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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIA

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Participações Societárias
1-Conceito: São as ações de sociedades anônimas ou quotas de sociedades limitadas que uma sociedade denominada INVESTIDORA adquire de outra sociedade denominada INVESTIDA.
2. Classificação
2.1-PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS TEMPORÁRIAS: Quando adquiridas com a intenção de venda (aplicações disponíveis para a venda), ou seja, adquiridas com a intenção de ESPECULAÇÃO. 
Tais participações são classificadas no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo, dependendo do prazo em que se pretende especular.
2.2-PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PERMANENTES: Quando adquiridas com a intenção de permanência, ou seja, sem a intenção de venda, representando uma extensão da atividade econômica da investidora. São classificadas no Ativo Não Circulante Investimentos. Normalmente, são:
– Ações de Coligadas
– Ações de Controladas
– Ações de Não Coligadas e Não Controladas 
Obs.: No caso de aquisição de QUOTAS de outras sociedades, não há porque se pensar em participações temporárias, visto que não se negociam quotas no mercado de valores mobiliários e sim ações e outros títulos emitidos por companhias. Desta forma, se determinada sociedade adquire quotas de uma sociedade limitada, automaticamente, há PRESUNÇÃO DE PERMANÊNCIA e, portanto, automaticamente são classificadas no Ativo Não Circulante Investimentos, entendimento este apoiado pela legislação do IR.I - INVESTIMENTOS
INVESTIMENTOS
Conceito:
De uma forma geral, investimentos podem ser entendidos como toda e qualquer aplicação de recursos em ativos cujas fontes são representadas pelo passivo ou patrimônio líquido.
Estes investimentos são classificados de acordo com a sua natureza e a intenção.
Investimentos representados por ativos que têm como objetivo a manutenção do ciclo operacional da empresa e sejam efetuados em caráter temporário são classificados no ativo circulante ou realizável a longo prazo
Os ativos que têm por objetivo a manutenção das atividades operacionais da empresa e sejam efetuados em caráter permanente são classificados no ativo permanente.
Tipos de Investimentos
Títulos de crédito = papéis emitidos por entidades financeiras (Letras de Câmbio, CDB, etc...) ou por entidades não financeiras (debêntures)
Valores Mobiliários = papéis emitidos por entidades financeiras, ou não, representativos de frações de um patrimônio (ações, quotas ou debêntures) ou direitos sobre a participação num patrimônio (bônus de subscrição ou partes beneficiárias), bem como, papéis representativos da dívida pública federal, estadual ou municipal (LTN, NTN, LFT, LBC, etc.)
Aplicações financeiras = aplicações de recursos em papéis de natureza monetária representados por direitos ou títulos de crédito e valores mobiliários, com prazos de vencimentos pré-determinados. Normalmente, na forma de fundos de renda fixa ou variáveis.
Outros investimentos = aplicações de recursos em bens de natureza não monetária, representados por valores mobiliários sem prazos de vencimentos e sem taxas de rendimentos pré-determinadas. O rendimento está relacionado às oscilações de cotações de preços de compra e venda:
- Ações cotadas em bolsa de valores
- Investimento em ouro
- Fundo de ações
INVESTIMENTOS EM PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
Participações societárias = “São aplicações de recursos efetuadas por uma sociedade (denominada investidora) na aquisição de ações ou quotas do capital de outra pessoa jurídica (denominada investida).” (NEVES e VICECONTI; 2000: 117) Esses investimentos em participações societárias, representados por quotas de capital ou ações e, conforme já observado, e podem ser de caráter temporário ou permanente, como segue: 
Investimentos temporários: são os adquiridos com a intenção de revenda e tendo, geralmente, caráter especulativo. 
Investimentos permanentes: são os adquiridos com a intenção de continuidade, representando, portanto, uma extensão da atividade econômica da investidora.
É essa última modalidade de investimento que estudaremos adiante.
