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Aula 10 DVA, AVP, Estoques e Politica Contabeis e Correção de Erros Alunos

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CONTABILIDADE 
INTERNACIONAL
PROF. OSCAR SHINKAI
CPC 09 – DVA – Demonstração do 
Valor Adicionado
Introdução
A lei 11.637/07 tornou obrigatória a demonstração do valor
adicionado (DVA) para todas as companhias abertas. De
acordo com o artigo 188, inciso II da lei 6.404/76 a
demonstração do valor adicionado demonstra o valor da
riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza,
tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e
outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
✓ Evidencia a riqueza criada / gerada pela entidade e sua
distribuição durante determinado período
✓ Sua elaboração deve levar em conta o pronunciamento
conceitual básico do CPC intitulado estrutura conceitual
básica para a elaboração das demonstrações contábeis.
✓ Os seus dados, em sua grande maioria, são obtidos
principalmente a partir da demonstração do resultado.
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
✓ Valor adicionado – Representa a riqueza criada pela empresa
✓Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços – Representa os valores 
reconhecidos na contabilidade a esse título pelo regime de competência e incluídos na 
DRE.
✓Outras Receitas – Valores oriundos de baixas por alienação de ANC (imobilizado, 
investimentos e outras transações não incluídas na DRE).
Definições
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
✓ Insumos adquiridos de terceiros – Valores relativos às aquisições de matérias-
primas, mercadorias, materiais, energia, serviços Etc.
✓Depreciação, amortização e exaustão – Representam os valores reconhecidos
no período utilizados para conciliação entre o fluxo de caixa e o resultado líquido
do exercício.
✓ Valor adicionado recebido em transferência – Representa a riqueza que não
tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros (receitas financeiras,
equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc).
Definições
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
A DVA representa o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de
terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.
Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona o
conhecimento de informações de natureza econômica e social, oferecendo a
possibilidade de melhor avaliação das atividades da entidade dentro da sociedade na
qual está inserida.
Características
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
Para os investidores e outros usuários:
A DVA proporciona o conhecimento de informações econômicas e sociais
que permitem melhor avaliação das atividades da empresa dentro da
sociedade na qual está inserida. 
Para a comunidade (município, estado ou própria federação):
A DVA pode ser um instrumento de extrema utilidade na decisão de
recebimento dessa empresa, pois contêm informações que a DRE por si só
não é capaz de oferecer.
Importância dessa demonstração.
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações 
relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais 
riquezas foram distribuídas.
Distribuição da riqueza
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:
✓Pessoal e encargos;
✓Impostos, taxas e contribuições;
✓Juros e aluguéis;
✓Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
✓Lucros retidos/prejuízos do exercício.
Distribuição da riqueza
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
PESSOAL: Valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: 
✓ Remuneração direta, 
✓ Benefícios e FTGS.
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES: Valores relativos ao imposto de renda, 
contribuição social sobre o lucro, contribuições ao INSS (inclusive SAT) que sejam 
ônus do empregador bem como demais impostos e contribuições que a entidade 
esteja sujeita: Federais, Estaduais e Municipais.
Distribuição da riqueza
REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS: Valores pagos ou 
creditados aos financiadores externos de: 
✓Capital;
✓Alugueis;
✓Outras (royalties, franquia, direitos autorais, etc).
Distribuição da riqueza
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS: Remuneração atribuídas aos
sócios e acionistas:
✓Sobre o capital próprio (JPC) e dividendos;
✓Lucros retidos e prejuízos do exercício;
✓As quantias destinados aos sócios e acionistas na forma de JPC
independente de registrados passivos ou reservas de lucros.
Distribuição da riqueza
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
O modelo de Demonstração do Valor Adicionado que se encontra a seguir é o 
mesmo para as empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviço.
Modelo da DVA.
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
CPC 09 – DVA – Demonstração do Valor Adicionado
(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.
Pode – se afirmar que valor adicionado é a (o):
(A) Diferença entre o valor dos bens, serviços e utilidades vendidos por uma 
entidade e o respectivo valor dos insumos adquiridos de terceiros.
