideal,	todas	as	marcas	deveriam	
monitorar	e	gerenciar	as	conversas	a	seu	respeito	nas	mídias	
sociais,	fortalecendo	as	suas	estratégias	nos	pontos	vulnerá-
veis	e	se	defendendo	quando	forem	injustamente	atingidas”,	
escreveu	ela.
ela	baseou	o	seu	voto,	pela	advertência	à	Fini,	no	fato	de	
haver	localizado	na	internet	várias	peças	publicitárias	onde	a	
marca	 da	 empresa	 aparece	 em	 situações	 semelhantes,	 de	
degustação	de	seus	produtos	por	menores	de	idade.	“No	caso	
desta	 representação,	 apesar	 dos	 argumentos	 da	 defesa,	 os	
fatos	apontam	para	a	existência	de	um	relacionamento	com	
benefícios	claros	e	muito	grandes	para	pelo	menos	uma	das	
partes	–	a	Fini”.	por	 isso,	a	relatora	recomendou	à	empresa	
que	 monitore	 os	 conteúdos	 sobre	 a	 sua	 própria	 marca	 na	
internet,	sobretudo	em	canais	comandados	por	crianças,	evi-
tando	 ser	 surpreendida	 por	 ações	 deste	 tipo.	 seu	 voto	 foi	
acompanhado	por	unanimidade.
“	eXperImeNTANDo	DoCes	FINI	–	LuLuCA”
•	representação	Nº	056/17	
•	Autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	Anunciantes:	Fini	e	Crescendo	com	Luluca
•	 relatora:	Conselheira	marlene	bregman	
•	 primeira	Câmara
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	23,	28,	30,	37	e	50,	
letra	“a”	do	Código	e	seu	Anexo	h
	 44	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 44	 Dezembro	2017	•	N.	214	 45
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
	�Consumidor	paulistano	considerou-se	induzido	ao	engano	
por	comercial	de	TV	das	Óticas	Carol,	oferecendo	desconto	na	
compra	 de	 óculos	 proporcional	 à	 idade	 do	 consumidor.	 Na	
loja,	ele	foi	informado	de	que	o	desconto	valia	apenas	para	a	
armação	e	era	limitado	a	algumas	marcas	mais	caras	entre	as	
várias	disponíveis.A	loja	considerou	que	as	limitações	da	pro-
moção	constavam	de	lettering	no	filme	publicitário.	o	consu-
midor,	porém,	o	considerou	ilegível.			
em	 sua	 defesa,	 anunciante	 e	 agência	 informaram	que	 a	
promoção	já	existe	há	dez	anos	e	nunca	gerou	confusão	jun-
to	 aos	 consumidores.	No	mérito,	 consideraram	os	 termos	 e	
apresentação	do	comercial	suficientes	para	informar	correta-
mente	os	contornos	da	oferta.	
em	primeira	instância,	o	relator	votou	pela	alteração,	por	
concordar	com	o	ponto	de	vista	do	consumidor.	seu	voto	foi	
aceito	por	unanimidade.
As	Óticas	Carol	recorreram	da	decisão	e,	em	segunda	ins-
tância,	viram	por	maioria	de	votos	a	recomendação	inicial	ser	
alterada	 para	 advertência.	o	 autor	 do	 voto	 vencedor	 levou	
em	conta	que	a	peça	publicitária	informa	os	critérios	da	pro-
moção,	ressalvando,	porém,	a	difícil	leitura	do	lettering.	
	�A	unilever	 reclamou	no	Conar	 contra	 o	 claim	 acima,	 na	
embalagem	de	sabonete	da	bDF	Nivea,	considerando-o	exces-
sivo	e	descolado	de	disclaimer	–	“100%	de	aprovação	em	tes-
te	de	percepção	realizado	com	consumidoras”	–,	que	julga	ser	
de	difícil	leitura.	para	a	denunciante,	afirmação	tão	categórica	
quanto	a	do	claim	não	pode	ser	comprovada,	independente-
mente	de	pesquisas.	
A	bDF	Nivea	defendeu-se,	considerando	claim	e	disclaimer	
corretos,	convenientemente	apresentados	e	devidamente	res-
paldados	por	pesquisas.	reunião	de	conciliação	entre	as	par-
tes	promovida	pelo	Conar	não	resultou	em	acordo.
