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Materiais 1 Carla Cristina Trabalho 3

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Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Tecnologia
ENGENHARIA CIVIL
Materiais de construção I: 
Corrosão e degradação dos materiais
Manaus - AM
09 de Novembro de 2018
CARLA CRISTINA ALENCAR DA SILVA – 21550221
Materiais de construção I: 
Corrosão e degradação dos materiais 
Trabalho realizado conforme assuntos abordados em sala para obtenção de nota parcial na disciplina Materiais de Construção I.
Prof, João de Almeida Melo Filho
Manaus - AM
09 de Novembro de 2018
INTRODUÇÃO
Cada tipo de material tem uma sensibilidade a uma determinada substância, por exemplo, o ouro resiste ao oxigênio, porém pode ser corroído por mercúrio, já o ferro não é corroído por mercúrio e sim por ar atmosférico. A corrosão e a degradação são mudanças nas propriedades dos materiais, causadas pela sua interação com os diversos ambientes aos quais os materiais ficam expostos, podendo ser mudanças físicas, mecânicas ou químicas. 
 
DEGRADAÇÃO E CORROSÃO DOS MATERIAIS
DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS CERÂMICOS
Os materiais cerâmicos são materiais inorgânicos, não metálicos, formados por elementos metálicos e não metálicos, ligados quimicamente entre si fundamentalmente por ligações iónicas e/ou covalentes. Como exemplos destes materiais podem ser citados os carbonetos (carboneto de silício - SiC), os nitretos (nitreto de silício-Si3N4), óxidos (alumina-Al2O3), silicatos (silicato de zircónio-ZrSiO4), etc.
As cerâmicas podem desagregar-se e isso é normalmente consequência de agentes físicos externos, agentes químicos internos e agentes mecânicos. 
Os agentes físicos mais degradantes são a umidade, vegetação e o fogo. Os dois primeiros agem através dos poros e deduz-se aí a importância da porosidade; a porosidade é um índice da qualidade do produto e de sua duração. O fogo é também altamente prejudicial para a cerâmica comum; esta tem sua resistência à compressão diminuída à medida em que se aumenta a temperatura. 
Os agentes químicos internos podem ser altamente degradantes. Assim, por exemplo, uma cerâmica com sais solúveis sofre intenso processo de deterioração. A umidade absorvida do ar pode dissolver esses sais, os quais virão a se cristalizar na superfície, ocasionando o que se chama eflorescência, que, além de dar má aparência, pode até ocasionar o deslocamento e queda do revestimento. 
Os agentes mecânicos, por seus esforços, podem vir a destruir as peças. Geralmente as cerâmicas têm maior resistência à compressão do que à flexão e demais solicitações. Decorre daí o seu emprego naquele tipo de solicitação. As cerâmicas também devem ter boa resistência ao choque, que é tão comum no transporte e no uso.
IMPERFEIÇÕES NAS CERÂMICAS
As propriedades de alguns materiais são profundamente influenciadas pela presença de imperfeições. A classificação de imperfeições é feita de acordo com a geometria ou dimensionalidade do defeito. Podem ser classificados em:
Defeitos Pontuais: associados com 1 ou 2 posições atômicas;
Defeitos lineares: uma dimensão; Podem ser divididos em:
- Cunha
	• Envolve um semi-plano extra de átomos;
• O vetor de Burger é perpendicular à direção da linha da discordância 
• Envolve zonas de tração e compressão
- Héli 
• Produz distorção na rede 
• O vetor de Burgers é paralelo à direção da linha de discordância.
 
	
Defeitos planos ou interfaciais (fronteiras): duas dimensões, são contornos que normalmente separam as regiões dos materiais que possuem diferentes estruturas cristalinas. 
Defeitos volumétricos: três dimensões. Incluem poros, trincas e outras fases.
MICROFISSURAS
Cerâmicas diferem da maioria dos metais e polímeros pois são frágeis à temperatura ambiente. Os defeitos têm um papel preponderante no comportamento mecânico de materiais cerâmicos.
Formação de microfissuras
• Tensões oriundas das etapas de produção ou das tensões de tração aplicadas. 
• Devido à baixa resistência à fratura do material, especialmente à flexão.
