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Dezembro 2017 • N. 214 www.conar.org.br BOLETIM DO CONAR CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA ÉTICA NA PRÁTICA CoNseLho De ÉTICA AproVA NoVA sÚmuLA De JurIspruDÊNCIA Durante a reunião plenária realizada no começo de outubro, na sede do Conar, em São Paulo, o Conselho de Ética aprovou a Súmula de Jurisprudência nº 9, que versa sobre publicidade de bebidas alcoólicas e permite, a exemplo das demais súmulas, agilizar a tramitação de processos éticos. A direção do Conar atendeu à moção da 3ª Câmara, sediada no Rio de Janeiro, e levou em conta que, ainda que o regramento específico do segmento seja conhecido e largamente cumprido pelos anunciantes mais tradicionais, há também múltiplos outros protagonistas que agem na publicidade de suas marcas e produtos – caso, por exemplo, de atacadistas, varejistas, importadoras, distribuidoras, bares, e-commerce, etc. – menos assessorados para o cumprimento das normas éticas sob a guarda do Conar. Veja a íntegra da nova súmula: Súmula de Jurisprudência nº 9, de 5 de outubro de 2017 Fundamento: arts. 1º, 3º, 50, letra “c” do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e seus Anexos A itens 1, 5, 7 e 8; Anexo P, itens 1, 4, 6 e 7 e Anexo T, itens 1, 4, 6 e 7. “ANÚNCIos De bebIDAs ALCoÓLICAs – DI - VuLgADos em QuALQuer VeÍCuLo De Co - muNICAção ou pLATAFormA – Não DeVem CoNTer ApeLo ImperATIVo De CoNsumo e Não poDem DeIXAr De eXpor osTeNsIVAmeNTe umA CLáusuLA De ADVerTÊNCIA pArA res - poNsAbILIDADe soCIAL No CoNsumo Do proDuTo, suJeITANDo-se os ANÚNCIos IN - FrATores Ao DeFerImeNTo De meDIDA LI - mINAr De susTAção” 2 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 3 boLeTIm Do CoNAr CoNseLho NACIoNAL De AuTorreguLAmeNTAção pubLICITárIA membro correspondente da eAsA – european Advertising standards Alliance membro fundador da Conared – Autorregulación publicitaria Latinoamericana DIreTorIA Presidente gilberto C. Leifert 1º Vice-Presidente Newman Debs 2º Vice-Presidente Luiz Lara 3º Vice-Presidente Antônio Carlos de moura Diretor de Assuntos Legais João Luiz Faria Netto Diretores Fernando portela Dorian Taterka Vice-Presidente Executivo edney g. Narchi CoNseLho De ÉTICA biênio 2016/2018 Presidente Cons.º gilberto C. Leifert Secretário Luiz Lara Presidentes das Câmaras: 1ª Câmara – Cons.º Cyd Alvarez 2ª Câmara – Cons.º sergio pompilio 3ª Câmara – Cons.º Armando strozenberg 4ª Câmara – Cons.º Daniel pimentel slaviero 5ª Câmara – Cons.º marcelo Antônio rech 6ª Câmara – Cons.º Nelcina Tropardi 7ª Câmara – Cons.º Luiz roberto Valente Filho 8ª Câmara – Cons.º Cléo Nicéas boLeTIm Do CoNAr uma publicação trimestral do Conselho Nacional de Autorregulamentação publicitária dirigida aos seus associados. endereço: Av. paulista, 2073 edifício horsa II, 18º andar Cep 01311-940 – são paulo, sp Telefax: (0XX11) 3284-8880 www.conar.org.br e-mail: boletim@conar.org.br este boletim é produzido pela porto palavra editores Associados. redação: eduardo Correa projeto gráfico: sérgio brito editoração: Conexão brasil © Conar A reprodução total ou parcial dos textos aqui publicados é permitida desde que citada a fonte. Impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ou prejuízo a consumidores e empresas. ■ Fundado em 1980 e com o por publi ci tá rios e cida dãos de outras pro fis sões, o Conar é uma orga ni za ção não gover na men tal que aten de a denún cias de con su mi do res, auto ri da des, asso- cia dos ou for mu la das pela pró pria dire to ria. As denún cias são jul ga das pelo Conselho de Ética, garan tin do-se amplo direi to à defe sa e ao contra- ditório às partes. se a denún cia tiver pro ce dên cia, o Conar reco men da alte rar ou sus tar a vei cu la ção do anún cio. o Conar não exer ce cen su ra pré via sobre peças de publi ci da de; ocupa-se ape nas do que já foi vei cu la do. o Conar é man ti do pela con- tri bui ção das prin ci pais enti da des da pu bli ci da de bra si lei ra e seus filia dos – anun cian tes, agên cias e veí cu los. os mem bros dos Conselhos superior e de Ética tra ba lham volun ta ria men te para o Conar. Nossa missão entidades fundadoras do Conar • AbA – Associação brasileira de Anunciantes • AbAp – Associação brasileira de Agências de publicidade • AberT – Associação brasileira de emissoras de rádio e Televisão • ANer – Associação Nacional de editores de revistas • ANJ – Associação Nacional de Jornais • CeNTrAL De ouTDoor entidades aderentes • AbTA – Associação brasileira de Televisão por Assinatura • FeNeeC – Federação Nacional das empresas exibidoras Cinematográficas • IAb brasil – Interactive Advertising bureau (mídia interativa) Impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ou prejuízo a consumidores e empresas. ■ Fundado em 1980 e composto por publi ci tá rios e cida- dãos de outras pro fis sões, o Conar é uma orga ni za ção não gover na men tal que aten de a denún cias de con su mi do res, auto ri da des, asso cia dos ou for mu la das pela pró pria dire- to ria. ■ As denún cias são jul ga das pelo Conselho de Ética, garan tin do-se amplo direi to à defe sa e ao contraditório às partes. se a denún cia tiver pro ce dên cia, o Conar reco men da alte rar ou sus tar a vei cu la ção do anún cio. ■ o Conar é man ti do pela con tri bui ção das prin ci pais enti- da des da pu bli ci da de bra si lei ra e seus filia dos – anun cian- tes, agên cias e veí cu los. ■ os mem bros dos Conselhos superior e de Ética tra ba- lham volun ta ria men te para o Conar. Nossa missão Números do Conar até novembro de 2017 processos abertos 272 processos julgados 286 2 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 3 boLeTIm Do CoNAr Súmula nº 1, de 15 de agosto de 1988 “o ANÚNCIo De proDuTo FArmACÊuTICo popuLAr suJeITo À LegIsLAção sANITárIA e Não regIsTrADo perANTe o Órgão CompeTeNTe Do mINIsTÉrIo DA sAÚDe poDerá Ter A suA VeICuLAção ImeDIATA- meNTe susTADA.” Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e seu Anexo “I”, item 1 Súmula nº 2, de 15 de agosto de 1988 “proDuTo FArmACÊuTICo CoNsIDerADo ÉTICo peLA AuTorIDADe sANITárIA (aquele cuja comerciali- zação se faça somente mediante prescrição médica) Não poDerá ser ANuNCIADo em VeÍCuLo De Comu- NICAção De mAssA e suA DIVuLgAção poDerá ser ImeDIATAmeNTe susTADA.” Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária Súmula nº 3, de 15 de agosto de 1988 “o ANÚNCIo De proDuTo ou serVIço suJeITo A regIsTro ou LICeNCIAmeNTo De AuTorIDADe pÚbLICA FeDerAL, esTADuAL ou muNICIpAL Terá suA VeICuLAção susTADA Logo Que For ApurADA A INsATIsFAção DessAs eXIgÊNCIAs LegAIs.” Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária Súmula nº 4, de 07 junho de 1990 “ANÚNCIo De ArmAs De Fogo Não DeVerá ser emoCIoNAL; Não DeVerá sugerIr Que o regIsTro Do proDuTo seJA umA FormALIDADe superADA FACIL meNTe Com os serVIços oFereCIDos peLo ANuNCIANTe; Não FArá promoçÕes, Não Apre- goArá FACILIDADe De pAgAmeNTo, reDução De preços eTC.; ALÉm DIsso Não será VeICuLADA em pubLICAção DIrIgIDA A CrIAN çAs ou JoVeNs e Nem NA TeLeVIsão, No perÍoDo Que ANTeCeDer Às 23 hs ATÉ As 6 hs. DeVerá, por ouTro LADo, eVIDeNCIAr Que A uTILIzAção Do pro DuTo eXIge TreINAmeNTo e eQuILÍbrIo emoCIoNAL e ACoNseLhArá A suA guArDA em LugAr seguro e ForA Do ALCANCe De TerCeIros.” Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publi citária e seu Anexo “S”, itens de 1, 2, 3, 4 e 5 Continuação da capa CoNFIrAAs DemAIs sÚmuLAs De JurIspruDÊNCIA VeJA A seguIr As oITo prImeIrAs sÚmuLAs em VIgor: Denomina-se súmula a decisão aprovada pelo Plenário do Conselho de Ética que ratifica jurisprudência pacífica do Conar e que caracteriza objetivamente uma infração aos dispositivos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. As súmulas são numeradas e contêm os artigos pertinentes do Código. A súmula poderá dispensar, à sua simples invocação pelo relator do processo ético, o parecer, bem como fundamentar a concessão de uma medida liminar de sustação da veiculação do anúncio. 4 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 4 Dezembro 2017 • N. 214 5 boLeTIm Do CoNAr Súmula nº 5, de 11 de fevereiro de 1993 “NeNhum ANÚNCIo, A Não ser os DA prÓprIA INsTITuIção, poDerá se uTILIzAr Do sÍmboLo oFICIAL e/ou Do Nome Do CoNAr, Nem mesmo pArA eNALTeCer ATos ou DeCIsÕes Do CoNseLho.” Fundamento: Artigos 1º, 5º, 43 e 50, letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Pu blicitária Súmula nº 6, de 17 de junho de 1993 “A Não INDICAção De DIreção mÉDICA, ou mÉ - DICo respoNsáVeL, Com o Nome Do proFIssIoNAL e respeCTIVo regIsTro No CoNseLho regIoNAL De meDICINA AuTorIzA o DeFerImeNTo DA meDIDA LImINAr De susTAção DA VeICuLAção DA pubLI- CIDADe De TrATAmeNTo ou ouTros serVIços mÉDICos, INDepeNDeNTemeNTe Dos AspeCTos Que AINDA possAm ou DeVAm ser ANALIsADos, posTerIormeNTe, peLo CoNseLho De ÉTICA.” Fundamento: Artigos 1º e 50, letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e seu Anexo “G”, itens 3 e 4, letras “a” e “b” Súmula nº 7, de 5 de dezembro de 2002 “o ANÚNCIo Que DIVuLgAr VeNDA De proDuTo meDIANTe pAgAmeNTo em pArCeLAs DeVerá re - VeLAr obrIgATorIAmeNTe: 1) o preço À VIsTA; 2) NÚmero e o VALor DAs presTAçÕes; 3) As TAXAs De Juros INCIDeNTes; 4) os DemAIs eNCArgos A serem, eVeNTuALmeNTe, suporTADos peLo CoNsumIDor; e 5) o preço ToTAL A prAzo.” Fundamento: artigos 1º, 27, § 3º, 50 letra “c”, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Pu blicitária e seu Anexo “F” Súmula nº 8, de 7 de dezembro de 2006 “ANÚNCIos De bebIDA ALCoÓLICA De QuALQuer espÉCIe, em mÍDIA eXTerIor, DeVem resTrINgIr-se À eXposIção Do proDuTo, suA mArCA e/ou sLogAN, sem ApeLo De CoNsumo, INCLuÍDA sempre A CLáu- suLA De ADVerTÊNCIA, suJeITANDo-se os ANÚNCIos INFrATores Ao DeFerImeNTo De meDIDA LImINAr De susTAção.” Fundamento: Artigos 1º, 3º, 50, letra “c” do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publi citária e em seus Anexos “A”, item 6, “P”, item 5 e “T”, item 5 Continuação da capa 4 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 4 Dezembro 2017 • N. 214 5 boLeTIm Do CoNAr �A unilever denunciou no Conar campanha da concorrente p&g por considerar que encerra enganosidades e propaganda comparativa denegritória quanto a custo e desempenho de sabão líquido na remoção de manchas. reunião de concilia- ção entre as partes promovida pelo Conar não resultou em acordo. A p&g em sua defesa afirmou a veracidade das informa- ções, juntando estudos de laboratório independente, e negou denegrimento. estas e outras alegações convenceram a maioria dos inte- grantes do Conselho de Ética presentes à sessão de julgamen- to de primeira instância. eles seguiram a recomendação da autora do voto vencedor e deliberaram pelo arquivamento da representação. A unilever recorreu da decisão, mas ela foi confirmada por unanimidade em segunda instância, a partir da recomendação do relator do recurso ordinário. “ ArIeL LÍQuIDo CoNCeNTrADo – CusTA meNos por LAVAgem” • representação Nº 285/16, em recurso ordinário • Autora: unilever brasil • Anunciante: p&g • relatores: Conselheiros Ana paula Cherubini dos santos (voto vencedor) e rodrigo Tedesco • sétima Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice VERACIDADE os ACÓrDãos De AgosTo/2017 Veja resumo dos acórdãos das representações julgadas pelo Conselho de Ética em sessão conjunta realizada dia 10, na sede do Conar, em são paulo. Foram 49 os conselheiros que participaram da reu-nião: gilberto C. Leifert, presidente do Conselho de Ética, Adriana pinheiro machado, Alceu gandini, Ana paula Cherubini dos santos, André porto Alegre, Angela rehem, Antonio Jesus Cosenza, Antonio Toledano, Carlos maranhão, Cyd Alvarez, eliane Quintella, Ênio Vergeiro, eric Albanese, Fernanda magalhães, Fernando Justus Fischer, guto belchior, herbert zeizer, José Francisco Queiroz, José maurício pires Alves, Júlio Abramczyk, Licínio motta, Lucas Câmara, Luiz Celso piratininga Jr, Luiz Fernando Constantino, Luiz roberto Valente Filho, márcio soave, marco Antonio sabino, marlene bregman, mirella Fadel, manoel zanzotti, Natalie D'urso, Nelcina Tropardi, oscar mattos, paulo Chueiri, patrícia blanco, pedro renato eckersdorff, rafael Davini Neto, renato pereira, renato souza Dias, ricardo gonçalves melo, ricardo ramos Quirino, rodrigo Tedesco, sérgio pompilio, severino Queiroz Filho, sirley Cordeiro de Lima, Taciana Carvalho, Tania pavlovsky, Vanessa Vilar e Vitor morais de Andrade. 6 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 6 Dezembro 2017 • N. 214 7 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE os ACÓrDãos De AgosTo / 2017 �A Claro considerou que campanha da concorrente Vivo pode levar os consumidores ao engano ao se utilizar repetida- mente da expressão “giga” em anúncio que divulga acesso à banda larga mencionando velocidade de acesso em mega- bytes, como na frase acima. A Vivo negou, em defesa enviada ao Conar, possibilidade de confusão. A relatora concedeu medida liminar de sustação até o julgamento da representação. em seu voto, ela reafirmou a decisão liminar, propondo a sustação da campanha, acolhida por unanimidade. �e-mail de consumidor paulistano motivou esta representa- ção, contra anúncio em internet de responsabilidade da mas- tercard oferecendo vantagem que, no entendimento do denunciante, não se materializa. A anunciante defendeu-se, considerando que as alegações do consumidor são genéricas e não permitem uma resposta objetiva, segundo o regulamento da promoção. o relator aceitou estes argumentos e propôs o arquivamen- to. seu voto foi aceito por unanimidade. “ TuDo Com A gIgA VeLoCIDADe De VIVo FIbrA” “ Com mAsTerCArD surpreeNDA VoCÊ ComprA 1 e LeVA 2” • representação Nº 147/17 • Autora: Claro • Anunciante: Vivo • relatora: Conselheira Taciana Carvalho • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 23, 27 e 50, letra “c”, do Código e seu Anexo V • representação Nº 130/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: mastercard brasil • relator: Conselheiro Antonio Jesus Cosenza • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 6 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 6 Dezembro 2017 • N. 214 7 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE RESPEITABILIDADE �Anúncios em redes sociais do creme dental Close-up, ilus- trados com cenas de beijos entre homossexuais, atraiu recla- mação de consumidor de ribeirão pires (sp), que entende haver nas peças publicitárias desrespeito ao núcleo familiar. em sua defesa, a anunciante negou a acusação, conside- rando ter retratado na campanha a realidade, ao mesmo tem- po em que incentiva atitudes positivas contra qualquer forma de discriminação ou preconceito. o relator propôs o arquivamento da representação. ele assinalou em seu voto ser importante levar em consideração que a comunicação de uma determinada ação ou padrão de comportamento não implica necessariamente estímulo ou incentivoà prática de determinado ato. seu voto foi aceito por unanimidade. �A Johnson & Johnson questionou no Conar três claims sobre hidratação da pele presentes em campanha de creme anti-idade da Avon, considerando-os exagerados, inverídicos e ambíguos, independentemente de estudos levados a cabo pela anunciante. Lembrou a denúncia que organismos huma- nos reagem de diferentes formas mesmo a medicamentos e que a percepção dos consumidores, como apregoado em um dos claims não é adequada para comprovação de uma dada afirmação. em sua defesa, a Avon refutou as acusações da concorren- te, considerando as pesquisas, juntadas ao processo, como válidas, fundamentadas e aceitas pelo mercado. em relação ao claim de percepção, alegou a defesa, foi adotada