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04 HUMANISTICA 56 DISCURSIVAS

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HUMANISTICA, SOCIOLOGIA E FILOSOFIA 
56 discursivas = 53 
 
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Defensoria Pública Estadual - DPE-BA - Ano: 2017 - Banca: 
FCC - Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - 
͞Dispositivo iŵpoƌtaŶte, pois autoƌiza e desiŶvidualiza o 
poder. Este tem seu princípio não tanto numa pessoa 
quanto numa certa distribuição concertada dos corpos, das 
superfícies, das luvas e, dos olhares; uma aparelhagem 
cujos mecanismos internos produzem a relação na qual se 
encontram presos os indivíduos. as cerimônias, os rituais, 
as marcas pelas quais se manifesta no soberano o mais 
poder são inúteis. Há uma maquinaria que assegura a 
dissimetria, o equilíbrio, a diferença. Pouco importa, 
consequentemente, quem exerce o poder" (FOUCALT, M. 
Vigiar e punir. 2007 p.167). No trecho citado, Michel 
Focault refere-se ao "dispositivo panóptico". Acerca deste 
dispositivo , segundo as análises do filósofo na obra vigiar 
e punir , pergunta-se: a- quais seus principais efeitos em 
instituições como, por exemplo, a prisão? ; b- o dispositivo 
panóptico está relacionado a quais mecanismos de poder? 
Explique. (Elabore sua resposta definitiva em até 30 linhas) 
- Resposta: Na avaliação das provas discursivas de 
caráter específico serão considerados o acerto das 
respostas dadas, o grau de conhecimento do tema 
demonstrado pelo (a) candidato (a), a fluência e a 
coerência da exposição e a correção (gramatical e 
jurídica) da linguagem. Abordagem esperada: A- 
apresentar os seguintes efeitos do dispositivo panóptico 
em instituições como, a prisão: - a criação de um sistema 
de visibilidade axial e a invisibilidade lateral, que tem por 
resultado imediato a garantia da ordem; - a indução, no 
detento, de um estado conheci em ti e permanente de 
visibiliza, que assegura o funcionamento automático do 
poder; - a sujeição real dos indivíduos, que decorre 
mecanicamente de uma relação fictícia, sendo 
desnecessário recorrer-se a força para obtenção dos 
comportamentos esperados; - um estabelecimento de 
diferenças e de classificações entre os indivíduos em 
função de suas características e de seu comportamento; - 
atuação sobre o comportamento dos indivíduos, 
permitindo realizar sobre esse comportamento 
experiências, modificações e treinamentos. B - indicar que 
o dispositivo panóptico está relacionado , segundo as 
análises de Foucault, aos mecanismos do poder 
disciplinar: - a explicação consiste em mostrar que tal 
dispositivo permite a concretização da disciplina dos 
corpos, na medida em que, por meio de um sistema de 
visibilidade completo e ininterrupto, favorece o controle 
das atividades dos indivíduos, controle do tempo, o 
controle dos comportamentos de cada um e o conjunto 
dos indivíduos, a produção de um saber sobre cada um e 
sobre o conjunto dos indivíduos. 
Defensoria Pública Estadual - DPE-BA - Ano: 2017 - Banca: 
FCC - Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - ͞Tal 
como todos os agrupamentos políticos que historicamente 
o procederam, o Estado consiste em uma relação de 
dominação do homem sobre o homem, fundada no 
instrumento da violência legítima (isto é, da violência 
considerada como legítima). O Estado só pode existir, 
portanto, sob condição de que os homens dominados se 
submetam a autoridade continuamente reivindicada pelos 
dominadores. (Weber, M. Ciência e política. Duas 
vocações. 2013 p. 57). O trecho acima infere-se na análise 
realizada por Max Weber, no ensaio "A política como 
voĐaçĆo͟, soďƌe a foƌŵa de agƌupaŵeŶto polítiĐo 
denominado Estado. acerca desta análise, pergunta-se: a - 
em que termos Weber explica a relação entre o Estado e a 
violência em nossos dias?; b - Segundo Weber, existem em 
princípio "três razões internas que justificam a dominação" 
, existindo , consequentemente , três fundamentos da 
legitimidade. Quais são elas? Explique. (Elabore sua 
resposta definitiva em até 30 linhas) 
- Resposta: Na avaliação das provas discursivas de 
caráter específico serão considerados o acerto das 
respostas dadas , o grau de conhecimento do tema 
demonstrado pelo (a) candidato (a), a fluência e a 
coerência da exposição e a correção (gramatical e 
jurídica) da linguagem. Abordagem esperada: A- mostrar 
que , segundo Weber , que é violência não seja o único 
instrumento de que o estado se vale, ela é seu 
instrumento específico. Para o autor, o Estado 
contemporâneo deve ser concebido como uma 
comunidade humana que, nos limites de um determinado 
território, reivindica "o monopólio do uso legítimo da 
violência física". Desse modo, seria próprio de nossa 
época o reconhecimento do direito de fazer o uso da 
violência somente nos casos em que o Estado o tolere. Em 
outros termos, o estado se transforma na única fonte do 
"direito" à violência. B - Explicar que , segundo Weber , as 
razões internas que justificam a dominação são as 
seguintes: - a autoridade que se funda em dono de 
pessoais e extraordinários de um indivíduo, ensejada pela 
devoção e pela confiança estritamente pessoais 
depositadas em alguém que ser singulariza por 
qualidades prodigiosas ou por heroísmo. Tal é o poder 
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carismático, exercido pelo profeta e, no domínio político, 
pelo dirigente guerreiro eleito, pelo soberano escolhido 
através do plebiscito, pelo grande demagogo ou pelo 
dirigente de um partido político. - a autoridade do 
passado eterno, ou seja, os costumes santificados pela 
validez imemorial e pelo hábito enraizado nos homens, de 
respeitá-los. Tal é o poder tradicional, outrora exercido 
pelo patriarca ou o senhor de terras; - a autoridade que 
se impõe em razão da legalida, em função da crença na 
validez de um estatuto legal e de uma competência 
positiva, fundada em regras racionalmente estabelecidas. 
Tal é o poder legal, exercido pelo servidor do Estado. 
Magistratura Estadual - TJRS - Ano: 2016 - Banca: FAURGS 
- Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - A 
evolução do direito implicou uma mudança de paradigma 
na maneira de lidar com os conflitos, especialmente no 
sentido do reconhecimento da autocomposição em 
relação à tradicional forma heterocompositiva para a 
resolução de litígios. A) Com base na afirmação acima, 
explique tecnicamente o que constitui: i) 
heterocomposição; ii) autocomposição. B) Estabeleça, a 
partir da concepção trazida pelo Novo Código de Processo 
Civil, em vigor a partir de março de 2016, duas (2) 
diferenças entre os mecanismos de mediação e 
conciliação. C) A mediação e a conciliação são 
instrumentos efetivos de pacificação social, solução e 
prevenção de litígios, e a sua apropriada disciplina em 
programas já implementados no país tem reduzido a 
excessiva judicialização dos conflitos de interesses, a 
quantidade de recursos e de execução de sentenças (Res. 
125/2010, CNJ). A partir da referida Resolução (125/2010), 
explique, sob a ótica da Psicologia Judiciária, como o 
mecanismo não adversarial, confidenciale voluntário, no 
qual um terceiro (imparcial) facilita e auxilia a construção 
de soluções mutuamente satisfatórias, pode aproximar o 
tempo da resolução do conflito jurídico (fático, externo, 
cronológico) e o tempo da elaboração do conflito 
psicológico (emocional, interior e lógico). 
Magistratura Federal - TRF4 - Ano: 2016 - Banca: TRF4 - 
Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - O jurista 
J.C. Gray (The NatureandSourcesof Law, 1902) dizia que 
͞as leis sĆo foŶtes do Diƌeito, e ŶĆo paƌtes do Diƌeito͟. áo 
seu lado, J. Austin (The 
ProvinceofJurisprudenceDeteƌŵiŶed, ϭ9ϯϮͿ fƌisava Ƌue ͞o 
diƌeito ĐoŶstituĐioŶal Ġ apeŶas a ŵoƌal positiva͟, eŶƋuaŶto 
Hans Kelsen (Theoryof Law andState, 1949) visualizava por 
inteiro um sistema jurídico-legal e, assim, enfatizava que 
͞a pƌiŵeiƌa Ŷoƌŵa geŶuíŶa iŶstituiŶdo a saŶçĆo está 
ĐoŶtida Ŷa seguŶda, e assiŵ poƌ diaŶte͟. EŶtĆo, paƌa H.L.á. 
Hart (O Conceito do Direito, 1961), o Direito passou a ser 
͞uŵa uŶiĆo de ƌegƌas pƌiŵĄƌias e seĐuŶdĄƌias͟. Poƌ sua 
vez, em A Justiça de Toga, Ronald Dworkin, apegado à 
importância dos princípios e da própria e correta justiça 
aplicada nos tribunais, utilizou passagem histórica como 
figuƌa de ƌetſƌiĐa, paƌa ƌegistƌaƌ Ƌue, ͞QuaŶdo Oliveƌ 
Wendell Holmes era juiz da Suprema Corte, certa vez ele 
deu carona ao jovem LearnedHand, quando ia para o 
trabalho. Ao chegar a seu destino, Hand saltou, acenou 
para a carruagem que se afastava e gritou alegremente: 
͚Faça justiça, juiz!͛ Holŵes pediu paƌa o ĐoŶdutoƌ Ƌue 
paƌasse e voltasse, paƌa a suƌpƌesa de HaŶd. ͚NĆo Ġ esse o 
ŵeu tƌaďalho!͛, disse Holŵes, deďƌuçado na janela. A 
carruagem então fez meia-volta e partiu, levando Holmes 
para o trabalho, que, supostamente, não consistia em 
fazeƌ justiça͟. Paƌa ŵuitos e, eŵ espeĐial, paƌa álf ‘oss, 
͞hĄ uŵa ƌelaçĆo eŶtƌe o diƌeito vigeŶte e a ideia de 
justiça͟. PoƌtaŶto e sem dúvida, uma grande indagação 
jurídica por certo ainda persiste. Nesse sentido, disserte 
soďƌe ͞o Ƌue Ġ o diƌeito͟ e soďƌe ͞Đoŵo as ĐoŶviĐçƁes 
morais de um juiz podem influenciar seus julgamentos 
aĐeƌĐa do Ƌue Ġ o diƌeito͟. Eŵ sua ƌesposta deveƌĄ, 
necessariamente, também analisar e contextualizar: a) 
Justiça e Moral; b) Direito e Moral; c) Direito e Justiça; d) 
Política Jurídica. 