A	relatora	de	primeira	instância	lembrou	em	seu	voto	que	
o	 Código	 aceita	 claims	 absolutos,	 desde	 que	 devidamente	
comprovados.	ela	concordou,	porém,	que	tanto	pela	natureza	
da	pesquisa	quanto	pelo	número	de	pessoas	que	participaram	
dela,	 possa	 resultar	 em	 um	 entendimento	 distorcido	 pelos	
consumidores.	 por	 isso,	 propôs	 a	 alteração,	 para	que	a	bDF	
Nivea	esclareça	mais	no	disclaimer	os	contornos	da	pesquisa,	
para	se	evitar	o	excesso	de	generalidade	do	claim.	seu	voto	
foi	aceito	por	unanimidade.
A	anunciante	recorreu	da	decisão	mas	ela	foi	confirmada	
por	unanimidade	pela	câmara	revisora,	seguindo	recomenda-
ção	do	relator	do	recurso.	
“ÓTICAs	CAroL”“	bDF	NIVeA	–	AproVADo	por	100%	Dos	
CoNsumIDores”
•	representação	Nº	020/17,	em	recurso	ordinário	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante	e	agência:	Óticas	Carol	e	Comunicação	
explícita
•	 relatores:	Conselheiros	paulo	Celso	Lui	e	Licínio	motta
•	 segunda	Câmara	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	Advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º,	3º	e	
5º,	e	50,	letra	“a”	do	Código
•	 representação	Nº	281/16,	em	recurso	ordinário		
•	Autora:	unilever	brasil	
•	Anunciante:	bDF	Nivea
•	 relatores:	Conselheiros	Ana	paula	Cherubini	dos	santos	
e	ricardo	ramos	Quirino
•	 sexta	e	sétima	Câmaras	e	Câmara	especial	de	recursos	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	4º,	14,	15,	17,	23,	27,	
parágrafos	1º,	2º	e	7º,	e	50,	letra	“b”	do	Código
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	 44	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 44	 Dezembro	2017	•	N.	214	 45
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
	�Consumidor	belo-horizontino	denunciou	ao	Conar	anúncio	
em	jornal	de	revenda	automotiva	com	informações	que	consi-
derou	incompletas	e	enganosas	sobre	a	forma	de	pagamento	
de	modelo	da	Ford,	em	desconformidade	com	o	recomendado	
pelo	Código	ético-publicitário.		
A	 Ford	 Caoa	 defendeu-se,	 refutando	 os	 argumentos	 do	
consumidor.	para	a	anunciante,	a	peça	publicitária	tem	todas	
as	informações	relevantes	para	a	decisão	dos	interessados.
o	relator	não	acolheu	este	e	outros	argumentos	da	defesa.	
para	ele,	falta	clareza	na	apresentação	visual	do	apelo	“taxa	
0%”.	“se	deixarmos	como	está”,	escreveu	ele	em	seu	voto,	
“todos	os	anúncios	desta	empresa	seguirão	trazendo	insegu-
rança	e	confundindo	a	decisão	sobre	qual	a	melhor	maneira	
de	adquirir	o	veículo,	até	que	se	perceba,	através	de	informa-
ções	complementares,	que	é	necessário	dar	uma	entrada	sig-
nificativa	para	se	obter	a	taxa	0%”.
por	isso,	ele	propôs	a	alteração,	agravada	por	advertência	
à	Ford	Caoa	pelo	fato	da	representação	299/16	já	ter	trata-
do	de	problema	semelhante.	seu	voto	foi	aceito	por	unani-
midade.	
	�o	 Conar	 recebeu	 ofício	 da	 6ª	 promotoria	 de	 Justiça	 de	
gurupi	(To)	pedindo	manifestação	do	Conselho	de	Ética	sobre	
a	eventual	prática	de	publicidade	abusiva	de	uma	escola	da	
cidade,	que	divulgou	em	mídia	exterior	e	internet	que	adota	
filosofia	de	 colégio	militar	e	que	há	 relacionamento	entre	o	
estabelecimento	de	ensino	e	o	Comando	geral	da	pm	da	cida-
de,	que	desmentiu	esta	informação.		
