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FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL • Parede gastrointestinal Apresenta as seguintes camadas: 1. Serosa 2. Camada muscular lisa longitudinal 3. Camada muscular lisa circular 4. Submucosa 5. Mucosa As funções motoras do intestino são realizadas pelas diferentes camadas de músculos lisos. • Atividade elétrica do musculo liso gastrointestinal O musculo liso do trato gastrointestinal é excitado por atividade elétrica intrínseca, continua e lenta. Essa atividade consiste em dois tipos de ondas elétricas: 1. Ondas lentas: não são potenciais de ação, em vez disso, são variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana. São ocasionadas por interação entre as células do musculo liso e as células intersticiais de Cajal, que atuam como marca-passos elétricos das células do músculo liso. 2. Potenciais de espícula: são verdadeiros potenciais de ação causados pela entrada de grande quantidade de cálcio e pequena quantidade de sódio *Os potenciais de ação das fibras nervosas são diferentes dos potenciais do musculo liso gastrointestinal já que das fibras nervosos o potencial é causado pela rápida entrada de sódio. Além desses dois tipos de ondas elétricas, os potenciais de repouso da membrana do musculo liso também podem variar: Despolarização: quando o potencial fica menos negativo → fibras musculares ficam mais excitáveis Fatores que despolarizam a membrana: a) Estiramento do musculo liso b) Estimulação pela acetilcolina liberada pelos nervos parassimpáticos c) Diversos hormônios gastrointestinais Hiperpolarização: quando o potencial fica mais negativo → fibras musculares ficam menos excitáveis Fatores que hiperpolarizam a membrana: a) Efeito da norepinefrina e epinefrina b) Estimulação dos nervos simpáticos • Sistema nervoso entérico O trato gastrointestinal tem um sistema nervoso próprio, denominado sistema nervoso entérico, que é composto por 2 plexos: 1. Plexo mioenterico ou plexo de Auebach: controla quase todos os movimentos intestinais 2. Plexo submucoso ou pelxo de Maissner: controla a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local • Tipos de movimentos do trato gastrointestinal 1. Movimentos propulsivos – peristaltismo: faz com que o alimento percorra o trato com tempo apropriado para que ocorra digestão e absorção. O estimulo pra o peristaltismo é a distensão do trato gastrointestinal mas pode ser também por irritação química ou física do revestimento epitelial, ou intensos sinais nervosos parassimpáticos 2. Movimentos de mistura: mantem os conteúdos intestinais misturados. Esses movimentos diferem-se para cada parte do trato alimentar. • Controle hormonal da motilidade gastrointestinal 1. Gastrina Secretada pelas células G do antro do estomago, duoedeno e jejuno Secretado em resposta a estímulos associados a ingestão de alimentos: distensão do estomago, produtos da digestão de proteínas, peptídeo liberador de gastrina (produzido pelo nervo da mucosa gástrica) Age estimulando a secreção de acido gástrico e o crescimento da mucosa 2. Colecistocinina Secretado pelas células I da mucosa do duodeno e jejuno Secretado em resposta aos produtos da digestão de gordura, ácidos graxos e monoglicerideos. Principal hormônio responsável pelo controle da secreção de enzimas digestivas a) Estimula a contração da vesícula biliar expelindo bile para o duodeno b) Estimula secreção de enzima pancreática c) Inibe a contração do estomago para que não tenha esvaziamento gástrico – gerando tempo adequado para digestão de gordura d) Inibe apetite – para evitar excessos durante as refeições 3. Secretina Secretado pelas células S da mucosa do duodeno Secretada em resposta ao conteúdo gástrico acido que é transferido do estomago ao duodeno pelo piloro Promove a secreção pancreática de bicarbonato – contribui para neutralizar o acido • Ingestão de alimentos Boca: mastigação e deglutição Esôfago: peristaltismo