Magistratura Federal - TRF3 - Ano: 2016 - Banca: TRF3 - 
Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - A 
interpretação das normas jurídicas é uma matéria que se 
desenvolveu em três etapas fundamentais: a) a obra de 
Friedrich Schleiermacher, no início do século XIX; b) a 
hermenêutica clássica de Savigny, na segunda metade do 
século XIX, e ainda preponderantes na Alemanha atual; c) a 
Nova Hermenêutica, no século XX. O magistrado tem como 
parte essencial de seu oficio a interpretação das normas e 
a coerência argumentativa de suas decisões. Nesse 
sentido, responda: 1) Quais os critérios hermenêuticos 
clássicos de Savigny e como se deve operacionaliza-los na 
interpretação? 2) Qual o papel da lei na interpretação da 
norma? É possível desconsiderá-la na interpretação? Por 
que? 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2016 - Banca: VUNESP 
- Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - 
CoŶheĐido juƌista aleŵĆo ĐoŶsideƌa Ƌue ͞á ƋualifiĐaçĆo 
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jurídica da revolução é determinada pelo êxito. Se 
fracassarem a sua relevância é jurídico-penal, se 
triunfarem têm uma relevância jurídico-polítiĐa ;...Ϳ.͟ 
(ZIPPELIUS, Reinhold, Teoria Geral do Estado. Lisboa: 
Calouste Gulbenkian, 1997, trad. COUTINHO, 
KarinnPreefke-Aires Coutinho, coord. CANOTILHO, J. J. 
Gomes). Partindo do pressuposto de que a tese está 
correta, justifique-a sinteticamente. 
Magistratura do Trabalho - TRT15 - Campinas - Ano: 2011 
- Banca: TRT15 - Disciplina: Humanística - Assunto: 
Humanística - REDAÇÃO - ͞á" foi daŶçaƌiŶa e atƌiz de sedžo 
edžplíĐito eŵ uŵ teatƌo "B" ͞B͟. ápƌeseŶtava-se todas as 
noites, em um show ao vivo, de terça-feira a domingo, das 
22:00 às 2:00. trabalhou durante um ano e meio e ao cabo 
deste período foi dispensada imotivadamente. "A", 
ingressou com ação trabalhista em face do teatro "B" 
postulando o reconhecimento do vínculo empregatício e a 
paga de todas as verbas laborais decorrentes. O juiz, 
profundamente religioso, exitou em proferir sentença 
favorável a reclamante, dado que estaria assim, a seu ver, 
chancelando ato pecaminoso. A luz da tradição filosófica 
de reflexo Acerca das escolhas morais, presente, por 
exemplo, nas obras de Aristóteles, Kant e Foucault, como 
você acha que o juiz deve agir? Em sua redação discorra 
sobre a influência, no ato de julgar, dos valores morais, da 
ética profissional, das crenças religiosas, da ideologia, das 
opiniões políticas e do ateísmo. 
Magistratura do Trabalho - TRT15 - Campinas - Ano: 2015 
- Banca: TRT15 - Disciplina: Humanística - Assunto: 
Humanística - A ideia de justiça é um sentimento, um valor 
ou um direito? O que é justiça distributiva e justiça 
corretiva ou comutativa? A justiça se alcança pelos 
padrões de mérito, da capacidade ou da necessidade? 
Magistratura Federal - TRF3 - Ano: 2015 - Banca: CESPE - 
Disciplina: Humanística - Assunto: Humanística - A 
interpretação das normas jurídicas em uma matéria que se 
desenvolveu em três etapas fundamentais: a- a obra de 
Friedrich Schleiermacher, no início do século XIX. B - A 
hermenêutica clássica de Savigny, na segunda metade do 
século XIX, na segunda metade E ainda preponderantes na 
Alemanha atual. C - a nova hermenêutica, no século XX. O 
magistrado tem como parte essencial de seu ofício a 
interpretação das normas e a coerência argumentativa de 
suas decisões. nesse sentido responda: a - quais os 
critérios hermenêuticos clássicos de Savigny e como se 
deve operaliza-los na interpretação? B - Qual o papel da 
Lei na interpretação da Norma é possível desconsidera-la 
na interpretação? Por quê? 
Magistratura Estadual - TJDFT - Ano: 2016 - Banca: TJDFT - 
Disciplina: Humanística - Assunto: Teoria do Processo - 
Considere o texto a seguir e responda aos 
questionamentos que a ele segueŵ: ͞ás pƌiŶĐipais teoƌias 
da sociologia moderna são de tipo macrossociológico. (...). 
Duas são as principais correntes de teorias 
macrossociológicas: as teorias funcionalistas e as do 
conflito social. (...) Os funcionalistas consideram a 
sociedade como uma gƌaŶde ͚ŵĄƋuiŶa͛. Esta distƌiďui 
papeis e recursos aos seus membros, que são identificados 
Đoŵo as ͚peças da ŵĄƋuiŶa͛. á fiŶalidade da soĐiedade Ġ a 
sua reprodução por meio do funcionamento perfeito de 
seus vários componentes. (...) As teorias do conflito social 
entendem que na sociedade agem grupos com interesses 
estruturalmente opostos, que se encontram em situação 
de desigualdade e em luta perpétua pelo poder. (...) De 
uma forma geral, os teóricos do conflito explicam o 
funcionamento social usando a hipótese da estratificação 
soĐial͟. ;áŶa LuĐia “aďadell, IŶ MaŶual de “oĐiologia 
Jurídica, 6ª Edição, Ed. RT, SP, 2014). a) Faça breve 
definição de controle social, indicando as suas finalidades, 
tendo em conta a perspectiva liberal-funcionalista e a 
perspectiva da teoria do conflito social. b) Cite pelo menos 
quatro características do controle social realizado pelo 
Direito, sob a ótica funcionalista, explicando-as. Organize 
sua ƌesposta eŵ iteŶs ;͞a͟ e ͞ď͟Ϳ, eŵ ĐoƌƌespoŶdġŶĐia aos 
questionamentos acima. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJRR - Ano: 2015 - 
Banca: FCC - Disciplina: Formação Humanística͞Eŵ suŵa, 
pode-se dizer que, na verdade, a questão da lacuna e dos 
limitesà integração é uma espécie de invenção do 
pensamento dogmático que permite, de um modo 
controlado, a decidibilidade de conflitos não regulados de 
forma positiva. O direito positivado pressupõe uma 
tendência em estreitar, em nome de valores da certeza e 
da segurança, o campo de atuação do intérprete. Ora, o 
conceito dogmático da lacuna, dos meios de integração e 
dos seus limites confere ao intérprete a possibilidade de se 
valer de fatores extra-positivos como se fossem positivos 
ou, ao menos, positiváveis. Ou seja, o conceito de lacuna 
alarga o campo da positividade a partir dele próprio. Ele 
funciona como uma regra permissiva, doutrinária, que 
autoriza o intérprete a se valer dos meios de integração 
nos limites que a própria doutrina parece reconhecer, mas 
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na verdade estabelece: em caso de lacuna pode o 
intérprete... Assim, embora a lacuna seja definida como 
omissão ou falta de norma no ordenamento os fatores 
extra-positivos, como os ideais de justiça, as exigências de 
equidade, os raciocínios quase-formais. Ou seja, embora o 
conceito designe falta, ele oculta a superabundância de 
normas, assegurando-se, destarte, um dos princípios 
caracterizadores do legislador racional: a 
oŵŶiĐoŵpƌeeŶsividade͟ ;TĠƌĐio “aŵpaio Feƌƌaz JúŶioƌ, 
introdução ao Estudo do Direito. São Paulo, Atlas, 1996, 2ª 
edição, p. 307). Em sua abordagem do tema da 
interpretação do Direito, Tércio Sampaio Ferraz Júnior, no 
trecho acima citado, faz referência à questão da integração 
do Direito. Relativamente ao entendimento deste autor 
sobre o assunto, responda: a. A que se refere a integração 
do Direito? Explique. b. Considerando os diferentes modos 
de integração do Direito, identifique e explique os 
Đhaŵados iŶstƌuŵeŶtos ͞Ƌuase-lſgiĐos͟ de iŶtegƌaçĆo. Đ. 
Considerando os diferentes modos de integração do 
Direito, indique e explique os chamados instrumentos 
͞iŶstituĐioŶais͟ de iŶtegração. (Elabore sua resposta 
definitiva em até 30 linhas) 
 - Espelho: a. A integração do Direito refere-se à 
possibilidade de, por via hermenêutica, suprirem-se as 
lacunas do ordenamento. Segundo a dogmática 
hermenêutica, admita a incompletude do sistema 
normativo, ou seja, admita a existência de lacuna no 
ordenamento, caberá perguntar pelos modos de 
integração do direito e pelos limites impostos ao 
intérprete na tarefa de realizar esta integração. b. 
Indicação e explicação, segundo a caracterização 
realizada por Tércio Sampaio Ferraz Júnior, dos três 
instrumentos ͞ƋuaseàlſgiĐos͟àdeàiŶtegƌaçãoàdoàDiƌeito:àaà
analogia, a indução amplificadora e a interpretação 
extensiva. A analogia se dá quando uma norma, 
estabelecida para uma determinada situação fática, é 
aplicável a uma conduta para qual não há norma, 
havendo entre ambos os supostos fáticos uma 
semelhança. A indução amplificadora, conjulgando os 
métodos da indução e da dedução, parte de casos 
particulares para obter uma generalização, da qual 
resultam princípios que serão aplicados, dedutivamente, 
a outros casos. A interpretação extensiva parte de uma 
norma existente na sua própria letra ou explicitamente 
no seu espírito. Estes três instrumentos exigem alguma 
forma de procedimento analítico e têm uma aparência de 
raciocínio formal. c. Indicação e explicação, segundo a 
caracterização realizada por Tércio Sampaio Ferraz júnior, 
dosà tƌġsà iŶstƌuŵeŶtosà ͞iŶstituĐioŶais͟à deà iŶtegƌaçãoà doà
Direito: os costumes, os princípios gerais do direito e a 
equidade. O costume, que envolve tradições, crenças e 
opiniões, consiste na força conferida ao tempo e ao uso 
reiterado como reveladores de normas. Os princípios 
gerais do direito, diferentemente das normas, não são 
elementos do repertório do sistema normativo, mas 
fazem parte de suas regras estruturais, ou seja, dizem 
respeito à relação entre as normas no sistema, ao qual 
conferem coesão. A equidade pode ser caracterizada 
como o sentimento do justo concreto, em harmonia com 
as circusntâncias e adequado ao caso a que se refere. 
