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CCA0169 – COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
Aula 10: As rádios comunitárias e TVs comunitárias
Comunicação Comunitária
RÁDIO COMUNITÁRIA
 Segundo Alfonso Gumucio Dragon (apud DETONI, 2005, p.280): 
“A presença de uma emissora comunitária mesmo que não totalmente participativa, tem um efeito imediato na população. Pequenas emissoras geralmente começam a transmitir música na maior parte do dia, tendo assim um impacto na identidade cultural e no orgulho da comunidade. O próximo passo, geralmente associado à programação musical, é transmitir anúncios e dedicatórias, que contribuem para o fortalecimento das relações sociais locais. Quanto a esta cresce em experiência e qualidade, começa a produção local de programas sobre saúde ou educação. Isso contribui para a divulgação de informações sobre questões importantes que afetam a comunidade”.
Comunicação Comunitária
RÁDIO COMUNITÁRIA
“Meios de veiculação de conteúdos que expressam interesses e demandas de minorias numa linguagem que representa a diversidade cultural, étnica e territorial, a qual muitas vezes é negligenciada pela indústria da comunicação de largo alcance”.
Peruzzo (2004) 
Comunicação Comunitária
RÁDIO COMUNITÁRIA
Para a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC): “Radio comunitária, radio rural, radio cooperativa, radio participativa, radio livre, alternativa, popular, educativa… Se as estações de radio, as redes e os grupos de produção que constituem a Associação Mundial de Rádios Comunitárias se referem a eles mesmos por meio de uma variedade de nomes, suas práticas e perfis são ainda mais variados. Algumas são musicais, outras militantes e outras musicais e militantes. Localizam-se tanto em áreas rurais isoladas, como no coração das maiores cidades do mundo. Seus sinais podem ser alcançados a uma distância de apenas um quilômetro, na totalidade do território de um país ou em outros lugares do mundo via ondas curtas. Algumas estações pertencem a organizações sem fins lucrativos ou a cooperativas cujos membros constituem sua própria audiência. Outras pertencem a estudantes, universidades, municipalidades, igrejas ou sindicatos. Há estações de radio financiadas por doações provenientes de sua audiência, por organismos de desenvolvimento internacional, por meio de publicidade e por parte de governos”.
Comunicação Comunitária
CARACTERÍSTICAS GERAIS
transmitem uma programação de interesse social vinculada à realidade local;
não tem fins lucrativos;
contribuem para ampliar a cidadania, democratizar a informação, melhorar a educação informal e o nível cultural dos receptores sobre temas diretamente relacionados às suas vidas.;
permitem ainda a participação ativa e autônoma das pessoas residentes na localidade e de representantes de movimentos sociais e de outras formas de organização coletiva na programação, nos processos de criação, no planejamento e na gestão da emissora;
Comunicação Comunitária
CARACTERÍSTICAS GERAIS
baseiam-se em princípios da comunicação libertadora que tem como norte a ampliação da cidadania;
carregam, aperfeiçoam e recriam o conhecimento gerado pela comunicação popular, comunitária e alternativa no contexto dos movimentos sociais.
Há rádios que facilitam mais o acesso na programação. Outras, embora sejam conduzidas por pessoas comprometidas com a melhoria da “comunidade”, não têm tradição de facilitar o envolvimento amplo de representantes das organizações locais na gestão.
Emissoras de caráter religioso;
Comunicação Comunitária
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Emissoras ligadas a universidades;
Há programas de conteúdo comunitário dentro de emissoras comerciais que se valem da participação autônoma de cidadãos e de organizações locais.
Fazer comunicação comunitária implica num processo que tende ao aperfeiçoamento progressivo, principalmente, quando assumido coletivamente.
Comunicação Comunitária
O Brasil passou por várias modalidades de TVs comunitárias antes do modelo de Canal Comunitário na Televisão a Cabo, utilizado na atualidade. Exemplos:
1.1. TVs Comunitárias em UHF) - Operam por meio do sistema UHF (Ultra High Frequency). Funcionam em nível local e retransmitem simultaneamente parte da programação de alguma Televisão Educativa, mediante convênio. São chamadas de Comunitárias, mas de fato são TVs locais educativas. É um sistema baseado na permissão de uso e é acompanhado pela Secretaria Nacional de Comunicações mediante projeto. São os canais para universidade, prefeituras e fundações. Não é permitida a inserção de comerciais, somente como apoio cultural.