Estomago: sístole antral Intestino delgado: contrações segmentares Intestino grosso: movimentos de massa e defecação Mastigação: Ajuda na digestão do alimento porque as enzimas digestivas só agem nas superfícies das partículas de alimentos Ingestão e deglutição do alimento: 1. Fase oral/estagio voluntario: forma o bolo alimentar, alimento esta pronto para ser deglutido → ele é voluntariamente empurrado para o fundo da boca pela pressão da língua contra o palato 2. Fase faríngea: Elevação do palato mole (para o alimento não ir para vias aéreas), epiglote se move pra trás e cobre a glote (impede a passagem do alimento para traqueia), esfíncter esofágico superior relaxa → alimento passa para o esôfago. 3. Fase esofágica: peristaltismo primário e peristaltismo secundário, relaxamento do esfíncter esofágico inferior. *O esôfago apresenta dois tipos de movimentos: peristaltismo primário e secundário. O peristaltismo primário, quando faço deglutição é ativado, leva o bolo ate o estômago. Se por alguma razão o transporte desse alimento não for completo isso vai ser percebido e ativa o peristaltismo secundário, que é uma continuação do peristaltismo ate que todo conteúdo do esôfago seja levado ao estômago. *Esfíncter esofágico inferior (cardia): é uma válvula muscular – em condições normais permanece contraído, quando a onda peristáltica desce ocorre seu relaxamento. Ajuda a evitar significativamente o refluxo do conteudo gástrico. OBS: Megaesofago o Consiste na dilatação do esôfago, ocorre após uma destruição parcial dos plexos nervosos da musculatura do esôfago, causando uma alteração e enfraquecimento de sua contratilidade. o Sintomas: refluxo, disfagia, regurgitação, perda de peso o Visível no raio x com contrataste (obs: o contrataste não vai para o estomago porque o esfíncter esta fechado) o Tratamento: dilatação pneumática do EEI (entra com sonda ate o nível do esfíncter, injeta ar para dilatar, permitido o fluxo para o estomago), incisão da musculatura esofágica, injeção de toxina botulínica. Funções motoras do estomago: 1. Armazenamento do alimento → depende do reflexo vasovagal, quando o alimento distende o estomago, o reflexo vasovagal reduz o tônus da parede muscular do estomago, de modo que a parede se distenda e comporte mais alimento (ate 1,5kg) 2. Mistura bolo alimentar com secreções gástricas → enquanto o alimento estiver no estomago ondas constritivas peristálticas fracas, denominadas ondas de mistura ocorrem em direção ao antro. Aliem disso o esvaziamento do estomago para o duodeno também gera ondas que auxiliam na mistura (sístole antral) 3. Esvaziamento do quimo do estomago para o intestino delgado → na maior parte do tempo as contrações no estomago são fracas e serve para misturar o alimento, porem a partir de um tempo que o alimento esta no estomago, as contrações se intensificam, gerado constrições peristálticas no sentido caudal que causam o esvaziamento do estomago (bomba pilórica). Essas ondas comprimem o alimento em direção ao piloro e pequena quantidade do quimo é transferida para o duodeno. Quando isso ocorre o piloro contrai rapidamente e faz com que a onda peristáltica que esta no antro volte em direção ao corpo novamente, isso é chamado de retropulsao/sístole antral e proporciona a mistura do alimento com as secreções e a trituração do alimento. - Regulação do esvaziamento gástrico: A velocidade e intensidade com que o estomago se esvazia é controlada por sinais tanto do estomago quanto do duodeno (mais potentes). Têm duas vias, uma nervosa e uma hormonal para coordenar. a) Fatores gástricos que promovem o esvaziamento - Via nervosa: quando o alimento distende o estomago, o reflexo vasovagal reduz o tônus da parede muscular do estomago, de modo que a parede se distenda e comporte mais alimento. Volume de alimento maiorpromove maior esvaziamento gastrico, porque a dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentericos que acentua