As microfissuras diminuem a resistência mecânica dos materiais cerâmicos.
Representam regiões de maior e mais fácil acesso de agentes agressivos.
DEFORMAÇÃO PLÁTICA
Nos materiais cristalinos o principal mecanismo de deformação plástica geralmente consiste no escorregamento de planos atômicos através da movimentação de discordâncias.
• Ocorre nas argilas 
• Interações entre os diversos minerais constituintes das argilas 
• Condições de queima, tais como a atmosfera do forno, a temperatura máxima e a taxa de aquecimento/resfriamento 
• Formada por minerais plásticos e minerais não-plásticos 
• Minerais plásticos 
• Perda de água de constituição e transformações de fases 
• Minerais não plásticos 
• Decomposição de hidróxidos, oxidação de matéria orgânica, transformação alotrópica do quartzo, decomposição de carbonatos, transformações de fases, redução de compostos e formação de fase líquida, entre outras modificações. 
EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU)
Os minerais que entram na composição da matériaprima das placas cerâmicas contêm água em suas moléculas, porém no processo de queima no forno durante a fabricação, essa água é volatizada. Logo após o processo de queima, e durante meses e anos após a fabricação, ocorrerá a rehidratação por adsorção de água em forma de vapor de umidade natural, e do meio ambiente onde a placa cerâmica for assentada. A rehidratação por adsorção de água, provoca um aumento das moléculas dos minerais, expandindo o corpo cerâmico. A expansão por umidade (EPU), também chamada de dilatação higroscópica, é portanto o aumento de tamanho da placa cerâmica na presença de umidade. A expansão por umidade tem início assim que a peça entra em contato com o meio ambiente na saída do forno.
Portanto, quando da aplicação do revestimento, uma pequena parte da expansão já ocorreu, e o restante ocorrerá com o revestimento já assentado. O tempo de estocagem da placa cerâmica também pode influenciar, uma vez que grande parte da expansão por umidade pode ter ocorrido no período de estocagem, resultando em pequena expansão por umidade a ocorrer após o assentamento. Para se obter placas cerâmicas com baixos valores de EPU são necessários alguns cuidados no processo de fabricação, visando a formação de estruturas bem organizadas. Para a avaliação da expansão por umidade ocorrida e a ocorrer, são empregadas as seguintes definições: 
• expansão por umidade ocorrida - remoção da água adsorvida (comprimento da peça no momento da determinação, em relação ao comprimento após requeima em mufla);
 • expansão por umidade efetiva - processos que aceleram a rehidratação total do produto cerâmico, que iria ocorrer durante anos (comprimento do corpo de prova após o ensaio acelerado em relação ao comprimento após requeima em mufla).
EFLORESCÊNCIA
As eflorescências são fenômenos de deposição de diversas formas de sais, nas mais e diversas constituições, na superfície dos materiais cerâmicos e das argamassas.
Os depósitos de eflorescências são originados pela migração da água carregada de sais no interior para a superfície do material por capilaridade. As condições necessárias para o seu aparecimento são: Presença de sais solúveis ou de substancias susceptíveis de formar sais por reação, umidificação do material e dissolução dos sais contidos no interior, textura capilar do material permitindo a migração da água do interior para o exterior e secagem do material.
Manifestam-se geralmente nas alvenarias externas logo no início da construção, ou em estação de calor mais intenso. É importante frisar que as eflorescências podem se manifestar durante as várias fases do processo produtivo.
O principal problema causado pelas eflorescências é a degradação estética imposta à obra. A remoção das manchas causadas pela deposição de sais na superfície dos materiais pode acontecer de forma natural no caso de eflorescência ligeiras, ou com uma lavagem apropriada, acrescentando custos na manutenção da obra.
DEGRADAÇÃODA MADEIRA
 Os materiais de construção são degradados pelos efeitos de condições ambientais adversas e a extensão dos danos consequentes depende quer dos materiais, quer da sua condição. Entre os materiais mais degradáveis, destacam-se a madeira, a tinta, os têxteis e o papel.
oda e qualquer peça de madeira está sujeita a qualquer tipo de movimento. A ação do movimento mecânico provoca um desgaste na madeira. Nada mais que uma altera o indesejável na sua estrutura. Ex.: dormentes de estrada de ferro; degraus de uma escada; blocos de madeira usados para pavimentação de cais, etc. 