especial cautela, frisando tratar-se de opinião de consumidores. A relatora não questionou a seriedade dos testes, mas con- siderou necessária a alteração dos claims que estabelecem uma relação de equivalência entre a hidratação percebida e o consumo de água. seu voto foi aceito por unanimidade. “ CLose-up – beIJe”“ reNeW hYDrA – hIDrATAção eQuIVALeNTe A 8 Copos De águA” • representação Nº 072/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: unilever brasil • relator: Conselheiro guto belchior • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 165/17 • Autora: Johnson & Johnson do brasil • Anunciante: Avon • relatora: Conselheira Ana paula Cherubini dos santos • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 4º, 23, 27, parágrafos 1º, 2º, 7º, e 8º, e 50, letra “b”, do Código 8 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 8 Dezembro 2017 • N. 214 9 boLeTIm Do CoNAros ACÓrDãos De AgosTo / 2017 RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES �Campanha em redes sociais promovendo apresentação da aguardente sagatiba foi alvo de reclamação no Conar, formu- lada pela Diageo, que considerou haver linguagem e elemen- tos próprios do universo infantil nas peças publicitárias, ilus- tradas com uma abelha e frutas humanizadas. houve medida liminar de sustação concedida pelo relator até o julgamento da representação. A Campari, responsável pela marca sagatiba, negou tal interpretação, considerando os elementos ilustrativos bem distantes do interesse de crianças e adolescentes. o relator de primeira instância confirmou sua impressão inicial, acolhendo a queixa da Diageo e propondo a sustação, sendo acompanhado por unanimidade. A Campari recorreu da decisão, mas ela foi confirmada também por unanimidade pela câmara recursal, a partir de recomendação do relator do recurso ordinário. �sete reclamações de consumidoras, residentes em são José do rio preto e Diadema (sp), goiânia (go) e betim (mg) motivaram esta representação, contra anúncio em TV e inter- net da Natura, por ocasião do Dia dos Namorados. As consu- midores consideraram o filme desrespeitoso ao mostrar em horário onde a audiência infantil é elevada cena de duas mulheres dançando juntas e se beijando. mais algumas deze- nas de reclamações chegaram ao Conar após a abertura do processo. em sua defesa, anunciante e agência citam que a campa- nha, em seu todo, abraça a diversidade em tom bem humora- do, sendo esta uma linha de comunicação publicitária segui- da pela empresa anunciante há vários anos. No mérito, negou desrespeito. A relatora concordou em linhas gerais com os termos da defesa e propôs o arquivamento, lembrando que o mundo mudou. “mais difícil do que censurar a comunicação é esco- lher se queremos contribuir para a formação de indivíduos adaptados aos tempos em que vivemos ou se preferimos criar indivíduos preconceituosos e magoados com as regras do sis- tema”, escreveu ela em seu voto, aprovado por unanimidade. “ sAgATIbA – roLou um CLImA”“ sImpATIA pArA AmArrAr o seu Amor – NATurA” • representação Nº 088/17, em recurso ordinário • Autora: Diageo brasil • Anunciante: Campari do brasil • relatores: Conselheiros Luiz Celso de piratininga Jr. e ricardo ramos Quirino • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras e Câmara especial de recursos • Decisão: sustação • Fundamento: Artigo 50, letra “c”, do Código, e seu Anexo A • representação Nº 110/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Natura e Dpz&T • relatora: Conselheira marlene bregman • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 8 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 8 Dezembro 2017 • N. 214 9 boLeTIm Do CoNAr IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA �para consumidora carioca, não está clara a natureza de dois posts em rede social, se se trata de opinião da blogueira ou se é publicidade de produto para cabelo. em sua defesa, o blog informou que uma das postagens não tem cunho publicitário; não se manifestou sobre a outra. Já a Cadiveu informou que considera ser largamente difundi- do entre os usuários de redes sociais que blogueiros recebem brindes e participam de ações publicitárias e que os usuários sabem distinguir quando se trata de publicidade. o autor do voto vencedor propôs a alteração, de forma a destacar o caráter publicitário dos posts. seu voto foi acom- panhado por maioria. �Consumidora carioca questionou no Conar a natureza publicitária de postagem em dois blogs promovendo calçados. para ela, há tentativa de disfarçar publicidade, prática repro- vada pelo Código brasileiro de Autorregulamentação publici- tária em sua seção 6. o artigo 28 do Código explicita: “o anúncio deve ser claramente distinguido como tal, seja qual for a sua forma ou meio de veiculação”. Comunicado da abertura do processo ético pelo Conar, o blog Tudo orna não se manifestou. Já a Calçados Taquilla enviou defesa, relatando ter enviado seus produtos como pre- sente aos dois blogs, informação confirmada em manifestação do Chata de galocha. A relatora recomendou a alteração das postagens, de for- ma a destacar o seu caráter publicitário. ela considerou que o envio dos presentes não foi espontâneo, ficando caracteriza- da a parceria entre a anunciante e os blogs. “em tempos de transparência e mais responsabilidade, é necessária a divulga- ção de acordos comerciais e parcerias sempre, para que segui- dores e consumidores não sejam iludidos”, escreveu a relato- ra em seu voto acompanhado por maioria. “ CADIVeu e mArIANA sAAD – reChArge proTeIN e beACh WAVes” “ ChATA De gALoChA, TAQuILLA e bLog TuDo orNA – CALçADos TAQuILLA” • representação Nº 112/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Cadiveu professional • Voto vencedor: Conselheiro André porto Alegre • segunda e Quarta Câmaras • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letra “b”, do Código • representação Nº 100/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Calçados Taquilla • relatora: Conselheira Tânia pavlovsky • segunda e Quarta Câmaras • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letra “b”, do Código 10 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 10 Dezembro 2017 • N. 214 11 boLeTIm Do CoNAr RESPONSABILIDADE SOCIAL os ACÓrDãos De AgosTo / 2017 �A Ambev protestou no Conar contra campanha da concor- rente Cia brasileira de bebidas premium para a cerveja proibi- da. Nas peças publicitárias, o jogador Neymar fala sobre desa- fios e obstáculos que devem ser superados por cada um. para a Ambev, a campanha desrespeita o Código brasileiro de Autorregulamentação publicitária em ao menos doispontos: o jogador não aparenta ter 25 anos – idade que ele comple- tou no começo deste ano –, como exigido pela ética publici- tária, e associa o consumo de cerveja ao êxito pessoal, práti- ca igualmente reprovada. A Ambev juntou à sua denúncia pesquisa que mostra que 56% dos entrevistados afirmam que Neymar parece ter menos do que 25 anos. este número che- ga a 58% quando o universo pesquisado é de crianças e ado- lescentes. o Conar promoveu duas reuniões de conciliação entre as partes, mas não foi possível um acordo. em sua defesa, a Cia brasileira de bebidas premium teceu críticas à pesquisa juntada pela concorrente, considerando-a conceitualmente equivocada, mas mencionando que, mesmo assim, o percentual de pessoas que considerou que o jogador não demonstra ter menos de 25 anos é elevado. Lembrou que Neymar tem mais de 75 milhões de seguidores nas mídias sociais, pessoas que conhecem em profundidade a vida dele, inclusive as comemorações pelo seu aniversário. A defesa negou qualquer associação indevida entre êxito e consumo de cerveja, discorrendo sobre a estruturação da campanha e chamando atenção para o fato de que a única frase dita por Neymar que pode ser associada à cerveja é a que recomenda consumo moderado. o relator iniciou seu voto concordando com este argumen- to da defesa e considerando positivo o estímulo à superação de desafios, num momento de tantas dificuldades para o país. No entanto, levando em conta o cuidado extremo recomenda- do pelas normas éticas para a publicidade de bebidas alcoóli- cas, ele propôs a alteração, de forma a explicitar que o consu- mo de proibida não leva à superação de obstáculos. seu voto foi aceito por maioria. Inconformada, a Ambev recorreu contra a decisão, mas a viu confirmada, novamente por maioria de votos. o relator do recurso ordinário concordou em linhas gerais com a decisão inicial. “ CerVeJA proIbIDA: ACreDITANDo e ComemorANDo Com VoCÊ” • representação Nº 101/17, em recurso ordinário • Autora: Ambev • Anunciante: Cia brasileira de bebidas premium • relatores: Conselheiros Carlos Chiesa e paulo Chueiri • segunda e Quarta Câmaras e Câmara especial de recursos • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigo 50, letra “b”, do Código, e seu Anexo p 10 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 10 Dezembro 2017 • N. 214 11 boLeTIm Do CoNAr RESPONSABILIDADE SOCIAL �site da beale bebidas, oferecendo venda eletrônica de aguardente e vinho, não tem mecanismo de acesso condicio- nado, de forma a inibir a navegação de menores de idade, como recomendado pelo Código ético-publicitário. em sua defesa, o anunciante informou ter providenciado o referido mecanismo tão logo cientificado do processo ético. o relator votou pela advertência à anunciante, sendo acompanhado por unanimidade. “ beALe – eNTregAs someNTe pArA sp” • representação Nº 135/17 • Autor: Conar por iniciativa própria • Anunciante: beale bebidas • relator: Conselheiro pedro renato eckersdorff • segunda e Quarta Câmaras • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letra “a”, do Código, e seus Anexo A e p ALÉm DessAs, FoI DebATIDA e VoTADA em AgosTo A seguINTe represeNTAção, Que se eNCoNTrA em FAse De reCurso representação Nº 171/17, "Nívea Invisible b&W – 2X melhor – sem manchas”. resultado: alteração por unanimidade. 12 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 13 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 13 �Consumidor niteroiense reclamou no Conar contra anún- cio em internet da smart Fit. segundo ele, as vantagens de preço divulgadas não se materializam, sendo o preço da men- salidade de r$ 89,90, à qual deve ser somada uma taxa anu- al de quase r$ 100. em sua defesa, a anunciante explicou as condições da ofer- ta, sendo os preços mencionados referentes a planos diferen- tes e disponibilizados conforme a região de atuação de cada academia. A smart Fit considerou que as informações neces- sárias ao correto entedimento do consumidor estão todas pre- sentes em nota na peça publicitária. A relatora de primeira instância acolheu estas explicações do anunciante, mas ponderou que o anúncio em seu conjun- to leva o consumidor à frustração. “Não existe na prática o valor total do plano no patamar mínimo de r$ 59,90, mas sim este acrescido da taxa anual de manutenção”, escreveu ela em seu voto, pela alteração, para que a anunciante inclua de forma expressa em seu anúncio juntamente com os valores das mensalidades a indicação de cobrança de taxa de manu- tenção. seu voto foi aceito por unanimidade. A decisão foi contestada pela anunciante, mas confirmada pela câmara recursal, seguindo proposta do relator, que escla- receu que a nota de rodapé com informações completas sobre o valor dos planos deve ter a sua legibilidade ampliada. A recomendação foi aprovada por unanimidade. “ ACADemIA smArT FIT A pArTIr De r$ 59,90 meNsAIs” • representação Nº 017/17, em recurso ordinário • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: smart Fit • relatores: Conselheiros Cinthia Ambrogi Alonso e Luiz Fernando Constantino • primeira Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 27, parágrafos 1º, 2º e 3º, e 50, letra “b”, do Código e súmula de Jurisprudência nº 7 VERACIDADE os ACÓrDãos De JuLho/2017 Veja resumo dos acórdãos das representações julgadas em julho pelo Conselho de Ética em sessões realizadas dias 6, 13, 25 e 26, em são paulo, e 12, no rio de Janeiro. Foram 63 os conselheiros que participaram das reu-niões: Adriana pinheiro machado, Ana Carolina pescarmona, Ana paula Cherubini, André porto Alegre, Antonio Jesus Cosenza, Antônio Jorge Alaby pinheiro, Antonio Toledano romero, Armando strozenberg, Arnaldo rosa, Carla simas, Carlos Chiesa, César Augusto massaioli, Cinthia Ambrogi, Clementino Fraga Neto, Clóvis speroni, Cristina De bonis, Cyd Alvarez, Décio Coimbra, eliane Quintella, Ênio Vergeiro, eric Albanese, everson de souza Chaves Jr., Fernanda magalhães, Fernanda Tomasoni Laender, Fernando Justus Fischer, Fred Coutinho, gustavo oliveira, herbert zeizer, Jorge Tarquini, José Casado, José Francisco Queiroz, José maurício pires Alves, Júlio Abramczyk, Letícia Lindenberg de Azevedo, Licínio motta, Lucas Câmara, Luiz Celso de piratininga Jr., Luiz Fernando Constantino, Lula Vieira, manoel zanzoti, marcelo benez, márcio soave, marco Antonio sabino, marlene bregman, Natalie D’urso, Nelcina Tropardi, paulo Celso Lui, paulo Chueiri, pedro renato eckersdorff, percival Caropreso Jr., rafael Davini Neto, renato de souza Dias, renato pereira, ricardo Cravo Albin, ricardo gonçalves melo, ricardo ramos Quirino, rino Ferrari Filho, roberto Nascimento, rubens da Costa santos, sergio pompilio, sirley Cordeiro de Lima, Vanessa Vilar e Vitor morais de Andrade. 