a atividade da bomba pilórica e inibe o piloro. - Via hormonal: a distinção da parede gástrica provoca a liberação de gastrina pelas células G. Esse hormônio tem efeito potente sobre a secreção de suco gástrico pelas glândulas gástricas e além disso ela estimula a atividade da bomba pilórica. b) Fatores duodenais que inibem o esvaziamento - Via nervosa: quando o quimo entra no duodeno, várias alterações ocorrem e são percebidas pela parede do trato gastrointestinal que vai desencadear múltiplos reflexos enterogastricos que voltam para o estomago e retardam ou interrompem o esvaziamento gástrico. *reflexo enterogastrico vai do duodeno para o estomago, como esta no sentido contrario é um reflexo negativo. Os fatores que podem desencadear esses reflexos são: Distensão do duodeno Presença de qualquer irritação na mucosa duodenal Acidez do quimo duodenal (diminui o ph) Osmolaridade do quimo Presença de produtos de degradação química no quimo - Via hormonal: ao entrar gorduras no duodeno provoca a liberação de diversos hormônios pelo epitélio duodenal e jejunal, os hormônios são transportados pelo sangue e agem no estomago inibindo a bomba pilórica ao mesmo tempo que aumentam a contração do esfíncter pilórico. O mais potente desses hormônios é a colecistocinina (CCK), liberada no duodeno e jejuno que age inibindo a ação da gastrina e diminuindo a motilidade gástrica Outros hormônios inibidores do esvaziamento gástrico são a secretina e o pepitideo inibidor gastrico (GIP) *Camadas musculares do estomago: longitudinal, transversa, circular – existem para empurrar todo o alimento em direção ao piloro Movimentos do intestino delgado O intestino delgado tem 2 tipos de contração de mistura (contrações de segmentação) e peristaltismo (contrações propulsivas) - Contrações segmentares: quando o intestino delgado é distendido pelo quimo, provoca contrações ao longo do intestino. As contrações dividem o intestino em segmentos, por isso é chamado de contrações de segmentação, e são responsáveis por misturar o alimento e aumentar a absorção. - Peristaltismo: o peristaltismo tem sua atividade aumentada pela: 1. Distensão da parede do duodeno pelo quimo 2. Ação de sinais nervosos como o reflexo gastroenterico (provocado pela distensão do estomago e conduzido pelo plexo miontérico do estomago para o intestino – é um reflexo positivo já que vai do estomago para o intestino) 3. Ação de hormônios como: gastrina, insulina, colecistocinina, seratonina *Existem hormônios que inibem a motilidade do intestino delgado: seretina e glucagon. *Contrações segmentares misturam e aumentam a absorção enquanto o peristaltismo movimenta (a sístole antral faz isso tudo junto) No fim do intestino delgado esta a válvula ileocecal, seu funcionamento é semelhante ao piloro, evita que seja sobrecarregado o ceco e colón. Os estímulos que podem trabalhar em cima dessa região são: distensão ou irritante químico (relaxa para que passe para o colo), fluido, conteúdos (promove o esvaziamento em direção ao colo), por outro lado pressão e irritação química no ceco, inibe a abertura do íleo. Movimentos do colón Função do colón: absorção final de agua e eletrólitos do quimo e armazenamento do material fecal ate que possa ser expelido. No colón também tem dois tipos de movimentos: 1. Movimentos de mistura: servem para possibilitar absorção final de agua 2. Movimento de massa ou propulsivos: movimentos responsáveis pela defecação Defecação A maior parte do tempo o reto fica vazio devido a presença de um esfíncter entre o colón sigmoide e o reto e também ao angulo anorretal em 90° no repouso que dificulta o enchimento do anus. * o músculo anorretal mantem esse ângulo - Reflexos da defecação: Reflexo da defecação assim como o da deglutição depende de fibras aferentes e eferentes. Quando as fezes entram no reto aumentam a pressão e desencadeiam sinais aferentes que se propagam pelo plexo miontérico para dar início a ondas