em	 sua	 defesa,	 o	 Castelinho	 deu	 notícias	 dos	 contatos	
verbais	entre	as	partes	para	avaliar	as	possibilidades	de	par-
ceria	que,	entretanto,	não	evoluiu.	A	defesa	reconheceu	que	
a	divulgação	do	fato	pode	ter	induzido	a	interpretações	equi-
vocadas,	mas	que	fora	exposta	por	menos	de	um	dia.
o	relator,	pesando	os	argumentos	da	defesa,	recomendou	
o	arquivamento	da	representação,	por	considerar	que	a	breve	
exposição	da	peça	em	mídia	exterior	não	causou	prejuízos	e	
que	a	inserção	em	internet	se	deu	em	página	pessoal	e	não	
no	site	da	escola.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
“	ForD	CAoA	–	CArNAVAL	ImperDÍVeL	
CAoA”
“o	CAsTeLINho	–	esCoLA	mILITAr”
•	representação	Nº	038/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Ford	Caoa
•	relator:	Conselheiro	rafael	Davini	Neto
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	27,	parágrafos	1º,	2º	e	3º,	e	
50,	letras	“a”	e	“b”	do	Código
•	 representação	Nº	023/17	
•	Autor:	Conselho	superior	do	Conar	
•	Anunciante:	Centro	educacional	o	Castelinho
•	 relator:	Conselheiro	zander	Campos	da	silva	Jr.
•	Quarta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 46	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 46	 Dezembro	2017	•	N.	214	 47
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
	�Consumidor	 de	 Carapicuiba	 (sp)	 informou	 que	 a	 oferta	
acima,	divulgada	em	cartaz	afixado	na	vitrine	da	loja,	leva	a	
engano.	 Vendedora	 explicou-lhe	 que	 há	 várias	 restrições,	
informadas	em	letras	pequenas	no	cartaz.			
A	anunciante	defendeu-se	no	Conar,	explicando	os	contor-
nos	da	promoção	e		alegando	que,	por	tratar	com	consumi-
dores	de	alto	poder	aquisitivo,	estes	entenderiam	facilmente	
a	existência	de	limites	e	restrições.
A	relatora	deu	razão	ao	consumidor,	considerando	que	a	
loja	deve	expor	sem	medo	as	exceções	à	promoção.	propôs	a	
alteração,	voto	aceito	por	unanimidade.	
	�Consumidora	 de	 balneário	 Camburiú	 (sC)	 reclamou	 ao	
Conar	de	anúncio	em	TV	e	internet	de	escola	de	idiomas,	por	
considerar	 injustificável	 a	 alegação	 de	 que	 é	 o	 único	 “que	
garante	o	domínio	do	 inglês	 em	dois	 anos	 e	meio”.	 para	 a	
consumidora,	 não	 é	 possível	 garantir	 o	 aprendizado	 de	 um	
idioma	em	um	dado	período	de	tempo.	
A	Influx	Idioma	enviou	defesa	ao	Conar,	onde	reafirmou	a	
veracidade	da	informação,	juntando	certificação	e	esclarecen-
do	que	há	mais	dados	no	próprio	site.
A	relatora	acolheu	as	explicações	da	anunciante,	mas	pon-
derou	que	os	esclarecimentos	necessários	à	correta	compre-
ensão	do		não	estão	presentes	no	filme	objeto	desta	represen-
tação,	sequer	que	se	busque	mais	informações	no	site.	“Con-
sidero	que	quando	uma	informação	é	importante,	ainda	mais	
em	se	tratando	da	promessa	central	do	anunciante,	é	preciso	
que	ele	ofereça	esclarecimentos	mínimos”,	escreveu	a	relator.
por	isso,	ela	propôs	a	alteração,	voto	acolhido	por	unanimi-
dade	e	complementado	pela	recomendação	específica	da	pro-
messa	de	aprendizado	no	prazo	prometido,	pelo	 fato	de	ela	
ter	restado	sem	comprovação.		