C lassificação contábil de Investimentos em Participações Societárias
Os investimentos em participações societárias são classificados no Balanço Patrimonial, com base na sua natureza e na intenção que levou a administração a adquirí-los. Dessa forma, podem ser classificados conforme abaixo:
Ativo Circulante = investimentos sem intenção de permanência e, realizáveis (conversíveis em dinheiro ou caixa) até o final do próximo exercício
Ativo Realizável a Longo Prazo = investimentos sem caráter de permanência, realizáveis após o final do próximo exercício
Ativo Permanente - Investimentos = investimentos com caráter de permanência
A seguir, serão melhor conceituados os investimentos temporários e os investimentos permanentes.
II - INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
INTRODUÇÃO
Uma das atividades de uma boa administração financeira, considerando que um dos recursos mais escassos e, portanto mais caros são os recursos financeiros que muitas vezes estão temporariamente disponíveis, é uma adequada proteção destes recursos contra a perda de poder de compra da moeda (quanto maior o nível de inflação, maior a necessidade desta proteção).
Neste sentido, o administrador financeiro aplica as sobras temporárias de recursos financeiros em investimentos de curto prazo e, adicionalmente obtém recursos extras através da remuneração destas aplicações financeiras.
As participações societárias temporárias, quer por especulação quer por outras razões que levem a empresa investidora a não ter interesse na sua manutenção, devem ficar no ativo circulante (eventualmente no realizável à longo prazo), registradas pelo custo de aquisição e sujeitas à avaliação pelo valor de mercado, se este for inferior àquele.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
Lei das S/A art.183:
“Art.183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundos os seguintes critérios:
I - Os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor: serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o custo de aquisição, até o limite do valor de mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;
(...)
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;
IV - Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior.”
O critério de avaliação acima observa o Princípio Fundamental da Contabilidade, Custo como Base de Valor, ajustado ao valor de mercado quando este for menor.
Valor de mercado é o valor líquido pelo qual podem ser resgatados, isto é o valor bruto de venda no mercado deduzido das despesas necessárias à venda, tais como comissões, taxas e impostos.
É admitido, ainda, o aumento do custo de aquisição até o limite do valor de mercado, para registro da variação monetária (por qualquer índice contratado), variação cambial e juros auferidos à medida que o tempo decorre (de acordo com o regime de competência).
TRATAMENTO TRIBUTÁRIO
A tributação dos investimentos temporários, no Brasil, sofre constantes alterações sendo ora tributados exclusivamente na fonte (despesa financeira), ora compensável na declaração de ajuste anual e como tal, resultando em um ativo, que poderá ser classificado no Circulante ou Realizável a Longo Prazo, dependendo das regras que determinam o tempo a partir do qual essa compensação é permitidaIII - INVESTIMENTOS PERMANENTES
INTRODUÇÃO
Diferentemente das participações temporárias, as participações permanentes em outras empresas (participações societárias), quando representam intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação de suas atividades, são classificadas no Ativo Permanente – Investimentos.
Estas participações societárias, são avaliadas pelo valor do custo de aquisição (método de custo) ou pelo valor de patrimônio líquido (método da equivalência patrimonial – MEP).
Os investimentos avaliados pelo método de custo são mantidos pelo seu valor histórico, ou seja, por quanto a empresa pagou para adquiri-los. Os lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida não são contabilizados na sociedade investidora, exceto relacionado aos dividendos decorrentes dos lucros obtidos, quando são distribuídos.
Para aquelas sociedades avaliadas pelo método da equivalência patrimonial - MEP, o custo histórico das participações societárias é ajustado de modo a refletir os lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida; equivalendo assim, o investimento proporcionalmente ao patrimônio da sociedade investida.
IV - QUANDO APLICAR O MEP OU O MÉTODO DE CUSTO
De acordo com a Lei das S/A, Art. 248:
“Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (art.247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com vinte por cento ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas:
De acordo com a Instrução CVM nº 247, serão avaliados pelo MEP:
“Art. 1º - O investimento permanente de companhia aberta em coligadas, suas equiparadas e em controladas, localizadas no país e no exterior, deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, observadas as disposições desta Instrução.”
E ainda:
“Art. 5º - Deverão ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:
I - o investimento em cada controlada; e
II - o investimento relevante em cada coligada e/ou em sua equiparada, quando a investidora tenha influência na administração ou quando a porcentagem de participação, direta ou indireta da investidora, representar 20% (vinte por cento) ou mais do capital social da coligada.”