peristálticas. À medida que as ondas peristálticas chegam ao anus o esfíncter anal interno (formado por músculo liso – involuntário) relaxa e se o esfíncter anal externo (formado por músculo esquelético – voluntario) estiver relaxado, ocorre a defecação. Sinais parassimpáticos intensificam bastante as ondas peristálticas e relaxam o esfíncter anal interno. Durante o esforço para defecar ocorre a decida do assoalho pélvico, aumento do ângulo anorretal, relaxamento do m.puborretal. • Função secretora do trato gastrointestinal Tipos de gandulas: 1. Glândulas mucosas ou células caliciformes: presente em grande parte do epitélio do trato grastrointetsinal 2. Imaginações do epitélio na submucosa como as criptas de Lieberkuhn 3. Glândulas tubulares 4. Glândulas complexas: glândulas salivares, pâncreas, fígado Mecanismos de estimulação das glândulas do trato gastrointestinal: - Estímulos tanto mecânicos quanto químicos podem diminuir ou aumentar a estimulação das glândulas (estimulo tátil, irritação química, distensão da parede – aumenta a secreção) - Estimulação parassimpática: aumenta a secreção - Estimulação simpática – tem duplo efeito: 1. Estimulação simpática por si só aumenta um pouco a secreção das glândulas 2. Se estimulação parassimpática ou hormonal já estiver aumentando a secreção, o simpático vai causar vasoconstrição dos vasos sanguíneos que suprem as glândulas, reduzindo o suprimento sanguíneo, reduzindo a secreção. - No estomago e intestino vários hormônios gastrointestinais regulam o volume e as características químicas das secreções. Secreção de saliva Glândulas salivares: parótidas, submandibulares e sublinguais Estão sob controle parassimpático para estimular secreção 1. Estimulo aferente na língua 2. Interação dos sinais com os núcleos da salivação 3. Ativa as vias eferentes Saliva contem dois tipos de secreções: o Secreção serosa: composta pela ptialina (alfa-amilase) o Secreção mucosa: composta por mucina Contem altas concentrações de potássio e bicarbonato. *Quando é incialmente formada ela é rica em sódio e cloreto, porem à medida que vai encaminhando pelos ductos salivares ela vai reabsorvendo sódio e cloreto e secretando potássio e bicarbonato Secreção gástrica Além de células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estomago, existem também dois tipos de glândulas tubulares: glândulas oxinticas e pilóricas. - Glândulas oxinticas: Presentes principalmente no corpo e fundo do estômago É composta por 3 tipos celulares: 1. Células mucosas: secretam muco 2. Células parietais ou oxinticas: secretam acido clorídrico e fator intrínseco 3. Células principais ou pépticas: secretam pepsinogênio Para secretar o HCL as células parietais precisam ser altamente especializadas. Bomba de sódio e potássio gera um gradiente eletroquímico que proporcionam o funcionamento de outras bombas e que outros íons também sejam regulados. *HCL indo para o lúmen e bicarbonato para circulação Pepsinogenio: quando secretado não tem nenhuma atividade, ao entrar em contato com o acido cloridrico, é clivado em pepsina ativa e atua como enzima proteolítica. Fator intrínseco: essencial para absorção de B12 no íleo *Quando as células parietais são destruídas, comum em pessoas com gastrite crônica, desenvolve tanto acloridria (ausência de HCL) quanto anemia perniciosa (porque a maturação das hemácias não ocorre na ausência de estimulação da medula óssea pela vitamina B12). - Glândulas pilóricas: Localizadas no antro A principal função é secretar muco, além de também secretar gastrinae pequena quantidade de pepsinigênio. Controle de secreção gástrica o Acetilcolina: aumenta secreção de pepsinogênio, acido clorídrico e muco (estimula os 3 tipos de células) *Acetilcolina é liberada pela estimulação parassimpatica o Gastrina e histamina: aumentam a secreção de acido clorídrico (estimula apenas as células parietais) Fases da secreção gástrica 1. Fase cefálica: ocorre antes mesmo que de o alimento entrar no estomago, resulta da visão, do odor, da lembrança. São transmitidos pelos nervos vago. Responsável por 30% da secreção gástrica. 