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29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 1/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl LEI COMPLEMENTAR Nº 65/2007 DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO, REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ORGANIZAÇÃO FÍSICO-TERRITORIAL DE JARAGUÁ DO SUL (SC) E SUA ADEQUAÇÃO AO ESTATUTO DA CIDADE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO MUNICIPAL DE JARAGUÁ DO SUL, no uso de suas atribuições e nos termos do inciso XXXI, do artigo 71, da Lei Orgânica do Município, FAZ SABER a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar: TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS, DOS OBJETIVOS GERAIS E DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre a avaliação, revisão e atualização do PDO - Plano Diretor de Organização Físico-territorial de Jaraguá do Sul e sua adequação à Lei Federal 10.251/01, de 10/07/01 (Estatuto da Cidade), e visa propiciar melhores condições para o desenvolvimento integrado e harmônico e o bem-estar social da comunidade de Jaraguá do Sul, atendendo as aspirações da população e direcionando as ações do Poder Público e da iniciativa privada. § 1º O PDO é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana do Município e é parte do processo de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporar as diretrizes e prioridades nele contidas, na forma do § 1º, art. 40 do Estatuto da Cidade. § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no PDO, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas e os seguintes requisitos: I - compatibilidade do uso da propriedade com a infra-estrutura urbana, equipamentos comunitários e urbanos e serviços públicos disponíveis e com a preservação da qualidade do ambiente natural e cultural; II - distribuição de usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em relação à infra-estrutura urbana disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar ociosidade ou sobrecarga dos investimentos coletivos. Art. 2º Sem prejuízo da autonomia municipal, o planejamento físico-territorial municipal procurará articular-se com os planos nacionais, estaduais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 2/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl Art. 3º O PDO é complementado pelo seguinte ordenamento legal ordinário decorrente, afim e correlato: I - delimitação do perímetro urbano, áreas de expansão urbana e núcleos urbanos isolados; II - delimitação e denominação de bairros e localidades rurais; III - obras e edificações; IV - mobilidade e acessibilidade; V - parcelamento do solo; VI - zoneamento de uso e ocupação do solo. Parágrafo Único - A regulação das matérias relacionadas será objeto de legislação específica, observado o disposto nesta Lei. Art. 4º O processo de planejamento urbano municipal dar-se-á de forma integrada, contínua e permanente, em conformidade com as diretrizes estabelecidas nesta Lei, sob coordenação e monitoramento dos órgãos integrantes do Sistema de Acompanhamento e Controle Social, nos termos do art. 98, devendo promover: I - a revisão e adequação do PDO e do ordenamento urbanístico à dinâmica do desenvolvimento sustentável e das novas tecnologias, sempre que necessário; II - o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade e da cidade e garantia do bem-estar de seus habitantes; III - a articulação do plano de ação da Administração Municipal com a legislação orçamentária; IV - a atualização e disseminação dos dados e informações pertinentes de interesse local; V - a participação popular. CAPÍTULO II DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO Art. 5º A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e garantir o bem-estar de seus habitante, mediante as seguintes diretrizes gerais: I - garantia do direito à cidade sustentável, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; II - gestão democrática por meio da participação da população e das associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; III - cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; IV - planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; V - oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 3/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl VI - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura urbana; d) da instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente; e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental; VII - integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento sócio-econômico do Município; VIII - compatibilização da expansão urbana com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município; IX - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização; X - adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; XI - recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos; XII - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; XIII - audiência do Poder Público Municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; XIV - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas ambientais; XV - simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta de lotes e unidades habitacionais; XVI - isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processosde urbanização, atendido o interesse social. Art. 6º São diretrizes complementares da política de desenvolvimento urbano, especificamente para Jaraguá do Sul: I - consolidar o Município como pólo microrregional de desenvolvimento sustentável nos setores econômicos secundário e terciário e de competividade em inovação tecnológica, sede de atividades produtivas e geradoras de emprego e renda; II - aumentar a eficiência econômica da cidade, de forma a ampliar os benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para os setores público e privado, por meio do aperfeiçoamento técnico-administrativo do setor público; III - promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a eqüidade social no Município; IV - elevar a qualidade de vida do cidadão, promovendo a inclusão social e reduzindo 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 4/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl as desigualdades que atingem diferentes camadas da população e áreas do Município, particularmente no que se refere à saúde, educação, cultura, condições habitacionais, à oferta de infra-estrutura urbana e serviços públicos e à geração de oportunidades de acesso ao trabalho e à renda; V - levar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação dos recursos naturais e da proteção do patrimônio histórico, artístico, cultural, urbanístico, arqueológico e paisagístico; VI - propiciar padrões adequados de qualidade do ar, da água, do solo, de uso dos espaços abertos e verdes, de circulação e habitação em áreas livres de resíduos, de poluição visual e sonora; VII - racionalizar a distribuição espacial da população, atividades econômicas, equipamentos e serviços públicos no território do Município, conforme as diretrizes de crescimento, vocação, infra-estrutura, recursos naturais e culturais; VIII - otimizar o uso da infra-estrutura instalada, em particular a do sistema viário e a de transportes; IX - democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas de menor renda; X - evitar o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade; XI - promover a integração e a cooperação mútua com os governos federal e estadual e com as instâncias metropolitana e microrregional, no processo de planejamento e gestão das funções públicas de interesse comum; XII - incentivar a participação da iniciativa privada e demais setores da sociedade em ações relativas ao processo de urbanização, mediante o uso de instrumentos urbanísticos diversificados, quando for de interesse público e compatíveis com as funções sociais da cidade; XIII - descentralizar a gestão e o planejamento públicos, mediante a consolidação das administrações regionais e níveis de participação local; XIV - priorizar o bem-estar coletivo em relação ao individual. Art. 7º Para assegurar a execução de sua política de desenvolvimento urbano o Município utilizará, dentre outros instrumentos, os de planejamento municipal, em especial os previstos no inciso III; os institutos tributários e financeiros previstos no inciso IV; os institutos jurídicos e políticos previstos no inciso V e os estudos prévios de impacto ambiental e de vizinhança, previstos no inciso VI, art. 4º do Estatuto da Cidade. Parágrafo Único - Os meios referidos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por parte do Poder Público devem ser objeto de controle social, garantida a participação da comunidade, movimentos e entidades da sociedade civil. TÍTULO II DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 8º Entende-se por desenvolvimento sustentável o crescimento local socialmente justo, ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando garantir a qualidade de vida e as necessidades da geração atual, sem comprometer a possibilidade da geração futura satisfazer as suas. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 5/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl Art. 9º As estratégias propostas pelo PDO para o desenvolvimento urbano sustentável de Jaraguá do Sul são: I - Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural; II - Estratégia para Melhoria da Mobilidade e da Acessibilidade; III - Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo; IV - Estratégia para Promoção da Habitação de Interesse Social; V - Estratégia para Gestão Democrática e Participativa. Art. 10 As propostas, sintetizadas e sistematizadas segundo as estratégias expostas, tem por base o cruzamento das leituras comunitária e técnica da cidade e a realização de audiências, debates e consultas públicas envolvendo os cidadãos, movimentos populares, entidades civis, instituições governamentais, organizações não- governamentais e organizações da sociedade civil de interesse público, consolidando a gestão da política urbana local de forma democrática, ao incorporar a participação dos diferentes segmentos da sociedade na sua formulação, execução e acompanhamento. CAPÍTULO II DA ESTRATÉGIA PARA VALORIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE NATURAL E CULTURAL SEÇÃO I DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS Art. 11 Entende-se como meio ambiente natural o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Art. 12 Entende-se como meio ambiente cultural os bens de natureza material, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade jaraguaense, nos quais se incluem: I - as obras, monumentos, edificações e demais bens e espaços destinados às manifestações artístico-culturais, científicas e tecnológicas; II - os conjuntos urbanos e sítios de valor arqueológico, arquitetônico, artístico, científico, ecológico, histórico, paleontológico e paisagístico. Art. 13 A Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural tem como objetivo geral associar a tutela e a conservação do patrimônio ambiental do Município de Jaraguá do Sul à criação de oportunidades de trabalho e renda para seus habitantes, através do desenvolvimento sustentável das atividades econômicas. § 1º São objetivos específicos da estratégia referida neste artigo: I - o uso sustentável das potencialidades da área rural, considerada a limitada aptidão do solo para culturas e uso agrícola; II - a proteção das áreas representativas dos ecossistemas municipais com atributos ambientais excepcionais, particularmente a rede hídrica e as encostas com sua cobertura vegetal, bem como as áreas ambientalmente frágeis e alagáveis; III - a preservação das águas correntes e dormentes do Município, evitando a sua poluição e o seu assoreamento, possibilitando-se o desenvolvimento de atividades econômicas dependentes da sua potabilidade; IV - o aproveitamento sustentável dos recursos naturais com a geração de trabalho e renda; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 6/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl V - a adequação do saneamento ambiental com: a) a universalização da prestação dos serviços de abastecimento de água, esgoto sanitário e resíduos sólidos; b) o monitoramento dos sistemas de captação de água; c) a adoção de soluções para o esgoto sanitário e para o manejo das águas pluviais que minimizem os impactos ambientais nas áreas urbanas e rurais; VI - a valorização do patrimônio cultural e natural, em especial dos bens arquitetônicos, ecológicos, históricos, paisagísticos e urbanísticos; VII - o reconhecimento e a apropriação pelos cidadãos do valor cultural do patrimônio; VIII - a garantia da compatibilização do uso do patrimônio arquitetônico com as edificações que o integram; IX - o desenvolvimentodo potencial turístico local de forma sustentável, com base em seu patrimônio cultural e natural; X - o estabelecimento e a consolidação da gestão participativa do patrimônio cultural. SEÇÃO II DAS DIRETRIZES Art. 14 A Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural observará as seguintes diretrizes: I - gestão integrada da proteção do patrimônio ambiental e do desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis; II - atuação integrada com o Ministério Público e com os órgãos governamentais responsáveis pela proteção do meio ambiente natural e cultural; III - adoção de modalidades inéditas ou alternativas de preservação ambiental adequadas às transformações tecnológicas, computados seus reflexos na vida econômica e social do Município; IV - prioridade na proteção de áreas com maior fragilidade ambiental e das matas nativas; V - orientação à população no manejo dos recursos naturais e controle das atividades extrativistas, turísticas e agrossilvopastoris; VI - conservação dos recursos naturais e das condições de moradia na área rural, compreendendo melhor estrutura de gestão, implantação de corredores ecológicos, implantação de sistema de coleta de dejetos animais, manejo e conservação do solo e água, recomposição de mata ciliar, educação ambiental, sistema de captação, armazenamento e distribuição de água e destinação adequada de efluentes domésticos; VII - avaliação permanente dos sistemas de infra-estrutura urbana e de saneamento ambiental cuja carência ou deficiência seja causa potencial de impacto urbanístico e ambiental e de prejuízo ao desenvolvimento econômico e social; VIII - direcionamento prioritário dos incentivos ao setor produtivo para atendimento das necessidades locais; IX - estímulo e apoio ao desenvolvimento e à propagação do conhecimento tecnológico adequado à realidade local; X - articulação com o órgão responsável pelos serviços de abastecimento de água e 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 7/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl esgoto sanitário, para implementação do plano de saneamento ambiental. SEÇÃO III DAS PROPOSTAS Art. 15 A Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural será implementada mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos: I - criar unidades de conservação, segundo as Leis Federal 9.985/00, de 18/07/00, e Estadual 11.986/01, de 12/11/01, para fins de preservação dos ecossistemas, recursos hídricos e atrativos turísticos, se viável, prioritariamente nas áreas abaixo, sem prejuízo de outras julgadas necessárias: a) nas localidades do Manso/Grota Funda e Garibaldi/Santo Estevão; b) no morro Jaraguá, nos parques Malwee e Tifa Martins e no CIMA - Centro Interpretativo da Mata Atlântica (Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade); c) no entorno e a montante dos pontos de captação dos mini-sistemas independentes de abastecimento de água dos bairros Santa Luzia, Rio Molha, Águas Claras, Boa Vista e Ilha da Figueira; II - elaborar e editar o Código Municipal de Meio Ambiente; III - avaliar, rever e atualizar a legislação de terraplenagem; IV - restringir empreendimentos com emissão de efluentes líquidos potencialmente poluidores a montante da ETA - Estação de Tratamento de Água central do SAMAE - Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto; V - instituir um programa de conservação e uso racional da água, que contemple o aproveitamento da água da chuva e o reuso; VI - reenquadrar os cursos d` água municipais em observância à Resolução CONAMA 357/05, de 17/03/05, e divulgar periódicamente a qualidade da água fornecida à população, atendendo a Portaria MS 518/04, de 25/03/04; VII - instituir um programa de proteção e recuperação ambiental da bacia hidrográfica do rio Itapocu; VIII - apoiar o CBH Itapocu - Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu na promoção do gerenciamento descentralizado, participativo e integrado da referida bacia e criar e implantar o plano da bacia hidrográfica do referido manancial, observadas as Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos; IX - criar e implantar um plano de saneamento ambiental que defina as ações e investimentos necessários para a prestação dos serviços públicos de abastecimento de água, esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos e águas pluviais, observadas as Políticas Nacional e Estadual de Saneamento Básico; X - elaborar um sistema de classificação de áreas verdes; estabelecer metodologia de cálculo do índice de área verde por habitante; criar e implantar um plano de arborização urbana, que considere solo, clima, função, espécie e espaços; e estimular a arborização em imóveis particulares; XI - criar e implantar um plano de preservação de fundos de vales e incluir, prioritariamente, os rios Itapocu, Itapocuzinho, Jaraguá, do Cerro e da Luz na paisagem urbana e na vida da cidade, sem prejuízo dos demais cursos d` água, considerando a implantação de parques lineares, a recomposição da mata ciliar e a urbanização e paisagismo das margens, observada a Resolução CONAMA 369/06, de 28/03/06 e demais dispositivos legais pertinentes; XII - instituir um programa de paisagismo de praças, bens e espaços públicos, 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 8/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl incluindo canteiros, refúgios e rotatórias do sistema viário; estimular o ajardinamento em imóveis particulares e implantar praças e áreas de lazer em bairros deficientes e nas localidades rurais; XIII - empregar pavimentação ecológicamente correta em vias locais, calçadas, praças, bens e espaços públicos, facilitando a drenagem pluvial e favorecendo o conforto térmico; XIV - instalar estações de avaliação e monitorar os padrões de