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CLÁUDIA DOS SANTOS CRISTOFOLI CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE BENTO GONÇALVES GESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO - ESTOQUE BENTO GONÇALVES 2018 Conceito de Estoque Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), “estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação, ou também pode ser usado para descrever qualquer recurso armazenado”. De acordo com Chiavenato (2005), estoque é a composição de materiais (matérias-primas, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, produtos acabados), que em determinado momento não é utilizado na empresa, mas que será utilizado futuramente. Desta forma, o conceito de estoque inclui toda a variedade de materiais que empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos e/ou serviços. Gianesi e Biazzi (2011) definem que “a função do estoque é decorrente da necessidade de um processo de suprimento para atender um processo de demanda”. Os estoques representam boa parte dos ativos da empresa, em alguns casos podendo representar aproximadamente 46% dos ativos totais. Então pode-se considerar que “os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento destinado a incrementar as atividades de produção e servir aos clientes” (VIANA, 2000, p.144). De acordo com Ballou (2006), estoques são pilhas de matérias-primas, insumos, componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem em numerosos pontos por todos os canais logísticos e de produção da empresa. A gestão de estoques visa elevar o controle de custos e melhorar a qualidade dos produtos guardados na empresa. As teorias sobre o tema normalmente ressaltam a seguinte premissa: é possível definir uma quantidade ótima de estoque de cada componente e dos produtos da empresa, entretanto, só é possível defini-la a partir da previsão da demanda de consumo do produto (DIAS, 2010). Classificação dos Estoques Para Chiavenato (2005) os estoques podem ser classificados de acordo com a classificação de seus materiais. Então, para cada item ou para cada estágio em que ele se encontra, o mesmo é classificado de acordo. Estoques de Matérias- Primas: é o estoque dos insumos e materiais básicos para a produção Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias: também conhecido como Work in Process (WIP), este tipo de estoque é constituído por materiais que estão passando pelo processo produtivo, ou em vias de serem processados. Estoque de Materiais Semiacabados: tem o conceito semelhante ao estoque de materiais em processamento, porém os itens estão em um estágio mais avançado no processo produtivo ou esperando apenas o acabamento, faltando poucas etapas para serem transformados em produtos finais. Estoque de Materiais Acabados (ou componentes): é o estoque dos componentes acabados isolados que serão montados em outros componentes para se transformar em produto acabado. Estoque de Produtos Acabados: é o estoque que armazena o produto final, ou seja, o item que já passou por todo processo produtivo e encontra-se acabado e pronto. Classificação ABC dos Estoques O processo da curva ABC foi concebido pelo economista Vilfredo Pareto, em 1897, e teve sua origem fundamentada em estudos estatísticos acerca da renda de pessoas de vários países. Em seu estudo, Pareto observou que 80% da riqueza estava na mão de 20% da população (VIANA, 2010). A curva ABC consiste na separação dos itens de estoque em três grupos de acordo com o valor de demanda anual, em se tratando de produtos acabados, ou valor de consumo anual quando se tratarem de produtos em processo ou matérias-primas e insumos. Esses valores são determinados multiplicando-se o preço ou custo unitário de cada produto pelo seu consumo ou sua demanda anual (DIAS, 1995) De acordo com Moreira (2008) a curva pode ser dividida em três classes (ou regiões): Classe A: obedece a um número pequeno de itens, cerca de 20% responde por 70% a 80% dos investimentos, são considerados mais importantes e que devem ser tratados com uma atenção bem especial; Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C, devem receber atenção, porém menos que os itens da classe A, aproximadamente 20% dos itens respondem por 20% dos investimentos; Classe C: encontra-se o maior número de itens, cerca de 60% a 70%, controlados com menos rigor, comparando com os itens das classes ou regiões anteriores, contribuem com cerca de 10% do investimento total. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC. (PINTO, 2002, p. 142) REFERÊNCIAS BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: Planejamento organização e logística empresarial. Tradução Elias Pereira. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Materiais: Uma Abordagem Introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. DIAS, M. A. P. Administração de Materiais: resumo da teoria, questões de revisão, exercícios, estudos de casos. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 1995. DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5. ed.São Paulo:Atlas, 2010. GIANESI, Irineu Gustavo Nogueira; Biazzi, Jorge Luiz; Gestão Estratégica dos Estoques; Revista de Administração, Volume 46, Issue 3. Ano 201 MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. PINTO, C. V. - Organização e Gestão da Manutenção. 2. ed. Lisboa: Edições Monitor, 2002. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSSTON, Robert. Administração da Produção. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. VIANA, João José, Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000. VIANA, J. J. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2010.
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