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Direito comercial 1

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Direito Comercial I - Professor: Andreotte Norbim
Doutrina: Manual do Fabio Ulhoa
MATÉRIA
→ História do Direito Comercial
OBS: diferença do direito comercial para o direito empresarial: o direito comercial é uma linguagem mais clássica; porém o direito comercial e empresarial são a mesma coisa.
Séc. XII/XVI (1ª fase): era na base dos usos e costumes (senhor feudal). Aqui é a fase subjetiva (existia o sujeito que mandava). 
Direito comercial nasce com a criação de um tribunal de comércio onde o comerciante – senhor feudal de cada cidade elegia um representante (cônsul) que julgava as questões e lides mercantis. Essa fase era denominada de fase subjetiva (usos e costumes). Começou tudo aqui, logo após a carta magna.
Séc. XVII a XIX (2ª fase): aqui a fase subjetiva é substituída pela objetiva (codifica o Código Civil – Napoleão). O que impulsiona isso é a revolução francesa.
É a fase que tem como ponto de partida a revolução francesa, onde se codifica duas normas de direito (Código Civil e Comercial), que foram inclusive inspiração para o então Código Comercial Brasileiro (1850) e o Código Civil (1916). Essa fase (objetiva) ficou marcada pela exclusão de empreendedores dos “atos de comércio” estabelecido no Código Comercial. Exemplo: agronegócio, corretagem, profissional liberal e instituição bancária.
Séc. XX (3ª fase): Surge a fase subjetiva moderna (subjetiva porque o sujeito vai escolher ser empresário ou não – Código Civil ou Comercial).
É a vigente fase do Direito Comercial Brasileiro marcada pela recepção da teoria da empresa (italiana que foi utilizada como molde para a construção do Art. 966 de nosso Código Civil). Essa fase, subjetiva moderna, tem como característica a possibilidade do sujeito optar ou não em ser empresário (Vide Art. 966 e § Único, CC).
OBS: O Art. 966, CC é o desdobramento da teoria da empresa. Estabelece quem é o empresário, o que é a empresa. O § Único diz quem não pode ser empresário, porém tem exceção.
OBS: empresa é o estabelecimento comercial. Empresa é atividade econômica voltada para o lucro.
OBS: Cartório de Registro Público de Empresas Mercantis é a mesma coisa que Junta Comercial (Art. 967, CC).
OBS: NIRE – número de registro das empresas. A empresa tem o CNPJ e tem o NIRE. O NIRE é a identidade da empresa. NIRE = Número de Identificação de Registro de Empresa.
→ Personificação Jurídica (Art. 44, 45 e 40, CC)
- É a reunião de pessoas físicas com fim social pré-determinado em estatuto ou contrato social dando vida a “teoria da ficção jurídica”, abraçada pelo direito brasileiro, onde esse ente de natureza privada passa a ter direitos e obrigações, desde que arquivado seus atos constitutivos no Cartório de Registro Civil ou no Cartório de Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial).
OBS: Não são só as empresas que tem CNPJ. As pessoas jurídicas de direito privado também têm. As pessoas jurídicas de direito privado são: associação, fundação, entidade religiosa, partido político, sociedades (civil, hoje sociedade simples, e empresário). Porém a sociedade civil é igual à sociedade simples, que está no Art. 966 § Único, CC.
OBS: a Dilma criou a EIRELI (empresas individuais de responsabilidade limitada) em 2011. Art. 44, Inciso VI, CC.
OBS: sociedade civil, hoje chamada de sociedade simples, é direcionada a atividade intelectual. Ex: advogados.
OBS: A junta comercial está vinculada regras de nível federal.
→ Princípios do Direito Comercial (Princípio é a característica do direito)
Autonomia Patrimonial ou Separação Patrimonial (Art. 1024, CC e 596, CPC): É a regra empresarial que concede ao sócio de uma sociedade empresária a prerrogativa de não ter, em regra, seu patrimônio pessoal, executado para garantir dívidas de sua empresa. 