qualidade do ar; XV - exigir barreiras vegetais: a) a sotavento de empreendimentos geradores de efluentes gasosos, bem como sistemas de neutralização de odores; b) a barlavento de empreendimentos habitacionais, nas confrontações com indústrias pré-instaladas; XVI - promover a pavimentação das rotas de colonização alemã, italiana e húngara, integrantes do roteiro turístico do Governo do Estado de SC intitulado "Caminho dos Príncipes"; XVII - definir, divulgar e implantar uma política de preservação e restauro do patrimônio arquitetônico e histórico, avaliando, revisando e atualizando a Lei Municipal 1.854/94, de 29/06/94; XVIII - ampliar a rede de esgoto sanitário e estudar o emprego de tecnologias alternativas para o tratamento de efluentes domésticos, implantar as ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto de Nereu Ramos e Santa Luzia e equacionar a disposição final de dejetos suínos na área rural, esta em conjunto com o órgão estadual competente; XIX - atualizar o plano de drenagem pluvial e implantar lagoas reguladoras de vazão nas áreas alagáveis, prioritariamente nos bairros João Pessoa e Vieira, sem prejuízo das demais; XX - criar e implantar um plano de defesa civil, incluindo adequação da estrutura organizacional, telemetria, sistema de informação, educação ambiental, gestão integrada, etc., e um plano municipal de redução de riscos; XXI - elaborar o mapeamento geotécnico do Município; XXII - implementar a legislação que disciplina a mídia exposta e a poluição visual, e adotar medidas para a melhoria e destaque arquitetônico das fachadas; XXIII - instituir um programa de controle da poluição sonora; XXIV - executar o projeto de reabilitação do Centro Histórico; XXV - limitar o gabarito de altura de edificações: a) no entorno do centro histórico, para fins de valorização e visualização do patrimônio cultural; b) no entorno da pista de pouso do vôo livre, no bairro Ilha da Figueira, para fins devalorização do potencial turístico local; c) nas bases de morros e elevações circundantes do sítio urbano, para fins de preservação da vegetação das encostas e valorização e visualização da paisagem natural; XXVI - manter atualizado e disponibilizar ao público o mapeamento e o relatório das áreas de risco de escorregamentos, enchentes e inundações e capacitar a Defesa Civil para o gerenciamento dessas áreas; XXVII - intensificar a fiscalização da ocupação de APPs - Áreas de Preservação Permanente, encostas e outras ambientalmente frágeis, prioritariamente nos morros do Carvão, Gottlieb Stein (AABB), Vieira, Jaraguá, Funil, Chico de Paulo, Tifa Monos, Tifa Martins e Vila Lenzi, bem como no Pico da Malwee, e adotar medidas para a sua 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 9/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl proteção, sem prejuízo dos demais; XXVIII - organizar um sistema de manutenção urbana; XXIX - adotar taxa de permeabilidade do solo; XXX - resgatar e implementar a Agenda 21 local; XXXI - gestionar junto ao Governo do Estado de SC a implantação do policiamento militar de proteção ambiental; XXXII - definir, de comum acordo entre o Poder Executivo Municipal e os órgãos competentes de segurança pública, nos novos parcelamentos do solo que vierem a ser aprovados após edição de legislação respectiva, a concepção e a destinação de espaços para os pontos-base e/ou unidades de policiamento ostensivo, sem prejuízo ao programa de paisagismo previsto no ítem XII, art. 15 desta Lei, e às áreas para equipamentos comunitários de educação e saúde; XXXIII - criar e implantar um plano de preservação das águas, das encostas, vales e fundos de vales do Rio Jaraguá e de seus afluentes (Rio Jaraguá 99, Rio Jaraguá 84, Ribeirão das Pedras, Ribeirão dos Húngaros, Ribeirão Cacilda, Ribeirão Jaraguá, Ribeirão Rodrigues, Rio Jaraguazinho, Ribeirão Garibaldi e Ribeirão Serra do Jaraguazinho), a montante do Parque Malwee, considerando a implantação de áreas de preservação, recomposição da mata ciliar, paisagismo das margens e a proibição da instalação de atividades e empresas poluentes, de qualquer natureza, que venham a concorrer para a poluição do Rio Jaraguá e de seus afluentes e para a degradação dos seus entornos; XXXIV - instituir um programa de educação continuada de preservação do ambiente natural e cultural. CAPÍTULO III DA ESTRATÉGIA PARA MELHORIA DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE SEÇÃO I DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS Art. 16 Entende-se por mobilidade o conjunto estruturado e coordenado de modos, serviços e infra-estrutura que garantem os deslocamentos de pessoas e bens na cidade, contribuindo para o acesso amplo e democrático à mesma, por meio do planejamento e organização do sistema e a regulação dos serviços de transportes urbanos. Art. 17 Entende-se por acessibilidade a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transportes e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 18 A Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade no Município de Jaraguá do Sul tem como objetivo geral qualificar a circulação e a acessibilidade da população de modo a atender às suas necessidades. Parágrafo Único - São objetivos específicos da Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade no Município: I - melhoria da circulação e do transporte urbano, facilitando a interconexão entre bairros e proporcionando deslocamentos intra e interurbanos que atendam as necessidades da população; II - garantia da acessibilidade a todos os equipamentos urbanos, transportes e demais serviços da cidade; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 10/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl III - redução dos acidentes e mortes de trânsito e maior conscientização da população sobre a necessidade de obediência às regras envolvendo a mobilidade e a acessibilidade; IV - ampliação e aperfeiçoamento da participação comunitária na gestão, fiscalização e controle do sistema de transporte; V - vinculação do planejamento e da implantação da infra-estrutura física de circulação e de transporte público às diretrizes de planejamento contidas neste PDO. SEÇÃO II DAS DIRETRIZES Art. 19 A Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade observará as seguintes diretrizes: I - condicionamento das intervenções públicas e privadas à garantia da ampla mobilidade e acessibilidade; II - tratamento urbanístico adequado do sistema viário, em especial o cicloviário e o de pedestrianização, de modo a garantir a segurança dos cidadãos, da preservação do patrimônio natural e cultural e da própria cidade; III - adequação da oferta de transportes à demanda, compatibilizando seus efeitos indutores com os objetivos e diretrizes de uso e ocupação do solo, contribuindo, em especial, para a requalificação dos espaços urbanos, a criação e o fortalecimento dos centros de bairros; IV - priorização da circulação do transporte coletivo e do tráfego de passagem nas vias arteriais, estruturais e coletoras, restrigindo-o em vias locais; V - ordenamento e manutenção permanente da malha viária e da rede de estradas vicinais, equacionando o abastecimento e a distribuição de bens dentro do município, de modo a reduzir seus impactos na circulação viária e no meio ambiente; VI - priorização ao transporte coletivo, ao transporte não-motorizado e à pedestrianização; VII - desvio do tráfego de passagem e do transporte ferroviário de cargas da área central da cidade, gestionando a implantação do anel viário perimetral e do deslocamento da ferrovia. SEÇÃO III DAS PROPOSTAS Art. 20 A Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade será implementada mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos: I - gestionar: a) a implantação dos trechos Norte e Oeste (ligação entre a BR-280 e a SC-416) do contorno rodoviário da BR-280; b) a implantação do contorno ferroviário ao Norte da cidade; c) a pavimentação da ligação da rua Carlos Oechsler e sua continuidade, no bairro Ilha da Figueira, com a SC-413; d) melhoramentos nos trechos urbanos das rodovias BR-280 e SC-416, garantida a segurança na travessia de pedestres; II - reformular, modernizar e efetivar o controle do sistema de transporte coletivo municipal, bem como elaborar estudos para avaliação da viabilidade de adoção de sistemas de transporte intermodais; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 11/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl III - priorizar, demarcar e executar as vias, ligações e obras de arte projetadas para o sistema viário; IV - rever a hierarquia e as larguras das vias componentes da malha viária, incluindo as estradas rurais, estabelecendo uma rotina permanente de manutenção, recuperação e melhoria destas últimas; V - determinar o índice de mobilidade para a cidade e rever o sistema de circulação viária, modernizando a sinalização semafórica, horizontal, vertical, indicativa e turística; VI - dar tratamento preferencial às vias estruturais, eixos prioritários, corredores de transporte coletivo e anéis viários, otimizando fluxos, privilegiando a segurança, minimizando a demanda à área central, evitando incomodidades, adensando setores e locando determinadas atividades em vias adequadas à sua função; VII - determinar o índice de