“sIberIAN	–	ToDA	LoJA	ATÉ	r$	99,90”“INFLuX	eNgLIsh	sChooL	–	resTAurANTe”
•	representação	Nº	049/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	deconsumidor	
•	Anunciante:	Valdac
•	 relatora:	Conselheira	Tânia	Ferreira	pavlovsky
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	23,	27	e	50,	letra	“b”	
do	Código
•	 representação	Nº	045/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	método	Influx	Idiomas
•	 relatora:	Conselheira	mariângela	m.	Toaldo	com	voto	
complementar	de	Ary	dos	santos
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	20	e	50,	letra	“b”	do	
Código	e	seu	Anexo	b
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	 46	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 46	 Dezembro	2017	•	N.	214	 47
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
	�Consumidor	paulistano	enviou	e-mail	ao	Conar,	queixan-
do-se	 de	 anúncio	 em	 TV	 e	 internet	 divulgando	 feirão	 da	
Toyota.	segundo	ele,	as	promessas	de	pagamento	pelo	veí-
culo	usado	oferecido	como	entrada	na	transação	não	se	con-
firmaram.		
em	sua	defesa,	a	montadora	alega	que	as	condições	para	
fruição	de	benefício	foram	relacionadas	na	exposição	da	ofer-
ta	e	que	havia	esta	menção	nas	peças	publicitárias.	os	veícu-
los	 levados	 pelo	 consumidor	 ao	 feirão	 não	 atendiam	 a	 tais	
condições.
o	relator	acolheu	os	argumentos	da	defesa,	considerando	
que	os	anúncios	da	Toyota	respeitaram	as	recomendações	do	
Código.	seu	voto	foi	aceito	por	unanimidade.		
	�Consumidor	de	magé	(rJ)	contestou	no	Conar	a	veracida-
de	de	anúncio	em	internet	de	modelo	de	aparelho	celular	da	
samsung,	apresentado	como	resistente	à	água.	posteriormen-
te,	 foi	 informado	 pelo	 sAC	 da	 empresa	 que	 o	 modelo	 não	
poderia	ser	exposto	a	líquidos.			
em	sua	defesa	a	samsung	reafirmou	as	informações	cons-
tantes	do	anúncio,	devidamente	certificadas,	desde	que	elas	
obedeçam	aos	 limites	do	manual	do	aparelho,	por	exemplo	
imersão	em	água	pelo	tempo	máximo	de	30	minutos.
o	relator	aceitou	os	termos	da	defesa	e	propôs	o	arqui-
vamento	da	 representação,	 voto	acompanhado	por	unani-
midade.
“	FeIrão	De	FábrICA	ToYoTA!	seu	usADo	
VALe	100%	DA	TAbeLA	FIpe”
“sAmsuNg	–	gALAXY	s7	eDge”
•	representação	Nº	058/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Toyota
•	 relator:	Conselheiro	márcio	soave
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	053/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor		
•	Anunciante:	samsung
•	relatores:	Conselheiros	Lucas	Tadeu	melo	Camara
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 48	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 48	 Dezembro	2017	•	N.	214	 49
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
	�Consumidora	de	ribeirão	preto	(sp)	queixou-se	no	Conar	
contra	anúncio	em	internet	de	ótica,	divulgando	oferta	que,	
segundo	ela,	omite	informação	importante:	a	de	que	o	des-
conto	na	armação	 só	é	 concedido	em	caso	de	 compra	de	
lentes.			
o	anunciante	defendeu-se,	enviando	reprodução	do	anún-
cio	onde	consta	a	restrição.
o	relator	deu	razão	aos	argumentos	do	anunciante,	consi-
derando	 ter	 havido	 distração	 do	 consumidor.	 Votou	 pelo	
arquivamento,	sendo	acompanhado	por	unanimidade.	
	�Consumidor	 de	 hortolândia	 (sp)	 questionou	 no	 Conar	 a	
apresentação	 de	 preço	 de	 curso	 em	 anúncio	 na	 internet.	o	
valor	de	r$	12,90/mês	é	divulgado	sem	informação	adicional	
sobre	o	número	de	parcelas	e	o	valor	total	do	curso.	o	resul-
tado	é	que	ele	teve	debitado	em	seu	cartão	de	crédito	o	valor	
de	r$	154,80,	relativo	a	duração	completa	do	curso.	
A	Abril	Comunicação	enviou	defesa	ao	Conar	onde	 infor-
mou	ter	procurado,	na	medida	das	suas	possibilidades,	corri-
gir	o	erro	junto	ao	consumidor	e	que	já	procedeu	às	alterações	
no	anúncio.
o	relator	deu	razão	ao	consumidor	e	recomendou	a	altera-
ção	agravada	por	advertência	à	anunciante.	seu	voto	foi	acei-
to	por	unanimidade.		
