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FACULDADE ANCHIETA DE ENSINO SUPERIOR DO PARANÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA JULIANA BARBOSA BORGES WASCONCELLOS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM – ENTENDER E ATUAR SOBRE OS DISTÚRBIOS Curitiba - PR 2018 FACULDADE ANCHIETA DE ENSINO SUPERIOR DO PARANÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA JULIANA BARBOSA BORGES WASCONCELLOS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM – ENTENDER E ATUAR SOBRE OS DISTÚRBIOS Curitiba - PR 2018 INTRODUÇÃO. Com os avanços obtidos com algumas pesquisas, diversos conceitos foram apresentados como uma tentativa de explicar a aprendizagem e como se dá o seu processo. Apesar de existirem diferentes conceitos, todos eles concordam que a aprendizagem implica numa relação bilateral, tanto da pessoa que ensina como da que aprende. A fase escolar significa uma etapa de desafios para qualquer criança. Tudo isso é motivado porque além de ser o começo de uma rotina que vá ao encontro do desenvolvimento pedagógico; existe também o critério de adaptação com os demais alunos, com as professoras e com tarefas que auxiliarão dali em diante. “Se não posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a quem sonha o direito de sonhar. Lido com gente e não com coisas.” Paulo Freire Distúrbios de aprendizagem são problemas que afetam a capacidade da criança de receber, processar, analisar e armazenar informações. Podem dificultar a aquisição, pela criança, de habilidades de leitura, escrita, soletração e resolução de problemas matemáticos. Podem existir junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação social, mas não constituem por si próprias, uma dificuldade de aprendizado. Ainda que as dificuldades de aprendizado possam ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitantes como, por exemplo, transtornos emocionais graves ou com influências extrínsecas (tais como as diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas condições ou influências". Atualmente, a descrição dos Transtornos de Aprendizagem é encontrada em manuais internacionais de diagnóstico, tanto no CID-10, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (1992), como no DSM-V, organizado pela Associação Psiquiátrica Americana (2013). Ambos os manuais reconhecem a falta de exatidão do termo "transtorno", justificando seu emprego para evitar problemas ainda maiores, inerentes ao uso das expressões "doença" ou "enfermidade" ● Discalculia A discalculia é a dificuldade que o aluno tem para aprender tudo que esteja direta ou indiretamente ligado a questões que envolvem números; tais como probleminhas, aplicação e conceitos matemáticos. Essas dificuldades são frequentemente chamadas de incapacidade matemática. Entre 3% e 8% das crianças em idade escolar apresentam dificuldades persistentes para a aprendizagem desses conceitos matemáticos, que as acompanham de uma série para outra no ensino fundamental. Cerca da metade das crianças que apresentam discalculia também apresenta atrasos para aprender a ler ou tem uma incapacidade em leitura, e muitas têm o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Algumas características: 1. Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior, 2. Dificuldades para classificar números, 3. Dificuldades na memória de trabalho que implica contagem, 4. Dificuldades em montar operações, ● Dislexia A dislexia é caracterizada pela dificuldade no reconhecimento fluente das palavras, além da decodificação e soletração das mesmas. As dificuldades em leitura não são apenas muito prevalentes (as estimativas variam entre 25% e 40%), mas também persistentes. Cerca de 75% das crianças que têm problemas com leitura no terceiro ano continuam a apresentá-los no decorrer de sua vida escolar. O insucesso em leitura apresenta correlação alta com fracasso escolar e problemas comportamentais, sociais e emocionais subsequentes, sendo a leitura considerada como um fator de proteção que se contrapõe a desvantagens sociais e/ou econômicas. A competência em matemática relaciona-se com diferenças em termos de emprego, renda e produtividade no trabalho. Os distúrbios de aprendizagem são, portanto, um problema sério de saúde pública, que resulta em dificuldades duradouras de aprendizagem de habilidades na escola e no trabalho e na criação de encargos financeiros para a sociedade. Algumas características: 1. Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u. 2. Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, a/e. 3. inversão de sílabas: em-me, sol-los. 4. Ao ler pula linha ou volta para a linha anterior. ● Disgrafia Disgrafia envolve erros na pontuação, sintaxe, estruturação da escrita, posição das letras, organização dos parágrafos. É comum vir associada com dificuldades de leitura e de cálculo. As Dificuldades de aprendizagem na área da matemática são descritas como dificuldades significativas nas habilidades matemáticas que não são ocasionadas por outros transtornos. É importantíssimo que a equipe responsável pelo acompanhamento dos alunos seja uma equipe que tenha excelente formação para diagnosticarem e encaminharem os alunos para atenção especializada, a muitos alunos apresentam desinteresse pela matemática e dificuldades de compreender os conteúdos. Algumas Características: 1. Lentidão na escrita, 2. Letra ilegível, 3. Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves; 4. Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial; 5. O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares, ● Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) A criança hiperativa não consegue se concentrar com muita facilidade, principalmente se o conteúdo não for tão interessante para ela. Além disso, o pequeno quer realizar várias tarefas ao mesmo tempo. O hiperativo pode ser muito agitado ou distraído. O Transtorno do Déficit da Atenção e Hiperatividade (TDAH) é definido pela APA no manual de diagnóstico estatístico DSM-IV como. Padrão de conduta em crianças e adolescentes referente à dificuldade em manter a atenção, controlar os impulsos e regular a conduta motora, de acordo com as demandas do ambiente. Neste caso, a atenção está relacionada com as dificuldades em concentrar-se. A hiperatividade, por sua vez, se expressa na inquietação e na agitação motora. O CID-10 esclarece que a etiologia dos Transtornos de Aprendizagem não é conhecida, mas que há "uma suposição de primazia de fatores biológicos, os quais interagem com fatoresnão-biológicos". Ambos os manuais informam que os transtornos não podem ser consequência de: • falta de oportunidade de aprender; • descontinuidades educacionais resultantes de mudanças de escola; • traumatismos ou doença cerebral adquirida; • comprometimento na inteligência global; • comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos; Para todos esses casos há tratamentos adequados, cujo objetivo é o de desenvolver a habilidade de aprendizado da criança e minimizar, de forma considerável, o distúrbio que a prejudica em sua vida acadêmica. CONCLUSÃO A comunidade escolar deve desenvolver um trabalho voltado ao processo educativo embasando sua prática pedagógica e envolvendo todos os alunos principalmente os de inclusão, com estudos específicos, pesquisas e busquem aprender a cada dia, auxiliando o grande número de alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. O trabalho frente às dificuldades de aprendizagem deve iniciar desde os primeiros meses de vida da criança, quando ingressa na educação infantil. As crianças apresentam particularidades e necessitam que o educador não se preocupe somente com cuidados específicos a idade ,mas também se preocupem com o ensinar. Nossas criança vivem cercadas de regras e cuidados e o ensinar e aprender tem ficado de lado. É muito cômodo para os pais pegarem seus filhos no final do período escolar e não terem preocupações,simplesmente filhos crescendo bem arrumados. Mas como fica o emocional, suas necessidades, seu desenvolvimento cognitivo, motor, oral. Temos que observar nossos alunos e qualquer anomalia, dificuldade deve se fazer o encaminhamento especializado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ● NUNES, Lima Belém Ignez Ana. Silveira Nascimento do Rosemary. Psicologia da Aprendizagem. Ceará. RDS. Editora. 2010. ● Distúrbios de aprendizagem: Síntese. Em: Tremblay RE, Boivin M, Peters RDeV, eds. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância [on-line]. ● http://www.enciclopedia-crianca.com/disturbios-de-aprendizagem/sintese. ● https://neurosaber.com.br/entenda-os-principais-disturbios-de-aprendizagem/ ● https://pt.slideshare.net/educacaoibipitanga/disturbios-de-aprendizagem-1408 8182 ● LAFFUE, Transtornos Del aprendizaje. Buenos Aires, 2002. ● AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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