2. Fase gástrica: o alimento que entra no estomago excita: - Reflexos vasovagais - Reflexos entéricos locais - Secreção da gastrina e histamina Cerca de 60% da secreção gástrica. 3. Fase intestinal: a presença de alimento no duodeno, causa liberação de pequenas quantidades de gastrina pela mucosa duodenal que estimula a asecreção gástrica. Cerca de 10%. Inibição da secreção gástrica por fatores intestinais Embora o quimo no duodeno estimule ligeiramente a secreção gástrica, em outros momentos ele inibe essa secreção. A presença de alimento no intestino delgado inicia o reflexo enterogastrico reverso inibindo a secreção gástrica. Além disso, a presença de ácidos, gorduras, proteínas, líquidos hiperosmoticos ou hiposmoticos no intestino delgado entre outros fatores causam a liberação de secretina que inibe a secreção gástrica e controla a secreção pancreática. O proposito dos fatores intestinais que inibem a secreção gástrica é retardar a passagem do quimo do estomago para o intestino quando já estiver cheio. Secreção pancreática: A secreção pancreática contem múltiplas enzimas digestivas e também íons bicarbonato para neutralizar a acidez do quimo. As células pancreáticas são responsáveis por secretar enzimas digestivas e as células epiteliais dos túbulos e ductos secretam íons bicarbonato e agua. Regulação da secreção pancreática - controle neuro-hormonal: 1. Acetilcolina (aumenta produção de enzimas digestivas) 2. Colecistocinina (aumenta produção enzimas digestivas) → secretada pela mucosa duodenal e jejuna quando alimento entra no intestino delgado 3. Secretina (liberação do bicarbonato) → secretado pela mucosa duodenal e jejuno quando alimentos muito acidos entram no intestino delgado A secreção pancreática é semelhante à secreção gástrica, ocorre em 3 fases: fase cefálica, gástrica e intestinal *Ao contrario do estomago, os íons cloreto e bicarbonato vão ter sentido contraio, o cloreto é internalizado e o HCO3 vai para o lúmen. Secreção acida → espera que seja secretado mais bicarbonato Gorduras → espera que secrete tanto enzimas digestivas quanto bicarbonato Peptídeos (derivados de aa) → secreção maior de enzimas digestivas Secreção de bile pelo fígado Funções da bile: 1. Tem papel importante na digestão e na absorção de gorduras, por que: a) Ajuda a emulsificar as grandes partículas de gordura b) Ajuda na absorção dos produtos finais da digestão das gorduras através da membrana mucosa intestinal → formam micelas que ajudam na absorção 2. Serve como meio de excreção de diversos produtos do sangue como bilirrubina e colesterol em excesso. A bile é secretada pelo fígado em duas etapas: 1) Solução inicial secretada pelos hepatócitos contendo grande quantidade de ácidos biliares, colesterol e outros constituintes orgânicos. 2) No percurso pelos ductos biliares é acrescentada a bile solução aquosa de íons sódio e bicarbonato, secretados pelas células epiteliais que revestem os canalículos e ductos. *A segunda secreção é estimulada principalmente pela secretina que leva a secreção de íons bicarbinato. *Ou seja, a bile é composta por agua, sais biliares, bilirrubina colesterol, ácidos graxos, lectina, sódio, bicarbonato, entre outros íons. A bile é armazenada na vesícula biliar ate ser secretada no duodeno. Colecistocinina (CCK) → é liberado pela mucosa duodenal no sangue na presença de alimentos gordurosos no duodeno → causa contração da vesícula biliar e relaxamento do esfíncter de Oddi → liberação da bile Além disso, a estimulação vagal (liberação de acetilcolina) também causa uma certa contração da vesícula biliar Secreções do intestino delgado Presença de glândulas de Brunner na parede do duodeno que secretam grande quantidade de muco alcalino Muco é secretado em resposta a: 1) Estimulas táteis ou irritantes 