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Proteção do Complexo Dentina/Polpa PROF. ÁUREA TAVARES Túbulos Dentinários Proximidade com o tecido pulpar Esses túbulos, à medida em que há a aproximação da polpa, os mesmos aumentam de quantidade e expessura. Conclui-se então, quanto mais próximo da polpa, maior a sensibilidade. Importância da manutenção da vitalidade pulpar A importância da vitalidade pulpar é que, como uma induz a formação da outra, a dentina está sempre buscando proteger a polpa. Quando o dente está em desenvolvimento até o acabamento da sua forma exterior é elaborada a dentina primária, quando o dente entra em oclusão passa-se à formação da dentina secundária, é uma dentina biológica decorrente do processo fisiológico do dente. Quando o dente sofre alguma agressão, como defesa ocorre o esclerosamento dos túbulos dentinários dando-se a dentina esclerosada e dentina reparativa ou terciária. seladores, forradores e/ou bases protetoras nas paredes cavitárias com o objetivo de proteger o complexo dentino/pulpar dos diferentes tipos de injúrias; manter a vitalidade pulpar; inibir o processo carioso; reduzir a microinfiltração e estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora. Alterações pulpares: Fatores etiológicos Bacterianos Físicos Químicos Fisiológicos FISIOLÓGICOS Proteção do complexo dentinopulpar Dentina primária Dentina secundária Esclerosamento dos túbulos dentinários Dentina esclerótica Dentina Reparadora As proteções pulpares indiretas representam a aplicação de agentes seladores, forradores e/ou bases protetoras nas paredes cavitárias com o objetivo de proteger o complexo dentino/pulpar das diferentes tipos de injúrias; manter a vitalidade pulpar; inibir o processo carioso; reduzir a microinfiltração e estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora. Fatores que orientam a proteção do complexo dentinopulpar: Profundidade da cavidade Dentina remanescente Material restaurador utilizado Idade do paciente Material adequado: Não ser tóxico; Facilitar a ação dos agentes protetores; Eliminar microorganismos patogênicos. Desmineralizantes Ácido fosfórico 37% Ácido poliacrílico EDTA 15% Não desmineralizantes Solução de hidróxido de cálcio Clorexidina a 2% Água oxigenada 10 vol. Fatores que orientam a proteção do complexo dentinopulpar: • Profundidade da cavidade • Dentina remanescente • Material restaurador utilizado • Idade do paciente Limpeza da cavidade Tipos de proteção Indireta Direta Requisitos para os materiais de proteção: Isolante térmico e elétrico; Bactericida; Compatibilidade biológica; Vedação marginal; Compatibilidade com o material restaurador; Resistência a compressão: condensação e mastigação; Estimular a formação de uma barreira dentinária. Materiais disponíveis Proteção Indireta Verniz cavitário; Cimento de Hidróxido de cálcio – Ca (OH)²; Cimento de ionômero de vidro – CIV; Sistemas adesivos. Hidróxido de cálcio P.A. (pó ou pasta); Agregado de trióxido mineral – MTA. Vernizes cavitários Proteção indireta • -Isolante térmico e elétrico • -Diminuir infiltração marginal (evitando a descoloração da restauração). • Indicações: Restaurações em amálgama Cimento de Hidróxido de cálcio Proteção indireta Favorece a formação de dentina reparadora; Propriedades antimicrobianas; Protege de estímulos térmicos e elétricos; Biocompatível; Baixo custo. Cimento de Hidróxido de cálcio Aplicação: Indicação: resina e amálgama Cimentos de ionômero de vidro Proteção indireta Compatibilidade biológica; Ação antimicrobiana; Isolante térmico e elétrico; Coeficiente térmico semelhante à estrutura dentária; Adesividade à estrutura dentária; Liberação de flúor. Sistema Adesivo Proteção Indireta Boa adesão; Possibilidade de irritação pulpar em cavidades médias e profundas. Cavidades rasas ou médias. Indicações: Resina composta Proteção Pulpar Indireta Capeamento indireto Dentina remanescente Tratamento expectante Risco de exposição Pacientes jovens Ausência de inflamação pulpar irreversível. Tratamento expectante Proteção pulpar indireta A dentina superficial é insensível à instrumentação. Toledo, Bezerra e Leal (2005). Tratamento expectante Proteção pulpar indireta • Limpeza da cavidade: Solução de hidróxido de cálcio. • Material de proteção: Pasta de hidróxido de cálcio • Vedamento da cavidade: Óxido de zinco e eugenol; cimento de ionômero de vidro e/ou compósitos. Proteção Pulpar Direta Hidróxido de cálcio P.A. Ação: necrose da camada superficial da polpa. MTA - Agregado de Trióxido Mineral • Barreira mineralizadora; • Biocompatível; • Resistência mecânica; • Pode ser utilizado em superfícies úmidas. Proteção pulpar direta • Curetagem • Pulpotomia Proteção Pulpar Direta Curetagem Pulpar Exposição pulpar e presença de dentina infectada. Dente com ausência de sintomatologia prévia. Ampliação do orifício da exposição com brocas esféricas Visualização do sangramento e irrigação com soro fisiológico Remoção de 1,5 a 2mm da polpa exposta Bolinha de algodão com corticosteróides – 10min Aplicação do hidróxido de cálcio P.A. (pó) Seguido do cimento de hidróxido de cálcio Aplicação do cimento de ionômero de vidro Proteção Pulpar Direta Pulpotomia