(B) Diferença entre a receita gerada pela empresa e o resultado obtido antes de 
encargos financeiros, depreciação, amortização, exaustão, imposto de renda e 
resultados não operacionais.
(C) Riqueza gerada pela empresa, representada pelo custo de oportunidade 
multiplicado pelo patrimônio líquido deduzido dos valores que transitam em 
resultado e não representam entrada de caixa.
(D) Soma de todos os valores recebidos pela empresa, deduzidos dos impostos 
incidentes e dos encargos de depreciação, amortização e exaustão.
(E) Conjunto de valores obtidos pela empresa, seja através de venda de produtos, 
seja através de ingressos de fontes diversas, deduzidos de impostos e encargos 
financeiros.
A Lei nº 6.404/76 e alterações subsequentes, que dispõem sobre as 
Sociedades por Ações, determina que ao fim de cada exercício social, a 
diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as 
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício. 
Considerando as companhias abertas e companhias fechadas, quais 
demonstrações contábeis, complementadas pelas respectivas Notas 
Explicativas, devem ser elaboradas?
a) Companhia aberta - Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração dos Fluxos de Caixa.
b) Companhia aberta - Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração dos Fluxos de Caixa;
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos; Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido e Demonstração do Valor Adicionado.
c) Companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$2.000.000,00
deve elaborar: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício e
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
d) Companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, superior a R$2.000.000,00
deve elaborar: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração
dos Fluxos de Caixa; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração
do Valor Adicionado.
CPC 12 – AVP – Ajuste a Valor 
Presente
CPC 12– Ajuste a Valor Presente
✓ Consiste em tirar os juros contabilizados das contas de 
ativos e passivos de longo prazo presente no balaço 
patrimonial das empresas.
✓ O Objetivo é demonstrar o valor presente de um fluxo de 
caixa futuro.
INTRODUÇÃO
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
A adoção ao ajuste é de caráter OBRIGATÓRIO em ativos e 
passivos não circulantes, e somente nos itens que forem 
relevantes nos ativos e passivos de curto prazo.
Portanto, é obrigatório o uso do Ajuste a Valor Presente para 
demonstrar as diferenças econômicas entre o valor de real de 
compra com juros e sem juros. (Lei 11.638/2007).
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
AVP x Valor Justo
AVP NÃO É SINÔNIMO DE VALOR JUSTO (fair value), não 
representa o valor justo de um patrimônio.
Seu objetivo é efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente 
de um fluxo de caixa futuro, descontadas as taxas implícitas em 
seu valor original, enquanto que o valor justo é o valor pelo qual 
um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre 
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes 
entre si.
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Mensuração e Aplicação do AVP
Levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as 
incertezas a eles associados. Ativos e passivos monetários 
com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser 
mensurados pelo seu valor presente quando do seu 
reconhecimento inicial. Quando aplicável, o custo de ativos não 
monetários deve ser ajustado em contrapartida; então, a conta 
de receita, despesa financeira "pro-rata temporis".
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Mensuração e Aplicação do AVP
Segundo o padrão contábil internacional (IAS 12 - Item 53 -
Deferred tax assets and liabilities shall not be discounted), não é 
permitido efetuar descontos a valor presente para saldos de IR 
diferidos (e CS, no caso brasileiro). 
O AVP deverá ser calculado com base em taxas que reflitam as 
melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no 
tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas 
datas originais.
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Mensuração e Aplicação do AVP
Taxas de juros, implícitas ou explícitas na precificação inicial da 
operação devem utilizar uma taxa de desconto que reflita juros 
compatíveis com a natureza, o prazo e os riscos relacionados à 
transação e taxas de mercado praticadas na data inicial da 
transação entre partes conhecedoras do negócio, que tenham a 
intenção de efetuar a transação e em condições usuais de 
mercado.
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Mensuração e Aplicação do AVP
Nos casos em que a taxa é explícita, o processo de avaliação 
passa por uma comparação entre a taxa de juros da operação e a 
taxa de juros de mercado, na data da origem da transação.
Nos casos em que a taxa estiver implícita, é necessário estimar a 
taxa da transação, considerando as taxas de juros de mercado, 
conforme anteriormente mencionado. 
