Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bases macromoleculares da constituição celular Ligações Químicas As células são constituídas relativamente de poucos tipos de átomos Energia dispendida para romper algumas ligações moleculares de interesse biológico. AS MOLÉCULAS NAS CÉLULAS As células contêm quatro famílias principais de moléculas orgânicas pequenas. Carboidratos, açúcares ou hidratos de carbono Os açúcares são fonte de energia para as células e também subunidades de polissacarídeos, tem fórmula geral (CH2O)n, onde n pode ser 3,4,5,6,7 ou 8 e possuem ainda dois ou mais grupos hidroxila. Podem ser aldoses ou cetoses. H Formação do anel Isômeros O carbono que carrega o aldeído ou a cetona pode reagir com qualquer uma das hidroxilas de uma segunda molécula de açúcar, formando um dissacarídeo. Maltose (glicose + glicose) Lactose (galactose + glicose) Sacarose (glicose + frutose) Oligossacarídeos e Polissacarídeos São polímeros de monossacarídeos. Podem ser formados a partir de simples repetição de unidades. Cadeias curtas são denominadas oligossacarídeos (componente de parte de moléculas), enquanto que cadeias longas são denominadas polissacarídeos. Existem dois tipos de polissacarídeos Polissacarídeos simples ou homopolímeros: repetição de um único tipo de monossacarídeo. Ex: Amido e glicogênio. São polissacarídeos de reserva energética, amido (vegetais) glicogênio (animais), ambos são polímeros de D-glicose. O glicogênio é armazenado no citosol na forma de grânulos (glicogênio + proteínas responsáveis pela sua degradação ou síntese). É bastante ramificado. (α 14) (α 1 4) O amido é constituído de dois tipos de moléculas: amilose (linear) e amilopectina (ramificada) ambos formados por unidades de glicose. A celulose é utilizada para suporte mecânico nos vegetais é um polissacarídeo de glicose. Polissacarídeos complexos ou heteropolímeros: constituídos por mais de um tipo de monossacarídeo ou derivados, são menos freqüentes nas células e desempenham papel estrutural e informacional. Ex: glicocálice das células animais (hidratos de carbono ligados a proteínas ou a lipídios que une as células umas as outras e a matriz extracelular), glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoproteínas (são estruturais e informacionais). Proteínas Proteínas são polímeros formados a partir de ligações peptídicas entre aminoácidos. Aminoácidos são as unidades monoméricas formadores das proteínas. Vinte tipos de aminoácidos formam as proteínas animais, vegetais e bacterianas. Os aminoácidos formam isômeros ópticos, o átomo de carbono é assimétrico. Grupos R alifáticos, não polares Glicina Alanina Prolina Valina Leucina Isoleucina Metionina Grupos R polares mas não carregados Serina Treonina Cisteína Asparagina Glutamina Grupos R aromáticos Fenilalanina Tirosina Triptofano Grupos R carregados positivamente Lisina Arginina Histidina Grupos R carregados negativamente Aspartato Glutamato Os vinte tipos de aminoácidos se ligam através de ligações peptídicas para formar as proteínas. Veja a figura que mostra a ligação entre quatro aminoácidos. Existem 2 categorias de proteínas: Proteínas simples: formadas só por aminoácidos. Ex: albumina e globulina do sangue (proteína transportadora de tiroxina). Proteínas conjugadas: aminoácidos mais grupo prostético. EX: fosfoproteínas (caseína do leite), hemeproteínas (catalase) e metaloproteínas (insulina). As proteínas possuem duas formas: Globulares: cadeia enovelada. Ex: hemoglobina, mioglobina, proteínas de membrana celular e etc. Fibrosas: cadeia mais longa. Ex: queratina, colágeno e etc. As proteínas podem ser de natureza ácida ou básica: Proteínas básicas: quando predominar na estrutura da proteína um maior número de aminoácidos básicos. Ex: histonas que são ricas em lisina e arginina se combinam com os grupos fosfato do DNA. Proteínas ácidas: quando predominar na estrutura da proteína um maior número de aminoácidos ácidos. Ex: proteína ácida fibrilar da glia. A distribuição de aminoácidos polares e apolares influi na forma tridimensional e no papel biológico das moléculas protéicas. No organismo em condições homeostáticas (pH e temperatura normais), as proteínas estão na sua configuração nativa. A configuração nativa é mantida por forças de estabilização das moléculas protéicas. Dentre elas temos: -ligação peptídica; -interação hidrofóbica e forças de Van der Waals; -Pontes de hidrogênio; -Pontes dissulfeto; - Ligação iônica. Estrutura das proteínas: Estrutura primária: é formada pela seqüência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Estrutura secundária: ocorre em duas formas, -hélice e folha . São resultantes da interação de pontes de hidrogênio formadas entre os grupos N-H e C=O do esqueleto peptídico, sem envolver as cadeias laterais dos aminoácidos. Estrutura das proteínas: Estrutura primária: é formada pela seqüência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Estrutura secundária: ocorre em duas formas, -hélice e folha . São resultantes da interação de pontes de hidrogênio formadas entre os grupos N-H e C=O do esqueleto peptídico, sem envolver as cadeias laterais dos aminoácidos. Estrutura secundária em -hélice Estrutura secundária em folha Estrutura terciária: é a conformação tridimensional da cadeia polipeptídica como um todo. É formada por três tipos de ligações não covalentes. Estrutura quaternária: é formada por um complexo de mais de uma cadeia polipeptídica. Domínio