caminhabilidade para a cidade e instituir um programa de construção e recuperação de calçadas, considerando a padronização prevista no Decreto Municipal 4.961/03, de 08/08/03,e priorizando vias que dão acesso a equipamentos comunitários; VIII - instituir um programa de acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, de acordo com o Decreto Federal 5.296/04, de 02/12/04; IX - criar e implantar um plano cicloviário, de acordo com o Manual de Planejamento Cicloviário do Ministério dos Transportes, que contemple a extensão da ciclovia existente e a implantação de ciclofaixas, revendo a Lei Municipal 2.830/01, de 12/06/01; X - instituir um programa de pavimentação viária que contemple o emprego de asfalto nas vias arteriais, estruturais e coletoras e pavimentos ecológicamente corretos nas vias locais, bem como das estradas rurais; XI - avaliar, revisar e atualizar o Decreto Municipal 3.381/96, de 19/06/96, que disciplina a movimentação de carga na área central da cidade; XII - estudar a viabilidade de implantar estacionamento rotativo controlado, mediante pesquisa de rotatividade e prévia realização de audiência pública, prioritariamente em vias ou áreas comerciais e de prestação de serviços; XIII - elaborar e editar legislação de pólos geradores de tráfego; XIV - criar e implantar um plano de gestão integrada de iluminação pública, que contemple a iluminação funcional nas vias e logradouros públicos e a iluminação decorativa e artística nas praças, bens, espaços públicos e edificações do patrimônio histórico e arquitetônico; XV - monitorar o tráfego de cargas perigosas nas vias da cidade; XVI - elaborar e editar legislação de redes de infra-estrutura; XVII - avaliar, rever e atualizar a legislação de táxis e de transporte especial; XVIII - estudar e discutir alternativas de reaproveitamento e inserção urbana do leito remanescente da linha férrea, após seu deslocamento; XIX - propiciar a instalação de pontos-base e/ou unidades de policiamento ostensivo em locais estratégicos, de comum acordo entre o Poder Executivo Municipal e os órgãos competentes de segurança pública, sem prejuízo ao programa de paisagismo previsto no ítem XII, art. 15 desta Lei, e às áreas para equipamentos comunitários de educação e saúde; XX - instituir um programa de educação continuada no trânsito. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 12/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl CAPÍTULO IV DA ESTRATÉGIA PARA O USO E OCUPAÇÃO RACIONAL DO SOLO SEÇÃO I DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS Art. 21 Entende-se como uso e ocupação racional do solo a utilização conveniente das diversas partes da cidade e a localização das diferentes atividades econômicas que afetam a comunidade em áreas adequadas, mediante a classificação dos usos, a definição de parâmetros urbanísticos relativos à intensidade do uso e ocupação do solo e a sua conformidade com as respectivas zonas em que se divide a cidade, segundo a sua precípua destinação. Art. 22 A Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo tem por objetivo geral ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, equilibrando e harmonizando o interesse geral da coletividade com o direito individual de seus membros no uso da mesma, na localização e no exercício das atividades urbanas. Parágrafo Único - São objetivos específicos da estratégia referida no caput deste artigo: I - controle e direcionamento da expansão urbana, visando a preservação do patrimônio ambiental do Município e a otimização da infra-estrutura, dos serviços públicos e dos equipamentos urbanos e comunitários existentes; II - disciplinamento da convivência de usos e atividades e minimização das incomodidades, evitando o desperdício de energia, o sub-aproveitamento da infra- estrutura e diminuindo a necessidade de deslocamentos; III - promoção de intervenções estruturadoras do espaço da cidade, criando novas oportunidades empresariais, recuperando e redistribuindo a renda urbana decorrente da valorização do solo; IV - fomento à produção de novas moradias para as populações de baixa renda adequadas à qualificação ambiental da cidade; V - promoção da regularização administrativa, urbanística e fundiária de assentamentos ocupados por população de baixa renda. SEÇÃO II DAS DIRETRIZES Art. 23 A Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo observará as seguintes diretrizes: I - restrição ao parcelamento do solo e ao uso e ocupação nos fundos de vales, junto às nascentes dos cursos dágua, nas encostas e nas demais áreas ambientalmente frágeis e/ou que requisitem proteção; II - regulação do uso e ocupação do solo visando a harmonia da paisagem urbana com a ambiental; III - indução da ocupação das áreas urbanas com melhor capacidade de infra-estrutura visando atender a demanda de habitação ou implantação de equipamentos urbanos e comunitários; IV - priorização da ocupação de áreas próximas às áreas urbanas consolidadas, cuja mobilidade é facilitada pela proximidade dos principais eixos viários; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 13/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl V - diferenciação das densidades de ocupação para as áreas urbanas, considerando as características ambientais de cada área e a capacidade de infra-estrutura e serviços urbanos existentes; VI - garantia da integração dos empreendimentos de grande porte e dos novos loteamentos à malha viária existente, visando a mobilidade dos usuários e evitar custos adicionais ao Poder Público; VII - estímulo à polinucleação, com a indução à formação de centralidades nos bairros; VIII - promoção da qualificação e requalificação de espaços urbanos centrais ou periféricos fundamentais à melhoria da função social da cidade; IX - controle da instalação de empreendimentos geradores de impacto ambiental e de vizinhança. SEÇÃO III DAS PROPOSTAS Art. 24 A Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo será implementada segundo os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos: I - alterar o zoneamento estabelecendo-se: a) zoneamento industrial com restrição para efluentes líquidos potencialmente poluidores no bairro Três Rios do Norte e em faixa ao longo da BR-280, a montante da ETA central do SAMAE; b) zoneamento industrial nos bairros Centenário, Rio da Luz e Ilha da Figueira, neste ao longo da rua Carlos Oechsler; c) zoneamento misto diversificado em faixas ao longo dos principais corredores de tráfego e na interligação dos bairros Jaraguá Esquerdo e Chico de Paulo; II - vedar a implantação de loteamentos para fins urbanos e a instalação de indústrias incompatíveis com as atividades próprias do campo na área rural, permitindo agroindústrias e empreendimentos ecoturísticos e de lazer, atendido o disposto na Instrução INCRA 17-B/80, de 22/12/80; no art. 96 do Decreto Federal 59.428/66, de 27/10/66; e no art. 53 da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79; III - locar os pólos geradores de tráfego pesado, em especial as transportadoras, terminais de carga, depósitos de material de contrução, oficinas, comércio de veículos de grande porte e de auto-peças afins e similares preferencialmente nos acessos à cidade e em locais onde não embaracem a mobilidade e não causem incômodos à vizinhança; IV - rever o uso do solo quanto à natureza, potencial poluidor/degradador e porte das atividades industriais, comerciais, de prestação de serviço e de utilidade pública, considerando a Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/07, e a Resolução CONSEMA/SC 1/05, de 30/08/05; V - rever a quantidade de vagas de estacionamento exigidas por tipo de uso do solo; VI - rever a permissão para ocupação integral do solo no embasamento das edificações; VII - estudar a viabilidade legal de regulamentação dos condomínios horizontais; VIII - estudar a viabilidade de aumentar o limite de gabarito máximo de alturade edificações para 16 pavimentos, com maior afastamento das divisas; IX - rever a exigência de alinhamento recuado único para edificações nas novas vias; X - regulamentar o instrumento do EIV - Estudo de Impacto de Vizinhança; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 14/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl XI - disciplinar a instalação de redes subterrâneas e aéreas de infra-estrutura de serviços públicos; XII - elaborar e implantar um projeto de modernização e padronização da comunicação visual e do mobiliário urbano; XIII - induzir a polinucleação, com a implantação gradativa de áreas de lazer, escolas, creches e postos de saúde; o incentivo à instalação de atividades comerciais e de prestação de serviços de caráter vicinal, como mercados, farmácias, postos de combustível, agências bancárias e outras; a inserção das estações do sistema de transporte coletivo urbano e a descentralização administrativa, propiciando auto- suficiência aos bairros e reduzindo deslocamentos; XIV - adequar a legislação de parcelamento do solo à Lei Federal 9.785/99, de 29/01/99; XV - manter a proibição de construção ou instalação de escolas, creches e asilos em vias arteriais e estruturais; XVI - evitar a implantação de empreendimentos habitacionais significativos ao longo de rodovias, da ferrovia e de vias arteriais; XVII - instituir um programa