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Aula 03. Teoria (1) (1)

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Ética Profissional
Ética do Advogado
Princípios Fundamentais
Art. 2. O advogado, indispensável à administração da Justiça, é
defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e
garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz
social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua
elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.
Art. 4. O advogado, ainda que vinculado ao cliente ou
constituinte, mediante relac ̧ão empregatícia ou por contrato
de prestac ̧ão permanente de servic ̧os, ou como integrante de
departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica,
público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e
independência.
Se cair na sua prova que o advogado é obrigado a
aceitar qualquer solicitação do cliente ou empregador, a
alternativa está incorreta.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer
procedimento de mercantilização, além disso é vedado o
oferecimento de serviços profissionais que implique,
direta ou indiretamente, angariar ou captar clientela.
Se cair na sua prova indícios de promoção pessoal ou
profissional do advogado e vínculos com ramo
empresarial, a alternativa está incorreta. O advogado
deve manter sempre conduta integra e compatível para o
exercício das suas atividades.
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM 
PROVA:
Questão – FGV/OAB – Exame de Ordem
– Questão Inédita
Sabendo que a figura do advogado é
indispensável à administração da Justiça,
em virtude do papel defensor do Estado
Democrático de Direito, dos direitos
humanos e garantias fundamentais, da
cidadania, da moralidade pública, da Justiça
e da paz social. É papel do advogado:
a) Tentar a conciliação à qualquer
momento, mesmo sem o consentimento do
seu cliente.
b) É facultativo ao advogado demonstrar o
relatório de gastos e os comprovantes para
o cliente no momento da prestação de
contas.
c) É permitido ao advogado divulgar os
boletins informativos do escritório em todos
os locais, sem violar a publicidade restrita e
moderada.
d) Atuar de modo a mitigar as
desigualdades sociais, viabilizar soluções
justas e adequadas para cada caso
concreto, garantir a igualdade de todos,
aplicar corretamente a lei e recorrer aos
instrumentos judiciais disponíveis.
A alternativa D está correta e é o gabarito
da questão. É papel do advogado atuar de
modo a mitigar as desigualdades sociais,
viabilizar soluções justas e adequadas para
cada caso concreto, garantir a igualdade de
todos, aplicar corretamente a lei e a recorrer
aos instrumentos judiciais disponíveis,
através de sua função pública e da sua
atividade indispensável. Além disso, compete
ao advogado atuar de acordo com os
princípios éticos legais, sendo vedado a
publicidade imoderada e irrestrita, devendo
atuar de modo transparente com o seu
cliente.
Questão – OAB/FGV – Exame de Ordem
– XI
José é advogado de João em processo
judicial que este promove contra Matheus.
Encantado com as sucessivas campanhas
de conciliação, busca obter o apoio do réu
para um acordo, sem consultar
previamente o patrono da parte contrária,
Valter.
Nos termos do Código de Ética, deve o
advogado
a) buscar a conciliação a qualquer preço
por ser um objetivo da moderna
Jurisdição.
b) abster-se de entender- se diretamente
com a parte adversa que tenha patrono
constituído, sem o assentimento deste
c) entender-se com as partes na presença
de autoridade sem necessidade de
comunicação ao ex adverso.
d) participar de campanhas de conciliação
e, caso infrutíferas, tentar o acordo
extrajudicial diretamente com a parte
contrária.
A alternativa B está correta. Configura-se
infração disciplinar a tentativa de
conciliação ou entendimento com a parte
adversa, sem o consentimento do cliente
(Art. 2º, §único, letra “e”). A busca da
conciliação, à todo e qualquer momento,
não permite ao advogado violar os
princípios éticos da relação com cliente,
devendo comunicá-lo antes sobre a
tentativa de conciliação, vedado alcançar o
resultado sem a participação do
contratante.
Questão – OAB/FGV – Exame de Ordem 
– XV
Fred, jovem advogado, é contratado para
prestar serviços na empresa BBO Ltda., que
possui uma assessoria jurídica composta
por cinco profissionais do Direito,
orientados por uma gerência jurídica. Após
cinco meses de intensa atividade, é
concitado a formular parecer sobre
determinado tema jurídico de interesse da
empresa, tarefa que realiza, sendo seu
entendimento subscrito pela gerência.
Após dez meses do referido evento, o tema
é reapresentado por um dos diretores da
empresa, que, em via para outro estado,
havia consultado um outro advogado.
Diante dos novos argumentos, o gerente
determina que Fred, o advogado precarista,
mesmo sem ter mudado de opinião,
apresente petição inicial em confronto com
o entendimento anteriormente preconizado.
No caso, nos termos do Código de Ética da
Advocacia, o advogado
a) deve submeter-se à determinação da
gerência jurídica.
b) deve apresentar seu parecer ao conjunto
de advogados para decisão.
c) pode recusar-se a propor a ação diante
do parecer anterior.
d) pode opor-se e postular assessoria da
OAB.
A alternativa C está correta. Dentre os
direitos e deveres do advogado encontra-se
a possibilidade de recusar à pedidos de
seus superiores sobre preceitos definidos e
estipulados anteriormente, à exemplo, da
tese defendida ou posicionamento sobre
determinada matéria. Ao advogado é
assegurado a independência técnica-
profissional, não sendo-lhe obrigado a
acolher demandas ou pleitos divergentes da
sua opinião, assim qualquer orientação
contrária a sua manifestação é permitido a
recusa (Art. 4º, §único, EAOAB).
INCOMPATIBILIDADE E 
IMPEDIMENTO 
• É a proibição TOTAL do exercício da advocacia.
INCOMPATIBILI
DADE
• É a proibição PARCIAL do exercício da advocacia.IMPEDIMENTO
O Conselho Federal determinou que as
alterações no quadro de incompatíveis e
impedidos são taxativos, afastado
qualquer resolução ou provimento
dos Conselhos Seccionais nesse
sentido.
Incompatibilidade
A incompatibilidade veda o exercício da
advocacia mesmo em causa própria.
Veremos a seguir as atividades que são
incompatíveis:
Chefe do Poder Executivo. 
A incompatibilidade está vinculada ao
cargo e não a pessoa.
O cargo de Chefe do Poder Executivo é
exercido pelos Prefeitos, Governadores,
Presidente da República e seus
substitutos legais.