Estes três instrumentos apoiam-se na concepção de 
instituição e expressão argumentos materiais. 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-SP - Ano: 
2015 - Banca: FCC - Disciplina: Formação 
Humanística͞EstƌaŶhaŵeŶte, a história do 
encarceramento não segue uma cronologia ao longo da 
qual se sucedem logicamente: o estabelecimento de uma 
penalidade de detenção, depois do registro de seu 
fracasso, depois a lenta subida dos projetos de reforma, 
que chegar em uma definição mais ou menos coerente de 
técnica penitenciária, a implantação desse projeto, enfim a 
constatação de seus sucessos ou fracassos. houve na 
realidade uma superposição ou em todo caso uma 
distribuição desses elementos. e do mesmo modo que o 
projeto de uma técnica corretiva acompanhou o princípio 
de uma detenção punitiva, a crítica da prisão e de seus 
métodos aparece muito cedo (...)". (FOUCAULT, M. Vigiar e 
punir. São Paulo, Vozes, 1999, p.221). O trecho citado 
acima auxilia a compreender uma das importantes teses 
desenvolvidas pelo filósofo Michel Foucault em sua vigiar e 
punir, a saber: que a prisão, tal como configurado a partir 
do início do século XIX, ao mesmo tempo em que foi 
denunciada desde a sua origem como um fracasso da 
Justiça penal, tornou-se um sucesso institucional, uma vez 
que se tornou a forma punitiva que mais se difundiu e se 
multiplicou na época moderna. Explique essa tese, 
respondendo as seguintes indagações: a - Quais as 
principais críticas interessadas a prisão que, segundo as 
análises de Foucault , são contemporâneas a sua criação e 
consolidação no início do século XIX? Diante destas 
críticas, a que conclusão chega o filósofo? b - Por que, 
segundo a perspectiva de Michel Foucault , apesar de ter 
sido denunciado como um fracasso penal, a prisão 
manteve-se e difundiu-se, tornando-se uma forma punitiva 
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generalizada a partir do século XIX? (Elabore sua resposta 
definitiva em até 25 linhas). 
- Espelho: ABORDAGEM ESPERADA: a resposta deverá, 
em seu conjunto, explicar a seguinte tese de Michel 
Foucault, presente na obra Vigiar e punir: desde a sua 
origem, a prisão (pena de encarceramento) pode ser 
considerada um fracasso penal, na medida em que não 
teria conseguido combater efetivamente a prática dos 
crimes, por outro lado, a prisão difundiu-se e consolidou-
se como a principal forma punitiva da época moderna 
(século XIX e XX), na medida em que se configurou como 
uma instituição disciplinar. Para tanto, o candidato 
deverá responder as duas indagações propostas, do modo 
como se segue: 1 - citar e explicar brevemente as 
principais críticas interessadas a prisão que, segundas 
análise de Michel Foucault, são contemporâneas a sua 
criação e consolidação no início do século XIX. Estas 
críticas são as seguintes: a - as prisões não diminuem a 
taxa de criminalidade; pode-se aumentá-las, multiplicá-
las ou transformá-las (as prisões), a quantidade de crimes 
e criminosos permanece estável ou aumenta. b - a 
retenção provoca a reincidência, depois de sair da prisão, 
se tem mais chance que antes de voltar para ela, os 
condenados são, em proporção considerável, antigos 
detentos. c - a prisão fábrica delinquentes: pelo tipo de 
existência que faz os detentos levarem, pela imposição de 
limitações violentas, pelo seu próprio funcionamento, s 
que se desenrolano sentido do abuso do poder. d - a 
prisão favorece a organização de um meio de 
delinquentes solidários entre si, hierarquizadas, prontos 
para cumplicidades futuras. e - as condições dadas aos 
detentos liberados condená-os fatalmente a reincidência: 
Porque estão sob a vigilância da polícia, porque tem 
designação de domicílio, ou proibição de permanência, 
porque só saem da prisão com o documento que tem de 
mostrar onde vão e que menciona a condenação que 
sofreram. f - a prisão fábrica indiretamente à 
delinquência, ao fazer a família do detento cair na 
miséria. A conclusão a que chegou ficou diante destas 
críticas consiste em que, desde a sua origem, a prisão 
moderna foi denunciada como um fracasso penal. 2 - o 
candidato deverá explicar que , segundo a perspectiva de 
Michel Foucault , apesar de ter sido denunciada como um 
fracasso no combate aos crimes (fracasso penal), a prisão 
manteve se difundiu se, tornando-se a principal forma 
punitiva da época moderna (sucesso institucional), acima 
de tudo porque ela se constituiu como uma instituição 
disciplinar. Isto significa que, através dos mecanismos de 
normalização, a instituição - prisão: a - não se destina a 
suprir as infrações, mas antes a distingui-las, a distribuí-
las, a utilizá-las. b - Visa não tonto tornar dóceis os que 
estão prontos a transgredir as leis, mas tende a organizar 
a transgressão das leis numa prática geral das sujeições. c 
- corresponde à forma geral de uma aparelhagem para 
tornar os indivíduos dóceis e úteis, através de um 
trabalho preciso sobre o seu corpo. 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-SP - Ano: 
2015 - Banca: FCC - Disciplina: Formação Humanística Ao 
discutir sobre o "caráter científico" da Ciência do Direito, 
Tércio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do 
Direito, faz importantes considerações a respeito contra 
relativamente a essas considerações, responda: a - de que 
forma o autor problematiza o uso da ideia de 
sistematicidade como argumento para a afirmação da 
cientificidade da Ciência do Direito? b - Quais as principais 
considerações do autor acerca da Ciência do Direito 
compreendida como ciência interpretativa? c - Quais as 
principais considerações do autor acerca da Ciência do 
Direito compreendida como ciência normativa? (elabore 
sua resposta definitiva em até 25 linhas). 
- Espelho: ABORDAGEM ESPERADA: o candidato deverá 
apresentar as considerações de Tércio Sampaio Ferraz 
Júnior acerca do "caráter científico" da Ciência do Direito, 
segunda perspectiva desenvolvida pelo autor na obra A 
Ciência do Direito. Paratanto , deverá responder aos três 
itens solicitados pela questão tal como se segue: 1 - em 
sua resposta ao item 1 , o candidato deverá mostrar que 
o autor problematiza o uso da ideia de "sistematicidade" 
como argumento para a afirmação da cientificidade da 
Ciência do Direito da seguinte maneira: a - constatou que 
o caráter científico da ciência do direito foi comumente 
afirmado por entender-se que ela comporta 
conhecimentos sistemáticos , ou seja , conhecimentos 
metodicamente obtidos e comprovados. b - assim 
considera, a ciência do direito corresponderia a uma 
atividade ordenada segundo princípios próprios e regras 
peculiares, que por vezes procura o seu modelo nas 
chamadas ciências da natureza. c - este recurso ao 
modelo das ciências da natureza, que teria sido 
efetivamente utilizado sobretudo no século XIX, em parte 
conduziu o jurista a ocupar se apenas das relações lógico 
formais dos fenômenos jurídicos , deixando muitas vezes 
de lado o seu conteúdo empírico e axiológico. 2 - em sua 
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resposta ao item 2, o candidato deverá mostrar que , 
segundo o autor uma vez que comumente a ciência do 
direito é vista pelos juristas como uma atividade 
sistemática que se volta principalmente para as normas , 
a necessidade de captação da norma na sua situação 
concreta faria da ciência jurídica uma ciência 
interpretativa. Nessesentido, à ciência do direito teria por 
tarefa interpretar textos e situações a ela referidos, 
tendo em vista uma finalidade prática. 3 - em sua 
resposta ao item 3, o candidato deverá mostrar que , 
segundo o autor , as teorias jurídicas da ciência do 
direito, como usualmente esta é praticada, comportam 
enunciados de natureza prescritiva. Nestesentido, à 
ciência do direito, além de interpretativa, apresenta-se 
também como ciência normativa. Na medida em que o 
jurista expõe diversas teorias referentes a um problema 
jurídico qualquer, ele não se limita a levantar 
possibilidades de, mas é forçado a realizar, por vezes, 
uma opção decisória. "isto porque (conforme afirma 
Tércio Sampaio Ferraz Júnior) sua intenção não é apenas 
conhecer , mas também conhecer tendo em vista as 
condições de aplicabilidade da Norma enquanto modelo 
de comportamento obrigatório". 
Magistratura Federal - Concurso: TRF5 - Ano: 2015 - 
Banca: CESPE - Disciplina: Formação Humanística 
Considerando a proibição do venire contra factum 
proprium (proibição de comportamento contraditório), 
responda, de forma fundamentada, qual norma jurídica 
deve nortear o julgamento, na esfera administrativa, de 
um caso que verse sobre relação jurídica continuada: (i) a 
norma cristalizada na jurisprudência do órgão julgador à 
época em que ocorreram os fatos jurídicos; (ii) a norma 
cristalizada na jurisprudência do órgão julgador à época do 
julgamento; ou (iii) outra solução. 
 - Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJAL - Ano: 2015 - 
Banca: FCC - Disciplina: Formação Humanística Dentre os 
temas clássicos da Sociologia Jurídica estão "Controle 
Social e o Direito" e "Direito e Transformação Social". Com 
vários trabalhos de sua autoria publicado no Brasil e 
significativa e qualitativa produção doutrinária nacional 
sobre sua obra, Niklas Luhmann é reconhecido como um 
dos mais destacados sociólogos do direito das últimas 
décadas. Luhmann parte do pressuposto de que a 
sociedade moderna é complexa e diferenciada 
funcionalmente. Com base nessas noções, define o sistema 
juƌídiĐo Đoŵo "opeƌativaŵeŶte feĐhado" e͟ 
cognitivamente aberto". A teoria de Luhmann reconstitui, 
em bases originais, os debates sobre a função social do 
direito e suas relações com o controle e à mudança social. 
a partir dessas colocações , responda: a - O que se entende 
por "complexidade"? b - O Ƌue sigŶifiĐa ͞difeƌeŶĐiaçĆo 
fuŶĐioŶal͟? Đ - O que quer dizer com a afirmação segundo 
a qual o direito é sistema "operativamente fechado"? d - O 
que significa "abertura cognitiva do sistema jurídico"? 