Cargo chefe do direito comercial. Vai ser protegido pelo estado, vai ser autônomo. Seu patrimônio pessoal não vai ser colocado em questão para pagar dívidas da empresa que você abriu. 
Proteção em execução trabalhista, de contrato, execução fiscal, etc. Sócio da empresa que está quebrada, que não tem dinheiro para pagar as dívidas, só vai ser chamado no polo passivo da cobrança quando for executado todo patrimônio da empresa.
Desconsideração Jurídica ou Penetração (Art. 50, CC): é a exceção da regra geral aplicada em processo de execução em face de uma pessoa jurídica, atingindo-se o patrimônio pessoal do sócio que comprovadamente agir com abuso (desvio de finalidade ao objeto social ou confusão patrimonial), a requerimento da parte ou do MP. 
Somente será estendida a dívida aos sócios por desvio de personalidade ou desvio de finalidade/confusão patrimonial. Cabe a parte solicitar ou MP, o juiz não pode solicitar de ofício.
Onerosidade (Art. 170, CF): É a norma voltada à lucratividade da atividade empresária com a criação de órgãos públicos voltados à proteção de uma concorrência leal e livre iniciativa. 
Regras que irão proteger o consumidor e o empresário, mas assim como a sociedade empresarial. É a regra do direito do direito comercial, que venha estabelecer regras que venha propiciar o lucro para os empresários. Ex: evitar o cartel.
O CADE (conselho administrativo de defesa econômica) vai fiscalizar o direito concorrencial.
Dinamismo: dinamismo vem da informalidade. Ou seja, quando vai consumir um produto de uma sociedade empresária não precisa de uma formalidade (Ex: comprar um livro). Aqui rasga as regras da formalidade. 
É a norma que dá ao comerciante a informalidade em seus atos jurídicos tendo por objetivo facilitar a relação de consumo de bens ou serviços. Ex: cupom fiscal, pagamento de embargos tributários pelo “simples nacional” (7 tributos em um único boleto, sendo municipais, estaduais e federais em um único momento – Lei 126/2006).
Fragmentarismo: o direito comercial não existe sozinho. O direito comercial é interdisciplinar, fragmentado com outros ramos do direito (tem que saber tributário, administrativo). Fragmentarismo significa estar subdividido. 
É a regra mercantil que estabelece a esse ramo do direito privado a sua conexão com outros ramos do direito, sejam eles privados (contratos, família) ou de direito público (CLT, Código Tributário, consumidor, licitações, ambiental, etc.). 
→ Sociedades Despersonificadas (Art. 981, CC) - Sociedades sem personalidade jurídica formada. Existem duas formas de punir o dono de uma sociedade despersonificada que são: 
Sociedade em Comum ou de Fato (Art. 986, CC): a responsabilidade aqui é ilimitada. O ato de infração vai recair no colo de quem dirige o empreendimento. Ou seja, qualquer pessoa pode responder. Pessoas em comum acordo inauguram, começam a praticar aquela atividade econômica que gera lucro para alguém. A própria pessoa física responde aqui.
É a “Sociedade de Fato” (não regularizada juridicamente) onde o proprietário(s) responderá ilimitadamente por qualquer infração de direito cometida pela prática comercial não registrada em Junta Comercial.
Sociedade em Conta de Participação (Art. 991, CC): vai ser levada em conta a participação de cada sócio com base no contrato, mesmo não sendo registrado na junta, foi assinado pelos sócios. Cada um responde pela sua participação da sociedade.
Também conhecida como “Sociedade Irregular” onde o proprietário(s) responde ilimitadamente por infrações estatais, ressalvado o fato de existir nela contrato social redigido (“de gaveta”) não registrado ainda na Junta Comercial que pode ser útil para dividir os prejuízos junto aos demais sócios, de acordo com a participação redigida em contrato. 
OBS: Sócio ostensivo (aquele que está praticando a atividade, está no local trabalhando) x participante/”oculto” (sócio oculto é aquele que não trabalha, só assina o “contrato de gaveta”).