12 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 13 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 13 VERACIDADE �reclamação de consumidor catarinense contra anúncio em TV e internet de creme que promete rejuvenescimento da pele motivou esta representação. o consumidor considera a pro- messa demasiado exagerada. em sua defesa, a Natufibras alegou que todas as promes- sas da peça publicitária são justificadas por estudo clínico, anexado ao processo, e que o uso da palavra “milagre” seria apenas puffing. o Conselho de Ética, por maioria de votos, não acolheu estas e outras explicações da anunciante, votando pela susta- ção, seguindo proposta da autora do voto vencedor, que con- sidera que o anúncio carece de apresentação verdadeira do produto e seus efeitos. �Consumidora de ribeirão pires (sp) considerou carecerem de comprovação promessasde emagrecimento em anúncio para internet, em desacordo com os registros do produto jun- to às autoridades sanitárias. em sua defesa, a Wellness argumentou que o produto anunciado, denominado slim Caps Day Fórmula e Night Fór- mula, é isento de registro, enquadrando-se como “alimento para atleta” e “novos alimentos e novos ingredientes”. Jun- tou à defesa estudos que, entende, são capazes de validar as alegações da campanha. estes e outros argumentos da defesa não convenceram o relator do processo, que votou pela sustação. ele entendeu que os estudos não têm tal propriedade não sendo, inclusive, publicados em revistas científicas. seu voto foi aceito por una- nimidade. Inconformada, a Wellness recorreu da recomendação, mas ela foi mantida pela câmara recursal e agravada com adver- tência à anunciante, por abusar da confiança dos consumido- res e explorar a sua falta de experiência e conhecimento. A recomendação foi formulada pela relatora do recurso e acom- panhada por unanimidade. “ NATuFIbrAs – mILAgre super LIFT”“ DesAFIo Verão sLImCAps” • representação Nº 059/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Natufibras • Voto vencedor: Conselheira Fernanda Tomasoni Laender • primeira Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 27, parágrafos 1º, 2º e 3º, e 50, letra “c”, do Código e seu Anexo I • representação Nº 048/17, em recurso ordinário • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Wellness • relatores: Conselheiros Júlio Abramczyk e Ana paula Cherubini dos santos • primeira Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: sustação e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letras “a” e “c”, do Código e seus Anexos h e I 14 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 14 Dezembro 2017 • N. 214 15 boLeTIm Do CoNArboLeTIm Do CoNAr VERACIDADE os ACÓrDãos De JuLho / 2017 �o claim acima, estampado nas embalagens de guloseimas da haribo e também em material de ponto de venda, atraiu reclamação no Conar da concorrente Fini, que considerou a afirmação injustificada. em sua defesa, a anunciante juntou pesquisa que, no entendimento dela, sustenta a afirmação. Chamou a atenção para o fato de não serem todos os produtos da marca que ostentam o claim, mas apenas os produtos onde, de fato, se dá a liderança. A relatora entendeu que o claim está devidamente justifi- cado pela pesquisa, mas deu razão à denúncia, de que faltam mais informações, fonte, critério e segmento, por exemplo. por isso, ela recomendou a alteração, voto aceito por unani- midade. �Dois consumidores, residentes em são paulo e santos (sp), reclamaram no Conar contra anúncio em TV de produto que se propõe ajudar a inibir o consumo de bebidas alcoóli- cas. os consumidores consideram que falta clareza ao anún- cio, citando como fonte um estudo que não está disponível para consulta. A Natufibras não enviou defesa. o relator deu razão às queixas e recomendou a sustação da peça publicitária agravada por advertência à anunciante. seu voto foi aceito por unanimidade. “ hArIbo – o Nº 1 Do muNDo! – AgorA No brAsIL” “ NATuFIbrAs AbsTem – VoCÊ bem De NoVo!” • representação Nº 066/17 • Autora: Fini • Anunciante: haribo brasil • relatora: Conselheira Ana Carolina pescarmona • segunda Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 4º, 23, 27, 32 e 50, letra “b”, do Código • representação Nº 063/17 • Autores: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Natufibras • relator: Conselheiro César Augusto massaioli • segunda Câmara • Decisão: sustação e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letras “a” e “c”, do Código e seus Anexos h e I 14 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 14 Dezembro 2017 • N. 214 15 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Campanha da Vivo foi questionada no Conar pela concor- rente TIm, por considerar incompletas as informações que per- mitem ao consumidor gozar as vantagens oferecidas. houve medida liminar de sustação concedida pelo relator, revogada posteriormente, a pedido da anunciante. em sua defesa, a Vivo alegou que as informações questio- nadas pela TIm estão presentes nos anúncios, em nota de rodapé. o relator propôs a alteração, considerando que restrições relevantes à oferta precisam ser melhor esclarecidas nas peças publicitárias. seu voto foi aceito por unanimidade. �Consumidor paulistano considerou enganosos os termos de e-mail divulgando vendas de produtos mediante concessão de cartão. em sua defesa, a b2W alegou que o reclamante não aten- tou para a inteireza da mensagem, que informava que a ofer- ta só seria disponibilizada para novos detentores do cartão. o relator propôs o arquivamento da representação, por considerar que os termos da denúncia não permitem concluir pela enganosidade da mensagem publicitária. seu voto foi aceito por unanimidade. “ VIVo – pLANos FAmÍLIA”“ sou bArATo – promoção eXCLusIVA pArA CLIeNTes” • representação Nº 125/17 • Autora: TIm • Anunciante: Vivo • relator: Conselheiro rubens da Costa santos • sexta Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 27 e 50, letra “b”, do Código • representação Nº 096/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: b2W • relator: Conselheiro Décio Coimbra • Terceira Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 16 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 16 Dezembro 2017 • N. 214 17 boLeTIm Do CoNArboLeTIm Do CoNArboLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE os ACÓrDãos De JuLho / 2017 �Anúncio em TV e internet alusivo ao Carnaval da cerveja Amstel mostra cena que dá a entender que um folião está uri- nando em via pública. Com o desenrolar da cena, mostra-se que ele estava despejando a água acumulada em um cooler. outras cenas que deixam impressão semelhante são mostra- das no filme, enquanto o texto encoraja deixar a vergonha de lado durante o Carnaval. A direção do Conar, em sua denún- cia, considerou positivos os recursos criativos e o bom humor em publicidade, mas eles não justificam a infração às regras éticas e o estímulo a condutas socialmente condenáveis. hou- ve concessão de medida liminar de sustação até o julgamen- to do processo. Anunciante e sua agência defenderam-se, demonstrando que a brincadeira proposta no filme foi bem entendida como tal pelos consumidores, a ponto de nenhum deles ter reclama- do. Consideraram exagerada a reação da direção do Conar, frisando que o uso do recurso criativo utilizado para mexer com a imaginação do público não tem o poder de induzi-lo a praticar um ato condenável, que o anúncio não deve ser ana- lisado por cenas individuais, mas em seu conjunto, e que a principal mensagem do anúncio é justamente incentivar as pessoas a não repetirem erros de Carnavais passados. o relator não aceitou estas e outras alegações da defesa e propôs a sustação. “possivelmente pela forma como o filme foi dirigido e montado, não fica evidente a intenção das duas cenas: a do rapaz suamente urinando na parede e seu desdo- bramento”, escreveu em seu voto, onde anotou que o texto torna ainda mais fácil a interpretação de o rapaz estar de fato fazendo xixi na rua e que isso não seria errado. seu voto foi aceito por unanimidade. Anunciante e agência recorreram da decisão. Levada a debate na Câmara especial de recursos, a representação ter- minou, por maioria de votos, com recomendação de alteração, proposta pelo autor do voto vencedor. “AmsTeL – CArNAVAL sem erro” • representação Nº 031/17, em recurso ordinário • Autor: Conar por iniciativa própria • Anunciante e agência:heineken e JWT • relatores: Conselheiros ricardo ramos e José Francisco Queiroz (voto vencedor) • primeira e Terceira Câmaras e Câmara especial de recursos • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 21 e 50, letra “b”, do Código e seu Anexo p 16 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 16 Dezembro 2017 • N. 214 17 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE �Quatro consumidores, residentes no rio (rJ) e são bernar- do do Campo (sp) reclamaram no Conar de filme para inter- net do mcDonald´s que afirma que um sanduíche na rede substitui uma sessão de terapia. para os consumidores, a men- sagem desmerece a atividade profissional. Anunciante e agência negaram tal interpretação, conside- rando que a frase motivo das reclamações não pode ser vista isoladamente do contexto criativo do filme. o relator concordou em linhas gerais com os termos da defesa e propôs o arquivamento. “Não vejo de forma alguma o filme ofendendo, diminuindo ou desmerecendo o profissio- nal psicólogo”, escreveu ele em seu voto, aprovado por una- nimidade. �Consumidora de rio Negrinho (sC) considerou que anún- cio em TV e internet divulgando o presunto sadia denigre aqueles que se definem como hippies. A defesa apresentada por anunciante e agência enfatizou o caráter bem-humorado do filme, não contendo desrespeito de qualquer natureza. o relator concordou em linhas gerais com este ponto de vista e recomendou o arquivamento da representação, sendo acompanhado por unanimidade. “ momeNTos Que CusTAm pouCo mCDoNALD's” “ brF e LIVe mArKeTINg – Nem os hIppIes LeVArAm LuIs AugusTo por sADIA” • representação Nº 080/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: mcDonald´s e Dpz&T • relator: Conselheiro Arnaldo rosa • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 069/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: brF e Live marketing • relator: Conselheiro marcelo benez • primeira Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 18 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 18 Dezembro 2017 • N. 214 19 Dezembro 2017 • N. 214 19 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE os ACÓrDãos De JuLho / 2017 �Consumidor belo-horizontino enviou e-mail ao Conar con- siderando que anúncio em internet de revisões de modelos da Citroën desrespeitam a categoria dos mecânicos. Da peça publicitária, consta a seguinte frase: “ao longo de sua vida, você vai duvidar do orçamento de seu mecânico umas quatro vezes”. Anunciante e agência enviaram defesa ao Conar na qual negaram a interpretação do consumidor e informaram que os números apresentados ao longo do anúncio, inclusive a men- ção aos orçamentos, decorrem de pesquisa formal. o relator acolheu em linhas gerais os argumentos da defe- sa e propôs o arquivamento, voto aceito por unanimidade. �Duas consumidoras de porto Velho (ro) denunciaram ao Conar anúncios em internet com o título acima, pelo uso do calão, mostrado em destaque nas peças publicitárias. A anunciante, uma associação atlética ligada à Faculdade são Lucas, informou em defesa enviada ao Conar que o calão é, em verdade, uma sigla - Festa oficial da Atlética marreta – e que já providenciou alteração dos anúncios. por maioria, seguindo proposta da autora do voto vence- dor, o Conselho de Ética deliberou pela sustação do anúncio objeto desta representação. “ CITroËN INspIreD bY You – reVIsão A r$1,00 por DIA” “ ATLÉTICA mArreTA – FoDAm rAIz” • representação Nº 089/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: peugeot Citroën do brasil e havas • relator: Conselheiro José maurício pires Alves • sétima Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 087/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Atlética marreta • Voto vencedor: Conselheira Ana paula Cherubini dos santos • sétima Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 19, 22 e 50, letra “c”, do Código 18 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 18 Dezembro 2017 • N. 214 19 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 19 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE �Consumidores reclamaram ao Conar de anúncio em TV e internet dos postos Ipiranga, mostrando o personagem de numerosas campanhas da marca “soprando” respostas em um típico concurso de TV. os consumidores aludem ao mau exemplo externado na peça publicitária. Anunciante e agência defenderam-se, argumentando pelo bom humor já tradicional nos anúncios dos postos Ipiranga. o relator concordou com este e outros argumentos da defesa e propôs o arquivamento. “Isto é claramente propa- ganda bem humorada”, escreveu ele em seu voto. seu voto foi aceito por unanimidade. �sete consumidores paulistanos denunciaram anúncio em mídia exterior do metrô da cidade com o título acima por con- siderá-lo desrespeitoso, ao mostrar imagem de jovem negro em atitude que pode ser entendida como agressiva e estereo- tipada. A anunciante, em sua defesa, dá informações sobre as regras para trânsito de bicicletas em composições e estações. No mérito, repeliu as interpretações dos consumidores. o relator acolheu estes e outros argumentos da defesa e recomendou o arquivamento, voto acompanhado por unani- midade. “ posTos IpIrANgA – VeNCeDor”“ meTrÔ sp – A bIKe FACILITA suA VIDA, mAs poDe ATrApALhAr A De ouTrAs pessoAs” • representação Nº 104/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: postos Ipiranga e Talent marcel • Voto vencedor: Conselheiro gustavo oliveira • Terceira Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 092/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciantes: metrô de são paulo • relator: Conselheiro herbert zeizer • segunda Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 20 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 20 Dezembro 2017 • N. 214 21 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE RESPONSABILIDADE SOCIAL os ACÓrDãos De JuLho / 2017 �Consumidora paulistana considerou antiética ação publici- tária da cerveja skol em evento esportivo e divulgada em mídia social. Após uma corrida pedestre, vários competidores foram convidados a posar para fotos tendo nas mãos as medalhas que ganharam e também latas da bebida, distribuídas gratui- tamente. houve também outros posts ligando a cerveja a ati- vidades físicas, o que, no entendimento da consumidora, leva a uma associação indesejável. Anunciante e agência defenderam-se, historiando a divul- gação de apresentação da cerveja skol, desenvolvida visando praticantes de atividades físicas, denominados na campanha de “atletas não oficiais”. No mérito, Ambev e sua agência negaram divulgarem qualquer associação positiva entre esportes e ingestão de álcool, eventuais benefícios, desempe- nho superior ou bem-estar decorrente do consumo. em primeira instância, por maioria de votos, deliberou-se pela recomendação de advertência à Ambev e Wieden+Kennedy, levando em conta a confusão entre consumo de álcool e ati- vidades esportivas provocada pela ação publicitária. o autor do voto vencedor sublinhou ainda a advertência para enfati- zar a necessidade de cuidado redobrado no uso da marca de cerveja na rede social, respeitando as recomendações do Código. A Ambev recorreu da decisão, mas ela foi confirmada pelo relator de segunda instância, que concordou em linhas gerais com a decisão inicial. seu voto foi aceito por unanimidade.