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Exemplificação Prática
A empresa Auto-J S.A. efetuou as seguintes transações no mês de dezembro 
de X1:
a) Em 01 de dezembro contraiu financiamento prefixado, em 36 meses, para 
aquisição de equipamento, com pagamento mensal no valor de R$ 2.000,00 e 
taxa de 1,5% ao mês.
Assim temos:
n = 36
i = 1,5% a.m.
PMT (Prestação) = R$ 2.000,00
Financiamento = R$ 72.000,00
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Exemplificação Prática
VP (Valor Presente) = PMT.
n=1 (1 + i) n
VP = R$ 55.321,37
Contabilização
D- Máquinas e Equipamentos 55.321,37
C- Financiamento 72.000,00
D- Encargos a apropriar 16.678,63
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Em 31/12/X1:
Apropriar 1/36 de R$ 16.678,63 = R$ 463,30
D- Despesas Financeiras 463,30
C- Encargos a apropriar 463,30
OBS.: Sempre deverá ser consultado o valor à vista do bem que, se inferior ao valor 
presente do contrato, prevalecerá como valor do ativo.
No exemplo, se considerarmos o valor à vista do equipamento como R$ 50.000,00, o 
mesmo deverá ser contabilizado por este montante e os encargos a apropriar 
passariam a ser de R$ 22.000,00 (R$ 72.000,00 - R$ 50.000,00), como segue:
Exemplificação Prática
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
D- Máquinas e Equipamentos 50.000,00
C- Financiamento 72.000,00
D- Encargos a apropriar 22.00,00
Apropriação dos encargos: 1/36 de R$ 22.000,00 = R$ 611,11
D- Despesas Financeiras 611,11
C- Encargos a apropriar 611,11
Exemplificação Prática
CPC 16 – Estoques
CPC 16 – Estoques
Introdução
O objetivo é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. A questão
fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser
reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas
receitas sejam reconhecidas.
Proporcionar orientações para determinação do valor de custo dos estoques.
Também proporciona orientação sobre o método e os critérios usados para
atribuir custos aos estoques.
CPC 16 – Estoques
Este pronunciamento se aplica a todos os estoques, com exceção dos
seguintes:
(a) produção em andamento proveniente de contratos de construção -
ver o Pronunciamento Técnico CPC 17 - Contratos de Construção;
(b) instrumentos financeiros - ver os Pronunciamentos Técnicos CPC 38
e CPC 39 / 48 sobre Instrumentos Financeiros; e
(c) ativos biológicos - ver Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo
Biológico e Produto Agrícola.
Aplicação
De acordo com o CPC 16, a norma trás os seguintes conceitos:
Estoques
São ativos, mantidos para venda no curso normal dos negócios, em
processo de produção ou na forma de materiais ou suprimentos;
Valor Justo
É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago
pela transferência em acordo com ambas as partes;
Valor realizável líquido
É a quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda de
estoques
CPC 16 – Estoques
Conceito
CPC 16 – Estoques
O estoque deve ser mensurado pelo valor de custo ou pelo valor 
realizável líquido, dos dois o menor. 
CUSTOS DE ESTOQUES: 
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de
aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos
para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
Mensuração de Estoque
CPC 16 – Estoques
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de
compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os
recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte,
seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de
produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
Custo de Aquisição
CPC 16 – Estoques
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção,
como pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também incluem a alocação
sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.
Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem
relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais
como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris,
máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica.
Custo de Transformação
CPC 16 – Estoques
Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam
diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como
materiais indiretos e certos tipos de mão-de-obra indireta.
A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidadesproduzidas
deve ser baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal
é a produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em
circunstâncias normais.
Custo de Transformação
CPC 16 – Estoques
Outros Custos
Outros custos que não são de aquisição nem de transformação devem ser
incluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos
para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo,
pode-se incluir os custos de desenho de produtos para clientes específicos.
Exemplos de itens que não são incluídos como custo de estoque e são
considerados despesas incorridas:
▪ Valores anormais de desperdícios de materiais;
▪ Gastos com armazenagens;
▪ Despesas administrativas que não contribuem com o processo administrativo; e
▪ Despesas comerciais.