2) Estimulação vagal 3) Hormônios gastrointestinais - secretina A função do muco é proteger o intestino delgado do acido liberado pelas secreções gastricas Na superfície do intestino delgado existem depressões denominadas criptas de Lieberkuhn, que ficam ente as vilosidades intestinais. Essas criptas são recobertas por 2 tipos de células: 1) Células caliciformes – secretam muco 2) Enterocitos – controla a secreção e absorção de agua e eletrólitos Secreções do intestino grosso Secreção de muco Secreção regulada por estimulo tátil e estímulos nervosos locais. A função do muco é proteger o intestino grosso, do acido, bactérias, escoriações. *Secreções gastrointestinais diárias: 6L e 700 *Diarreia: sempre que o intestino grosso fica irritado, como na presença de infecção bacterina na enterite, a mucosa secreta quantidade de agua e eletrólitos além do muco alcalino provocando movimento rápido das fezes na direção do anus. *Sistema nervoso entérico e central – compartilham de vários neurotransmissores iguais *Antipissicoticos – podem levar a constipação crônica, diarreia crônica – utilizam de neurotransmissores para o tratamento que podem agir no trato gastrointestinal. • Digestão e absorção no trato gastrointestinal Hidrolise: ocorre na digestão de carboidratos, proteínas e gorduras. É a separação de moléculas utilizando/adicionando moléculas de agua. Digestão e absorção de carboidratos 3 fontes principais de carboidratos presentes na dieta humana: amido, sacarose, lactose. *Além disso também ingerimos celulose, porem não temos nenhuma enzima capaz de hidrolisa-la, vira então fibra. A digestão dos carboidratos começa na boca e no estomago. Na saliva esta presente a enzima ptialina (alfa amilase salivar), essa enzima hidrolisa o amido em maltose e algumas moléculas de glicose. O alimento permanece pouco tempo na boca quebrando poucas moléculas, dessa forma a digestão por essa enzima continua no estomago ate que o alimento seja misturado com secreções gástricas. Outra enzima que atua é a alfa amilase pancreática presente na secreção pancreática liberada no duodeno. Outras enzimas também estão presentes no intestino delgado como a lactase, sacarase, maltase e alfa-dextrinase. - Lactose → galactose + glicose - Sacarose → frutose + glicose - Amido →(pitialina + amilase pancreática) → Maltose → (maltase + alfa-dextrinase) → múltiplas moléculas de glicose Para a absorção de glicose e galactose existe um simportador com sódio, à medida que absorve sódio elas são absorvidas juntos. Ou seja, se eu faço uma solução com glicose e galactose e sódio, eu tenho uma maior absorção dessas moleculas – isso é a base do Gatorade, soro fisiológico. *O que dar para criança com diarreia? Soro fisiológico – agua, sal e açúcar – devido ao gosto ruim tendem a tirar o sódio, mas ele é importante para a absorção Para frutose não existe esse cotrasnportador, é transportada por difusão facilitada. Digestão e absorção de proteínas As enzimas responsáveis pela digestão de proteínas são capazes de causar quebra da ligação peptídica através da hidrolise, separando os aminoácidos. Diferente do carboidrato que tem apenas 3 moléculas, as proteínas apresentam varias, precisando assim de mais enzimas A digestão inicia no estomago pela ação da pepsina gástrica→ atua em ph acido principal alvo é o colágeno A pepsina apenas inicia o processo de digestão quebrando a proteína em proteases, peptonas e polipeptídeos A maior parte da digestão das proteínas ocorre no intestino delgado sob ação de enzimas proteolíticas presentes na secreção pancreática → tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase, elastase → quebra em polipeptideos e alguns aa O ultimo estagio da digestaoção é feita nos enterocitos onde encontram-se múltiplas peptidases → quebra os polipeptideos em aa Os aa são absorvidos através do cotrasnporte com o sódio, apesar de alguns aa não depender disso. Digestão e absorção de gorduras A