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ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Quem somos Fundada em 1990 na cidade de São Paulo, o Grupo Alpha atua no mercado da engenharia com uma equipe capacitada em soldagem e na montagem de estruturas metálicas em geral. Buscamos satisfazer nossos clientes por meio de atendimento a suas necessidades, garantindo mão de obra capacitada e altamente qualificada em nossos serviços. Nossa Missão Satisfazer nossos clientes através de um trabalho de ótima qualidade dentro dos prazos estabelecidos, respeitando o meio ambiente e priorizando a segurança dos envolvidos nas atividades. Nossa Visão Ser referência no mercado nacional na área de caldeiraria. Nossos Valores Segurança em primeiro lugar Respeito ao meio ambiente Respeito aos nossos clientes Valorizar nossos colaboradores e parceiros Nosso lema LISTEN. THINK. SOLVE. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. 1- Projeto Submarino nuclear Com o objetivo de projetar, realizar e acompanhar todo o processo de soldagem do primeiro submarino nuclear brasileiro, colocando assim o Brasil entre os 8 seletos países que dominam a tecnologia de construção desse tipo de submarino, o Grupo Alpha disponibilizou dois engenheiros de sua renomada equipe para desenvolver este projeto. Contando então com os serviços do Engenheiro Gabriel Ribeiro e Engenheira Myrella Ramos, ambos com formação em Engenharia Metalúrgica e especialização em soldagem. 2- Especificação do aço e tonelagem das chapas Após pesquisa de alguns meses, o aço a ser utilizado será o aço da norma ASTM A727 Grau 50 N modificado. Essa norma define um aço-carbono micro ligado de alta resistência mecânica, alta resistência a corrosão atmosférica e alta temperabilidade. A composição do aço utilizado está apresentada na tabela 1. C Mn Si P S Mo V Nb Ni B Cr 0,18 1,0 0,35 =<0,04 =<0,04 0,20 0,25 0,10 0,30 0,006 0,25 Tabela 1: Composição química do aço Depois de sua especificação, foi realizado o pedido de compra. Este aço possui limite de resistência mínimo de 465 MPa. Foram fornecidas chapas de espessuras diferentes para o corpo e as aletas do submarino. As chapas para o corpo do submarino possuem 10 x 3,5 metros e 35 mm de espessura. As chapas para as aletas possuem 12 x 3,5 metros e 25 mm de espessura. A quantidade de chapas utilizadas para a composição do corpo e das aletas do submarino estão dispostas na tabela 2. Chapas para corpo Chapas para aletas 20 1 Tabela 2: Quantidade de chapas utilizadas no projeto ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Figura 1: Dimensões da chapa utilizada para o corpo Figura 2: Dimensões da chapa utilizada para as aletas Chapas Qtde Peso comprado (t) Vol. Utilizado (m3) Peso Utilizado (t) Sucata (t) Corpo 20 254 30,7 246 8,6 Aletas 1 8,4 0,45 3,6 4,8 Total 24 262,4 31,15 249,6 13,4 Tabela 3: Tonelagem das chapas 0,025 m 3,5 m ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Para as aletas a chapa de 12 metros foi dividida em 8 chapas de 1,5 metros de comprimento e sua largura foi diminuída de 3,5 para 3 metros, formando assim 8 chapas de 1,5 x 3 metros, a espessura foi mantida. Dessas 8 chapas, 4 foram aplicadas para a construção do submarino A empresa escolhida para o fornecimento desse aço foi a USIMINAS. O aço foi encomendado com a composição já citata e foi pedido que as chapas já viesse cortadas com as dimensões desejadas. 3- Carbono Equivalente Sabe-se que o teor de carbono de um aço influencia fortemente na sua soldabilidade, como por exemplo prejudicando a soldabilidade fragilizando a região da junta e diminuindo a tenacidade da solda. Por esse motivo é importante o conhecimento sobre o teor de carbono do aço para prever o comportamento do mesmo à um ciclo térmico e adotar o procedimento de soldagem mais adequado e que não irá comprometer a qualidade da solda. Entretanto existe um conceito chamado de carbono equivalente. Isso se deve ao fato de que os elementos de liga aumentam a temperabilidade do aço, portanto ao se levar em consideração o teor de carbono do aço, temos que avaliar o carbono equivalente, pois ele certamente apresentará um teor mais alto que o teor de carbono do aço, portanto o valor mais crítico é o que deve ser levado em consideração. Os 3 principais métodos de cálculo de carbono equivalente são: Método IIW: 𝐶𝐸(𝐼𝐼𝑊) = %𝐶 + ( %𝑀𝑛 6 ) + ( %𝐶𝑢 + %𝑁𝑖 15 ) + ( %𝐶𝑟 + %𝑀𝑜 + %𝑉 5 ) Método de Yurioka: 𝐶𝐸𝑁 = %𝐶 + ∆(𝐶) ∗ [ %𝑆𝑖 4 + %𝑀𝑛 6 + %𝐶𝑢 15 + %𝑁𝑖 20 ( %𝐶𝑟 + %𝑀𝑜 + %𝑁𝑏 + %𝑉 5 ) + 5%𝐵] ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Método Pcm: 𝑃𝑐𝑚 = %𝐶 + %𝑆𝑖 30 + ( %𝑀𝑛 + %𝐶𝑢 + %𝐶𝑟 20 ) + %𝑁𝑖 60 + %𝑀𝑜 15 + %𝑉 10 + 5%𝐵 Utilizando a composição química fornecida e fazendo os devidos cálculos encontramos os seguintes resultados: Método Ceq IIW 0,50 Yurioka 0,52 Pcm 0,29 Tabela 4: Carbono equivalente em diferentes métodos. O método adotado para a análise e cálculo foi o método de Yurioka (CEN), que nos dá um teor com uma maior margem de segurança. 