Enquanto permanecer no cargo ou
função pública a incompatibilidade
continua. O afastamento temporário
não permite o exercício da advocacia.
A incompatibilidade está vinculada ao
cargo e não a pessoa.
O cargo de Chefe do Poder Executivo é
exercido pelos Prefeitos, Governadores,
Presidente da República e seus
substitutos legais.
Enquanto permanecer no cargo ou
função pública a incompatibilidade
continua.O afastamento temporário
não permite o exercício da advocacia.
Membros da mesa do Poder Legislativo. 
Apenas os membros da mesa do
Poder Legislativo são incompatíveis. A
mesa é formada pelo Presidente,
Vice-Presidente e Secretários
nomeados para o cargo.
Os membros do Poder Legislativo,
como regra, são impedidos. Os
membros da mesa do Poder
Legislativo são incompatíveis.
Mesa do Poder 
Legislativo 
Incompatibilidade
Membros do Poder 
Legislativo
Impedimento
Membros de órgãos do Poder Judiciário. 
Todos os membros do Poder Judiciários
são incompatíveis para o exercício da
advocacia. Leia-se: membros do Poder
Judiciário como os magistrados: juízes
substitutos, juízes de Direito,
desembargadores e os Ministros dos
Tribunais.
Os membros do Ministério Público
também são incompatíveis, assim como os
membros dos tribunais econselhos de
contas, dos juizados especiais, da
justiça de paz, bem como de todos os que
exerçam função de julgamento em órgãos
de deliberação coletiva da administração
pública direta e indireta.
Para que você consiga visualizar e
compreender, são incompatíveis:
IN
C
O
M
P
A
T
I
V
É
I
S
: JUÍZES SUBSTITUTOS E JUÍZES DE DIREITO;
DESEMBARGADORES E MINISTROS DOS TRIBUNAIS;
PROMOTORES DE JUSTIÇA, PROCURADORES DA REPÚBLICA 
E REGIONAIS
Ocupantes de Cargos ou Funções de DIREÇÃO. 
Os cargos e funções de direção geram
incompatibilidade para o exercício da
advocacia nos seguintes órgãos:
• Órgãos da Administração Pública direta ou indireta;
• Fundações;
• Empresas controladas ou concessionárias de 
serviço público;
OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES 
DE DIREÇÃO:
Não se incluem no rol de
incompatibilidade os que não detenham
poder de decisão relevante sobre
interesses de terceiro, a juízo do
conselho competente da OAB, bem
como a administração acadêmica
diretamente relacionada ao magistério
jurídico.
As atividades estão relacionadas ao
cargo ou função de direção. A seguir
veremos a incompatibilidade nos cargos
e funções, de qualquer natureza.
Ocupantes de Cargos ou Funções
Vinculados direta ou indiretamente 
ao Poder Judiciário
Trata-se de função ou cargo exercidos em
qualquer órgão do Poder Judiciário.
Essa condição é estendida para qualquer
cargo ou função, inclusive, para os cargos
de psicólogo no Tribunal, assim como os
técnicos de atividade judiciária, os
analistas judiciários, os contadores
judiciais, os assessores dos
desembargadores, os seguranças e
demais cargos auxiliares ligados ao Poder
Judiciário.
Todos os cargos e funções de qualquer
natureza, desde que vinculados (direta ou
indiretamente) ao Poder Judiciário.
Serviços notariais e de Registro
Encontram-se nessa situação de
incompatibilidade os que exercem os
serviços notariais e de registro (tabeliães,
notários, registradores e escreventes de
cartório extrajudicial).
Atividade policial de qualquer
natureza
Todos os policiais estão incluídos nessa
incompatibilidade, inclusive, os militares
que estão na ativa. Aqueles que estão
afastados definitivamente podem
exercer a advocacia.
Apenas o afastamento temporário impede
praticar os atos privativos da advocacia.
Portanto, são incompatíveis:
A
T
I
V
I
D
A
D
E
 
P
O
L
I
C
I
A
L
Policiais Federais (agentes, escrivãoes e delegados) 
Policiais civis (investigadores, comissários, delegados)
Policiais militares e policiais rodoviários
Corpo de bombeiro militar
Perito criminal, datiloscopistas e médico-legista
Os militares de qualquer natureza
compreendem os das Forças Armadas: a)
exército, b) marinha e c) aeronáutica. Não
importa a patente. Todos são
incompatíveis, desde que estejam na ativa.
• Lançamento;
• Arrecadação ou Fiscalização 
de Tributos;
• Contribuições Para fiscais
Ocupantes de 
Cargos ou 
Funções: 
Para facilitar a compreensão, são os cargos
de:
a)Auditores fiscais,
b)Fiscais de receita previdenciária,
c)Fiscais de renda e
d)Fiscais do trabalho.
Os gerentes e diretores de instituições
financeiras públicas ou privadas são
proibidos de exercer os atos da advocacia.
Funções de gerência e direção
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO 
EM PROVA:
Questão – FGV/OAB – Exame de
Ordem – XV
Abelardo é magistrado vinculado ao
Tribunal de Justiça do Estado K e requer
licença para tratamento de questões
particulares, pelo prazo de três anos, o
que foi deferido. Como, antes de assumir o
referido cargo, era advogado regularmente
inscrito nos quadros da OAB, requer o seu
reingresso, comprovando o afastamento
das funções judicantes.
Nos termos do Estatuto da Advocacia,
assinale a afirmativa correta.
a) A incompatibilidade com a advocacia
persiste aposentadoria do cargo efetivo
b) O afastamento temporário do cargo que
gera a incompatibilidade permite inscrição
provisória
c) A incompatibilidade permanece mesmo
que ocorra o afastamento temporário do
cargo.
d) O afastamento do cargo incompatível
permite a inscrição após um período de
três anos.
A alternativa C está correta e é o gabarito da
questão. O Estatuto da Advocacia e da OAB no
artigo 28, §1º, estabelece que “a
incompatibilidade permanece mesmo que o
ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo
temporariamente”, significa dizer que a
incompatibilidade vincula-se ao cargo e não ao
servidor, de modo que o afastamento
temporário não permite o desligamento da
função exercida. Dessa forma, o magistrado não
poderá exercer os atos privativos da advocacia
pela vedação expressa do dispositivo em
comento, podendo advogar apenas quando o
afastamento for definitivo.
