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Opióides – naturais e sintéticos Ópio – “suco” Opiáceos – naturais FÁRMACOS ANALGÉSICOS Tipo de Notificação Notificação de Receita "A" Notificação de Receita "B" Notificação de ReceitaRetinóides Medicamentos Entorpecentes Psicotrópicos Retinóides Sistêmico Listas A1, A2 e A3 B1 e B2 C2 Abrangência Em todo o território nacional Na Unidade Federada onde for concedida a numeração Cor da Notificação Amarela Azul Branca (oficial) Quantidade máxima por receita 5 ampolas 5 ampolas - Quantidade por período de tratamento 30 dias, acima acompanha justificativa 60 dias 30 dias Quem imprime o talão da notificação Autoridade Sanitária O profissional retira a numeração junto da Autoridade Sanitária, escolhe a gráfica para imprimir o talão às suas expensas. TERMINOLOGIA ÓPIO - derivado de opos (grego – suco). Extrato da seiva da papoula Papaver somniferum. OPIÁCEOS – drogas naturais, endógenas ou semi-sintéticas que produzem efeitos semelhantes à morfina (codeína, heroína), que são bloqueados pela naloxona. OPIÓIDES – termo restrito aos fármacos derivados do ópio, sintéticos, como a meperidina, o propoxifeno, a metadona. RECEPTORES OPIÓIDES Principais Receptores Opióides - m (mu) - k (kappa) - d (delta) Redução da excitabilidade neuronal e da liberação do neurotransmissor AÇÕES CELULARES Receptores acoplados à proteína G inibitória: – inibem adenilato ciclase; – redução de AMPc intracelular. Canais Iônicos através de proteína G diretamente acoplada ao canal: - promovem abertura dos canais de potássio – hiperpolarização; - inibição da abertura dos canais de cálcio dependentes da voltagem. CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES ENDÓGENOS * Encefalinas Pró-encefalina A * -Endorfinas proopiomelanocortina (POMC) * Dinorfinas Prodinorfinas (Pró-encefalina B) * Nociceptina * Endomorfina FÁRMACOS OPIÓIDES - EXÓGENOS ANTAGONISTAS Morfina Codeína Heroína Meperidina. Loperamida. Fentanil Metadona. Difenoxilato. Propoxifeno. Dezocina. NATURAIS DERIVADO SEMI-SINTÉTICO SINTÉTICOS ANÁLOGOS OPIÁCEOS DE BAIXA POTÊNCIA Nalorfina Antagonistas / Agonistas Pentazocina Naloxona. Naltrexona. Nalmefeno 80x mais potente morfina Longa duração ação Drogas de ação mista Nalbufina. Tramadol. Butorfanol. Analgesia Sonolência Depressão do centro respiratório Euforia Constrição pupilar Estimulação do centro do vômito Retenção urinária Supressão do reflexo da tosse Constipação Sedativa Efeitos Analgésicos Opióides EUFORIA - Bem estar - Agitação e ansiedade associada à doença ou lesão dolorosa são reduzidas SISTEMA NERVOSO CENTRAL Receptores ANALGESIA - Sítios supraespinhais Receptores - Sítios espinais Receptores , d e k - Dor aguda ou crônica - Reduz o componente afetivo da dor SISTEMA NERVOSO CENTRAL DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA - Receptores e k - Diminuição na sensibilidade do centro respiratório ao dióxido de carbono - Ocorre em doses terapêuticas - Causa mais comum de morte por envenenamento agudo por Opiáceos REDUZ O REFLEXO DA TOSSE - Codeína – doses subanalgésicas SISTEMA NERVOSO CENTRAL INDUZ NÁUSEA (40%) E VÔMITOS (15%) INDUZ CONSTRIÇÃO PUPILAR (MIOSE) ( Dependentes – pupila puntiforme !!!!!!) SISTEMA NERVOSO CENTRAL - Receptores e k NEURÔNIOS AFERENTES PRIMÁRIOS IMPEDE CONDUÇÃO AFERENTE DO ESTÍMULO DOLOROSO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Dor Mecanismo de proteção