4- Análise de potenciais trincas Existe uma tendência a formação de fissuras por parte das estruturas soldadas, seja devido ao processo mal feito ou por uma má especificação. O principal e mais crítico tipo de fissura suscetível em uma junta são as trincas. As trincas formam-se quando tensões de tração se desenvolvem em um material fragilizado (torna-se incapaz de se deformar plasticamente para absorver estas tensões). Tensões de tração elevadas se desenvolvem na região da solda como resultado das expansões e contrações térmicas localizadas (associadas com o aquecimento não uniforme característico da soldagem), das variações de volume devido a transformações de fase e como resultado das ligações entre as peças sendo soldadas e o restante da estrutura. As principais trincas de soldagem foram levadas em consideração no projeto e as medidas necessárias para evitá-las foram tomadas. -Trincas de solidificação É um tipo de trinca que ocorre em elevadas temperaturas quando o material está solidificando. É caracterizada por ocorrer em contornos de grãos interdendríticos. Quando ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. a solidificação se inicia, é comum haver segregações de impurezas da fase que se solidificou para a parte que ainda se encontra no estado líquido. Neste caso, as últimas regiões que se solidificam, que geralmente estão nos contornos de grão interdendríticos, ainda se encontram na fase líquida. Devido às tensões de contração e a um filme líquido envolvendo os grãos o material pode perder a capacidade de se deformar e gerar uma trinca nesta região. -Trincas de liquação Refere-se a trincas formadas na ZTA, em regiões aquecidas a temperaturas próximas do sólidus do metal base, e que são associadas com a formação, por diferentes causas, de bolsões de material líquido nesta região. Este líquido, em contato com contornos de grão e dependendo de sua capacidade de molhá-los, pode espalhar-se entre os grãos na forma de um fino filme. Nestas condições, o material fica fragilizado e trincas podem se formar no resfriamento, com o aparecimento de tensões trativas.-Trincas a frio induzidas pelo hidrogênio É considerada um dos maiores problemas de soldabilidade dos aços estruturais. Ela pode ocorrer tanto na ZTA como na ZF. A trinca se forma quando o material está próximo da temperatura ambiente. A sua formação se inicia após um período inicial, tendendo a crescer de forma lenta e descontínua e levando até 48 horas após soldagem para a sua completa formação. É muito associada com falha prematura de componentes soldados, ajudando a iniciação de fratura frágil ou por fadiga. Essas tricas podem ser longitudinais, transversais, superficiais ou sub-superficiais, se originando, freqüentemente, a partir de concentradores de tensão, como a margem ou a raiz da solda. Ocorre principalmente na ZTA, na região de crescimento de grão, mas pode também ocorrer na zona fundida. A fissuração pelo hidrogênio é causada quando ocorrem simultaneamente 3 fatores: Presença de hidrogênio na região da solda, ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Formação de microestrutura de elevada dureza, capaz de ser fortemente fragilizada pelo hidrogênio Solicitação de tensões residuais e externas. Quanto maior o carbono equivalente maior a fragilidade e maior a tendência da formação de trinca induzida pelo hidrogênio e consequentemente, métodos especiais de soldagem devem ser adotados para prevenção desta trinca, como por exemplo, pré- aquecimento e uso de processo com baixo nível de hidrogênio (ambiente de baixa umidade, eletrodos básicos, limpeza superficial, etc). Finalmente, a fissuração por hidrogênio pode ser controlada pelo pré-aquecimento da peça a