�o Conar recebeu perto de duas dezenas de reclamações contra anúncio em mídias sociais da Lojas marisa, com o títu- lo acima, veiculado poucos dias depois da morte de marisa Letícia, esposa do ex presidente Lula. os consumidores consi- deraram desrespeitosa a associação. A anunciante negou motivação às denúncias, considerando que a peça publicitária não desrespeita nenhum mandamen- to do Código. o relator recomendou o arquivamento. ele mencionou em seu voto que a chamada publicidade de oportunidade faz par- te do repertório nacional. “Como delimitar o que é abusivo ou de mau gosto?”, questionou ele em seu voto. “o Código tra- ta do primeiro caso. Já no caso de mau gosto, não há como interceder”, afirmou ele, lembrando outros casos de peças publicitárias que citavam políticos em evidência. Levou em conta que o anúncio cuidou de não estimular confusão, refe- rindo-se sempre como Lojas marisa, em oposição à forma como a imprensa e os próprios denunciantes referiam-se à falecida esposa de Lula da silva. “são raras as citações a ela na imprensa utilizando apenas o primeiro nome. A associação com a campanha publicitária, por mais que possa ser feita por qualquer pessoa impactada por ela, tecnicamente de forma alguma se aproveita do nome da ex primeira-dama ou a ela faz crítica ou referência direta”. o relator considerou ainda que essa associação não deni- gre a imagem ou a intimidade da ex primeira dama. seu voto foi aceito por unanimidade. “ sKoL uLTrA – mArAToNAs”“ se suA mãe FICAr sem preseNTe, A CuLpA Não É DA mArIsA” • representação Nº 292/16, em recurso ordinário • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Ambev e Wieden+Kennedy brasil • relatores: Conselheiros Antonio Toledano (voto vencedor) e paulo Cesar Lui • sexta Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 27 e 50, letra “a”, do Código e seus Anexos h e p • representação Nº 107/17 • Autor: grupo de consumidores • Anunciante: Lojas marisa • relator: Conselheiro Jorge Tarquini • sétima Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 20 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 20 Dezembro 2017 • N. 214 21 boLeTIm Do CoNAr RESPONSABILIDADE SOCIAL �reclamações de quatro consumidores, residentes no rio e Campos de goytacazes (rJ), motivaram esta representação, contra filme para TV e internet promovendo o time de futebol do Flamengo. segundo os consumidores, o filme exagera em cenas violentas - entre elas um coração sangrento arrancado do peito e erguido com a mão, como se fosse um troféu, e um rosto com a boca tinta de sangue - e pode incitar a violência, já notória nos estádios e imediações em dias de jogo, não raro resultando em morte de pessoas. mais reclamações, assim como elogios ao filme, foram recebidos pelo Conar durante a tramitação da representação. Defesa enviada pelo anunciante e sua agência negaram motivação às denúncias, considerando que o filme apenas se utiliza de linguagem fantasiosa, própria da publicidade e demais formas de expressão artística. As imagens do coração, argumentou a defesa, são analogias da paixão que move os torcedores. o relator de primeira instância não aceitou este e outros argumentos do Flamengo e sua agência, votando pela susta- ção. ele lembrou de músicas e filmes do passado com alusão a corações arrancados, mas levou em conta que a “paixão não havia chegado aos estádios”. ele escreveu em seu voto: “pela leitura do texto, pouco ou nada se tem a questionar. Trata-se de uma peça de paixão clu- bística. o vídeo é diferente. É a leitura da paixão expressa em imagens de terror”. para o relator, é especialmente grave que quem anuncia é “amado por multidões que, sem distinção de quem seja ou onde esteja, age, na torcida, da mesma forma. o tempo que se vive, no qual a vida foi banalizada por índices bárbaros de homicídios e de outros tipos de violência, exige cautela de quem tem o poder de influenciar as pessoas, espe- cialmente os jovens que mais facilmente são tomados pela paixão”. seu voto foi aprovado por maioria. Anunciante e agência recorreram da decisão. o relator do recurso concordou, em linhas gerais, com a decisão inicial. “Que associação de ideias uma pessoa, com idade de adoles- cente para cima, faz quando vê um sujeito com a boca enchar- cada de sangue, sem apresentar qualquer ferimento nem apa- rentar dor?”, escreveu ele em seu voto, no qual citou notícias de conflitos e mortes nos estádios e também pesquisa de um sociólogo que considera ser o brasil o país onde mais morrem torcedores em função de brigas. “Temos a certeza de que a Nbs saberá encontrar maneira mais positiva de mostrar a pai- xão pelo clube. seu voto, confirmando a sustação, foi acolhi- do por unanimidade pela Câmara especial de recursos. “ Isso AQuI É FLAmeNgo” • representação Nº 054/17, em recurso ordinário • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Clube de regatas Flamengo e Nbs • relatores: Conselheiros Clovis speroni e Carlos Chiesa • Terceira Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 19, 20 e 50, letra “c”, do Código 22 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 22 Dezembro 2017 • N. 214 23 boLeTIm Do CoNAr RESPONSABILIDADE SOCIAL os ACÓrDãos De JuLho / 2017 �Consumidora residente em sergipe escreveu ao Conar por considerar que breve cena em filme para TV e internet que divulga creme para assaduras pode desestimular a amamen- tação ao mostrar uma mãe preparando mamadeira para uma criança recém nascida. em sua defesa, a anunciante recusou tal interpretação. A relatora concordou com os termos da defesa e propôs o arquivamento, aceito por unanimidade. �Anúncio em redes sociais oferece como premiação um coelho vivo. para consumidora paulistana, tal prática pode ser irregular. A direção do Conar agregou à denúncia a verificação da conformidade da promoção junto às autoridades, posto que há legislação federal regulando sorteios. A anunciante enviou defesa ao Conar, explicando ser empresa de pequeno porte do interior de santa Catarina e que retirou a postagem do ar tão logo cientificada do proces- so ético, sendo o sorteio suspenso. o relator votou pela advertência à Catalata. ele levou em conta as explicações da defesa, mas ponderou que é respon- sabilidade do anunciante o controle sobre as mensagens diri- gidas ao consumidor. seu voto foi aceito por unanimidade. “ TurmA DA XuXINhA bArueL”“ CATALATA – Nosso LINDo CoeLhINho esTá esperANDo por VoCÊ” • representação Nº 094/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Chimica baruel • relatora: Conselheira Cinthia Ambrogi Alonso • primeira Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 082/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Catalata • relator: Conselheiro roberto Nascimento • primeira Câmara • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 19, 20 e 50, letra “a”, do Código 22 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 22 Dezembro 2017 • N. 214 23 boLeTIm Do CoNAr RESPONSABILIDADE SOCIAL CRIANÇAS E ADOLESCENTES �o Conselho superior do Conar acolheu ofício recebido da promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Cole- tivos da Infância e Juventude de são paulo, sobre campanha publicitária com o título acima. A promotoria questionou o Conar sobre conformidade das peças publicitárias, depois de receber denúncia formulada pelo Instituto Alana, que teme haver confusão entre conteúdopublicitário e de entreteni- mento na referida campanha. em sua defesa, a bimbo alegou tratar-se de conteúdo edu- cativo para divulgar o processo de fabricação de um bolo da marca Ana maria. Considerou que a exposição da ação acom- panhada da marca da empresa não deixa margem a dúvida. A relatora votou pelo arquivamento, sendo acompanhada por unanimidade. ela confrontou a ação com as recomenda- ções do artigo 37 do Código e não encontrou divergências. �Consumidora de piracicaba (sp) criticou anúncio em inter- net da cerveja uma. ela apontou o que entendeu ser irregula- ridades na peça publicitária, de estímulo ao consumo excessi- vo, apelo à sensualidade e falta de cláusula de advertência, como recomendada pelo Código. Tais interpretações foram negadas em defesa enviada pela anunciante ao Conar. por maioria de votos, o Conselho de Ética recomendou a alteração, de forma a incluir no anúncio a cláusula de adver- tência. As demais queixas da consumidora não foram contem- pladas, conforme voto do autor do voto vencedor. “ grupo bImbo – AgorA VoCÊ VAI CoNheCer A NossA mágICA e DIVerTIDA FábrICA De boLINhos” “ CerVeJA umA – LIVre, ArTesANAL e sem gLÚTeN” • representação Nº 068/17 • Autor: Conselho superior do Conar • Anunciante: grupo bimbo • relatora: Conselheira Adriana machado • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 120/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Le manjue organique • Voto vencedor: Conselheiro Antonio Toledano • sexta Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letra “b”, do Código 24 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 24 Dezembro 2017 • N. 214 25 boLeTIm Do CoNAr CRIANÇAS E ADOLESCENTES os ACÓrDãos De JuLho / 2017 �o Conselho superior do Conar propôs representação con- tra anúncio em TV e internet da Candide a partir de ofício rece- bido do ministério público do Ceará, pedindo manifestação sobre eventual abusividade na peça publicitária. o ministério público cearense, por sua vez, moveu-se a partir de questiona- mento formulado pelo Instituto Alana. em sua defesa, a Candide rebateu as alegações da denún- cia. os produtos divulgados não são apresentados como colecionáveis, as apresentações são verdadeiras, não tendo a sua natureza disfarçada pelos efeitos visuais inseridos no anúncio. A relatora reconheceu a natureza fantasiosa da peça publicitária, mas não a considerou capaz de iludir as crianças. Também não acolheu as queixas de apelo imperativo de con- sumo dirigido a menor de idade e identificação publicitária deficiente. por estes e outros motivos, ela recomendou o arquivamento da representação, voto acompanhado por una- nimidade. �Consumidora residente em sumaré (sp) queixou-se ao Conar do que considerou ser publicidade de suco de fruta inserida em material didático. segundo ela, há na peça publi- citária apelos reprovados pelo Código brasileiro de Autorregu- lamentação publicitária. A anunciante defendeu-se, informando que não se trata de anúncio e sim de imagem destinada a exercício de interpreta- ção de textos. o autor do voto vencedor propôs o arquivamento, a partir do exame dos documentos trazidos ao processo pela anun- ciante, alguns originados do site do meC, que dão conta que, dentro dos parâmetros Curriculares Nacionais, é recomenda- da a apresentação aos alunos de diversidade de gêneros tex- tuais, inclusive anúncios, para gerar leitura ativa e responsiva. o conselheiro ressalvou, porém, a importância de constar no material destinado ao professor a necessidade de explicar aos alunos que anúncio publicitário é a representação do pro- duto e tem o objetivo de despertar nos consumidores o dese- jo de adquiri-los. seu voto foi acompanhado por maioria. “ gArAgem s.A – CANDIDe”“ o Que VoCÊ gosTA De beber QuANDo esTá Com seDe? – FruTT´s – superbom” • representação Nº 117/17 • Autor: Conselho superior do Conar • Anunciante: Candide • relatora: Conselheira Fernanda Tomasoni Laender • primeira Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 075/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Casa publicadora brasileira • Voto vencedor: Conselheiro Vitor morais de Andrade • sétima Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 24 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 24 Dezembro 2017 • N. 214 25 boLeTIm Do CoNAr CRIANÇAS E ADOLESCENTES APELOS DE SUSTENTABILIDADE �Consumidora de Janaúba (mg) questionou no Conar o uso da expressão “organics” em anúncio em internet, podendo induzir ao engano quanto à efetiva composição e procedência dos ingredientes do produto, um cosmético, em desacordo com as recomendações do Código e, em especial, de seu Ane- xo u, que trata de apelos de sustentabilidade em publicidade. em sua defesa, a Tecnopharma juntou documentos e lau- dos que, no entendimento dela, justificam as alegações pre- sentes no anúncio. A relatora, porém, não acolheu os argumentos da defesa. “penso que o atributo ‘ecologicamente correto’ é demasiada- mente amplo e deve ser usado com extrema parcimônia, pois traz uma conotação de não agressão ao meio ambiente alia- da a ações de sustentabilidade, o que não pode ser concluído apenas a partir da suposta ausência de ativos agressivos ao organismo humano”, escreveu ela em seu voto, pela altera- ção, acolhido por unanimidade. �A Campari veio ao Conar queixar-se de anúncio em inter- net de apresentação da aguardente Ypióca, por considerar que a peça publicitária apresenta animação de um cavalo que remete ao universo infantil, sendo bem semelhantes às de uma animação destinada a crianças. Tal prática é expressa- mente reprovada pelo Anexo A do Código brasileiro de Autor- regulamentação publicitária. A defesa enviada pela anunciante lembrou que, em dezembro, quando do julgamento da representação 243/16, o Conselho de Ética reconheceu que o cavalo é um elemento figurativo da marca Ypióca Fogo santo e não publicidade, resultando na recomendação de arquivamento da represen- tação. A defesa negou a semelhança entre o cavalo mostra- do no filme objeto desta representação e a animação apon- tada pela Campari. o relator recomendou a sustação do filme. ele considerou que o anúncio mostra o cavalo durante aproximadamente trinta segundos sem revelar a natureza do produto, muito menos de que se trata de produto para adultos. “parece uma bela aventura infantil até a resposta da pergunta feita na locução”, escreveu ele em seu voto, notando ainda que o cavalo sofre uma transformação no final do filme para se encaixar no rótulo da aguardente. sua recomendação foi acompanhada por unanimidade. “ TeCNophArmA – DermAge – DeLIFresh orgANICs” “ YpIÓCA Fogo sANTo” • representação Nº 047/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Tecnopharma • relatora: Conselheira Carla Felix de simas • Terceira Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 23, 27 e 50, letra “b”, do Código e seu Anexo u • representação Nº 124/17 • Autora: Campari do brasil • Anunciante: Ypióca • relator: Conselheiro Fernando Justus Fischer • sétima Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigo 50, letra “c”, do Código e seu Anexo A 26 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 26 Dezembro 2017 • N. 214 27 Dezembro 2017 • N. 214 27 boLeTIm Do CoNAros ACÓrDãos De JuLho / 2017 DIREITOS AUTORAIS PUBLICIDADE COMPARATIVA �A electrolux questionou no Conar campanha da concor- rente panasonicpara promover linha de lavadouras de louça, denunciando desconformidade entre especificação e desem- penho dos produtos anunciados e dados obtidos junto ao Inmetro e etiqueta Nacional de Conservação de energia (ence). A denunciante considera que, ao não respeitar estas exigências, a panasonic estaria levando o consumidor a enga- no. A electrolux também denunciou comparações injustas com produtos concorrentes, por considerar que as lavadoras da panasonic são de categoria distinta, resultando em aparente vantagem para elas. em sua defesa, a anunciante afirmou que os seus produtos atendem às exigências do Inmetro e ence e considerou justas as comparações tecidas, sendo realizadas por laboratórios cer- tificados e suas explicações reunidas em lettering nas peças publicitárias. reunião de conciliação entre as partes promovi- da pelo Conar não teve bom resultado. o relator iniciou seu voto reafirmando que a manifestação se dá dentro dos limites do Código ético-publicitário e ponde- rando a subjetividade do enquadramento dos produtos anun- ciados numa dada categoria. posto isso, ele considerou que o consumidor médio pode dirimir as suas dúvidas por meio das explicações contidas no lettering dos anúncios. o relator con- siderou, porém, que tais informações deveriam ganhar mais visibilidade, tanto nas peças de mídia impressa quanto eletrô- nica. por isso, propôs a alteração, voto acolhido por unanimi- dade. �A Lactalis, titular no país da marca parmalat, e sua agên- cia recorreram ao Conar por considerar que ideia criativa de propriedade delas, reunida em diferentes campanhas denomi- nadas mamíferos, ilustrada com foto de crianças trajando fan- tasias de animais, foi objeto de plágio pela concorrente Dália. esta defendeu-se, explicando os contornos da campanha, de finalidade social, e argumentando que crianças fantasia- das de animais não seria uma ideia passivel de cobertura por direitos autorais, sendo corrente desde muito antes do lança- mento da campanha da parmalar, nos anos 90. reunião de conciliação entre as partes promovida pelo Conar não resul- tou em acordo. A relatora de primeira instância registrou sua admiração pela parceria entre a Dália e o Instituto do Câncer Infantil de porto Alegre, beneficiário da campanha objeto da representa- ção, mas não concordou com os termos da defesa. para ela, a conexão entre as campanhas da Dália e da parmalat é ime- diata. “mais do que a associação com a marca parmalat, cer- tamente o sucesso da campanha traz uma simpatia automá- tica à campanha da denunciada e consequentemente ao seu produto”, escreveu ela em seu voto, pela sustação, acompa- nhado por unanimidade. A anunciante recorreu da decisão, mas ela foi confirmada por unanimidade pela câmara recursal, seguindo proposta do conselheiro relator de segunda instância. “ LAVADorAs pANAsoNIC – (...) meNor CoNsumo De águA DA CATegorIA” “Chegou o NoVo DáLIA KIDs” • representação Nº 090/17 • Autora: electrolux do brasil • Anunciante: panasonic do brasil • relator: Conselheiro renato de