“	ArmAção	preço	ÚNICo	r$	49,90	–		
ÓTICA	gAssI”
“	AbrIL	–	AssINe	guIA	Do	esTuDANTe	pLAY	e	
sAIA	NA	FreNTe	NA	prepArAção	pArA	o	
eNem”
•	representação	Nº	076/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Ótica	gassi
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Toledano	romero
•	 sexta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	070/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Abril	Comunicações
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Jesus	Cosenza
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	e	advertência	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	27	e	50,	letras	“a”	e	“b”	
do	Código	e	seu	Anexo	b
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	 48	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 48	 Dezembro	2017	•	N.	214	 49
boLeTIm	Do	CoNAr
VERACIDADE
	�Anúncio	em	internet	de	modelo	da	Citroën	não	atende	
às	recomendações	da	ética	publicitária	na	apresentação	do	
preço	total	do	veículo,	conforme	denúncia	enviada	ao	Conar	
por	consumidora	de	Nazaré	paulista	(sp).	A	anunciante	con-
testou	estas	alegações,	considerando	que	o	anúncio	respei-
ta	as	recomendações	do	Código.
o	relator	concordou	com	o	ponto	de	vista	da	defesa	e	pro-
pôs	o	arquivamento	da	representação,	acolhido	por	unanimi-
dade.
	�Consumidor	de	belo	horizonte	(mg)	denunciou	ao	Conar	
panfleto	 publicitário	 divulgando	 lançamento	 imobiliário.	
Incomodou	o	consumidor	o	fato	de	o	bairro	mencionado	no	
panfleto	como	localização	do	lançamento	não	corresponder	
àquele	especificado	no	mapa	da	prefeitura	da	cidade.
em	 sua	 defesa,	 a	 anunciante	 reafirmou	 a	 veracidade	 da	
informação.	o	relator	aceitou	os	argumentos	da	defesa,	con-
siderando	que	a	prefeitura	não	atualizou	as	suas	informações,	
dando	 origem	 à	 confusão.	Votou	 pelo	 arquivamento,	 sendo	
acompanhado	por	unanimidade.	
“CITroËN	C3	orIgINe	pure	TeCh”“	pATrImAr	–	LANçAmeNTo	sANTo	
AgosTINho”
•	representação	Nº	081/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	peugeot	Citroën	do	brasil	
•	 relator:	Conselheiro	marcio	maffei
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
•	 representação	Nº	077/17	
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	patrimar	engenharia
•	 relator:	Conselheiro	Antonio	Jesus	Cosenza
•	 sétima	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
	 50	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 50	 Dezembro	2017	•	N.	214	 51
boLeTIm	Do	CoNAr
DIREITOS AUTORAIS MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE
	�Consumidor	 recifense	 enviou	 denúncia	 ao	 Conar,	 contra	
anúncio	em	folheto,	divulgando	como	medicamento	produto	
que	é,	em	verdade,	um	alimento.		
A	anunciante,	a	Kley	hertz,	defendeu-se,	alegando	que	o	
produto	 está	 devidamente	 registrado	 junto	 às	 autoridades	
sanitárias	e	 informando	que	o	folheto	objeto	da	representa-
ção	era	um	e-mail	de	distribuição	estritamente	interna,	que	foi	
indevidamente	 impresso	e	distribuído	por	algum	revendedor	
do	produto.
o	 relator	 notou	 a	 ausência	 na	 defesa	 de	 documentação	
comprovando	a	regularidade	do	registro	do	produto.	No	méri-
to,	 chamou	 a	 atenção	 para	 a	 existência	 de	 imperativos	 na	
embalagem	 do	 produto	 (“evita	 queda	 de	 cabelos...”,	 por	
exemplo)	 e	 não	 considera	 a	 explicação	 do	 e-mail	 indevida-
mente	impresso	como	uma	justificativa	válida.	por	isso,	reco-
mendou	a	sustação,	voto	acompanhado	por	unanimidade.
