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2. Floresta Estacional Sempre- Verde (Floresta Estacional Perenifólia) → Apresenta alto verdor no período de estiagem; → ocorre no Estado de Mato Grosso e se estende por toda a região da Bacia Sedimentar dos Parecis, parte das depressões do Guaporé, do Paraguai, do Araguaia e do Planalto de Tapirapuã; → três formações: 2.1.Floresta Estacional Sempre-Verde Aluvial : →Planícies Aluviais situadas especialmente nas calhas dos Rios Culuene, Teles Pires, Verde, Arinos, Sangue, Juruena, Juína, Jauru e Guaporé. Árvores emergentes, com altura média em torno dos 25 m. 2.2.Floresta Estacional Sempre-Verde das Terras Baixas : → Terrenos sedimentares das depressões dos Rios Paraguai, Guaporé e Araguaia, em altitudes em torno de 200 m. Apresenta indivíduos de grande porte, emergentes, que atingem de 35 a 40 m. 2.3.Floresta Estacional Sempre-Verde Submontana: → terrenos sedimentares do Planalto dos Parecis, especialmente na região do Alto Xingu, em altitudes que variam de 300 m a 450 m. Variações de estrutura e de fisionomia: estrutura exuberante com dossel emergente e altura superior aos 30 m / estrutura fina, de porte baixo, com dossel uniforme, fraca de espécies de valor comercial e com baixa diversidade. Perfil esquemático da Floresta Estacional Sempre-Verde IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2012 2.1.Floresta Estacional Sempre-Verde Aluvial 2.1.Floresta Estacional Sempre-Verde Aluvial 2.2.Floresta Estacional Sempre-Verde das Terras Baixas 2.2.Floresta Estacional Sempre-Verde Submontana Ramal de exploração em destaque (Juara-MT, 2010) - Foto: Luiz Alberto Dambrós. 3. Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia) → Clima estacional determina semideciduidade da folhagem da cobertura florestal. → Na zona tropical: acentuada seca hibernal e intensas chuvas de verão; → na zona subtropical: clima sem período seco, porém com inverno bastante frio (temperaturas médias mensais inferiores a 15o C), que determina repouso fisiológico e queda parcial da folhagem. → constituído por fanerófitos com gemas foliares protegidas da seca por escamas (catáfilos ou pelos) e cujas folhas adultas são esclerófilas ou membranáceas deciduais. → A porcentagem das árvores caducifólias no conjunto florestal, (e não das espécies que perdem as folhas individualmente), situa-se entre 20% e 50%. → quatro formações: 3.1.Floresta Estacional Semidecidual Aluvial: → Encontrada com maior frequência na grande depressão pantaneira mato-grossense-do-sul, sempre margeando os rios da Bacia do Rio Paraguai. 3.2.Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas: → Desde o sul da cidade de Natal (RN) até o norte do Rio de Janeiro, proximidades do Município de Cabo Frio. Disjunções importantes também ocorrem nas depressões interioranas (Pantanal Mato-Grossense, do Araguaia e do Guaporé). → Pau-brasil (Caesalpinia echinata, Lam) 3.3.Floresta Estacional Semidecidual Submontana: → Encostas interioranas das Serras da Mantiqueira e dos Órgãos, e nos planaltos centrais capeados pelos arenitos Botucatu, Bauru e Caiuá. Ocorre também na borda sul amazônica, no contato da Floresta Ombrófila com a Savana (Cerrado). → Desde o Estado do Espírito Santo e sul do Estado da Bahia até os Estados do RJ, MG, SP, norte e sudoeste do PR, sul de MS, sul de GO, bem como em MT e RO. 3.4.Floresta Estacional Semidecidual Montana: → Poucas áreas ocupadas por esta formação estabelecida acima de 500 m de altitude. → Situam-se principalmente na face interiorana da Serra dos Órgãos, no Estado do RJ e na Serra da Mantiqueira, nos Estados de SP, RJ e MG (Itatiaia) e do ES (Caparaó). Outras áreas ainda menores ocupam os pontos culminantes dos planaltos areníticos. Perfil esquemático da Floresta Estacional Semidecidual Veloso, Rangel Filho e Lima (1991) Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas: Floresta Estacional Semidecidual Submontana: Floresta Estacional Semidecidual Montana: 4. Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia) → Disjunções distribuídas por diferentes quadrantes do País, com estrato superior formado predominantemente por caducifólios, com mais de 50% dos indivíduos sem folhagem no período desfavorável. → Grandes áreas descontínuas localizadas, do N p/ S, entre a Floresta Ombrófila e a Savana (Cerrado); de L/O, entre a Savana-Estépica e a Floresta Estacional Semidecidual; e, no sul, no vale do Rio Uruguai, entre a Floresta Ombrófila Mista do Planalto Meridional e a Estepe. → São identificadas em duas situações distintas: na zona tropical, apresentando uma estação chuvosa seguida de período seco; na zona subtropical, sem período seco, porém com inverno frio (temperaturas médias mensais menores ou iguais a 15o C, que determina repouso fisiológico e queda parcial da folhagem). → quatro formações: 4.1.Floresta Estacional Decidual Aluvial: → quase exclusiva das bacias dos rios do RS, encontra-se bastante degradada. Localizada nos terraços fluviais dos Rios Jacuí, Ibicuí, Santa