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USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS A HISTÓRIA Esse processo foi inicialmente utilizado por volta dos anos 50 pelo físico alemão Karl-Heinz Steigerwald, quando as primeiras construções nucleares passaram a exigir a soldagem isenta de oxidação de materiais reativos como o titânio e o zircônio. COMO FUNCIONA Esse método baseia-se no princípio de que o bombardeamento de elétrons gera energia, ou seja, quando os elétrons são acelerados e concentrados em um feixe, é produzida uma intensa energia cinética. O mecanismo pelo qual os feixes concentrados penetram na peça não é completamente conhecido. Entretanto, sabe-se que a energia altamente concentrado feixe de elétrons vaporiza instantaneamente o material no ponto de impacto. O material derretido ao redor do ponto de impacto é rapidamente ejetado pela pressão do vapor sendo, dessa forma, removido do material. A convergência do feixe pode ser ajustada por meio de lentes magnéticas. [bomba de vácuo] [bobinas] [lentes magnéticas] [feixe de elétrons] [peça] [visor] [Fonte de alta tensão] [câmara de vácuo] [diafragma] [ânodo] [válvula] [cátodo] Fonte de alta tensão: Alimenta o sistema, acelerando os elétrons numa velocidade de 0,2 até 0,7 da velocidade da luz. Ânodo e cátodo: Os elétrons acelerados atravessam o cátodo e ânodo. Lentes magnéticas: através destas lentes é feita a focalização dos elétrons. Bobinas: Por essas bobinas passa uma corrente elétrica que gera um campo magnético e, este campo magnético interfere no feixe permitindo o ajuste do foco. EQUIPAMENTO O sistema é parecido com o EBW – HV: câmara de vácuo, manipulador da peça e sistema de controle. Exceção ao canhão de elétrons e fonte. CANHÃO DE ELÉTRONS - Gerar, dar forma e defletir o feixe de elétrons para a peça; - Só operada em forma pulsada; - O feixe passa por uma abertura (pinhole) para retirar elétrons espúrios da periferia do feixe (melhor foco, maior densidade de energia); - Tem também proteção contra respingos/vapores (série de discos rotativos sincronizados com a pulsação do feixe); - Fonte de energi: 150kV; até 12kW e 120J/pulso; - Para evitar descargas, os componentes de alta tensão são imersos em óleo dielétrico. VANTAGENS - Altas taxas de furação (até 4000 furos/s); - Fura qualquer material; - Sem distorção térmica ou mecânica; - Parâmetros controlados via computador; - Grande precisão. DESVANTAGENS - Equipamento caro; - Tempo de não produção para fazer vácuo (lead-time); - Camada refundida; - Requer grande conhecimento do operador; - Até 10mm de espessura; - Tamanho limitado da peça à câmara de vácuo; - Requer proteção contra raio-x. CONCLUSÃO Apesar de sua aplicação ser de alta produção, o custo elevado do equipamento, torna inviável a usinagem por feixe de elétrons na maioria dos casos, principalmente nos casos que o valor agregado do produto não supera a responsabilidade técnica do mesmo, porém há materiais e equipamentos que necessita de sua qualidade e precisão, como por exemplo peças da indústria nuclear, aeroespacial e naval. Para garantir o perfeito funcionamento e um tempo de vida maior para o equipamento é recomendado a usinagem por feixe de elétrons, pois garante com perfeição os padrões exigidos internacionalmente.