→ Sociedade Personificada (Art. 966, CC): Tem personalidade jurídica. Tem legitimidade para ser parte. O direito brasileiro adotou a teoria da ficção jurídica, a qual é uma pessoa que existe, mas não a vê, que a empresa (pessoa jurídica). 
→ Registro Societário (Art. 967, CC): tem que ter umato constitutivo registrado. A sociedade empresária começa a existir ela precisa ter seu registro, precisa ter a certidão de nascimento registrada na junta comercial. Não pode faltar nesse documento.
A atividade societária tem seu início com o correspondente registro de contrato social no Cartório de Registro Público das Empresas Mercantis (Junta Comercial). Deve conter neste instrumento: 1) qualificação dos sócios; 2) definição do nome empresarial e de sua sede; 3) o seu objeto social (as atribuições desempenhadas pela empresa); 4) do capital social (subscrito e integralizado).
Com o arquivamento deferido/confirmado pela Junta passa a ter, a sociedade, o NIRE (número de identificação de registro de empresa).
- O que não pode faltar em um contrato social? (Art. 968, CC): 
Tenho que qualificar o dono da sociedade.
Determinar onde vai ser a sede da empresa (na necessidade de ser citada, precisa dizer qual é o estado, a cidade. A mesma é que tem competência para cobrar impostos). 
Nome jurídico, razão social da empresa (toda pessoa jurídica tem que ter um nome).
Do objeto social (não pode faltar nunca. Objetivo social de uma empresa é dizer qual é o objetivo da empresa – enquadra a empresa naquela sociedade. Tem que cumprir o objeto social da empresa, sob pena do sócio responder ilimitadamente em uma execução).
Do capital social (o que traz litígio entre as partes demandantes. Capital que pertence à sociedade).
e.1) Capital subscrito: capital que já está escrito no contrato. O que é definido no contrato
e.2) Capital integralizado: o que será posteriormente confiado a PJ.
OBS: A PJ tem a NIRE, com 11 dígitos. É a identidade da empresa. O NIRE está no Contrato Social. 
	
→ Órgãos de Registro
Junta Comercial: é a autarquia estadual que tem como atribuição a gestão de registro societário de empresas (matriz e filiais) com sede no território estadual correspondente. Essas regras – leis observadas na JC não são definidas pelo governo estadual, mas pelo federal. 
É uma autarquia (órgão da administração pública indireta – não há controle, gestão pela situação. Autarquia significa autonomia). Órgão estatal que tem autonomia para fiscalizar.
Cada estado tem um. Existe subsedes de Junta Comercial em pequenas cidades.
A Junta Comercial filtra o RG e o CPF daquele sócio que pretende ser empresário. Cria um banco de dados estadual e submete a um órgão federal (DNRC).
OBS: A JC é uma autarquia estadual e quem manda na JC é o governador do estado, que manda, contrata etc. Quem manda na questão administrativa é o estado. Quem dita as regras – leis dentro da JC é a DNRC (nível federal).
DNRC: Departamento Nacional de Registro de Comércio é autarquia federal que tem como atribuição: 
Supervisionar os registros de empresas feitos pelas Juntas Comerciais.
Ser segunda instância administrativa em recursos interpostos contra decisões das Juntas Comerciais.
Uma vez vinculado ao ministério do desenvolvimento, indústria e comércio exterior poderá propor projeto de lei ao legislativo federal ou medida provisória ao executivo.
Vai supervisionar a nível estadual e serve como segunda instância administrativa (revisiona aquela decisão da Junta Comercial). Serve também como órgão que vai ouvir reclamações dos empresários, das juntas comerciais. Pode propor mudança na legislação – pode propor ao executivo uma medida provisória ou para um partido, uma bancada, um projeto de lei.
→ Atos Obrigatórios aos Empresários (caso não haja atos obrigatórios, há a desconsideração da PJ).
Do Arquivamento (Art. 967, CC): é a formalidade que obriga o empresário a registrar seus atos constitutivos (contrato social), bem como alterações e dissoluções contratuais (encerramento da empresa) na junta comercial (Art. 967, CC: Cartório de Registro Público das Empresas Mercantis).