souza Dias • segunda Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 23, parágrafo 1º, e 50, letra “b”, do Código • representação Nº 055/17, em recurso ordinário • Autores: Lactalis do brasil e havas • Anunciante: Cosuel • relatores: Conselheiros Fernanda Tomasoni Laender e percival Caropreso • primeira Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 4º, 38, 41, 42, 43 e 50, letra “c”, do Código 26 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 26 Dezembro 2017 • N. 214 27 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 27 boLeTIm Do CoNAr IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA �uma blogueira dá depoimento sobre a utilidade de lenci- nhos umedecidos, em redes sociais, atraindo reclamação de sete consumidores do recife (pe), rio (rJ) e são paulo (sp), que se incomodoram com a não explicitação da natureza publicitária dos posts. em sua defesa, a anunciante confirmou a natureza publi- citária da veiculação e informou ter solicitado a suspensão imediata das postagens. o relator recomendou a sustação das peça publicitárias, voto aceito por unanimidade. �Consumidora belo-horizontina questionou no Conar a natureza publicitária de três postagens em redes sociais da blogueira Juju Norremose promovendo um produto denomi- nado pea protein, uma linha de moda de praia e um iogurte. em sua defesa, a blogueira e a fabricante do iogurte, a Nogueira e rezende, informaram não ter havido contratação publicitária, apenas disponibilização do produto para degus- tação, devendo a postagem ser interpretada como mídia espontânea. No entanto, informou a blogueira, ela adotará por princípio inserir em postagens do gênero identificação de que se trata de publicidade. Novidade saudável e Vix paula hermanny, responsáveis pelos outros dois produtos anuncia- dos, não se manifestaram no processo. A relatora não aceitou estas explicações e recomendou a advertência à Juju Norremose e às três empresas anuncian- tes, acolhida por unanimidade. seu voto foi complementado, em votação por maioria, pela recomendação de alteração das postagens originais, sugerida pelo autor do voto comple- mentar. “ LeNços CLeNeA”“ JuJu Norremose – peA proTeIN”, “VIXsWIm” e “grego zero LACTose ApreCIAre” • representação Nº 083/17 • Autor: grupo de consumidores • Anunciante: blog de mãe para mãe e simple Life • relator: Conselheiro percival Caropreso • sexta Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 23, 28, 30 e 50, letra “c”, do Código • representação Nº 073/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciante: Juju Norremose, Novidade saudável, Vix paula hermanny e Nogueira e rezende • relatora: Conselheira Natalie D´urso com voto complementar de Vitor morais de Andrade • sétima Câmara • Decisão: Alteração e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28,, 30 e 50, letras “a” e “b”, do Código 28 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 28 Dezembro 2017 • N. 214 29 boLeTIm Do CoNArboLeTIm Do CoNAros ACÓrDãos De JuLho / 2017 IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA �uma consumidora residente no rio (rJ) enviou e-mail ao Conar, considerando que postagens em rede social de Lu Fer- reira tentam omitir a sua natureza publicitária, prática frontal- mente reprovada pelo Código ético-publicitário. em sua defesa, Lu Ferreira esclarece as circunstâncias de cada postagem questionada – convite para lançamento e brinde recebido –, informando que identifica claramente quando se trata de publicidade paga, procurando seguir de forma estrita as recomendações do Conar. o relator considerou “cinzenta” a diferenciação entre posts que expressam a opinião de Lu Ferreira e publicidade. por isso, propôs advertência a ela e aos anunciantes, para que esclare- çam melhor o que é uma coisa, o que é outra. seu voto foi acolhido por unanimidade e complementado pela recomenda- ção também unânime de alteração dos anúncios questiona- dos nesta representação, como proposto pelo autor do voto complementar. �Consumidora carioca questionou no Conar a natureza publicitária de postagem em redes sociais, fato negado pelos anunciantes em defesa enviada ao Conar. o relator recomendou o arquivamento, considerando que, no caso em tela, não há como certificar o proveito publicitá- rio do spa Dios a partir das postagens de Daniella Noce. seu voto foi aceito por unanimidade. “ Lu FerreIrA, m.r.T. e mC – ...Amo esse, É DA @moNTeCArLoJoIAs” e “Vem pro sTorIes CoNheCer...” “ spADIos sp” • representação Nº 098/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciantes:m.r.T., Aces, mC e Lu Ferreira • relator: Conselheiro Antonio Jorge Alaby pinheiro com voto complementar do conselheiro Clementino Fraga Neto • Terceira Câmara • Decisão: Alteração e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letras “a” e “b”, do Código • representação Nº 113/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciantes: Danielle Noce e spa Dios • relator: Conselheiro Antonio Toledano • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 28 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 28 Dezembro 2017 • N. 214 29 boLeTIm Do CoNAr IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA �Consumidora carioca questionou a natureza publicitária de postagem em redes sociais. para ela, não fica explícito tratar- se de um anúncio. A autora da postagem, Lia Camargo, enviou defesa ao Conar informando que não se trata de publicidade e sim de uma parceria com a Dr. Lava Tudo, que também enviou defe- sa negando ter solicitado e pago pela postagem. o relator não aceitou estas explicações e recomendou a alteração agravada por advertência a Lia Camargo e à empre- sa Dr. Lava Tudo, mencionando inclusive a oferta de um cupom de desconto para quem assistiu ao vídeo na posta- gem. seu voto foi aceito por unanimidade. �Consumidor santista considerou que não fica ostensiva a natureza publicitária de postagem em rede social, como pedi- do pelo Código. em sua defesa, a blogueira rachel Apollonio informou con- siderar desnecessária a menção de que se tratava de publici- dade, mas alterou o anúncio, fazendo dele constar a menção “#publi”. Já a Alpargatas argumentou que a postagem não estava sob sua gestão, mas endossou a iniciativa da blogueira. o autor do voto vencedor recomendou a sustação. para ele, os contornos da identificação de um anúncio em redes sociais é matéria superada no Conar. seu voto foi acompanhado por maioria. “ Dr. LAVA TuDo”“ ALpArgATAs e rACheL ApoLLoNIo – #DIADAsmãeshAVAIANAs” • representação Nº 122/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciantes: Dr. Lava Tudo e Lia Camargo • relator: Conselheiro everson de souza Chaves Jr. • Terceira Câmara • Decisão: Alteração e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letras “a” e “b”, do Código • representação Nº 105/17 • Autor: Conar, mediante queixa de consumidor • Anunciantes: havaianas e rachel Apollonio • Voto vencedor: Conselheiro André porto Alegre • segunda Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letra “c”, do Código ALÉm DessAs, ForAm DebATIDAs e VoTADAs em JuLho As seguINTes represeNTAçÕes, Que se eNCoNTrAm em FAse De reCurso representação Nº 115/17, “Desodorante Nivea Invisible black & White - o nº 1 do brasil”. resultado: Alteração por unanimidade. representação Nº 118/17, "milnutri - Leite adaptado para a infância”. resultado: Alteração por unanimidade. representação Nº 123/17, “É bom. É do bem, é Ypê". resultado: Alteração por unanimidade. 30 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 30 Dezembro 2017 • N. 214 31 boLeTIm Do CoNAr �para consumidor belo-horizontino, anúncio em jornal de modelo da mercedes pode induzir ao engano em relação à condição prometida de juro zero, que só se torna clara depois da leitura de lettering de pequena dimensão. em defesas enviadas ao Conar, a concessionária minas máquinas e a montadora consideraram que o anúncio apre- senta todas as informações relevantes para o esclarecimen- to do consumidor, respeitando as recomendações do Código no que tange à apresentação de preço e condições de paga- mento. o relator concordou em linhas gerais com os argumentos da defesa e propôs o arquivamento da representação, sendo acompanhado por unanimidade. “ merCeDez-beNz – gLA 200 FLeX eNDuro 2017” • representação Nº 303/16 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciantes: mercedes-benz e minas máquinas • relator: Conselheiro José eduardo santini • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice VERACIDADE os ACÓrDãos De JuNho/2017 Veja resumo dos acórdãos das representações julgadas pelo Conselho de Ética em sessão conjunta realizada dia 8, em são paulo. Foram 41 os conselheiros que participaram da reunião: gilberto C. Leifert, presidente do Conselho de Ética, Adriana pinheiro machado, Alceu gandini, Ana paula Cherubini, André porto Alegre, Angela rehem, Antonio Jesus Cosenza, Antonio Toledano, Carlos Chiesa, Cinthia Ambrogi, Cristina De bonis, Cyd Alvarez, eduardo martins, eliane Quintella, Fernando Calia, Fernando Justus Fischer, guto belchior, José eduardo santini, José Francisco Queiroz, Jorge Tarquini, José maurício pires Alves, Júlio Abramczyk, Licínio motta, Luiz Celso piratininga Jr, Luiz Fernando Constantino, marcelo benez, márcio Quartaroli, manoel zanzotti, Natalie D'urso, paulo Chueiri, pedro renato eckersdorff, rafael Davini Neto, renata garrido, renato souza Dias, rodrigo Tedesco, ronaldo De Vitto, rubens da Costa santos, severino Queiroz Filho, Taciana Carvalho, Tania pavlovsky e Vitor morais de Andrade. 30 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 30 Dezembro 2017 • N. 214 31 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �A bDF Nivea representou no Conar contra campanha em vários meios de rexona Invisible, da unilever, contestando afir- mações de superioridade e os claims: “Nada é melhor contra manchas e transpiração” e “o antimanchas número 1 do mun- do”. A denunciante considerou ser líder de vendas, condição essa que só poderia ser reivindicada pela denunciada se fossem somadas as vendas de produtos que, ainda que semelhantes, são comercializados com diferentes marcas. Considerou também que a unilever não apresentou documentação que comprove supe- rioridade de desempenho. em reunião de conciliação entre as partes promovida pelo Conar dirimiu-se alguns dos questionamentos e decidiu-se desde logo que não haveria acordo em relação ao claim “...número 1”. Levado ao Conselho de Ética, o processo teve recomendação de alteração proposta pela autora do voto vencedor. ela ponde- rou que a liderença expressa no claim “...número 1” não tem jus- tificativa, dado o fato de o produto ser comercializado com dife- rentes marcas e não apenas rexona. se o anunciante quiser con- tinuar a usar o claim, a autora do voto vencedor recomenda que o faça destacando a própria marca ou a tecnologia do produto. Já em relação ao outro claim, achou-se por bem remeter a decisão a reunião futura do Conselho de Ética, pois as partes trouxeram abundantes dados de pesquisa, demandando tempo para serem analisados. Quando o julgamento ocorreu, o relator propôs e foi aceita por maioria de votos a recomendação de alteração do claim “Nada é melhor...”, para evitar confusão junto aos consumido- res, uma vez que as pesquisas não possibilitavam a comprovação indiscutível de desempenho superior de rexona. por considerar que houve demora por parte da unilever em implementar recomendação deliberada na reunião anterior, a autora do voto vencedor propôs a advertência à anunciante. seu voto foi aprovado por maioria. Inconformada, a unilever ingressou com recurso, repisando seus argumentos, que foram parcialmente aceitos. A Câmara especial de recursos, acolhendo por unanimidade de votos a manifestação do relator, recomendou o arquivamento em relação ao uso da expressão “Nada é melhor” mas, por maioria de votos, acompanhando voto divergente, confirmou a decisão inicial pela advertência à unilever e a alteração do claim “...número 1”. Foi a vez da bDF Nivea recorrer da decisão,remetendo o pro- cesso à plenária do Conselho de Ética. A denunciante não se con- formou que a recomendação pela alteração do claim “...Número 1”, reivindicando a sua sustação por considerar que a tecnologia dos produtos com diferentes marcas não é idêntica e também porque sugere uma superioridade de desempenho que, em verdade, é de vendas. A relatora do recurso extraordinário iniciou seu voto notando a extensão deste processo, que ultrapassou mil páginas, demonstrando a sua complexidade. No entanto, a decisão reme- tida à plenária deve ser considerada relativamente simples: pode a unilever considerar como uma coisa só as três marcas do desodorante, tornando assim possível o claim “...número 1”?. A relatora concluiu pela proposta de manutenção da altera- ção. “A unilever pode dizer que rexona Invisible é o produto mais vendido do mundo desde que explicite que é vendido sob diferentes marcas nominativas, mas não pode dizer que rexona Invisible é a marca mais vendida do mundo, já que apenas a mar- ca figurativa é igual e as marcas nominativas são diferentes”, escreveu ela em seu voto, frisando que o claim de liderança mundial é aceitável “desde que se refira ao produto e não à marca”, devendo ser acompanhado de disclaimer, informan- do que o produto é vendido sob diferentes marcas nominati- vas. seu voto foi aprovado por maioria. “ NoVo reXoNA INVIsIbLe – NADA É meLhor...” • representação Nº 114/16, em recurso extraordinário • Autora: bDF Nivea • Anunciante: unilever brasil • relatores: Conselheiros paulo Chueiri, Tannia Fukuda (voto vencedor), ricardo ramos Quirino, Fernanda magalhães (voto divergente) e Adriana pinheiro machado • sétima Câmara, Câmara especial de recursos e plenária do Conselho de Ética • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 4º, 23, 27, parágrafos 1º, 2º e 7º, 32, letras “a” e “c”, e 50, letra “b”, do Código 32 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 33 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 33 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE os ACÓrDãos De JuNho / 2017 �A Whirlpool trouxe ao Conar queixa contra campanha em TV e internet da concorrente samsung veiculada na véspera do Dia das mães. segundo a denunciante, ao prometerem desconto na compra de um segundo produto da anunciante, as peças publicitárias têm potencial para induzir os consumi- dores ao erro quanto aos termos da oferta divulgada e à pró- pria disponibilidade de estoque. A Whirlpool mencionou lette- ring ilegível presente nos anúncios, o que impede os consumi- dores de conhecerem melhor os contornos e limitações da oferta. o relator concedeu medida liminar de sustação, mas esta foi revogada depois de pedido da samsung, que historiou medidas saneadoras. A samsung apoiou a sua defesa exata- mente nestas providências. em seu voto, o relator acolheu os argumentos da Whirl- pool, considerando irregular a campanha da samsung. por isso, ele recomendou a alteração dos anúncios originais, pena agravada por advertência à anunciante, tendo em vista des- cumprimento pontual da medida liminar. seu voto foi aceito por unanimidade. �Consumidora de brasília (DF) considerou enganosas as imagens tipo antes e depois apresentadas em anúncio na internet de produto que promete emagrecimento. Comunicado da abertura do processo ético pelo Conar, o anunciante não se manifestou. o relator concordou com a consumidora e recomendou a sustação agravada por advertência ao anunciante, Leandro Viana Dias. o relator notou ainda que o anúncio foi veicula- do em um blog pirata e ilegal. seu voto foi aceito por