	�A	Competece	recorreu	ao	Conar	por	considerar	que		cria-
do	por	ela	para	a	panvel,	 rede	de	 farmácias	atuante	no	rio	
grande	do	sul	–	“panvel,	você	sempre	bem”–,	foi	objeto	de	
plágio	em	campanha	da	sompo	seguros,	com	o	slogan	acima.	
reunião	de	conciliação	entre	as	partes	promovida	pelo	Conar	
não	chegou	a	bom	termo.		
em	sua	defesa,	anunciante	e	agência	negaram	plágio,	con-
siderando	os	conceitos	que	contornam	os	dois	slogans	sufi-
cientemente	diversos	para	evitar	confusão	por	parte	do	con-
sumidor,	 inclusivepela	 natureza	 dos	 serviços	 oferecidos.	A	
defesa	 citou	 vários	 outros	 casos	 de	 slogan	 semelhantes	 ou	
iguais	ao	contestado.
em	primeira	instância,	a	decisão	do	Conselho	de	Ética	foi	
pela	alteração,	seguindo	proposta	do	relator,	que	considerou	
que,	 mesmo	 que	 involuntária,	 a	 coincidência	 prevalece,	 os	
demais	 casos	 mencionados	 pela	 defesa	 não	 podendo	 ser	
equiparados	à	presente	situação.	seu	voto	foi	aceito	por	una-
nimidade.
Anunciante	e	agência	recorreram	da	decisão	e,	desta	vez,	
viram	 seu	ponto	de	 vista	 acolhido	pela	Câmara	 especial	 de	
recursos.	por	unanimidade	de	votos,	deliberou-se	pelo	arqui-
vamento	da	representação,	seguindo	proposta	da	relatora	do	
recurso,	para	quem	os	termos	do	slogan	não	são	passíveis	de	
proteção	por	direitos	autorais,	por	não	se	constituir	trabalho	
inédito	e	capaz	de	conferir	exclusividade.	
“	CApITrAT	–	NoVo	supLemeNTo	VITAmÍNICo	
e	mINerAL”
“	sompo	seguros	–	VoCÊ	sempre	bem”
•	representação	Nº	003/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Kley	hertz
•	 relator:	Conselheiro	ricardo	Difini	Leite
•	Quinta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	27,	parágrafos	1º	e	2º,	e	
50,	letra	“c”	do	Código	e	seus	Anexos	h	e	I
•	 representação	Nº	286/16,	em	recurso	ordinário	
•	Autora:	Competece	
•	Anunciante	e	agência:	sompo	seguros	e	brz/Neogama
•	relatores:	Conselheiros	paulo	Chueiri	e	sirley	Fabian	
Cordeiro	de	Lima
•	 segunda	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	 50	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 50	 Dezembro	2017	•	N.	214	 51
boLeTIm	Do	CoNAr
MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE
	�Anúncio	em	rádio	de	Neosaldina	motivou	esta	representa-
ção,	proposta	pela	direção	do	Conar,	que	considerou	incom-
pletas	as	informações	sobre	os	princípios	ativos	presentes	no	
medicamento,	 bem	 como	 a	 demonstração	 científica	 da	 sua	
eficácia.	Notou	ainda	a	denúncia	que	a	cláusula	de	advertên-
cia	ao	final	do	anúncio	é	ininteligível	pelo	fato	de	ser	apresen-
tada	de	forma	muito	acelerada.		
em	sua	defesa,	a	Takeda	pharma	trouxe	informações	sobre	
os	princípios	ativos	de	Neosaldina	e	suas	demonstrações	cien-
tíficas.	Alegou	 também	 que	 a	 cláusula	 de	 advertência	 está	
conforme	 as	 recomendações	 das	 autoridades	 sanitárias	 e	
remete	o	consumidor	à	leitura	da	bula.
o	relator	propôs	a	alteração	do	spot	de	rádio,	de	forma	a	
tornar	mais	fácil	e	compreensível	a	cláusula	de	advertência.	
o	voto	foi	aceito	por	unanimidade.
	�Consumidor	de	brasília	queixou-se	ao	Conar	que	panfleto	
de	clínica	não	traz	a	necessária	menção	ao	médico	responsá-
vel,	com	recomendado	pelo	Código	brasileiro	de	Autorregula-
mentação	 publicitária.	 Não	 houve	manifestação	 pelo	 anun-
ciante.
o	relator	recomendou	a	sustação	da	peça	publicitária,	voto	
acompanhado	por	unanimidade.	