É a expressão técnica onde o empresário que vai começar sua atividade, abrir a empresa e antes disso, tem que ir à junta e levar 3 vias de contrato social e vão devolver uma via depois com o protocolo deferido. A JC fiscaliza, se houver deferimento, volta com o NIRE. As outras duas vias ficam na JC.
Da Autenticação ou Averbamento (Art. 379, CC): no curso de sua atividade econômica deverá o empresário autenticar todos os livros comerciais (facultativos e obrigatórios) nos órgãos públicos correspondentes (junta comercial, receita federal, INSS e outros), para convalidar os mesmos, sob pena de tratar-se de um documento unilateral.
É o nome que se dá tecnicamente para o registro subsequente para novas alterações do contrato. Toda empresa tem que documentar as atividades diárias (livro caixa, etc.), porque se não for documentada, a empresa não pode usar de prova documental. O empresário só tem a prova documental.
Levantamentos Contábeis (Art. 1179, CC): é a obrigação imposta aos empresários que deverão anualmente providenciar perícia contábil em suas atividades em duas formas: 1) balanço patrimonial; 2) balanço de resultado econômico. Há exceção anual será aplicada S/A – sociedade anônima (que deverá ser semestral). OBS: sociedade anônima é empresa de capital aberto, por isso a perícia contábil tem que ser semestral.
Uma vez por ano se faz os levantamentos contábeis. Uma vez por ano faz um “extrato” de tudo que entrou e saiu da empresa. Esse documento que é produzido pelo contador (os bancos são obrigados a fazer de seis em seis meses) e é produzido uma vez por ano. Levantamento contábil é a forma que o legislador encontrou para obrigar o empresário a controlar a sua situação financeira.
→ Requisitos Obrigatórios para Abertura de Sociedade Empresária
Junta Comercial: será obrigatória para o início das atividades empresárias o seu registro, por meio de contrato social, registrado na junta que ao deferir tal arquivamento concederá o NIRE.
Contrato social em 3 vias, leva na junta e lá mesmo vai ter as custas e deixa arquivado. A junta marca uma data para que a pessoa volte para dizer se vai ser deferido ou não. Antes de qualquer inicio de atividade econômica a pessoa tem que ir à junta comercial. Avalia-se a capacidade do sócio, etc.
SRF – Secretaria da Receita Federal ou Fisco ou Ministério da Fazenda: com o NIRE em mãos deverá o empresário efetuar o seu cadastro nacional como pessoa jurídica (CNPJ) onde o Ministério da Fazenda irá solicitar a identificação dos sócios, nome empresarial, nome fantasia e sua sede.
Órgão da administração pública direta e se vincula à união federal. Aqui pergunta qual é o nome da pessoa jurídica, nome fantasia, NIRE, sede (IPI, IOF, IRPJ, Confins, PIS). Aqui é pré-requisito para emitir nota fiscal. Segundo lugar onde se leva o contrato para registrar.
CMC – Cadastro Municipal de Contribuinte (Alvarás): deverá o empresário registrar o município de seu domicílio comercial para: 1) recolher tributação municipal (ISS – imposto sobre serviços ou ISSQN) por meio de CMC; 2) solicitar o alvará de localização e publicidade (é aquele que permite a localização da empresa e o outdoor a ser utilizado); 3) se a atividade for voltada a serviços (clínicas, restaurantes) deverá pleitear o alvará sanitário à vigilância sanitária (VISA).
OBS: ANVISA é autarquia federal e a VISA é municipal. Não confundir!
Está vinculado a municipalidade onde a empresa tem estabelecimento. Imposto do município (ISSQN – imposto sobre serviços de qualquer natureza). Só pago esse imposto se tiver esse cadastro. A prefeitura pode deferir ou indeferir o pedido (casa de show perto de área residencial, etc.). 
Toda empresa que presta serviços (só elas) tem que ter o alvará da vigilância sanitária. 
IE – Inscrição Estadual (Alvará Vistoria): o empresário que for exercer suas atividades vendendo mercadorias ou prestando serviços de transporte (sujeitos ao ICMS) deverá providenciar a sua inscrição estadual (IE) feita na SEFAZ (secretaria da fazenda estadual).