(Elabore sua resposta definitiva em até 30 linhas) 
 - Espelho: ABORDAGEM ESPERADA: Na correção e 
julgamento das Provas Discursivas e de Sentença, a 
comissão Examinadora indicada pela Fundação Carlos 
Chagas considerará, em cada questão, o conhecimento 
sobre o tema, a utilização correta do idioma oficial e a 
capacidade de exposição. A - complexidade significativa 
excesso de possibilidades de comunicação, o que conduz à 
necessidade de "mecanismos seletivos" expõe o processo 
social a "elevada contingência". b - na sociedade 
contemporânea, a comunicação desempenha diferentes e 
específicas funções. a "diferenciação funcional" é a forma 
de diferenciação social moderna. em outras épocas , a 
diferenciação social foi "segmentária" , "geográfica" ou 
por "estratificação". No contexto moderno, o sistema 
jurídico desempenha a função de "estabilização e 
generalização congruente de expectativas norŵativas͟.à
essa funçãodiferencia o direito de outros sistemas de 
comunicação. c - que as operações comunicativas do 
sistema jurídico mobilizam função, código comunicativo, 
elementos e centro de tomada de decisões específicos e 
internas ao sistema jurídico. d - que o sistema jurídico 
observa e é sensíveis "irritações" provenientes do 
ambiente externo ao sistema jurídico. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJSP - Ano: 2015 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Formação Humanística 
DISSERTAÇÃO - ͞O pƌofissioŶal do Diƌeito, ao construir 
soluções para os casos, tem um dever analítico. Não 
bastam boas intenções, não basta intuição, não basta 
invocar ou elogiar princípios; é preciso respeitar o espaço 
de cada instituição, comparar normas e opções, estudar 
causas e consequências, ponderar as vantagens e 
desvantagens. Do contrário viveremos no mundo da 
aƌďitƌaƌiedade, ŶĆo do Diƌeito.͟ á paƌtiƌ do tƌeĐho Đitado, 
disserte sobre a proposição nele contida, abordando os 
seguintes pontos: a) o enquadramento da propositura nas 
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escolas jusnaturalistas ou do positivismo jurídico; b) a 
relação que o texto estabelece entre princípios e normas; 
c) a relação que a solução baseada exclusivamente em 
princípios com os tipos de racionalidade jurídica expostos 
por Max Weber; d) o modo pelo qual o ƌespeito ͞ao 
espaço de Đada iŶstituiçĆo͟ ƌefeƌido Ŷo tedžto aĐaƌƌeta 
novos desafios para a legitimidade da jurisdição estatal. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Federal - Concurso: TJDFT - Ano: 2015 - 
Banca: CESPE - Disciplina: Formação Humanística Explique 
o Ƌue se eŶteŶde poƌ ͞Teoƌia do MíŶiŵo ÉtiĐo͟, 
abordando especialmente os seguintes aspectos: a) Qual 
sua importância para a filosofia do direito; b) Quais as 
principais críticas que se fazem a essa teoria; c) Qual ou 
quais teorias representam alternativas viáveis à Teoria do 
Mínimo Ético e as razões pelas quais dela se diferenciam. 
d) Fazer opção crítica pela teoria que entende mais 
adequada, explicitando os motivos que o levam a assim 
decidir. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJPE - Ano: 2015 - 
Banca: FCC - Disciplina: Formação Humanística O 
pluralismo jurídico é tema relevante para sociologia do 
direito. Boa Boaventura de Souza Santos, por exemplo, 
diferencia o pluralismo jurídico clássico do novo pluralismo 
jurídico, típico de sociedades urbanas industrializadas 
(Para uma revolução democrática da Justiça. São Paulo, 
Cortez, 3a edição, 2011). José Eduardo Faria aponta para a 
importância do pluralismo jurídico numa economia 
globalizada (O direito na economia globalizada. São Paulo, 
Malheiros,1999). Antônio Carlos Wolkmer identifica o 
pluralismo jurídico como fonte de produção de uma nova 
cultura jurídica participativa (Pluralismo Jurídico. 
Fundamentos de uma nova cultura no Direito. São Paulo, 
Alfa Omega, 3ª edição, 2001). Responda 
fundamentadamente: (i) o que é "pluralismo jurídico"? (ii) 
por que organização,industrialização, globalização e 
participação são temas identificados com o "pluralismo 
jurídico"? (iii) Quais as vantagens e desvantagens do 
"pluralismo jurídico" para o enfrentamento dos desafios 
do "Acesso à Justiça" e da resolução dos conflitos sociais 
na atualidade? (elabore sua resposta definitiva em até 30 
linhas). 
- Espelho: Abordagem esperada: na correção e 
julgamento da Prova Discursiva, a comissão examinadora 
considerará, em cada questão, o conhecimento sobre o 
tema, a utilização correta do idioma oficial é a 
capacidade de exposição. I- apresentação do conceito de 
pluralismo jurídico: sobreposição espacial intemporal de 
"normas jurídicas" estatais e não estatais. diferenciação 
entre monismo (estatalismo) e pluralismo jurídicos. 
Discussão sobre a pluralidade das fontes do direito. II - 
segundo os Defensores do pluralismo jurídico, a 
conflituosidade social moderna exige formas jurídicas 
dotadas de flexibilidade suficiente para responder as 
questões específicas que, muitas vezes, escapam a 
generalidade e abstração típicas das leis estatais. III - 
debate crítico sobre as virtudes e os problemas do 
pluralismo jurídico. Dentre as qualidades de, por 
exemplo, o destaque a maior aderência a padrões de 
comportamento social particulares e os cuidados com as 
necessidades econômicas de setores específicos.Dentre os 
problemas, identificação das incompatibilidades das 
normas de origem não estatal com os mecanismos de 
produção legislativa das democracias representativas e a 
multiplicação de conflitos entre normas provenientes de 
diferentes fontes, com a criação de dificuldades para 
manutenção da unidade e a consistência do ordenamento 
jurídico. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJMS - Ano: 2015 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Formação Humanística 
Segundo construção doutrinária do direito, devido, 
especialmente, ao trabalho teórico de juristas como 
Ronald Dworkin e Robert Alexy, pode-se afirmar que a 
juridicidade ou normatividade dos princípios jurídicos 
passou por três fases distintas até chegar à posição 
atualmente consolidada. Explique quais são e o que 
caracterizam essas fases 
- Espelho: A primeira fase é a jusnaturalista que 
posiciona os princípios jurídicos em esfera abstrata e 
metafísica, inspiradores de um ideal de justiça, com 
dimensão ético-valorativa do Direito, dotado de quase ou 
nenhuma normatividade. Nessa fase, os princípios gerais 
do direito são concebidos como axiomas jurídicos ou 
normas da reta razão, normas universais de bem obrar. 
São os princípios de justiça, um Direito ideal, conjunto de 
verdades objetivas derivadas da lei divina e humana. 
(0,30 ponto) Na segunda fase, a juspositivista, os 
princípios são incorporados aos Códigos como fonte 
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normativa subsidiária da inteireza dos códigos legais, 
válvulas de segurança que garantem o reinado absoluto 
das leis. Não são encarados como superiores às leis, mas 
delas deduzidos, supridores dos vazios normativos, como 
fontes integradoras do Direito e possuem precária 
normatividade. (0,40 ponto) A terceira fase, o pós-
positivismo, deita suas origens nas últimas décadas do 
século XX, com a hegemonia axiológico-normativa dos 
princípios, agora positivados nos novos textos 
constitucionais, os quais assentam os principais padrões 
pelos quais se investiga a compatibilidade da ordem 
jurídica aos princípios fundamentais de estalão 
constitucional; aos princípios que dão fundamento 
axiológico e normativo ao ordenamento jurídico. Nesta 
fase, os princípios jurídicos conquistam a dignidade de 
normas jurídicas vinculantes, vigentes e eficazes para 
muito além da atividade integratória do direito. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJRJ - Ano: 2014 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Formação Humanística ͞á 
sociedade brasileira é muito desigual. Logo, o juiz tem de 
ser parcial para poder ser imparcial. Deve ser um agente 
de tƌaŶsfoƌŵaçĆo soĐial͟. CoŵeŶte a afiƌŵaçĆo aĐiŵa, 
salientando sua posição. 
 - Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJMT - Ano: 2014 - 
Banca: TJMT - Disciplina: Formação Humanística ͞O 
exercício da magistratura deve ser norteado, entre outros, 
pelos princípios da imparcialidade, cortesia, segredo 
profissional, diligencia e integridade pessoal e 
pƌofissioŶal͟. Diga eŵ Ƌue ĐoŶsisteŵ os pƌiŶĐípios aƋui 
mencionados, e justifique se todos eles realmente 
constituem exigências deontológicas impostasà 
observância indeclinável dos magistrados brasileiros. 