protéico: é o resultado de qualquer parte da cadeia protéica que se pode enovelar independentemente, para formar uma estrutura compacta estável. Os diferentes domínios de uma proteína estão associados a diferentes funções. As proteínas extracelulares são freqüentemente estabilizadas por ligações covalentes: são as ligações dissulfeto (S-S entre cadeias laterais de cisteína) que se formam nas proteínas a medida que elas estão sendo exportadas para fora da célula. As proteínas podem ser classificadas em famílias: cada membro apresenta uma seqüência de aminoácidos e uma conformação tridimensional que é similar a todos os outros membros da família. Enzimas: são moléculas protéicas dotadas da propriedade de acelerar intensamente determinadas reações químicas. Muitas enzimas necessitam de cofatores para funcionarem que podem ser um íon metálico ou uma molécula (coenzima) Enzima (apoenzima inativa) + cofator = holoenzima A atividade enzimática é sensível a diversos fatores: -Temperatura; -Concentração do substrato; -Presença de ativadores (um exemplo de um ativador enzimático atuando neste sentido é a frutose 2,6-bisfosfato, a qual ativa fosfofrutoquinase 1 e aumenta a taxa de glicólise em resposta ao hormônio glucagon) ou inibidores. Inibição competitiva Inibição não-competitiva L-treonina Proteína alostérica Regulação alostérica Os sítios de ligação dos anticorpos são especialmente versáteis Funções das proteínas: -São enzimas; -Componentes da membrana plasmática, formando canais e bombas; -São mensageiros químicos (ex: fatores de crescimento); -Atuam como partes móveis; -Anticorpos; -Toxinas; -Hormônios; -etc. Obs: o que determina a função de uma proteína é a sua estrutura. NUCLEOTÍDEOS E ÁCIDOS NUCLÉICOS Nucleotídeo é uma molécula constituída de um composto que possui um anel contendo nitrogênio que se liga a um açúcar de cincocarbonos ligadas a um ou mais grupos fosfato. NH2 a Os nucleotídeos que contêm a ribose são ribonucleotídeos. Os que contêm a desoxirribose são desoxirribonucleotídeos. Funções dos nucleotídeos: -Podem agir como carreadores de energia química; -Unidades constitutivas dos ácidos nucléicos; -Combinam-se com outros grupos para formar coenzimas; -São utilizados pelas células como moléculas de sinalização específica. Podem agir como carreadores de energia química Ligação fosfodiéster Unidades constitutivas dos ácidos nucléicos Combinam-se com outros grupos para formar coenzimas Ex: A adrenalina age no coração provocando aumento no ritimo cardíaco e na força de contração via cAMP. São utilizados pelas células como moléculas de sinalização específica. Ácidos nucléicos são polímeros longos nos quais as subunidades de nucleotídeos estão covalentemente ligados pela formação de uma ligação fosfodiéster entre os grupos fosfatos ligados ao açúcar de um nucleotídeo e o grupo hidroxila do açúcar do nucleotídeo seguinte. Ligação fosfodiéster Existem dois tipos de ácidos nucléicos: DNA ácido desoxirribonucléico RNA ácido ribonucléico Constituintes do DNA Constituintes do RNA O DNA está na forma de uma molécula de fita dupla composta de duas cadeias polinucleotídicas posicionadas de maneira antiparalela que são mantidas juntas por pontes de hidrogênio. O DNA está associado a proteínas histonas na célula eucariótica. Em certos vírus o DNA pode aparecer como fita única. Nas células o RNA geralmente ocorre na forma de uma cadeia única. Estrutura do RNA transportador para o aminoácido fenilalanina LIPÍDIOS Lipídios são compostos de carbono extraídos de células e tecidos por solventes orgânicos não-polares – como éter, clorofórmio e benzeno. De acordo com suas funções existe duas categorias: -lipídios de reserva nutritiva; -lipídios estruturais. Temos ainda: -Vitaminas A,D,E e K; -Hormônios esteróides. Lipídios de reserva nutritiva: As reservas de natureza lipídica compõem-se de gorduras neutras. Estes são compostos de ácidos graxos com o triálcool glicerol ou glicerina, formando triacilglicerol ou triglicerídeos. Lipídios estruturais: comumente encontrados em todas as membranas celulares. Possuem duas extremidades: polar (hidrofílica) com carga elétrica e apolar (hidrofóbica) não-ionizada. Os lipídios que exercem essencialmente papel estrutural são: -fosfolipídios (fosfoglicerídeos e esfingolipídios); -glicolipídios; -colesterol. Lipídios estruturais: comumente encontrados em todas as membranas celulares. Possuem duas extremidades: polar (hidrofílica) com carga elétrica e apolar (hidrofóbica) não-ionizada. Os lipídios que exercem essencialmente papel estrutural são: -fosfolipídios (fosfoglicerídeos e esfingolipídios); -glicolipídios; -colesterol. Fosfoglicerídeos: fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina e fosfatidilinositol. São moléculas anfipáticas Fosfatidilcolina Esfingolipídio: Ex: esfingomielina (colina + ácido fosfórico + esfingosina + ácido graxo). Abundante nas bainhas de mielina do tecido nervoso. Glicolipídios: glicídio (ex: D-galactose) + glicerol + 2 ácidos graxos. São receptores da superfície celular. Cerebrosídios: São glicoesfingolipídios (esfingosina + AG + glicídio; ex: D-galactose) Colesterol: é um esterol, presente na membrana plasmática das células animais, diminuindo a fluidez de membrana. Nos lipídios as interações hidrofóbicas são importantes: -Permitem a formação da bicamada lipídica das membranas celulares; -Fixação de proteínas integrais de membrana; -Transporte de lipídios no plasma.
Compartilhar