O empresário pode não ter vinculação nenhuma com prestação de serviço. Para ser empresário emitir nota fiscal, tem que ter inscrição estadual. O imposto aqui se chama ICMS (imposto sobre circulação de mercadoriase serviços de transporte público municipal e intermunicipal). Quando circulo mercadorias (ex: celular, arroz, etc.) gera tributação de ICMS (é recolhido no Banestes). Todo empresário que vai vender alguma coisa ou prestar serviço de logística precisa ter seu registro na SEFAZ (secretaria da fazenda estadual)
Deverá também buscar seu alvará de funcionamento e vistoria no Corpo de Bombeiros (documento indispensável). Toda empresa alem de ir à SEFAZ, tem que ir a outro órgão estadual: Corpo de Bombeiros (vistoria no estabelecimento para ver se pode expedir o alvará de funcionamento).
GFIP – Guia de Recolhimento Fundiário e Informação Previdenciária: a atividade empresária, em caso de contratação de mão de obra, deverá registrar-se no INSS (instituto nacional de seguridade social e previdência social) que irá habilitar o empresário ao recolhimento mensal de FGTS e INSS dos seus empregados.
OBS: é crime não depositar o dinheiro descontado do salário no INSS.
OBS: Elemento de Empresa – Art. 966, Parágrafo Único: elemento de empresa refere-se à atividade desenvolvida pela empresa, ou seja, faz parte do seu objeto social, de como ela está organizada para atuar. É uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços
A princípio se conclui que as atividades de cunho estritamente intelectual, literária ou artística, não são atividades empresariais, porém se essas atividades constituírem elementos de empresa, ou seja, elementos da atividade do empresário poderão igualmente ser considerados atividades empresariais.
2º BIMESTRE 
• Benefícios da Lei Mercantil
Recuperação Judicial (Art. 48, Lei 11.101/05): um processo que tem por objetivo suspender liminarmente todas as dívidas (com exceção de dívidas fiscais) por 180 dias quando então será apresentado “plano de recuperação financeira” da sociedade empresária devedora. Para isso basta comprovar a sua atuação formal e comercial por dois anos no mínimo de atividade.
Benefício que o legislador concedeu apenas para o empresário. Processo onde este vai pedir à justiça que todas as suas dívidas fiquem suspensas durante seis meses sem ouvir a parte contrária. Só é benefício para um empresário (antes era chamado de Concordata). 
Após seis meses que irá se ouvir as partes contrárias (credor), para apresentar proposta. Se não der certo a recuperação judicial (seis meses), o empresário pode sofrer as consequências (falência).
O juiz analisa se a empresa tem NIRE, CNPJ, etc., se tiver dois anos de atividade concede imediatamente.
Autofalência (Art. 105, Lei 11.101/05): é o processo que assiste ao empresário que ciente da impossibilidade de recuperação judicial de sua empresa, e para afastar-se de processo crime falimentar postulará o juízo a interdição legal de sua sociedade. Ou seja, o empresário vai entregar a empresa ao estado, pelo fato de não ter como saldar a dívida que tem.
Empresário pedindo sua própria falência. Antes que alguém peça falência deste, ele mesmo pede sua falência. Se ocorrer a autofalência e outro pedir a falência, a pena é de 10 anos sem abrir uma empresa.
Licitações (Art. 28, Lei 8666/93): o Estado em regra só pode comprar (mercadorias e serviços) com sociedade empresária salvo as exceções em Leilão e Concurso.
As modalidades de licitação são: Carta Convite (empresa que já tem cadastro), Concorrência, Concurso, Leilão, Pregão (qualquer um via internet) e Tomada de Preço (valor intermediário) – C³LTP.
Execução Civil (Art. 585, I, c/c Art. 652, CPC): o processo civil assiste ao empresário quando este credor de título líquido e certo poderá cobrá-lo dispensando o tradicional processo de conhecimento com base na execução civil por meio de título extrajudicial.