- Espelho:à à ͞“iŵ,à todosà osà pƌiŶĐípiosà ŵeŶĐioŶadosà
constituem exigências deontológicas obrigatoriamente à 
observância do juiz. O art.1º do Código de Ética da 
Magistratura Nacional (CEM) estabelece expressamente 
que o exercício da magistratura deve ser norteado, entre 
outƌos,à ͚pelosà pƌiŶĐípiosà ;...Ϳà daà Đoƌtesia,à ;...Ϳà doà segƌedoà
pƌofissioŶalà;...Ϳà ;eͿàdaàdiligeŶĐia͛.àOàpƌiŶĐipioàdaàĐoƌtesiaà
dizàƋueàoàŵagistƌadoà͚àteŵàoàdeveƌàdeàĐoƌtesiaàpaƌaàĐoŵà
os colegas, os membros do MP, os advogados, os 
servidores, as partes, as testemunhas e todos quantos se 
ƌelaĐioŶeŵàĐoŵàaàadŵiŶistƌaçãoàdaàJustiça͛à;CEM,àaƌt.ϮϮͿ,à
eà Ƌueà seà deveà utilizaƌà ͚à liŶguageŵà esĐoƌreita, polida, 
ƌespeitosaà eà ĐoŵpƌeeŶsível͛à ;CEMà ,à aƌt.ϮϮ,à §à úŶiĐoͿ,à eà
ŵesŵoàƋuaŶdoàŶoàdeseŵpeŶhoàdeà͚atividadeàdisĐipliŶaƌ,à
de correição e de fiscalização serão exercidas sem 
infringência ao devido respeito e consideração pelos 
ĐoƌƌeiĐioŶados͛à ;CEM,à aƌt.Ϯϯ). o principio do sigilo 
pƌofissioŶalàdeteƌŵiŶaàƋueàoà͚ŵagistƌadoàteŵàoàdeveƌàdeà
guardar absoluta reserva, na vida pública e privada, 
sobre dados ou fatos pessoais de que haja tomado 
ĐoŶheĐiŵeŶtoà Ŷoà edžeƌĐíĐioà deà suaà atividade͛à ;CEM,à aƌt.à
27), e, quando integrantes de órgãos colegiados, devem 
͚pƌeseƌvaƌà oà sigiloà deà votosà Ƌueà aiŶdaà Ŷãoà hajaŵà sidoà
proferidos e daqueles de cujo teor tomem conhecimento, 
eveŶtualŵeŶte,à aŶtesà doà julgaŵeŶto͛à ;CEM,à aƌt.ϮϴͿ.à oà
principio da diligencia ou dedicação impõe ao magistrado 
velaƌà ͚paƌaà Ƌueà osà atosà pƌoĐessuaisà seà Đeleďƌeŵà Đoŵà aà
máxima pontualidade e para que os processos a seu 
cargo sejam solucionados em um prazo razoável, 
reprimindo toda e qualquer iniciativa dilatória ou 
atentatória à boa-fĠà pƌoĐessual͛à ;CEM,à aƌt.ϮϬͿ,à eà paƌa 
taŶtoà͚ŶãoàdeveàassuŵiƌàeŶĐaƌgosàouàĐoŶtƌaiƌàoďƌigaçƁesà
que perturbem ou impeçam o cumprimento apropriado 
de suas funções especificas, ressalvadas as acumulações 
peƌŵitidasà ĐoŶstituĐioŶalŵeŶte͛à ;CEM,àaƌt.ϮϭͿ,à eà ƋuaŶdoà
foƌà oà Đasoà deà ͚aĐuŵulaƌ,à deà ĐoŶfoƌŵidade com a CF, o 
exercício da judicatura com o magistério deve sempre 
priorizar a atividade judicial, dispensando-lhe efetiva 
disponibilidade e dedicação (CEM, art.21, §1º). O 
principio da integridade prescreve que o magistrado deve 
comportar-se na vida privada de modo a dignificar a 
função, cônscio de que o exercício da atividade 
jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais 
distintas das acometidas aos cidadãos em geral (CEM, 
art.15). por isso, deve o magistrado recusar benefícios ou 
vantagens de ente público, de empresa privada ou de 
pessoa física que possam comprometer sua 
independência funcional (CEM, art. 18), e deve adotar as 
medidas necessárias para evitar que possa surgir 
qualquer duvida razoável sobre a legitimidade de suas 
receitas e de sua situação econômico-patrimonial (CEM, 
aƌt.à ϭϵͿ.͟à ;à Gaďaƌitoà doà Deseŵďaƌgadoƌà JosĠà Feƌƌeiƌaà
Filho). 
Magistratura Estadual - Concurso: TJRN - Ano: 2014 - 
Banca: CESPE - Disciplina: Formação Humanística Discorra 
sobre a desjudicialização das relações sociais, abordando o 
seu conceito e os motivos que justificam sua adoção. 
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Indique, ainda, três diplomas jurídicos (leis ou atos 
constitucionais) já elaborados com esse propósito. 
 - Espelho: 1- Uso das normas do registro formal culto da 
língua portuguesa e capacidade de exposição - 0,00 a 
0,25 - 2- Conhecimento do tema - 2.1 Conceito de 
desjudicialização das relações sociais 0,00 a 0,75 - 2.2 
Motivos que justificam a adoção da desjudicialização das 
relações sociais 0,00 a 0,7- 2.3 Três diplomas jurídicos 
(leis ou disposições constitucionais) elaborados com o 
propósito de desjudicialização das relações sociais - 0,00 a 
0,75 
Magistratura Estadual - Concurso: TJDFT - Ano: 2014 - 
Banca: CESPE - Disciplina: Formação Humanística Discorra 
sobre os mecanismos autocompositivos, com foco nos 
fundamentos jurídicos da conciliação (0,15), nos princípios 
e estratégias da mediação (0,15) e na análise de técnicas, 
posturas (0,30), condutas e procedimentos (0,30) aptos a 
facilitar a mediação e a obter a solução conciliada dos 
conflitos. 
- Espelho: Os mecanismos autocompositivos são espécies 
de métodos alternativos de solução de conflitos, que têm 
como característica essencial a iniciativa das partes em 
construir uma solução para o embate. Os métodos que 
nos interessam, no caso, são: conciliação e mediação (em 
razão da delimitação estabelecida na questão): 
Conciliação: procedimento em que um terceiro (o 
conciliador) procura obter um consenso das partes em 
conflito e, com base nele, propõe um acordo que ponha 
fim ao embate. O conciliador não analisa as razões 
psicológicas que levaram ao conflito, mas busca 
delimitar, objetivamente, a questão em litígio, para 
tentar propor uma solução. (não foi exigido o conceito, 
mas será valorado em favor do candidato que o 
apresentar, de forma válida, em complemento à resposta 
específica sobre o que foi objeto de questionamento) 
Fundamentos jurídicos da conciliação - A conciliação, 
como valor prevalente na resolução de controvérsias, foi 
alçada a um status de princípio informativo do sistema 
processual brasileiro, não sendo novidade em nosso 
ordenamento jurídico, existindo desde a época das 
Ordenações Filipinas, em seu Livro III, Título XX, § 1º. 
Atualmente, há previsão expressa tanto no Código de 
Processo Civil (arts. 125, IV, 269, III, 277, 331, 448, 449 e 
475-N, III e V), quanto no Código Civil (art. 840), na Lei de 
arbitragem – 9.307/1995 (arts. 21, § 4º e 28), no Código 
do Consumidor (arts. 5º, IV, 6º, VII e 107) ou, ainda, na Lei 
9099/1995 dos Juizados Especiais, na qual se consagra 
como princípio jurídico (art. 2º). A Constituição Federal 
prevê a pacificação social como um dos objetivos 
fundamentais da República (art. 3º, I), atribuindo ao juiz, 
como agente político, a implementação de alternativas 
jurisdicionais, adequadas e céleres, para consecução 
deste objetivo (art. 5º LXXVIII). O Conselho Nacional de 
Justiça promove desde 2006 grande Movimento pela 
Conciliação, incentivando os Tribunais de Justiça, 
Tribunais Regionais Federais e Tribunais do Trabalho a 
promoverem conciliação em suas ações, inclusive com 
implantação de centros judiciais de solução de conflitos e 
núcleos permanentes de conciliação e mediação 
(Resolução 125 do CNJ). Mediação: nesse caso, um 
mediador neutro e imparcial facilita o diálogo entre as 
partes envolvidas, fazendo com que os próprios 
interessados solucionem o conflito. O mediador não tem a 
função de decidir o conflito, mas sim de propiciar 
condições para que as partes envolvidas possam dialogar 
a fim de que, juntas, possam realizar escolhas voluntárias 
e construir um acordo baseado no entendimento mútuo. 
A mediação não possui formas rígidas, mas sua 
realização profissional é caracterizada por métodos de 
abordagem elaborados e comprovados com rigor 
científico. (não foi exigido o conceito, mas será valorado 
em favor do candidato que o apresentar, de forma válida, 
em complemento à resposta específica sobre o que foi 
objeto de questionamento) O mediador deve seguir 
algumas estratégias para que o diálogo seja possível: a) 
controle do processo (interrompendo as partes quando 
necessário); b) deslocamento das emoções negativas para 
positivas; c) facilidade para migrar das posições 
enunciadas para fazer emergir os reais interesses dos 
participantes; d) concentraçãonas emoções positivas; 
e)reconhecimento e validação de sentimentos; d) desenho 
do futuro com base no sucesso das ações relacionadas 
com essas emoções. Focaliza-se o bom e trabalha-se para 
construí-lo. Podem ainda ser indicados como técnicas ou 
estratégias de mediação: a compreensão do caso 
(identificação de questões, interesses e sentimentos; 
fragmentação das questões; recontextualização); o tom 
da mediação (comunicação acessível, linguagem neutra e 
o ritmo da mediação); o empoderamento das partes 
(reforçar o que já foi realizado e enfocar no futuro – visão 
prospectiva da disputa) Obs.: relação apenas 
exemplificativa. Não esgota a matéria. Não há 
necessidade de indicação de todos os métodos. Poderão 
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ser indicados alguns fundamentos da negociação (separar 
as pessoas do problema; ouvir ativamente; despolarizar o 
conflito. Afinal, mediação é negociação assistida por 
terceiros) Princípios da mediação: Para as partes: a) 
voluntariedade – a mediação somente será eficaz se os 
participantes estiverem exercendo seu direito de escolha. 
Qualquer das partes tem o direito de retirar-se da 
mediação a qualquer momento; b) livre decisão ou 
autodeterminação – As partes em disputa têm a 
faculdade, o direito e o poder de definir suas questões, 
necessidades e soluções e de determinar o resultado das 
tratativas, sendo de sua exclusiva responsabilidade as 
decisões que vierem a ser acordadas durante o processo 
de mediação. Para o mediador: a)imparcialidade – o 
mediador não defende nem representa qualquer das 
partes, mas cria espaços para recíproco respeito e escuta, 
não impedindo que se corrijam eventuais desequilíbrios 
entre os mediandos (evitar preconceitos, não julgar 
aparências, filtrar percepções tendenciosas, não 
influenciar opiniões); b) neutralidade – é a capacidade de 
respeitar as diferenças das pessoas, sem interferir nos 
conteúdos acordados, somente os adequando ao 
contexto legal; c) confidencialidade – o mediador tem 
dever de guardar sigilo sobre as informações obtidas no 
processo mediatório, exceto em casos que o próprio 
direito o autorize a denúncia, como maus-tratos, risco de 
morte ou delitos graves; d) profissionalização – formação 
profissional adequada ao manejo dos conflitos, na 
administração de disputas e na busca de soluções que 
equalizem os direitos e responsabilidades das partes. 
