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Revitalização da feira ana nery no bairro perpétuo socorro - Macapá- Ap

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPUCAIA DO SUL 
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO 
DIRETORIA DE PROJETOS 
 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPUCAIA DO SUL 
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO 
DIRETORIA DE PROJETOS 
 
 
INTRODUÇÃO
	
 O tema abordado neste trabalho visa principalmente dar a amplitude necessária no que tange hoje as chamadas “Feiras livres” e a sua importância no meio socioeconômico, trazendo neste contexto Requalificação da Feira Ana Nery, que tem por atender as necessidades dos moradores do bairro Perpétuo Socorro; assegurando assim a perpetuidade da importância histórico-cultural que a feira tem, e hoje encontrasse em situação de abandono pelo consequente sinistro decorrido no local.
	Em premissa, nos dias atuais lugares desocupados no estado de completa entrega, tem grandes potencialidades de se tornarem abrigos para a possível presença de moradores em situação de rua e usuários de drogas. Na localidade estudada isto acabou ocorrendo, e neste embate de olhar social despontaremos também sobre a desocupação área.
	Para fomentar a densidade de ocupação do local e revigorar por meio desta a plena utilização do equipamento urbano, na sua totalidade em estrutura e prestação de serviço, incentivar a economia do bairro temos por estar esse desafio. Em paralelo, ter, a melhoria da qualidade de vida dos moradores estimulando assim as coerções sociais; vendo que este tipo de intervenção traz impactos complexos e em cadeias, há a grande necessidade de se ter um planejamento integrado. Este conjunto de ações será tratado na Requalificação da feira Ana Nery com enfoque na sua importância no meio socioeconômico do bairro Perpétuo Socorro.
	Trabalhar na requalificação da Feira não é somente pensar em um projeto arquitetônico, mais em um projeto arquitetônico que venha promover a socialização, dentre os quais os moradores vem carecendo, desenvolver um centro econômico social em caráter de necessidade no bairro Perpétuo socorro, junto com a requalificação virá a valorização dos imóveis na área, a ressocialização de certos moradores que outrora estariam reféns em sua própria residência devido ao grande índice de marginalidade que vem se alastrando no local. Entender que estamos entregando novamente a sociedade um equipamento público de extrema importância, dentre os quais a cultura da feira está atrelada a história do bairro, fazendo entender que sem essa ferramenta de comércio e relação urbana a uma grande perca no contexto histórico do bairro que nasceu em margens ribeirinhas.
	A problemática do projeto concerne em averiguar se há uma possibilidade de requalificação da feira e os benefícios socioeconômicos que ela traria. O objetivo geral e consolidar a revitalização da feira, os específicos e estimular o engajamento econômico da população estimulado a agricultura de subsistência por intermédio da feira livre, construir ao entorno da feira uma área de convívio eficiente que venha ser utilizada.
2.0. FEIRA LIVRE – BREVE HISTÓRICO
 Os primeiros contextos surgidos sobre às feiras aparecem em meio ao comércio e às festividades religiosas na antiguidade. A palavra Feira vem do latim feria que significa dia santo ou feriado.
 Foram surgindo na Europa no período da Idade Média e tomaram um papel de extrema importância nas cidades e no movimento denominado Renascimento comercial século XIII. Ocorria que quando os camponeses não conseguiam vender seus produtos no mercado a produção que se excedia era por muitas vezes moeda de troca comercial e tudo isto era realizado nos grandes centros urbanos da época. (AUGE,2010).
Essas vendas e trocas eram bem posicionadas em rotas comercias, chegando até a pacificação de guerras durante essas para garantir a venda dos camponeses, em determinadas temporadas do ano eram realizadas festas de Igreja outro ponto determinantemente estratégico desde esse tempo as celebrações já estava presente nas feiras, durante ás vendas, dezenas de saltimbancos, fazendo malabarismos, procuravam divertir o povo que se movia de barraca em barraca.
No Brasil, herdamos esse costume dos portugueses e existem registros de feiras desde a época colonial. E era presenciado pelos populares as quitandas ou feiras africanas, e influenciada pelo estilo europeu eram situados em locais preestabelecidos que funcionavam ao ar livre. Evidenciava-se pelas vendedoras negras com seus produtos de lavoura, pesca e artesanato. Da mesma maneira produtos que vinham dos grandes navios era comercializada informalmente na Praça XV, no Rio de Janeiro. Até que em 1711, o Marquês do Lavradio, vice-rei do Brasil os oficializou. (AUGE,2010).
O que se via nas origens da feira no Brasil era a desorganização, falta de salubridade. Desse modo, inspirado em modelos europeus, em 1904 o prefeito do Rio, Pereira Passos, autorizou o funcionamento das feiras nos fins de semana e feriados. Após a I Guerra mundial com os problemas de abastecimento o então prefeito, Azevedo Sodré, autorizou e estimulou as feiras também durante a semana.
Em São Paulo, em 1914, foi criada a Feira Livre por meio do ato do Prefeito Washington Luiz P. de Souza, não como projeto novo, mas sim como o reconhecimento oficial de algo que já existia tradicionalmente na cidade desde meados do século XVII.
O principal desafio das feiras livres hoje em dia certamente são os que estão conjugados a contemporaneidade, o predominante cenário capitalista que por diversas vezes retira mesmo que paulatinamente suas características predominantes.
 
A feira livre é muito conhecida por seu caráter predominantemente hortifrutigranjeiro que se tornou parte da identidade do povo brasileiro, destacando-se muito da nossa cultura popular, promovendo a diversidade, troca de experiência e de grandes conhecimentos populares, resgate de valores e sensação de integração social. 
“[...] Nesses espaços das conversas, das tradições, dos encontros, das transgressões, das experiências, das compras, vendas e permutas, das jocosidades, das performances corporais e orais, enfim, das cores, odores e sonoridades que se misturam e se dissolvem, inúmeras pessoas efetuam as reproduções sociais e capitalistas da vida cotidiana. Dessa maneira, a feira se institui, antes de tudo, em um espaço de mobilidades comerciais e sociais onde, por meio das diversificadas dinâmicas, ergue-se uma rede de sociabilidades vivenciadas pelos agentes sociais no âmbito dos territórios construídos.” (Morais e Araújo, 2006, p.267)
A feira é vista por muitos se tornou bem vista por além de ser um local de criatividade e diversão, a socialização está atrelada a esse grande costume brasileiro, vale lembrar que por ser uma tradição, existe por detrás rituais e estruturas fixas que mantém a característica da feira e todo o território, dinâmica que é encontrada nesse ambiente retém valores e tradições, que segue seu período sempre inovando, um espelho voltado para luta social contemporânea. Percebe-se que em meio de tudo que engloba o movimento dos feirantes no dia-a-dia e a realidade se misturam a expectativas, e o que sobrepõe a tudo certamente é a adaptação ao meio.
A sobrevivência da feira livre no século XXI, sem existir mudanças expressivas, isso fora, as suas mudanças diárias corriqueiras. A universalização do formato da feira não se retira as atribuições que vemos em várias cidades, a exemplo disto, mesma feira que vemos hoje no estado do Amapá será o mesmo modelo encontrado no estado de São Paulo.
“[...] “Todos esses elementos... fazem parte de um complexo comunicacional composto por textos, músicas, danças, imagens, oralidade, crenças, costumes e toda a sorte de práticas culturais, reafirmando a noção de que comunicação é cultura”. (Ferreira, 2006, p.70).” 