Os principais agentes físicos que podem ocasionar a deterioração da madeira são o fogo: o principal responsável pela destruição de grandes peças de madeira; o calor: O aumento da temperatura ocasiona transformações químicas e estruturais na madeira, conferindo-lhe um aspecto semelhante a carbonização; e a umidade: Peças de madeira situadas em locais de abundante umidade facilmente são atacados por fungos. 
Já os agentes químicos são ácidos fortes, bases fortes, óxidos de ferro e enxofre, dentre outros, quando em contato com a madeira ocasionam uma redução nas suas propriedades físico-químicas, sendo os responsáveis pela sua decomposição. A madeira torna-se normalmente amolecida, com aparência desfibrada em forma de cabeleira. Identifica-se o agente químico utilizando um papel indicador umedecido (Tornassol). Pressiona-se este contra a área afetada e caso o pH estiver entre 2,0 e 8,0 pode-se concluir que o agente de origem química. Alguns exemplos são madeiras em contato com ferragens; pregos cravados em madeiras; pisos de madeira de fábricas de produtos químicos. 
No caso dos agentes biológicos, da estrutura anatômica da madeira, podemos destacar três principais componentes de fundamental interesse para a biodeterioração de madeiras, quais sejam: celulose, hemicelulose e lignina. Em segundo plano temos os materiais nitrogenosos, pectina, amido, açúcares, etc. que se encontram em quantidadepequenas. 
Diversos organismos na natureza podem, de uma forma direta ou indireta, utilizar estes componentes da madeira como fonte de energia, ocasionando com isso a chamada biodeterioração da madeira. Estes organismos são chamados "organismos xilófagos". 
Os principais agentes biológicos causadores da maioria dos danos e perdas em estruturas de madeira são os: insetos, fungos, moluscos, crustáceos e bactérias. Dentre estes, os principais responsáveis pela maioria das perdas em vários tipos de produtos florestais são os fungos, insetos.
As bactérias produzem um ataque vagaroso podendo levar até anos para notar-se alterações consideráveis na estrutura da madeira. 
Inicialmente atacam materiais de reserva das células dos raios. Posteriormente atacam as próprias células dos raios. Estágio mais avançado atacam as fibras e os traqueídeos. 
Além disso, exercem outros dois papéis importantes quais sejam: são os primeiros a colonizar em ambientes úmidos e exercem influência sobre outros organismos, atacando-os ou até inibindo-os. 
Dos vários tipos de fungos existentes na natureza, os principais responsáveis pela deterioração de madeiras são os fungos apodrecedores, fungos manchadores e os fungos emboloradores. Estes fungos necessitam de determinadas condições favoráveis para poderem desenvolver o ataque na madeira. 
DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS
É a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliado ou não a esforços mecânicos. Em geral a corro são é u m processo espontâneo. A deterioração leva ao desgaste, às variações químicas na composição e às modificações estruturais.
Principais Meios Corrosivos:
• Atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases:CO, CO2, SO2, H2S, NO2,...);
• Água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica; chuva ácida, etc.); 
• Solo (acidez, porosidade); 
• Produtos químicos.
Todos esses meios podem ter características ácidas, básicas ou neutra e podem ser aeradas. Um determinado meio pode ser extremamente agressivo, sob o ponto de vista da corro sob o ponto de vista da corrosão, para um determinado são, para um determinado material e inofensivo para outro.
Para um problema de desgaste de um material/componente, é essencial saber quais são os mecanismos que existem e como eles funcionam. Alguns dos mecanismos são citados abaixo.
Mecanismos de desgaste
Abrasão
Mecanismo mais encontrado na indústria e ele pode ocorrer em duas situações, com dois ou três corpos. O desgaste com dois corpos ocorre com o contato entre dois metais quando as asperezas de uma das superfícies danificam a outra superfície. Esse tipo de abrasão provavelmente sempre existirá, pois é impossível remover completamente essas asperezas, entretanto processos de polimento dos metais podem reduzi-las. Formas de reduzir o desgaste por abrasão são:
Avaliar se a peça está com lubrificação adequada
Selecionar um material adequado
Tratar a superfície do material, por exemplo com tratamentos térmicos ou revestimentos (como carbeto de tungstênio e de cromo).