As TVs comunitárias
Comunicação Comunitária
1.2. Televisão de Baixa Potência (VHF) - São transmissões televisivas na freqüência VHF (Very High Frequency) de aproximadamente 150 watts, que atingem comunidades específicas. Não está regulamentada em lei, portanto são consideradas clandestinas. Operam em caráter ocasional, até pelos riscos decorrentes de sua ilegalidade. Trata-se de experimentos que objetivam exercitar a liberdade de expressão e contestar o sistema de concessão de canais de televisão no país, bem como sua programação essencialmente marcada por interesses mercadológicos. Tem como objetivo democratizar técnicas de produção e transmissão televisiva junto a grupos populares. Pretende-se forçar mudanças na legislação dos meios de comunicação de massa no Brasil.
As TVs comunitárias
Comunicação Comunitária
1.3. TV de Rua - São realizações em vídeo produzidas com a participação da população e transmitidas em espaços públicos abertos (praças e ruas) ou fechados (postos de saúde, creches, escolas, centros comunitários, associação de bairro, sindicato, ginásios esportivos, hospitais etc.) destinados a recepção coletiva.
As TVs comunitárias
Comunicação Comunitária
1.4. Uma TV Móvel e Itinerante - Trata-se de uma espécie de TV móvel ou vídeo móvel. Com um vídeocassete, um telão (ou monitor de TV), amplificador de som e microfone sobre um meio de transporte (caminhão ou Kombi), exibem-se produções em vídeo em diferentes locais públicos de grande circulação de pessoas e a população local convidada a assistir e debater as exibições. Por vezes a exibição ocorre em salões de entidades sociais. Outro aspecto é a exibição itinerante seguidas de debates.
As TVs comunitárias
Comunicação Comunitária
Processo de produção audiovisual comunitária e seus propósitos educativos
A parte técnica de elaboração de roteiros, gravação e edição normalmente é feita por uma equipe de produção vinculada a alguma entidade, como Organizações da Sociedade Civil, Igrejas, Universidades, Sindicatos etc. A maioria desses projetos tem-se como estratégia a participação direta da população local no processo de produção.
Promovendo a participação popular no processo de produção dos audiovisuais, busca-se desmistificar a televisão, discutir assuntos de interesse público candentes aos grupos locais e motivar o envolvimento das pessoas na democratização dos meios de comunicação de massa por meio da apropriação pública das tecnologias da informação.
Comunicação Comunitária
Processo de produção audiovisual comunitária e seus propósitos educativos
A produção videográfica dos grupos ou entidades que trabalham com o vídeo popular e o transformam num tipo de televisão comunitária, não se limita a materiais para exibição em espaços públicos. Também produzem documentários e outros tipos de programas audiovisuais para uso nos movimentos sociais.
A TV comunitária nos moldes da TV de Rua tem propósitos educativos e culturais. Surge em um contexto de efervescência dos movimentos sociais em que se busca a utilização do vídeo como meio facilitador do processo de tomada de consciência e mobilização de segmentos sociais excluídos.
Comunicação Comunitária
O canal comunitário da tv a cabo
A televisão a Cabo é um dos sistemas de transmissão das chamadas TV por Assinatura, ou TVs Pagas.
A Lei 8.977 de 6 de janeiro de 1995, regulamentada pelo Decreto-Lei 2.206 de 14 de abril de 1997, estabelece a obrigatoriedade das operadoras de TV a Cabo disponibilizar seis canaisde utilização gratuita, no sentido dos canais de acesso público. Pelo Artigo 23 são três canais legislativos (destinados ao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas/Câmaras de Vereadores). Um canal universitário (para uso partilhado das universidades sediadas na área de prestação do serviço), um educativocultural (reservado para uso dos órgãos que tratam de educação e cultura do governo federal, governos estaduais e municipais) e um comunitário (aberto para utilização livre por entidades não governamentais e sem fins lucrativos).
Comunicação Comunitária
O canal comunitário da tv a cabo
Os canais estão em funcionamento ou em fase de implantação em várias cidades brasileiras que recebem sinais via cabo. Representam um avanço no sentido da democratização dos meios de comunicação de massa no Brasil, apesar das limitações impostas pelo sistema cabo.
Os canais gratuitos se institucionalizaram em decorrência das negociações ocorridas entre várias forças que controlam os meios de comunicação de massa no Brasil (Governo e empresas de comunicação), parlamentares e entidades da sociedade civil, entre elas o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.
Comunicação Comunitária
O canal comunitário da tv a cabo
Comunicação Comunitária
O canal comunitário da tv a cabo
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
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