Questão – FGV/OAB – Exame de
Ordem – XIII
Joel é Conselheiro do Tribunal de Contas
do Município J, sendo proprietário de
diversos imóveis. Em um deles, por força
de contrato de locação residencial, verifica
a falta de pagamentos dos alugueres
devidos. O Conselheiro é Bacharel em
Direito, tendo exercido a advocacia por
vários anos na área imobiliária. Nesse
caso, nos termos do Estatuto da
Advocacia, o Conselheiro
a) poderia atuar como advogado em
causa própria
b) deverá contratar advogado para a
causa diante da situação de
incompatibilidade.
c) poderia advogar; recomenda-se,
contudo, a contratação de advogado
d) está com a sua inscrição como
advogado suspensa
A alternativa B está correta e é o
gabarito da questão. A função exercida
nos órgãos de fiscalização tributária,
especificamente, os auditores e
conselheiros, são incompatíveis com o
exercício da advocacia, devido à natureza
jurídica e as atribuições exercidas. No
presente caso, verifica-se a
incompatibilidade do Conselheiro do
Tribunal de Contas do Município por
exercer o cargo efetivo e não poder
atribuir a advocacia privada como sua
atividade esporádica.
Vejamos o artigo 28, inciso I e §único do
Estatuto da Advocacia e da OAB: “São
impedidos de exercer a advocacia os
membros de órgãos do Poder Judiciário,
do Ministério Público, dos tribunais e
conselhos de contas, dos juizados
especiais, da justiça de paz, juízes
classistas, bem como de todos os que
exerçam função de julgamento em
órgãos de deliberação coletiva da
administração pública direta e indireta,
não incluindo, os docentes dos cursos
jurídicos.
Questão 3 – FGV/OAB – Exame de
Ordem – VIII
Além de advogado, João é professor da
Universidade pública M", com natureza de
autarquia, onde exerce as funções de
coordenador acadêmico da graduação do
Curso de Direito. Diante do prestigio
acumulado, o seu escritório de advocacia
vem a ter renome, atuando em diversas
causas nas comarcas de influência da
universidade. Essas circunstâncias
indicam que o cargo ocupado pelo
advogado seria um caso
a) abrangido pelas normas que criam
regras de incompatibilidade para
administradores públicos
b) não previsto, vez que a atuação como
dirigente de entidade pública é
irrelevante para o sistema de
incompatibilidades.
c) excepcionado diante da característica
que o vincularia ao magistério jurídico
d) incluído no rol de incompatibilidades
por não permitir que o advogado exerça
cargo administrativo nas universidades
públicas.
A alternativa C está correta e é o
gabarito da questão. Na questão
apresentada, o exercício do magistério
jurídico (professor universitário) e a
advocacia é permitido pelo Estatuto da
Advocacia e da OAB, por não violar os
preceitos institucionais da atividade e não
gerar conflitos de interesses e captação
de clientela. Assim, o vínculo da
advocacia com a de magistério jurídico é
permitido e não configura
incompatibilidade ou impedimento para o
exercício.Trata-se de proibição parcial do exercício da
advocacia, pois pode ser exercido em causa
própria.
Os servidores não podem exercer a advocacia
contra a Fazenda Pública que os remunera
ou à qual seja vinculada a entidade
empregadora.
Servidores da Administração direta, 
indireta e fundacional 
Membros do Poder Legislativo 
Os membros da mesa do Poder Legislativo
são incompatíveis.
São impedidos de advogar contra ou a
favor das pessoas jurídicas de direito público,
empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações públicas, entidades
paraestatais ou empresas concessionárias ou
permissionárias de serviço público.
Exceção 
Docentes
Os docentes dos cursos jurídicos podem
advogar, pois não se incluem nas hipóteses
de impedimento.
Licença
A licença temporária não permite a quebra da
incompatibilidade, pois a incompatibilidade
permanece no cargo e não na pessoa.
Aposentadoria
A aposentadoria permite o ingresso na
advocacia e a prática dos atos privativos do
advogado.
Com a Emenda Constitucional n. 45/2004 o
inciso V foi acrescentado no artigo 95,
parágrafo único e o parágrafo 6 ao artigo 128
proibindo a atuação dos magistrados e
membros do Ministério Público aposentados
ou exonerados perante o tribunal que se
afastaram pelo período de três anos do
afastamento.
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO 
EM PROVA:
Questão – FGV/OAB – EXAME DE ORDEM
– XIV
Ao requerer sua inscrição nos quadros da
OAB, Maria assinou e apresentou declaração
em que afirmava não exercer cargo
incompatível com a advocacia. No entanto,
exercia ela ainda o cargo de Oficial de Justiça
no Tribunal de Justiça do seu Estado. Pouco
tempo depois, já bem sucedida como
advogada, pediu exoneração do referido
cargo. No entanto, um desafeto seu, tendo
descoberto que Maria, ao ingressar nos
quadros da OAB, ainda exercia o cargo de
Oficial de Justiça, comunicou o fato à
entidade, que abriu processo disciplinar para
apuração da conduta de Maria, tendo ela sido
punida por ter feito falsa prova de um dos
requisitos para a inscrição na OAB.
De acordo com o EAOAB, assinale a opção
que indica a penalidade que deve ser
aplicada a Maria.
a) Maria não deve ser punida porque, ao
tempo em que os fatos foram levados ao
conhecimento da OAB, ela já não mais
exercia cargo incompatível com a advocacia.
b) Maria não deve ser punida porque o cargo
de Oficial de Justiça não é incompatível com
o exercício da advocacia, não tendo Maria,
portanto, feito prova falsa de requisito para
inscrição na OAB.
c) Maria deve ser punida com a pena de
suspensão, pelo prazo de trinta dias.
d) Maria deve ser punida com a pena de
exclusão dos quadros da OAB.