Erosão
Ocorre quando partículas, carregadas por um fluído em movimento, rolam contra a superfície. Assim, essas partículas promovem a remocão de partículas da superfície. Então quando milhares de partículas são retiradas, ocorre um dano significativo. O próprio fluido também pode gerar a erosão e não apenas as partículas em seu meio.
Um exemplo onde esse tipo de desgaste ocorre é nas pás de hélices e em ventiladores, nas partes submetidas a pressão positiva.
Adesão
Como já falado, as superfícies são totalmente planas, mesmo com o melhor polimento disponível, elas continuarão contendo irregularidades. Assim, quando as superfícies entram em contato, o que realmente está em contato será os picos da rugosidade delas, como na imagem abaixo. Dessa forma, gera deformação plástica e uma adesão intermetálica pode ocorrer, devido ao calor gerado pelo atrito entre os componentes. Muitos dos metais possuem essa tendência de adesão. Formas de reduzir o desgaste adesivo:
Aprimorar propriedades mecânicas do material.
Selecionar material adequado ou alterar a natureza química das superfícies.
	Oxidação
A oxidação é considerada um desgaste moderado e ocorre quando o metal abaixo da camada de óxido da superfície possui baixa dureza ou está sob ação de uma alta carga de contato, ocorrendo deformação plástica. As asperidades da superfície com maior dureza irão penetrar através da camada de óxido, ocasionando atrito entre duas superfícies metálicas, que dependendo do sistema e do material pode ser abrasão ou desgaste adesivo.
Fadiga
O desgaste por fadiga, segundo a ASTM E1823-13 “é o processo de mudança localizada, permanente e progressiva na estrutura, que ocorre no material sujeito a flutuações de tensões e deformações que pode culminar em trincas ou completa fratura depois de um número suficiente de flutuações”.
Ou seja, nos mecanismos de adesão e abrasão não são necessários ciclos repetidos de contato entre as superfícies para gerar as partículas abrasivas. Em outros casos, existe um certo número de ciclos e o desgaste gerado depois desses ciclos é chamado de desgaste por fadiga.
CORROSÃO ASSOCIADA A ESCOAMENTO DE FLUIDOS
No escoamento de fluidos pode-se ter a aceleração dos processos corrosivos em virtude da associação do efeito mecânico com a ação corrosiva. O fluido de líquidos pode muitas vezes atrapalhar os filmes da superfície que poderiam oferecer proteção contra a corrosão. A corrosão causada pela ação de fluídos é classificada principalmente em corrosão-erosão; que por sua vez pode ser divida entre corrosão com cavitação e corrosão por turbulência.
Corrosão-erosão
A corrosão por erosão é a degradação da superfície do material por ação mecânica, muitas vezes causada pelo contato com líquido, abrasão, partículas. A ação abrasiva remove o filme deixou exposta, sem proteção, uma parte da superfície do metal. Se a camada que age como uma camada protetora não é capaz de se recuperar rapidamente, o produto de corrosão acontece rapidamente.A ação erosiva sobre um material metálico é mais frequente nos seguintes casos: 
quando se desloca um material sólido; 
quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas; 
quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou sólidas. 
Os processos de erosão-corrosão são comumente encontrados em tubulações, válvulas e outros componentes usados na indústria química, petroquímica e na exploração de minérios. Quando a corrosão e a erosão atuam conjuntamente, os mecanismos de dano são complexos e em geral as perdas de massa associadas com esta combinação de processos são maiores do que a soma das perdas geradas pela erosão ou a corrosão atuando separadamente.
Corrosão por Cavitação
Na cavitação, o escoamento de líquidos através de tubulações provoca a formação de bolhas de vapor nas regiões em que a pressão é menor do que pressão de vapor do líquido. Essas bolhas colapsam (implodem) e geram pressões de impacto na parede da tubulação ou de uma hélice que podem alcançar até 15.000 MPa. O desgaste decorrente desse processo é chamado cavitação, devido à grande formação de bolhas (cavidades). Para evitar a cavitação, deve-se encontrar meios de manter a pressão local acima da pressão de vaporização do líquido, evitando que este forme bolhas de vapor. Por exemplo: na pressão atmosférica a temperatura de vaporização da água é de cerca de 100C. Contudo, a uma pressão menor, a temperatura de vaporização também se reduz.