primeira etapa da digestão de gorduras é a quebra em partículas menores, denominado emulsificação. A maior parte desse processo ocorre no duodeno sob influencia dos sais biliares, que contem lectina. Depois disso começa agir a principal enzima, lipase pancreática, presente no suco pancreático. Essa enzima causa a hidrolise da gordura emulsificada em 2 ácidos graxos e 1 monoglicerol Além disso existem outras enzimas como a fofolipase A2 que quebra fosfolipidieos e a colesterol esterase que quebra éster de colesterol. Para que os ácidos graxo e glicerol sejam absorvidos, depende da formação de micelas. Essas micelas são formados pelos sais biliares. Depois de entrar na célula os lipídios são capitados pelo REL e reesterificados, formando triglicerídeos que são incorporados junto com colesterol e fosfolipídios nos quilomicrons. Absorção No intestino são secretados cerca de 8 a 9L por dia, sendo que 1,5 vem da alimentação. Maior parte da absorção ocorre no intestino grosso. Poucas substancias são absorvidas no estomago como: cafeína, álcool, anti-inflamatório não esteróis (AS é o mais famoso) → substancias altamente lipídicas são absorvidas Intestino delgado →250 metros quadrados de área de superfície isso acontece graças a 3 adaptações: 1. Dobras de Kerckring (aumenta 3x) 2. Vilosidades (aumenta 10x) 3. Microvilosidades (aumenta 20x a absorção) ou borda em escova → são moveis devido à presença de filamentos de actina – ao se mexerem aumenta a área de contato, aumenta absorção, presença de mitocôndrias para dar energia. Vilosidade/ Vilo: alta vascularização e muitas anastomoses (servem para desviar o sangue dos vilos nos períodos interprandiais, e nos pos prandiais elas fecham para o sangue passar ao longo dos capilares). Carboidratos e proteínas (aa) são absorvidos pelo sistema arteriovenoso→ vao ser absorvidos e boa parte é levado para o fígado através do sistema porta e no fígado ocorre o metabolismo de primeira passagem Já as gorduras absorvidas vão para o sistema linfático - ducto torácico – VCS – átrio direito (circulação sistêmica) Absorção de agua e íons Normalmente a agua segue por difusão com objetivo de manter o conteúdo isotônico com o liquido extracelular O sódio por segue por transporte ativo na membrana basolateral – bomba de sódio e potássio ATPase *Aldosterona → aumenta absorção de sódio *O sódio faz cotrasnporte com vários íons como glicose e aminoácidos. Ele também e capaz de fazer troca com o H+. A absorção do cloreto se da junto com o sódio. Quando sódio é reabsorvido, quimo fica eletronegativo, como o cloreto é negativo, é absorvido por difusão. O bicarbonato é absorvido de modo indireto: quando o sódio é absorvido, quantidades de H+ é secretado. O H+ reage com o bicarbonato formando acido carbônico que se dissocia em CO2 e H2O. A agua permanece no quimo e o CO2 é absorvido para o sangue e expelido pelos pulmões. Esse mesmo mecanismo ocorre nos túbulos renais. Existe também um antiportador de bicarbonato e cloreto, na presença de produtos ácidos o bicarbonato é secretado e reage com acido das fezes → neutraliza colón A absorção do cálcio depende do paratormônio e vitamina D → quando aumentados aumenta absorção do cálcio na parede gastrointestinal Potássio, ferro, magnésio, fosfato →normalmente tem uma absorção ativa *Íons bivalentes tem menor absorção que os monovalentes. - Absorção no intestino grosso Grande absorção de agua e íons Capacidade absortiva de 5 a 8 L mas normalmente absorve apenas 1,5 porque quase tudo já foi absorvido Grande parte da capacidade absortiva do colon se da na sua porção inicial (colon absortivo), enquanto o colon distal atua principalmente no armazenamento das fezes. Ocorre absorção de sódio e cloreto - devido ao gradiente osmótico vai a agua junto Nas fezes ¾ é agua e ¼ matéria solida – bactérias, gorduras, matéria inorgânica, proteína, restos indigeridos de alimentos.
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