de educação continuada de pedagogia urbana. SEÇÃO IV DOS PADRÕES RECOMENDADOS PARA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS URBANOS Art. 25 Para melhoria da função social da cidade, recomenda-se adotar os seguintes padrões urbanísticos mínimos para os equipamentos e serviços urbanos abaixo listados: I - praças: a) serem pequenas, centralizadas, servindo a unidades de vizinhança e interligadas a atividades recreacionais, bem como em vias, tratadas como "praças lineares"; b) com previsão de estacionamentos para automóveis, motos e bicicletas; c) articuladas com o sistema viário; d) dimensionamento de 4,50 m²/hab; II - parques: a) aproveitando bosques e áreas arborizadas nativas; b) em faixas ribeirinhas, tratadas como "parques lineares"; c) dimensionamento de 4 m²/hab; III - cemitérios: a) em vias de fácil acesso e evitando vizinhança de residências, escolas, hospitais, locais de lazer e outros incompatíveis; b) evitar vales, talvegues, pântanos, charcos e aterros; c) com previsão de projeto global e implantação por etapas, conforme crescimento da demanda, atendendo uma população de 50.000 habitantes; d) dimensionamento de 1,20 m² de terreno/hab; IV - saúde: a) hospitais: dimensionamento de 4 leitos/1.000 hab e 40 m² de edificação/leito (de no máximo 4 pavtos., com rampa); b) postos de sáude: com atendimento odontológico, em todos os bairros, dimensionamento de 1.000 m² de terreno e 200 m² de edificação, ampliável, em vias de fácil e rápido acesso; V - centros sociais: 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 15/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl a) prioritariamente em regiões de baixa renda; b) dimensionamento de 1.000 m² de terreno e 200 m² de edificação, sempre em função dos serviços prestados (médico, odontológico, alfabetização, profissionalização, cursos, palestras, campanhas, etc.); VI - creches: a) oferta de vagas compatível à demanda por bairro e em todos os conjuntos habitacionais de interesse social; b) raio de atendimento máximo de 500 m da residência da criança; c) próximas a unidades de saúde e odontológicas e vinculadas a pré-escolas; d) próximas a praças e áreas verdes; e) localizadas em vias não arteriais e estruturais e distantes de fontes poluidoras de qualquer natureza; f) dimensionamento de 6 m² de terreno/criança (nunca menor que 300 m²) e 4 m² de edificação/criança, com taxa de ocupação de 2/3 da área do terreno, e área livre preferencialmente arborizada para atividades recreacionais; g) concepção arquitetônica e construtiva própria à faixa etária da clientela; VII - ensino: a) oferta de vagas compatível à demanda por bairro; b) raio de atendimento máximo de 800 m para 1º grau e de 1.600 m para 2º grau, da residência do aluno; c) localizadas em vias não arteriais e estruturais, com percurso livre de barreiras naturais (fundos de vale, cursos d` água, morros, etc.) e distantes de fontes poluidoras de qualquer natureza; d) dimensionamento de 6,40 m² de terreno/aluno (nunca menor que 1.000 m²) e 3,20 m² de edificação/aluno (de um só pavimento), com taxa de ocupação de 1/2 da área do terreno, e área livre preferencialmente arborizada para atividades esportivas e recreacionais, ampliável; VIII - transporte coletivo urbano: a) raio de atendimento máximo de 500 m do itinerário; b) percurso prioritário em vias arteriais, estruturais e coletoras, preferencialmente asfaltadas; c) pontos de embarque/desembarque cobertos, com conforto térmico, bancos, comunicação visual e lixeira, localizados a cada 800 m se em vias arteriais e estruturais, 400 m se em vias coletoras e 200 m se em vias locais; IX - iluminação pública em todas as vias com mais de 50% dos lotes edificados e nas que atendem estabelecimentos de ensino; X - comunicação: a) telefone público com raio de atendimento máximo de 300 m do domicílio do usuário; b) 3 aparelhos/100 habitantes; c) caixas de coleta de correspondência com raio de atendimento máximo de 400 m do domicílio do usuário; XI - resíduos sólidos: a) coleta de lixo em dias alternados em toda a área urbana; b) varrição diária de todas as vias da área central; c) varrição das vias pavimentadas 2 vezes/semana; d) limpeza de terrenos baldios 2 vezes/ano; e) disposição final em áreas adequadas, sem causar poluição hídrica, visual e atmosférica, de acordo com o plano de saneamento ambiental; f) lixeiras públicas na área central e nos corredores comerciais a cada 50 m, 1 (uma) no mínimo por praça e 1 (uma) no mínimo por ponto de ônibus; XII - sistema viário: a) pavimentação de todas as vias com mais de 75% de lotes edificados; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 16/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl b) manutenção das vias não pavimentadas 2 vezes/ano ou sempre que necessário; XIII - segurança pública: instalar câmeras de vigilância, pontos-base e/ou unidades de policiamento ostensivo em locais estratégicos, de comum acordo entre o Poder Executivo Municipal e os órgãos competentes. § 1º Para fins desta Lei define-se como: I - equipamentos comunitários: os equipamentos de educação, cultura, saúde, segurança, esporte, lazer, convívio social e similares; II - equipamentos urbanos: os equipamentos de abastecimento de água potável, disposição adequada de esgoto sanitário, energia elétrica, manejo das águas pluviais, rede telefônica, rede de fibra ótica, gás canalizado e similares. § 2º Os padrões mínimos recomendados originam-se de diversos estudos de planejamento urbano, podendo ser alterados e adaptados às peculiaridades de cada local ou região onde são aplicados ou de acordo com critérios técnicos específicos que garantam satisfatória qualidade de vida, observadas ainda as normas e recomendações emanadas de concessionárias ou dos órgãos governamentais. CAPÍTULO V DA ESTRATÉGIA PARA PROMOÇÃO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL SEÇÃO I DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS Art. 26 Entende-se por habitação de interesse social aquela destinada para fins de moradia a pessoas com renda familiar máxima de até 5 (cinco) salários mínimos ou outra que vier a ser adotada pelo SNHIS - Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, dispondo de compartimentação mínima constituída de um banheiro, uma cozinha e um cômodo de múltiplo uso, devidamente isolados entre si,com área construída entre 22 m² e 70 m² se de alvenaria, e 80 m², se de madeira, com um único pavimento, atendida por infra-estrutura urbana e equipamentos comunitários e com boa solução habitacional e urbanística, observada a legislação edilícia. Parágrafo Único - Considera-se boa solução habitacional e urbanística o atendimento aos aspectos de conforto, salubridade, segurança e economia quanto à parte habitacional, e aos aspectos de respeito ao meio ambiente, harmonia com o entorno, harmonia interna do empreendimento e também economia, quanto à parte urbanística. Art. 27 Observado o exposto no art. precedente e o atendimento à população de baixa renda, considera-se também como de interesse social: I - as moradias econômicas, assim definidas pela Instrução Normativa CREA/SC 18/93, de 08/03/93; II - a produção de lotes urbanizados para fins habitacionais: a) com participação do Poder Público; b) pela iniciativa privada, em áreas destinadas à promoção de habitação de interesse social pelo Poder Público; III - a construção, ampliação ou reforma de habitação e equipamentos comunitários vinculados a empreendimentos de interesse social; IV - a recuperação ou produção de moradias em áreas encortiçadas ou deterioradas; V - a urbanização, implantação de equipamentos comunitários e regularização de assentamentos informais em ZEIS. Art. 28 A Estratégia para Promoção da Habitação de Interesse Social no Município 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 17/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl tem como objetivo geral orientar as ações do Poder Público e da iniciativa privada, propiciando o acesso à moradia, priorizando famílias de menor renda, num processo integrado às políticas de desenvolvimento urbano e regional e demais políticas municipais. Parágrafo Único - São objetivos específicos da estratégia referida no caput deste artigo: I - compatibilização e integração da política habitacional local às políticas habitacionais regional, estadual e federal e às demais políticas setoriais de desenvolvimento urbano, ambiental e de inclusão social; II - ocupação do território urbano de forma harmônica, com áreas diversificadas e integradas ao ambiente natural; III - cumprimento da função social da terra urbana respeitando o meio ambiente, em consonância com o Estatuto da Cidade e com este PDO; IV - viabilização da produção de lotes urbanizados e de novas moradias, com vistas à redução do déficit habitacional e ao atendimento à demanda gerada pelo incremento populacional; V - estímulo à participação da iniciativa privada no produção de moradias, em especial as de interesse social; VI - simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, facilitando e agilizando a produção de habitação de interesse social, sem prejuízo das condições adequadas à habitabilidade e ao meio ambiente; VII - criação, instituição e implantação de planos e programas de habitação de interesse social. § 