“NeosALDINA”“	CLÍNICA	popuLAr	egob”
•	representação	Nº	041/17
•	Autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	Anunciante:	Takeda	pharma
•	relator:	Conselheiro	Júlio	Abramczyk
•	 primeira	Câmara	
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	9º,	23,	27,	parágrafos	
1º	e	2º,	e	50,	letra	“b”	do	Código	e	seu	Anexo	I
•	 representação	Nº	026/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Clínica	popular	egob
•	relator:	Conselheiro	guliver	Augusto	Leão
•	Quarta	Câmara	
•	Decisão:	sustação	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º	e	50,	letra	“c”	do	
Código	e	seu	Anexo	g
	 52	 Dezembro	2017	•	N.	214 	 Dezembro	2017	•	N.	214	 52
boLeTIm	Do	CoNAr
RESPONSABILIDADE SOCIAL
As	seguINTes	represeNTAçÕes	ForAm	
JuLgADAs	em	mAIo,	mAs	se	
eNCoNTrAm	em	FAse	De	reCurso		
representação	Nº	048/17,	"Wellness	-	Desafio	Verão	
slimcaps”.
resultado:	sustação	por	unanimidade.
representação	Nº	054/17,	"Clube	de	regatas	
Flamengo	-	Isso	aqui	é	Flamengo".
resultado:	sustação	por	maioria	de	votos.	
representação	Nº	055/17,	“Cosuel	–	Coop.	dos	
suinocultores	de	encantado	-	Chegou	o	novo	Dália	
Kids”.
resultado:	sustação	por	unanimidade.
os	ACÓrDãos	De	mAIo	/	2017
	�A	direção	do	Conar	propôs	 representação	contra	 folheto	
de	 propaganda	 do	 bar	 Deck	 484,	 oferecendo	 um	 “double	
drink”	e	sem	a	cláusula	de	advertência	recomendando	mode-
ração	 no	 consumo	 de	 bebida	 alcoólica,	 como	 previsto	 no	
Código.		
o	anunciante	enviou	defesa	ao	Conar	reconhecendo	o	pro-
blema	e	já	enviando	arte	de	folheto	com	as	correções.
o	relator	recomendou	a	alteração	do	folheto	original,	apro-
vada	por	unanimidade.
	�Consumidora	viu	mau	exemplo	em	filme	para	TV	e	internet	
do	Tribunal	superior	eleitoral,	mostrando	um	grupo	de	pesso-
as	em	um	micro-ônibus	todos	sem	o	cinto	de	segurança.		
A	defesa	do	anunciante	negou	a	interpretação	da	consu-
midora,	afirmando	que	os	passageiros	fazem	uso	do	cinto,	de	
acordo	com	as	regras	das	autoridades	de	trânsito.
o	relator	concordou	com	a	defesa,	certificando-se	de	que	o	
motorista	usa	o	cinto	de	três	pontos	e	os	passageiros	o	cinto	
subabdominal,	o	que	está	de	acordo	com	o	Código	de	Trânsi-
to	brasileiro.	por	isso,	votou	pelo	arquivamento,	sendo	acom-
panhado	por	unanimidade.	
“	hAppY	hour	–	DeCK	484	–	Comemore	seu	
ANIVersárIo	Com	A	geNTe”
“	TrIbuNAL	superIor	eLeITorAL	–	
CAmpANhA	De	FIsCALIzAção”
•	representação	Nº	051/17	
•	Autor:	Conar	por	iniciativa	própria	
•	Anunciante:	Deck	484
•	relator:	Conselheiro	pedro	renato	eckersdorff
•	 segunda	Câmara
•	Decisão:	Alteração	
•	 Fundamento:	Artigos	1º,	3º,	6º,	e	50,	letra	“b”	do	Código
•	 representação	Nº	044/17
•	Autor:	Conar	mediante	queixa	de	consumidor	
•	Anunciante:	Tribunal	superior	eleitoral
•	 relator:	Conselheiro	Cristiano	Flores
•	Quarta	Câmara	
•	Decisão:	Arquivamento	
•	 Fundamento:	Artigo	27,	nº	1,	letra	“a”,	do	rice

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