unani- midade. “ ToDA mãe mereCe sAmsuNg”“ LeANDro VIANA DIAs (FIT Turbo) – emAgreçA sem soFrImeNTo” • representação Nº 078/16 • Autora: Whirlpool • Anunciante: samsung • relator: Conselheiro Vitor moraes de Andrade • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: Alteração e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 23, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letras “a” e “b”, do Código • representação Nº 052/16 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Leandro Viana Dias (Fit Turbo) • relator: Conselheiro Antonio Toledano romero • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: sustação e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 23, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letras “a” e “c”, do Código 32 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 33 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 33 VERACIDADE �A L'oreal denunciou no Conar peças publicitárias – site, postagem de médica em mídia social e material enviado a médicos – do produto hydraporin, da hypermarcas, por consi- derar que levam ao entendimento de que o produto pode tra- tar dermatite. Tal sugestão contraria a natureza do produto, que é registrado junto às autoridades sanitárias como um hidratante. em sua defesa, a anunciante negou responsabilidade na postagem e informou que os demais materiais questionados deixaram de circular em 2016. A relatora iniciou seu voto lembrando que o fato de uma peça publicitária já ter deixado de ser veiculada não inibe a manifestação do Conselho de Ética, até para prevenir even- tuais repetições de algo que contrarie as recomendações do Código. superada esta questão, ela recomendou a alteração da comunicação de hydraporin, de forma que não sugira que o produto tem propriedades medicamentosas. seu voto foi acei- to por unanimidade. �Consumidor paulistano pediu verificação pelo Conselho de Ética de anúncio em TV de produto apresentado como capaz de combater o alcoolismo. Além da comprovação de eficiência do produto e outras afirmações, o consumidor questionou se ele não deveria ter registro junto às autoridades sanitárias. em sua defesa, a brVita afirmou considerar que o anúncio não traz nenhum elemento que possa incorrer em enganosi- dade. Juntou declaração de diretor de clínica terapêutica que confirma bons resultados pelo uso do produto. o relator ponderou que a defesa não comprovou as pro- priedades do Dr Drink, tampouco a veracidade da alegação “testado e aprovado” presente no anúncio. Notou também o relator a ausência do registro do produto junto à Anvisa. por isso, recomendou a sustação agravada por advertência à brVita. seu voto foi aceito por unanimidade. “ hYDrAporIN – Amo pArA DermATITe ATÓpICA” “Dr. DrINK – br VITA” • representação Nº 084/17 • Autora: L'oreal brasil • Anunciante: hypermarcas • relatora: Conselheira Taciana Carvalho • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 4º, 9º, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letra “b” do Código • representação Nº 079/16 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: brVita • relator: Conselheiro Júlio Abramczyk • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: sustação e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 23, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letras “a” e “c”, do Código 34 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 34 Dezembro 2017 • N. 214 35 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE os ACÓrDãos De JuNho / 2017 �Foi uma reclamação de consumidora residente em brasília (DF) que motivou esta representação, contra anúncio em TV e internet, de apresentação de sabão em pó. A denunciante considerou que a peça publicitária desrespeita as enfermeiras. Além disso, a direção do Conar notou que informação relati- va à eficiência do produto na eliminação de germes e bacté- rias está desacompanhada de dados comprobatórios. Anunciante e agência negaram, em defesa enviada ao Conar a interpretação da consumidora. Quanto ao claim questionado, informam que ele foi devidamente validado pelas autoridades sanitárias após testes. orelator aceitou os argumentos da defesa e propôs o arquivamento, voto acolhido por unanimidade. �oito reclamações de consumidores, residentes em são paulo, Limeira e mairiporã (sp), Caseiros (rs), rio (rJ) e Lagu- na (sC) viram sinais de discriminação de gênero em campanha da cerveja proibida, na qual uma das apresentações é descri- ta como “cerveja para macho”, enquanto que outra apresen- tação, denominada “rosa Vermelha mulher”, é recomendada ao público feminino. Anunciante e agência defenderam-se no Conar, argumen- tando que a campanha apenas destaca as múltiplas apresen- tações do produto, adequadas a diferentes públicos. os conselheiros, por maioria de votos, concordaram com os argumentos da defesa e recomendaram o arquivamento, seguindo proposta do autor do voto vencedor. “ NoVo brILhANTe ANTIbAC”“ CerVeJA proIbIDA – FAmÍLIA proIbIDA puro mALTe” • representação Nº 061/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: unilever brasil e JWT • relator: Conselheiro Fernando Justus Fischer • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 035/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Cerveja proibida e Draftz • Voto vencedor: Conselheiro paulo Chueiri • Quinta, sexta, sétima e oitava Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 34 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 34 Dezembro 2017 • N. 214 35 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES �Consumidora de Itapema (sC) considerou que filme para TV e internet de Chamyto constrange pais e responsáveis com o propósito de impingir consumo, o que é reprovado pelo Código brasileiro de Autorregulamentação publicitária, além de sugerir que o produto pode favorecer o desenvolvimento intelectual da criança. A anunciante enviou defesa ao Conar, negando as motiva- ções da denúncia, considerando que a peça publicitária res- peita de forma estrita a ética publicitária, destacando, antes, a atenção da mãe às necessidades do filho. A relatora concordou, em linhas gerais, com os argumentos da defesa e propôs o arquivamento da representação, voto foi aceito por unanimidade. �Consumidores residentes em são paulo (sp), Joinville (sC) e Contagem (mg) enviaram e-mail ao Conar, protestando contra comercial em TV e internet divulgando televisor da samsung. para os consumidores, a peça publicitária dá mau exemplo, mostrando assaltantes invandindo uma residência, e também falha na definição técnica do que seria um televi- sor 4K. o anunciante defendeu-se, apelando para o caráter fran- camente humorístico da cena e para a veracidade das infor- mações técnicas. o relator concordou, em linhas gerais, com os argumentos da defesa e propôs o arquivamento, voto aceito por unani- midade. “ ChAmYTo – VAmos DesCobrIr o LADo geNIAL De seu FILho” “ Não LeVe susTo, K4 De VerDADe É sAmsuNg” • representação Nº 037/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Nestlé • relatora: Conselheira Cinthia Ambrogi Alonso • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 074/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: samsung e Cheil brasil • relator: Conselheiro rodrigo Tedesco • segunda e Quarta Câmaras • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 36 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 36 Dezembro 2017 • N. 214 37 boLeTIm Do CoNAr IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA ALÉm DessAs, ForAm DebATIDAs e VoTADAs em JuNho As seguINTes represeNTAçÕes, Que se eNCoNTrAm em FAse De reCurso representação Nº 086/17, “Cetaphil restora Derm – Desenvolvido especialmente para a pele atópica”. resultado: arquivamento por unanimidade. representação Nº 088/17, “Campari do brasil - rolou um clima”. resultado: sustação por unanimidade. representação Nº 101/17, “Cerveja proibida: acreditando e comemorando com você”. resultado: alteração por maioria de votos. os ACÓrDãos De JuNho / 2017 �Consumidora de guarulhos (sp) considera ambígua a apresentação de anúncio de produto cosmético veiculado em blog. o Código brasileiro de Autorregulamentação publicitária recomenda que a publicidade deve ser explicita e facilmente reconhecida como tal pelo consumidor. A blogueira enviou defesa ao Conar na qual lamenta que o seu post possa ter causado confusão, informando ter altera- do o anúncio, deixando claro que se trata de publicidade. Já a Avon considerou que a forma como foi exposta a mensagem não omitia a sua natureza, mas que mesmo assim, adotou providências já referidas quando da abertura do processo éti- co pelo Conar. A relatora recomendou a alteração do anúncio original. Já o voto complementar foi formulado para que fique claro que da peça publicitária deve constar a informação de que se tra- ta de publicidade. os votos das conselheiras foram acolhidos por unanimidade. “ FuTILIsh – Tá CuIDANDo Desse rosTINho? beLezA, eu TesTeI” • representação Nº 071/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciantes: Avon e Futilish por Constanza Fernandez • relatora: Conselheira Cristina De bonis, com voto complementar de Taciana Carvalho • primeira e Terceira Câmaras • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letra “b” do Código 36 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 36 Dezembro 2017 • N. 214 37 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADEos ACÓrDãos De mAIo/2017 Veja resumo dos acórdãos das representações julgadas pelo Conselho de Ética em maio, em sessões realizadas dias 4, 11, 24 e 30, em são paulo, 17, no rio e em brasília, e 26, em porto Alegre. Foram 67 os conselheiros que participaram das reu-niões: Adriana pinheiro machado, Alexandre gadret, André Coutinho Nogueira, André porto Alegre, Angela rehem, Antonio Jesus Cosenza, Antonio Jorge Alabi pinheiro, Antonio Toledano romero, Ari dos santos, Armando strozenberg, Arnaldo rosa, Carla simas, Carlos Chiesa, Cecília mondino, Clementino Fraga Neto, Clóvis speroni, Cristiano Flores, Cyd Alvarez, Daniel slaviero, eliane Quintella, ernesto rodrigues, Fernanda magalhães, Fernanda Tomasoni Laender, guliver Augusto Leão, gustavo de oliveira, gustavo Ferro, guto belchior, herbert zeizer, José Francisco Queiroz, José maurício pires Alves, Júlio Abramczyk, Lenize baseggio, Letícia Lindenberg de Azevedo, Licínio motta, Lucas Tadeu melo Câmara, Luiz Celso piratininga Jr., Luiz roberto Valente Filho, Lula Vieira, manoel zanzoti, marcelo rech, márcio maffei, márcio soave, mariângela Toaldo, marlene bregman, miguel de Luca, milena seabra, mirela Caldeira Fadel, Nelcina Tropardi, oscar mattos, paulo Chueiri, pedro renato eckersdorff, rafael Davini Neto, renato pereira, renato souza Dias, ricardo Cravo Albin, ricardo Difini Leite, ricardo melo, ricardo ramos, rino Ferrari Filho, roberto philomena, rodrigo Tedesco, rubens da Costa santos, sérgio pompílio, sirley Fabian de Lima, sonia maria de paula, Tânia pavlovsky e zander Campos da silva Júnior. �Veio de consumidor carioca a queixa que motivou esta representação, contra anúncio em internet de rede de lancho- nete. segundo o consumidor, apesar de efeito sonoro típico, distingue-se perfeitamente calão – “aê po...” – em meio ao anúncio. ele considerou a prática deseducativa, inclusive por se tratar de atividade que atrai naturalmente público menor de idade. em sua defesa, anunciante e agência explicaram o contex- to criativo do anúncio, ponderando que o recurso ao calão é justificado pela cultura popular e também pelofato de a pro- gramação de mídia do anúncio ter buscado público adulto. o relator notou em seu voto que publicidade envolvendo calão sempre provoca discussões quando trazida ao Conselho de Ética, havendo quem a acate pela pertinência de uso em função de posicionamento de marca, estilo de comunicação, público-alvo etc. No caso em tela, o relator notou que se trata de empresa, produto, planejamento de mídia e linguagem (a peça publici- tária foi protagonizada por um youtuber) próprias de jovens acima de 18 anos. por isso, ele não viu problemas na forma como o calão foi apresentado. propôs o arquivamento, voto aceito por unanimidade. “ bob’s pICANhA ArTesANAL” • representação Nº 290/16 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: bob´s e ppr • relator: Conselheiro gustavo Ferro • Terceira Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 38 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 39 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 39 boLeTIm Do CoNAros ACÓrDãos De mAIo / 2017 RESPEITABILIDADE �Consumidores queixaram-se ao Conar de bullyng decor- rente de filmes publicitários divulgando o presunto sadia, que denomina como Luis Augusto produto concorrente de baixa qualidade. Foram sete as reclamações de consumidores, resi- dentes em Leiria (portugal), Curitiba e são Jerônimo da serra (pr), são Cristovão (se), Angra dos reis (rJ) e são José (sC), que levaram à abertura desta representação. mais reclama- ções continuaram chegando durante a tramitação da repre- sentação. Anunciante e agência defenderam-se, alegando que o anúncio, veiculado em TV e internet, está em consonância com as recomendações do Código brasileiro de Autorregula- mentação publicitária, não ferem valores nem estimulam prá- ticas desrespeitosas. Lembrou a defesa que, em decisão de 2016, o Conselho de Ética arquivou representação de contor- nos semelhantes. A relatora propôs o arquivamento. para ela, o filme segue a linha da irreverência, com cenas irreais. seu voto foi acom- panhado por maioria. �Cartaz afixado no vidro traseiro de ônibus, ilustrado com foto de um casal de namorados em trajes sumários, trocando carícias, e o título acima, foi criticado por consumidora cario- ca, que o considerou demasiado erótico, tanto mais por ser exibido em mídia exterior, sem que seja possível, portanto, fil- trar de alguma forma para qual público é exibido. o panda hotel, a exemplo do que ocorreu em outras opor- tunidades, não enviou defesa ao Conar. o relator recomendou a sustação, acompanhada por una- nimidade. ele escreveu em seu voto que, dentro de casa, o controle do acesso das crianças e adolescentes a publicações e sites com conteúdo erótico cabe aos pais. “Nas vias públi- cas, porém, esta vigilância ao conteúdo das mensagens na publicidade, quando denunciada, compete ao Conar”. “ sADIA – LuIs AugusTo e o CAsAQuINho” e “promoção FATIA DA sorTe sADIA” “ pANDA hoTeL – o muNDo reAL É mAIs gosToso Que o VIrTuAL” • representação Nº 036/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: brF Foods e F/Nazca s&s • relatora: Conselheira Letícia Lindenberg de Azevedo • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 308/16 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: panda hotel • relator: Conselheiro Clóvis speroni • Terceira Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 19, 20, 22 e 50, letra “c” do Código 38 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 39 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 39 RESPEITABILIDADE �seis profissionais de arquitetura e urbanismo enviaram queixa ao Conar contra anúncio da construtora Andrade gutierrez. os reclamantes, residentes em Natal (rN), Aracaju (se), brasília (DF), Vitória (es) e rio branco (AC), entenderam que os anúncios, um spot de rádio, discrimina e desvaloriza a atividade dos arquitetos. Anunciante e sua agência defenderam-se explicando os contornos da campanha e considerando que os spots usam de linguagem coloquial, de forma a favorecer o contato com o público. o autor do voto vencedor concordou em princípio com os argumentos da defesa, mas