1º A elaboração e implementação da política de habitação de interesse social é de responsabilidade do órgão municipal competente, que deverá integrar-se ao SNHIS - Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, observado o disposto nesta Lei e respeitadas as atribuições dos demais órgãos e secretarias municipais. § 2º O FROHAB - Fundo Rotativo Habitacional, criado pela Lei Municipal 1.824/94, de 04/05/04, com dotação orçamentária própria, é o instrumento destinado a captar recursos para execução da política habitacional de interesse social e receber recursos do FNHIS - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. SEÇÃO II DAS DIRETRIZES Art. 29 A Estratégia para Promoção da Habitação de Interesse Social observará as seguintes diretrizes: I - diversificação das modalidades de acesso à moradia, tanto nos produtos quanto nas formas de comercialização, adequando o atendimento às características sócio- econômicas das famílias beneficiadas; II - produção e incentivo à produção de moradias e lotes urbanizados destinados ao atendimento de famílias de menor renda; III - permissão do parcelamento e ocupação do solo de interesse social com parâmetros diferenciados, como forma de incentivo à participação da iniciativa privada na produção de habitação para as famílias de menor renda; IV - melhoria da capacidade de gestão dos planos, programas e projetos habitacionais de interesse social; V - busca da auto-suficiência interna na implementação dos programas habitacionais, 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 18/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl propiciando o retorno dos recursos aplicados, respeitadas as condições sócio- econômicas das famílias beneficiadas. SEÇÃO III DAS PROPOSTAS Art. 30 A Estratégia p/ Promoção da Habitação de Interesse Social será implementada mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos: I - constituir conselho que contemple a participação de entidades públicas e privadas, bem como de segmentos da sociedade ligados à área habitacional, garantido o princípio democrático de escolha de seus representantes e a proporção de 1/4 das vagas aos representantes dos movimentos populares; II - elaborar plano habitacional de interesse social, considerando as especificidades locais e de demanda, considerando o reassentamento de famílias ocupantes de áreas de risco; III - dar continuidade e incrementar o programa de moradia econômica, recriado pela Lei Municipal 2.016/95, de 23/08/95, voltado a unidades isoladas; IV - instituir um programa de produção de lotes urbanizados destinados à construção de moradias para baixa renda, prevendo a ocupação das áreas de expansão urbana e as áreas destinadas à habitação popular, dotados de infra-estrutura urbana básica; V - implementar loteamentos em parceria com a iniciativa privada; VI - instituir um programa de regularização fundiária incluindo, dentre outros: a) os parcelamentos do solo a que se refere a Lei Municipal 2.551/99, de 12/07/99; b) as ocupações irregulares inseridas nas áreas urbanas consolidadas, assim definidas pela Resolução CONAMA 303/02, de 20/03/02, incluindo ações de desenvolvimento social, com ênfase para a capacitação profissional e estímulo à geração de emprego e renda junto às comunidades; VII - dar continuidade e incrementar os programas de arrendamento residencial normal e social e de comercialização do imóvel na planta, em conjunto com a CEF - Caixa Econômica Federal; VIII - promover empreendimentos que prevejam a entrega de unidades habitacionais prontas, priorizando a ocupação de vazios urbanos, a implantação de conjuntos com moradias diversificadas, a mescla de renda, a integração à vizinhança e a reserva interna de áreas para empreendimentos comerciais e de prestação de serviços; IX - procurar estabelecer parceria com a iniciativa privada na venda de empreendimentos habitacionais para baixa renda promovidos por tal setor, prestando serviço na organização, encaminhamento e acompanhamento da demanda; X - propiciar a construção, reforma e ampliação de moradias rurais, fortalecendo a integração do agricultor com o meio em que vive; XI - instituir um programa de moradia ao idoso, com adequações arquitetônicas, contratuais e financeiras compatíveis à sua condição física e etária; XII - instituir um programa de moradia integrada ao ambiente de trabalho, possibilitando o estabelecimento de negócios próprios, proporcionando emprego e renda; XIII - criar linha de crédito para aquisição de cesta básica de materiais de construção; XIV - organizar e capacitar comunidades para a auto-construção e mutirões comunitários; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em temporeal 19/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl XV - manter e incrementar o programa de fabricação de kits para montagem de casas populares pré-moldadas e laborterapia pelos apenados do presídio local, reinserindo- os socialmente através do aprendizado profissional; XVI - assegurar o destino das áreas de uso público especial nos conjuntos habitacionais e nos loteamentos ao fim legal precípuo a que se destinam; XVII - manter as áreas destinadas à habitação popular na legislaçao vigente de parcelamento do solo. SEÇÃO IV DAS DIRETRIZES PARA A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA Art. 31 Legislação específica possibilitará a regularização das edificações, parcelamento, uso e ocupação do solo informais, em situações técnica e ambientalmente viáveis e compatíveis com as prioridades e diretrizes definidas neste PDO, condicionada à realização de obras e ações necessárias para garantir estabilidade jurídica, física, salubridade e segurança de utilização, de forma a incorporar os referidos assentamentos e imóveis ao tecido urbano regular, definindo normas técnicas e procedimentos especiais abrangendo as seguintes situações: I - parcelamentos do solo urbano e condomínios rurais implantados clandestina e irregularmente, em especial aqueles relacionados na Lei Municipal 2.551/99, de 12/07/99, e no Decreto Municipal 4,422/01, de 06/11/01; II - empreendimentos habitacionais de interesse social promovidos pela Administração Pública direta e indireta e nas áreas desapropriadas para solução de situações de conflito; III - favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos onde seja possível aplicar os instrumentos de usucapião urbano e da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, e em cortiços sem condições mínimas de moradia, ocupados pela população de baixa renda; IV - áreas públicas com ocupação habitacional consolidada, não situadas em áreas de risco, onde possam ser aplicadas as concessões de direito real de uso e de concessão especial de uso para fins de moradia, previstas na Medida Provisória 2.220/01, de 04/09/01; V - edificações executadas e utilizadas em desacordo com a legislação vigente. Art. 32 Os parcelamentos do solo para fins urbanos implantados irregularmente poderão ser regularizados com base em lei que contenha no mínimo: I - os requisitos urbanísticos e jurídicos necessários à regularização, observada a Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, alterada pela 9.785/99, de 29/01/99, e os procedimentos administrativos; II - o estabelecimento de procedimentos que garantam os meios para exigir do loteador irregular o cumprimento de suas obrigações; III - a possibilidade da execução das obras e serviços necessários à regularização pela Prefeitura, associação de moradores e terceiros, sem isentar o loteador das responsabilidades legalmente estabelecidas; IV - o estabelecimento de normas que garantam condições mínimas de acessibilidade, habitabilidade, saúde e segurança; V - o percentual de áreas públicas a ser exigido e alternativas quando for comprovada a impossibilidade da destinação; VI - as ações de fiscalização necessárias para coibir a implantação de novos parcelamentos, bem como o desdobro e o remembramento de lotes na área objeto da 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 20/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl regularização, exceto para implantação de equipamentos comunitários; VII - a possível previsão de isenção ou parcelamento de dívidas ao Erário Público. § 1º O Executivo poderá reconhecer o direito e outorgar o título de concessão do direito real de uso ou de concessão especial para fins de moradia, nos casos em que sejam preenchidos os requisitos legais estabelecidos no Estatuto da Cidade e na MP 2.220/01, de 04/09/01. § 2º A urbanização e a regularização garantirá aos moradores condições dignas de moradia, acesso aos serviços públicos essenciais e o direito ao uso do imóvel ocupado. § 3º O programa de regularização fundiária deverá, em todas as suas etapas, ser desenvolvido com a participação direta dos moradores e de suas diferentes formas de organização, realizando-se trabalhos de cunho social com a comunidade envolvida. § 4º Terão prioridade as áreas que oferecem risco de vida ou de saúde aos seus ocupantes, em especial aquelas listadas no Relatório das Áreas de Risco da Defesa Civil local, de abril de 2005, estabelecendo-se e tornando públicos os critérios e prioridades de atendimento, considerando a possibilidade de relocação de moradores e a recuperação do meio ambiente degradado. Art. 