Obs.:Não há necessidade de definição, sendo suficiente a 
indicação dos princípios relacionados às partes e ao 
mediador para que a resposta seja considerada correta 
Técnicas e posturas que devem ser usadas para facilitar a 
mediação: a) condução ativa da entrevista: as interações 
verbais devem ser guiadas pelo mediador, com perguntas 
realizadas a fim de captar o estado emocional dos 
envolvidos, bem como para extrair as questões que 
constituem o cerne do conflito; b)estabelecimento de 
rapport: palavra francesa que designa uma relação de 
empatia com o interlocutor –estabelecimento de uma 
relação de confiança. O mediador deve inspirar uma 
empatia, um respeito pelas partes, o que não se confunde 
com amizade ou intimidade, até porque impera o dever 
de imparcialidade no procedimento; c) adequação 
comunicacional: ciente da singularidade de cada parte, o 
mediador deve adequar sua comunicação verbal e não 
verbal a fim de fazer com que as partes dialoguem. Para 
isso, é função do mediador observar detalhes 
importantes, como o nível sociocultural, econômico, grau 
de escolaridade, aspectos culturais, regionais, enfim, tudo 
o que possa ser útil para propiciar as interações que 
possam levar a um acordo; d) gerenciamento de 
emoções: é natural que os envolvidos em uma mediação 
não estejam em estado emocional confortável. É comum 
o aparecimento de frustrações, angústias, raiva, 
principalmente se o conflito for de natureza familiar. Por 
isso, cabe ao mediador gerenciar eventual agressividade 
e conduzir a mediação para canalizar emoções de forma 
positiva. A solução para o conflito pode ser ainda 
construída a partir de algumas condutas ou 
procedimentos: a) gerenciamento da comunicação verbal 
e não verbal: a comunicação é elemento essencial na 
formação do acordo. A escolha dos atos e das palavras 
guiará o êxito da solução; b) escuta dinâmica (ouvir 
ativamente as partes): escutar e entender o que está 
sendo dito, sem se deixar influenciar pelos pensamentos 
judicantes ou que contenham juízo de valor. Seleção 
cuidadosa das informações fornecidas pelas partes, pois 
em condições emocionais podem sofrer significativa 
alteração de sentido c) técnica de interrogação: a 
maneira como se pergunta é uma forma de determinar o 
fluxo de informações e as interações entre os envolvidos 
no conflito; d)sumário: sintetizar o que foi exposto pela 
parte oportuniza confirmação das declarações prestadas, 
bem como eventual retificação ou complementação de 
algum dado; e)isolamento dos envolvidos: dado o grau de 
animosidade inicial, nem sempre é possível estabelecer o 
imediato diálogo entre as partes. Por isso, recomenda-se 
a utilização de sessões individualizadas para conseguir 
obter os dados que as partes possam fornecer, além de 
prepará-las para um acordo; f)divisão do problema 
(fracionamento das questões): o conflito pode se 
apresentar de maneira bastante complexa. Se assim 
ocorrer, convém que o problema seja seccionado em 
questões menores, a fim de facilitar a resolução do litígio. 
Obs.: a resposta será considerada parcialmente correta se 
forem indicados técnicas, posturas, condutas e 
procedimentos sem definição mínima, diante do comando 
daà Ƌuestãoà deà ͞aŶĄlise͟à dessesà eleŵeŶtos.à Biďliogƌafia:à
Vade Mecum Humanístico/ coordenação Alvaro de 
Azevedo Gonzaga, Nathaly Campitelli Roque –3ª ed. rev., 
atual. e ampl. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 
2012. Azevedo, André Gomma (org.).2009. Manual de 
Mediação Judicial (Brasília/DF: Ministério da Justiça e 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – 
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PNUD). Fisher, Roger; Ury, William. Como Chegar ao Sim: 
a negociação de acordos sem concessões. Ed. Imago, 
2005.1- Utilização correta do idioma oficial e capacidade 
de exposição - 2 Desenvolvimento do tema - 2.1 
Mecanismos autocompositivos - 2.1.1 Fundamentos da 
conciliação - 2.1.2 Princípios e estratégias da mediação - 
2.2 Análise de técnicas, posturas, aptas a facilitar a 
mediação - 2.3 Análise condutas e procedimentos aptos 
facilitar a obtenção da solução conciliada dos conflitos 
Magistratura Estadual - Concurso: TJSP - Ano: 2014 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Formação Humanística 
DISSERTAÇÃO - Disserte: a) sobre o conceito analógico de 
͞diƌeito͟ e ďͿ os tipos de saďeƌ juƌídiĐo. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJPR - Ano: 2014 - 
Banca: TJPR - Disciplina: Formação Humanística Disserte 
sobre a superação dos métodos de interpretação mediante 
puro raciocínio lógico-dedutivo e o método de 
interpretação pela lógica do razoável. Para tanto, 
desenvolva (i) o papel da norma, (ii) o papel do 
magistrado, (iii) cláusulas gerais e normatividade dos 
princípios, (iv) colisões entre normas e ponderação e (v) 
argumentação. 
- Espelho: (i) Na interpretação mediante puro raciocínio 
lógico-dedutivo (tradicional), os métodos tradicionais de 
interpretação normativa reduzem o papel da norma a 
prever hipóteses de incidência para solução dos 
problemasjurídicos. Na interpretação pela lógica do 
razoável (contemporânea) o papel da norma é dar um 
início de significação. (até 0,2) (ii) Na interpretação 
tradicional, o papel do juiz é identificar a norma aplicável 
ao caso concreto, por meio da subsunção. Na 
interpretação contemporânea, o papel do juiz é não 
apenas aplicar, mas co-criar a norma. (até 0,2) (iii) A 
interpretação contemporânea aprimora a aplicação das 
cláusulas gerais,, que são conceitos jurídicos 
indeterminados (ordem pública, interesse social, boa fé) e 
a normatividade dos princípios, em prol da aplicação dos 
valores que fundamentam e imantam o sistema ou o 
subsistema jurídico (dignidade da pessoa humana, 
razoabilidade, eficiência) (até 0,2) (iv) Para a 
interpretação contemporânea, as colisões de normas 
(inclusive constitucionais) são consideradas naturais, em 
razão da dialeticidade da constituição e do ordenamento 
(desenvolvimento x proteção ambiental, livre iniciativa x 
proteção ao consumidor). Por isso, ganha maior 
relevância a ponderação, assim entendidas as concessões 
recíprocas com busca da preservação normativa mútua 
ou escolha do direito prevalente no caso concreto, por 
meio da aplicação do princípio instrumental da 
razoabilidade (até 0,2) (v) A argumentação constitui meio 
de controle da legitimidade das decisões, especialmente 
nos casos díficeis em que o juiz deve optar por uma de 
vĄƌiasàsoluçƁesàpossíveis∕ƌazoĄveisà;atĠàϬ,ϮͿ 
Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-PR - Ano: 
2014 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Formação Humanística 
Explique a afirmação de Ronald Dworkin (in Levando os 
Direitos a Sério, São Paulo: Martins Fontes, 2002), quando 
busca distinguir princípios de regras, de que estas últimas 
(regras) são aplicáveis à maneira do tudo-ou-nada. 
 - Espelho: Regras são, normalmente, relatos objetivos, 
descritivos de determinadas condutas e aplicáveis a um 
conjunto delimitado de situações. Ocorrendo a hipótese 
prevista no seu relato, a regra deve incidir, pelo 
mecanismo tradicional da subsunção: enquadram-se os 
fatos na previsão abstrata e se produz uma conclusão. 
Dados os fatos que uma regra estipula, então ou a regra é 
válida, e neste caso a resposta que ela fornece deve ser 
aceita, ou não é válida, e neste caso em nada contribui 
para a decisão. Na hipótese do conflito entre duas regras, 
só uma será válida e irá prevalecer. Princípios, por sua 
vez, contêm relatos com maior grau de abstração, não 
especificam a conduta a ser seguida e se aplicam a um 
conjunto amplo, por vezes indeterminado, de situações. 
Os princípios frequentemente entram em tensão 
dialética, apontando direções diversas. Por essa razão, 
sua aplicação deverá se dar mediante ponderação: à vista 
do caso concreto, o intérprete irá aferir o peso que cada 
princípio deverá desempenhar na hipótese, mediante 
concessões recíprocas, e preservando o máximo de cada 
um, na medida do possível. 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-PR - Ano: 
2014 - Banca: UFPR - Disciplina: Formação Humanística 
Para nós, o objeto principal da justiça é a estrutura básica 
da sociedade, ou, mais precisamente, o modo como as 
principais instituições sociais distribuem os direitos e os 
deveres fundamentais e determinam a divisão das 
vantagens decorrentes da cooperação social. (John Rawls, 
Uma teoria da justiça). A teoria da justiça de John Rawls, 
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apresentada em 1973, refundou os estudos em ciência 
política e direito acerca do tema, e ainda hoje é o 
parâmetro central de discussões sobre as relações entre 
justiça, igualdade e liberdade. a) Descreva os aspectos da 
teoria da justiça de Rawls que legitimaram as ações 
afirmativas. Fundamente adequadamente sua resposta. b) 
A teoria da justiça de Rawls refere-se às instituições 
básicas da sociedade. Partindo deste ponto, os institutos 
jurídicos que ampliaram o acesso à Justiça, consolidados 
em sede constitucional, são compatíveis com esta teoria? 
Fundamente adequadamente sua resposta, apontando ao 
menos dois destes institutos. 
- Espelho: Tópico a - Princípios da justiça de Rawls, 
especialmente o princípio da diferença; Até 1,0 - 
Neocontratualismo de Rawls, descrevendo o mecanismo 
rawlsiano; Até 0,5 - Papel do Estado e das instituições da 
sociedade Até 0,5 - “upeƌaçãoàdoàĐoŶĐeitoàdeà͞igualdadeà
deà opoƌtuŶidades͟à átĠà Ϭ,ϱà - Relação com o regime 
democrático Até 0,5 - Tópico b - Institutos democráticos 
(Defensoria Pública; Juizados; Ministério Público; ações 
de controle de constitucionalidade; possibilidade de 
tutela coletiva; assistência jurídica gratuita); Até 1,0 - 
Acesso à justiça como bem a ser distribuído e cujo 
esquema de distribuição deverá ser melhorado pelas 
instituições básicas da sociedade; e a relação de tais 
institutos com a concepção rawlsiana de sociedade justa, 
qual seja, se o funcionamento de tais institutos 
incrementa a parcela de recursos (bens primários) dos 
membros menos favorecidos da sociedade. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJAM - Ano: 2013 - 
Banca: FGV - Disciplina: Formação Humanística͞...poƌƋue 
o equitativo, embora superior a uma espécie de justiça, é 
justo, e não é como coisa de classe diferente que é melhor 
do que o justo. A mesma coisa, pois, é justa e equitativa, e, 
eŵďoƌa aŵďos sejaŵ ďoŶs, o eƋuitativo Ġ supeƌioƌ͟. 