Corrosão por turbulência
Ocorre pela associação de fluxos turbulentos de um líquido, ricos em sólidos suspensos e gases dissolvidos, que podem causar sérios danos às películas passivantes, provocando extensa corrosão local, especialmente quando há a redução da área do fluxo, quando seu caminho torna-se mais estreito ou apresenta mudança de direção, como em curvas. De modo similar à cavitação, os fluxos turbulentos podem provocar regiões de baixa pressão e bolhas de gases dissolvidos (como por exemplo, o ar) e vapor que podem colapsar, causando a ação de ondas de choque do fluido contra a parede metálica e o processo erosivo deste modo resultante é denominado de impingimento. O ataque é diferente da cavitação, propiciando alvéolos (pites) na forma de ferradura e pela ação dominante de bolhas (geralmente ar) enquanto na cavitação a fase gasosa dominante é o vapor do líquido. Os fatores que aumentam o ataque por impingimento são:
 Aumentos de velocidade do fluído e particularmente da turbulência; 
Presença de oxigênio, poluição da água;
Aumento nas dimensões e na quantidade de bolhas de gases no fluído;
A turbulência pode danificar o filme de óxido protetor e causar ainda mais corrosão, ou pode desgastar mecanicamente a película de superfície para produzir um sulco profundo.
Corrosão intragranular
Geralmente, a corrosão envolve a degradação de uma superfície metálica exposta. A corrosão ocorre de diversas formas, desde uma corrosão uniforme em toda a superfície, a focos de corrosão severa.
Conforme o nome sugere, é um tipo de corrosão que ocorre nos contornos do grão. Esta corrosão é também chamada corrosão intercristalina. Habitualmente, este tipo de corrosão ocorre quando existe a precipitação de carboneto de crómio nos contornos do grão, durante o processo de soldagem, ou como consequência de um tratamento térmico insuficiente. Consequentemente, existe uma zona estreita à volta dos contornos do grão que poderá perder o crómio, e tornar-se menos resistente à corrosão do que o resto do metal. Este processo é extremamente significativo uma vez que o crómio desempenha um papel importante na resistência à corrosão.
Existem alguns exemplos de metais sujeitos a corrosão intergranular:
• Aço inoxidável - que possui um tratamento térmico ou soldagem insuficientes;
• Aço inoxidável EN 1.4401 (AISI 316) em ácido nítrico concentrado.
Corrosão sob tensão	Comment by carla cristina: 
Resulta da ação simultânea, sob condições específicas, de um meio agressivo e de tensões estáticas residuais ou aplicadas.
Características
- Formação de trincas que favorecem a ruptura do metal;
 - Caracterizada por duas fases distintas: 
		- Indução – lento processo corrosivo que precede a formação de trincas;
		 - Propagação – ação simultânea do esforço mecânico e do efeito corrosivo; - Fratura não apresenta estricção e é caracterizada por duas zonas distintas:
		 - Primeira zona – de caráter frágil, resulta do desenvolvimento das trincas de corrosão sob tensão. Geralmente se encontra coberta por produtos de corrosão; 
		 - Segunda zona – resultante da ruptura brusca do metal que tem seu limite de resistência ultrapassado em virtude da diminuição da seção transversal; - As trincas podem ser inter, transgranulares ou mistas – a forma de desenvolvimento depende do metal e do meio; 
		 - As trincas se desenvolvem perpendicularmente à direção do esforço de tração; apresentam efeito altamente localizado – pode-se ter peças trincadas ou rompidas sem que a superfície denote evidência de corrosão generalizada e com pouquíssima perda de peso; 
- Ocorre quando as tensões e as concentrações dos agentes responsáveis pelo processo ultrapassam determinados valores mínimos;
 - A velocidade de corrosão na extremidade da trinca é bem superior àquela da face das trincas e também na superfície externa da peça; 
- Ocorre apenas em condições altamente específicas que dependem da natureza do metal ou liga e também das condições físico-químicas do meio. EXEMPLO: aços inox não sofrem CST em ácidos sulfúrico, nítrico e acético, porém sofrem CST em meios contendo cloretos e em meios cáusticos. Aços inox sofrem CST em cloreto mas não em amônia, para os latões ocorre o contrário. 