ser soldada. Esta medida reduz a velocidade de resfriamento, possibilitando a formação de uma estrutura menos dura na ZTA e propiciando um maior tempo para que o hidrogênio escape da peça antes que se atinjam as temperaturas de fragilização por este elemento. O pré-aquecimento pode ser uniforme em toda a peça ou, mais comumente, ser localizado, na região da junta. Neste caso, deve-se garantir que uma faixa suficientemente larga do material seja aquecida até uma temperatura adequada (por exemplo, 75 mm de cada lado da junta). Em casos particularmente sensíveis à fissuração, a junta ou toda a peça pode ser mantida aquecida após a soldagem (pós-aquecimento). Este procedimento permite que o hidrogênio escape da região da solda, reduzindo, assim, a chance de formação de trincas. Para ser efetivo, temperaturas superiores a 200ºC e tempos relativamente longos (superiores a 2 horas) devem ser usados e o resfriamento final, até a temperatura ambiente, deve ser lento. -Decoesão Lamelar A decoesão lamelar, ou trinca lamelar, é uma forma de fissuração que ocorre no metal base (e às vezes na ZTA), em planos que são essencialmente paralelos à superfície da chapa. Estas trincas ocorrem tipicamente em soldas de vários passes em juntas em T feitas em chapas ou placas laminadas de aço com espessura entre cerca de 10 e 60 mm. Foram observadas na construção de prédios e pontes de estrutura metálica e na fabricação de vasos de pressão, navios, estruturas "off-shore" e caldeiras e equipamento nuclear. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. A trinca lamelar apresenta uma aparência típica em degraus. Esta aparência está associada com o seu mecanismo de formação, que está ligado à decoesão ou fissuração de inclusões alongadas, quando o metal base é submetido a tensões de tração no sentido da espessura (direção Z). Os vazios formados crescem e se unem por rasgamento plástico da matriz entre as inclusões ao longo de planos horizontais e verticais, resultando na sua morfologia característica. A melhor forma de prevenir esse tipo de fissuração é especificando aços de baixo teor de impurezas. 5- Processos de Soldagem As chapas para o corpo foram retificadas e conformadas em formato de anel, um chanfro de topo foi utilizado, a figura 3 mostra com mais detalhes o processo. Figura 3: Anel conformado e soldado. Foram utilizados no total 20 anéis soldados entre si com solda de topo na estrutura do navio. Para as aletas foram utilizadas soldas de filete, conforme a figura 4. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Figura 4: Solda de filete aplicada nas aletas. Na figura 5 e 6 temos representações em 3D do resultado esperado após todo processo de soldagem. O processo utilizado para as soldas de topo será o arco submerso e para as soldas de filete, o processo será eletrodo revestido. 6- Eletrodos e Fluxos Serão utilizados dois tipos de consumíveis, eletrodos revestidos e fluxos, abaixo serão especificados cada um dos escolhidos para a aplicação no projeto. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. ESPECIFICAÇÃO DE CONSUMÍVEL: ELETRODO. FONTE: http://www.kestra.com.br/uploads/product/files/1014/DSEL_-_0053_- _KST_CORTEN_KB.pdf ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. ESPECIFICAÇÃO DE CONSUMÍVEL: FLUXO. FONTE: http://www.esab.com.br/br/pt/support/documentation/upload/catalogo-consumiveis- esab.pdf A correta armazenagem dos produtos consumíveis - eletrodos, arames e fluxos - é fundamental para garantir as suas propriedades e a qualidade da solda aplicada. Trincas, poros e fragilidade da solda são defeitos normalmente associados a falhas na estocagem de produtos consumíveis. Foram seguidos os cuidados recomendados pelos fabricantes dos eletrodos/fluxos, e podem ser vistos na tabela abaixo: ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Armazenamento Ressecagem Manutenção Nas embalagens originais, não violadas, ou em latas fechadas a uma temperatura mínima de +18ºC e umidade relativa máxima do ar de 50%. Os fluxos devem ser armazenados em tambores/sacos fechados com uma relativa umidade máxima de 70%, e temperatura ambiente mínima de +18 °C. Eletrodos revestidos: 325 ± 25 ºC por 1.5 ± 0.5 horas Fluxos: Faixa de temperatura efetiva uniforme do fluxo: 250- 300°C, durante 2-3 horas na temperatura efetiva/patamar Após a abertura da embalagem, manter os consumíveis em estufa aquecida entre 100ºC e 120ºC. Para utilização em canteiros, os eletrodos revestidos devem ser colocados em estufas portáteis individuais e retirados somente no seu emprego. Eletrodos e fluxos contaminados por água, óleo ou tinta devem ser descartados. Tabela 4: Cuidados de armazenamento, ressecagem e manutenção. 