 
A importância desta vai muito além de somente comercialização pois em muitos locais como nas cidades menores, ela pode ser a única maneira de comercialização do local e, portanto, de socialização se mostrando como um ponto de lazer e cultura maior em relação às cidades maiores. 
Segundo Zygmunt Bauman (2001),o medo que as pessoas exteriorizam em relação à o “outro” e fugindo de qualquer tipo de interação pública, de encontros e envolvimento social. O sentimento de ameaça sobre o que é diferente apavora se isolando e vivendo no que é chamado “guetos” buscando viver com “iguais”, pensando assim estar seguros e pôr consequência espaços urbanos não tem o aproveitamento devido, não existe uma permanência por parte da população, espaços estes que não apresentam acessibilidade que é garantida por lei e muito menos um acolhimento que abranja a população nesse sentido.
2.1.A CIDADE E O COMÉRCIO
Vemos nos tempos atuais que o comércio é a cidade mantém uma relação bem estrita para se ter um parâmetro, o comércio a exemplo faz deliberadamente parte da razão de uma cidade ser cidade, os movimentos e animações sendo econômicos sugeridos na cidade distingue bem ao do campo. 
O comércio é uma ferramenta importante hoje em dia, na época contemporânea, através dele as pessoas podem satisfazer as suas necessidades realizando seus desejos em diversos aspectos, existe divulgação de produtos sendo este chamado de “Marketing”, onde se vincula informações deveras importante, difundindo diversos tipos de informações em vários canais, uma amplitude que não se via e outros tempos, e por conta dessas informações difundidas é criado laços da sociabilidade. No mais, a interação encontrada na vida urbana tem muito a ver com o comércio.
Nas cidades que vemos hoje é não é diferente em Macapá, as relações de atividades comerciais, principalmente encontrada no centro da cidade, sofreram ao longo dos anos em dependência da crise que ocorreu no país, mudanças. Como uma união estável, construído em uma base sólida a centralidade ocorrida em Macapá é estabelecida por um sistema hierárquico das áreas comerciais interurbanas, os consumidores estes cada vez mais criteriosos, convém que o estabelecimento em que houver a exemplo, acessibilidade, facilidade de circulação e estacionamento, serão agremiadas de mais pessoas e por consequência clientes em potencial. Não podemos negar o desenrolar do comércio em grandes espaços fechados e voltados para dentro, negando completamente a cidade pública com seus equipamentos, praças, avenidas, ruas movimentadas, a representação cênica, relação entre os atores, comerciantes e consumidores, protagonistas urbanos atuais.
Para se fazer um panorama das mudanças divergidas da cidade é do comércio, vários especialistas, pensadores vem questionando o seu fomentar; em modelos simples ou de extrema complexidade. A fim de dissolver essas dissociativas vamos implementar três principais tópicos, onde a cidade se correlaciona com a economia, o da industrialização com um excedente aumento da produção em conjunto com a necessidade de se expandir o fazendo a adequação a forma urbana.
O segundo tópico vemos o consumo em massa, muito difundido depois da segunda guerra mundial, momento este onde a logística das mercadorias a oferta e demanda debandada pelos produtos, e por terceiro um novo conceito vindo do consumo atrelado com troca simbólica incentivando a mudança. Vem difundir a literal mudança em meio a um paradigma explícito nas relações entre cidade e comércio.
Pontuaremos que a relação de vínculo entre a cidade e comércio advém desde o começo das civilizações. Ou seja, não existe uma linha consistente em que poderíamos separá-las. Ambos se conjuntam em causa e efeito, central e aglomerante de economia e pessoas, mercadorias, informações e ideias. É claro que não vemos em formas resultantes, e ou grandes estudos qualificando este fenômeno que se tornou natural na vida urbana atual, o país cerca de uma economia mutacional, não requer uma atenção devida a estes efeitos. 
Mudanças que surgiram no cenário econômico internacional, a crise que se generalizou mundialmente, fez a transformação, surgindo assim que ambas as bases, comércio formal ou informal tornaram-se as únicas saídas para a sobrevivência para a população no geral; o empreendedorismo se globalizando, tornando-se popular, micro e pequenas empresas, geram empregos e renda e já somam R$ 599 bilhões em 2011, ou seja representam 53,4% do PIB deste setor comercial, dados apurados pela Fundação Getúlio Vargas. A predominância deste modelo se conjunta com a necessidade de sobrevivência, uma economia de permuta. Isto é, fazemos do serviço, das mercadorias moedas atuais de troca, não obtendo qualquer lucro. Na luta pela sobrevivência na selva que é a crise atual. Em resumo, o quadro apresentado é exatamente este a excessiva oferta varejista, que vem desde o ambulante, vai para grandes camelódromos que encontramos na cidade, e chega aos Shopping Centers. (COMIN,2000).
A resulta aparente está no uso não esperado do espaço público, e a negligência da qualidade de vida coletiva, dos pequenos e grandes negócios e da economia urbana como um todo. Depois do então apocalipse econômico passou-se a dar a sua atenção devida a essas questões. Há de se considerar que por intermédio do decorrido nos últimos tempos houveram benefícios para o reparo no desenvolvimento urbano. Além disso, o exercício das atividades econômicas em pequena ou grande escala, reflete fisicamente e diretamente sobre a imagem física e mental da cidade, trazendo qualidade ambiental urbana.
“[...] As grandes cidades têm se tornado um enorme “Bazar”, onde os negócios trabalham no limite da sobrevivência e contribuem para a deterioração das áreas tradicionais de compras, onde todos competem por espaços nas áreas de maior fluxo de consumidores.” (Comin, 2000, p.04)
Sabe-se que a política urbana direcionada ao comércio e varejo, tem-se cognitivas explicitas sobre diferentes interesses e formas julgadoras de relacionamentos com a economia e espaço urbanos existentes, a diferença está na atuação, no patamar do desenvolvimento econômico e social; vale ressaltar divergindo entre ambas a dependência colateral cabendo, portanto, ao estado a gestão das agremiações das relações no interesse da coletividade, procurando uma solução conjunta assertiva que frisa minimizar os eloquentes efeitos negativos e enaltecer os positivos.
O comércio independente ou tradicional que são feitos pelas lojas de ruas, e não pertencerem a cadeias de lojas ou estar inserido em Shopping Centers, é a essência da cidade. Ele ponderadamente nasce com ela. Porém, a acelerada modernidade que rotaciona as mudanças no mercado varejista globalizado, induz a deterioração do varejo tradicional, isso acontece em detrimento da concorrência bem mais modernizada, que acaba por desqualificar esse tipo de serviço ofertado a população, sem agregantes ou condições que possam estimular o pequeno varejista, que por fim acaba por dissimular sua imagem no cenário urbano da cidade.
Grande parte da dinamização sobre a imagem da cidade como já dito anteriormente, se é devida ao pequeno comércio tradicional. Mas, a falta de preparo, os conceitos conservadoristas, seus métodos que remetem a antiguidade, problemas de estrutura, e sua total denegação as mudanças propostas no mercado atual, sua situação precária em termos de negócio se atrela veemente a um ambiente destruído. Estamos falando em parte, outra subsequência vem das suas concorrências os grandes departamentos comercias como: franquias, super e hipermercados. O impacto e direto e incisivo, submetendo-se a situação de oligopólio onde o poder está concentrado em exclusivas e poderosas empresas, essa situação de mercado dispõe o proveito de eventualmente permitem controlar os preços de compra e de venda. Por outro lado, compensasse em atendimento às demandas populacionais, e não se sabe por quanto tempo.
