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COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
Prof. Alessandro Ostelino
COMUNICAÇÃO 
E 
COMUNIDADE 
“Rádio comunitária é um tipo especial de emissora de rádio FM (Frequência Modulada), de alcance limitado a, no máximo, 1 km a partir de sua antena transmissora, criada para proporcionar informação, cultura, entretenimento e lazer a pequenas comunidades. Trata-se de uma pequena estação de rádio, que dará condições à comunidade de ter um canal de comunicação inteiramente dedicado a ela, abrindo oportunidade para a divulgação de suas ideias, manifestações culturais, tradições e hábitos sociais”. 
Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
Características da Rádio Comunitária: 
» Não tem fins lucrativos;
» Grande parcela de serviços são voluntariado;
» Feito para e pela comunidade;
» É particularizada, direcionada e objetiva;
» Busca atingir um público específico;
» Conteúdo pouco opinativo e mais interpretativo.
Problema que causa preocupação: o controle religioso das rádios comunitárias.
Especialmente pela igreja católica e pela igreja evangélica (protestantes).
Conjugação do discurso religioso ao político.
Os comunicadores das rádios 
comunitárias geralmente:
» Não se percebem como jornalistas e nem como locutores;
» Preferem a denominação de comunicadores;
» Se preocupam e adaptam para não infringir a lei para não prejudicar a emissora;
» Percebem as mídias tradicionais como grandes empresas capitalistas, portanto os mesmo ideais;
» Se posicionam como catalisadores da mobilidade social em busca de melhorias práticas para a comunidade;
» Avaliam periodicamente seu desempenho e confraternizam constantemente.
Importância das rádios comunitárias para a comunidade local:
» Fornecem informações que não são transmitidas pelas grandes estações de rádio. Quando são, acaba não sendo compreendida pelo "homem comum";
» Informação veiculada é local e imediata - fatos corriqueiros da comunidade, que para grande imprensa não tem relevância;
» Imaterial - aspectos sociais;
» Econômica - comércio local de micro e pequenas empresas, vantajoso anúncio na emissora local;
(Legislação proíbe a publicidade paga, mas permite o anúncio por meio de "apoio cultural" - sem anúncio de promoções, preços...)
» Cultura local preservada por meio da oralidade;
» Democratizam a informação;
» Oportunidade de comunicar valores e ideais do cidadão comum.
“A primeira TV comunitária não foi uma emissora nem um canal de televisão. Era apenas uma produção audiovisual, no formato vídeo, assistida em praças públicas (por vezes também em recintos fechados, tais como postos de saúde e salas onde se realizavam cursos de formação política) através de um monitor de televisão ou telão sobre algum veículo de maior porte (caminhão ou Kombi). Conhecida por TV de Rua ou TV Livre, tratava-se de uma TV itinerante e participativa transformada em meio facilitador de processos educativo-comunitários, uma vez articulados a trabalhos de mobilização social realizados por Organizações Não-Governamentais, setores da Igreja Católica etc.”
 Cicilia M.Krohling Peruzzo
Há que se extrapolar a noção de comunidade de lugar, sem deixar de considerá-la, mas agregar o sentido comunitarista advindo de outros tipos de proximidades, tal como de interesses, objetivos e outros sentidos de vida em comum.
Origem da TV comunitária no Brasil
A TV comunitária surge no Brasil no formato de uma TV Livre, também denominada de TV de Rua, caracterizada pela produção de vídeos educativo-culturais, que são exibidos em circuito fechado ou em praça pública, destinados a recepção coletiva. 
As primeiras experiências ocorrem nos anos de 1980 no contexto das lutas pela redemocratização do Brasil. 
Normalmente são experiências comandadas por ONGs (Organizações não governamentais), Igrejas, Universidades
e Sindicatos.
Na maioria das vezes viabiliza-se a participação das pessoas nas várias etapas do processo de elaboração de um audiovisual
Também, a equipe, após estudo sobre as temáticas demandadas pela população local, grava debates ou depoimentos
das pessoas para posterior exibição.
Há também a sistemática de abrir-se o debate após a exibição de algum programa (técnica chamada de “Câmera Aberta”).
No Brasil somente na década de 1990 é que surge a TV comunitária propriamente dita, ou seja aquela com transmissão regular e que participa do espectro televisivo nacional, na modalidade de canal comunitário, na TV a cabo. 
Canais comunitários: viabilizados pela Lei 8.977/1995, que estabelece a obrigatoriedade das operadoras de TV a Cabo, beneficiárias da concessão de canais para, na sua área de prestação de serviços, disponibilizar seis canais básicos de utilização gratuita, além do Canal Judiciário. 
Estratégias de sustentação:
» autônomos e obrigados a encontrar próprias alternativas para viabilização econômico-financeira;
» não podem vender espaços para anúncios comerciais, apenas patrocínio/apoio (como as rádios comunitárias);
» a legislação não prevê que as operadoras de TV a Cabo destinem percentual sobre o que arrecada para as TVs comunitárias. Usufruem do um canal sem custos e encargos;
» não contam com suporte técnico para produção e edição de sons e imagens;
» não recebem recursos mas devem atentar para conteúdos educativos e culturais;
» vive de contribuições de associados e/ou de apoio cultural, cobrança para transmissão de programas, doações e apoio financeiro.
Prof.ostelino@folha.com.br
www.facebook.com/alessandro.ostelino
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