Nesse sentido, cabe-nos observar que, independente da relevância do investimento, essa instrução CVM (ver item I acima), fixou que as companhias abertas deverão avaliar, pelo método de equivalência patrimonial, os investimentos não relevantes em sociedades controladas.
Das normas acima destacamos alguns conceitos que serão analisados, além de outros nelas não destacados, para que possamos entender e aplicar o método adequado de avaliação de investimentos permanentes. Esses conceitos são:
Método da Equivalência Patrimonial – MEP
Coligada
Equiparada à coligada
Controlada
Relevância
Influência na administração
Para atender ao objetivo de estudo do método de equivalência patrimonial dividimos o assunto em “passos” a serem seguidos como forma de determinar se o investimento deve ou não ser avaliado pelo MEP. A seguir discorremos sobre cada um desses passos. 
1º Passo:
Separar as participações permanentes das temporárias pois somente as participações caracterizadas como permanentes poderão vir a ser objeto de avaliação pelo método da equivalência patrimonial.
2º Passo:
Selecionar as participações permanentes em sociedades COLIGADAS e CONTROLADAS, pois somente os investimentos nessas sociedades é que estarão sujeitos à avaliação pelo MEP, ainda assim, se atendidos outros quesitos que veremos mais adiante. 
Portanto, os investimentos permanentes em sociedades que não sejam controladas ou coligadas serão avaliados pelo método de custo.
É o que determina a Lei das S/A conforme podemos verificar a seguir:
Segundo o art. 183 incisos III a VI da Lei das S/A:
“Art.183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
III - Os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, que não 
sejam controladas e coligadas, pelo custo de aquisição, deduzido da provisão para perdas 
prováveis na realização do seu valor, quando esta perda estiver comprovada como 
permanente.”
A instrução CVM nº 247 também faz a mesma exigência, acrescentando porém, um novo conceito de sociedade investida, qual seja, o de sociedade EQUIPARADA A COLIGADA e a possibilidade de também avaliar pelo MEP, os investimentos nestas sociedades, conforme previsão na referida Instrução abaixo transcrita:
“Art. 1º - O investimento permanente de companhia aberta em coligadas, suas equiparadas e em controladas, localizadas no país e no exterior, deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, observadas as disposições desta Instrução.”
Antes de avançarmos nos demais quesitos para aplicação do MEP vejamos o seu conceito
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - MEP
O MEP foi regulamentado pelas seguintes normas:
Instituído pela Lei 6404/76 art.248
DL nº 1598/77 arts.20 a 26
DL 1648/78
RIR arts. 384 a 391 
Resoluções nºs 476 e 484 do BACEN
Instrução CVM nº 247 de 27/03/1996 que altera e consolida as Instruções CVM nº 1, de 27/04/78, nº 15, de 03/11/80, nº 30 de 17/01/84, e o artigo 2 das Instruções CVM nº 170, de 03/01/92.
Nota Explicativa anexa à Instrução CVM nº 247/96.
Por este método, as empresas reconhecem e contabilizam os resultados de seus investimentos relevantes em coligadas e controladas, no momento em que ocorrem as variações patrimoniais na investida, decorrente dos resultados que são gerados naquelas empresas (regime de competência), e não somente no momento em que são distribuídos na forma de dividendos, como ocorre no método de custo.
Desta forma, o MEP acompanha o fato econômico, que é a geração dos resultados e não a formalidade da distribuição do resultado.
A avaliação do investimento é feita com base no percentual de participação na sociedade (% do capital social) aplicado ao valor do patrimônio líquido da investida. O ajuste (acréscimo ou diminuição) da conta do ativo permanente da investidora em função da equivalência patrimonial tem como contrapartida conta normalmente denominada “Resultados da Equivalência Patrimonial”, no resultado do exercício.
Pelo MEP a conta de investimentos será igual ao valor do Patrimônio Líquido (PL) da coligada ou controlada, na proporção da participação da investidora na investida.
Se o valor do PL aumentar ou diminuir, haverá um aumento ou diminuição proporcional correspondente na conta de investimento da investidora, o que apenas não ocorre quando o PL da investida torna-se negativo, caso em que o valor do investimento na investida limita-se a zero, salvo algumas situações especiais que veremos posteriormente.