Deve-se cuidar dos impactos significantes no espaço urbano, trazer a este um controle mais severo quanto a postura tomada atualmente, vale lembrar que o consumidor tem voz de tomada nessas questões antagônicas, o lado deste contextualiza muito a supressão que os shopping centers vem colocando a exemplo como os espaços ara recreação e lazer, ocasionado pela falta de segurança que vemos crescenteno Estado. (COMIN,2000).
Estes grandes estabelecimentos se atribuem de diversas campanhas, movimentos culturais e até datas comemorativas, para atrair os consumidores que já convencidos pela segurança e suprimento da demanda aprovada pelo cliente. E esses grandes movimentos acabam atraindo o que chamo de “Êxodo comercial local”, que nada mais é a saída de outras pessoas de sua região para estes estabelecimentos, buscando suprir o que não se encontra em sua localidade, isso acaba por gerar renda e emprego, movimentando o mercado coo um todo. Em contrapartida os ambulantes que trabalham com diversos gêneros crescem exponencialmente.
Voltando o enfoque na questão do excesso produtos produzidos, existe a má ocupação do espaço público utilizado, por consequência qualidade ambiental e da imagem da cidade, ocorre uma discrepância entre o comerciante independente. Há necessidade de se criar um espaço exclusivo para eles, um espaço pensado, o ponto de equilíbrio que certifica esses argumentos são emprego, renda e sobrevivência. Com isso não se pode direciona-los onde não exista uma movimentação, nem que está seja mínima, através desta e retirado a renda. 
Lembrando que este tipo de comerciante, por ser irregular não são beneficiados por quaisquer auxílios, seja previdenciário, seguros ou décimo terceiro, não prestam contas ao poder público quanto as taxas que devem ser recolhidas, e suas condições sanitárias são muitas das vezes péssima. 
O mais recente agente em relação com o empreendedorismo são os e-commerce, uma plataforma gerida de somente um fornecedor e que não necessita de um intermediador para chegar o consumidor final. Apenas com especulação, o comércio à distância sempre existiu, mesmo que agora vemos uma ferramenta auxiliadora que é a internet e as plataformas digitais, as campanhas feitas pelos gestores, tão emotiva e atraente; fazendo com que esse tipo de modalidade no comércio seja algo tomado por inovador, mais do que lucro a curto prazo, estas visam criar em torno das companhias valor de mercado, o que na verdade acontece é a ampliação do leque de possibilidades aos consumidores. Agora no âmbito mundial o e-commerce, uma versão melhor estruturada este irá atender em capacidade daquele público que por motivos financeiros na viabilizam um estabelecimento.
Qual é a congruência retirada sobre está vertente do nada mais é que se pensarmos no futuro próximo a possível liderança deste tipo de negócio, o crescimento no ano de 2017 chegou em 7,5% um total de R$ 47 bilhões segundo os dados do Ebit (Instituição que avalia a reputação no ramo do e-commerce), e que isso pode acabar gerando um impacto a imagem da cidade em decorrência do crescente atendimento online, desvalorizando o espaço público. (COMIN,2000)
É notável o grande crescimento quase que indiscriminado da oferta de estabelecimentos comerciais e de serviços varejistas, e eu não é visto o aumento da demanda na medida que vem crescido a fixação desses agentes, do ambulante até os grande Shopping Centers, se tornando um enorme “Bazar urbano”, onde cada negócio trabalha no limite espacial competindo acirradamente nas áreas de maiores fluxos de pessoas; contribuindo de forma bastante massificante com a deteorização das áreas tradicionais. Trazendo para uma situação mais local em Macapá, sobre os crescentes números de desemprego que é tangível, igualmente ao crescente número de ambulantes que na mesma proporção assume pequenos vãos e chegam até aproveitar sobras sobre as extensões de ruas mais movimentadas no centro da cidade.
As políticas urbanas de requalificação dos espaços tradicionais de compras, precisam ter cautela sobre as intervenções físicas em projetos urbanísticos que não são centrados a realidade do comércio varejista. Do ponto de vista do consumidor, cidadão e turista, a imagem da cidade e qualidade de vida urbana, levar em conta a estrutura varejista, fundiária deste público alvo é entender a importância das áreas tradicionais de compras, á exemplo as feiras; tradicional e leva consigo seu contexto histórico como já visto, passando neste capítulo pelos mais diversos modos de economia na cidade: Pequenos e grandes comerciantes e varejistas, ambulantes, passando até pelo e-commerce, comércio eletrônico crescente nos dias de hoje, vimos que diversas debilidades existem na relação cidade e comércio, e que mesmo diante destas dificuldades impostas é claro o relacionamento solidificado de ambas, mais há necessidade de reestruturações mais igualitárias que busquem equilibrar este mercado. Contudo, o agregante natural que a feira e seu trajeto histórico trás, e seu módulo que consiste na socialização das pessoas, retirando no que o autor Zygmunt Bauman fala da fuga das interações públicas, a feira traz este benefício. 
Devido às diversas debilidades inerentes à teorização da última fase pela qual estão a passar as relações cidade-comércio, depois de analisada a forma como a geografia tem construído a explicação, o de interpretar os mais recentes acontecimentos à luz da semiótica urbana e da dialética da espacialidade, e aplicados à paisagem urbana, mas com poucos seguidores no quadro da geografia do comércio e do consumo. 
2.2. ESPAÇO E A ECONOMIA 
Nos tempos atuais, vemos o grande processo de globalização em conjunto com fragmentação, no espaço em que se conjuga a fluidez ciência, técnica, informação e racionalidade, o aumento do desemprego e da precarização das relações de trabalho e da pobreza estrutural que vimos nas grandes cidades.
Diante deste contexto, a teoria dos dois circuitos da economia urbana se reforça ainda mais como uma possibilidade de apreensão das dinâmicas urbanas contemporâneas. Para que possamos explorar vale entender o que são os circuitos de economia. Para Oliveira (2009), os circuitos da economia urbana são expressões das divisões territoriais do trabalho nos lugares e frisa que discutir sobre eles, em consequência do projeto neoliberal dos anos 1990, se torna de extrema relevância, pois atualmente multiplicam-se os trabalhadores ditos “informais”, aumentam-se as dívidas sociais e se acelera o processo de urbanização, intensificando, ainda mais, a concentração de renda e a segmentação da produção e do consumo que, para o autor, está na base da existência dos circuitos. Ele destaca, ainda, que a intensificação do consumo e da circulação, em conjunção com o desemprego crônico e o fortalecimento da pobreza urbana, incide sobre as dinâmicas dos circuitos, especialmente do circuito inferior. 
No entendimento das dinâmicas do circuito inferior da economia urbana, na possibilidade de leitura respeitosa entre ambos os circuitos e numa análise que engloba a divisão interurbana do trabalho. Por fim, pensar o circuito inferior da economia urbana para realidade socioespacial de cidades locais – híbridas, permite-nos compreender a relação entre pobreza e circuito inferior.
Segundo Santos (2004 [1979]), o que diferenciaria as atividades do circuito superior das atividades do circuito inferior seria a tecnologia empregada e o modo de organização do trabalho. Assim, o circuito superior mantém sua base diretamente relacionada à modernização tecnológica e aos grandes monopólios, detentores das novas tecnologias e de poder no mercado financeiro. Por sua vez, o circuito inferior é formado pelas atividades de pequena escala, como dos pequenos comerciantes, mascates e vendedores ambulantes, feirantes, voltados para o mercado de consumo local e a população com menor mobilidade.