CPC 16 – Estoques
Critérios de Valorização de Estoques
PEPS (Primeiro que Entre Primeiro que Sai): 
Pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos
primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens
que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais
recentemente comprados ou produzidos;
CUSTO MÉDIO PONDERADO:
O custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de
itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens
comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada
em base periódica ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das
circunstâncias da entidade.
Valor Realizável Líquido
O custo pode não se realizar quando:
▪ Se esses itens estiverem obsoletos e os seus preços de venda 
tiverem diminuído; ou 
▪ Se os custos tiverem aumentado 
Realização do custo de estoque:
▪ A empresa não deve registrar o custo de seu estoque com um valor
superior a sua realização futura.
▪ As estimativas do valor realizável líquido devem ser baseadas nas
evidências mais confiáveis disponíveis no momento.
▪ Essas estimativas devem levar em consideração variações nos preços
e nos custos diretamente relacionados com eventos que ocorram após
o fim do período, à medida que tais eventos confirmem as condições
existentes no fim do período.
CPC 16 – Estoques
CPC 16 – Estoques
Divulgação
Devem ser divulgado dentro das demonstrações contábeis:
▪ As políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques;
▪ O valor total escriturado em estoques;
▪ O valor do estoque escriturado pelo valor justo menos o valor da venda;
▪ O valor do estoque reconhecido como despesa dentro do período;
▪ O valor de qualquer redução de estoque;
▪ O valor de qualquer reversão de estoque;
▪ As circunstâncias e os acontecimentos que conduziram a reversão e a
redução dos estoques;
▪ O montante escriturado do estoque dado como penhor ou em garantia
CPC 23 – Politicas Contábeis, 
Mudança de Estimativas e 
Correção de Erros
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
OBJETIVO
Definir critérios para a seleção e a mudança 
de políticas contábeis, juntamente com o 
tratamento contábil e divulgação de mudança 
nas políticas contábeis, a mudança nas 
estimativas contábeis e a retificação de erro. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as 
regras e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração 
e na apresentação de demonstrações contábeis 
Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de 
ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo 
periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das 
obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos 
ativos e passivos. As alterações nas estimativas contábeis decorrem 
de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações 
de erros. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Omissão material ou incorreção material é a omissão ou a informação 
incorreta que puder, individual ou coletivamente, influenciar as decisões 
econômicas que os usuários das demonstrações contábeis tomam com 
base nessas demonstrações. A materialidade depende da dimensão e 
da natureza da omissão ou da informação incorreta julgada à luz das 
circunstâncias às quais está sujeita. A dimensão ou a natureza do item, 
ou a combinação de ambas, pode ser o fator determinante. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas 
demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos 
anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação 
confiável que:
(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das 
demonstrações contábeis desses períodos; e 
(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração 
na elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a 
transações, a outros eventos e a condições, como se essa política 
tivesse sido sempre aplicada. 
Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da 
mensuração e da divulgação de valores de elementos das 
demonstrações contábeis, como se um erro de períodos anteriores 
nunca tivesse ocorrido. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a 
transações, a outros eventos e a condições, como se essa política 
tivesse sido sempre aplicada. 
Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da 
mensuração e da divulgação de valores de elementos das 
demonstrações contábeis, como se um erro de períodos anteriores 
nunca tivesse ocorrido. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Aplicação impraticável de requisito ocorre quando a entidade não pode 
aplicá-lo depois de ter feito todos os esforços razoáveis nesse sentido. Para 
um período anterior em particular, é impraticável aplicar retrospectivamente 
a mudança em política contábil ou fazer a reapresentação retrospectiva 
para corrigir um erro se: 
(a) os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação 
retrospectiva não puderem ser determinados; 
(b) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir 
premissas baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele 
momento passado; ou 
(c) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir 
estimativas significativas de valores e se for impossível identificar 
objetivamente a informação sobre essas estimativas 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Principais Definições
Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de 
reconhecimento do efeito de mudança em estimativa contábil 
representa, respectivamente: 
(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros 
eventos e a condições que ocorram após a data em que a política é 
alterada; e 
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos 
períodos corrente e futuro afetados pela mudança. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Políticas contábeis
Seleção e aplicação de políticas contábeis 
Quando Pronunciamento, Interpretação ou Orientação se aplicar 
especificamente a uma transação, a outro evento ou circunstância, a política 
ou políticas contábeis aplicadasa esse item devem ser determinadas pela 
aplicação do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, e considerando 
quaisquer guias de implementação relevantes emitidos pelo CPC no tocante 
ao Pronunciamento, Interpretação ou Orientação em questão. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Políticas contábeis
Uniformidade de políticas contábeis 
A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente para 
transações semelhantes, outros eventos e condições, a menos que Pronunciamento, 
Interpretação ou Orientação especificamente exija ou permita a classificação de itens 
para os quais possam ser aplicadas diferentes políticas.