do corpo que ocorre sempre que qualquer tecido estiver sendo lesado e faz com que o indivíduo reaja para remover o estímulo doloroso. Integridade / Lesão. Nocicepção / Estímulo normal / Sensação de tato, temperatura. Estímulo excessivo. Sensação de dor / Hiperalgesia / Estímulo aumentado (leve). Diminui a Motilidade do TGI constipação intestinal Tempo esvaziamento gástrico Probabilidade refluxo Absorção drogas via oral Velocidade passagem conteúdo intestinal Tônus esfíncter anal Secreções HCl, biliares, pancreática SISTEMA GASTROINTESTINAL Receptores , d e k SISTEMA GASTROINTESTINAL AUMENTO DA PRESSÃO DO SISTEMA BILIAR Contração da vesícula biliar Constrição do esfíncter biliar Não usar morfina em Cólica biliar !!!!!! Receptores , d e k * Prolonga a duração do trabalho de parto * Mortalidade neonatal - Atravessa a placenta – depressão respiratória no bebê EFEITOS FARMACOLÓGIGOS * LIBERAÇÃO DE HISTAMINA DOS MASTÓCITOS - urticária e prurido no local da injeção - broncoconstrição asmáticos * VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA HIPOTENSÃO * EFEITOS IMUNOSSUPRESSIVOS - susceptibilidade à infecções EFEITOS FARMACOLÓGIGOS Efeitos Funcionais Associados com os Principais Tipos de Receptores Opióides m d k Analgesia Supra-espinhal Espinhal Periférica +++ ++ ++ ---- ++ ++ --- + ++ Depressão respiratória +++ ++ ---- Constricção pupilar ++ ---- + Motilidade gastrointestinal ++ ++ + Euforia +++ ---- ---- Disforia ----- ---- +++ Sedação ++ ---- ++ Dependência física +++ ---- + Morfina Analgésicos Opióides (agonistas fortes) Dor intensa, sedativo potente Via oral e endovenosa Duração do efeito: 4 - 7 horas para dor 1 – 3 horas para sedação Cruza a BHE e placenta – altamente lipofílica; Meia vida plasmática de 3-6 horas; Metabolismo hepático - conjugação - metabólito morfina 3-glucuronato - inativo; - metabólito morfina 6-glucuronato - duas vezes mais potente; Excreção renal M6G: Doença renal crônica - toxicidade do opióide 20 Morfina EFEITOS ADVERSOS depressão respiratória, hipotensão constipação intestinal e retenção urinária náuseas, vômitos prurido CONTRA INDICAÇÃO asma grave íleo paralítico depressão respiratória obstrução das vias respiratórias superiores Analgésicos Opióides Analgésicos Opióides (agonistas fortes) 21 Diamorfina Heroína Desacetilada rapidamente a morfina Mais lipossolúvel – atravessa a BHE rapidamente - requer menor volume Depressão respiratória Via endovenosa: dependência Analgésicos Opióides Analgésicos Opióides (agonistas fortes) 22 Metadona (Fenileptilamina) Metadon Analgesia: dor crônica, dor neuropática ( receptores e NMDA) Menos ação sedativa: síndrome da abstinência física é menos aguda Via oral, subcutânea e endovenosa Meia-vida longa maior que 24 horas: interação com proteínas plasmáticas Efeito analgésico: 4 – 8 horas USO CLÍNICO - TRATAMENTO DA ABSTINÊNCIA À MORFINA e HEROÍNA Na presença de Metadona , a morfina não promove intensa euforia Analgésicos Opióides Analgésicos Opióides (agonistas fortes) 23 Meperidina ou Petidina (Fenilpiperidinas) Dolantina, Dornot, Petinan Eficácia analgésica semelhante á morfina Causa agitação e nãosedação Metabólito tóxico: normepiridina: - excitabilidade do SNC - convulsões ATENÇÃO: - altas doses - insuficiência renal Ação antimuscarínica: - efeito boca seca - contra-indicação na taquicardia Analgésicos Opióides 24 Fentanila (Fenilpiperidinas) Fentanil, Fentanest, Durogesic