Esse circuito, entretanto, não se trata de um setor tradicional porque é produto indireto da modernização e uma parte do seu abastecimento vem do setor moderno, do qual depende (SILVEIRA, 2007). Já o circuito superior marginal, nascido sobretudo em função da relevância que adquire a circulação, está próximo do circuito superior pela funcionalidade de seu trabalho, mas se relaciona com o circuito inferior pelo comportamento de seus atores (SILVEIRA, 2004). O circuito superior marginal é importante para difundir novas tecnologias inserindoem sua dinâmica algo moderno, mas é, ao mesmo tempo, residual. Nas análises de Maria Laura Silveira, a cidade não é apenas lugar do circuito superior, “mas também do trabalho não especializado, das produções e serviços banais, das ações ligadas aos consumos populares” (SILVEIRA, 2004, p. 60). Assim, para a autora, o circuito inferior e superior marginal, nos dias atuais, encontram maior desenvolvimento. Ela ainda acrescenta que os circuitos da economia urbana são “vasos comunicantes, pois sendo ambos um resultado da modernização, encontram, atualmente, as condições de sua reprodução” (SILVEIRA, 2004, p. 66). Os circuitos não são estanques e, assim, não podem ser analisados separadamente, mas são “vasos comunicantes” (SILVEIRA, 2007), em movimento. 
Cada nova divisão territorial do trabalho modifica suas lógicas e a estruturação do espaço urbano. Nos espaços urbanos metropolitanos, por exemplo, coexistem inúmeros elementos constituintes dos dois circuitos, porém, nas cidades locais – híbridas, a economia urbana é marcada, predominantemente, pelo circuito inferior. Devemos destacar que não se trata de uma tipologia, pois há elos que as articulam também ao circuito superior, mas, a base da economia urbana são as relacionadas ao circuito inferior. No entanto, não podemos trabalhar com os circuitos da economia urbana em cidades que apresentam somente as dinâmicas do circuito inferior, como nas locais – híbridas, pois para a estruturação dos circuitos é necessária a dialética entre ambos. Portanto, a análise do circuito inferior dessas localidades se faz possível pela intensa vida de relações existente com outros aglomerados que desenvolvem as dinâmicas do circuito superior e superior marginal, permitindo-nos a compreensão de uma economia política da urbanização e da cidade.
 A complementaridade dos circuitos, através das relações interurbanas, se apresenta pelo acesso da população às instituições financeiras, aos supermercados inseridos no circuito superior e superior marginal e às lojas de departamentos. Nesse processo, o circuito inferior existente nas cidades locais – híbridas encontra condições para sua reprodução. Isso demonstra-nos que a economia urbana é um conjunto solidário e contraditório de divisões do trabalho, como indicado por Silveira (2004) para pensar as cidades. A prevalência do circuito inferior, nas localidades analisadas, não significa que essa população não consuma objetos técnicos modernos. Ao contrário, a interdependência com o circuito superior e superior marginal pelas relações interurbanas possibilita, como indicado por Silveira (2007, p. 12), “a participação dos pobres nos eventos contemporâneos. Circuito Inferior da Economia Urbana e Cidades Locais-Híbridas a autora quando afirma que todas as classes podem consumir fora dos circuitos ao qual estão ligados. 
A população empobrecida das cidades locais - híbridas, mesmo não tendo pleno acesso aos meios de consumo coletivo – bens coletivos –, consome alguns objetos técnicos modernos, mas mantem a pobreza estrutural. Assim, Silveira (2007) destaca que há um equívoco quando se pretende associar pobreza e falta de consumo, pois o crédito se processa em todos os lugares e classes sociais. Portanto, circuito superior e inferior se correlacionam sendo opostos e complementares, e, no período atual de globalização, o hibridismo existente em suas relações se intensifica. Cada circuito apresenta suas próprias características, mas a complementariedade para o circuito inferior ganha forma de dominação (SILVEIRA, 2007). 
Os fatores preponderantes para abertura de um comércio ou serviço ligados ao circuito inferior é a pobreza material, pois com pouco capital inicial um cidadão tem a oportunidade de aumentar sua renda, alternativa ao desemprego, além de trabalhar por conta e ser dono do seu próprio negócio. A segunda questão está relacionada à reduzida quantidade de comércios e serviços existentes nessas localidades, como destacado pelos entrevistados, ou seja, a falta desse tipo de atividade para suprir a necessidade da cidade, dentre outros. 
2.3. FEIRA LIVRE NO ESPAÇO URBANO
Uma feira constitui num município um espaço que se caracteriza através de uma função social que muda a organização espacial urbana, e representa atualmente uma das mais antigas e resistentes modalidades de comércio varejista. É um espaço especial, cheio de sons, movimentos, coloridos e personagens, que se interagem com o seu histórico e suas relações de identidade; o que nos leva a imaginar a importância da feira e como seria cada cidade se este ícone de história local e de sentimento de pertencimento.
Os participantes sejam os comerciantes ou os fregueses, vindos de variadas localidades, viajam e atravessam diversas distancias carregados de objetos e produtos que serão comercializados na feira. Pessoas de todas s idades advindas da zona rural, e de outros municípios também se mobilizam para participarem de mais um dia de feira, criando uma manifestação socioeconômico e cultural. Todo este movimento proporciona uma rotatividade de distribuição espacial, fazendo da feira um local de constante mobilidade comercial e humana. 
Mesmo com a importância sociocultural das feiras livres, raros são os trabalhos de pesquisa nesta área, e quando existem na maioria das vezes possuem um caráter estritamente mercadológico, perdendo de vista os aspectos sociais, culturais e de identidade.
Através de uma análise pode-se verificar a importância da feira livre no cotidiano, e como a relação com este espaço torna a feira um local de vivência único e diversificado em virtude dos diferentes objetivos que direcionam as pessoas para as feiras.
O espaço urbano advém de diferentes relações que começaram no passado e continuam existindo no presente, sendo este espaço humano, porque o homem o constrói e o reproduz através de diferentes classes sociais. Este espaço está ligado à produção, pois é nesta que o processo produtivo social acontece, sendo fragmentado em virtude de cada um manter relações espaciais entre si e com o todo, o que gera uma movimentação de fluxos de pessoas veículos e produtos.
Como definição de espaço, este seria um conjunto de objetos e relações que se relacionam com os referidos objetos, para aos quais eles servem de intermediários (SANTOS,1988).
Para Raffestin (1993) o espaço é ocupado por pessoas ou agrupamento que se colocam ao acaso, regulares ou concentrados, e através de relações variadas, surge um sistema de malhas, nós e redes, constituindo o território, diferenciando em seu funcionamento através das ações dos indivíduos. Ainda segundo o autor, os variados modelos urbanos são praticamente de mesma estrutura, diferenciando-se pelo comando, originado de diferentes objetivos e ações. Então se entende como feira livre são tão variadas em função do fornecimento do produto e das relações de troca e venda, sendo dotadas de características muito peculiares em cada local.
Segundo Harvey (1996), a compreensão do tempo e do espaço. É originada através de processos materiais que são utilizados pela representação da vida social, logo, cada sociedade, cada meio, produz sentimentos diferentes, proporcionando o surgimento do espaço de maneira individualizada de acordo com suas origens, por isso não se pode entender tempo é espaço separadamente de ação social, pois as relações de poder sempre estão implícitas nas práticas temporais e espaciais.
No contexto de Santos (2000), o espaço tem sua própria história que se origina da conjunção entre as características da materialidade territorial e das ações; e, é necessária a promoção da circulação de vários fatores como homens, dinheiro informações, mercadorias, etc. Deve-se considerar os chamados subespaços onde existe intensa circulação e outro com menos intensidade, podemos falar em espaços de fluidez e espaços viscosos.