(Aristóteles. Ética a Nicômaco. 1137b 5-10. In Os 
Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 336). 
Explique a relação entre justiça, legalidade e equidade, 
segundo Aristóteles. 
- Espelho: Conforme exposto por Aristóteles na obra Ética 
a Nicômaco, a Justiça se realiza como uma relação de 
legalidade e de igualdade. Como, em certos casos, a 
generalidade da lei impede ou dificulta a realização da 
justiça, aquele que decide no caso concreto deve 
considerar a singularidade do caso e de seus agentes para 
tomar a decisão mais justa no contexto daquele caso. 
Para isso deve tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais, visando manter a igualdade 
que produz a justiça. A resposta, para ser considerada 
correta, deveria essencialmente apresentar que para 
Aristóteles, conforme exposto na obra Ética a Nicômaco, 
a Justiça se realiza como uma relação de legalidade e de 
igualdade. Como, em certos casos, a generalidade da lei 
impede ou dificulta a realização da justiça, aquele que 
decide no caso concreto deve considerar a singularidade 
do caso e de seus agentes para tomar a decisão mais 
justa no contexto daquele caso concreto. Para isso deve 
tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, 
visando manter a igualdade que produz a justiça. 
Magistratura Estadual - Concurso: TJSC - Ano: 2013 - 
Banca: TJSC - Disciplina: Formação Humanística͞á 
linguagem é o que está dado e, portanto, não pode ser 
produto de um sujeito solipsista (Selbstsüchtiger), que 
constrói o seu próprio objeto de conhecimento. [...] Não 
hĄ ŵais uŵ ͚sujeito solitĄƌio͛; agoƌa hĄ uŵa ĐoŵuŶidade 
Ƌue aŶteĐipa ƋualƋueƌ ĐoŶstituiçĆo de sujeito͟ ;IŶ: “T‘ECK, 
Lenio Luiz. O que é isto – decido conforme minha 
consciência?. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
2012. p. 17). A partir desse referente teórico, discorra, em 
atĠ ϯϬ ;tƌiŶtaͿ liŶhas, a ƌespeito de: aͿ ͞paŶpƌiŶĐipiologia͟ ; 
ďͿ pƌiŶĐípio da ͞ƌazoaďilidade͟; ĐͿ ͞deĐisioŶisŵo͟. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJAM - Ano: 2013 - 
Banca: FGV - Disciplina: Formação Humanística ͞NiŶguĠŵ 
duvida que se espera dos juízes que se comportem de 
acordo com certos padrões de conduta dentro e fora dacorte. São eles meras expectativas de decoro voluntário a 
ser exercido sob um nível pessoal ou são eles as 
expectativas que necessitam ser observadas por um grupo 
profissional particular no próprio interesse e da 
comunidade? Como essa é uma observação fundamental, 
é necessário fazer algumas observações elementares. 
Formamos um grupo especial na comunidade. 
Compreendemos uma seleta parte de uma honrada 
pƌofissĆo. É‐Ŷos ĐoŶfiado, a Đada dia, o edžeƌĐíĐio de 
considerável poder. Seu exercício tem efeitos dramáticos 
sobre as vidas e fortunas daqueles que vêm até nós. Os 
cidadãos não podem ter certeza de que eles ou suas 
fortunas algum dia estarão sob nosso julgamento. Eles não 
desejarão que tal poder repouse em alguém cuja 
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honestidade, habilidade ou comportamento pessoal seja 
questionável. É necessário para a continuidade do sistema 
da lei, como o conhecemos, que existam padrões de 
conduta dentro e fora da corte que se destinam a manter a 
ĐoŶfiaŶça ŶaƋuelas edžpeĐtativas͟.;THOMá“, J.B. JudiĐial 
Ethics in Australia. Sydney: Law Book Co, 1988. p.7.apud 
NAÇÕES UNIDAS [ONU]. Comentários aos Princípios de 
Bangalore de Conduta Judicial. Brasília: Conselho da Justiça 
Federal. 2008) Considerando o trecho da obra acima como 
mera reflexão inicial, à luz do Código de Ética da 
Magistratura Nacional, responda aos itens a seguir. 
A)Explicite os princípios norteadores do exercício 
profissional. B)Apresente as considerações oficiais que 
justificaram a adoção de um código específico para os 
magistrados. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJAM - Ano: 2013 - 
Banca: FGV - Disciplina: Formação Humanística ͞O 
instrumento de aplicação das leis é o juiz, que está sujeito 
à dialética entre o Direito e a Moral [...] essa dialética pode 
ser estudada a partir dos três princípios da Ética moderna. 
O pƌiŵeiƌo Ġ o da uŶiveƌsalidade ‐ a ĠtiĐa ŶĆo pode ser 
uma hoje e outra amanhã. Há também o princípio da 
digŶidade, Ƌue diz Ƌue o ͚seƌ ƌaĐioŶal͛ ŶĆo pode seƌ 
tƌatado apeŶas Đoŵo ͚ŵeio͛, ŵas taŵďĠŵ Đoŵo o ͚fiŵ͛, 
para quem as leis se direcionam. E por último a autonomia 
‐ a ŵoƌal Ġ uŵ pƌoduto da ƌaĐioŶalidade huŵaŶa͟. 
(Manuel Atienza. Trecho de palestra proferida no evento 
͞ÉtiĐa Ŷo JudiĐiĄƌio: teŶdġŶĐias iŶteƌŶaĐioŶal e ŶaĐioŶal͟, 
Ŷo auditſƌio do “TJ. ΀IŶfoƌŵativo Biŵestƌal do CJF Ŷ. ϱ ‐ 
2007]). A relação entre Direito e Moral é tema recorrente 
no estudo jurídico, não obstante terem existido (e ainda 
persistam) divergências sobre esta questão. Relacione 
legalidade e moralidade tendo como base os principais 
elementos da teoria de Ronald Dworkin, conforme sua 
proposta original, mantida, pelo menos, até 2006. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJSC - Ano: 2013 - 
Banca: TJSC - Disciplina: Formação Humanística A Filosofia 
do Direito, na discussão sobre o sentido das normas 
juƌídiĐas ;iŶteƌpƌetaçĆo do DiƌeitoͿ, ĐoŶĐlui Ƌue: ͞á 
interpretação é, portanto, fator de construção do sistema 
jurídico. É impossível pensar as tramas jurídicas sem a 
atividade edžegĠtiĐa.͟ ͞Deve-se repisar que interpretar é 
fazer da literal letra da lei um dado real da vida de 
existentes e palpáveis cidadãos e cidadãs. O estudioso do 
Direito que só aplica a lei em sua frieza (summus ius, 
summa iuria) desconhece a verdadeira razão de ser do 
Direito, vale dizer, seu potencial transformador e 
eƋuaŶiŵizadoƌ das ƌelaçƁes soĐiais.͟ ;Bittaƌ, Eduaƌdo 
Carlos Bianca. Curso de filosofia do direito. 8ª ed., São 
Paulo: Atlas, 2010, p. 591).O Superior Tribunal de Justiça já 
oďseƌvou Ƌue ͞ŶeŶhuŵ diƌeito, poƌ mais importante que 
seja, pode ser visto como absoluto, ficando sempre 
ĐoŶdiĐioŶado ao edžaŵe do ĐoŶtedžto fĄtiĐo͟ ;‘M“ ϭϯ.ϰ9ϲ-
PR, Rel. Min. José Delgado).Argumente sobre a 
interpretação lógica (raciocínio razoável) e aplicação do 
Direito, observando e esclarecendo, quanto à última, suas 
foŶtes ;eŵ atĠ ϯϬ liŶhasͿ HuŵaŶístiĐa͟, iteŵ IV – Filosofia 
do Diƌeito, suďiteŵ ͞á iŶteƌpƌetaçĆo do Diƌeito. á 
Superação dos métodos de interpretação mediante puro 
raciocínio lógico-dedutivo. O método de interpretação pela 
lſgiĐa ƌazoĄvel͟, e iteŵ V – Teoria Geral do Direito e da 
PolítiĐa, suďiteŵ ͞Diƌeito oďjetivo e Diƌeito suďjetivo. 
Fontes do Direito objetivo. Princípios gerais de Direito. 
JuƌispƌudġŶĐia. “úŵula viŶĐulaŶte͟. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Estadual - Concurso: TJRJ - Ano: 2013 - 
Banca: TJRJ - Disciplina: Formação Humanística COTEJAR 
A FIGURA ARISTOTÉLICA DA RÉGUA DE LESBOS COM A 
APLICAÇÃO JUDICIAL DAS NORMAS POSITIVAS. 
- Espelho: NÃO 
Magistratura Federal - Concurso: TJDFT - Ano: 2013 - 
Banca: TJDFT - Disciplina: Formação Humanística Explicar 
o Ƌue se eŶteŶde poƌ ͞LſgiĐa do ‘azoĄvel͟, aďoƌdaŶdo, 
especialmente, os seguintes tópicos: a) Os principais 
elementos que a diferenciam da lógica formal ou 
matemática, aplicada ao direito. b) Qual sua importância, 
se alguma, para o trabalho do julgador? 
- Espelho: PARTE 1 – ͞LſgiĐaàdoà‘azoĄvel͟àĠàuŵàŵĠtodoà
interpretativo das normas jurídicas, leva em conta 
critérios estimativos, de valor e finalísticos. PARTE 2 – 
Distinção com a Lógica Formal – Apreciação puramente 
racional x apreciação fundada em valores sociais e 
pessoais. Utilização de critérios de razoabilidade e 
proporcionalidade. PARTE 3 – importância para o 
trabalho do julgador – é de relevância importância para o 
trabalho do julgador, pois propicia decisões mais 
aperfeiçoadas ou mais justas. 