7- Chanfro Para fazer a soldagem das chapas do corpo em anéis, serão feitos chanfros nos flanges, esses chanfros serão em V, corte longitudinal deverá ser feito nos dois lados da chapa. As chapas posicionadas verticalmente (alma e reforços) terão suas bordas torneadas com um formato positivo V, realizando encaixe, favorecendo o equilíbrio na hora da soldagem. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. α = 120º β = 60º S= 3mm f = 5mm Espessura da chapa é de 35mm. 8 - Cálculo da Temperatura de Pré-aquecimento A partir de agora, será determinada a temperatura de pré aquecimento e o calor adicionado. Com base na tabela 5, utilizando um arame com diâmetro e alma com 5 mm, iremos utilizar o range de corrente de 400 – 1300 A. Tabela 5: Faixas de corrente de soldagem x diâmetros do arame. Para cálculo do calor adicionado utilizamos a fórmula: 𝐶𝐴 = 𝜂 𝑇 . 𝐼 𝑣 Equação 1 A tabela 6 indica os parâmetros de soldagem escolhidos parao processo de arco submerso com base no fluxo utilizado. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Calor Adicionado para arco submerso Tensão (V) 24 Corrente (A) 1300 Velocidade (cm/min) 60 Rendimento 1 Calor (kJ/mm) 3,12 Tabela 6: Parâmetros de soldagem por arco submerso A tabela 7 mostra os parâmetros a serem utilizados a partir do eletrodo escolhido Tabela 7: Características e parâmetros de soldagem do eletrodo revestido Também iremos utilizar o diâmetro de 5 mm, e uma corrente de 260 A. Calor Adicionado para eletrodo revestido Tensão (V) 16 Corrente (A) 260 Velocidade (cm/min) 10 Rendimento 0,85 Calor (kJ/mm) 2,12 Tabela 8: Parâmetros de soldagem por eletrodo revestido. Para evitar o aparecimento de trincas a frio, deve-se fazer o pré-aquecimento da superfície que será soldada, para isso devemos calcular a temperatura de pré- aquecimento. Para o cálculo da TPA é necessário o valor do carbono equivalente, o calor adicionado (CA) e espessura combinada. Tomando o carbono equivalente do método Yurioka = 0,52, partimos para o cálculo de TPA. A tabela 9 é a base para a determinação desta temperatura. Foi decidido a utilização de solda de topo, com nível de hidrogênio extra baixo do tipo A. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Tabela 9: Tabela que relaciona carbono equivalente e o tipo do teor extra baixo de hidrogênio. O valor aproximado de carbono equivalente para o nível de hidrogênio extra baixo do tipo A foi de 0,51 dessa forma, usamos esses valores para os cálculos de determinação da temperatura de pré-aquecimento, através do gráfico I. Gráfico 1: Espessura combinada versus calor adicionado. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. As temperaturas de pré-aquecimento foram: Tabela 10: Relação entre tipo da solda, processo de soldagem e temperatura de pré- aquecimento. *A solda deve ser realizada simultaneamente dos dois lados da solda de filete. 9- Fornecimento e sequência de montagem Como dito anteriormente todas as chapas serão fornecidas pela USIMINAS com sede em Ipatinga (MG), o transporte será feito por caminhões da Alpha Engenharia até a filial do grupo na cidade de Angra dos Reis, parte da soldagem será feita dentro das dependências da empresa e a parte final será feita em campo. Após conformadas e usinadas conformes as necessidades, e confirmando que todos os pré-requisitos se enquadram no que a equipe pré-definiu, as chapas serão soldadas seguindo a seguinte ordem: Etapa Processo de soldagem Solda 1 Arco submerso Topo 2 Arco submerso Topo 3 Eletrodo revestido Filete Tabela 11: Tabela relaciona as etapas de montagem com o processo de soldagem e o tipo de solda realizada. Primeiramente os anéis serão soldados entre si com soldas de topo com o processo de arco submerso, após será feito a soldagem das aletas com o processo de eletrodo revestido. Após o término da soldagem teremos uma aparência parecida com as das figuras 5 e 6. Tipo de solda Processo utilizado TPA (°C) Topo Arco submerso 135 Filete Eletrodo revestido 75* ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Figura 