Meação ao Cônjuge (Art. 134, STJ): é o precedente jurisprudencial que assiste ao cônjuge de empresário que foi atingido pela desconsideração da PJ, ou seja, 50% do patrimônio pessoal do casal será resguardado ao cônjuge que não tiver participação na sociedade.
O cônjuge, a mulher da empresária ou esposo em falência, quando está entrando em desconsideração da pessoa jurídica, esse pode embargar (embargos de terceiro). OBS: serve para união estável.
 Súmula 134 do STJ x Art. 649, II, CPC: de acordo com a Súmula o terceiro de boa fé pode interpor o embargo na execução (fica com 50% do patrimônio). Já no artigo diz que quando o bem for extremamente desproporcional vai ser colocado a venda. (ex: venda de um triplex na Bacutia). 
Capital Integralizado: o direito comercial tem como regra geral a responsabilização civil do sócio junto à empresa restrita ao valor do capital social integralizado, ou seja, responde até o limite subscrito no contrato social (ressalvado a desconsideração da PJ).
Uma vez integralizado a pessoa jurídica não se confunde com a pessoa física.
Propriedade Industrial (Lei 9279/96): o direito industrial favorece ao empresário uma vez que veda qualquer tipo de utilização sem o licenciamento voluntário (franquia) sob pena de ficar caracterizado crime contra a ordem econômica (ex: pirataria, sonegação, plágio, estelionato).
OBS: a marca é vitalícia (bem incorpóreo). Se por exemplo, a Garoto for vendida, o “Batom” pode ser vendido para outra empresa.
Cláusula de Não Restabelecimento (Art. 1147, CC): é a prerrogativa estabelecida no Código Civil que veda o ex-proprietário de empresa alienada à terceiro de concorrer nos próximos 5 anos no mesmo segmento e na mesma região.
Regra que está no CC que proíbe o proprietário que está vendendo uma empresa hoje montar uma empresa parecida amanhã (5 anos).
Seguridade Social: a previdência social assiste ao comerciante quando o mesmo precisar dispor de seus funcionários por questões de doença do trabalho, acidente de trabalho, invalidez, direito gestacional e aposentadoria por idade ou tempo de serviço.
Está vinculado ao INSS (autarquia federal – regulamentar e fiscalizar todas as aposentadorias, conceder auxílio à doença do trabalho, reclusão, etc.).
 Ação Renovatória Compulsória (Art. 51, Lei 8245/91): é a cláusula que assiste ao empresário que detém contrato de aluguel de imóvel comercial com no mínimo 5 anos de curso contratual e 3 anos de atuação como empresa. A este que não obteve consensualmente a renovação de contrato poderá ajuizar ação renovatória depositando em juízo os valores de mercado, não obstante ainda o trânsito recursal deste processo (TJ/STJ/STF) que poderá prolongar e demandar prejuízo ao locador. Ou seja, o locador acabará fazendo acordo com o locatário.
OBS: imóvel alugado em área comercial, o locatário depois de 5 anos “dá as cartas”.
 Crédito Público: o governo federal e estadual por meio do BANDES, BDNS e SEBRAE incentivam as empresas no Brasil por meio de empréstimos e consultorias altamente atrativas (taxas de juros reduzidas e longos prazos para o pagamento).
Crédito diferenciado para empresa/auxiliar empresário.
 Simples Nacional (Lei Complementar 123/06 atualizada por 129/09 – Super Simples): é o programa de arrecadação fiscal onde o empresário que comprovar o faturamento anual de até R$ 360.000,00 será beneficiado por uma arrecadação mensal (pagando IRPJ, IPI, PIS, COFINS, CSLL, ICMS e ISSQN) sendo classificado como ME (micro empresa). Já o empresário que tiver faturamento acima de R$ 360.000,01 a 3.000.000,00 será classificado como EPP (empresa de pequeno porte). O empresário que aderir ao simples nacional poderá parcelar seus débitos fiscais em até 120 vezes. Não podem aderir ao simples sociedade anônima, cooperativas, sociedade simples, instituições financeiras e empresas que tenham como objeto social importação, fabricação e distribuição de bebidas, cigarros e armas.