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Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-SP - Ano: 
2013 - Banca: FCC - Disciplina: Formação Humanística Na 
oďƌa O Ƌue Ġ justiça?,Ŷo Đapítulo iŶtitulado ͞á doutƌiŶa da 
justiça de áƌistſteles͟, HaŶs KelseŶ aŶalisa aspeĐtos 
essenciais da doutrina aristotélica da justiça. Explicite a 
análise realizada por Kelsen relativamente aos seguintes 
pontos: a. A relação entre a virtude moral e a Doutrina do 
Meio em Aristóteles. B. A virtude da justiça em Aristóteles. 
B1. A justiça em sentido geral. B.2. A justiça em sentido 
particular(justiça distributiva e justiça corretiva). 
- Espelho: Espera-se que o candidato consiga explicitar a 
análise realizada pelo autor acerca da doutrina da justiça 
de Aristóteles. Além do conhecimento do conteúdo a ser 
explicitado, serão considerados os seguintes aspectos: 
clareza e correção da escrita (conhecimento do 
vernáculo), capacidade de síntese e coerência na forma 
de organização da resposta. A) O candidato deve capaz 
de explicitar a análise de Kelsen acerca da Doutrina do 
meio ( mesótes) enquanto critério utilizado por 
Aristóteles para definir e caracterizar as virtudes morais. 
B) 1. O candidato deve ser capaz de explicitar a análise de 
KelseŶà soďƌeà oà ĐoŶĐeitoà aƌistotĠliĐoà deà ͞à justiçaà eŵà
seŶtidoà geƌal͟,à evidenciando a sua implicação com o 
problema da legitimidade. 2- O candidato deve ser capaz 
de explicitar a análise de Kelsen sobre o conceito 
aƌistotĠliĐoà deà ͞justiçaà eŵà seŶtidoà paƌtiĐulaƌ͟,à
evidenciando a sua implicação com o problema da 
igualdade. Para tanto, deverá explicar as duas formas da 
justiça particular: a justiça distributiva e a corretiva. 
Defensoria Pública Estadual - Concurso: DPE-SP - Ano: 
2013 - Banca: FCC - Disciplina: Formação Humanística No 
livro Vigiar e Punir, o filósofo Michel Focault analisa três 
formas punitivas historicamente situadas: o suplicio, as 
penas proporcionais aos crimes e a prisão. Segundo sua 
analise, cadauma destas formas punitivas vincula-se, em 
seus princípios, sua forma e seus efeitos, a uma 
deteƌŵiŶada ͞eĐoŶoŵia do podeƌ͟, taŵďĠŵ 
historicamente localizada. Explicite a análise realizada pelo 
autor sobre a forma punitiva consistente no suplício, 
considerando os seguintes aspectos: a. O que é o suplício. 
Os principais elementos que caracterizam essa forma 
punitiva. B. A relação entre o suplício e a descoberta de 
verdade do crime. C. A relacao entre a manifestação da 
verdade do crime e a forma da execução do 
suplicio(execução pública). D. O significado do suplicio 
Đoŵo uŵ ͞ƌitual polítiĐo͟. 
 - Espelho: Espera-se que o candidato consiga explicitar a 
análise realizada pelo autor acerca da forma punitiva 
consistente no suplício ( pena física), enquanto expressão 
ĐoŶĐƌetaà daà ͞eĐoŶoŵiaà ͞à doà podeƌà soďeƌaŶo.à álĠŵà doà
conhecimento do conteúdo a ser explicitado, serão 
considerados os seguintes aspectos: Clareza e correção da 
escrita (conhecimento do vernáculo), capacidade de 
síntese e coerência na forma de organização da resposta. 
A) O candidato deve ser capaz de definir o suplicio como 
uma pena corporal e caracteriza-la a partir dos seus 
principais elementos constitutivos: a produção de certa 
quantidade de sofrimento; a correlação entre o tipo de 
ferimento físico e a gravidade do crime, a pessoa do 
criminoso, bem como o nível social de suas vitimas.b) O 
candidato deve ser capaz de mostrar a relação entre a 
forma do suplicio e a determinação da própria verdade 
sobre o crime, ou seja, mostrar que no suplicio misturam-
se um ato de instrução e um elemento de punição.c) O 
candidato deve ser capaz de mostrar que a execução 
pública do suplicio tinha função de realizar uma 
ŵaŶifestaçãoà ͞atual͟à daà veƌdadeà doà Đƌiŵe.à ássiŵ,à aà
execução pública incluía os seguintes aspectos; o culpado 
era o arauto de sua própria condenação; o suplício seguia 
a cena da confissão; o estabelecimento de relações 
decifráveis entre o suplício (pena) e o crime; o suplicio 
constituía-se ao final de seu ritual, como uma derradeira 
prova. D) O candidato deve ser capaz de mostrar 
implicação entre a forma punitiva do suplicio e a 
͞eĐoŶoŵia͟à doà podeƌà soďeƌaŶo.à áà edžpliĐitaçãoà dosà
elementos que constitui o suplício como um ritual politico 
evidenciará o vinculo desta forma punitiva como o 
modelo do poder soberano 
Repetida - Magistratura Federal - Concurso: STM - Ano: 
2013 - Banca: CESPE - Disciplina: Formação Humanística 
Para nós, o direito não pode prescindir de sua estrutura 
formal, tampouco de sua função normativa ou teleológica, 
de maneira que a conduta humana, objeto de uma regra 
jurídica, já se acha qualificada de antemão por esta, tal 
como o exigem a certeza e a segurança.Segundo os 
adeptos do Direito Livre, o juiz é como que legislador em 
um pequenino domínio, o domínio do caso concreto. 
Assim como o legislador traça a norma genérica, que 
deverá abranger todosos casos futuros, concernentes à 
matéria, caberia ao juiz legislar, não apenas por equidade, 
mas, toda vez que lhe parecer, por motivos de ordem 
científica, inexistente a lei apropriada ao caso específico: 
estamos, pois, no pleno domínio do arbítrio do intérprete. 
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O Direito Livre, que ainda se debate e se discute, foi, como 
disse o juƌista italiaŶo Mas ásĐoli, ͞uŵa veŶtaŶia ƌoŵąŶiĐa 
Ƌue assolou os doŵíŶios da JuƌispƌudġŶĐia͟. O Ƌue se 
queria era antepor o valor do caso concreto à previsão 
racional da generalidade dos casos. Não se poderá dizer 
que o assunto já esteja superado: uns sustentam ainda 
hoje que a lei é lei e deve ser interpretada na sua força 
lógica, ao passo que outros pretendem transformar a lei 
em meras balizas na marcha da liberdade do intérprete, 
como reclama, exageradamente, o chamado Direito 
Alternativo. A teoria da interpretação, que prevaleceu até 
poucos anos atrás, procedia como a antiga Psicologia, que 
edžpliĐava as ideias Đoŵo ͞uŵa assoĐiaçĆo de iŵageŶs͟: 
começava pela análise de cada preceito para, 
paulatinamente, reuni-los e obter o sentido global da lei. 
Cumpre, ao contrário, reconhecer que o processo 
interpretativo não obedece a essa ascensão mecânica das 
partes ao todo, mas representa antes uma forma de 
captação do valor das partes inserido na estrutura da lei, 
por sua vez inseparável da estrutura do sistema e do 
ordenamento. É o que se poderia denominar 
hermenêutica estrutural. Fim da lei é sempre um valor, 
cuja preservação ou atualização o legislador teve em vista 
garantir, armando-o de sanções, assim como também 
pode ser fim da lei impedir que ocorra um desvalor. Ora, 
os valores não se explicam segundo nexos de causalidade, 
mas só podem ser objeto de um processo compreensivo 
que se realiza mediante o confronto das partes com o todo 
e vice-versa, iluminando-se e esclarecendo-se 
reciprocamente, como é próprio do estudo de qualquer 
estrutura social. Nada mais errôneo do que, tão logo 
promulgada uma lei, pinçarmos um de seus artigos para 
aplicá-lo isoladamente, sem nos darmos conta de seu 
papel ou função no contexto do diploma legislativo. Seria 
tão precipitado e ingênuo como dissertarmos sobre uma 
lei, sem estudo de seus preceitos, baseando-nos apenas 
em sua ementa. Essas considerações iniciais visam pôr em 
realce os seguintes pontos essenciais da hermenêutica 
estrutural: a) toda interpretação jurídica é de natureza 
teleológica (finalística) fundada na consistência axiológica 
(valorativa) do Direito; b) toda interpretação jurídica dá-se 
em uma estrutura de significações, e não de forma isolada; 
c) cada preceito significa algo situado no todo do 
ordenamento jurídico. Pois bem, dessa compreensão 
estrutural do problema resulta, em primeiro lugar, que o 
trabalho do intérprete, longe de reduzir-se a uma passiva 
adaptação a um texto, representa um trabalho construtivo 
de natureza axiológica, não só por se ter de captar o 
significado do preceito, correlacionando-o com outros da 
lei, mas também porque se deve ter presentes os da 
mesma espécie existentes em outras leis: a sistemática 
jurídica, além de ser lógico-formal, como se sustentava 
antes, é também axiológica ou valorativa. Miguel Reale. 
Lições preliminares de direito. 27.ª ed., São Paulo: Saraiva, 
2004, p. 289-91 (com adaptações). Considerando que o 
fragmento de texto acima tem caráter unicamente 
motivador, disserte sobre a necessidade de superação dos 
métodos de interpretação mediante puro raciocínio lógico-
dedutivo, abordando, necessariamente, os seguintes 
aspectos: 1- principais métodos de interpretação 
reconhecidos pela teoria da interpretação jurídica; [valor: 
0,35 ponto] 2- crítica ao caráter lógico-dedutivo desses 
métodos; [valor: 0,60 ponto] 3- exigências 
contemporâneas para uma adequada interpretação das 
normas jurídicas. [valor: 0,85 ponto] 
- Espelho: 1 -Uso das normas do registro formal culto da 
língua portuguesa e capacidade de exposição 0,00 a 0,20 
0,20 - 2.1 Principais métodos de interpretação 
reconhecidos pela teoria da interpretação jurídica 0,00 a 
0,35 0,32 - 2.2 Crítica ao caráter lógico-dedutivo desses 
métodos 0,00 a 0,60 0,55 - 2.3 Exigências 
contemporâneas para uma adequada interpretação das 
normas jurídicas 
Magistratura Estadual - Concurso: TJPR - Ano: 2013 - 
Banca: PUC-PR - Disciplina: Formação Humanística Qual o 
principal objetivo da Política Judiciária Nacional de 
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