Maria e Uruguai, também ocorre nas várzeas do Rio Paraguai, no MS, onde a drenagem é dificultada pelo pequeno desnível do rio. 4.2.Floresta Estacional Decidual das Terras Baixas: → áreas descontínuas relativamente pequenas, ocorrendo com maior expressividade na Bacia do Rio Pardo, no sul da BA. → Outras disjunções menores encontradas por todo o País devem ser delimitadas de acordo com as latitudes, salientadas com o fim exclusivo de se poder cartografá-las: - de 4o latitude Norte a 16o latitude Sul, na faixa altimétrica de 5 até em torno de 100 m; - de 16o latitude Sul a 24o latitude Sul, na faixa altimétrica de 5 até em torno de 50 m; e - de 24o latitude Sul a 32o latitude Sul, na faixa altimétrica de 5 até em torno de 30 m. 4.3.Floresta Estacional Decidual Submontana: → disjunções dispersas: - estreita faixa ao sul do Estado do Maranhão, entre o Cerrado e a Floresta Ombrófila Aberta; - no sul da BA, nos terrenos calcários da Bacia do Rio Pardo; - vertente interiorana da Serra da Mantiqueira, em MG, em terrenos do Pré-Cambriano; - vertente sul do Planalto das Missões(RS). 4.4.Floresta Estacional Decidual Montana: → áreas disjuntas bastante expressivas, com os seguintes parâmetros altimétricos, de acordo com as latitudes encontradas: - De 4o latitude Norte a 16o latitude Sul, varia de 600 até em torno de 2000 m de altitude; - - de 16o latitude Sul a 24o latitude Sul, varia de 500 até em torno de 1500 m de altitude; e - - de 24o latitude Sul e 32o latitude Sul, varia de 400 até em torno de 1000 m de altitude. Perfil esquemático da Floresta Estacional Decidual Veloso, Rangel Filho e Lima (1991) Classificações (Radiação): Remanescente de Floresta Estacional Decidual em afloramento de calcário, no início da estação chuvosa (Niquelândia-GO, 2010) Blocos diagramas das fisionomias ecológicas das Florestas Tropicais Veloso, Rangel Filho e Lima (1991) 5. Campinarana (Caatinga da Amazônia, Caatinga-Gapó e Campina da Amazônia) → Vegetação de ocorrência muito bem-definida pelas áreas de acumulações lixiviadas e planícies com Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos, com formas biológicas adaptadas a estes solos quase sempre encharcados; → florística típica com um “domínio” especifico de alguns gêneros endêmicos e também de espécies raquíticas amazônicas que se repetem num mesmo tipo de clima quente superúmido, com precipitações superiores a 3 000 mm anuais e temperaturas médias em torno de 25o C. → quatro formações:5.1.Campinarana Florestada (Caatinga da Amazônia e Caatinga-Gapó): → Ocorre em duas situações distintas: - nas acumulações arenosas periodicamente inundáveis, (Caatinga Amazônica); como se fosse uma mata jovem ou ripária que, em alguns locais, recebe a denominação de “ressaca” ; e, - assemelhando-se a uma “Floresta Ripária Alagada” (Caatinga- Gapó), aparece sempre ocupando as áreas deprimidas e planícies dos rios de água preta, inundadas na maior parte do ano, onde há predominância de solos rasos com presença de rocha logo abaixo. 5.2.Campinarana Arborizada (Campinarana e Caatinga-Gapó): → Constituído por arvoretas que ocorrem nos interflúvios tabulares e planícies fluviais, onde predominam acumulações arenosas. Formação não florestada, apresenta-se menos desenvolvida em face das limitações edáficas. Ocorre nos Espodossolos das depressões fechadas (Capinarana). → Fisionomia arborizada aberta, estabelecida nas áreas das depressões e planícies que permanecem encharcadas na maior parte do ano e que apresentam condições edáficas semelhantes à Campinarana (Caatinga-Gapó). 5.3.Campinarana Arbustiva (Campina da Amazônia e Caatinga- Gapó): → formação onde predominam arbustos cespitosos e ervas, densamente distribuídos e eventualmente entremeados por árvores baixas, que ocorrem nas áreas das depressões fechadas com Espodossolos. → as espécies são as mesmas da Campinarana Arborizada, mas a principal característica diferencial entre elas a altura de seus componentes, que raramente ultrapassam 2 m. 5.4.Campinarana Gramíneo-Lenhosa (Campina da Amazônia): → formação puramente herbácea, constitui-se na verdadeira Campina. Surge ao longo das planícies encharcadas dos rios de águas pretas e também nas depressões fechadas dos interflúvios tabulares, capeados pelo Espodossolo. → No caso das depressões, o encharcamento e a fisionomia pantanosa limitam-se ao período chuvoso, tornando-se bastante árida e seca no auge da estação desfavorável. Perfil esquemático da Campinarana (Campinas) Veloso, Rangel Filho e Lima (1991) Campinarana em terreno cárstico Campinarana Arborizada (Campinarana e Caatinga-Gapó) Campinarana Arbustiva (Campina da Amazônia e Caatinga- Gapó) Campinarana Arborizada com muitos indivíduos de seringarana-folha- dura (Micrandra sprucei (Müll. Arg.) R.E.Schult) (1975) Foto: Radambrasil, incorporado ao IBGE pelo Decreto no 91.295, de 31 de maio de 1985. Blocos-diagramas das fisionomias ecológicas da Campinarana Veloso, Rangel Filho e Lima (1991)
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