A alternativa D está correta e é o gabarito
da questão. Os membros do Poder
Judiciário, do Ministério Público, dos
Tribunais e Conselhos de Contas são
incompatíveis com a advocacia, mesmo em
causa própria, configurando infração
disciplinar de exclusão o uso de falsa prova
de qualquer dos requisitos para inscrição na
OAB (Art. 28, inciso II, EAOAB); (Art. 34,
inciso XXVI, EAOAB) e (Art. 38, inciso II,
EAOAB). Não é tolerável a omissão ou
falsificação dos requisitos para inscrição na
OAB, sendo considerado nulo todos os atos
praticados e aplicável a pena de exclusão
dos quadros da OAB por violar os preceitos
institucionais, morais e éticos da advocacia.
Questão – OAB/FGV – EXAME DE
ORDEM – XIV
Cláudia, advogada, inicialmente transitou
pelo direito privado, com assunção de
causas individuais e coletivas. Ao ser
contratada por uma associação civil,
deparou com questões mais pertinentes ao
direito público e, por força disso, realizou
novos estudos e contatou colegas mais
experientes na matéria.
Ao aprofundar suas relações jurídicas,
também iniciou participação política na
defesa de temas essenciais à cidadania. Por
força disso, Cláudia foi eleita prefeita do
município X em eleição bastante disputada,
tendo vencido seu oponente, o também
advogado Pradel, por apenas cem votos.
Eleita e empossada, motivada pelo sentido
conciliatório, convidou seu antigo oponente
para ocupar cargo em comissão na
Secretaria Municipal de Fazenda.
A partir da hipótese apresentada,
observadas as regras do Estatuto da OAB,
assinale a opção correta
a) A prefeita exerce função incompatível
com a advocacia;
b) O secretário municipal pode atuar em
ações contra o município;
c) A prefeita deve pedir autorização para
exercer a advocacia;
d) O secretário municipal pode atuar em
pleitos contra o Estado federado.
A alternativa A está correta. Na situação
apresentada, a posse da advogada em cargo
político do Poder Executivo torna-se
incompatível para o exercício dos atos
privativos da advocacia. Desse modo, a
nomeação como prefeita lhe afasta dos
quadros da OAB pela incompatibilidade da
sua atividade. Vejamos o artigo 28, inciso I,
do Estatuto da Advocacia e da OAB: “O
chefe do Poder Executivo e membros da
Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos
legais são incompatíveis.
Questão – OAB/FGV – EXAME DE
ORDEM – XIII
Juarez da Silva, advogado, professor
adjunto de Direito Administrativo em
determinada Universidade Federal, foi
procurado, na qualidade de advogado, por
um grupo de funcionários públicos federais
que desejavam ajuizar determinada ação
contra a União. Pode Juarez aceitar a causa,
advogando contra a União?
a) Não. Juarez não pode aceitar a causa,
pois está impedido de exercer a advocacia
contra a Fazenda Pública que o remunera.
b) Sim. Juarez poderá aceitar a causa, pois
o impedimento de exercício da advocacia
contra a Fazenda Pública que remunera os
advogados que são servidores públicos não
inclui a hipótese de docentes de cursos
jurídicos.
c) Sim. Juarez poderá aceitar a causa, pois
não há nenhum tipo de impedimento para o
exercício da advocacia por servidores
públicos.
d) Não. Juarez não poderá aceitar a causa,
pois exerce o cargo de professor
universitário, que é incompatível com o
exercício da advocacia.
A alternativa B está correta. Os docentes dos
cursos jurídicos não são impedidos de exercer
a advocacia (Art. 30, §único, do EAOAB). A
situação apresentada é excepcional pela
ausência de vinculo do professor universitário
com a União Federal, sendo permissivo ao
magistério jurídico exercer os atos privativos
da advocacia. O artigo 28, inciso I e §único, do
Estatuto da Advocacia e da OAB determina o
impedimento da advocacia pelos servidores da
administração direta, indireta e fundacional,
contra a Fazenda Pública que os remunere ou
à qual seja vinculada a entidade em
pregadora, não incluindo, os docentes dos
cursos jurídicos.
Infrações Disciplinares
Exercer a profissão quando impedido de fazê-lo, ou 
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não 
inscritos, proibidos ou impedidos.
Os atos da advocacia somente podem ser
exercidos por advogados regularmente
inscritos no quadro da OAB. O bacharel em
direito, aprovado no exame de ordem, não
pode exercer a advocacia, enquanto não
preencher os requisitos do artigo 8 da OAB.
São nulos os atos privativos de advogado
praticados por pessoa não inscrita na OAB,
sem prejuízo das sanções civis, penais e
administrativas. São também nulos os
atos praticados por advogado impedido - no
âmbito do impedimento - suspenso,
licenciado ou que passar a exercer
atividade incompatível com a advocacia.
As infrações disciplinares são aplicáveis a
todos os profissionais regularmente inscritos
na OAB, não abrangendo os que
exercem ilegalmente a profissão.
Para os não inscritos, aplica-se a legislação
penal comum, extensivo aos regularmente
inscritos, em observância ao princípio da
separação dos poderes.
O exercício de atividade incompatível com a
advocacia não impede a aplicação da
infração disciplinar, sendoregistrado no
cadastro do advogado e aplicado após a
regularização nos quadros da OAB.
Manter a sociedade profissional fora as 
normas e preceitos estabelecidos nesta 
lei.
Nós sabemos que os advogados podem
reunir-se em sociedade simples de prestação
de serviços de advocacia ou sociedade
unipessoal de advocacia. Apenas os
advogados regularmente inscritos na OAB
podem montar uma sociedade, afastado o
registro por bacharéis em direitos ou
pessoas impedidas.
O registro da sociedade é realizado no
Conselho Seccional da OAB em cuja base
territorial tiver sede.
Valer-se de agenciador de causas, mediante a 
participação nos honorários a receber.
Angaria ou captar causas, com ou sem a 
intervenção de terceiros.
A indicação do profissional deve ser
realizada a partir da experiência e dos títulos
acadêmicos. A indicação de advogado
mediante o pagamento de honorários é
vedada pelo nosso ordenamento, pois
configura captação de clientela.
Assinar qualquer escrito destinado a processo 
judicial ou para fim extrajudicial que não tenha 
feito, ou em que não tenha colaborado. 
Talvez, na prática, você já tenha visto isso
acontecer, não é mesmo? Pois é. Essa
situação configura infração disciplinar
punível com a sanção de censura. O
advogado não pode subscrever peças sem
tomar conhecimento e ser responsável pelo
ato judicial ou extrajudicial.