recomendou a advertência à Andrade gutierrez e à heads, de forma que estejam “atentos ao mencionar categorias profissionais em seus anúncios”. seu voto foi aprovado por maioria. �Consumidor de guarulhos (sp) considerou que filme da Claro veiculado em TV e internet, mostrando zumbis, abusa do medo e da violência, prática reprovada pelo Código, podendo despertar o temor, principalmente em crianças. Anunciante e agência consideraram que o filme parodiou de forma cômica conhecida série televisiva, informando que ele foi veiculado majoritariamente em programação destina- da a público adulto. A relatora aceitou estes e outros argumentos da defesa e propôs o arquivamento, acompanhado por unanimidade. “ ANDrADe guTIerrez – A meLhor mANeIrA De AgIr” “CLAro – zumbIs” • representação Nº 043/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Andrade gutierrez e heads • Voto vencedor: Conselheiro paulo Chueiri • sétima Câmara • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 19, 20 e 50, letra “a” do Código • representação Nº 042/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Claro e Talent marcel • relatora: Conselheira milena seabra Ferreira • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 40 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 40 Dezembro 2017 • N. 214 41 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE os ACÓrDãos De mAIo / 2017 �Dois consumidores, residentes em são José dos Campos (sp) e santa maria (rs), acusaram no Conar inadequação de filme para TV de modelo da Citroën, ao insinuar cena de sexo dentro de automóvel, o que teria sido agravado pelo fato de o filme ser acessível a menores de idade. em sua defesa, anunciante e agência consideraram o filme respeitoso, sendo a sua programação de mídia dirigida a público adulto. o relator não viu no filme desacordo com as recomenda- ções do Código ético-publicitário, pelo que propôs o arquiva- mento, voto aceito por unanimidade. �Queixas enviadas por consumidores residentes em são paulo (sp) e uberlândia (mg) motivaram esta representação, contra filme para TV promovendo modelo da Ford. eles consi- deraram desrespeitosos os termos do anúncio, que mostra a mulher interrompendo e desautorizando o marido perante o vendedor. mais queixas foram recebidas pelo Conar durante a tramitação do processo ético. em sua defesa, anunciante e agência argumentaram que o filme mostra a desconstrução do machismo, mas sem externar discriminação. o relator propôs o arquivamento, voto aceito por unanimi- dade, por não ter encontrado nada no filme que contrarie recomendação do Código. ele notou em seu voto que três mulheres enviaram queixa ao Conar contra o comercial. “ CITrÖeN INspIreD bY You”“ ForD KA 2018 – DrIVe Thru” • representação Nº 057/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: peugeot Citroën e havas • relator: Conselheiro herbert zeizer • segunda Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 046/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Ford e JWT • relator: Conselheiro herbert zeizer • segunda Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 40 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 40 Dezembro 2017 • N.214 41 boLeTIm Do CoNAr RESPEITABILIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES �Anúncio de produto alimentício de apelo infantil veiculado em emissora de TV por assinatura contém frase imperativa: “experimente uma sobremesa sem medo...”. em sua defesa, o anunciante informou ter suspendido a exbição do anúncio tão logo cientificado da abertura da repre- sentação no Conar, informação validada pela emissora. o relator considerou indiscutível o apelo imperativo de con- sumo dirigido a menor de idade, o que é frontalmente repro- vado pelo Código brasileiro de Autorregulamentação publici- tária. por isso, recomendou a alteração, voto aceito por una- nimidade, consignando cumprimentos ao anunciante pela adesão à ética, antes do julgamento. �Consumidor enviou e-mail ao Conar reclamando de comercial em TV. ele viu desrespeito à figura do marido, que resta imóvel no sofá enquanto a mulher descreve as suas inú- meras tarefas. o anunciante defendeu-se, alegando recurso óbvio ao lúdico e ao bom humor para mostrar uma situação cotidiana. o relator acolheu os argumentos da defesa e propôs o arquivamento, voto aceito por unanimidade. para ele, não há no filme qualquer desmerecimento às recomendações do Código. “JosApAr – boLos suprAsoY”“ orQuÍDeA – bIsCoITos sorTIDos” • representação Nº 230/16 • Autor: Conar por iniciativa própria • Anunciante: Josapar • relator: Conselheiro Alexandre Alvarez gadret • Quinta Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 37 e 50, letra “b” do Código e seu Anexo h • representação Nº 065/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Tondo • relator: Conselheiro roberto Veronezi philomena • Quinta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 42 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 42 Dezembro 2017 • N. 214 43 os ACÓrDãos De Dezembro / 2015 boLeTIm Do CoNArboLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 43 IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA os ACÓrDãos De mAIo / 2017 �reclamação de consumidora paulistana motivou esta representação, contra anúncio em blog, por não considerá-lo claramente identificado como publicidade. A saudavel.com defendeu-se, alegando desconhecer que a publicação estava em desacordo com a ética publicitária, informando que o blog mencionava personagem fictícia e que já foi retirado do ar. para evitar a reprodução de casos análogos, o relator reco- mendou a advertência aos denunciados Kaiser Intermediação de Negócios e saudavel.com., de forma a servir de exemplo a “outras pessoas ou empresas que possam usar uma forma tão danosa à verdadeira publicidade”, como escreveu em seu voto, que foi aprovado por unanimidade. �o Conar recebeu reclamações de consumidoras residentes em santa maria madalena (rJ) e são paulo (sp). elas questio- naram a apresentação da publicidade em posts de redes sociais, que não teriam ficado claramente expostos como tal, como recomenda expressamente o Código ético-publicitário em sua seção 6. As consumidoras temem que a publicidade possa ser confundida com material jornalístico ou opinião pessoal dos autores do post. estes – Christian Figueiredo, Danielle Dias e mayla Araujo – defenderam-se no Conar, alegando que respeitaram de for- ma estrita as recomendações do Código, inclusive com expo- sição ostensiva da marca do anunciante. Já a badoo deu infor- mações sobre a forma de contratação, que incluía a explicita- ção de que se tratava de publicidade. um dos posts foi altera- dos após a abertura do processo ético pelo Conar. A relatora propôs a alteração, de forma a reforçar a natu- reza publicitária dos posts, sugerindo como modelo a altera- ção feita espontaneamente por um dos sites. seu voto foi aceito por unanimidade. “ KAIser e sAuDAVeL.Com – Turbo sLIm”“ bADoo, ChrIsTIAN FIgueIreDo, DANIeLLe DIAs e mAYLA ArAuJo – #peopLeNeArbY” • representação Nº 064/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Kaiser Intermediação de Negócios e saudavel.com • relator: Conselheiro José Francisco Queiroz • sexta Câmara • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 9º, 23, 28, 30 e 50, letra “a” do Código • representação Nº 050/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciantes: badoo, Christian Figueiredo, Danielle Dias e mayla Araujo • relatora: Conselheira Cecilia bottai mondino • primeira Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 27, 28, 30 e 50, letra “b” do Código 42 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 42 Dezembro 2017 • N. 214 43 boLeTIm Do CoNAr Dezembro 2017 • N. 214 43 IDENTIFICAÇÃO PUBLICITÁRIA �A direção do Conar propôs representação ao Conselho de Ética contra anúncio em internet da Fini, por considerar que a peça não está claramente definida como publicidade, o que é uma recomendação expressa do Código. em sua defesa, a Fini negou tratar-se de publicidade, infor- mando que a ação de divulgação foi de iniciativa exclusiva do site Crescendo com Luluca, não envolvendo compra de espa- ço ou qualquer outra negociação comercial. Notou a defesa que alguns dos produtos provados na ação chegam a ser reprovados. A responsável pelo site manifestou-se, ratificando as informações trazidas pela Fini. em seu voto, a relatora escreveu ser legítima a publicidade em canais de internet. “o problema”, afirmou ela, “ocorre quando infringe o Código no que se refere a publicidade fei- ta com crianças”. A relatora observa que as novas oportunidades abertas pela internet deram “origem a uma gigantesca e incontrolá- vel quantidade de conteúdos, onde todos têm o livre arbítrio para falar o que quiser e compartilhar as suas experiências sobre produtos e serviços. e é verdade que nem todas as mar- cas chegam a saber de todas as conversas em que elas estão inseridas. em muitos casos é praticamente impossível”. No entanto, a relatora nota que há muitas ferramentas para tanto. “em um cenário ideal, todas as marcas deveriam monitorar e gerenciar as conversas a seu respeito nas mídias sociais, fortalecendo as suas estratégias nos pontos vulnerá- veis e se defendendo quando forem injustamente atingidas”, escreveu ela. ela baseou o seu voto, pela advertência à Fini, no fato de haver localizado na internet várias peças publicitárias onde a marca da empresa aparece em situações semelhantes, de degustação de seus produtos por menores de idade. “No caso desta representação, apesar dos argumentos da defesa, os fatos apontam para a existência de um relacionamento com benefícios claros e muito grandes para pelo menos uma das partes – a Fini”. por isso, a relatora recomendou à empresa que monitore os conteúdos sobre a sua própria marca na internet, sobretudo em canais comandados por crianças, evi- tando ser surpreendida por ações deste tipo. seu voto foi acompanhado por unanimidade. “ eXperImeNTANDo DoCes FINI – LuLuCA” • representação Nº 056/17 • Autor: Conar por iniciativa própria • Anunciantes: Fini e Crescendo com Luluca • relatora: Conselheira marlene bregman • primeira Câmara • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 23, 28, 30, 37 e 50, letra “a” do Código e seu Anexo h 44 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 44 Dezembro 2017 • N. 214 45 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Consumidor paulistano considerou-se induzido ao engano por comercial de TV das Óticas Carol, oferecendo desconto na compra de óculos proporcional à idade do consumidor. Na loja, ele foi informado de que o desconto valia apenas para a armação e era limitado a algumas marcas mais caras entre as várias disponíveis.A loja considerou que as limitações da pro- moção constavam de lettering no filme publicitário. o consu- midor, porém, o considerou ilegível. em sua defesa, anunciante e agência informaram que a promoção já existe há dez anos e nunca gerou confusão jun- to aos consumidores. No mérito, consideraram os termos e apresentação do comercial suficientes para informar correta- mente os contornos da oferta. em primeira instância, o relator votou pela alteração, por concordar com o ponto de vista do consumidor. seu voto foi aceito por unanimidade. As Óticas Carol recorreram da decisão e, em segunda ins- tância, viram por maioria de votos a recomendação inicial ser alterada para advertência. o autor do voto vencedor levou em conta que a peça publicitária informa os critérios da pro- moção, ressalvando, porém, a difícil leitura do lettering. �A unilever reclamou no Conar contra o claim acima, na embalagem de sabonete da bDF Nivea, considerando-o exces- sivo e descolado de disclaimer – “100% de aprovação em tes- te de percepção realizado com consumidoras” –, que julga ser de difícil leitura. para a denunciante, afirmação tão categórica quanto a do claim não pode ser comprovada, independente- mente de pesquisas. A bDF Nivea defendeu-se, considerando claim e disclaimer corretos, convenientemente apresentados e devidamente res- paldados por pesquisas. reunião de conciliação entre as par- tes promovida pelo Conar não resultou em acordo. A relatora de primeira instância lembrou em seu voto que o Código aceita claims absolutos, desde que devidamente comprovados. ela concordou, porém, que tanto pela natureza da pesquisa quanto pelo número de pessoas que participaram dela, possa resultar em um entendimento distorcido pelos consumidores. por isso, propôs a alteração, para que a bDF Nivea esclareça mais no disclaimer os contornos da pesquisa, para se evitar o excesso de generalidade do claim. seu voto foi aceito por unanimidade. A anunciante recorreu da decisão mas ela foi confirmada por unanimidade pela câmara revisora, seguindo recomenda- ção do relator do recurso. “ÓTICAs CAroL”“ bDF NIVeA – AproVADo por 100% Dos CoNsumIDores” • representação Nº 020/17, em recurso ordinário • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante e agência: Óticas Carol e Comunicação explícita • relatores: Conselheiros paulo Celso Lui e Licínio motta • segunda Câmara e Câmara especial de recursos • Decisão: Advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 27, parágrafos 1º, 2º, 3º e 5º, e 50, letra “a” do Código • representação Nº 281/16, em recurso ordinário • Autora: unilever brasil • Anunciante: bDF Nivea • relatores: Conselheiros Ana paula Cherubini dos santos e ricardo ramos Quirino • sexta e sétima Câmaras e Câmara especial de recursos • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 4º, 14, 15, 17, 23, 27, parágrafos 1º, 2º e 7º, e 50, letra “b” do Código os ACÓrDãos De mAIo / 2017 44 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 44 Dezembro 2017 • N. 214 45 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Consumidor belo-horizontino denunciou ao Conar anúncio em jornal de revenda automotiva com informações que consi- derou incompletas e enganosas sobre a forma de pagamento de modelo da Ford, em desconformidade com o recomendado pelo Código ético-publicitário. A Ford Caoa defendeu-se, refutando os argumentos do consumidor. para a anunciante, a peça publicitária tem todas as informações relevantes para a decisão dos interessados. o relator não acolheu este e outros argumentos da defesa. para ele, falta clareza na apresentação visual do apelo “taxa 0%”. “se deixarmos como está”, escreveu ele em seu voto, “todos os anúncios desta empresa seguirão trazendo insegu- rança e confundindo a decisão sobre qual a melhor maneira de adquirir o veículo, até que se perceba, através de informa- ções complementares, que é necessário dar uma entrada sig- nificativa para se obter a taxa 0%”. por isso, ele propôs a alteração, agravada por advertência à Ford Caoa pelo fato da representação 299/16 já ter trata- do de problema semelhante. seu voto foi aceito por unani- midade. �o Conar recebeu ofício da 6ª promotoria de Justiça de gurupi (To) pedindo manifestação do Conselho de Ética sobre a eventual prática de publicidade abusiva de uma escola da cidade, que divulgou em mídia exterior e internet que adota filosofia de colégio militar e que há relacionamento entre o estabelecimento de ensino e o Comando geral da pm da cida- de, que desmentiu esta informação. em sua defesa, o Castelinho deu notícias dos contatos verbais entre as partes para avaliar as possibilidades de par- ceria que, entretanto, não evoluiu. A defesa reconheceu que a divulgação do fato pode ter induzido a interpretações equi- vocadas, mas que fora exposta por menos de um dia. o relator, pesando os argumentos da defesa, recomendou o arquivamento da representação, por