- Aparentemente a especificidade é perdida em amostras que foram pré-trincadas.
Tensão
- Fator determinante no desenvolvimento deste tipo de corrosão;
- Podem ser residuais ou aplicadas;
- Tensões residuais: ciclos térmicos, processos de soldagem, trabalhos mecânicos;
- Para que a CST ocorra é necessário que a soma das tensões concentradas em uma determinada região ultrapasse um certo limite – variável para cada combinação metal-meio;
- Os principais efeitos da CST são verificados no final do período de exposição, resultando em falha puramente mecânica devido à redução da seção transversal.
Corrosão uniforme 
Forma de corrosão eletroquímica que processa em toda a extensão da superfície, ocorrendo perda uniforme de espessura. A corrosão uniforme é uma das mais fáceis de controlar, de ver, de proteger e também é a mais comum. 
Corrosão puntiforme ou por pites
Essa provavelmente é a forma mais destrutiva de corrosão, pois é muito difícil identifica-la, já que geralmente se forma embaixo da corrosão generalizada e também a perda percentual de peso da estrutura é muito pequena. Essa forma se diferencia da alveolar, porque diferente dos alvéolos, a profundidade da corrosão é maior do que o diâmetro da cratera formada. A presença de cloretos no ambiente a favorece e para evitar, pode-se polir a superfície e acrescentar 2% de molibdênio.
Corrosão em frestas
Ocorre em função da diferença da concentração de íons ou gases dissolvidos na concentração eletrolítica entre duas regiões na mesma peça. A corrosão vai ocorrer na região que possui a menor concentração.
DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS POLIMEROS 
Esse processo se dá pela atuação de agentes causadores de degradação no meio ambiente, causando deterioração progressiva no material que pode tornar irreversíveis as modificações em suas propriedades. Dessa forma, é um processo físico, químico ou até biológico que conduz à perda de funcionalidade do polímero e à perda de massa molar.
A degradação pode acontecer sob diversos aspectos.
Se pensando na severidade da modificação; quando se altera o aspecto visual do polímero, como a sua cor, é considerada como superficial não resultando, necessariamente, em danos irreversíveis. Já quando altera as propriedades mecânicas, térmicas, dentre outras físicas e químicas, é considerada estrutural uma vez que compromete o desempenho do materialquanto à estrutura.
Em relação às reações de degradação, pode ocorrer sem ou com cisão da cadeia principal do polímero. A primeira é considerada mais superficial, enquanto a segunda já resulta em modificações estruturais podendo ser mais drástica às propriedades.
Em relação aos agentes causadores e responsáveis pela degradação se tem os agentes físicos, sendo alguns deles a radiação solar, temperatura, atrito mecânico; os agentes químicos como a água, ácidos, bases, solventes, oxigênio, ozônio; e, inclusive, agentes biológicos como fungos e bactérias, ou seja, microorganismos.
A degradação nem sempre é um processo prejudicial. É possível geração de novos produtos, como compatibilizantes a partir da hidrolise da poliamida (patente da Unicamp com GE Plastics) ou ainda, a biodegradação que permite que os materiais sejam degradados, porém com descarte sustentável.
INCHAMENTO E DISSOLUÇÃO
São processo da mesma natureza. Ocorre quando polímeros são envolvidos por um meio liquido. Nesse caso, o polímero pode dissolver ou não o líquido e o liquido pode dissolver ou não o polímero. Quanto maior a semelhança entre as estruturas do polímero e do liquido maior a probabilidade de haver uma dessas dissoluções. Por exemplo, borrachas com base em hidrocarbonetos dissolvem bem hidrocarbonetos líquidos, como a gasolina. 
Quando o liquido não dissolve o polímero, mas este dissolve limitadamente o liquido, há inchamento. Isto ocorre porque moléculas do liquido penetram a estrutura do polímero e se alojam entre as cadeias de moléculas, sem quebra-las. Enfraquecidas as ligações secundárias entre as moléculas, a estrutura torna-se mais mole. 