As horizontalidades e as verticalidades promovem uma nova construção do espaço com um novo funcionamento. As horizontalidades estão representadas pelos lugares contíguos, ou seja, vizinhos; e,as verticalidades, seriam relações entre pontos distantes entre si, ligados por formas e processos sociais, expõe Santos (1998). Baseado nesta fundamentação pode-se observar uma associação de horizontalidade com a feira livre em estudo, visto que ela representa para o município um evento de grande importância comercial, que altera a rotina do meio, tendo como exemplo o grande caos que se torna a malha viária em dias de feira, um exemplo bem típico no nosso município é a feira localizada no bairro do Buritizal, Feira do produtor, onde o trânsito da avenida comercial 13 setembro. 
As feiras consistem em um local de relação social, um espaço de trocas de saberes e hábitos culturais, como expressa Bourdieu (1989), onde os envolvidos enriquecem o seu capital cultural, através de trocas, aprendizagens e obtenção de novos saberes e experiências vividas pelo outro. O freguês, colaborando com o seu saber da cidade para trocar com o feirante, enquanto este oferece um saber do rural, através do contato com a natureza e dos processos naturais produtivos.
Para ribeiro (2007) os feirantes amanhecem na cidade transportando os produtos para vender, comprar, barganhar, trocar e participar do grande acontecimento da sociedade que é a feira. Sendo as feiras sonoras, sendo dissolvidas na paisagem local, realizam um movimento considerado pequeno, e como atendem uma parcela restrita e geram um movimento que dilui na economia informal, raramente são incluídas em programas de geração de renda e desenvolvimento. As feiras lives têm uma atenção pequena se comparada à o movimento econômico que provem, visto que as feiras geram ocupação de renda e identidade regional. Geralmente se expandem ao invés de se reduzirem pois alimentam essa cultura territorial, que passou a se tornar um espaço de manifestação de identidade. Os lavradores-feirantes são favorecidos, pois comercializam produtos de difícil inserção em outros mercados, sendo sua prioridade sendo sua prioridade de produção baseada na cultura limitar local.
2.4. FEIRA LIVRE NO BRASIL
A atual estrutura socioeconômica de crescimento econômico no território nacional tem como consequência conflitos das mais variadas ordens, a partir de uma distribuição de renda injusta. Os monopólios financeiros e a política econômica e fiscal do Estado agravam as situações de pobreza, repercutindo no nível de vida das populações (SANTOS, 1979). Atualmente, esta situação é ultrajada pelos interesses da empresa frente aos recursos do território, que acabam por conduzir as decisões políticas.
 A massa expressiva de desempregados que, em busca da sobrevivência, acabaram por utilizar sua capacidade criativa para desenvolver meios diferentes daqueles definidos como setor formal, legal é também uma resposta da dinâmica atual que permeia o modo de produção. As atividades informais, que “desorganizam” o espaço (mais veementemente em áreas urbanas), de baixa produtividade etc., são essenciais à boa parte da mercadoria produzida, logo, do setor moderno e com robusto investimento de capital. A gama de atividades desenvolvidas por esta população pobre é estudada por Santos (1979) como circuito inferior da economia urbana – que se estabelece ao lado do circuito moderno, o circuito superior da economia urbana – constituindo um circuito não moderno, que abrange a produção manufatureira, artesanal, o pequeno comércio de uma multiplicidade de serviços (idem, ibidem). 
 Estes dois circuitos funcionam de forma complementar, entrelaçados, em constante interação, onde a atividade desenvolvida pelo que se denomina circuito inferior, não é apenas o resultado do setor moderno, desenvolvido, é, sobretudo, importante à continuidade desse setor moderno, como demonstrou Oliveira (2011). 
Neste ínterim, não nos escapa a consideração de que este desenvolvimento está intimamente relacionado ao que concerne o campo, às atividades rurais. Nesta perspectiva, é pertinente observar que o espaço funciona como uma totalidade e não de forma fragmentada, qualquer que seja o tema que esteja pautado no estudo, visto que a vida funciona numa cadeia circular de desdobramentos, em especial quando pensamos num espaço como a feira livre, em que seus atores e a mercadoria oferecida possuem íntima relação com o que é desenvolvido no campo. 
A partir da observação da continuidade de atividades pertencentes ao que Santos (1979) denominou de circuito inferior da economia nos dias de hoje, nos propomos a refletir sobre o desenvolvimento destas atividades na cidade, diante de uma crescente modernidade e massificação do consumo, onde espaços como uma feira livre tem relevância mesmo em proximidade com supermercados, dotados de marketing e ambiente de consumo que se vislumbram como atrativos. Mas a feira também possui atrativos, e sua dinâmica é relevante, tanto no contexto do trabalho, para aqueles que fazem da atividade como feirantes o único meio de vida, assim como a distribuição de hortifrúti na cidade.
Para compreender a organização interna do espaço brasileiro, também na perspectiva do trabalho, faz-se necessário um esforço de pensar o contexto mundial no qual estamos inseridos, visto que as relações sociais e todos os seus desdobramentos estão interconectados nos diversos níveis; assim, o local, o regional, e o nacional, como também nas escalas intermediárias, têm influência em determinada configuração espacial.
No caso do Brasil, historicamente, com uma configuração regional e urbana com uma dispersão da população e das atividades econômicas, dada sua extensão territorial, possui como um dos desdobramentos a desigualdade e diversidade entre as regiões consumadas anteriormente ao período de industrialização do país, que acabou por firmar, ou acentuar as desigualdades existentes. A horizontalidade que os homens que se apropriam do capital reproduzem é a horizontalidade que procura aprofundar a desigualdade entre as pessoas, transgredindo barreiras físicas e econômicas (BRANDÃO, 2007), transformando o espaço em não-lugares (SANTOS, 2009).
Com a colonização de tipo exploratória dificultou-se a anexação econômica das áreas do interior do país, culminando na subutilização da diversidade regional brasileira. Esta consideração faz parte do processo que tem como uma de suas consequências a divisão inter-regional do trabalho e a desigualdade regional no país. 
“[...] Dessa forma, os sucessivos ciclos de produção dos gêneros coloniais cristalizaram no território uma verdadeira constelação de núcleos regionais, em que vigoravam rarefeitas relações mercantis entre si (BRANDÃO, 2007, p. 92).”
No século XX, com o desenvolvimento da base industrial no país, passamos a comandar a economia interna e o processo de acumulação do capital. A partir de então, destacam-se as diferenças e desigualdades regionais já existentes, mas que não apareciam; é nesse momento em que emerge a “questão regional” brasileira (idem, ibidem). Há também aqui uma hierarquia entre os “lugares que mandam” e os “lugares que obedecem”, quando, baseada nas forças hegemônicas, são tomadas decisões políticas que privilegiam a região mais dinâmica (sobretudo São Paulo) enquanto a região com acentuada precarização em diversos âmbitos (o Nordeste) é afetado negativamente.
Então, nos questionamos como, na atualidade, diante de uma supervalorização, facilitação e estímulo ao consumo, através de linhas de crédito à população pobre; a indústria também começa a produzir especificamente para o consumidor pobre, com mercadorias que privam a qualidade, diminuindo os custos; a valorização de ambientes “facilitadores” como os shoppings e os supermercados, a feira livre continua relevante para a dinâmica da cidade.