OBS: quem é EPP paga imposto mais caro que uma ME.
Regime tributário onde a empresa (individual, limitada, etc.) dependendo do faturamento, vai poder pagar 7 tributos (cinco federais, um municipal e um estadual) em uma única boleta. Forma de simplificar.
Programa criado pelo governo federal para favorecer os comerciantes, da forma em que se paga os impostosem uma única boleta só (os impostos do estado e do município o presidente repassa depois).
OBS: nada a ver com sociedade simples.
OBS: simples nacional e super simples são a mesma coisa.
OBS: super simples foi o aumento do teto. Programa que vai simplificar, porém o empresário tem que ir ao ministério da fazenda.
OBS: quando a empresa passa por uma cisão ela não pode se beneficiar do simples nacional durante os próximos cinco anos.
• Vetados ao Exercício Empresarial
Impedidos ou Inabilitados (Art. 972 do CC): são pessoas físicas empresárias ou não que por decisão judicial foram declaradas inabilitadas temporariamente para o exercício de atividade comercial devido a crimes: estelionato, falimentar (falência), crime contra a ordem econômica (sonegação fiscal, lavagem de dinheiro), e contra a economia popular (concorrência desleal, cartel, fraude ao consumidor). 
OBS: a sentença dos crimes acima tem que ser transitada em julgado (IMPORTANTE).
Servidor (Art. 117, X, Lei 8112/90 e Art. 95 da CF): servidores não podem ser empresários (sócios cotistas), porém podem ser acionistas (investidores). Tal vedação ocorre para trazer independência funcional e probidade administrativa.
Cônjuges: segundo o CC os cônjuges sócios de sociedade empresária, em obediência às regras comerciais (direito de preferência, divisão das cotas e meação do cônjuge) só cabe no regime de comunhão parcial de bens, ou seja, não pode cônjuges em regime universal ou de separação total serem sócios.
Universal (Art. 1641, II do CC)
Separação Total (Art. 1687 do CC)
Comunhão Parcial (Art. 977 do CC)
Direito de Preferência (Art. 1031, § 2º do CC)
Chefes do Executivo e Parlamentar (Art. 54, II, “a” da CF): esse quadro não é impedido de ser empresário, porém não podem, sob pena de improbidade administrativa, ter empresa licitando com órgãos da administração pública a qual estão vinculados.
• Estabelecimento Empresarial (Art. 1142 do CC): É a sede da sociedade empresária onde a fusão dos bens corpóreos traz para a mesma uma rápida lucratividade comparada a uma empresa recém-inaugurada. Esse “plus” é denominado como aviamento comercial.
Nome correto que se dá para “Empresa” (atividade econômica organizada visando lucro). 
Fundo Comércio: pegar tudo que está dentro da sede física da empresa.
Bens (In) Corpóreos: aquilo que não estou vendo, mas sei que tem valor. Ex: alvará, recuperação judicial, marca da empresa.
Aviamento: soma de bens corpóreos e incorpóreos. Ou seja, comprar a UVV com os bens corpóreos e incorpóreos.
• Transferência do Estabelecimento Empresário (Art. 1144 do CC): uma sociedade empresária pode ser transferia a terceiros por: compra e venda (alienação comercial); locação comercial (arrendamento comercial); concessão gratuita da posse (usufruto).
Quando tais transferências são averbadas em junta comercial ocorre a tradição técnica denominada “trespasse”.
“Trespasse”: registrar a alienação, o arrendamento e o usufruto na Junta Comercial (registrar no livro da empresa - averbação). Tem que registrar sob pena de assumir a responsabilidade de algo que não é mais seu, etc.
Alienação Comercial: compra e venda
Arrendamento Comercial: aluguel. Mesma coisa que lising.
OBS: diferente de arrendamento mercantil.
Usufruto: uso gratuito da posse. Dar a posse e não a propriedade. 