O advogado que assina qualquer petição e
não atua no processo viola o dispositivo
legal e responde disciplinarmente. Lembre-
se: A prática jurídica é computada com a
experiência e atuação do advogado e não
pelo número de petições assinadas sem
qualquer envolvimento.
Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a 
boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na 
injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior.
Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou 
de julgado, bem como de depoimentos, documentos e 
alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou 
iludir o juiz da causa. 
Prestar concurso a cliente ou a terceiros para a realização de 
ato contrário à lei ou a destinado a fraudá-la.
Qualquer alteração no teor do dispositivo
configura infração disciplinar.
Diante de irregularidades ou violação
constitucional o advogado tem o direito de
petição e pode advogar contra dispositivo de
lei como, por exemplo, o objeto da ação
direta de inconstitucionalidade (ADI).
Violar, sem justa causa, o sigilo profissional.
Configura infração disciplinar a violação do
sigilo profissional sem justa causa. Nós já
sabemos que o advogado pode quebrar o
sigilo em duas hipóteses: a) ameaça contra
vida/honra do advogado ou de qualquer
outra pessoa e b) quando autorizado pelo
cliente.
Estabelecer entendimento com a parte adversa 
sem autorização do cliente ou ciência do 
advogado contrário.
Esse é tópico mais cobrado em prova. O
advogado não pode conciliar com a outra
parte, sem o consentimento do seu cliente.
Em hipótese alguma, ok? O interesse é
exclusivamente do seu cliente e não
importa se o acordo for mais vantajoso ou
não, pois quem decide é a pessoa que te
contratou.
Prejudicar, por culpa grave, interesse 
confiado au seu patrocínio.
Acarretar, conscientemente, por ato 
próprio, a anulação ou a nulidade do 
processo em que funcione.
O advogado responde todos os prejuízos
causados ao cliente, seja por dolo - com
intenção de prejudicar - ou por culpa - sem
a intenção. A responsabilidade do advogado
é ilimitada e subsidiária.
Abandonar a causa sem justo motivo ou 
antes de decorridos dez dias da 
comunicação da renúncia.
A renúncia é realizada pelo advogado, sem a
necessidade de justificativa, sobre o
desligamento do processo ao cliente.
Após a notificação da saída do processo, o
advogado deve continuar como patrono
durante 10 dias corridos, para que o cliente
tenha tempo hábil para contratar outro
advogado.
Se o advogado for substituído durante esse
período, a sua permanência no processo é
facultativa. Todavia, se o advogado não for
substituído e não cumprir o prazo até o final,
configura abandono de causa.
Após a notificação da saída do processo, o
advogado deve continuar como patrono
durante 10 dias corridos, para que o cliente
tenha tempo hábil para contratar outro
advogado.
Se o advogado for substituído durante esse
período, a sua permanência no processo é
facultativa. Todavia, se o advogado não for
substituído e não cumprir o prazo até o final,
configura abandono de causa.
Recusar-se a prestar, sem justo motivo, 
assistência jurídica, quando nomeado em virtude 
de impossibilidade de Defensoria Pública.
O advogado é obrigado a prestar assistência
jurídica, pois exerce função social e é
indispensável a administração da justiça. A
recusa a prestação do serviço deve ser
sempre justificada para não acarretar
sanção disciplinar.
Fazer publicar na imprensa, desnecessária e 
habitualmente, alegações forenses ou relativas 
a causas pendentes.
Nós já sabemos que a publicidade do
advogado deve ser sempre discreta e
moderada. Portanto, a divulgação das
informações processuais configura infração
disciplinar.
Todas os fatos deverão ser confirmados pelo
cliente. Nenhuma informação adicional pode
distorcer a realidade dos fatos, uma vez que
o advogado responde solidariamente pelos
danos junto com o cliente.
Fazer, em nome do constituinte, sem autorização 
escrita deste, imputação a terceiro de fato definido 
como crime.
Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, 
determinação emanada do órgão ou de autoridade da 
Ordem, em matéria da competência desta, depois de 
regularmente notificado.
Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de 
serviços devidos à OAB, depois de regularmente 
notificado a fazê-lo.
Para exercer os atos da advocacia o
advogado deve estar regularmente inscrito
nos quadros da OAB. Qualquer
descumprimento das obrigações legais
como, por exemplo, o não pagamento da
anuidade, configura infração disciplinar.
Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do 
cliente ou da parte adversa, por si ou 
interposta pessoa.
O advogado não pode tomar iniciativa, sem
antes consultar o interesse do constituinte
(cliente/empregador). Além disso, o
advogado não pode obter ganhos superiores
ao do seu cliente.
Recusar-se, injustificamente, a prestar contas 
ao cliente de quantias recebidas dele ou de 
terceiros por conta dele.
Nós vimos que a revogação do instrumento
de procuração exige a devolução dos
documentos e da prestação de contas ao
cliente e que a revogação não impede o
recebimento dos honorários de forma
proporcional a prestação dos serviços.
Reter, abusivamente, ou extraviar autos 
recebidos com vista ou em confiança. 
Nós vimos que a revogação do instrumento
de procuração exige a devolução dos
documentos e da prestação de contas ao
cliente e que a revogação não impede o
recebimento dos honorários de forma
proporcional a prestação dos serviços.
Incidir em erros reiterados que evidenciem 
inépcia profissional. 
Manter conduta incompatível com a 
advocacia
Manter conduta incompatível com 
a advocacia
Praticar crime infamante. 
Todos esses atos violam os princípios éticos
do advogado e configuram infração
disciplinar. Como já vimos esse assunto
vamos avançar para o próximo tópico.