considerar que a breve exposição da peça em mídia exterior não causou prejuízos e que a inserção em internet se deu em página pessoal e não no site da escola. seu voto foi aceito por unanimidade. “ ForD CAoA – CArNAVAL ImperDÍVeL CAoA” “o CAsTeLINho – esCoLA mILITAr” • representação Nº 038/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Ford Caoa • relator: Conselheiro rafael Davini Neto • sexta Câmara • Decisão: Alteração e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 27, parágrafos 1º, 2º e 3º, e 50, letras “a” e “b” do Código • representação Nº 023/17 • Autor: Conselho superior do Conar • Anunciante: Centro educacional o Castelinho • relator: Conselheiro zander Campos da silva Jr. • Quarta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 46 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 46 Dezembro 2017 • N. 214 47 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Consumidor de Carapicuiba (sp) informou que a oferta acima, divulgada em cartaz afixado na vitrine da loja, leva a engano. Vendedora explicou-lhe que há várias restrições, informadas em letras pequenas no cartaz. A anunciante defendeu-se no Conar, explicando os contor- nos da promoção e alegando que, por tratar com consumi- dores de alto poder aquisitivo, estes entenderiam facilmente a existência de limites e restrições. A relatora deu razão ao consumidor, considerando que a loja deve expor sem medo as exceções à promoção. propôs a alteração, voto aceito por unanimidade. �Consumidora de balneário Camburiú (sC) reclamou ao Conar de anúncio em TV e internet de escola de idiomas, por considerar injustificável a alegação de que é o único “que garante o domínio do inglês em dois anos e meio”. para a consumidora, não é possível garantir o aprendizado de um idioma em um dado período de tempo. A Influx Idioma enviou defesa ao Conar, onde reafirmou a veracidade da informação, juntando certificação e esclarecen- do que há mais dados no próprio site. A relatora acolheu as explicações da anunciante, mas pon- derou que os esclarecimentos necessários à correta compre- ensão do não estão presentes no filme objeto desta represen- tação, sequer que se busque mais informações no site. “Con- sidero que quando uma informação é importante, ainda mais em se tratando da promessa central do anunciante, é preciso que ele ofereça esclarecimentos mínimos”, escreveu a relator. por isso, ela propôs a alteração, voto acolhido por unanimi- dade e complementado pela recomendação específica da pro- messa de aprendizado no prazo prometido, pelo fato de ela ter restado sem comprovação. “sIberIAN – ToDA LoJA ATÉ r$ 99,90”“INFLuX eNgLIsh sChooL – resTAurANTe” • representação Nº 049/17 • Autor: Conar mediante queixa deconsumidor • Anunciante: Valdac • relatora: Conselheira Tânia Ferreira pavlovsky • segunda Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 23, 27 e 50, letra “b” do Código • representação Nº 045/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: método Influx Idiomas • relatora: Conselheira mariângela m. Toaldo com voto complementar de Ary dos santos • Quinta Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 20 e 50, letra “b” do Código e seu Anexo b os ACÓrDãos De mAIo / 2017 46 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 46 Dezembro 2017 • N. 214 47 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Consumidor paulistano enviou e-mail ao Conar, queixan- do-se de anúncio em TV e internet divulgando feirão da Toyota. segundo ele, as promessas de pagamento pelo veí- culo usado oferecido como entrada na transação não se con- firmaram. em sua defesa, a montadora alega que as condições para fruição de benefício foram relacionadas na exposição da ofer- ta e que havia esta menção nas peças publicitárias. os veícu- los levados pelo consumidor ao feirão não atendiam a tais condições. o relator acolheu os argumentos da defesa, considerando que os anúncios da Toyota respeitaram as recomendações do Código. seu voto foi aceito por unanimidade. �Consumidor de magé (rJ) contestou no Conar a veracida- de de anúncio em internet de modelo de aparelho celular da samsung, apresentado como resistente à água. posteriormen- te, foi informado pelo sAC da empresa que o modelo não poderia ser exposto a líquidos. em sua defesa a samsung reafirmou as informações cons- tantes do anúncio, devidamente certificadas, desde que elas obedeçam aos limites do manual do aparelho, por exemplo imersão em água pelo tempo máximo de 30 minutos. o relator aceitou os termos da defesa e propôs o arqui- vamento da representação, voto acompanhado por unani- midade. “ FeIrão De FábrICA ToYoTA! seu usADo VALe 100% DA TAbeLA FIpe” “sAmsuNg – gALAXY s7 eDge” • representação Nº 058/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Toyota • relator: Conselheiro márcio soave • segunda Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 053/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: samsung • relatores: Conselheiros Lucas Tadeu melo Camara • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 48 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 48 Dezembro 2017 • N. 214 49 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Consumidora de ribeirão preto (sp) queixou-se no Conar contra anúncio em internet de ótica, divulgando oferta que, segundo ela, omite informação importante: a de que o des- conto na armação só é concedido em caso de compra de lentes. o anunciante defendeu-se, enviando reprodução do anún- cio onde consta a restrição. o relator deu razão aos argumentos do anunciante, consi- derando ter havido distração do consumidor. Votou pelo arquivamento, sendo acompanhado por unanimidade. �Consumidor de hortolândia (sp) questionou no Conar a apresentação de preço de curso em anúncio na internet. o valor de r$ 12,90/mês é divulgado sem informação adicional sobre o número de parcelas e o valor total do curso. o resul- tado é que ele teve debitado em seu cartão de crédito o valor de r$ 154,80, relativo a duração completa do curso. A Abril Comunicação enviou defesa ao Conar onde infor- mou ter procurado, na medida das suas possibilidades, corri- gir o erro junto ao consumidor e que já procedeu às alterações no anúncio. o relator deu razão ao consumidor e recomendou a altera- ção agravada por advertência à anunciante. seu voto foi acei- to por unanimidade. “ ArmAção preço ÚNICo r$ 49,90 – ÓTICA gAssI” “ AbrIL – AssINe guIA Do esTuDANTe pLAY e sAIA NA FreNTe NA prepArAção pArA o eNem” • representação Nº 076/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Ótica gassi • relator: Conselheiro Antonio Toledano romero • sexta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 070/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Abril Comunicações • relator: Conselheiro Antonio Jesus Cosenza • sétima Câmara • Decisão: Alteração e advertência • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 27 e 50, letras “a” e “b” do Código e seu Anexo b os ACÓrDãos De mAIo / 2017 48 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 48 Dezembro 2017 • N. 214 49 boLeTIm Do CoNAr VERACIDADE �Anúncio em internet de modelo da Citroën não atende às recomendações da ética publicitária na apresentação do preço total do veículo, conforme denúncia enviada ao Conar por consumidora de Nazaré paulista (sp). A anunciante con- testou estas alegações, considerando que o anúncio respei- ta as recomendações do Código. o relator concordou com o ponto de vista da defesa e pro- pôs o arquivamento da representação, acolhido por unanimi- dade. �Consumidor de belo horizonte (mg) denunciou ao Conar panfleto publicitário divulgando lançamento imobiliário. Incomodou o consumidor o fato de o bairro mencionado no panfleto como localização do lançamento não corresponder àquele especificado no mapa da prefeitura da cidade. em sua defesa, a anunciante reafirmou a veracidade da informação. o relator aceitou os argumentos da defesa, con- siderando que a prefeitura não atualizou as suas informações, dando origem à confusão. Votou pelo arquivamento, sendo acompanhado por unanimidade. “CITroËN C3 orIgINe pure TeCh”“ pATrImAr – LANçAmeNTo sANTo AgosTINho” • representação Nº 081/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: peugeot Citroën do brasil • relator: Conselheiro marcio maffei • sétima Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice • representação Nº 077/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: patrimar engenharia • relator: Conselheiro Antonio Jesus Cosenza • sétima Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice 50 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 50 Dezembro 2017 • N. 214 51 boLeTIm Do CoNAr DIREITOS AUTORAIS MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE �Consumidor recifense enviou denúncia ao Conar, contra anúncio em folheto, divulgando como medicamento produto que é, em verdade, um alimento. A anunciante, a Kley hertz, defendeu-se, alegando que o produto está devidamente registrado junto às autoridades sanitárias e informando que o folheto objeto da representa- ção era um e-mail de distribuição estritamente interna, que foi indevidamente impresso e distribuído por algum revendedor do produto. o relator notou a ausência na defesa de documentação comprovando a regularidade do registro do produto. No méri- to, chamou a atenção para a existência de imperativos na embalagem do produto (“evita queda de cabelos...”, por exemplo) e não considera a explicação do e-mail indevida- mente impresso como uma justificativa válida. por isso, reco- mendou a sustação, voto acompanhado por unanimidade. �A Competece recorreu ao Conar por considerar que cria- do por ela para a panvel, rede de farmácias atuante no rio grande do sul – “panvel, você sempre bem”–, foi objeto de plágio em campanha da sompo seguros, com o slogan acima. reunião de conciliação entre as partes promovida pelo Conar não chegou a bom termo. em sua defesa, anunciante e agência negaram plágio, con- siderando os conceitos que contornam os dois slogans sufi- cientemente diversos para evitar confusão por parte do con- sumidor, inclusivepela natureza dos serviços oferecidos. A defesa citou vários outros casos de slogan semelhantes ou iguais ao contestado. em primeira instância, a decisão do Conselho de Ética foi pela alteração, seguindo proposta do relator, que considerou que, mesmo que involuntária, a coincidência prevalece, os demais casos mencionados pela defesa não podendo ser equiparados à presente situação. seu voto foi aceito por una- nimidade. Anunciante e agência recorreram da decisão e, desta vez, viram seu ponto de vista acolhido pela Câmara especial de recursos. por unanimidade de votos, deliberou-se pelo arqui- vamento da representação, seguindo proposta da relatora do recurso, para quem os termos do slogan não são passíveis de proteção por direitos autorais, por não se constituir trabalho inédito e capaz de conferir exclusividade. “ CApITrAT – NoVo supLemeNTo VITAmÍNICo e mINerAL” “ sompo seguros – VoCÊ sempre bem” • representação Nº 003/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Kley hertz • relator: Conselheiro ricardo Difini Leite • Quinta Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letra “c” do Código e seus Anexos h e I • representação Nº 286/16, em recurso ordinário • Autora: Competece • Anunciante e agência: sompo seguros e brz/Neogama • relatores: Conselheiros paulo Chueiri e sirley Fabian Cordeiro de Lima • segunda Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice os ACÓrDãos De mAIo / 2017 50 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 50 Dezembro 2017 • N. 214 51 boLeTIm Do CoNAr MEDICAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE �Anúncio em rádio de Neosaldina motivou esta representa- ção, proposta pela direção do Conar, que considerou incom- pletas as informações sobre os princípios ativos presentes no medicamento, bem como a demonstração científica da sua eficácia. Notou ainda a denúncia que a cláusula de advertên- cia ao final do anúncio é ininteligível pelo fato de ser apresen- tada de forma muito acelerada. em sua defesa, a Takeda pharma trouxe informações sobre os princípios ativos de Neosaldina e suas demonstrações cien- tíficas. Alegou também que a cláusula de advertência está conforme as recomendações das autoridades sanitárias e remete o consumidor à leitura da bula. o relator propôs a alteração do spot de rádio, de forma a tornar mais fácil e compreensível a cláusula de advertência. o voto foi aceito por unanimidade. �Consumidor de brasília queixou-se ao Conar que panfleto de clínica não traz a necessária menção ao médico responsá- vel, com recomendado pelo Código brasileiro de Autorregula- mentação publicitária. Não houve manifestação pelo anun- ciante. o relator recomendou a sustação da peça publicitária, voto acompanhado por unanimidade. “NeosALDINA”“ CLÍNICA popuLAr egob” • representação Nº 041/17 • Autor: Conar por iniciativa própria • Anunciante: Takeda pharma • relator: Conselheiro Júlio Abramczyk • primeira Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, 9º, 23, 27, parágrafos 1º e 2º, e 50, letra “b” do Código e seu Anexo I • representação Nº 026/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Clínica popular egob • relator: Conselheiro guliver Augusto Leão • Quarta Câmara • Decisão: sustação • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º e 50, letra “c” do Código e seu Anexo g 52 Dezembro 2017 • N. 214 Dezembro 2017 • N. 214 52 boLeTIm Do CoNAr RESPONSABILIDADE SOCIAL As seguINTes represeNTAçÕes ForAm JuLgADAs em mAIo, mAs se eNCoNTrAm em FAse De reCurso representação Nº 048/17, "Wellness - Desafio Verão slimcaps”. resultado: sustação por unanimidade. representação Nº 054/17, "Clube de regatas Flamengo - Isso aqui é Flamengo". resultado: sustação por maioria de votos. representação Nº 055/17, “Cosuel – Coop. dos suinocultores de encantado - Chegou o novo Dália Kids”. resultado: sustação por unanimidade. os ACÓrDãos De mAIo / 2017 �A direção do Conar propôs representação contra folheto de propaganda do bar Deck 484, oferecendo um “double drink” e sem a cláusula de advertência recomendando mode- ração no consumo de bebida alcoólica, como previsto no Código. o anunciante enviou defesa ao Conar reconhecendo o pro- blema e já enviando arte de folheto com as correções. o relator recomendou a alteração do folheto original, apro- vada por unanimidade. �Consumidora viu mau exemplo em filme para TV e internet do Tribunal superior eleitoral, mostrando um grupo de pesso- as em um micro-ônibus todos sem o cinto de segurança. A defesa do anunciante negou a interpretação da consu- midora, afirmando que os passageiros fazem uso do cinto, de acordo com as regras das autoridades de trânsito. o relator concordou com a defesa, certificando-se de que o motorista usa o cinto de três pontos e os passageiros o cinto subabdominal, o que está de acordo com o Código de Trânsi- to brasileiro. por isso, votou pelo arquivamento, sendo acom- panhado por unanimidade. “ hAppY hour – DeCK 484 – Comemore seu ANIVersárIo Com A geNTe” “ TrIbuNAL superIor eLeITorAL – CAmpANhA De FIsCALIzAção” • representação Nº 051/17 • Autor: Conar por iniciativa própria • Anunciante: Deck 484 • relator: Conselheiro pedro renato eckersdorff • segunda Câmara • Decisão: Alteração • Fundamento: Artigos 1º, 3º, 6º, e 50, letra “b” do Código • representação Nº 044/17 • Autor: Conar mediante queixa de consumidor • Anunciante: Tribunal superior eleitoral • relator: Conselheiro Cristiano Flores • Quarta Câmara • Decisão: Arquivamento • Fundamento: Artigo 27, nº 1, letra “a”, do rice