O MEP pode ser interpretado como uma consolidação de DF´s, cujos efeitos são refletidos em uma única linha ao invés de o ser em todas as contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, como é a consolidação.
De acordo com a Instrução CVM nº 247, art. 1º parágrafo único:
“Parágrafo Único – Equivalência patrimonial corresponde ao valor do investimento determinado mediante a aplicação da percentagem de participação no capital social sobre o patrimônio líquido de cada coligada, sua equiparada e controlada.”
De acordo com NEVES e VICECONTI (2000 : 117), “É a alteração do valor contábil dos investimentos registrados no Ativo Permanente (AP), pela investidora, conforme o aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido (PL) da investida.”
Vejamos agora os conceitos de coligada, equiparada à coligada (prevista apenas pela CVM e não pela Lei das S/A) e de controlada
CONCEITO DE COLIGADA
Segundo o art. 243 da Lei das S/A:
“§ 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.”
A coligação independe da natureza jurídica da empresa coligada (S/A ou LTDA) ou das ações possuídas (ordináriasou preferenciais), ou quotas, o que prevalece é ter no mínimo 10% das ações ou quotas da sociedade investida, sem chegar ao ponto de exercer o controle.
Como a lei não faz menção sobre participações indiretas, conclui-se que, de acordo com a Lei das S/A, as empresas são coligadas somente por participações diretas.
Segundo a Instrução CVM nº 247:
“Art. 2º - Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% (dez por cento) ou mais do capital social da outra, sem controlá-la.”
Portanto, é COLIGADA – A empresa na qual uma participação societária direta represente 10% ou mais de seu capital social (capital total, votante ou não) até o ponto de não exercer o controle (pois caso contrário seria uma empresa controlada).
CONCEITO DE EQUIPARADAS A COLIGADA
Conforme já vimos, para a legislação societária, Lei das S/A, não existe coligada por participação indireta e, conseqüentemente, também não existe o conceito de sociedade equiparada a coligada, o que não ocorre com a CVM já que esta prevê a figura da sociedade equiparada a coligada, conforme Instrução CVM nº 247, parágrafo único do art. 2º:
“Parágrafo Único - Equiparam-se às coligadas, para os fins desta Instrução:
a) as sociedades quando uma participa indiretamente com 10% (dez por cento) ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la;
b) as sociedades quando uma participa diretamente com 10% (dez por cento) ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la, independentemente do percentual da participação no capital total.”
São EQUIPARADAS A COLIGADAS portanto, as sociedades nas quais a participação direta ou indireta seja maior ou igual a 10% do capital votante, independentemente do percentual da participação no capital total. 
CONCEITO DE CONTROLADA
Segundo o art. 243 da Lei das S/A:
“§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através e outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores”.
Novamente, a Lei das S/A não especifica a natureza jurídica da controlada (por ações ou quotas) ou das ações possuídas (ordinárias ou preferenciais).
De acordo com a Instrução CVM nº 247:
“Art. 3º - Considera-se controlada, para os fins desta Instrução:
I - sociedade na qual a investidora, diretamente ou indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente:
a) preponderância nas deliberações sociais; e
b) o poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores.
II - filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação no exterior, sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica; 
III - sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, previstos nas alíneas "a" e"b" do inciso I deste artigo estejam sob controle comum ou sejam exercidos mediante a existência de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no capital votante.
Parágrafo Único - Considera-se, ainda, controlada a subsidiária integral, tendo a investidora como única acionista.”
Uma companhia, para ter o domínio sobre a outra sociedade, tem de influir nas decisões desta sociedade. Portanto, a sociedade investidora tem de ter o poder de colocar, na direção da sociedade investida, administradores de sua confiança. O presidente e os diretores de uma companhia são eleitos em assembléia dos acionistas e, portanto, a investidora tem de ter direta ou indiretamente, a maioria das ações ordinárias (com direito a voto) para poder eleger os administradores que lhe interessem.
