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História da Arquitetura Brasileira

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ARQUITETURA BRASILEIRA
 A Arquitetura Brasileira, desde seus primeiros passos, teve auxílio dos estilos europeus, seja nos métodos de construção, materiais até características estéticas das edificações. Do século XVI ao XXI os modelos arquitetônicos do país sofreram grandes alterações, em busca de novos e mais resistentes materiais, e, por influência dos missionários, transformou-se em arte, através da busca pela beleza.
 Não se pode falar muito sobre a arquitetura do Brasil anteriormente ao descobrimento, visto que não há informação suficiente para tal discussão. Do pouco que se sabe é que as aldeias eram organizadas de forma geometricamente harmoniosa e sempre havia uma casa no centro, em que ocorriam os principais eventos e rituais. 
 Durante o Quinhentismo a maioria das construções eram fortalezas e os templos religiosos, construídos para que a metrópole portuguesa pudesse assegurar a força de sua ocupação. As fortalezas eram basicamente semelhantes em sua estrutura, possuindo plantas quadrangulares ou poligonais; em sua construção utilizava-se pau a pique, pedra e cal, e possuía varanda. Já os templos possuíam maior sofisticação, pois os líderes religiosos primavam pelo trabalho de bons arquitetos e construtores, iniciando-se assim a construção de igrejas imponentes, inspiradas na arquitetura Renascentista tardia ou maneirista português; apresentando nave e capela-mor de planta retangular (uma ou três naves), janelas simples e fachada retangular ou quadrada encimada por frontão triangular, com uma ou duas torres laterais. No século XVII surgiu a utilização de frontões, e até o século XIX o principal material utilizado era taipa.
Igreja de São Cosme e Damião, Igarassu, Pernambuco. – Arquitetura Quinhentista 
 As residências rurais eram basicamente de planta quadrada, com um grande aposento principal e anexos menores. Anteriormente eram construídas dessa forma, porém houve mudanças ao longo do tempo por questão de segurança, principalmente em regiões litorâneas, onde havia incidência de saques; adotaram asssim um modelo europeu, em que as casas eram construídas lado a lado.
 Com o passar do tempo, o crescimento das colônias e o despontamento da urbanização, as edificações passaram a ser construídas com adobe, por ser mais resistente e por permitir construção de estruturas maiores, com reforços de madeiramento.
 Posteriormente, no interior do Brasil, houve crescimento do número de fazendas e com isso residências maiores foram preenchendo o território. Essas residências eram as famosas casas senhoriais, onde viviam os donos das fazendas e seus familiares; essas construções podiam ter até dois pavimentos em estrutura de madeira e adobe, ás vezes cobertas de telhas. Sua fachada mantinha-se simples como as demais residências.
 A chegada do Barroco no Brasil foi, como outros estilos estéticos, tardia, dando-se a partir do século XVII nos principais centros. Sua influência se estendeu até o século XIX, principalmente em templos religiosos e centros culturais. 
Igreja da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco, Salvador, Bahia. – Barroco Brasileiro
 No final do século XVIII introduziu-se ao Brasil o estilo neoclassicista, dando origem a características mais funcionais à arquitetura. Levou ao surgimento de uma estética mais eclética e livre, também contribuindo para criação de escolas de arquitetura e urbanismo, ajudando a classificá-la como arte. Sua popularidade também deu-se graças à necessidade de um novo planejamento urbano para o Rio de Janeiro, centro em que se difundiu com maior facilidade.
 Em meados do século XIX vários arquitetos importantes observaram a necessidade de deixar um pouco de lado as tendências neoclássicas e dar atenção ao ecletismo. Com o advento da República, no fim do século XIX, houve o crescimento do nacionalismo e, com isso, a busca por uma identidade estética, que foi encontrada no ecletismo, servindo esse de ilustração para um ideário político. Este foi um período muito importante para a arquitetura brasileira devido ao advento de novos meios de transporte, novos materiais de construção, mudanças econômicas, etc.
 O ecletismo segue difundindo-se pelo país até o século XX, em que chega a seu ápice, com a proliferação de grandes construções públicas e privadas, agradando desde a elite, que adotava sua estética na construção de seus palacetes, até as classes mais pobres, que utilizavam de suas características adaptando-as a um estilo mais simples.
Teatro Municipal do Rio de Janeiro. - Ecletismo
Com o passar do século XX o art nouveau chegou ao Brasil, servindo como uma avalanche de modernidade e de novas formas de arte. Era a oficial introdução da era Modernista no Brasil. Suas principais características eram a primazia da beleza e do artesanato, rejeitando a forma de produção decorrente, que era em série.
Vila Penteado, São Paulo. – art nouveau
 Chegou ao território também a influência do art deco, num contexto de urbanização e industrialização, apresentando uso de linhas geométricas, o que influenciou muito a arquitetura modernista. Destaque para sua simplicidade e coerência, buscando interatividade entre forma e função.
 Em meados do século 1920 houve necessidade de repaginar a estética urbana, visando algo mais padronizado, por isso formaram-se grupos de arquitetos que buscavam essas soluções. Nesse período vieram ao Brasil arquitetos exponenciais no exterior, como Le Corbusier, conhecido como “o pai do modernismo”, fazendo desse estilo o oficial da época. O Modernismo teve sua grande representação na arquitetura com a construção de Brasília, projetada por Oscar Niemeyer, fundada em 1960.
Conjunto habitacional Pedregulho, de Affonso Reidy, Rio de Janeiro. – Modernismo Brasileiro
 Na década de 1960 os materiais também passaram a ser outros, fazendo-se presentes materiais regionais, como cerâmica e tijolo aparente. Le Corbusier ainda era de grande influência, mas as construções passaram a não se fundamentar diretamente em seus preceitos, surgindo assim edifícios mais singulares e releituras do estilo modernista. Ao longo desse período surge a demanda imobiliária popular e especulação, o que impulsionou ainda mais a criação de um modelo único e brasileiro.
 Com o advento da arquitetura modernista cresceu a rejeição às extravagâncias do estilo eclético, o que causou demolição de vários edifícios de séculos anteriores. Tais demolições geralmente prejudicam a história nacional, porque, mesmo que o estilo fosse rejeitado, ainda teria seu valor histórico e possibilitaria a compreensão da realidade em determinado período. 
 Graças á valorização dos edifícios nacionais o ecletismo passou a ser protegido a partir da década de 1980, em que o país passa a valorizar sua história e a querer contá-la internacionalmente. Nesse período já caracteriza-se a arquitetura como contemporânea, pois segue com diretrizes e materiais semelhantes até os dias de hoje, apresentando mistura de estilos, criação de novas correntes como o desconstrutivismo, que apresenta construções não lineares, e seu “oposto, o construtivismo, que é geometricamente linear e a assimetria. A arquitetura contemporânea foi a que deu maior destaque para o Brasil no exterior, atrás apenas da construção de Brasília, Atualmente a arquitetura busca soluções funcionais e belas, utilizando de materiais sofisticados e ao mesmo tempo primando pela sustentabilidade. 
 
Edifício Itaim, FGMF Arquiterura, São Paulo. – Arquitetura Contemporânea Brasileira

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