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM 
PROVA:
Questão – FGV/OAB – Exame de Ordem –
XVI
Pedro, em determinado momento, recebeu uma proposta
de Antônio, colega de colégio, que se propôs a agenciar a
indicação de novos clientes, mediante pagamento de
comissão, a ser retirada dos honorários cobrados aos
clientes, nos moldes da prática desenvolvida entre
vendedores da área comercial.Com base no caso
relatado, observadas as regras do Estatuto da OAB,
assinale a afirmativa correta.
a) O advogado pode aceitar a sugestão, tendo em
vista a moderna visão mercantil da profissão.
b) Caso a Seccional da OAB autorize, registrando
avença escrita entre o advogado e o agenciador, é
possível.
c) Sendo publicizada a relação entre o advogado e
o agenciador, está preenchido o requisito legal.
d) Há vedação quanto ao agenciamento de
clientela, sem exceções.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
De acordo como artigo 34, inciso IV e V, EAOAB, constitui
infração disciplinar “valer-se de agenciador de causas,
mediante a participação nos honorários a receber ou
angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de
terceiros”. No caso em comento, configura-se a captação
de clientela pela exigência de cobrança de honorários na
indicação de clientes para o colega advogado. O Estatuto
veda expressamente a captação de clientela, seja de
forma empresarial ou econômica, pois o exercício da
atividade deve ser exercido com cautela, restrição e
moderadamente.
Questão – OAB/FGV – Exame de Ordem –
2010.2
Caio, advogado, inscrito na OAB-SP, após aprovação no
concorrido Exame de Ordem, atua em diversos ramos do
Direito. Um dos seus clientes possui causa em curso
perante a Comarca de Tombos/MG, tendo o profissional
comparecido à sede do Juízo para praticar ato em prol do
seu constituinte. Estando no local, foi surpreendido por
designação do Juiz Titular da Comarca para representar
Tício, pessoa de parcos recursos financeiros, diante da
ausência de Defensor Público designado para prestar
serviços no local, por falta de efetivo suficiente de
profissionais.
Não tendo argumentos para recusar o encargo, Caio
participou do ato.
Diante desse quadro:
a) o ato deveria ter sido adiado diante da exclusividade
da atuação da Defensoria Pública
b) o advogado deveria ter recusado o encargo, mesmo
sem justificativa plausível
c) a recusa nesses casos poderá ocorrer, com justo
motivo;
d) a recusa poderia ocorrer diante da ausência de sanção 
disciplinar.
A alternativa C está correta. Estabelece o artigo 34,
inciso XII, do EAOAB que a infração disciplinar ocorre
quando o advogado “recusar-se a prestar, sem justo
motivo, assistência jurídica, quando nomeado em
virtude de impossibilidade da Defensoria Pública,
passível da sanção de censura”. No presente caso, a
recusa pelo advogado é permitido, por não configurar
violação ao Estatuto, uma vez que o profissional já
tinha outra audiência marcada para o mesmo dia.
Questão – OAB/FGV – Exame de Ordem – XVII
O advogado F recebe do seu cliente WW determinada
soma em dinheiro para aplicação em instrumentos
necessários à exploração de jogo não autorizado por lei.
Nos termos do Estatuto da Advocacia, a infração
disciplinar
a) decorre somente se o advogado exige o valor para
aplicação ilícita.
b) surge diante do recebimento para aplicação ilícita
c) incorre, pois se trata de mero ilícito moral
d) é descaracterizada por ausência de previsão legal.
A alternativa B está correta. De acordo com o artigo
art. 34, inciso XVIII, do EAOAB constitui infração
disciplinar “solicitar ou receber de constituinte qualquer
importância para aplicação ilícita ou desonesta”. No caso
em comento, o recebimento da quantia ilícita da
exploração de jogo configura a infração disciplinar,
sendo aplicável nos casos de recebimento ou solicitação.
O Estatuto veda expressamente o envolvimento do
advogado em causas que viole os princípios éticos e
morais da advocacia.
Sanções Disciplinares
As sanções disciplinares estão previstas
no artigo 35 do EAOAB e consistem em:
✓ Censura
✓ Suspensão
✓ Exclusão
✓ Multa
Todas as sanções devem constar no
assentamento do inscrito, após o transito
em julgado da decisão, não podendo ser
objeto de publicidade e de censura.
Censura
INFRAÇÕES DISCIPLINARES PUNÍVEIS COM CENSURA:
I- exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos,
proibidos ou impedidos;
II - manter sociedade profissional fora das normas e
preceitos estabelecidos nesta lei;
III - valer-se de agenciador de causas, mediante
participação nos honorários a receber;
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção
de terceiros;
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial
ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não
tenha colaborado;
VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-
se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade,
na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu
patrocínio;
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a
anulação ou a nulidade do processo em que funcione;
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de
decorridos dez dias da comunicação da renúncia;
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência
jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da
Defensoria Pública;
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente,
alegações forenses ou relativas a causas pendentes;
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária
ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações
da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da
causa;
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita
deste, imputação a terceiro de fato definido como crime;
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação
emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da
competência desta, depois de regularmente notificado
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação
A censura pode ser convertida em
advertência, em ofício reservado, sem
registro nos assentamentos do inscrito,
quando presente circunstância atenuante.
A censura é registrada no assentamento
profissional do advogado, mas não é
publicada.
Para fins de atenuação, são consideradas
as seguintes circunstâncias:
C
I
R
C
 U
N
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N
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A
S
 
A
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A
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:
Falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
Ausência de punição disciplinar anterior;
Exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer 
órgão da OAB;
Prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
• Os antecedentes profissionais do inscrito,
as atenuantes, o grau de culpa por ele
revelada, as circunstâncias e as
consequências da infração são
consideradas para o fim de decidir:
✓ Sobre a conveniência da aplicação
cumulativa da multa e de outra
sanção disciplinar;
✓ Sobre o tempo de suspensão e o
valor da multa aplicáveis.
Suspensão
INFRAÇÃO DISCIPLINAR PUNÍVEL COM SUSPENSÃO:
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para
realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer
importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro,
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa
autorização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente
ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao
cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta
dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos
com vista ou em confiança;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços
de serviços devidosà OAB, depois de regularmente notificado
a fazê-lo;
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia
profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
Prazo de suspensão
A suspensão acarreta ao infrator a
interdição do exercício profissional, em todo
o território nacional, pelo prazo de trinta
dias a doze meses, de acordo com os
critérios de individualização previstos neste
capítulo.
Prestação de contas
A suspensão perdura até que satisfaça
integralmente a dívida, inclusive com
correção monetária.
Erros reiterados
A suspensão perdura até que preste novas
provas de habilitação.