É ancorado nessa necessidade humana, do relacionamento, da troca, das interações, que talvez resida a fortaleza de espaços como a feira livre, que serve à população pobre, mas também participa do cotidiano da população mais abastada. Onde há uma necessidade de seu desenvolvimento comercial por parte dos feirantes, mas também existe uma demanda que proporciona suacontinuidade nessa modernidade excludente.
A feira se relaciona, então, com a diversidade de classes econômicas, servindo à população pobre, mas com perspicaz relevância para a população mais abastada, que necessita de seus serviços, mesmo diante da oferta de comodidades nos supermercados. Desta feita, podemos observar a importância da feira livre na cidade, relacionada não apenas à população que faz dela seu meio de trabalho, que continua sendo precarizado e subjugado pelo poder público, mas também a um público consumidor que possui o poder de escolher realizar suas compras na feira.
A feira, em suas relações, abrange uma diversa e complexa forma urbana que participa da dinâmica atual que necessita de continuidade de observação, levando a compreender as redes que permeiam as interações, compreendendo o rural ao lado do urbano, ampliando e aprofundando o debate. 
2.5. CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E ASPECTOS CULTURAIS DA FEIRA NO ESPAÇO URBANO.
Segundo Pirenne (1968, p. 102) a origem das feiras deve ser procurada nos 
mercados locais que a partir do século IX passaram a abundar em toda Europa. Elas se desenvolveram a partir desse momento e conheceram seu apogeu até o século XIII, quando enfraqueceram por conta de alguns fatores como a sedentarização de comerciantes, a Guerra dos Cem Anos e o desenvolvimento da navegação. As mais conhecidas eram as que se localizavam nas regiões da Champanha e de Flandres.
Conforme o mesmo autor, os mercados locais consistem em prover a alimentação cotidiana para a população que vive no lugar onde se realizam. Por conta disso, os mercados acontecem semanalmente, seu raio de atração é muito limitado e prestam-se à atividade de compra e venda no varejo; já as feiras, segundo Pirenne, são espaços em grande escala, onde acontecem reuniões periódicas dos mercadores profissionais, constituindo-se em centros de intercâmbio que se esforçam para trazer maior quantidade de pessoas e produtos. Elas acontecem apenas uma vez ao ano, quando muito são realizadas duas vezes, e sua frequência não está relacionada diretamente à população local.
De acordo com as ideias acima, seria conveniente aplicar o conceito de mercado e não de feira para se referir ao fenômeno estudado, entretanto, em qualquer cidade nordestina a expressão usada para designar mercado é a expressão feira. O que Pirenne chama de mercado, é no nosso entendimento a feira, que está presente no imaginário coletivo da população dos municípios trabalhados e da população regional e brasileira. Nesse capítulo, quando se fizer uso da expressão mercado ela referir-se-á a parte dos equipamentos da feira. A Secretaria de Articulação com os Estados e Municípios – SAREM, antigo órgão da república, publicou em 1982 um trabalho no qual caracterizou os diferentes tipos de mercados e as feiras. Para ela (p. 10), “mercado é um equipamento típico de varejo. Porém, dependendo das condições, pode abrigar operações por atacado”. De acordo com o IBAM (1976 apud SAREM, 1982, p. 15).
Para a SAREM existem três tipos de mercados, abertos, fechados e em planos. Os primeiros se caracterizam por não possuírem boxes nas extremidades e sim em sua área central. Os fechados possuem alas nas suas extremidades e às vezes no centro. O mercado em planos, geralmente, é construído nas encostas e possui boxes em toda sua extensão, boxes esses interligados por corredores de circulação e escadas, já que possui andares.
A compreensão da feira enquanto fenômeno econômico não esgota a possibilidade de entendê-la a partir de sua inserção no espaço citadino. Por isso, a análise acerca da produção desse fenômeno permitiu associá-lo à maneira como ele se projeta no espaço.
 Ao discutir morfologia urbana, arquitetos, urbanistas, geógrafos e outros cientistas o fazem dando atenção a todo espaço da cidade ou privilegiando, em suas análises, fragmentos do mesmo como bairros, quarteirões, praças e ruas. Não se teve por objetivo analisar a morfologia das cinco sedes municipais e sim focar o olhar sobre um elemento das mesmas: a feira livre. A construção de um estudo morfológico das cinco feiras demandaria maior tempo, o que conduziu à escolha de duas delas para serem analisadas a partir dessa abordagem. 
3.0. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
O trecho onde o bairro Perpétuo está situado caracteriza-se, principalmente pela presença de atividade portuária de pequeno porte, com pequenas embarcações destinadas à passageiros e cargas. Tem também comércio de pescado, produtos oriundos do extrativismo vegetal e animal (açaí, banana, melancia, jerimum, porco, mariscos, e animais silvestres), e também de pequenas criações de animais como porco e aves domésticas, vindos das ilhas pertencentes ao estado do Pará e comunidades próximas. 
O comércio atacadista e varejista de alimentos é a atividade econômica predominante no canal, entregue à população pelo governo estadual no ano de 2013, cuja maior parcela dos produtos comercializados é proveniente de Belém. Também encontramos no trecho a comercialização de vestuário, apetrechos de pesca e caça; a feira livre municipal; a federação dos pescadores (sede), organizações sociais, fábrica de gelo e comércio de combustível destinado para o abastecimento das embarcações que ali atracam. Encontramos também no local produção e comercialização de artesanato, em pequena escala. 
3.1. HISTÓRICO LOCAL E MORFOLÓGICO 
Bairro: Perpétuo Socorro
Lei de Criação 207/84 Nª Sr.ª do Perpétuo Socorro
Inicia na Rua Cândido Mendes com a reta de seguimento da avenida Prócopio Rola, seguindo por esta no sentido Leste até a rua Francisco Serrano, seguindo no prolongamento desta no sentido Norte até a reta de seguimento da Avenida Acre, seguindo nesta no sentido Oeste até a reta de seguimento da rua Cândido Mendes, seguindo por esta no sentido Sul até encontrar o ponto inicial.
Histórico do Bairro Perpétuo socorro era o bairro antigo Igarapé das mulheres, onde as mulheres as roupas de suas patroas e tomavam banho, ficando de guarda uma mulher com espingarda, chamada Lazarina, para o acaso da aproximação de alguém do sexo feio (Nome que, no século passado, eram tratados os nomes nos festejos do Marabaixo) para espiá-las na hora do banho.
O Igarapé das mulheres começou a receber suas primeiras carradas de aterro na década de 80, as pontes foram desmontadas e pouco a pouco os pequenos igarapés desapareceram. A Igreja Nossa Senhora do Perpétuo socorro.
3.1.1. HISTÓRICO DA MORFOLOGIA E CENTRALIDADE
Quando se fala em transformações urbanas recentes, considera-se dois pontos essenciais: a história da cidade e a história do urbano. Santos (2005) e Corrêa (2001) destacam a história da cidade como a história dos objetos, das formas espaciais e a história do urbano como a história das ações, do conteúdo, portanto, da vida que dá vida às formas espaciais/objetos.
É nesta perspectiva que serão compreendidas as transformações urbanas recentes de Macapá, levando em consideração a urbanização da população, da sociedade e do território
Do ponto de vista da forma urbana, Macapá passou por um intenso processo de expansão urbana, principalmente a partir da década de 1970, confirmando as tendências apresentada pelo Plano de Desenvolvimento Urbano de Macapá/Fundação João Pinheiro – PDUMFJP, realizado em 1973. Em 1973 já havia um adensamento populacional significativo das áreas mais periféricas, o que se concretizou através de processos espaciais como a descentralização, a segregação sócio espacial.