• Responsabilidade Civil Ex-Sócio
A sociedade empresária que for transferida (trespasse) terá na pessoa do ex- sócio um codevedor subsidiário referente às dívidas da pessoa jurídica existentes desde a data da transferência comercial. Não sendo o estabelecimento transferido, mas encerrado (baixa do CNPJ, NIRE, Inscrição Estadual e CNC) poderá ainda o ex-proprietário responder pela empresa em até um ano pós-baixa. Tais prazos estão associados a direito privado, não prevalecendo sobre os demais direitos públicos. Credores e contratantes somente serão prejudicados pelos prazos acima se forem naquela oportunidade notificados, 30 dias ou 90 dias, respectivamente, acerca do trespasse ou da baixa da sociedade.
Art. 1032 do CC: a empresa foi averbada, o ex-sócio continuará respondendo por dívidas do ano em que vendeu ou etc. a empresa durante dois anos seguintes (quando o direito questionado é de ordem privada).
Art. 1146 do CC: o adquirente responde pelas dívidas anteriores à transferência, porém o devedor primitivo responderá solidariamente no prazo de um ano, por questão de segurança jurídica (quando o direito questionado é de ordem privada).
Notificação Credores (Art. 1145 do CC): o credor precisa ser notificados do trespasse, sob pena do prazo de um ano, dois anos, do livramento do ex-sócio.
Notificação Contratantes (Art. 1148): o contratante precisa ser notificados do trespasse, sob pena do prazo de um ano, dois anos, do livramento do ex-sócio.
OBS: só haverá o prazo de um ou dois caso haja notificação.
• Nome Empresarial (Art. 1155 do CC) 
Toda empresa vai levar. Não pode ser confundido com nome fantasia, pois este não precisa ser registrado em lugar nenhum. Toda empresa quando será registrada, ela será de dois tipos. a sociedade empresaria quando registrada deverá ser identificada por um dos nomes jurídicos:
Firma ou Razão Social: nome civil dos sócios + nome fantasia (opcional).
É a mesma coisa que razão social. O sócio proprietário já esta assumindo para a sociedade que responde ilimitadamente pela empresa e solidariamente.
Todas as empresas que são registradas no molde de firma ou razão social terá no nome ou prenome a abreviação do nome ou sobrenome de um sócio, ou abreviação destes. Pode ter também o ramo da sociedade.
Denominação: ramo de atuação + nome fantasia ou nome civil dos sócios. Tais nomenclaturas são utilizadas para identificar preliminarmente o grau de responsabilidade civil dos sócios (ilimitada, limitada, solidária ou subsidiária).
Sócio responde limitadamente pela empresa e subsidiariamente.
• Alteração Estrutural Societária
Incorporação (Art. 1116 do CC): é a sociedade que adquire uma outra que passa a fazer parte de seu grupo econômico. Ex: A + B = AB (Nestlé compra a Garoto).
Fusão (Art. 1119 do CC): é a sociedade que por interesse comercial trata de contratar com outra (de mesmo ou diverso ramo de atuação) no intuito de crescimento econômico. Ex: Sadia + Perdigão = BRF Brasil Foods.
Cisão (Art. 229, Lei 6404/76): é a sociedade que passa por uma dissolução societária com divisão patrimonial, extinção do CNPJ antigo, formando novas empresas. Ex: A = B + C + D.
Transformação (1113 do CC): é a mudança do perfil societário, ou seja, da modalidade empresária. Ex: Empresário individual altera-se para empresa limitada, etc.
A empresa continua tendo o mesmo CNPJ e etc., porém muda o enquadramento.
• Regime Jurídico Comercial (Art. 170 da CF)
O regime jurídico econômico brasileiro (capitalista neoliberal) com base na livre iniciativa e valorização do trabalho humano terá na autarquia federal (o CADE) o órgão que irá auxiliar no combate a concorrência desleal, crimes contra a ordem econômica, contra a economia de consumo popular, aplicando a seguintes punições: 
Multa administrativa
Cancelamento de Privilégio Fiscal
Parcelamento Tributário ou Previdenciário
Extinção de CNPJ
CADE: Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

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