33 As edificações e usos irregulares poderão ser regularizados com base em lei que contenha no mínimo: I - os requisitos técnicos, jurídicos e os procedimentos administrativos; II - as condições mínimas para garantir estabilidade, segurança, salubridade, higiene, habitabilidade, infra-estrutura urbana e acesso aos serviços e quipamentos urbanos, podendo a Prefeitura solicitar adequações, complementações e melhorias qdo. necessárias; III - a exigência de anuência ou autorização dos órgãos competentes, qdo. se tratar de regularização em áreas de proteção e preservação ambiental, cultural, paisagística e de mananciais e quando se tratar de instalações e equipamentos públicos, usos institucionais segundo a legislação de uso e ocupação do solo vigente, pólos geradores de tráfego e atividades sujeitas ao licenciamento ambiental. Parágrafo Único - Lei poderá prever a regularização mediante outorga onerosa, quando a área construída a regularizar resultar área construída computável superior à permitida pelo coeficiente de aproveitamento em vigor à época da construção. CAPÍTULO VI DA ESTRATÉGIA PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA SEÇÃO I DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS Art. 34 A Estratégia para a Gestão Democrática e Participativa tem como objetivo geral implantar o Sistema de Acompanhamento e Controle Social que se constitui em um processo contínuo, democrático e dinâmico, com base nas disposições e instrumentos previstos nesta Lei . Parágrafo Único - São objetivos específicos da Estratégia para a Gestão Democrática e Participativa: I - a organização de um sistema de gestão de planejamento físico-territorial apoiado em dados e informações permanentemente atualizadas sobre o Município, visando maior eficácia na formulação de estratégias, na elaboração de instrumentos e no gerenciamento e execução das ações; II - a oportunização do exercício da cidadania, visando um maior comprometimento da 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 21/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl população com o município, sua capacitação na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. SEÇÃO II DAS DIRETRIZES Art. 35 A Estratégia para Gestão Democrática e Participativa observará as seguintes diretrizes: I - conhecimento das peculiaridades locais e estabelecimento de canais de informação, debate e controle social permanentes mediante descentralização administrativa; II - capacitação dos técnicos da área de planejamento urbano do Governo Municipal, estimulando a participação dos mesmos em congressos, seminários, palestras, cursos, eventos, etc., ampliando a capacidade de gestão governamental para o desenvolvimento urbano sustentável; III - envolvimento dos órgãos municipais cujas atividades tenham interface com o planejamento urbano, visando a implantação de um sistema integrado de gestão físico- territorial; IV - participação de órgão colegiado no processo de formulação de políticas, planos, programas e projetos relacionados ao desenvolvimento urbano; V - articulação e integração com os poderes constituídos, instituições governamentais, organismos não-governamentais, entidadesde ensino e pesquisa e sociedade civil, para a implementação das estratégias previstas nesta Lei, estabelendo um compromisso com a sua aplicação, monitoramento e avaliação; VI - garantia de acesso às informações sobre a realidade física municipal e indicadores de qualidade de vida urbana aos cidadãos; VII - monitoramento, controle e fiscalização da aplicação dos instrumentos do PDO e do Estatuto da Cidade, especialmente daqueles previstos pelo art. 182, § 4º da Constituição Federal. SEÇÃO III DAS PROPOSTAS Art. 36 A Estratégia para a Gestão Democrática e Participativa será implementada mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos: I - implantar o COMCIDADE - Conselho Municipal da Cidade, com representação do governo, da sociedade civil e das diversas regiões do Município, conforme estabelecido na Resolução CONCIDADES 13/04, de 16/06/04; II - promover a realização de conferências, audiências, fóruns de debates, encontros, reuniões e consultas públicas sobre assuntos de interesse urbanístico, conforme estabelecido na Resolução CONCIDADES 25/05, de 18/03/05; III - organizar, estruturar e aparelhar adequadamente os órgãos municipais competentes para a execução da política de desenvolvimento urbano prevista neste PDO; IV - instituir e manter um sistema de produção de informação que subsidie o planejamento físico-territorial local; V - instituir um programa de capacitação de recursos humanos que qualifique e estimule os dirigentes, técnicos e fiscais da área de planejamento urbano; VI - proporcionar a formação de uma consciência pública voltada à cultura urbanística, através do uso da mídia, da distribuição de material e da realização de 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 22/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl palestras e eventos difundindo a legislação, os projetos, os indicadores, os dados e demais informações de interesse ao planejamento físico-territorial e ao desenvolvimento urbano. TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO FÍSICO-TERRITORIAL DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DOS SISTEMAS REFERENCIAIS SEÇÃO I DOS CONCEITOS BÁSICOS Art. 37 O planejamento físico-territorial da cidade tem como objetivo geral orientar, ordenar e disciplinar o crescimento da cidade, através dos instrumentos de regulação que definem a distribuição espacial das atividades, a intensidade construtiva, o adensamento populacional, a capacidade de suporte da infra-estrutura e a configuração da paisagem urbana. Art. 38 Para tal objetivo, o território municipal será organizado com base em elementos estruturadores e integradores, segundo os sistemas referenciais abaixo: I - sistema ambiental, composto pelos seguintes elementos: a) bacia hidrográfica do rio Itapocu; b) cobertura vegetal integrante da Mata Atlântica; c) contrafortes da Serra do Mar e todas as elevações com cota do topo em relação à base igual ou maior a 50 m e encostas com declividade superior a 30% na linha de maior declividade, conforme Resolução CONAMA 303/02, de 20/03/02; d) patrimônio cultural; e) APPs - Áreas de Preservação Permanente e faixas "non aedificandi" ao longo das águas correntes e dormentes e as demais legalmente exigidas pelo Poder Público destinadas a equipamentos urbanos; II - sistema de mobilidade, composto pelos seguintes elementos: a) ferrovia, rodovias, estradas e demais vias; b) áreas "non aedificandi" ao longo das faixas de domínio das rodovias, ferrovias e dutos. § 1º Consideram-se elementos estruturadores aqueles que constituem o arcabouço permanente da cidade, os quais, com suas características diferenciadas, permitem alcançar progressivamente maior aderência do tecido urbano ao sítio natural, melhor coesão e fluidez entre suas partes, bem como maior equilíbrio entre as áreas construídas e os espaços abertos, compreendendo as redes hídrica, viária, de transporte coletivo e de eixos e pólos de contralidades. § 2º Consideram-se elementos integradores aqueles que constituem o tecido urbano que permeiam os elementos estruturadores e abrigam as atividades dos cidadãos que deles se utilizam, compreendendo a habitação, os equipamentos urbanos, o sistema de áreas verdes, os espaços públicos e os de comércio, serviços e indústrias de caráter local. § 3º A relação entre os elementos estruturadores e os integradores deverá ser elaborada de modo a assegurar o equilíbrio entre necessidades e oferta de serviços urbanos. Art. 39 A implantação de qualquer empreendimento, quer público quer privado, deverá, na respectiva área, considerar a existência e a previsão dos elementos estruturadores e integradores que compõe os sistemas ambiental e de mobilidade citados, bem como obedecer as disposições e os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei e na legislação decorrente, afim e correlata. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 23/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl SEÇÃO II DO SISTEMA AMBIENTAL SUBSEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 40 Visando a efetivação da Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural, ficam instituídas as seguintes prioridades referentes ao sistema ambiental: I - resgate e implementação da Agenda 21 local; II - criação das unidades de conservação previstas; III - instituição de um programa de proteção e recuperação ambiental da bacia hidrográfica do rio Itapocu, abrangendo a poluição hídrica, sonora, atmosférica e do solo, inclusive na área rural; IV - criação e implantação do plano da bacia hidrográfica do rio Itapocu, de acordo com a Política Estadual de Recursos Hídricos; V - criação e implantação de um plano de saneamento ambiental, abrangendo o abastecimento de água, o esgoto sanitário e o manejo de resíduos sólidos e águas pluviais; VI - ampliação das redes de água e esgoto sanitário, com as novas ETAs e ETEs previstas; VII - proteção e preservação da paisagem natural, reformulação da legislação disciplinadora de movimentos de terra e intensificação da fiscalização nas APPs, encostas e locais sujeitos a escorregamentos, enchentes e inundações, gestionando, inclusive, junto ao Governo do Estado de SC a implantação do policiamento militar de proteção ambiental; VIII - suprimento de praças e áreas de lazer em bairros deficientes; IX - implantação do projeto de reabilitação do Centro Histórico; X - definição de uma política de preservação, restauro e valorização do patrimônio arquitetônico e histórico e das tradições étnicas locais; XI - pavimentação das rotas turísticas de colonização alemã, italiana e húngara. SUBSEÇÃO II PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL Art. 41 O patrimônio natural e cultural do Município de Jaraguá do Sul é constituído: I - dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu; II - da cobertura vegetal da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) e as cadeias de contrafortes da Serra do Mar (Serras do Leste Catarinense), em especial o morro Jaraguá; III - dos bens de natureza material, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade jaraguaense, dentre os quais as edificações cadastradas com potencial arquitetônico e histórico e as tombadas e o Centro Histórico ("altstadt"); IV - do espaço aéreo e do subsolo. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 24/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl § 1º O Município se articulará com os órgãos competentes estaduais e federais responsáveis pela preservação histórica para definição de medidas que viabilizem a proteção e o aproveitamento turístico e econômico do patrimônio natural e cultural local. § 2º Na implementação de tais medidas deverãoser assegurados: I - o envolvimento da população local na tomada de decisões; II - o usufruto das vantagens que possam advir dessas medidas pelas comunidades locais. Art. 42 O Município protegerá seus bens naturais e culturais através da Lei Municipal 1.854/94, de 29/06/94, dos órgãos municipais competentes integrantes da estrutura administrativa municipal e do COMPHAAN - Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural. Parágrafo Único - Ficam declaradas como de preservação permanente e "non aedificandi" as áreas arqueológicas porventura existentes no Município, ressalvadas as edificações necessárias aos serviços de guarda e conservação, ficando a cargo do órgão federal competente a delimitação exata e precisa das mesmas, cabendo ainda a este a anuência prévia quanto à aprovação de projetos, bem como o licenciamento de obras ou escavações no local. SUBSEÇÃO III DA PAISAGEM URBANA Art. 43 Entende-se como paisagem urbana a configuração visual da cidade e seus componentes, resultante da interação entre os elementos naturais, edificados, históricos e culturais, terá a sua política municipal definida com os seguintes objetivos: I - possibilidade ao cidadão de identificação, leitura e compreensão da paisagem e de seus elementos constitutivos, públicos e privados, bem como do direito de usufruir desta; II - promoção da qualidade ambiental do espaço público; III - busca do equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõe a paisagem urbana; IV - ordenação e qualificação do uso do espaço público; V - fortalecimento de uma identidade urbana, promovendo a preservação do patrimônio cultural e ambiental urbano. Art. 44 São diretrizes gerais da política de paisagem urbana: I - implementação dos instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da paisagem urbana; II - promoção do ordenamento dos componentes públicos e privados da paisagem urbana, assegurando o equilíbrio visual entre os diversos elementos que a constituem; III - favorecimento da preservação do patrimônio cultural e ambiental urbano; IV - participação da comunidade na identificação, valorização, preservação e conservação dos elementos significativos da paisagem urbana; V - proteção dos elementos naturais, culturais e paisagísticos, permitindo a visualização do panorama e a manutenção da paisagem em que estão inseridos; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 25/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl VI - conscientização da população a respeito da valorização da paisagem urbana como fator de melhoria da qualidade de vida, por meio de programas de educação ambiental e cultural; VII - consolidação e promoção da identidade visual do mobiliário urbano, equipamentos e serviços municipais, definindo e racionalizando os padrões para sua melhor identificação, com ênfase na funcionalidade e na integração com a paisagem urbana. VIII - adoção de medidas e incentivo ao tratamento e embelezamento de fachadas; IX - disciplinamento e fiscalização da mídia exposta, implementando-se as Leis Municipais 3.528/04, de 06/03/04, e 3.718/04, de 22/12/04. SEÇÃO III DO SISTEMA DE MOBILIDADE SUBSEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 45 Visando a efetivação da Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade, ficam eleitas as seguintes prioridades: I - reformulação e modernização do sistema de transporte coletivo urbano, implantando programa de mobilidade urbana; II - construção do contorno ferroviário, desviando a linha férrea da área central da cidade; III - construção do contorno rodoviário, desviando a BR-280 da área central da cidade, através da implantação do trecho Norte e do trecho Oeste (ligação da BR-280 com a SC-416); IV - tratamento preferencial às vias arteriais e estruturais, aos eixos viários prioritários, aos anéis viários e aos corredores de transporte coletivo urbano; V - demarcação, abertura e construção das vias, ligações e pontes projetadas para o sistema viário; VI - implantação de ciclovias e ciclofaixas, observado o disposto neste PDO e no Manual de Planejamento Cicloviário do Ministério dos Transportes; VII - padronização, construção e recuperação de calçadas, melhorando a pedestrianização e a acessibilidade, com prioridade para os bairros Centro, Barra do Rio Cerro e Nereu Ramos, bem como nas vias com equipamentos comunitários. SUBSEÇÃO II DO SISTEMA VIÁRIO BÁSICO Art. 46 A malha viária municipal é formada por vias extra-urbanas, interurbanas e intra-urbanas, sob a jurisdição do Município, do Estado de SC e da União, assim tuteladas: I - pela União: BR-280 e ferrovia; II - pelo Estado de SC: SC-416 e futura SC-280; III - pelo Município: as demais. Art. 47 Sob o aspecto funcional, o Sistema Viário Básico, conforme indicado nos 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 26/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl mapas dos Anexos 1 e 2, é constituído de vias arteriais, estruturais e coletoras e as estradas rurais principais, complementado por vias locais e especiais e as estradas rurais secundárias, assim definidas: I - arteriais: que possibilitam o contorno ou o acesso à cidade, interligando-a a outras, ligando dois pólos de uma região conurbada ou conectando localidades situadas na zona rural entre si ou à área urbana; II - estruturais: responsáveis pelos maiores fluxos de tráfego, canalizando-os de um ponto a outro da cidade, interligando centro a bairro, bairro a bairro, coletora a arterial, dando vazão às correntes de tráfego interzonais, organizando as unidades de vizinhança e conciliando a fluidez com o acesso às propriedades lindeiras e com o transporte coletivo; III - coletoras: destinadas a alimentar ou coletar o tráfego das estruturais, distribuindo-o nas vias locais, nos bairros e nos diversos escalões urbanos; IV - locais: destinadas a suprir ou captar o tráfego das coletoras, propiciando acesso a áreas restritas ou de caráter residencial; V - especiais: compreendem as ciclovias, ciclofaixas, exclusiva de pedestres, preferencial de transporte coletivo e as panorâmicas; VI - estradas rurais: destinadas a dar escoamento à produção agrícola e acesso às propriedades rurais. Classificam-se em principais e secundárias. § 1º Integram o Sistema Viário Básico as vias, ligações e obras-de-arte especiais e correntes, conforme indicado no mapa do Anexo 3, que compõe o Sistema Viário Projetado. § 2º Nas vias arteriais e estruturais a segurança e a fluidez do tráfego são condicionantes prioritárias da disciplina do uso e ocupação do solo das propriedades lindeiras. Art. 48 Ficam estabelecidos os seguintes gabaritos mínimos de largura para a malha viária municipal: I - via arterial: a) rodovia federal: a critério do órgão competente com jurisdição sobre a mesma, com faixa de domínio de 60 m; b) rodovia estadual: a critério do órgão competente com jurisdição sobre a mesma, com faixa de domínio de 30 m; c) rodovia municipal (estrada rural principal): 11 m de pista e 3 m de calçada em cada lado, com faixa de domínio de 30 m; II - via estrutural: 15 m de pista e 3 m de calçada em cada lado; III - via coletora: 11 m de pista e 3 m de calçada em cada lado; IV - via local: 8,50 m de pista e 2,50 m de calçada em cada lado; V - ciclovia: 2 m se unidirecional e 3 m se bidirecional; VI - ciclofaixa: 2 m; VII - faixa preferencial de transporte coletivo: 3,50 m; VIII - via exclusiva de pedestres: 3 m; IX - panorâmicas: a critério do órgão competente, dependendo de sua localização, posicionamento, topografia, acessibilidade e condições ambientais; X - estrada rural secundária: 8,50 m de pista e 2,50 m de calçada em cada lado, com recuo das edificações de 5 m a
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