Exclusão
A exclusão é aplicada quando houver
aplicado, por três vezes, a penalidade de
suspensão e nos seguintes casos:
INFRAÇÃO DISCIPLINAR PUNÍVEL COM 
EXCLUSÃO:
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos
para inscrição na OAB;
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o
exercício da advocacia;
XXVIII - praticar crime infamante;
Aprovação dos membros do Conselho
Seccional
Para a aplicação da sanção disciplinar de
exclusão, é necessária a manifestação
favorável de dois terços dos membros do
Conselho Seccional competente.
Multa
A multa, variável entre o mínimo
correspondente ao valor de uma
anuidade e o máximo de seu décuplo,
é aplicável cumulativamente com a censura
ou suspensão, em havendo circunstâncias
agravantes.
A multa é aplicada somente com a censura
ou suspensão. Fique atento!
Dicas para lembrar a sanção 
disciplinar
Para facilitar a memorização, quando a
infração tratar de ato a sanção aplicável é a
censura. Quando a infração tratar de
dinheiro, carga de autos e inépcia
profissional aplica-se a suspensão e
quando for crime aplica-se a exclusão.
A multa será aplicada nos casos de censura
e suspensão para agravar a penalidade.
Vejamos o quadro abaixo:
DISPOSTIVO LEGAL DICAS SANÇÃO
Art. 34, I a XVI e
XXIX
Ato Censura
Art. 34, XVII a XXV
Dinheiro, Carga e 
Inépcia profissional.
Suspensão
Art. 34, XXVI a
XXVIII
Crime Exclusão
Art. 39 Censura e Suspensão Multa
Reabilitação 
A reabilitação ocorre após um ano do
cumprimento da sanção disciplinar com base
em provas efetivas de bom comportamento.
Nos casos da prática de crime, o pedido de
reabilitação depende também da
correspondente habilitação criminal.
As sanções disciplinares de suspensão ou
exclusão impedem o exercício do mandato
profissional.
Prescrição 
Prescrição
A pretensão à punibilidade das infrações
disciplinares prescreve em cinco anos,
contados da data da constatação oficial do
fato.
Prescrição intercorrente
Aplica-se a prescrição a todo processo
disciplinar paralisado por mais de três
anos, pendente de despacho ou
julgamento, devendo ser arquivado de
ofício, ou a requerimento da parte
interessada, sem prejuízo de serem
apuradas as responsabilidades pela
paralisação.
Interrompe-se a prescrição
✓Pela instauração de processo disciplinar ou
pela notificação válida feita diretamente ao
representado;
✓Pela decisão condenatória recorrível de
qualquer órgão julgador da OAB
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO 
EM PROVA:
Questão – OAB/FGV – Exame de Ordem –
XV 
Antônio recebe Paulo, um antigo cliente do escritório de
advocacia onde presta serviços. Após a entrevista, o
preenchimento de relatório com os dados pessoais do
cliente e a requisição dos documentos necessários,
Antônio realiza a análise final dois dias depois da
entrevista com o cliente e verifica que existe norma
legal que contraria, expressamente, a pretensão
apresentada. Sobre o caso, observadas as regras do
Estatuto da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O advogado pode postular contra texto expresso de
lei.
b) O advogado deve aconselhar o cliente a procurar o
Ministério Público para propor ação contra a lei.
c) O advogado pode se opor à norma expressa,
aduzindo a sua inconstitucionalidade.
d) O advogado deve indicar ao cliente a desistência da
ação, por não portar solução para o problema.
A alternativa C está correta. Estabelece o art. 34,
inciso VI, do EAOAB que configura infração disciplinar
quando o advogado “atuar contra literal disposição de
lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em
pronunciamento judicial anterior”. O Estatuto da
Advocacia veda expressamente a atuação ao
dispositivo contrário de lei ou quando altera a sua
interpretação.
Questão – OAB/FGV – EXAME DE ORDEM –
Inédita.
A lei 13.245/16 alterou o Estatuto da Advocacia e da OAB
para regulamentar o acesso do advogado nos autos de
flagrante e investigações perante as autoridades policiais e
estabelecer garantias na assistência dos clientes. De
acordo com esse instrumento normativo, assinale a
alternativa correta:
a) O acesso do advogado a investigação de qualquer
natureza é limitado aos documentos físicos;
b) O advogado não pode ter acesso aos autos de flagrante
sem procuração nos autos;
c) Nos autos sujeitos a sigilo é obrigatório o advogado
apresentar procuração para ter acesso aos autos de
flagrante e investigação de qualquer natureza.
d) A autoridade responsável pela condução da investigação
não pode delimitar o acesso do advogado aos elementos
de prova relacionados a diligências em andamento e
ainda não documentados nos autos, quando houver
risco de comprometimento da eficiência, eficácia ou
finalidade das diligências.
A alternativa B está correta. Fundamentação: Art. 7,
inciso XIV e XXI e parágrafo 10, 11 e 12 do Estatuto da
Advocacia e da OAB. É direito do advogado examinar em
qualquer instituição responsável por conduzir investigação,
mesmo sem procuração, autos de flagrantes e de
investigações de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos a autoridade responsável,
podendo tomar apontamentos em meio físico ou digital.
Apenas quando houver comprometimento da eficiência,
eficácia ou finalidade das diligências, a autoridade
responsável poderá delimitar o acesso do advogado. Regra
geral: o advogado não precisa de procuração para ter
acesso aos autos. Exceção: É obrigatório a procuração nos
procedimentos sigilosos.
Questão – OAB/FGV – EXAME DE ORDEM –
Inédita.
Para a inscrição do advogado nos quadros na OAB é
necessário o preenchimento do artigo 8, do Estatuto da
Advocacia e da OAB. À luz desse entendimento, assinale
afirmativa correta:
a) O Exame de Ordem é regulamentado em resolução do
Conselho Seccional da OAB;
b) O estágio profissional de advocacia tem duração de três
anos, realizado nos últimos dois anos do curso jurídico,
nas instituições de ensino superior pelos Conselhos da
c) OAB, ou por setores, órgão jurídicos e escritórios de
advocacia credenciados pela OAB;
d) A inscrição do advogado pode ser cancelada se assim
o requerer, se sofrer penalidade de exclusão, houver o
falecimento ou exercer, em caráter definitivo,
atividade incompatível com a advocacia e se perder
qualquer um dos requisitos necessários para a
inscrição;
A alternativa C está correta. Fundamentação: Art. 8 ao
14, do Estatuto da Advocacia e da OAB. O Exame de
Ordem é regulamento por provimento do Conselho
Federal da OAB. O estágio profissional tem duração de
dois anos, realizado nos últimos dois anos da graduação
e a declaração de idoneidade moral deve obter dois
terços dos votos de todos os membros do conselho
competente.