Normalmente, existe a controlada quando a investidora possui mais de 50% das suas ações ou quotas com direito a voto. Mas, a legislação brasileira não menciona essa porcentagem e sim as características citadas, pois podem ocorrer situações em que uma sociedade tenha menos da metade das ações ou quotas com direito a voto e é capaz de eleger, de forma permanente, a maioria de seus administradores e de, efetivamente, mandar na investida. Isso pode ocorrer numa participação de sociedade por quotas de responsabilidade limitada em função de definição contratual ou, no caso de uma S/A, quando as demais ações com direito a voto estiverem tão pulverizadas e distribuídas no mercado que se torne quase impossível a perda de controle por parte da investidora ou, ainda, como decorrência de acordo de acionistas.
Portanto, para se ter esta influência e, conseqüentemente o controle, não é necessário que a investidora detenha mais de 50% das ações com direito a voto. Algumas sociedades têm seu capital bastante pulverizado (nas mãos de diversos acionistas), mesmo tendo por exemplo 25% das ações ordinárias, a sociedade investidora pode exercer o controle.
Portanto, é CONTROLADA – a sociedade na qual a investidora, direta ou indiretamente, através de outras sociedades controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos Administradores.
3º passo: Verificar se as investidoras das sociedades controladas são companhias abertas ou instituição financeira ou outra instituição autorizada a funcionar pelo BACEN.
Esta verificação é importante porque o BACEN e a CVM (Instrução nº 247) obrigam, respectivamente, as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN e as companhias abertas, a avaliar todas as suas participações societárias em sociedades CONROLADAS pelo MEP, independentemente de serem RELEVANTES ou de quaisquer outras considerações. 
Vejamos a determinação da instrução nº 247 da CVM:
“Art. 5º - Deverão ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:
I - o investimento em cada controlada;...” 
Essa determinação do BACEN e da CVM está em desacordo com a Lei das S/A, mas é tecnicamente correta. Afinal, todas as participações em sociedades controladas deveriam submeter-se sempre a essa forma de avaliação, como ocorre em alguns outros países, pois é a melhor forma de a investidora mostras os frutos de suas participações nas suas controladas.
4º passo: Não sendo a investidora de sociedade controlada nem companhia aberta e nem instituição financeira ou qualquer outra instituição autorizada a funcionar pelo BACEN, a investidora não estará, portanto, obrigada a atender às determinações do BACEN ou da CVM entretanto deverá atender à legislação societária e conseqüentemente verificar se o investimento na controlada é relevante pois de acordo a Lei das S/A, somente deverão ser avaliados pelo MEP os investimentos em sociedades controladas ou coligadas RELEVANTES. A mesma verificação deverá ser efetuada para os investimentos em sociedades coligadas e equiparadas a coligadas, no caso de companhias abertas, vez que para essas, não se exclui o quesito de relevância, seja pelo BACEN, pela CVM ou pela Lei das S/A
ATIVIDADE DE REVISÃO 
1-Conceitue Participações Societárias.
2-Como se Classificam as Participações Societárias?
3-Conceitue INVESTIMENTO. 
4-Apresente os principais tipos de Investimento.
5-Qual o melhor momento ou a melhor forma de investimento na Empresa, justifique sua resposta.
6-O que são Investimentos e Participações Societárias e como se classificam?
7-Apresente a Classificação contábil de Investimentos em Participações Societárias.
8-Defina:
8.1-Conceito de COLIGADA
8.2-Conceito de EQUIPARADAS A COLIGADA
8.3-Conceito de CONTROLADA
9- Em uma sociedade em que os sócios respondem com seus bens particulares nos casos em que os bens da sociedade não sejam suficientes para atender à execução civil ou fiscal. Qual é a sua responsabilidade? 
10-A companhia Boa Safra começou o ano de 2009 com um capital de R$ 340 mil e reservas de lucros de R$ 40 mil. Em julho, seus acionistas investiram R$ 50 mil em dinheiro na empresa. Em outubro desse ano, os sócios transferirampara a empresa um terreno no valor de R$ 70 mil. Durante o ano, os acionistas fizeram retiradas no valor de R$ 5 mil, a título de lucro. O lucro líquido do exercício, apurado em dezembro, foi de R$ 25 mil, credor. Nessa situação, o valor do patrimônio líquido final foi igual a: 
a) R$ 520 mil 
b) R$ 560 mil. 
c) R$ 600 mil. 
d) R$ 535 mil.
11- Explique os CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS.
12- Explique os CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PERMANENTES.

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