Analgésico 100 vezes mais potente que a morfina Ação de duração rápida e curta Alta liposolubilidade : - via intravenosa, epidural - adesivo transdérmico: dor crônica persistente Outras Indicações procedimentos analgesia e sedação pré-operatório : adjuvante de anestesia local e sedação ALFENTANIL: mais potente - Rapifen, Alfast SUFENTANIL: menos potente Analgésicos Opióides 25 Buprenorfina Analgésico e sedativo Via oral, sublingual, endovenosa, intramuscular 5 a 10 vezes mais potente que a morfina Efeito inicia em 10-30 min, duração de 6-8 horas EFEITOS ADVERSOS depressão respiratória, hipotensão palpitação, tinido sedação Analgésicos Opióides 26 Agonistas Leves a Moderados Analgésicos Opióides Codeína Codein 12 a 13 vezes menos potente que a morfina Dor leve a moderada Ação antitussígena e antidiarreica Causa pouca ou nenhuma euforia Usada em associações com analgésicos e antiinflamatórios periféricos Tylex - 7,5 e 30mg Paracetamol (500mg) + Codeína (7,5 ou 30 mg) Codaten Diclofenaco (50mg) + Codeína (50mg) Analgésicos Opióides 28 A CODEÍNA É COMERCIALIZADA NA FORMA ISOLADA OU EM ASSOCIAÇÕES COMO O TYLEX E O CODATEN Tramadol Tramal, Tramaden, Tramadon Analgésico de ação central Agonista parcial ( também 5-HT e NOR): dor neuropática crônica Via oral ou endovenosa Mesma potência que a Codeína Menos efeitos colaterais - Efeitos cardiovasculares e respiratórios mínimos - Baixo potencial de induzir dependência Contra-indicado: pacientes com epilepsia ou em associações com anticonvulsivantes 10 x mais caro que a morfina Analgésicos Opióides 29 Dextropropoxifeno Doloxene A (Napsilato de Propoxifeno (77mg) + AAs(325mg) Analgesia ação central leve Dor branda a moderada Sedação e hipotensão Analgésicos Opióides 30 Antagonistas opioides Antagonista Opióides Naloxona Antagonista puro Afinidade pelos três receptores Via endovenosa Ação curta 2-4 horas – menor que a maioria fármacos/ morfina - requer ser dada repetidamente USO CLÍNICO tratamento da depressão respiratória por superdosagem de opiáceos reverter o efeito analgésico dos opiáceos usados no trabalho de parto sobre recém nascido Antagonista Opióides Naltrexona Duração de ação mais longa: meia vida 10 horas Via endovenosa, Via oral USO CLÍNICO Fármaco de manutenção para dependentes em tratamento Dose única em dias alternados bloqueia efeitos da heroína TOXICIDADE AGUDA POR OPIÓIDES * Posologia excessiva, dose excessiva acidental em viciados ou tentativas de suicídios. * Coma, pupilas puntiformes, depressão respiratória * Tratamento Naloxona (antagonista opióide) Riscos: precipitação de síndrome de abstinência TOLERÂNCIA aumento na dose necessária para produzir determinado efeito farmacológico. clinicamente evidente após 2-3 semanas de exposição frequente a doses terapêuticas. Já pode ser detectada dentro de 12-24 h após administração da morfina. estende-se à maioria dos efeitos farmacológicos analgesia, euforia e depressão respiratória, mas afeta muito menos os efeitos de miose e constipação. Redução da resposta à uma droga após administrações repetidas Maior dose é requerida para obtenção do mesmo efeito Tolerância Farmacocinética Mudanças adaptativas nos sistemas que sofrem a ação da droga Tolerância Mudanças metabólicas ou na distribuição que promovem diminuição da droga no plasma Tolerância Farmacodinâmica Efeito Dose Ajuste da dose
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