Ordem dos Advogados 
do Brasil 
A Ordem dos Advogados do Brasil é
serviço público federal independente,
dotada de personalidade jurídica e forma
federativa.
Tem natureza jurídica de instituição
pública sui generis, ou seja, não mantém
vínculo com nenhum órgão da
Administração Pública e é isento de
impostos,tendo imunidade tributária total
com relação a rendas, bens e serviços.
A Ordem dos Advogados do Brasil tem
como finalidade:
FINALIDADES DA 
OAB:
Defender a Constituição, a ordem jurídica do
Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa
aplicação das leis, pela rápida administração da
justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das
instituições jurídicas.
Promover, com exclusividade, a representação, a
defesa, a seleção e a disciplina dos advogados
em toda a República Federativa do Brasil.
Compete à OAB fixar e cobrar, de seus
inscritos, contribuições, preços de serviços
e multas e constitui título executivo
extrajudicial a certidão passada pela
diretoria do Conselho competente, relativa
a crédito previsto.
O pagamento da contribuição anual à OAB
isenta os inscritos nos seus quadros do
pagamento obrigatório da contribuição
sindical.
Cargos e Funções
O cargo de conselheiro ou de membro de
diretoria de órgão da OAB é de exercício
gratuito e obrigatório, considerado
serviço público relevante, inclusive para
fins de disponibilidade e aposentadoria.
Os Presidentes dos Conselhos e das
Subseções da OAB têm legitimidade para
agir, judicial e extrajudicialmente, contra
qualquer pessoa que infringir as
disposições ou os fins desta lei.
A exclusividade da representação dos
advogados pela OAB não afasta a
competência própria dos sindicatos e
associações sindicais de advogados,
quanto à defesa dos direitos peculiares da
relação de trabalho do profissional
empregado.
Os Presidentes dos Conselhos da OAB e
das Subseções podem requisitar cópias de
peças de autos e documentos a qualquer
tribunal, magistrado, cartório e órgão da
Administração Pública direta, indireta e
fundacional.
Os cargos da Diretoria do Conselho
Seccional têm as mesmas denominações
atribuídas aos da Diretoria do Conselho
Federal.
Os cargos da Diretoria da Subseção e da
Caixa de Assistência dos Advogados têm
as seguintes denominações: Presidente,
Vice-Presidente, Secretário, Secretário
Adjunto e Tesoureiro.
Vacância dos cargos
Ocorrendo vaga de cargo de diretoria do
Conselho Federal ou do Conselho
Seccional, inclusive do Presidente, em
virtude de perda do mandato, morte ou
renúncia, o substituto é eleito pelo
Conselho a que se vincule, dentre os seus
membros.
Órgãos da OAB
São órgão da OAB o Conselho Federal, os
Conselho Seccionais, as Subseções e as
Caixas de Assistência dos Advogados.
O Conselho Federal, dotado de
personalidade jurídica própria, com
sede na capital da República, é o órgão
supremo da OAB.
Os Conselhos Seccionais, dotados de
personalidade jurídica própria, têm
jurisdição sobre os respectivos territórios
dos Estados-membros, do Distrito Federal
e dos Territórios.
As Subseções são partes autônomas do
Conselho Seccional, na forma desta lei e
de seu ato constitutivo. Portanto, não tem
personalidade jurídica própria e estão
vinculadas ao Conselho Seccional.
As Caixas de Assistência dos Advogados,
dotadas de personalidade jurídica
própria, são criadas pelos Conselhos
Seccionais, quando estes contarem com
mais de mil e quinhentos inscritos.
Criação dos Conselhos Seccionais
Os novos Conselhos Seccionais serão 
criados mediante Resolução do Conselho 
Federal. 
Patrimônio
O patrimônio do Conselho Federal, do
Conselho Seccional, da Caixa de
Assistência dos Advogados e da Subseção
é constituído de bens móveis e imóveis e
outros bens e valores que tenham
adquirido ou venham a adquirir.
A alienação ou oneração de bens imóveis
depende de aprovação do Conselho
Federal ou do Conselho Seccional,
competindo à Diretoria do órgão decidir
pela aquisição de qualquer bem e dispor
sobre os bens móveis.
A alienação ou oneração de bens imóveis
depende de autorização da maioria das
delegações, no Conselho Federal, e da
maioria dos membros efetivos, no
Conselho Seccional.
Lista Tríplice
A elaboração das listas
constitucionalmente previstas, para
preenchimento dos cargos nos tribunais
judiciários, é disciplinada em Provimento
do Conselho Federal.
Concurso Público
A OAB participa dos concursos públicos,
previstos na Constituição e nas leis, em
todas as suas fases, por meio de
representante do Conselho competente,
designado pelo Presidente, incumbindo-lhe
apresentar relatório sucinto de suas
atividades.
Incumbe ao representante da OAB velar
pela garantia da isonomia e da integridade
do certame, retirando-se quando
constatar irregularidades ou
favorecimentos e comunicando os motivos
ao Conselho.
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO 
EM PROVA:
Questão – OAB/FGV – Questão Inédita
A respeito da composição da Ordem dos Advogados do
Brasil, assinale a opção correta:
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é serviço público,
mas não é dotada de personalidade jurídica.
A OAB mantém vínculo hierárquico com os órgãos da
Administração Pública.
Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica
própria, têm jurisdição sobre os respectivos territórios dos
Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territórios.
As Subseções têm personalidade jurídica e não se vincula
ao Conselho Seccional.
GABARITO: ALTERNATIVA C.
A OAB é serviço público, dotada de personalidade jurídica e
forma federativa. Entretanto, não possui vínculo
hierárquico ou funcional com a Administração Pública,
sendo composta dos seguintes órgãos: a) Conselho
Federal; b) Conselho Seccional; c) Subseções e as Caixas
de Assistência dos Advogados. Apenas as Subseções são
autônomas e vinculadas ao Conselho Seccional, pois os
demais órgãos possuem personalidade jurídica.

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