Rupturas das ligações covalentes: este é o caso em que a própria cadeia das moléculas se rompe, também chamada de cisão. A ruptura é provocada por uma fonte de alta energia que é capaz de exceder a forte energia de ligação covalente da molécula. A cisão causa o abaixamento do pelo molecular e afeta suas propriedades mecânicas, tornando-os ainda mais suscetíveis ao inchamento e dissolução.
 A degradação de materiais poliméricos expostos ao ambiente tende a ocorrer devido à ação combinada da radiação ultravioleta, do calor e do oxigênio atmosférico. Diferente do que acontece nos metais, cuja corrosão tem causas eletroquímicas, a degradação nos polímeros ocorre por processos de natureza físico-química. Além disso, é possível uma ampla variedade de reações e consequências adversas para a desagregação polimérica (CALLISTER Jr et al., 2008). Os polímeros podem sofrer degradação por meio de rompimento das ligações moleculares, causando diminuição do peso molecular. Como existe uma relação forte entre o peso molecular e as propriedades dos materiais poliméricos, as rupturas das ligações da cadeia molecular reduzem a resistência mecânica e química dos polímeros. A ruptura das ligações pode ocorrer devido à exposição ao calor, às radiações ou alguns agentes químicos. A estabilidade térmica dos polímeros está intimamente ligada à magnitude das ligações químicas que formam seus compostos. Quando um composto recebe radiação (raios α, raios β, raios γ e radiação ultravioleta), os elétrons das camadas mais externas interagem com a radiação, podendo ser removidos da camada orbital de um determinado átomo. Este átomo, então, se ioniza, alterando a estrutura molecular e as características originais do polímero. Consequentemente, uma das ligações covalentes do átomo é rompida, ocorrendo um rearranjo de átomos ou grupos de átomos. Os polímeros são fortemente degradados pela ação do oxigênio, no entanto, estas reações deletérias estão associadas aos processos que envolvem alta temperatura ou incidência de radiação solar. Alguns processos de degradação são: a foto-oxidação, termo-oxidação, ação química devido a poluentes e microrganismos etc. Estes processos de degradação envolvem basicamente a absorção da radiação ultravioleta e reações de oxidação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho apresentou uma serie de conhecimentos sobre a influência das variáveis atmosféricas nos materiais da construção civil: cerâmicos, metálicos, poliméricos e madeiras. Com relação aos materiais cerâmicos, destaca-se que a radiação solar e temperatura do ar são as variáveis atmosféricas que mais influenciam a durabilidade das cerâmicas pelo efeito de dilatação e retraimento dos componentes da cerâmica. Já os metais, como não possuem porosidade, não são susceptíveis às variáveis descritas. Por outro lado, como os metais não possuem a mesma estabilidade química das cerâmicas, sofrem com a corrosão que é propiciada tanto pela umidade atmosférica quanto pela precipitação. Nos materiais poliméricos, a água não costuma ser o agente agressivo preponderante. A reduzida estabilidade das suas ligações químicas faz com que os polímeros se alterem estruturalmente quando expostos a elevadas temperaturas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ISAIA, G. Materiais de Construção Civil. 2007. V.1, 1ª Edição
PROBST, Sônia. As formas de corrosão. 2017. Disponível em: <http://engenheirodemateriais.com.br/2017/04/26/as-formas-de-corrosao/>. Acesso em: 02 nov. 2018.
TAGUCHI BORGES, Simone. CORROSÃO METÁLICA. 2017. Disponível em: <http://bizuando.com/material-apoio/miq/Aula_2_Corrosao.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2018.
CALLISTER, William. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 625 p. Disponível em: <http://www.azautom.com.br/engenharia/livro_callister.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2018
BOGAS, José Alexandre. Materiais cerâmicos. 2013. 42 p. Técnico Lisboa. Disponível em: <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/1689468335600764/Ceramicos_Bogas.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2018.
ROCHA, Aline Maria; ALBUQUERQUE, Bárbara; PINHEIRO, José Aurélio. Corrosão e Degradação de Materiais. 2010. 25 p. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Ceará. Disponível em: <http://pibid-cepac.weebly.com/uploads/3/1/2/8/31286421/corrosão.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2018

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