Sua centralidade teve origem, no período colonial, no entanto, é a partir da criação do Território Federal do Amapá que ganha força, pois a maior parte dos equipamentos urbanos, infraestrutura e é sediada pelas duas cidades Macapá e Santana. Portanto, a centralidade não é exercida, apenas por Macapá e, sim pelo aglomerado urbano Macapá.
Figura 01 – Aglomerado Urbano Macapá-Santana
Fonte: SANTOS, 2015.
Figura 02 – Aglomerado Urbano Macapá-Santana
Fonte: SANTOS,2015.
3.1.2. HISTÓRICO TOPOGRÁFICO 
O contínuo crescimentodemográfico, em função do contingente migratório e do crescimento vegetativo, confirma a tendência crescente da urbanização. Há de se considerar também as modificações político administrativas que, ao criar novos municípios, interferiram na relação população rural/população urbana, constituindo "status" de urbanidade a localidades marcadamente rurais. Dado isso, decorre um substancial aumento na taxa de urbanização do Estado, que passou de 59,19% para 80,90%, no período mencionado.
Figura 03 – Crescimento Demográfico GOOGLE
Fonte: GOOGLE, 2018.
Mapeamento sistemático de caráter permanente, atualizado periodicamente, em diferentes escalas. A coletânea de cartas abrange grande parte do território nacional. Neste mapeamento estão representadas as informações relativas aos aspectos físicos do terreno, como hidrografia, vegetação e relevo, e aos aspectos culturais, como obras públicas e edificações, rodovias, ferrovias e aeroportos. Contém ainda a toponímia dos acidentes geográficos e pontos de controle geodésicos utilizados no mapeamento. As folhas publicadas que compõem cada conjunto mapeado, inclusive as editadas por outras instituições, podem ser identificadas no mapa índice do Mapeamento Geral do Brasil.
Percebe-se claramente onde está indicado em laranja o bairro estudado que no ano de levantamento do mapa estava em desenvolvimento sua área homogênea de natureza inundável compreende toda a porção mais exterior do território amapaense, que se situa como elemento de ligação entre os meios aquáticos exteriores (e a terra firme interior. Sua condição ambiental básica de inundação dá-se em função dos regimes de marés e climático a que está submetida.
 Ao longo de seus limites de distribuição, desde o extremo norte até o extremo sul do Estado, abrange segmentos geograficamente distintos, o que de certo implica em gradientes funcionais, ora marcado pelo predomínio de influências marinhas, ora pelo predomínio de influências fluviais.
Figura 04 – Folha topográfica IBGE
Fonte: IBGE, 1995.
Figura 05 – Legenda da folha topográfica
Fonte: IBGE, 1995
3.2. LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICADAS
O Bairro Perpétuo Socorro possui uma área de 20.712,54m², representando 65,36% do total de uso e ocupação. Representando 83 lotes, num total de 126.
Figura 04 – Uso e Ocupação do Bairro Perpétuo Socorro por Área
Fonte: Conceição, 2017.
Figura 05 – Uso e Ocupação do Bairro Perpétuo Socorro por Lote
Fonte: Conceição, 2017.
.
Figura 06 – Índice de Aproveitamento por Categorias de Uso e Ocupação do Solo 
Fonte: Conceição, 2017.
Lei complementar 029/2004 – Do uso e Ocupação do solo do município de Macapá.
Figura 07 – Setorização Urbana de Macapá 
Fonte: Plano Diretor de Macapá, 2017.
Segundo pesquisas do caráter socioeconômico o IBGE(2010), na sua maioria o índice mostra uma população predominantemente jovem de 20 a 35 anos, majoritariamente feminina e não possui rendimento em sua grande maioria. 
Apesar de ser um bairro relativamente antigo se contarmos eu sua morfologia advém desde a colonização do estado, mais o seu caráter de desenvolvimento econômico não vem se desenvolvendo como seu traçado urbano, e por conta disso vemos tais índices alarmantes, e por isso se faz de extrema importância a requalificação da feira Ana Nery para trazer esse espaçamento no âmbito socioeconômico.
Figura 08 – População residente por grupos de idade 
Fonte: IBGE, 2010.
3.3. SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE
No local onde encontra-se a Feira Ana Nery possui grande tráfego de veículos durante todo o dia, assim como o trafego de pedestres. Os transportes mais utilizado na área são veículos automotores como motocicleta, carro e caminhão. Em contrapartida nota-se grande número de ciclistas e pedestres também.
O sistema viário se dá como no demonstrativo abaixo.
Figura 09 – Mapa do Sistema Viário 
Fonte: Autora, 2018.
3.4. EDIFICAÇÕES DO ENTORNO
A Feira se encontra numa zona de predominância residencial, e em menor quantidade o Uso Misto, enquanto a Feira se caracteriza como uma área estritamente Comercial. 
Para ter mais noção vale observar a seguinte imagem:
Figura 10 – Mapa de Uso e Ocupação 
Fonte: Autora, 2018.
3.5. CORRELATOS ARQUITETÔNICOS
3.5.1. FEIRA DA FUMAGEIRA
O projeto de revitalização da Feira da Fumageira inclui como principal modificação a construção de um galpão com quiosques individuais para abrigar cerca de 80 feirantes, além de uma área para convívio social com parque e lanchonetes e até a previsão de um box para a Polícia Militar.
A Feira da Troca deverá será transferida para um local mais adequado, com instalações de banheiros- e que prevê até horário estabelecido de funcionamento.
Figura 11 – Intervenção Feira da Fumageira
Figura 11 – Intervenção Feira da Fumageira
Fonte: Autora, 2018.
, a tradicional feira livre do bairro Primavera, passou por amplo projeto de modernização urbanística e será entregue totalmente revitalizada no início da noite desta quinta-feira (19), com a inauguração da Praça Eloísio Lopes.
O prefeito Luciano Barbosa (PMDB) vai contemplar os feirantes e moradores com um grande espaço de convívio urbano.
São 80 boxes para o comércio de produtos da região, área de playground para as crianças, áreas verdes com caramanchões, grande pátio de alimentação contendo duas lanchonetes e espaço acessível para os portadores de necessidades especiais.
Construída com recursos próprios, a obra da Feira da Fumageira ofertará espaço para comercialização de produtos, gerando emprego e renda para dezenas de famílias, além de comodidade para moradores e visitantes.
Figura 12 – Intervenção Feira da Fumageira 02
Fonte: Autora, 2018.
Os feirantes tiveram a oportunidade de participar de reuniões periódicas e receber e trocar informações acerca do novo projeto para exposição e venda de produtos em um moderno espaço de convívio urbano.
As feiras livres de Vitória apresentam barracas padronizadas e a comercialização dos produtos é setorizada de modo a facilitar a vida dos consumidores. A organização dos espaços é resultado da implantação do projeto Feira Legal, a partir de 2007, proporcionando mais qualidade, conforto e limpeza a compradores e feirantes.
Verde com listras brancas – hortifrutigranjeiro, temperos, condimentos, produtos rurais e orgânicos;
Vermelha com listras brancas – flores.
Azul claro com listras brancas – peixes, mariscos, suínos, e aves.
Amarelo com listras brancas – laticínios e lanches rápidos.
Azul marinho com listras brancas - armarinho e bijuterias.