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Políticas contábeis
Mudança nas políticas contábeis
A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança: 
(a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou 
(b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações 
contábeis sobre os efeitos das transações, outros eventos ou condições 
acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de 
caixa da entidade. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Políticas contábeis
Mudança nas políticas contábeis
Não constituem mudanças nas políticas contábeis: 
(a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições 
que difiram em essência daqueles que ocorriam anteriormente; e 
(b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou 
condições que não ocorriam anteriormente ou eram imateriais. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Políticas contábeis
Mudança nas políticas contábeis
- Aplicação de mudanças de políticas contábeis
(a)A entidade deve contabilizar uma mudança na política contábil resultante 
da adoção inicial de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, de 
acordo com as disposições transitórias específicas, se existirem, 
expressas nesse Pronunciamento, Interpretação ou Orientação. 
(b)Quando a entidade muda uma política contábil na adoção inicial de 
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que não inclua disposições 
transitórias específicas que se apliquem a essa mudança, ou quando 
muda uma política contábil voluntariamente, ela deve aplicar a mudança 
retrospectivamente. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
Políticas contábeis
Mudança nas políticas contábeis
- Limitação à aplicação retrospectiva
Uma mudança na política contábil deve ser aplicada retrospectivamente, exceto 
quando for impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito 
cumulativo da mudança. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 
Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais, 
muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com 
precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos 
baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser 
exigidas estimativas de:
(a) créditos de liquidação duvidosa; 
(b) obsolescência de estoque; 
(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros; 
(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos 
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e 
(e) obrigações decorrentes de garantias. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 
O efeito de mudança na estimativa contábil deve ser reconhecido 
prospectivamente, incluindo-o nos resultados do:
(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou 
(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos 
eles. 
Observação: Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e 
passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser reconhecida 
pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo ou do patrimônio líquido no 
período da mudança. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
RETIFICAÇÃO DE ERRO
Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na 
divulgação de elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações 
contábeis não estarão em conformidade com os Pronunciamentos, 
Interpretações e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou 
erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada 
apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos 
fluxos de caixa da entidade. 
CPC 23 - Politicas Contábeis, Mudança de Estimativa e Correção de Erros
RETIFICAÇÃO DE ERRO
A entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores 
retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja 
autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros: 
(a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior 
apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou 
(b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da 
reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do 
patrimônio líquido para o período anterior mais antigo apresentado. 
Observação: Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação 
retrospectiva, salvo quando for impraticável determinar os efeitos específicos do período 
ou o efeito cumulativo do erro. 
Um auditor está efetuando uma revisão com base nas normas de trabalhos de 
revisão de demonstrações contábeis. Considerando a estrutura de relatório 
financeiro aplicável a essas demonstrações contábeis e o tipo de trabalho que 
está sendo conduzido, na formação da conclusão sobre as demonstrações 
contábeis, escolha a alternativa CORRETA.
a) O auditor não tem necessidade de avaliar se as demonstrações contábeis fazem 
referência adequada ou descrevem a estrutura de relatório financeiro aplicável, pois 
não se trata de auditoria completa.
b) O auditor deve considerar se as demonstrações contábeis divulgam 
adequadamente as principais práticas contábeis selecionadas e aplicadas.
c) O auditor não está obrigado a satisfazer-se sobre se as estimativas contábeis feitas 
pela administração parecem razoáveis.
d) O auditor dispensa a exatidão da terminologia utilizada nas demonstrações 
contábeis, incluindo o título de cada demonstração.

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