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A história humana testemunhou inúmeras barbáries cometidas pelo ser

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Principio do non-refolumentEm 1951, foi adotada a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados que estabeleceu, em seu artigo 33, o princípio do non-refoulement, que se solidificou como a pedra angular do direito internacional dos refugiados. O princípio estabeleceu que os refugiados não podem, de forma alguma, serem devolvidos para o seu país de origem ou para nenhum país onde possam sofrer riscos.
a imposição de barreiras fronteiriças viola tal princípio, uma vez ser necessário o acesso ao território do Estado de destino para que o processo de determinação da condição de refugiado seja justo e eficaz. 
Abordagens do non-refolument
De tal forma, o presente trabalho busca analisar o processo de aplicação do principio do non-refolument frente a ideia contemporânea de soberania estatal.
Já o âmbito ratione loci11 de aplicação do princípio apresenta, primeiramente, um aspecto territorial, por alcançar os refugiados ou solicitantes de refúgio que se encontram no território nacional do Estado de acolhida, ou nos territórios sob o seu controle efetivo (CAT, 2006), e um aspecto extraterritorial, uma vez que a jurisdição do Estado pode ser exercida extraterritorialmente, seja em áreas fronteiriças, em alto mar, em zonas internacionais, em áreas de trânsito, ou até mesmo dentro do território de outro Estado (UNHCR, 2007)
Referencias bibliográficas, 
O direito internacional é regido por tratados e convenções que são ratificados ou não pelo Estado no exercício da sua discricionariedade, sendo a soberania a base axiológica desta, a qual também os delimita e o que os mantém no mesmo nível de hierarquia, sendo iguais, porém existem normas e princípios internacionais denominadas jus cogens, os quais compõe um imperativo da comunidade internacional dos Estados. Deste modo, mesmo o princípio do non-refolument ou da não devolução ser considerado jus cogens, este encontra barreiras para a sua real efetivação devido as mais variadas concepções de soberania estatal, onde algumas consideram que somente com o refugiado estando no território do Estado para caracterizar a incidência do princípio do non-refolument, enquanto outras, as que relativizam a soberania, entendem que o intento pelos refugiados para ingressar no país na área fronteiriça já assegura a incidência do princípio e consequente retirada dessas pessoas das áreas mencionadas, por exemplo. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar as relações normativas e efetivas dos dois princípios supracitados, correlacionando
na base axiológica do direito internacional, o princípo da soberania, sendo que este por conta das suas mais diversas concepções acarretam variadas abordagens com relação ao princípio do non-refolument, enfraquecendo-o. aquele está positivado no art.33 da Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951 onde diz que nenhum Estado poderá expulsar de seu território um refugiado ao seu país de origem ou a qualquer outro lugar onde este esteja sob perseguição ou sofrendo com grave ameaça aos seus direitos fundamentais, e, em contra-partida, este que por conta das suas mais diversas concepções acarretam variadas abordagens com relação ao princípio do non-refolument, enfraquecendo-o 
A história humana testemunhou inúmeras barbáries cometidas pelo ser-humano contra o seu igual, sendo que geralmente estas eram pautadas pela ideia da repulsa com relação ao outro, ou seja, a alteridade sempre foi vista como ameaça pelos Estados liderados por homem com pré-conceitos formados e enraizados em sua sociedade. Destarte, como exemplo de barbárie destaca-se a descartabilidade humana que se encontrava positivado no ordenamento jurídico alemão e permitiu do ponto de vista jurídico os genocídios cometidos durante o período. O destaque se vale pelo fato de que após o término da guerra, ocorre o nascimento da ONU e consequente formulação da Carta Universal de Direitos humanos, baseando o início do direito internacional de direitos humanos sob a base axiológica da universalidade e indivisibilidade. Da universalidade decorre o altero o cidadão, mas principalmente o primeiro responsabilizando o Estado pelos direitos inerentes somente do seu cidadão, mas também do cidadão de outros Estados ou de nenhum (O caso dos apátridas). Diante disso, temos a situação dos refugiados, exemplo prático de Alteridade que não encontra proteção do seu Estado e espera um amparo da sociedade internacional através de outro Estado e baseado nesta proteção que o Estado participante da sociedade internacional vinculada à ONU deve perante o ser-humano dotado de direitos e perante os demais Estados soberanos que operam em cooperação, pelo menos esta é a ideia. Um dos princípios considerado jus cogens na proteção dos refugiados é o do non-refolument ou não devolução, ou seja, o imperativo que impossibilita os Estados a expulsarem os refugiados a partir do momento que o mesmo se encontra no território do Estado, contudo, na prática a proteção dada com a aplicação do non-refolument acaba ocorrendo quando os refugiados não conseguem ingressar no Estado de destino. Este gap encontrado nos direitos humanos que conseguem proteger de certa maneira o ser-humano após a chegada, mas não

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