4. REQUALIFICAÇÃO DA FEIRA ANA NERY
Este Projeto de Intervenção Propõe com base nos estudos dos capítulos anteriores, a proposta de intervenção e requalificação da Feira da Ana Nery adaptando-a a nova realidade que a comunidade convive. Sendo assim propor um conjunto de diretrizes urbanísticas e elaborar um projeto urbano que permita reverter a situação de abandono e degradação. A oportunidade de convívio com os elementos naturais será acompanhada por um conjunto de intervenções urbanísticas para a implantação no recinto, com mobiliário urbano, iluminação pública, equipamentos e serviços públicos e restauração dos box’s. Propõe-se o redimensionamento do local inserindo novas áreas de circulações, estacionamentos, melhoramento da arborização, iluminação, sinalização de tráfegos, proporcionando uma requalificação paisagística e urbana no local. 
Os destinos dos resíduos sólidos também são preocupantes, portanto haverá local de despejo adequado para evitar a poluição e a degradação. A acessibilidade será reforçada com criação de novas rampas, implantação de chão-de-taco e o uso do braile para inclusão de todos visitantes e clientes.Ainda com o objetivo de reforçar o vínculo dos clientes e moradores do entorno da Feira haverá espaços amplos para convivência e jardim para que possam ser utilizados pela sociedade em geral.
Toda a diretriz empregada nessas propostas tem como objetivo atender os comerciantes,clientes da feira e a população em geral, ampliando e favorecendo o comercio local e a urbanização com o paisagismo adequada para uma inter-relação do homem com o espaço permitindo a permanência e relações com características as diversas
A localização da Feira é em si uma área tradicional que foi acometida no sinistro que ocorreu em 2013, está localização (Figura 13) é bastante importante salientar que a área da feira faz junção ao canal que tende o bairro. 
Figura 13 – Localização da Feira Ana Nery no bairro.
Fonte: Google Earth (Streat view), 2018.
Figura 14 – Orientação do sol. 
Fonte: Google Earth (Streat view), 2018.
Como apresentado na (Figura 14), foi feito um estudo para mapeamento da insolação no prédio e direção dos ventos predominantes, no que foi constatado no que tange a corrente de ventilação, estas são aproximadamente zonais, quer dizer que sopram na direção Leste-Oeste.
Um projeto bem elaborado que busca atender as orientações solares, de acordo com a posição do terreno, árvores e edificações vizinhas torna a o projeto eficiente, foi constatado que a face Sul recebe menos insolação que as demais, podendo administra o projeto de forma que traga conforto através desse estudo.
 Figura 15 – Mapa de Equipamento urbano.
Fonte: Autora, 2018.
4.1. PROGRAMA DE NECESSIDADE
A Feira da Ana Nery é carente em equipamentos e com passar do tempo aumentou a degradação nos equipamentos existentes. Com base nos estudos o Programa de Necessidade contara com a implantação de:
Blocos com boxes e setores de comercialização de carnes e peixes.
Bancas e setores de comercialização de frutas e verduras
Área de convivência 
Academia ao ar livre
Banheiro
Estacionamento
Posto de Coleta de Resíduos Sólidos
Praça de Alimentação
4.2. PARTIDO ARQUITETÔNICO
O projeto de intervenção está configura a partir do estudo de setorização do projeto, sendo este, divido em 3 (três) partes: Área de Convívio, Área Comercial e Área destinada a Estacionamento.
Figura 16 – Setorização área
Fonte: Autora, 2018.
4.3. VOLUMETRIA
Na modelagem 3D através de softwares, o croqui do projeto de revitalização pode ser visualizado facilmente, como na figura 17.
Figura 17 – Volumetria 3D
Fonte: Autora, 2018.
4.4. ILUMINAÇÃO
O local de intervenção em si possui espaços amplos que durante o dia são bem iluminados pela iluminação natural, porém possui grande quantidade de postes com lâmpadas queimadas, quebradas ou sem iluminação. Durante a noite é notável a escuridão. Ocasionando vários problemas, dentre eles, a criminalidade. A intervenção visa utilizar o máximo possível da luz natural durante o dia e adequar os postes com iluminação LED para que moradores possam caminhar pelo local sem danos.
Figura 18 – Poste de iluminação
Fonte: Autora, 2018.
4.5. ACESSIBILIDADE
Atendendo as medias previstas na Norma NBR 9050, foi pensado em reformular toda a Feira atendendo tal exigência. Para isso a feira sofrerá adaptação para atender portadores deficiências físicas, visuais e auditivas. Neste processo se dará pela utilização das seguintes ferramentas:
Piso de taco
Rampas acessíveis
Escadas adaptadas
Corrimões adaptados
4.6. CALÇADAS
As calçadas obedecerão a norma NBR 9050 de acessibilidade contendo chão de taco e rampas acessíveis. Cada calçada possuirá sua individualidade, na qual 3 (três) tipo hierárquicos serão adotados. Calçadas arteriais serão de 5m, calçadas coletoras serão de 3m e calçadas locais serão 2m. As calçadas. Acerca do que a Norma NBR9050 enfatiza sobre calçadas sobre o Rebaixamentos das calçadas para pedestres.
6.10.11.1 As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que houver foco de pedestres. 6.10.11.2 Não deve haver desnível entre o término do rebaixamento da calçada e o leito carroçável. 6.10.11.3 Os rebaixamentos de calçadas devem ser construídos na direção do fluxo de pedestres. A inclinação deve ser constante e não superior a 8,33% (1:12), conforme exemplos A, B, C e D da figura 100. 6.10.11.4 A largura dos rebaixamentos deve ser igual à largura das faixas de travessia de pedestres, quando o fluxo de pedestres calculado ou estimado for superior a 25 pedestres/min/m. (NBR9050, pág. 56).
O piso da calçada será composto de material drenante que possibilita a drenagem e o escoamento evitando poças e lamas.
Figura 19 – Calçada Acessível.
Fonte: Autora, 2018.
4.7. MOBILIÁRIO
A Feira Ana Nery possui escassez em mobiliários, para atender à necessidade que o projeto requer foi pensado nos seguintes mobiliários:
Hidrante
Armários da rede elétrica
Bancos sem costas
Lixeiras 
Postes de iluminação
Postes da rede elétrica
Postes de sinalização
Fontes ou bebedouros
Bancas de jornal
Guardas e corrimãos
Grelhas para caldeiras de árvores
Estruturas de sombreamento
Estruturas de ginástica
4.8. ESTRUTURA FÍSICA
Apesar da Feira ter uma boa construção física com bons materiais empregados e boas estruturas muito do que se ver hoje está velho não necessitando em todos os casos a troca de materiais, mas sim a reforma em sua maioria.
A estrutura dos blocos é composta por materiais básicos onde nota-se o uso de madeira de Lei que resiste ao tempo e a alvenaria que constituem os boxes. Todos os boxes possuem balcão e janela com aço sanfonado. Acima do boxe possui outro nível que serve como depósito revestido com cobogós. A cobertura utilizada é a telha de barro, na qual se encontra sem manutenção com vazamentos de água da chuva.
Figura 20 – Vista da Feira da Ana Nery.
Fonte: Autora, 2018.
	As calçadas são elevados acima do nível da área de convivência e não possui acessibilidade em nenhum dos blocos e boxes. Assim como não acessibilidade em torno do canal, na área de convivência e nas proximidades.
Figura 21 – Área de convenção da Feira da Ana Nery.
Fonte: Autora, 2018.
.
Figura 21 – Lixeira viciada.
Fonte: Autora, 2018.
No local possuem vários pontos de lixeira viciada no qual acumulam sujeira causando pestes como rato, barata, etc., além da poluição em torno da feira e do córrego. O piso de concreto em geral se encontra deformado com buracos. A caixas de energia são abertas sem segurança expostas ao ar livre.
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