5 - Representação em vista 3D do resultado esperado. Figura 6 – Representação lateral do resultado esperado 11- Teste de soldabilidade Os testes de soldabilidade servem para analisar a suscetibilidade das trincas aos tipos de trincas potenciais acima abordados. Os principais testes são: ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Ensaio CTS: Este ensaio foi concebido para avaliar a sensibilidade de aços à fissuração (pelo hidrogênio) em condições de resfriamento que são controladas pela espessura das chapas usadas na montagem do corpo de prova e pelo número de caminhos disponíveis para o escoamento do calor de soldagem. O corpo de prova consiste de duas chapas, uma quadrada (chapa de topo, de espessura t) e a outra retangular (chapa de base, de espessura b), unidas por um parafuso de 12,5mm de diâmetro (figura 9). Duas soldas de teste são depositadas em cada corpo de prova. Primeiro deposita-se a solda mostrada à direita na figura 9. Após o corpo de prova se resfriar completamente, a solda à esquerda é depositada. Esta última apresenta condições mais favoráveis para a difusão do calor de soldagem, apresentando uma maior velocidade média de resfriamento e, portanto, maior chance de vir a trincar. Após o corpo de prova permanecer por 72 horas à temperatura ambiente, três amostras metalográficas da seção transversal de cada solda de teste são retiradas e o comprimento das trincas eventualmente presentes é medido. A severidade do ensaio pode ser aumentada usando-se chapas de topo e de base de maior espessura ou, alternativamente, aumentando-se a abertura da raiz das soldas de teste pela usinagem de um pequeno rebaixo na chapa de topo ou pela colocação de uma arruela no parafuso, entre as chapas de topo e de base (ensaio CTS modificado). O ensaio CTS é usado na Inglaterra como um teste padrão para avaliar a sensibilidade à fissuração pelo hidrogênio de aços estruturais de média e alta resistência. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Figura 7: Corpo de prova do ensaio CTS (esquemático). Ensaio Tekken: O ensaio Tekken foi desenvolvido no Japão, tendo se tornado um dos mais utilizados para a avaliação de problemas de fissuração pelo hidrogênio em aços estruturais de alta resistência. Esta popularidade se justifica por ser este ensaio considerado um dos mais sensíveis à fissuração pelo hidrogênio, por permitir a avaliação e medição de seus resultados de uma forma relativamente simples e por apresentar uma razoável repetibilidade de resultados. A figura 10 ilustra o corpo de prova usado neste ensaio. A solda de teste (de um único passe) é realizada na parte central do corpo de prova de cerca de 80mm. Decorrido um período de tempo após a soldagem, usualmente 48 horas, amostras metalográficas são retiradas da seção transversal da solda de teste e a presença ou não de trincas é observada. As trincas são observadas principalmente na raiz da solda, tanto na ZTA como na ZF. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Figura 8: Esquema do ensaio Tekken. Ensaio Houldcroft: O ensaio Houldcroft foi desenvolvido para avaliar a sensibilidade à fissuração na solidificação em chapas finas. Neste ensaio, uma série de entalhes de profundidade variável é feita nos dois lados do corpo de prova de forma a desenvolver um grau de restrição variável ao longo deste (figura 11). A soldagem é feita usualmente com o processo GTAW, sem metal de adição, em condições de soldagem que permitam a obtenção de um cordão de penetração total e é feita da região de maior restrição (menores entalhes) para a de maior restrição. O resultado do ensaio é expresso como o comprimento da trinca formada. ALPHA ENGENHARIA – LISTEN.THINK. SOLVE. Figura 9: Esquema do ensaio Houldcroft. Ensaio de Filete: Este ensaio é usado para avaliar o desempenho de um consumível de soldagem ou verificar a seleção adequada de parâmetros e técnica de soldagem para produzir soldas isentas de descontinuidades em juntas de filete. Sua execução consiste na deposição de uma pequena solda de filete, a sua ruptura pela raiz (figura 12) e o exame da superfície de fratura para avaliar a presença de porosidade, falta depenetração e outras descontinuidades. Este ensaio é descrito na norma AWS B 4.0. Figura 10: Esquema do ensaio de Filete.
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